DOURADOS MS ANO 70 Nº 13.640
O PROGRESSO
31 de agosto de 2020
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Dengue em alta na pandemia do Covid gera risco de dupla infecção “Explosão” de casos de dengue preocupa em meio a pandemia da Covid-19 e infectologista faz alerta; população deve procurar assistência médica e não se automedicar. PÁG. D1
CADERNO B
Pedofilia na internet aumenta durante pandemia
Evento DIVULGAÇÃO
Exposição online traz Mulheres da Música de MS PÁG. B2
DIA A DIA Aldeias
Justiça nega pedido para efetivação de barreiras sanitárias PÁG. D7
Dourados
Vendas de imóveis seguem aquecida mesmo na pandemia PÁG. D7
Capital
O isolamento social imposto pela pandemia fez com que pais e crianças ficassem no mesmo ambiente, mas separados no ambiente virtual. Essa exposição maior na internet pode trazer riscos aos pequenos se não tiverem uma supervisão adequada. PÁG. D3
Campo Grande tem uma árvore para cada cinco habitantes PÁG. D8
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Dourados, 31.8.2020 O PROGRESSO
Opinião EDITORIAL
Reinfecção pelo Coronavírus: novo perigo
A
reinfecção de um homem em Hong Kong pelo coronavírus, despertou a atenção do mundo para esse novo risco. Tanto que a agência de saúde da Organizações das Nações Unidas (ONU) manifestou a preocupação de que o fato pudesse gerar um novo alerta, porém considerou: “Outra coisa importante a ser observada é que os números são muito, muito pequenos”. “Portanto, este é um caso documentado em mais de 23 milhões e provavelmente veremos outros casos documentados. Mas parece não ser um evento regular, teríamos visto muitos mais casos.” De acordo com os cientistas da Universidade de Hong Kong que anunciaram o fato, as cepas de vírus que infectaram o homem com mais de quatro meses de intervalo eram diferentes. “O importante aqui é que esta seja uma documentação clara”, disse o porta-voz da OMS. “Então, recebemos relatos anedó-
ticos de vez em quando de pessoas que tiveram resultados negativos e depois positivos. E não ficou claro até este caso se era simplesmente um problema de teste ou se as pessoas estavam sendo infectadas pela segunda vez.” As prioridades para a agência de saúde da ONU incluem entender “o que isso significa em termos de imunidade (das pessoas)”. “É por isso que temos muitos grupos de pesquisa rastreando pessoas, medindo anticorpos, tentando entender quanto tempo dura a proteção imunológica — a proteção imunológica natural — que não é a mesma de
uma vacina.” Até a última quinta-feira, OMS registrou quase 23,5 milhões de casos de infecção por COVID-19 em todo o mundo, com mais de 809 mil mortes. A região das Américas é a mais atingida, com mais de 12,5 milhões de pessoas infectadas, seguida pela Europa (3,995 milhões), Sudeste Asiático (3,666 milhões), Mediterrâneo Oriental (1,840 milhão), África (1,007 milhão) e Pacífico Ocidental (460.991). Em um desenvolvimento relacionado, a OMS disse que mais de 170 países estão cooperando em uma iniciativa global para produzir vacinas COVID-19 a preços justos, uma vez que estas sejam licenciadas e aprova-
das. A iniciativa de financiamento para vacinas COVAX envolve países e fabricantes; é liderada por OMS, Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias (CEPI) e a aliança por vacinas Gavi. Em um comunicado, a OMS disse que a COVAX tem o “maior e mais diversificado portfólio de vacinas COVID-19” do mundo com nove vacinas candidatas, mais nove “em avaliação e conversas em andamento com outros grandes fabricantes”. A OMS descreveu o projeto como a única iniciativa global que está trabalhando com governos e fabricantes para garantir que as vacinas COVID-19 estejam disponíveis em todo o mundo para países de baixa e alta renda. Mas insistiu que, para garantir doses suficientes de vacinas para proteger as populações mais vulneráveis — como trabalhadores de saúde e idosos —, o financiamento era necessário até 31 de agosto, prazo final.
