Edição de 10/agosto de 2020

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DOURADOS MS ANO 70 Nº 13.637

O PROGRESSO

10 de agosto de 2020

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Aula presencial pode causar “explosão” de surtos da Covid-19 A afirmação é do médico pediatra e especialista em saúde pública Eduardo Marcondes. Ele defende a criação de um plano político e pedagógico viável e seguro antes da volta às aulas em MS. PÁG. D7

CADERNO B

Divórcios aumentam 164% na pandemia em Dourados

Mba’e Porã DIVULGAÇÃO

Festival em prol das aldeias terá Zeca Baleiro e Jerry Espíndola PÁG. B1

Cultura

Artistas terão reunião on line para esclarecer sobre o auxílio PÁG. B2

ENTREVISTAS Luercio Carlos Spohr

Aplicação do Ozônio aumenta a imunidade, diz terapeuta

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A procura por divórcio consensual aumentou 164% em Dourados durante o período de isolamento provocado pela covid-19. É o que mostra um levantamento feito pelo Cartório do 2º Ofício de Dourados. De março a julho foram lavradas 37 escrituras de divórcio esse ano contra 14 no mesmo período do ano passado. PÁG. D1

Em Dourados, 270 mulheres pediram medidas de proteção

“Cloroquina não garante imunidade a reumáticos”

“Coronavirus é devastador em pacientes cardíacos”

“Aulas em casa exigem desconto de mensalidade”

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Alexandre Mantovani

“A Justiça restabelecida é o combustível que nos move” PÁG. D8


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Dourados, 10.8.2020 O PROGRESSO

Opinião EDITORIAL

Covid-19 interrompe serviços essenciais

A

medida que o coronavirus vai ganhando força, serviços essenciais na Saúde começam a ser interrompidos. Isto acontece porque cada vez mais os profissionais vão sendo redirecionados para atender pacientes com a Covid-19, seja em função do aumento da demanda, bem como os afastamentos dos profissionais que estão em grupo de risco ou aqueles que se infectaram com a doença. Só em MS 1.500 profissionais haviam se afastado até junho e o Brasil é considerado o País que mais mata enfermeiros Um alerta sobre o prejuízo no tratamento de outras doenças foi feito pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que também ressaltou a importância dos pacientes continuarem a buscar o tratamento, já que por receio de contraírem o coronavirus não vão ao médico. Sem médicos e enfermeiros disponíveis para oferecer outros ser-

viços essenciais no primeiro nível de atenção – incluindo atendimento relacionado à gestação e gerenciamento de condições crônicas como diabetes ou doenças infecciosas como HIV, TB e malária –, esses serviços foram severamente interrompidos ou pior ainda, pararam por completo. Em 3 de agosto, as Américas contabilizavam mais de 9,7 milhões de casos e mais de 365 mil mortes. Mais de um quarto dos países suspenderam campanhas de vacinação de rotina” e “semanas ou meses de interrupção aumentarão o risco de surtos de doenças evitáveis por vacinas, revertendo nossas tendências de longa data na região. Em 27 países, metade dos programas de diabetes e hipertensão da atenção primária foi interrompida, mostra pesquisa, e as visitas relacionadas à gestação caíram 40%. Hoje, 11 países das Américas têm menos de três meses de fornecimento de antirretrovirais. Se estes não forem reabastecidos em

breve, as pessoas que vivem com HIV podem ter que interromper o tratamento. A falta desses suprimentos simplesmente não é uma opção. Uma resposta prolongada a esta pandemia deve incluir o fornecimento de outros serviços essenciais para salvar vidas. Os países devem evitar pensar que precisam fazer uma escolha entre reabrir economias e proteger a saúde e o bem-estar de seu povo. A OPAS está pedindo aos países que se adaptem a essa nova situação para “reestruturar como os cuidados essenciais são prestados e investir no primeiro nível de atenção”, usando telemedicina, visitas domiciliares e programas de extensão comunitária para apoiar populações vulneráveis”. Ao mesmo tempo, também devem mitigar os efeitos da COVID-19. Esta não é uma escolha, os governos devem encontrar esse equilíbrio cuidadoso para a saúde pública. Carissa Etienne, diretora da Or-

ganização Pan-Americana da Saúde (OPAS) tem defendido que países podem responder à COVID-19 fornecendo testes e rastreamento de contatos, além de oferecer outros serviços essenciais, como imunização e apoio à saúde mental. Uma abordagem integrada economiza tempo e recursos dos pacientes, melhorando a qualidade dos cuidados que eles recebem “, disse ela. “Os investimentos em atenção primária à saúde também melhoram a eficiência, reduzem os custos de cuidados de saúde e permitem que hospitais e comunidades expandam a capacidade em outras áreas de atendimento”. Segundo ela, enquanto continuamos esse caminho em direção à saúde universal, precisamos garantir que nossos sistemas de saúde sejam resilientes e que tenham os recursos, suprimentos e profissionais de saúde necessários para combater uma pandemia, além de manter as pessoas saudáveis e protegidas de outras doenças.

A educação do futuro está muito além da EAD CLAUDIO ELSAS*

J

*Country Manager da Infosys Brasil

á há algum tempo, a educação vem se reinventado para envolver cada vez mais alunos e professores em novos métodos de ensino. O desenvolvimento de soluções relacionadas a esse mercado levou as instituições a entender melhor o que é edtech (tecnologia educacional) e como aplicá-la para melhorar o desempenho dos estudantes. Contudo, o uso da tecnologia nas salas de aula ainda é um desafio, uma revolução que precisa de mais subsídios para acontecer. Esse obstáculo ganhou contornos superlativos recentemente, quando a pandemia acarretou a recomendação de quarentena e isolamento social, provocando a suspensão das aulas em todas as modalidades de ensino. A alternativa encontrada, então, foi a ampla adoção da educação a distância. Com isso, a mudança, que vinha sendo construída gradualmente, atingiu um ponto crítico durante o surto de coronavírus. A pesquisa TIC Educação 2019

aponta que apenas 14% das escolas públicas e 64% das particulares em áreas urbanas contavam com ambiente ou plataforma de aprendizado a distância. Já entre as atividades escolares, 93% do total de alunos com acesso à internet afirmaram utilizar a rede para pesquisas escolares. No entanto, apenas 24% dos estudantes do segundo ano do ensino médio a utilizaram para fazer provas e simulados; e 16%, para participar de cursos a distância. Esses dados evidenciam que, apesar de haver muito interesse em inovar no ensino, as atividades mediadas por tecnologias estavam mais centradas na transmissão de conteúdo do que na possibilidade de participação e interação. Agora, com o distanciamento social, a tecnologia se tornou a principal estratégia para que os alunos não percam o vínculo com a educação. Por isso, é necessário mais engajamento e investimento das esferas pública e privada. Outro ponto é que, no passado, a solução de problemas era o denominador comum de todo aprendizado. Passamos o primeiro

terço de nossa vida nos educando, para adquirir habilidades necessárias para nos tornar solucionadores de problemas no trabalho, onde atuaremos aplicando esse conhecimento durante os próximos dois terços de nossa vida. Com a digitalização, o trabalho foi remodelado: de tarefas executadas apenas por seres humanos, evoluímos para projetos conduzidos por homens e executados por máquinas movidas a software, que se tornaram nossos parceiros na solução de problemas. Assim, a educação deve se transformar para corresponder a essa nova realidade. Isso significa que a transformação vai além da adoção da EAD. Revolucionar o espaço do ensino é uma necessidade, mas também é preciso desenvolver metodologias que nos tornem capazes de navegar em situações desconhecidas e adquirir novas habilidades para novos trabalhos. O aprendizado na hora certa e em curtos períodos mostra-se muito mais valioso. Por isso, a mudança na educação será guiada para o ensino contínuo, baseado em habilidades

e facilitado pela tecnologia. Nesse processo de transformação, educadores, governos e empresas devem se unir para expandir a educação e adaptá-la para criar uma sociedade preparada para o futuro, pois a realidade pós-pandemia trará mudanças. No trabalho, já estamos descobrindo o mérito de criar pacotes menores de esforço, conduzidos por rajadas de maior intensidade para desenvolver uma tarefa. O aprendizado deve seguir o mesmo exemplo. Nesse contexto, as grandes empresas de tecnologia se dedicarão a atender a muitas dessas necessidades. Na nova normalidade, o valor da educação se dará com base na integração da tecnologia nos processos de ensino. Graus híbridos entre on-line e off-line devem guiar o método de microaprendizado, que disponibiliza tempo para que estudemos no local de trabalho ou em casa, em todo lugar e a qualquer momento. Contudo, para que a educação seja reinventada, devemos passar das construções atuais, da transferência passiva de conhecimento e desenvolver um senso de organização em cada criança, a fim de que ela molde seu próprio aprendizado, impulsionada por seus objetivos. Esse é o momento de repensar a educação e encontrar uma maneira de escalar transformações que mudem o ensino de maneira permanente e eficaz.