COVID-19 – Lições da primeira grande pandemia do século XXI ALESSANDRO CASTANHA DA SILVA*
*Biólogo, especialista em Microbiologia Clínica
A
s pandemias ao longo da história trouxeram diversas mudanças e aprendizados, principalmente quando discutimos o desenvolvimento da área de saúde. Entretanto, a primeira grande pandemia do século XXI, não esquecendo da gripe H1N1, a COVID-19, traz grandes mudanças a respeito do conhecimento sobre transmissão, características gerais das infecções virais, dentre outros tantos conceitos já estabelecidos na área de saúde. Desde o aparecimento no final de 2019 na China até o momento atual, pouco se sabe sobre o agente causador, a forma e velocidade de transmissão, do público vulnerável à doença, da forma de enfrentar e combater a infecção que se apresenta diferente em todos os países. Métodos como isolamento social, lockdown, quarentena, rastreio de contatos têm sido utilizadas para tentar conter a doença, porém não
tem se mostrado totalmente eficaz. A contenção, mitigação, supressão e recuperação são os métodos preconizados de combate à doença, e mais utilizados. A COVID-19 mostra-se como uma infecção em que 60 fatores de riscos contribuem para o agravamento, já atingiu mais de 200 países no mundo, com mais de 18 milhões de pessoas infectadas e números que superam as 690 mil mortes até o presente momento. E apesar da grande quantidade de produção científica e conhecimento adquirido sobre o tema, os números atuais continuam a crescer rapidamente. Inúmeros pesquisadores buscam incessantemente contribuir para as alterações destes números, visando algo que contribua para a queda dos casos que só crescem mundo afora. Apesar da gravidade, alguns legados devem ser deixados para o futuro com relação às novas pandemias que venham a atingir a população, pois com certeza elas virão. É indiscutível e imperativa a ne-
cessidade de apoio à ciência em nosso país, pois, em momentos de crises mundiais como esta que estamos vivendo o desenvolvimento científico é uma das melhores armas para combater as adversidades. Instituições que abrigam pesquisadores necessitam de aporte financeiro para o desenvolvimento de soluções para a prevenção e contenção de doenças endêmicas e epidêmicas. Quando falamos de apoio a ciência temos que pensar que está muito além de questões de saúde, elas são também questões econômicas e sociais, pois uma população saudável é economia para o Estado, é trabalhador produzindo, é capital girando, portanto, torna-se um investimento e não ônus. Seguindo o mesmo raciocínio, a necessidade de investimento no serviço de saúde público é outro ponto a ser considerado. Estratégias de saúde familiar e comunitária, bem como a criação de comitês de emergência em saúde que englobam todas as esferas do poder
público apresentaram-se eficazes em outras situações no combate a outras enfermidades como a varíola, que é a única doença erradicada do nosso meio. O investimento em mão de obra especializada para o serviço de saúde facilita o trabalho preventivo, bem como a tecnologia de ponta para um melhor tratamento de dados epidemiológicos que ajudariam a prevenir epidemias e por consequência, os altos custos empregados em tratamentos. Infelizmente nosso sistema de saúde passa por décadas de estagnação, e a atual pandemia evidenciou fortemente essa situação. A carência de uma gestão eficaz e de investimentos, transformou o SUS de um projeto copiado por outros países em uma realidade triste e defasada de cuidados a saúde. Temos que ter em mente que esta é uma grande oportunidade para refletirmos sobre os processos que estamos passando, que este momento traz a possibilidade de mudanças com relação a prognósticos melhores em outras situações futuras semelhantes a estas que estamos vivendo. A necessidade de uma discussão mais ampla, onde toda a sociedade proponha-se a rediscutir a saúde, a ciência que é feita em nosso país, onde os valores sociais, éticos e morais sejam revisitados e evidenciados.
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Dourados, 31.8.2020 O PROGRESSO
Política
Barbosinha aposta na experiência pública para tentar prefeitura Pré-candidato defende parcerias privados, valorização do servidor público e modernização da gestão como caminhos para Dourados Flávio Verão Deputado estadual no segundo mandato, ex-presidente da Sanesul, ex-secretário de Segurança Pública e prefeito da cidade de Angélica no início dos anos 90 são credenciais que José Carlos Barbosa (DEM), o Barbosinha, aposta para conseguir apoio da população para se eleger e administrar Dourados, segunda maior município de Mato Grosso do Sul. O pré-candidato a prefeito foi o primeiro a colocar o nome à disposição da população na corrida eleitoral. Barbosinha diz que ao longo de sua vida pública vem se preparando. “Desde o começo dos anos 90, quando administrei pela primeira vez uma cidade do Estado [foi prefeito de Angélica, de 1989-92], na época com
“Temos elemento humano e cabeças pensantes que Dourados e Mato Grosso do Sul estão a exigir” 23 anos de idade, venho acumulando experiências e conhecimento de gestão. Fui diretor-presidente da Sanesul por mais de 7 anos, deputado estadual [eleito para o primeiro mandato com 21.753 votos], passei pelo comando da Sejusp [Secretaria estadual de Justiça e Segurança Pública] e fui reeleito deputado em 2018 [com 27.492 votos], sempre procurando fazer o melhor. Tenho certeza que ajudei os governos de André Puccinelli e estou contribuindo com o mandato do governador Reinaldo Azambuja para a conjugação do verbo construir com todas as letras”, destacou o pré-candidato, que também é advogado
e professor universitário. Se eleito, diz que a velha e boa receita da dona-de-casa, que administra o orçamento doméstico com eficiência, vai levá-lo ao reequilíbrio das contas públicas municipal, garantindo a autossuficiência com eficiência administrativa, aproveitando as pessoas certas para os lugares certos. “Lembro que assumi a Sanesul, à época uma empresa mal gerenciada, que investia mal os seus recursos, e entrei lá sozinho, não levei ninguém. Quem levantou a Sanesul foram os próprios servidores e ao sair, deixei lá um saldo de investimentos de mais de R$ 1 bilhão, com obras e projetos estruturantes por todo o Estado, tanto que hoje Mato Grosso do Sul está muito perto de ser o primeiro estado da federação a universalizar os serviços de saneamento”, argumentou o pré-candidato. O apoio de amigos em Brasília do partido, da bancada federal no Congresso, da Ministra da Cultura e Agropecuária Tereza Cristina e, no Estado, do governador Reinaldo Azambuja e do vice-governador e secretário estadual de Infraestrutura Murilo Zauith, segundo Barbosinha, irá resultar em união de esforços para garantir projetos de mobilidade urbana, de controle orçamentário, de aplicação do dinheiro público, de uma política de gerenciamento de tráfego, no sistema de uma cidade inteligente, conectando o planejamento urbano e o desenvolvimento econômico de maneira integrada, valorizando a cultura, o esporte, o meio ambiente com função sustentável. Conforme Barbosinha, o Democra-
DIVULGAÇÃO/ ASSESSORIA
Barbosinha está no segundo mandato de deputado estadual tas sabe de onde veio e aonde quer chegar. “O manifesto do partido sustenta, de início, que nossa trajetória é a maior prova de que, sejam quais forem as circunstâncias, jamais abandonamos os nossos princípios e nossos alvos. Temos elemento humano e cabeças pensantes para dispor do conhecimento que Dourados e Mato Grosso do Sul estão a exigir nesse novo tempo que se anuncia, onde eficiência não se resume a trocar lâmpadas, tapar buracos, pagar salários em dia. Queremos mais e podemos mais. Trazer parceiros privados e construir parcerias, valorizar o bom servidor público e modernizar a gestão, serão caminhos que nos levarão ao desenvolvimento esperado”, finalizou.
Reinaldo discute liberação de quase R$ 60 milhões No pacote estão maquinários da chamada linha amarela A liberação de quase R$ 60 milhões de emendas parlamentares para a agricultura familiar foi tema de entre o governador Reinaldo Azambuja e a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, em Brasília. No pacote estão maquinários da chamada linha amarela, geralmente usados na recuperação de estradas vicinais, manutenção de represas e movimentação de calcário e fertilizantes, além de caminhões e implementos agrícolas. “Com a Tereza Cristina estamos em casa. Ela tem um olhar diferenciado para Mato Grosso do Sul e entende a necessidade do nosso Estado e dos agricultores familiares”, disse Reinaldo Azambuja. Mato Grosso do Sul tem mais de 70 mil agricultores familiares entre assentados, quilombolas e agricultores tradicionais. Ainda em Brasília, Reinaldo Azambuja teve um encontro com o senador Marcio Bittar (MDB-AC), relator do Orçamento Geral da União para 2021, visando a liberação das emendas para o período pós- pandemia. “Marcio Bittar é nosso amigo e estamos nos antecipando ao pós-pandemia, quando vamos ter um crescimento maior que o de outros estados”, afirmou. Projeção da Tendências Consultoria Integrada revela que a economia de Mato Grosso do Sul deve crescer 2,7% no próximo ano em relação a 2019. Com esse resultado, Mato Grosso do Sul vai estar no grupo seleto de cinco estados brasileiros a encerrar o próximo ano com crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
Marçal pede estudo para retomada de cirurgias eletivas em MS Hospitais estão inteiramente voltados a atendimento da covid-19 O deputado estadual Marçal Filho (PSDB) pede um estudo e plano de biossegurança em Mato Grosso do Sul para a retomada gradual de cirurgias eletivas, aquelas que não são emergenciais e estão suspensas desde março em razão da pandemia do novo coronavírus. Cirurgias, consultas e exames que não são de emergência foram paralisadas na rede pública, impactando as instituições de saúde e a qualidade de vida de milhares de pacientes que interromperam tratamentos ou precisaram adiar cirurgias. Os hospitais estão focados no atendimento dos casos suspeitos e confirmados da covid-19 e não há sinalização para retomada dos procedimentos eletivos. Em Campo Grande a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) prepara mutirão de cirurgias e exames para
o pós-pandemia e os procedimentos serão retomados quando a doença não estiver grave na cidade. A ideia é a de abrir cirurgias e exames de uma determinada especialidade de saúde e ampliar gradativamente para as demais áreas. Com a suspensão de procedimentos eletivos em março, ficaram autorizadas no Estado a realização de cirurgias cardíacas, oncológicas e aquelas que, mesmo se tratando de eletivas, possam causar danos permanentes ao paciente. Quem depende do SUS (Sistema Único de Saúde) teme a demora. “Tenho recebido muitas reclamações de pessoas que já aguardam por muito tempo a realização de exames e cirurgias e que agora, com a pandemia, temem que a fila de espera seja ainda maior, causando danos à saúde”, diz Marçal Filho. Para ele, a Secretaria de Estado de Saúde deve liderar as discussões e estudar com os municípios medidas de biossegurança para o retorno, quando possí-
ARQUIVO
COLONO - Ai cumpadri, mosquito me pegou
ZÉ PINGA - Jesus amado, agora cê tá com covidengue!
Deputado Marçal Filho vel, das cirurgias eletivas. Para especialistas, o SUS tem que se preparar para a alta demanda que deve acontecer a partir da retomada dos atendimentos. Conforme o Ministério da Saúde houve uma queda de 66% no número de cirurgias eletivas feitas em todo o país.
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Dourados, 31.8.2020 O PROGRESSO
Política
Combate à violência sexual contra crianças em MS repercute nacionalmente Lei aprovada pelos deputados estaduais serviu de inspiração para outros parlamentares brasileiros DIVULGAÇÃO
INFORME C CÍCERO FARIA cicerolfaria@gmail.com
O consolo do PSDB será ser vice do DEM Como previsto pelo “Informe C” há 15 dias a pré-candidatura a prefeito de Valdenir Machado (PSDB) foi ‘prô espaço’. Em reunião realizada na segunda-feira passada ficou selada e entrada dos tucanos no arco de alianças que está sendo construído em torno da pré-candidatura do deputado estadual Barbosinha, do DEM, à Prefeitura de Dourados. O presidente do diretório estadual o PSDB, Sérgio de Paula já tinha vindo a Dourados no início de agosto para tirar Valdenir da parada eleitoral. Agora, com as bênçãos de Geraldo Resende e Marçal Filho, o pretendente a candidato a prefeito foi definitivamente “aconselhado” a largar desta empreitada em favor da candidatura de Barbosinha. Como consolo, o PSB poderá indicar o candidato a vice-prefeito e até uma lista de nome foi divulgada pela Folha de Dourados: o próprio Valdenir Machado, os vereadores Silas Zanata e Sergio Nogueira e a esposa de Marçal, Patrícia Santos Leite. Até a convenção, prevista entre os dias 12 e 15 de setembro, outros nomes poderão surgir para compor a chapa majoritária de Barbosinha. “Comunico a todos vocês que sou pré-candidato a vice-prefeito. Mas, como política se faz com o coletivo, a escolha será do partido. Espero que me compreendam” informou o Valdenir. Desfazendo
Deputados debatem e votam proposições que visam garantir os direitos de crianças e adolescentes O isolamento social, imposto pela pandemia de Covid-19, pode agravar ainda mais situações de violação de direitos fundamentais. Quando essas violações atingem grupos, por natureza, mais vulneráveis, como crianças e adolescentes, vítimas de abuso e exploração sexual, cometidos muitas vezes por alguém de confiança da família, a preocupação maior do Poder Público é garantir, por meio de ações efetivas, sua segurança, proteção física e psicológica.