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Dourados, 10.8.2020 O PROGRESSO

Política

Racib Panage Harb é aposta centro-direita para prefeitura nas eleições em Dourados Racib diz que projeto pretende “enxugar” a máquina pública Vinicios Araújo O empresário e farmacêutico Racib Panage Harb é a aposta política para o partido Republicanos na disputa pela prefeitura de Dourados nas eleições deste ano. Com viés centro-direita, o douradense deve compor chapa pura junto ao bispo evangélico Marcos Vitor, da Igreja Sara Nossa Terra. Em entrevista ao Jornal O PROGRESSO, Racib diz ter um projeto ousado que pretende enxugar a máquina pública inserindo tecnologia de ponta nos processos administrativos dos serviços à população. Em 2018, Racib liderou o movimento anti-corrupção que culmi-

“É inadmissível que as licitações de uma cidade do tamanho de Dourados demorem 5 a 6 meses para ficarem prontas” nou em denúncia contra vereadores investigados pelas operações Pregão e Cifra Negra. A iniciativa fez com que os parlamentares fossem julgado por quebra de decoro, o que poderia resultar na perda dos mandatos, o que acabou não ocorrendo. Segundo o empresário, a melhor estratégia para evitar a fragilidade nos processos licitatório, principal motivo para deflagração de operações policiais na atual gestão, é a formação de uma ‘super secretaria’ para controle de compras. Ao retirar das mãos do secretário a emissão das ordem de pagamento, o douradense prevê maior lisu-

ra e independência dos processos. Ele inclusive responsabiliza a atual prefeita pelas suspeitas de desvio por fraude licitatória na administração, não por envolvimento nos supostos crimes, mas “pela falta de fiscalização e liderança”. Os casos são investigados no âmbito da operação Pregão, Purificação e Contágio. Elas afastaram dois secretários de Fazenda, um secretário de Saúde e o procurador-geral do Município. “Começa por aí: a partir do momento que o secretário é o ordenador de despesas, o gestor pode ficar aquém do que é decidido lá. O setor de licitações nosso é amador. Temos dois ou três pregoeiros somente, não temos procuradores especializados, e a licitação fica morosa. É inadmissível que as licitações de uma cidade do tamanho de Dourados demorem cinco a seis meses para ficarem prontas. Pregões presenciais, por exemplo, dão margem para o conluio entre as empresas concorrentes”, afirmou ressaltando a importância dos pregões eletrônicos. “A partir do momento que o prefeito assinar e for o ordenador de despesas também, ele passa a ser responsável. Para isso é preciso ter coragem. É muito fácil falar que não estava sabendo nada. Queremos trazer para Dourados a experiência que grandes empresas estão vivenciando através de protocolos de segurança, de governança corporativa, para que possamos avançar”, acrescentou citando o papel de Délia Razuk durante a gestão.

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Empresário e farmacêutico Racib Harb Possível vice Quem deve caminhar com Racib é o bispo evangélico Marcos Vitor, da Igreja Sara Nossa Terra. Ele também é filiado ao Republicanos, o que garantiria chapa pura ao partido. “Ainda não temos nada garantido, estamos discutindo junto ao partido a possibilidade de entrar nessa disputa, mas o que já se pode constatar é que o povo não quer repetir os mesmos. Isso tá claro. As pessoas querem renovação e seriedade no trato com as coisas públicas. Os nomes que estão se colocando até tem história política, mas não tem nada construído em Dourados”, afirmou.

ALEMS analisa projeto que prevê adicional a profissionais do Sistema Penitenciário A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul recebeu, na última quinta-feira (6), o Projeto de Lei 148 de 2020 de autoria do Poder Executivo, que prevê adicional de risco de vida ao pessoal contratado temporariamente para o Departamento do Sistema Penitenciário do Estado e nas Casas de Guarda. Conforme a proposta, o objetivo é suprir lacuna da legislação estadual. O artigo 12 da Lei 4.135 de 2011, embora tratar de indenizações e gratificações do pessoal contratado pelo Departamento do Sistema Penitenciário e Casas de Guarda, não dispõe sobre a gratificação para atividades que apresentam riscos. Em mensagem o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) afirmou que a adequação é necessária, pois o formato da atual legislação afasta o interesse de profissionais para trabalharem nesses locais. A proposta acrescenta, portanto, o inciso XI do artigo 12 da Lei 4.135 de 15 de dezembro de 2011, prevendo o “adicional risco de vida aos servidores em exercício no Departamento do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul e nas Casas de Guarda, observadas a alíquota e a base de cálculo previstas do artigo 2º da Lei Estadual 1.835 de 6 de abril de 1998, pela redação dada na Lei Estadual 2.129 de 2 de agosto de 2000”. Na mensagem junto ao projeto, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) destacou, como exemplo, a ausência de profissionais da área da saúde interessados para atuação nesses estabelecimentos em tempos de calamidade pública.

Projeto proíbe a divulgação de CPF nas contas de água e luz em MS O Projeto ainda passará pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Assembleia Legislativa Diante aos inúmeros casos que repercutem na mídia de consumidores que são lesados pela utilização indevida de seus dados pessoais, o deputado estadual Marçal Filho (PSDB) apresentou na Assembleia Legislativa um projeto de lei que proíbe a divulgação de CPF (Cadastro de Pessoa Física) nas contas de energia e de água em Mato Grosso do Sul. Conforme o projeto, a vedação se aplica às faturas, boletos ou qualquer documento de cobrança do consumo mensal do serviço, na modalidade impressa, que seja disponibilizado ao consumidor de forma aberta, sem envelope lacrado, com a exposição de dados pessoais, que possam ser acessíveis a terceiros. Marçal Filho justifica que a exigência tem por objetivo o cumprimento da privacidade de dados, assim como

o respeito à proteção dos interesses econômicos e de informações pessoais dos consumidores, em consonância com a Política Nacional das Relações de Consumo, do Código de Proteção e Defesa do Consumidor. As contas de energia e de água são emitidas pelos leituristas. Impressas, são deixadas muitas das vezes em locais acessíveis a qualquer pessoa, que pode ter com facilidade o conhecimento dos dados pessoais dos consumidores, um prato cheio para a ocorrência de fraudes. Segundo Marçal Filho, a preocupação é que, de posse dos dados dos consumidores, um possível fraudador consiga contratar serviços no nome da vítima, fazer crediários ou confeccionar uma identidade falsa e parcelar compras em lojas que tenham sistemas de análise menos rigorosos. De posse dos dados pessoais impresso nas contas de cobrança dos serviços, também é possível consultar a situação do contribuinte junto

ARQUIVO

COLONO - Cumpadi o que cê tá achando desse tanto de gente se divorcianu?

ZÉ PINGA - Azar o deles, eu não largo minha “caninha”, ic, ic, ic...

Projeto foi apresentado pelo deputado estadual Marçal Filho à Receita Federal. Essa brecha abre uma gama muito extensa de possibilidades de golpes. O Projeto ainda passará pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Assembleia Legislativa. Após análise e aval, será encaminhado a plenário para votação dos deputados.


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Dourados, 10.8.2020 O PROGRESSO

Política

Câmara não teve acesso às informações de operação na Saúde A operação Contágio foi deflagrada pelo Gaeco a pedido do Ministério Público Estadual DIVULGAÇÃO

Operação Contágio mirou servidores da Prefeitura Municipal de Dourados A Câmara de Vereadores de Dourados ainda não teve acesso às informações sigilosas que revelam os indícios de fraude na saúde pública da cidade. A operação Contágio completa 30 dias de deflagração no próximo dia 15 e resultou na exone-

A operação Contágio completa 30 dias de deflagração no próximo dia 15 ração do secretário de Fazenda Carlos Dobes e do procurador-geral do Município Sérgio Henrique Pereira Martins de Araújo. Segundo o presidente da Casa, Alan Guedes (PP), é importante para o parlamento a revisão dos autos

probatórios para que se possa tomar medidas de fiscalização e até mesmo possível pedido de impeachment da prefeita Délia Razuk (PTB). Apesar da mandatária não ser citada nas investigações, como gestora é imprescindível que ela tenha o comando das ações adotadas pelo secretariado. Délia já viu homens do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e Polícia Federal tomarem os departamento municipais seis vezes desde que empossada em 2017. Apenas uma das ações não tinham relação com o setor financeiro da Prefeitura. As operações resultaram até na prisão de secretários. O caso mais recente, a Operação

Contágio, não obteve aval da Justiça para prisão de citados mesmo com pedido do Ministério Público Estadual. “Nós precisamos ter acesso à documentação, a partir daí poderemos afirmar que postura a Câmara irá adotar. Enquanto isso não ocorrer, será impossível qualquer movimentação”, explicou o chefe do legislativo. A operação Contágio foi deflagrada pelo Gaeco a pedido do MPE, a fim de cumprir mandados de busca e apreensão de documentos que apontasse suposto esquema de fraude em dispensa de licitação. Os contratos garantiriam a aquisição de equipamentos e insumos para o enfrentamento da pandemia em Dourados.