O Maio Laranja prevê ações de conscientização, prevenção, orientação e combate ao abuso Por este motivo, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) aprovou – e o Governo do Estado sancionou – legislação específica para o combate de uma das mais graves formas de violação. O Maio Laranja, instituído pela Lei Estadual n° 5.118/2017, de autoria do deputado Herculano Borges (Solidariedade), prevê ações de conscientização, prevenção, orientação e combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. Dada à relevância, a maté-
ria aprovada pelos deputados estaduais da ALEMS serviu de inspiração para outros parlamentares brasileiros, que também garantiram sua aprovação e implementação em outros estados, bem como no país todo, por decisão do Governo Federal. O autor da legislação estadual fala um pouco mais sobre o assunto no Radar Unale, boletim quinzenal da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais. Todo ano, a Casa de Leis abre suas portas para debater esse tema, com a responsabilidade necessária para tratar de assunto tão sério e delicado. Recebe autoridades e coordenadores de serviços voluntários de atendimento às crianças para audiências públicas, participação em sessões, reuniões e todo tipo de evento e ações. Em 2020, porém, essa logística teve de ser adaptada à realidade do distanciamento social. Não só em maio, mas no decorrer do ano, o Legislativo sul-mato-grossense encara o tema com a seriedade necessária, incentivando o diálogo, denúncias e, principalmente, levando informação ao público-alvo. Nesta edição da campanha, além de todas as ações habituais de prevenção e combate, o Parlamento inovou.
A equipe de profissionais da Secretaria de Comunicação Institucional, com ajuda das psicólogas Taiana Rondon e Anna Priscila Bevenuto, criou um material direcionado ao público principal da Campanha Maio Laranja: as crianças. O ebook “Capivarinhas não são sozinhas – uma história de amizade” usa personagens lúdicos inspirados na fauna sul-mato-grossense para aproximar o público infantil do Estado, quebra barreiras na abordagem do assunto e incentiva a conversa sobre respeito ao próprio corpo. O material pode ser usado de diferentes maneiras, desde o atendimento clínico, caso os pais tenham desconfiança acerca de queixas relacionadas ao abuso sexual, bem como forma de prevenção, usado em casa e também nas escolas, com os pais e professores usando a história narrada para passar a mensagem de cuidado. Clique aqui e tenha acesso gratuitamente o ebook criado para a Campanha Maio Laranja. SERVIÇO
Denunciar maus-tratos contra crianças e adolescentes é dever de todos. E, hoje, temos um canal específico para isso, basta discar 100
Diferente do cenário nacional, que aponta alta em processos de divórcio, Mato Grosso do Sul registrou menos separações durante o isolamento social, comparado ao mesmo período do ano anterior. Segundo levantamento no e-Notariado, plataforma de registros de cartórios do Brasil, durante os meses de “confinamento”, consequência da pandemia da Covid-19, o novo coronavírus, o país registrou aumento de 18,7% nos acordos para fim de casamentos em cartórios. Conforme dados do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul, entre março e agosto de 2019, 2.860 casais entraram com pedidos para o fim do vínculo conjugal, enquanto neste ano, 2.096 pessoas solicitação uma ação, sendo a maior parte dos pedidos no mês de março (490), período que teve início das medidas de isolamento domiciliar.
Imposto não!
A reforma tributária, em discussão no Congresso Nacional, não pode impactar os alimentos e nem os produtores rurais. Na leitura do presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Paraná, Ágide Meneguette, aumentar os impostos do setor significa reduzir a competitividade do brasil no exterior, além de impactar diretamente a população. “Tributar alimentos é tributar a fome do povo. A carga tributária em cima do alimento não pode ser alta. O produtor precisa ter ânimo para investir em tecnologia e aumentar a produção e produtividade”, afirmou Meneguette.
Prá frente
A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul prorrogou pela sexta vez consecutiva a
suspensão das atividades presenciais até 30 de setembro. As sessões continuarão ocorrendo virtualmente. O motivo é o avanço da pandemia de Covid-19. A AL chegou a registrar seis casos, incluindo o presidente Paulo Corrêa (PSDB). O deputado estadual Londres Machado (PSD) anunciou um novo caso: seu chefe de gabinete, Marco Dosso testou positivo para a doença.
Molezinha...
Com a licença médica do ministro Celso de Mello, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal ensaia voltar aos tempos em que era apelidada de “Jardim do Éden”, em referência a uma maioria de decisões favoráveis aos réus. O cenário ficou claro nesta semana com o placar de dois julgamentos. Em ambos, os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski votaram para beneficiar réus, enquanto Edson Fachin e Cármen Lúcia votaram contra os investigados. Pela regra penal, diante do empate, adota-se a decisão mais favorável ao réu. Enquanto Celso de Mello não retornar da licença, esse cenário anima advogados com causas pendentes de julgamento na turma.
É bi
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (sem partido) estão em espectros opostos no mapa político nacional. Contudo, para Marcos Henrique Barros Pereira, 37 anos, pré-candidato a vereador em Santa Maria da Vitória, no interior da Bahia, é possível uni-los se o objetivo for atrair eleitores. É a estratégia “bolsolula”. Pereira tem uma loja de celular na cidade de 40 mil habitantes e resolveu inovar ao anunciar sua estreia na política. Neguinho Celular, como é conhecido, lançou um santinho virtual explorando, ao mesmo tempo, uma foto do petista e outra do presidente.
Síndrome respiratória: falta de testagem afeta mais vulneráveis PÁG. 2
“Musculação ativa irisina e dificulta entrada do coronavírus” PÁG. 5
DIA A DIA Dourados, 31.8.2020 O PROGRESSO DIVULGAÇÃO
DENGUE EM ALTA
na pandemia do Covid gera risco de dupla infecção “Explosão” de casos de dengue preocupa em meio a pandemia da Covid-19 e infectologista faz alerta Marli Lange Especial para O Progresso Em tempos de pandemia dupla o risco de contrair Dengue e Covid-19 aumentam. Foi o que aconteceu recentemente com o ex-senador Delcídio do Amaral. Em Dourados o infectologista Julio Croda explica que uma infecção não previne a outra. A pessoa pode contrair mais de uma infecção ao mesmo tempo e opções existem várias, como dengue, chikungunya, zika vírus, entre outras. Apesar de não se ter uma estatística, o número de casos pode ser pequenos, mas não é descartado. Esse alerta pode deixar muitas pessoas em pânico, mas é uma forma de chamar atenção para a prevenção, já que este ano a dengue tem um concorrente poderoso: o coronavírus. Diferente da Covid-19, que é contagiosa, a dengue pode ser evitada, basta tomar todos os cuidados com a higiene e limpeza. A dengue por si só é bastante perigosa, principalmente se contraída por pessoas com comorbidades, ou seja, que possuem diabetes, obesidade, hipertensão,tuberculose, entre outros, que aumentam o risco de agravamento do quadro dadoença. Dengue em MS Com 67.791 casos notificados em Mato Grosso do Sul, a dengue já matou 39 pessoas este ano. O Es-
tado é o 2º no ranking dos estados brasileiros em maior incidência. Em Mato Grosso do Sul, os 79 municípios estão em “alerta vermelho”, apresentando “alta incidência” (acima de 300 casos por 100 mil habitantes), conforme o último boletim da Secretaria de Saúde do Estado, divulgado dia 19 deste mês. O infectologista Julio Croda, alerta para que a pessoa não faça a automedicação e que procure assistência médica assim que apresentar sintomas. “Se a pessoa que já contraiu o Covid-19 e está em isolamento, se sentir uma piora, procure imediatamente uma equipe de saúde e avalie a situação”, alerta. O infectologista observa ainda “que neste períodode quarentena, a pessoa aproveite o tempo livre e elimine os focos intradomiciliar”. Dourados Em Dourados os casos de dengue este ano já somam 2.138 notificações, conforme a Secretária Municipal de Saúde. Deste, 1.177 suspeitos foram confirmados. A cidade já soma três mortes por dengue. As vítimas foram uma pessoa de 61 anos que morreu em 31 de janeiro; outra de 46 anos, em 19 de abril, que possuía hipertensão e a última morte foi de uma criança de 10 anos, no dia 8 de maio. A coordenadora do CCZ, a bióloga Rosana Alexandre da Silva, informou que há três semanas não
dando origem a um novo ciclo do mosquito. Rosana informou que a população douradense tem colaborado com a redução de casos durante o inverno. A prefeitura também vem fazendo diversas frentes detrabalho, organizando mutirões nos bairros, que visam a eliminação de focos. Saiba mais
Pandemia “Se a pessoa que já contraiu o Covid-19 e está em isolamento, se sentir uma piora, procure imediatamente uma equipe de saúde e avalie a situação. Neste período de quarentena, a pessoa aproveite o tempo livre e elimine os focos intradomiciliar” Julio Croda (Infectologista) têm casos confirmados de dengue. Neste período de baixa temperatura os casos diminuíram, já que o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, circula menos. No entanto ficam os criadouros, que se não forem eliminados, os ovos depositados podem permanecer intactos por meses e, quando chega a estação quente, eles eclodem,
A coordenadora do CCZ alerta para que a população não esqueça os cuidados para prevenir a dengue, principalmente neste momento, em plena pandemia de coronavirus, onde as pessoas correm sério risco de contrair as duas doenças (Covid e dengue), sem contar ainda com o zika vírus e chikungunya. “Temos que estender os cuidados em todas as direções, usar máscara para prevenir o coronavírus e não esqueceros cuidados com a casa, quintal e usar repelente”, comenta, reforçando, que “estamos em um momento que as pessoas estão visando bastante os cuidados com ocoronavírus, mas não podem esquecer também que a dengue pode gerar mortes”, alerta. Rosana recomenda que as pessoas façam as denúncias, conforme orientação da Lei Municipal 3.965/2016 , onde os agentes farão uma fiscalização e o morador pode ser multado em caso de reincidência. Telefone para denúncia: CCZ 3411-7753.