INFORME C CÍCERO FARIA cicerolfaria@gmail.com

Prefeitura achou na pandemia, o bode expiatório Apesar da pressão da Prefeitura de Dourados que planeja suspender repasses da previdência dos servidores municipais, a proposta segue em discussão na Câmara Municipal que ampliou o prazo de decisão até setembro para que a proposta seja melhor discutida. Para justificar a suspensão, a prefeita Délia alega, segundo análise da equipe econômica, que a pandemia provocou um impacto de cerca de R$ 40 milhões nas contas municipais. Segundo o presidente da Câmara, Alan Guedes (Progressistas), é necessário prudência na discussão do assunto porque envolve medidas que podem causar grande impactos na economia do município e também na vida dos servidores. “Temos dados espaço aqui na Câmara, tanto para o Executivo quanto para os representantes do Previd para que não fique nenhuma dúvida sobre o assunto”, comentou Alan. Na avaliação do presidente do Instituto municipal de Previdência dos Servidores Públicos de Dourados ( Previd), Theodoro Huber Silva e pelo membro do Conselho Curador do orgão, José dos Santos Silva, o Município deve repassar mensalmente para o Previd o valor aproximado de R$ 9 milhões. Esse valor é composto pela contribuição patronal (em torno de R$ 2,2 milhões), mais a cobertura de déficit (aporte financeiro), equivalente a outros R$ 2,9 milhões, a contribuição previdenciária do servidor, R$ 2,2 milhões e aos parcelamentos já formalizados (de R$ 1,5 milhão ao mês). Para Theodoro e José dos Santos, a proposta do Município, de suspender o repasse das contribuições previdenciárias do servidor “transforma o funcionalismo público no vilão da crise, e isso não é verdade, não podemos aceitar que quem trabalhou a vida inteira, dedicou-se ao Serviço Público, seja chamado agora para pagar a conta”, reagiram os dirigentes do Previd falando ao Midiamax.

Acobertando Organizações Não Governamentais apresentaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) posição pedindo a rejeição da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) proposta pelo governo federal, que, na visão delas, representa uma tentativa de enfraquecimento das regras de proteção da Mata Atlântica. Entre as organizações que assinam a posição estão a SOS Mata Atlântica, a WWF e o Instituto Socioambiental (ISA). O governo federal entrou com a ADI no STF visando a restringir os dispositivos da Lei da Mata Atlântica que exigem a recuperação ambiental de áreas ilegalmente desmatadas a partir de 1990, explicam as ONGs. “O objetivo seria regularizar uma pequena parcela de áreas exploradas pelo setor agrícola, cujas atividades se iniciaram de forma ilícita. Se prosperar, a medida anistiará multas, acabará com embargos e impedirá o reflorestamento de regiões degradadas”, declararam.

Com fome A participação da China no mercado mato-grossense do sul estimulou novas referências de preços médias para a arroba do boi gordo durante o mês de julho. A cotação do boi gordo registrou um aumento de 44,92% e 46,93% de alta na arroba da vaca, quando comparado ao igual período de 2019. Ao final de julho a cotação da arroba no Estado registrou valor médio de R$ 210,07 na arroba do boi gordo e de R$ 196,30 na arroba da vaca.

Pilantra O Ministério Público Federal ajuizou uma ação civil pública para que o pastor evangélico Valdemiro Santiago e a Igreja Mundial do Poder de Deus paguem pelo menos R$ 300 mil de indenização por danos sociais e morais coletivos. Líder da Igreja Mundial ele apareceu em vídeo divulgado na internet anunciando sementes de feijão com supostos poderes de curar a Covid-19. Nas

Recuperado Depois de liberado clinicamente do Hospital Santa Rita na terça feira passada, o ex-deputado Valdenir Machado (PSDB) espera de recuperar totalmente do Covid 19, para retomar a sua pré-campanha a prefeito de Dourados. Depois do susto aos 72 anos, Valdenir tem tido aos amigos mais próximos que está “pronto” para a futura campanha eleitoral, esse ano, diferente sem os abraços e apertos de mão por conta do coronavirus.

imagens, ele chega a citar o caso de um fiel cuja recuperação plena da doença usando os feijões estaria comprovada por um atestado médico. O MPF destaca que o líder da Igreja Mundial incorreu em prática abusiva da liberdade religiosa, ao colocar em riscos a saúde pública e induzir fiéis a comprarem um produto sem nenhuma eficácia comprovada. As sementes foram anunciadas em três vídeos veiculados no YouTube por preços que alcançavam R$ 1 mil cada. Segundo Valdemiro, a simples germinação dos grãos teria o poder de cura.


Em Dourados, 270 mulheres pediram medidas de proteção na pandemia PÁG. 2

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DIA A DIA Dourados, 10.8.2020 O PROGRESSO DIVULGAÇÃO

DIVÓRCIOS AUMENTAM 164% na pandemia em Dourados Convívio intenso do isolamento social tem afetado os relacionamentos e atos como louça por lavar, tarefas dos filhos ou questões financeiras são “gatilhos” para desentendimentos Valéria Araújo A procura por divórcio consensual aumentou 164% em Dourados durante o período de isolamento social provocado pela pandemia da covid-19. É o que mostra um levantamento feito pelo Cartório do 2º Ofício de Dourados. De março a julho foram lavradas 37 escrituras de divórcio esse ano contra 14 no mesmo período do ano passado. Nesse tipo de separação, também conhecida como “extrajudicial”, casais podem se separar de forma mais rápida, pelo cartório, amigavelmente.

De março a julho foram lavradas 37 escrituras de divórcio esse ano contra 14 no mesmo período do ano passado A causa por tras do aumento dos casos de separação pode estar relacionada ao confinamento dos casais durante a pandemia. É o que analisa a psicóloga clínica e Headhunter Sani da Silva Farias (CRP 14/08287-2). Segundo ela, o aumento da convivência também aumenta os conflitos. “Atualmente vivenciamos um momento completamente novo e atípico. O Isolamento forçado imposto como medida preventiva por conta da Covid-19, tem afetado os relacionamentos familiares e conjugais de diversas formas, sobrecarregando-os física e emocionalmente”, ressalta. Ela explica que antes o que muitas vezes passava despercebido, agora

ganha um grau de atenção com grandes proporções, se tornando uma bomba-relógio dentro de casa. “O convívio diário devido a quarentena tem levado diversos casais a se depararem com situações e problemas, que antes por conta do pouco tempo juntos não eram percebidos ou até mesmo negligenciados. A rotina imposta pelo confinamento pode elevar os níveis de ansiedade e estresse e atos como louça por lavar, tarefas dos filhos ou questões financeiras são “gatilhos” que geram desentendimentos”, ressalta. Para superar os desafios do confinamento e manter uma vida saudável a dois na pandemia a psicóloga orienta. “Vivemos em um momento delicado, medidas inesperadas precisaram ser adotadas, e isso pode afetar de maneira negativa as relações interpessoais. Recomenda-se que as situações sejam analisadas com cautela e tolerância para que os conflitos possam ser solucionados por meio de dialogo amigável. Outra alternativa para manter uma vida conjugal saudável é olhar para si, isso não quer dizer “isolar” o outro, mas sim exercitar o autocuidado, fazendo algo que lhe proporcione felicidade. É tempo de cuidar-se, manifestar tolerância, empatia e amor por meio do autocuidado, isso reflete no outro”, aconselha. Tipos de divórcio No Brasil há dois tipos de divórcios. No mais simples, chamado de “extrajudicial”, casais podem se separar

“O Isolamento forçado imposto como medida preventiva por conta da Covid-19, tem afetado os relacionamentos familiares e conjugais de diversas formas, sobrecarregando-os física e emocionalmente”. Sani da Silva Farias (psicóloga clínica e Headhunter)

de forma mais rápida, pelo cartório, amigavelmente. O processo pode ser feito em cartório de notas, desde que superadas as seguintes imposições: não pode haver filhos menores ou incapazes; o casal deve estar de acordo e o casal estar acompanhado de advogado. Em Dourados, por conta da pandemia, o advogado envia a documentação para o e-mail do Cartório do 2º Ofício, por exemplo, que providencia a lavratura da escritura e as partes vão ao local apenas para assinatura, o que diminui o tempo de espera.Via de regra, o divórcio por escritura pública

é mais rápido e menos dispendioso, sendo, assim, uma boa alternativa às partes e um meio eficaz de desjudicialização. Já o divórcio judicial ou litigioso é realizado diante de um juiz e envolve questões mais complexas como falta de consenso entre o casal, partilha de bens, pensão e guarda de filhos. Nesse tipo de separação, o cartório contabilizou 236 casos entre março e julho de 2019 contra 135 no mesmo período desse ano. Os dados são referentes as averbações de divórcio do Registro Civil dos casamentos que foram feitos naquele cartório. O motivo dessa essa diminuição pode estar relacionada ao fato de que o Judiciário que teve que diminuir as audiências presenciais por conta da pandemia. Embora já utilizado nos grandes centros, o divórcio via videoconferência é uma realidade possível porém ainda não foi solicitada no Cartório do 2º Ofício. Para o tabelião Luis Degani essa é uma tecnologia recente, que habilita todos os cartórios de notas do país, a fazer escrituras eletrônicas com assinatura com certificado digital. “Acredito que com o tempo essa tecnologia irá prosperar e teremos um número maior de escrituras eletrônicas”. O cartório do 2º Ofício é privativo de Registro Civil (onde são averbados os divórcios de todos que casaram em Dourados, na sede do município) e também realiza escrituras (qualquer cartório de notas do Brasil pode fazer a escritura de divórcio).