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Dourados, 31.8.2020 O PROGRESSO
Dia a Dia
Síndrome respiratória: falta de testagem afeta mais vulneráveis Relatório de pesquisadores aponta desigualdade de acesso às testagens na macrorregião de Dourados SES/MS
Gracindo Ramos O aumento exorbitante de registros dos casos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em 2020 pode ter uma relação direta com a subnotificação de casos da Covid-19 em todo o país. Em Mato Grosso do Sul não é diferente, e a análise desses dados em segmentos da população por raça/cor chama ainda mais a atenção para essa discrepância. É o que conclui o pesquisador Adeir Archanjo da Mota, da Universidade Federa da Grande Dourados (UFGD), um dos responsáveis pelo “Relatório Técnico da Análise Geocartográfica das Incidências de casos confirmados e de óbitos pela Covid-19 na macrorregião de Saúde de Dourados”. O estudo de epidemiologia geográfica vem sendo desenvolvido em colaboração com a também pesquisadora Fernanda Vasques Ferreira, da Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB), e com apoio técnico dos estudantes Antonio Idêrlian Pereira de Sousa (UFGD/FCH), Gabriel Archanjo de Castro Mota (UFGD/FACET) e Pedro Antônio Araújo da Silva (UFGD/FCH). O mais recente trabalho do grupo de pesquisa traz dados sobre a incidência do novo coronavírus de 01 de agosto a 15 de agosto (31ª à 33ª semanas epidemiológicas) de 2020 e uma comparação dos re-
A doença nas populações vuneráveis está estatisticamente discrepante em relação a população de cor branca gistros de SRAG em Mato Grosso do Sul no mês de julho de 2019 em relação ao mesmo período deste ano. “Ao tratar de SRAGs fica evidente as discrepâncias étnico-raciais, principalmente em relação aos indígenas. Enquanto alguns têm o direito de saber porque adoeceu e fazer tratamento, outros não tem direito de saber pelo que está morrendo. Os familiares e a população não compreendem o que vem a ser SRAG”, explica Archanjo. De acordo com a pesquisa, a comparação entre os registros das SRAG no mês de julho de 2019 e no mesmo mês de 2020 evidenciou um aumento significativo. Em 2019 foram notificados 221 casos enquanto no mesmo mês de 2020, o estado registrou 2.367 notificações por SRAG. Desses totais, 64 pessoas morreram no estado por SRAG em julho de 2019, enquanto no mesmo período de 2020 apresentou um aumento muito expressivo ao registrar 473 óbitos por SRAG. Uma desproporção de 7,4 vezes mais casos entre julho de 2019 e julho de 2020, na qual o fator que contribui para compreender esta elevação expressiva é o contexto da pandemia da CoVID-19. Para o geógrafo, “o que choca, pela desproporção, é a quantidade de casos em Mato Grosso do Sul de SRAG que
Casos de SRAG tiveram aumento de 1.071% comparando julho de 2019 e julho de 2020 ocorreram até julho de 2020 ao compararmos com os que ocorreram até julho de 2019. Uma desproporção astronômica, de 1.071%”. O relatório afirma que os óbitos por SRAG e o aumento de grandes proporções em relação aos números do ano anterior se tratam de casos de Covid-19 não testados e subnotificados. Conforme os dados divulgados pelos pesquisadores, a Macrorregião de Saúde de Dourados (MRS) é responsável por 258 dessas 1.063 mortes por SRAG. Localizada ao sul do Estado, a MRS de Dourados, é constituída por 33 municípios das microrregiões de saúde de Dourados, Naviraí, Ponta Porã e Nova Andradina, somando mais de 30% da população sul-mato-grossense. Dessas 1.063 mortes por SRAG, 47% é atribuída a SRAG não específicas, a maioria, 99 registradas na população que reside no município de Dourados, em que 67 óbitos foram confirmados por Coivid-19 e outras 32 mortes por SRAG não específicas, do início deste ano até o dia 15 de agosto. Esse quadro se torna uma situação “atípica e ilógica”, de acordo com o documento, se tirada do contexto da baixa testagem para doenças respiratórias, uma realidade não apenas em Mato Grosso do Sul, como também no Brasil, em especial nas populações vulneráveis. “Esse dado pode ser um importante alerta em relação à subnotificação, baixa testagem e efetiva transparência na comunicação dos dados divulgados com o respectivo nível de gravidade que a doença apresenta no município”, analisam os especialistas. “A subnotificação da Covid-19, assim como foi a provocada pelo vírus H1N1, em 2016, se deve ao fato de não testarem adequadamente todos que desenvolve o quadro clínico de ‘falta de ar’. SRAG não é uma doença, não é um vírus, é um quadro clínico de evolução de muitas situações de saúde que se agravam. A tamanha
desproporção das quantidades de SRAG em MS evidencia para o ano de 2020 falta testagem, assim como aponta a testagem pelo teste RT-PCR [para a detecção da Covid-19]. Associado a tudo isto, sabemos também que os testes possuem baixa sensibilidade ao novo coronavírus, como explicamos em estudo já aprovado por revista científica. E, como os epidemiologistas e infectologias, vivem ressaltando, os resultados de testes não significam que você não tem ou que você nunca teve”, esclarece Adeir Archanjo. As desigualdades de acesso à testagem na macrorregião de Dourados se evidenciam, segundo o relatório técnico, quando comparadas às mortes por cor/etnia por SRAG não específica e SRAG por Covid-19, com destaque para os povos indígenas. Das 11 mortes registradas de pacientes indígenas que moram no município de Dourados, somente três foram diagnosticadas como Covid-19. Dos outros oito pacientes que foram a óbito por SRAG não específicas, seis moram em outras cidades da macrorregião. Na população negra da MRS, as quantidades ficaram de 55 para SRAG não específica e 52 por CoVID-19; na população de cor branca ficaram de 48 e 68, respectivamente; e na população amarela, de 2 e 7, respectivamente. Esse dado revela que a doença nas populações vulneráveis está estatisticamente discrepante em relação à população de cor branca. “Ao caracterizar os óbitos da macrorregião de Dourados por cor/etnia, identificamos quantidades muito discrepantes entre os casos registrados de SRAG por Covid-19 e SRAG não específicas, resultante das históricas desigualdades socioambientais evidentes nos estudos étnico-raciais nos diferentes contextos geográficos brasileiros, os resultados são discrepantes entre as populações indígena e negra e as de cor branca e amarela”, aponta o estudo de epidemiologia geográfica.
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Alertas
A análise geocartográfica das incidências da Covid-19 pretende acompanhar a disseminação do vírus e avaliar o nível de pressão que esta epidemia realiza no sistema de saúde, estabelecendo níveis de alerta o Estado de Mato Grosso do Sul. Os pesquisadores, no entanto, consideram “importante salientar que os níveis de alerta apresentados [no] relatório são válidos para o período de 20 a 25 de agosto devido à dinâmica populacional, aos decretos, à alocação de serviços de saúde e profissionais e todas as demais variáveis que interferem na disseminação do novo coronavírus”. Eles ainda sugerem que novos estudos devem ser feitos para melhor compreensão sobre as elevadas taxas de letalidade e verificar se elas resultam da testagem insuficiente nesses municípios ou se refletem o real aumento da letalidade do vírus. A pesquisa investiga o índice de morbimortalidade da Covid19 (relação entre novos casos confirmados e novos óbitos) para um período de quatorze dias (1 a 15 de agosto). E, segundo os resultados, os municípios que apresentaram os índices mais elevados naquele período foram Tacuru e Dourados com, respectivamente, 1,84 e 1,52 e nível de alerta 3. “Um desafio para elaborar diagnóstico da situação da Covid-19 se evidencia ao calcularmos a taxa de letalidade para os municípios sul-mato-grossenses, que teve aumento de 70% nos últimos 50 dias, ao passar de 1,0% para 1,7% no período de 01 de julho de 2020 para 18 de agosto de 2020. Observamos ainda que 37 municípios tiveram taxa de letalidade acima da taxa estadual, sendo que, desses, 15 municípios apresentavam taxas de letalidade maior do que o dobro da taxa estadual. Cinco desses municípios situam na MRS de Dourados: Angélica, Vicentina, Nova Andradina, Batayporã e Aral Moreira”, conclui o relatório técnico.
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Dourados, 31.8.2020 O PROGRESSO
Dia a Dia
Pedofilia na internet aumenta durante pandemia Em casa, para seguir as medidas de distanciamento, crianças e adolescentes podem estar ainda mais vulneráveis devido ao contato maior com o mundo virtual DIVULGAÇÃO
Valéria Araújo O isolamento social imposto pela pandemia fez com que pais e crianças ficassem no mesmo ambiente, mas separados no ambiente virtual. Essa exposição maior na internet pode trazer riscos aos pequenos se não tiverem uma supervisão adequada. Um levantamento da Europol (agência de inteligência da Europa), mostra que há um aumento da atividade on-line de quem busca material para abuso sexual infantil. Embora a totalidade do material on-line de violência sexual de crianças e adolescentes não possa ser medida diretamente, o relatório destaca que entre 17 e 24 de março foi registrada uma alta de 25% no número de conexões para download de material impróprio na Espanha, uma tendência que também foi observada em outros países europeus. No Brasil esse crescimento foi observado pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), que tem feito alertas nesse sentido. Ao O PROGRESSO o delegado da Polícia Federal Dênis Colares Araújo alerta os pais para que fiquem atentos e vigiem de perto o comportamento dos filhos menores.
Um levantamento da Europol mostra que há um aumento da atividade on-line de quem busca material para abuso sexual infantil “Crianças e adolescentes podem ficar vulneráveis a tentativas de aliciamento na internet, principalmente nas plataformas de jogos on-line, redes sociais e chats. Um bom caminho para garantir a auto-proteção da criança ou adolescente é o diálogo. É muito importante falar com eles sobre o que é estar seguro na internet, sobre limites do corpo mesmo no mundo virtual, conceitos sobre privado e público e o que fazer caso sinta que tem alguma coisa errada acontecendo. O que costumamos dizer é que, assim como não é aconselhável deixar uma criança atravessar a rua sozinha sem orientação, no que se refere ao uso da internet essa regra também vale.”, destaca. Ele continua. “O ideal é sempre saber com quem a criança está conversando, quais páginas está navegando e observar o comportamento deles na frente da tela, os horários, com quem está conversando, se fica mais arredia, ou se começou a esconder os acessos. Esse comportamento de ficar muito tempo na internet precisa ser vigiado, monitorado e de se estabelecer uma conversa com a criança, orientando quanto aos perigos que existem, porque
Existem ferramentas que podem ajudar as famílias na negociação dos limites do uso de internet muitos abusadores se passam por crianças para tentar ludibriar quem está do outro lado da tela”. Denis Colares foi o responsável por operações que colocaram atrás das grades criminosos que agiam por trás das telas utilizadas por crianças. Um dos casos que mais chamaram a atenção, foi de um homem de 37 anos que colecionava calcinhas infantis. Ele foi preso após trocar mensagens com uma menina de 10 anos e pedir para que ela mandasse fotos de partes intimas. A mãe da menina procurou a delegacia e o autor foi localizado e preso pela Polícia Federal. O acusado confessou o crime de pedofilia na época. “A maioria dos crimes contra as crianças são cometidos quando elas, ao utilizar dos meios eletrônicos, tornam-se vítimas em potencial do assédio de pessoas voltadas à criminalidade. O problema da atualidade é que os pais estão terceirizando os cuidados com as crianças para os meios cibernéticos. Muitas vezes a criança pode não estar só brincando no computador ou no celular e os pais precisam estar atentos. Infelizmente, hoje não existe limite de idade para criança ter telefone”, declarou Denis Colares. A childhood.org.br alerta que violência sexual no ambiente on-line pode ocorrer de várias formas. As vítimas podem ser coagidas a fornecer imagens ou vídeos ou adultos podem fazer contato casual com