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Dourados, 10.8.2020 O PROGRESSO

Dia a Dia

Em Dourados, 270 mulheres pediram medidas de proteção na pandemia Campanha também é alternativa para aquelas que estão em risco e precisam denunciar em silêncio DIVULGAÇÃO

Valéria Araújo Dados da Delegacia Regional da Polícia Civil de Dourados apontam que no período de abril a julho, 270 mulheres recorreram as medidas de proteção durante a pandemia. Somente de março a maio do ano passado foram 413 pedidos. Apesar dos registros terem caído nas delegacias autoridades afirmam que a violência tem aumentado dentro de casa e preveem ainda uma “enxurrada” de registros pós pandemia, como tem ocorrido em outros países. Em Dourados o delegado Lupersio Degerone não descarta a possibilidade de que as vítimas estão tendo dificuldades em denunciar nesse período de isolamento, porém avalia que mesmo havendo uma flexibilização das atividades, em que muitas voltaram a sair de casa e assim, conseguiriam denunciar, os números continuaram baixos, não só na polícia, mas em toda a rede de enfrentamento, o que também pode indicar uma diminuição da violência. “Nós esperávamos que com a flexibilização houvesse um aumento também nas denún-

Apesar dos registros terem caído nas delegacias autoridades afirmam que a violência tem aumentado dentro de casa cias, o que não ocorreu. Mas vamos continuar analisando o contexto da pandemia. Em alguns lugares o aumento da violência já é visto nos boletins, não é o que ocorre em Dourados”, ressaltou observando diversas campanhas do governo do Estado como o site www.naosecale. com.br que garante que as mulheres possam denunciar mesmo com os autores estando próximos. Campanha Sinal Vermelho Foi por meio de um desenho em sua mão – o “X” do símbolo da Campanha Sinal Vermelho – que uma mulher de 39 anos, conseguiu ser libertada de uma situação de trabalho análogo ao escravo e violência doméstica em Campo Grande. Deficiente auditiva e depressiva, ela conseguiu mandar uma foto de sua mão com o “X” desenhado para sua filha adolescente por um aplicativo de mensagem instantânea. A campanha foi criada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em parceria com a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e farmácias de todo o país e vem conseguindo salvar as mulheres de situações de violência doméstica, como o caso da vítima. Ela vinha sofrendo violência patrimonial, moral e psicológica na casa de sua própria irmã e do cunhado, onde morava para cuidar do pai doente. A filha denunciou para o 190 após receber a foto. E uma equipe do Batalhão de Polícia Militar de Campo

Grande foi até o local e encontrou a vítima. “Quando nós chegamos, ela nos sorriu e demonstrou muito alívio. Ela conseguiu nos sinalizar por meio da linguagem de sinais que queria que tirássemos ela de lá. Ela entrou na viatura e não olhou nenhuma vez para trás”, conta Gizele Viana, uma das policiais que atendeu o caso. Inclusão Para a juíza Jacqueline Machado, da 3ª Vara da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Campo Grande e presidente do Fórum Nacional de Juízas e Juízes de Violência Doméstica contra a Mulher (Fonavid), o caso mostra o caráter inclusivo da campanha. “Mesmo com limitações, a moça conseguiu se fazer ouvir. O símbolo do ‘X’ nas mãos alcançou a sociedade e essa visibilidade é o que há de mais importante para nós. Significa que estamos incluindo as pessoas, a comunidade, no enfrentamento à esse crime”, afirma a magistrada, que também reforça o alcance da campanha. “É um símbolo de violação de direitos. E isso não se restringe às farmácias. Toda a sociedade pode e deve estar atenta aos sinais.” Acostumada a lidar com casos de violência desde que entrou na

cia silenciosa por meio da campanha Sinal Vermelho. “A campanha veio para ficar. É como um manifesto e também uma orientação. Muitas mulheres simplesmente não sabem o que fazer nessas horas e a campanha abriu essa porta. A prova disso é essa moça ter conseguido adaptar a ideia, ter conseguido se comunicar e se salvar.” Saiba mais

Pandemia “Nós esperávamos que com a flexibilização houvesse um aumento também nas denúncias, o que não ocorreu. Mas vamos continuar analisando o contexto da pandemia. Em alguns lugares o aumento da violência já é visto nos boletins, não é o que ocorre em Dourados. Lupersio Degerone (Delegado)

corporação há 23 anos, quatro deles no Programa Mulher Segura da PM do Mato Grosso do Sul, essa foi a primeira vez que a policial Gizele acompanhou de perto uma denún-

A campanha é resultado do grupo de trabalho criado pelo CNJ para elaborar estudos e ações emergenciais voltados a ajudar as vítimas de violência doméstica durante a fase do isolamento social. O grupo foi criado pela Portaria nº 70/2020, após a confirmação do aumento dos casos registrados contra a mulher durante as ações de distanciamento social para evitar a transmissão do novo coronavírus. Outros casos de denúncias silenciosas têm ocorrido em diversas localidades e municípios. Em julho, um homem agressor foi preso em flagrante em Ituporanga (SC) após denúncia da mulher por meio do sinal que é símbolo da campanha nas mãos.


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Dourados, 10.8.2020 O PROGRESSO

Dia a Dia

Aplicação do ozônio aumenta a imunidade, diz terapeuta de Dourados

Assunto ganhou repercussão com a proposta do prefeito de Itajaí (SC) de oferecer a terapia na rede pública CHARLES DAMASCENO/ AGENCIA SEBRAE

Valéria Araújo Utilizado para a melhora de mais de 250 doenças e sem efeito colateral, o ozônio é visto como eficaz no aumento da imunidade e uma arma poderosa no combate ao coronavirus. O assunto ganhou repercussão com a proposta do prefeito de Itajaí (SC), Volnei Morastoni, de oferecer o tratamento na rede pública. Logo após live do chefe do Executivo, houve uma “enxurrada” de memes nas redes sociais e o caso estampou as principais manchetes do País. Ao voltar a falar do assunto Marastoni disse que não esperava tamanha a repercussão e que a intenção sempre foi oferecer uma alternativa de tratamento aos munícipes. Médico pediatra e homeopata, o prefeito recebeu a recomendação do Ministério Público Estadual de não implantar o tratamento por falta de comprovação da eficácia. Em Dourados, o terapeuta Luércio Carlos Spohr, considerou a proposta do prefeito como altamente benéfica para aumentar a imunidade da população, principalmente se utilizada na forma preventiva. Segundo ele a medida pode reduzir custos da saúde e pode sim ser uma importante ferramenta para ajudar no combate ao Covid-19.

Na Câmara Federal o Projeto de Lei 1383/20 autoriza a utilização da ozonioterapia como tratamento médico Ao O Progresso, Spohr ressaltou que o ozônio medicinal é usado há mais de um século na Europa com excelentes resultados em mais de duzentas e cinquenta patologias, dentre elas queimaduras, pés diabéticos em otites, sinusites, sistites quadros crônicos endometriose ovário polissistico infertilidade, hepatites, doenças virais fúngicas ou bacterianas, além de adjuvante e em outras situações como terapia principal. No entanto os estudos ainda estão em andamento para o uso do tratamento da Covid-19. Ele explica ainda que o ozônio é produzido a partir do oxigênio medicinal por aparelho de alta voltagem. Esse gás faz com que as células do corpo produzem citocinas, bem como outros mediadores importantes, tais como interferons e interleucinas. Estas sinalizam informações para outras células que ativam toda cascata imunológica promovendo o reequilíbrio orgânico, para inflamações, dores reumáticas e outras situações imunológicas promovendo a axigenaçåo sanguíneo. Apesar da comprovação dos benefícios à Saúde ele elerta que esse procedimento deve ser feito por um profissional qualificado e sob consulta. “Existem fatores sanguíneos a serem examinados além de restrições, inclusive como o fato do gás

O ozônio é visto como eficaz no aumento da imunidade e uma arma poderosa no combate ao coronavirus não poder ser inalado. Há também aparelhos ozonificadores de água que também não pode ser consumida sem acompanhamento pois além de outros inconvenientes pode ressecar toda mucosa”, alerta. Legislação Na Câmara Federal o Projeto de Lei 1383/20 autoriza a utilização da ozonioterapia como tratamento médico complementar, em todo o território nacional, para os casos em que for constatada a Covid-19. Autora da proposta, a deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF) destaca que não há qualquer evidência científica relacionada à efetividade da ozonioterapia na prevenção ou tratamento para o novo coronavírus, porém ressalta vantagens. “Entretanto, possibilitar que a comunidade médica utilize o tratamento quando julgar necessário pode ser benéfico, afinal, essa terapia vem sendo cada vez mais estudada com intuito de auxiliar em tratamentos de feridas extensas, infecções fúngicas, bacterianas e virais, lesões isquêmicas e várias outras afecções, tendo se mostrado muito eficaz na maioria dos casos”, afirma. Associação Brasileira de Ozônioterapia A Associação Brasileira de Ozoterapia tem alertado que, “embora sejam conhecidas e reconhecidas internacionalmente as propriedades bactericidas , fungicidas e virustáticas do ozônio medicinal, até o momento não se tem notícia de qualquer trabalho científico publicado que relacione o uso do mesmo e o fortalecimento do sistema imunológico frente à infecção por COVID 19, até por ser este um agente microbiológico de presença recente em nosso meio”.

Terapeuta Luércio Carlos Spohr Saiba mais

Conselho Federal de Medicina Também já tramita na Câmara o PL 9001/17, do Senado, que autoriza a prescrição da ozonioterapia em todo o País. O Conselho Federal de Medicina (CFM) alertou, em nota pública, que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) caso a proposta seja aprovada pelos parlamentares. Para o conselho, apesar de praticada em diferentes países, a ozonioterapia ainda carece de garantias de eficácia e segurança. Em resolução publicada no Diário Oficial da União, o CFM proíbe aos médicos a prescrição desse tipo de tratamento dentro dos consultórios e hospitais. A exceção pode acontecer em caso de participação dos pacientes em estudos de caráter experimental, com base em protocolos clínicos e critérios definidos pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa. O intuito é assegurar aos participantes das pesquisas: suporte médico-hospitalar em caso de efeitos adversos, a garantia de sigilo e anonimato; e a gratuidade do acesso ao procedimento.


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Dia a Dia ENTREVISTA · Mariana Picolli - Reumatologista

“Pacientes reumáticos que usam cloroquina não estão imunes ao coronavirus” Cristina Nunes Especial para O Progresso Pacientes que usam a cloroquina para tratamentos de doenças autoimunes não estão protegidos contra o coronavírus. O alerta é reforçado pela Sociedade Brasileira de Reumatologia que tem informado que pacientes com diagnóstico de doenças reumáticas consideradas autoimunes, ou inflamatórias crônicas, ou aqueles em uso de medicamentos imunossupressores ou imunobiológicos, podem apresentar potencialmente, predisposição para formas mais graves da infecção”. Embora não estejam ‘oficialmente’ inclusos no grupo de risco, devido ao fato dos estudos sobre o vírus serem recentes, pessoas diagnosticadas com artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico, espondilite anquilosante, artrite psoriásica, esclerose sistêmica, doença inflamatória intestinal, síndrome de Sjögren, arterite de células gigantes, granulomatose com poliangiíte, granulomatose eosinofílica com poliangiíte, arterite de Takayasu, doença de Behçet, dentre outras, devem redobrar os cuidados nessa época de pandemia. Outro fator de destaque entre os pacientes reumáticos é o uso de medicamentos como cloroquina e hidroxina, utilizados pela maioria no tratamento de reumatismo. Em entrevista ao PROGRESSO, a reumatologista, Mariana Picolli, que atende em Dourados, destacou que eles não estão imunes ao vírus pelo fato de fazerem uso desses fármacos, que atualmente tem sido defendido como medicamentos com potencial para tratamento de pacientes infectados pelo coronavírus e até mesmo como prevenção, inclusive já são distribuídos em várias cidades no kit covid-19. Além disso, pacientes reumáticos também fazem uso de medicamentos que baixam a imunidade e devem ficar atentos nessa época de pandemia, nesses casos a médica afirma que a suspensão temporária da medicação deve ser considerada, porém os casos devem ser analisados individualmente. Qual a atuação da cloroquina em pacientes reumáticos? Em quais casos doenças ela é receitada? Existem efeitos "colaterais"? O difosfato de cloroquina e a hidroxicloroquina são medicamentos antimaláricos que fazem parte

cussões no aparelho cardiovascular e tem sido descritas principalmente na forma de cardiomiotoxicidade e de bloqueios atrioventriculares. Estas drogas sendo quimicamente similares à quinidina apresentam o mesmo potencial que esta de provocar alterações no intervalo QT do eletrocardiograma. Esta possibilidade, embora citada esparsamente na literatura, não é considerada pelos maiores usuários deste grupo de medicamentos. Pacientes reumáticos que já fazem uso da cloroquina devem continuar usando na pandemia? Sim. De acordo com recomendação da sociedade brasileira de reumatologia, se a doença estiver sob controle, não devem interromper o tratamento em andamento, seja com hidroxicloroquina ou cloroquina. Paciente reumatológicos com infecção presumida ou diagnóstico de COVID-19 e que já fazem uso da medicação, também deve continuar o uso. Medicamentos que baixam a imunidade, utilizados por pacientes reumáticos, podem continuar sendo usados na pandemia? Depende se o paciente apresentou contato com o vírus. Pacientes reumatológicos na ausência de infecção ou exposição ao SARS-COV2 não devem interromper o tratamento em andamento, inclusive neste grupo de pacientes e com doenças inflamatórias sistêmicas ou com ameaça a órgãos vitais (como por exemplo nefrite lúpica ou vasculites), as doses de imunossupressores não devem ser reduzidas e corticoides podem até ser iniciados. Já quando paciente tem infecção presumida ou possui diagnostico de covid-19 a interrupção temporária dos medicamentos imunomoduladores e terapias biológicas deve ser considerada, sendo analisado cada caso individualmente. A suspensão deve ser mantida até que seja possível um teste negativo ou após 2 semanas sem sintomas.

Frases “O difosfato de cloroquina e a hidroxicloroquina são medicamentos antimaláricos que fazem parte do arsenal terapêutico do reumatologista há anos e são amplamente utilizadas”

“O remédio não os deixam imunes. Portanto, deve-se ter os cuidados e manter as medidas preventivas gerais, como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos”

do arsenal terapêutico do reumatologista há anos e são amplamente utilizadas. Sendo drogas imunomoduladoras e antiinflamatórias, estão indicadas no tratamento da artrite reumatóide, do lúpus eritematoso sistêmico, da síndrome de Sjögren e da síndrome do anticorpo antifosfolípide Como esperado, toda droga apre-

senta um potencial de efeitos colaterais. Os mais temidos são os oftalmológicos e merecem, por parte dos médicos que utilizam cronicamente deste medicamento, um processo de acompanhamento especial. São contraindicadas em alterações retinianas e de campo visual. Entretanto, estes não são únicos. Existem estudos envolvendo reper-

Pacientes reumáticos que já tomarem cloroquina estão imunes ao vírus? O remédio não os deixam imunes. Portanto, deve-se ter os cuidados e manter as medidas preventivas gerais, como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos. A cloroquina está sendo muito procurada pela população. Como fica a situação dos reumáticos que precisam do medicamento? Como podem fazer para comprar? Agora a medicação é comprada com receituário controlado e é necessário entrar em contato com seu reumatologista para providenciar as receitas. Se por acaso houver falta da medicação, deverá ser discutido com seu médico a possibilidade de remédio substituto.


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Dia a Dia

Médica explica por que o coronavirus é devastador em pacientes cardíacos No Brasil, houve um aumento de 31% no número de mortes por doenças cardiovasculares desde o início da quarentena. “As dicas para esses pacientes é estar em dia com os exames cardiológicos” DIVULGAÇÃO

Cristina Nunes Especial para O Progresso Pessoas com doenças cardiovasculares e idosos são mais propensos a desenvolver complicações da Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus. Um estudo feito pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e cartórios de registro civil do Brasil, apontou um aumento do número de mortes por problema do coração em todo o país, na pandemia do coronavírus. Em entrevista ao PROGRESSO, a cardiologista Dra. Isabela Pezzini Volpato, que atende em hospitais de Dourados, explicou porque o covid-19 é tão devastador nos pacientes com doenças cardiológicas crônicas. “O Covid-19 pode gerar danos aos miócitos, isto é, as células musculares cardíacas. A grande responsável por esses danos é a resposta inflamatória sistêmica exacerbada do nosso do nosso organismo ao vírus. Além de distúrbios imunológicos desencadeados pela invasão viral e a progressão da enfermidade. A doença inflamatória sistêmica leva uma lesão à parede

Além dos cuidados básicos de máscara e álcool em gel, pacientes cardíacos devem redobrar a atenção nessa pandemia dos vasos sanguíneos, o endotélio e predispõe a formação de trombos nos vasos sanguíneos, levando ao tromboembolismo venoso e outras complicações. Outro fator crucial observado é que houve um aumento nos casos de infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral isquêmico. Não podendo esquecer das arritmias cardíacas graves”, alertou a médica. Além dos cuidados básicos de máscara e álcool em gel e distanciamento social, pacientes cardíacos devem redobrar a atenção nesse período de pandemia. “As dicas para esses pacientes é estar em dia com os exames cardiológicos. Sabe-se que as doenças sem devido acompanhamento geram risco mais alto ainda para as complicações da COVID-19. Principalmente a hipertensão arterial e o diabetes mellitus”, ressalta. Ela continua: “Não suspender as medicações, sem a orientação do médico assistente. Realizar atividades físicas regularmente, tendo criatividade para realizá-las em casa, como danças, esteiras, bicicletas. Estar “de bem com a vida”, pensar que a crise é passageira e vamos vencer. Não esquecer da saúde mental, realizar uma terapia, ler um livro, meditar e orar. Escutar

Estudo aponta um aumento do número de mortes por problema do coração em todo o país, na pandemia do coronavírus Saiba mais

Aumento de mortes

“As dicas para esses pacientes é estar em dia com os exames cardiológicos. Sabe-se que as doenças sem devido acompanhamento geram risco mais alto ainda para as complicações da COVID-19. Principalmente a hipertensão arterial e o diabetes mellitus”. Isabela Pezzini Volpato (Cardiologista )

Os cartórios de registro civil registraram aumento de 31% no número de mortes por doenças cardiovasculares entre 16 de março, quando os estados começaram a decretar a quarentena por causa da pandemia da covid-19, a 31 de maio, em comparação com o mesmo período de 2019. De acordo com o Agência Brasil, os dados fazem parte do novo módulo do Portal da Transparência, que reúne os óbitos por doenças cardíacas. O módulo foi desenvolvido pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) em parceria com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Porém, o levantamento da SBC mostra que os óbitos por infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC) registraram queda de 14% e 5% respectivamente, no período analisado, o que, na avaliação do presidente da entidade, Marcelo Queiroga, pode estar diretamente relacionado ao aumento do número de mortes em domicílio e à dificuldade do diagnóstico exato.


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Dia a Dia

Aulas em casa exigem desconto de mensalidade, garante defensora pública A alteração no formato das aulas por conta da pandemia permitiu que os pais tenham desconto no pagamento das escolas Vinícios Araújo

O PROGRESSO

A Defensoria Pública do Estado, em ação compartilhada com o Ministério Público Estadual e Procon, conseguiu formalizar acordo de desconto na mensalidade em 15 unidades educacionais particulares de Dourados. Segundo a defensora do consumidor Mariza Fátima, a alteração no formato das aulas por conta da pandemia permitiu que os pais tenham desconto no pagamento das escolas. “É preciso reconhecer que a modalidade presencial engloba muito além de apenas o conteúdo. É a estrutura,

ATOS OFICIAIS DIVULGAÇÃO

Dourados, quinta/sexta-feira 19/20.12.2019

um decreto que vá além da proibição, oferecendo as condições ideais para a retomada. Outro coisa importante é construir de forma conjunta às empresas, um plano de volta às salas de aula de forma estratégica a fim de não expor os alunos ao risco do contágio. Proibir por proibir gera ainda mais desgaste”, afirmou. Outro ponto destacado é o lado dos profissionais da educação. Para Mariza, é preciso reconhecer que os professores também precisam de resguardo. “Alguns profissionais me acionaram, dizendo que caso voltasse as aulas presenciais, eles teriam de acionar a defensoria pelo fato de não existir um plano de retomada seguro. Não podemos ver essa situação somente na ótica administrativa e financeira”, finalizou.

Semana passada, algumas unidades particulares retomaram as aulas presenciais, mesmo sem a flexibilização em decreto Para a defensora Mariza, é preciso reconhecer que os professores também precisam de resguardo o contato, a vivência presencial no ambiente escolar. Como a pandemia alterou isso, é preciso que os custos de manutenção dos contratos educacionais também sejam revistos”, afirmou. Na semana passada, algumas unidades particulares retomaram as aulas presenciais, mesmo sem a flexibilização em decreto. A medida fez com que a Prefeitura de Dourados emitisse proibição até que haja o controle da Covid-19 no município. No entanto, a defensora acredita que o decreto ainda não atende o anseio dos pais e administradores educacionais. “É preciso apresentar

“É preciso reconhecer que a modalidade presencial engloba muito além de apenas o conteúdo. É a estrutura, o contato, a vivência presencial no ambiente escolar. Como a pandemia alterou isso, é preciso que os custos de manutenção dos contratos educacionais também sejam revistos” Mariza Fátima (Defensora do consumidor)

aOptatio optur ad quis sinust eum eos molupictota doluptatem et pereria


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Dia a Dia ENTREVISTA · Eduardo Marcondes - Pediatra e especialista em saúde pública

“Aulas presenciais podem causar “explosão” de surtos da Covid-19” Rozembergue Marques Especial para O Progresso

Frases

A volta das aulas presenciais no início de setembro, como já anunciado pelo governador Reinaldo Azambuja “pode ser uma decisão precipitada”. A opinião é do pediatra e especialista em saúde pública Eduardo Marcondes, que na entrevista ao O PROGRESSO ele faz várias ponderações reforçando sua visão de que a volta das aulas presenciais, podem ocasionar uma “explosão” de surtos da Covid-19. Para Marcondes a “escola tem a missão de planejar esse retorno, mas não sozinha”. Ele defende que haja “ intersetorialidade” para desenvolver um plano político/pedagógico de volta às aulas viável e seguro.

“A pandemia expôs de forma mais clara o sucateamento da Saúde e nesse tema falo de cátedra, pois há anos defendo o fortalecimento do SUS”

Por que o senhor acha que ainda é cedo para a volta às aulas? Em especial se tratando de escolas, onde o comportamento é imprevisível e o número de assintomáticos é inestimável, a possibilidade de contágio é exponencial. Uma volta nesse momento , quando se vislumbra que o pico da pandemia deve ser dar nos próximos quinze dias, vai refletir daqui a três ou quatro semanas no aumento ainda mais expressivo dos casos. Soa incoerente que se gaste milhões com a defesa do isolamento social e se queira confinar as crianças em uma sala de aula. O isolamento é uma das poucas medidas eficazes no combate à propagação da doença. O senhor se referiu aos assintomáticos. Alunos nesse quadro poderiam passar "desapercebidos" em testes como aferição de temperatura e outros protocolos que vem sendo estudados pelas secretarias de Educação? A Sociedade Brasileira de Pediatria vem citando casos recorrentes de pessoas infectadas pelo novo coronavírus, mas são assintomáticas – ou seja, pacientes que ainda não tiveram os sintomas, mas podem apresentar e tem alta capacidade de transmissão. As crianças têm menos pré-disposição a apresentar sintomas, por isso a entrada delas nas escolas pode trazer um risco maior a quem está lidando com elas. De 70% a 80% das crianças infectadas evoluem de forma assintomática ou com sintomas leves, como se fosse um resfriado comum. Antes se pensava que as crianças transmitiam menos a Covid-19 do que outros pacientes. A evolução do conhecimento sobre a doença mostrou que as crianças transmitem tanto quanto os adultos. Inclusive já houve óbitos de bebês com Covid-19.

“Ter uma ideia mais precisa do papel das crianças na transmissão do vírus parece crucial antes de traçar qualquer plano de retorno às aulas” “A escola tem a missão de planejar esse retorno, mas não sozinha” O senhor não acha que a pandemia mostrou alguns problemas estruturais na educação? Os pais que precisam trabalhar não ficarão em uma "encruzilhada", que é mandar ou não mandar o filho para escola? Superlotação das classes, falta de estrutura e etc são problemas históricos da educação brasileira que podem se agravar com o retorno às aulas. A bem da verdade muitos pais não puderam parar de trabalhar na pandemia ou já foram obrigados a retornar. Para eles, a maior preocupação não é a morte, mas não ter um emprego por falta de amparo do Estado. É um drama social. Além de não poderem colaborar com a mediação da educação dos filhos, algo que o ensino remoto exige, muitos não têm com quem deixar as crianças. Com isso, a pressão para que as aulas voltem antes da epidemia estar controlada é maior. Os alunos não perderiam em aprendizado se for mantida a suspensão das aulas presenciais? A aprendizagem é apenas uma função da escola, que deve também socializar e educar para a cidadania. Penso que, em um momento de pandemia, preocupar-se apenas com o conteúdo é inadequado. O importante é professores, estudantes, pais e demais membros da comunidade seguros e vivos. A reabertura das escolas não precisa ser de

uma hora para a outra. Há tempo para elaborar com cuidado a retomada e sobretudo entender como voltar. Qual o "legado" dessa pandemia no que tange a novos paradigmas para a educação? A pandemia expôs de forma mais clara o sucateamento da Saúde e nesse tema falo de cátedra, pois há anos defendo o fortalecimento do SUS, o fim do sub-financiamento, a Emenda 29 em sua íntegra. Mas há outras mazelas que foram reveladas: a oceânica exclusão digital, o esgoto a céu aberto... Na educação essa é oportunidade para pensar novas estratégias para a educação é também um modo de evitar simplesmente voltar ao que era antes. De fazermos o que vem defendendo o escritor Yuval Harari: nos prepararmos para o “ novo mundo” pós-pandemia. Mas, por que estamos pressionando o retorno da escola infantil-para ficar em apenas um extrato da educação- no meio da pandemia, enquanto o país ainda vive uma fase intensa da doença? Reabrir as escolas seria bom para quem, afinal? Na sua opinião, como voltar e quando voltar às aulas? O ideal é que as aulas permaneçam suspensas por segurança. É inviável o retorno da educação infantil neste momento em nosso país. Precisamos de um planejamento que preserve as

condições sanitárias dos profissionais e também das crianças. A volta deve estar baseada no controle dos casos da doença em cada região, segundo avaliação sobre a transmissão local do vírus e de possíveis novas ondas da pandemia. Num país continental, com diferenças substanciais entre as regiões, é preciso prever cenários diferentes para decidir o retorno, como a confirmação se o pico da doença já passou e se a ascensão de casos não existe mais. Do ponto de vista específico da educação infantil, o que deve ser observado? Ter uma ideia mais precisa do papel das crianças na transmissão do vírus parece crucial antes de traçar qualquer plano de retorno às aulas. Sempre foi muito marcante a relevância da criança na transmissão de doenças infecciosas respiratórias para a comunidade. Curiosamente, até o momento, os dados preliminares não sugerem uma transmissão preponderante das crianças para a Covid-19. Entretanto, são evidências frágeis porque foram construídas num cenário em que crianças estão dentro de casa. A escola tem a missão de planejar esse retorno, mas não sozinha. Deve contar com a ajuda de órgãos competentes (saúde, assistência social, tribunal de contas e conselhos de educação, além de cultura e esportes) em seu estado, primando pelo diálogo e pela intersetorialidade para desenvolver um plano político/pedagógico.


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Dia a Dia ENTREVISTA · Alexandre Mantovani - Presidente da OAB 4ª Subseção Dourados/Itaporã

“A Justiça restabelecida é o combustível que nos move” Cristina Nunes Especial para O Progresso O presidente da Ordem dos advogados do Brasil (OAB) 4ª Subseção Dourados-Itaporã, Alexandre Mantovani diz que a Justiça restabelecida é o combustível que move os profissionais da advocacia. Em entrevista ao O PROGRESSO, ele ressaltou as vantagens e os desafios da profissão que conta hoje com quase 1,2 milhão de pessoas. No mês do advogado, cuja data de celebração é amanhã (11), Mantovani também destaca os projetos da OAB que valorizam a classe em Dourados. Também orienta aqueles que querem ingressar na profissão.

A OAB atua somente no âmbito daAdvocacia ou tem desenvolvido trabalhos em favor da sociedade? Somos uma instituição classista, mas com olhos voltados para a garantia da justiça e dialogamos diretamente com a sociedade. Em Dourados, como tem sido a atuação da Ordem em favor da Advocacia e da Sociedade? O trabalho é incansável no primeiro ano de gestão fomos recordistas em eventos variados, destinados à capacitação, qualificação e valorização da Advocacia como cursos, palestras, workshop, e campanhas de conscientização. Esse ano com o advento da pandemia os eventos presenciais foram suspensos, mas a Ordem não para, mantendo-

Agosto é o mês da Advocacia, comemorado em virtude do Dia do Advogado, celebrado em 11 de agosto, data que homenageia os profissionais que tem por missão representar os cidadãos perante o Poder Judiciário. O dia é celebrado em homenagem a criação dos dois primeiros cursos de Direito no Brasil, no ano de 1827: A Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo; e a Faculdade de Direito de Olinda, em Pernambuco, ambas foram criadas por D. Pedro I. advogados"? Como é o mercado de trabalho? Nós somos quase 1,2 milhões de Advogados e Advogadas, e, se de um lado há um a preocupação com o número crescente de cursos de Direito liberados pelo MEC nos últimos anos, por outro lado, sabemos que a Advocacia é uma profissão necessária para o equilíbrio da sociedade e por isso a cada dia é importante a valorização da classe para que a sociedade se veja sempre a cada dia mais respeitada. Quem é aprovado no Exame de Ordem tem um leque muito grande na forma de atuação e a cada dia é fundamental a especialização nas mais variadas áreas. Eu sempre digo que mesmo com o advento da pandemia com toda certeza a classe se fortalece e busca novos cenários. A cada dia se torna mais comuns audiências virtuais, atos telepresenciais e a Advocacia precisa acompanhar essa evolução, pois acreditamos que muitas dessas tecnologias permanecerão mesmo após a superação da pandemia.

O que é mais gratificante na profissão e quais os principais desafios? A Advocacia é gratificante porque lida com Direitos e garantias do cidadão, é uma profissão de Estado que tem previsão textual na Constituição Federal. É muito gratificante saber que a gente pode contribuir com o sistema, com as pessoas, buscando a garantia dos Direitos e Liberdades das pessoas. É uma profissão de muita luta, muito árdua, porém a recompensa de ver a justiça restabelecida é o combustível que nos move. Na sua opinião, o Exame da Ordem é fundamental para a profissão? O Exame de Ordem é extremamente essencial para a garantia da profissão, é um filtro necessário. Além disso, é uma garantia do profissional do aprovado no Exame de Ordem e da própria sociedade que é beneficiada com profissionais capacitados para atuação. Nós defendemos a manutenção do Exame de ordem como garantia necessária ao exercício da profissão.

DIA DO ADVOGADO

Frases “A Advocacia é gratificante porque lida com Direitos e garantias do cidadão, é uma profissão de Estado que tem previsão textual na Constituição Federal”

“Parabenizo essa classe lutadora que é indispensável à Administração da Justiça e destaco que nesse momento cada vez mais é necessário a união”

-se presente na vida da classe e da sociedade adequando-se ao novo normal. Um dos destaques desse ano são as nossas construções, estamos fazendo duas grandes obras que valorizam e dignificam a classe, incluindo com olhar especial as Mulheres Advogadas e também a jovem Advocacia. Em breve termos no Fórum a primeira sala de amamentação do Brasil da OAB dentro do Judiciário e também teremos um dos primeiros e mais modernos escritórios do Coworking (construído no prédio da Caixa dos Advogados

ao lado da OAB) que era um dos grandes sonhos da Advocacia de Dourados e Itaporã. É importante destacar também que as prerrogativas da Advocacia sempre foram e continuarão sendo uma das nossas principais bandeiras, assegurando a toda a classe o respeito das prerrogativas para o exercício da profissão. Todo ano milhares de novos Advogados são formados. Na nossa região todas as universidades possuem o curso de Direito. O mundo está "cheio de

Qual a mensagem que deixa para os profissionais da Advocacia e também para aqueles que sonham com essa profissão? Parabenizo essa classe lutadora que é indispensável à Administração da Justiça e destaco que nesse momento cada vez mais é necessário a união para os enfrentamentos do dia-a-dia . Aos acadêmicos aconselho que lutem pelos seus sonhos, estudem bastante para aprovação no Exame de Ordem. Nosso votos de sucesso para que componham os quadros da nossa sublime instituição. SOBRE ALEXANDRE MANTOVANI

O Advogado e Professor universitário, Alexandre Mantovani, é formado pela Unigran (Centro Universitário da Grande Dourados), atua há 19 anos na carreira jurídica. Foi professor na UFGD, UEMS e atualmente na Unigran, além disso, foi Conselheiro Federal da OAB por duas gestões tendo passado pelo órgão especial e secretário da segunda Câmara do Conselho Federal, substituindo por várias oportunidades o presidente daquela câmara, e também foi Presidente da Comissão Nacional da Jovem Advocacia. No ano de 2019 foi eleito presidente da OAB em Dourados.


Auxílio emergencial da cultura PÁG. 2

Gente que acontece, na Coluna da Adiles PÁG. 4

CADERNO B Dourados 10.8.2020 O PROGRESSO

Festival em prol das aldeias terá

ZECA BALEIRO E JERRY ESPÍNDOLA Festival Mba’e Porã terá apresentações culturais além de exposição on-line para venda de peças Valéria Araújo O “Festival Mba’e Porã: arte pela proteção dos povos indígenas” que acontece virtualmente até o dia 16 de agosto conta com artistas de renome nacional como Zeca Baleiro, Jerry Espíndola e o Brô Mc’s. Em Dourados, a cantora Giani Torres, comemora a iniciativa. Segundo ela o festival dará visibilidade as causas indígenas. “Nós que estamos diariamente acompanhando as dificuldades da Reserva de Dourados sabemos o quanto é preocupante. Aqui existe uma dificuldade muito grande em relação a água, que é um bem essencial a vida humana. Isso me tocou profundamente. Poder doar um pouco de mim e ajudar nessa

O valor arrecadado será administrado pela comissão organizadora e financeira do Festival causa tão nobre é motivo de alegria. Espero motivar ainda mais pessoas a aderirem e a contribuir com os leilões de artes e as “vaquinhas virtuais” que estão realizadas em prol dessa causa”, destaca. Para Giane os artistas nacionais chegam em boa hora e reforçam o movimento. “Eles serão a mola propulsora em prol desse movimento em prol da vida. Darão ainda mais visibilidade as causas indígenas”, reforça a cantora, que se apresentará no dia 15 de agosto às 20h. O objetivo do festival é levar água e equipamentos de proteção Individual (Epi’s) para a reserva indígena de Dourados, a mais populosa do País. Para isso, mais de 40 obras de arte foram doadas e serão vendidas. Mba’e

Porã, em guarani, significa coisa boa, coisa bonita. A iniciativa surgiu do encontro virtual entre o artista sul-mato- grossense Ghva e o professor Tiago Botelho, coordenador do curso de Direito da UFGD. O primeiro queria vender uma de suas obras, intitulada “Reza Guarani-Kaiowá”, para reunir fundos para as comunidades indígenas afetadas pela COVID-19, e buscava um apoio. Desse encontro surgiu a ideia de convocar, pelas redes sociais, artistas, professores e agentes culturais de Mato Grosso do Sul para somar forças, o que resultou na mobilização de diversos articuladores e na doação de cerca de 40 obras de arte. Além da venda on line das obras de arte, o festival contará com uma programação cultural nas redes sociais, diálogos e apresentações nacionais e regionais de artes cênicas e musica, com o objetivo de estimular as pessoas a contribuírem com uma campanha de arrecadação virtual. Ao todo o evento contará com mais de 20 atrações regionais e nacionais. A exposição virtual para a venda das obras reúne peças de dezenas de artistas sul-mato-grossenses. Haverá sorteio de obras para quem colaborar com a divulgação virtual e a campanha de arrecadação. “A situação dos povos originários de Mato Grosso do Sul é complexa e o estado de vida da maioria da população é de miserabilidade. A pandemia agravou necessidades, falta alimentação e material de higiene básica, acesso à saúde e a água. Por inúmeros motivos, até mesmo as reservas indígenas já demarcadas na região estão esquecidas pelo Poder Público, sendo urgente e necessário o auxílio da sociedade civil”, diz a or-

ganização do evento. O valor arrecadado será administrado pela comissão organizadora e financeira do Festival, composta por Carolina Dourado, artesã, estudante e produtora cultural, Everson Umada, publicitário e servidor público (UEMS), Elaine Dupas, professora (UFMS), Fabrício Moser, artista, professor e pesquisador (USP), Nathaly Munarini, advogada e servidora pública (DPMS), Rodrigo Bento, artista e servidor público (UFGD) e Tiago Botelho, advogado e professor (UFGD). A prestação de contas das doações será, posteriormente, apresentada em todas as redes sociais do Festival.

COMO DOAR

Artistas, ativistas, professores, agentes culturais, comunicadores ou produtores de audiovisual interessados em colaborar entrem em contato no (67) 98130-0607 ou pelo e-mail mbaeporaddos@gmail.com COMO ASSISTIR

A programação do evento estará disponível no perfil do Instagram @ festivalmbaepora e na página do Facebook e a transmissão das apresentações artísticas ocorrerá, ao vivo, pelo canal no Youtube.


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Dourados, 10.8.2020 O PROGRESSO

Caderno B

Artistas de MS terão reunião on line para esclarecer sobre o

auxílio emergencial da cultura Evento acontece no próximo dia 12, às 14 horas para esclarecer lei Aldir Blanc aos artistas de MS A Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul vai realizar na próxima quarta-feira (12), às 14 horas, uma reunião aberta online para esclarecimentos sobre a Lei Aldir Blanc. Podem participar artistas sul-mato-grossenses interessados em obter informações sobre a lei. A Lei 14.017/2020, sancionada no dia 29 de junho de 2020 e publicada em 30 de junho no Diário Oficial da União, dispõe sobre ações emergenciais de amparo aos artistas brasileiros, as quais serão adotadas durante o estado de calamidade pública provocado pela pandemia. Leva este nome em homenagem ao cronista e compositor brasileiro Aldir Blanc, morto em 2020 vítima da COVID-19. Os 26 Estados Brasileiros e o Distrito Federal receberão os recursos que serão repassados pela União, em parcela única, no valor de R$ 3.000.000.000,00 (três bilhões de reais) para aplicação, pelos Poderes Executivos locais, em ações emergenciais de apoio ao setor cultural. Para Mato Grosso do Sul, serão destinados 20 milhões para o Estado e 20 milhões distribuídos aos municípios de MS. A Capital, Campo Grande, ficará com 5,5 milhões; Corumbá, com R$ 773 mil; Três Lagoas, com R$ 838 mil e para Dourados serão destinados R$ 1,4 milhão de reais. Esses valores foram calculados da seguinte maneira: com relação ao Estado, 20% é relativo ao rateio do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e 80%, proporcionalmente à sua população. E com relação aos municípios, 20% de acordo com o rateio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), e 80% proporcional à sua população. A previsão é que o repasse seja iniciado no dia 06 de agosto. O setor da cultura vai receber os recursos em três frentes: renda emergencial mensal aos trabalhadores e trabalhadoras da cultura; subsídio mensal para manutenção de espaços artísticos e culturais, mi-

ARQUIVO

A diretora-presidente da Fundação de Cultura de MS, Mara Caseiro, vai esclarecer ddúvidas e conversar com os artistas cro e pequenas empresas culturais, cooperativas, instituições e organizações culturais comunitárias e editais, chamadas públicas, prêmios, aquisição de bens e serviços vinculados ao setor cultural. A diretora-presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Mara Caseiro, vai esclarecer dúvidas e conversar com os artistas. “A nossa expectativa é que isso venha

dar um fôlego aos nossos profissionais da cultura, que infelizmente tiveram as suas atividades paralisadas em função das restrições da pandemia. Desde março toda a atividade cultural teve que ser paralisada. Este recurso vai trazer um alento a toda a cultura, aos nossos artistas de Mato Grosso do Sul. Nós queremos convidar a todos os segmentos da arte de Mato Grosso do

Sul para que nesta reunião a gente possa ouvir as demandas de todo o segmento cultural de nosso Estado. Participe e traga sua proposta! Artistas interessados em participar, devem ir no link abaixo na data e horário marcado (quarta, 12 de agosto, às 14h: https://us02web. zoom.us/j/82402463461?pwd=NE 9GdVNlVUY4T0hWV05LTElVUU5 ldz09


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Dourados, 10.8.2020 O PROGRESSO

Adiles do Amaral Torres

COLUNA DA ADILES

“As pessoas esquecerão o que você disse, as pessoas esquecerão o que você fez... Mas elas nunca esquecerão... Como você as fez sentir.”

GENTE QUE ACONTECE

adiles@progresso.com.br

Chico Xavier

SONHO Teu rosto eu divisei nas nuvens, austéro, lindo, másculo e gentil teus olhos límpidos, sinceros me fitaram firmes, cor de anil. Tua mão acariciou a minha Com doçura e incrível amor Foi um toque de magia Que me fez vibrar, sorrir O dia amanheceu... os pássaros cantavam era dia, clareava... foi apenas um sonho Adiles do Amaral Torres

PARABÉNS E FELICIDADES AOS Alcides e esposa Angela Santa Cruz

Dora e esposo Odilon Azambuja

ANIVERSARIANTES

RODRIGO B. RUIZ Terça (11/08)

Vander Verão e esposa Lore

Josephina Capilé (Creche André Luiz)

Dalila Lasmar

Quarta (12/08)

Quarta (12/08)

VALDIR FUZZI

MARÍLIA MOURA

LUCIANA T. FAKER

MARCELO VARDASCA

Quinta (13/08)

Simone Capilé e esposo Gelson

Sexta (14/08)

Dr. Luiz Antonio Bussuan e a esposa Rosa Maria

Quarta (12/08)

HENRIQUE MEDEIROS DIRCEU LONGUI

Quinta (13/08)

Fernando Rocha e esposa Gedalva

MARILEY CIMATTI

Desembargador aposentado Joenildo Chaves e esposa Clarice

Sábado (15/08)

PARABÉNS E FELICIDADES aos aniversariantes, De 14/agosto - Américo Monteiro Salgado; Jair Neves de Oliveira; Angelo Antunes; Guiherme Neldal Neo; Marcos Paulo Delgado; Aide Casário do Amaral; Rafael Pereira Albuquerque; Oldair Balbuíno de Lima; Laudenir dos Santos Silva; Áudrea Matos; Alberto Sampaio Carvalho; Giovana Alexandria Pereira; Sérgio Fabiano Bogdan; Magdalha dos Reis Stein; Poliana Vitória Martins Coma; Bruno Henrique Cardoso; Guilherme Gandini. de amanhã, 15/ agosto - Luiz Carlos Vicentin; Sônia Maria Franco; Angela Albertoni; João Luiz H. Souza; Antônio Simões; Mary A. de Arruda Leme; Ancelmo Pinto de Freitas; Pedro Oliveira Azambuja; Hilda Maria dos Santos; Jandira Basso Queiroz; Renata Vieira de Andrade; Ricardo M. Sakaguti; José Donizete Borges da Silva; Carlos Magno Mieres Amarília; Poliana Melo Santos Freitas; Marilayne Mendes Wolf; Ademar das Silva Santos; Telise Casari; Creusa Firmino Corrêa.


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