“Crianças e adolescentes podem ficar vulneráveis a tentativas de aliciamento na internet, principalmente nas plataformas de jogos on-line, redes sociais e chats. Um bom caminho para garantir a auto-proteção da criança ou adolescente é o diálogo” Dênis Colares Araújo (Delegado da Polícia Federal) crianças e adolescentes por chats ou games, ganhar sua confiança e introduzir conversas sexuais, entre outros. De acordo com o relatório Child Only Safety do BroadBand Commission for Sustainable Development, apresentado em outubro de 2019 na ONU, em apenas um ano, a Internet Watch Foundation encontrou
mais de 105 mil sites hospedando material de abuso sexual infantil. O relatório revela que uma em cada cinco crianças com idades entre 9 e 17 anos vê material sexual indesejado. Daqueles que veem material sexual, 25% relataram experimentar extremo medo ou angústia. Existem ferramentas que podem ajudar as famílias na negociação dos limites do uso de internet. A Safernet Brasil fez uma lista de alguns recursos que podem ser avaliados de acordo com a faixa etária da criança: o “Modo Restrito” do YouTube é uma configuração que ajuda a excluir conteúdo possivelmente ofensivo; o YouTube Kids é mais indicado e seguro para crianças; o aplicativo Family Link, criado pelo Google, permite estabelecer regras digitais; em algumas plataformas é possível escolher quais aplicativos, recursos e conteúdos um perfil restrito pode acessar. Saiba mais
Pena A pena para quem armazena esse tipo de conteúdo varia de um a quatro anos de prisão. Já quem o compartilha pode ser condenado à pena de de três a seis anos de cárcere. A produção de conteúdo relacionado aos crimes de exploração sexual de crianças e adolescentes pode ser punida com quatro a oito anos de detenção.
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Dourados, 31.8.2020 O PROGRESSO
Dia a Dia
Em Dourados 35 crianças e adolescentes foram estuprados na pandemia O risco aumenta quando os pais precisam trabalhar e não têm onde deixar os filhos, já que Ceims e escolas estão fechadas por causa da pandemia
DIVULGAÇÃO
Valéria Araújo Dados da Polícia Civil mostram que desde o início da pandemia, 35 crianças e adolescentes foram estuprados em Dourados. As autoridades acreditam que o risco maior está no fato de muitos pais precisam sair para trabalhar e muitas vezes não têm onde deixar as crianças, já que Ceims e escolas permanecem fechadas por causa da pandemia. Entre crianças de zero a 11 anos foram 24 estupros, sendo 19 femininos e 5 masculinos. No mesmo período do ano passado, foram 22 casos. Nos perfil adolescente (de 12 a 17 anos) foram 11 casos em Dourados durante a pandemia, sendo 8 do sexo feminino e três do sexo masculino. De acordo com o delegado Lupérsio Degerone, esse é um tipo de crime que em 90% dos casos é necessário que haja a denúncia para que a Polícia Civil possa chegar ao agressor. Isso porque, segundo ele, na maioria dos casos o estupro contra a criança ocorre de forma escondida e geralmente o autor é alguém próximo da família. “O perigo mora ao lado da criança. Geralmente os autores são padrastos, parentes consanguíneos como tios, primos, ou vizinhos, amigos da família, pessoas próximas. É muito difícil casos de estupro onde crianças são abordadas por indivíduos absolutamente estranhos”, enfatiza. Degerone diz ainda que é necessário que as pessoas que estão próximas das crianças prestem cada vez mais atenção ao comportamento dos pequenos. “As mães e os professores podem notar comportamentos de exclusão e medo excessivo, entre outras características e conversar com a criança que pode estar sendo vítima. A criança pode se tornar arredia a uma pessoa, ou a oferecer resistência a alguém. Esses podem ser alguns sinais”, orienta, observando que é justamente nas relações de confiança é que muitas vezes os estupros acontecem. “Os pais devem manter um diálogo com a criança para que ela possa notar qualquer sinal de abuso e também contar o que está havendo aos pais”, ressalta. Por hora, quatro meninas são estupradas Dados do 13ª Anuário Brasileiro de Segurança Pública, aponta que a cada hora quatro meninas de até 13 anos são estupradas no País. Ocorrem em média 180 estupros por dia no Brasil, 4,1% acima do verificado em 2017 pelo anuário. Em 2018, 66 mil foram vítimas de estupro no Brasil, maior índice desde que o estudo começou a ser feito em 2007. A maioria das vítimas (53,8%) foram meninas de até 13 anos. De cada dez estupros, oito ocorrem contra meninas e mulheres e dois contra meninos e homens. A maioria das mulheres violadas (50,9%) são negras.
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Morte
“O perigo mora ao lado da criança. Geralmente os autores são padrastos, parentes consanguíneos como tios, primos, ou vizinhos, amigos da família, pessoas próximas. É muito difícil casos de estupro onde crianças são abordadas por indivíduos absolutamente estranhos” Lupérsio Degerone (Delegado)
Uma menina, de apenas 7 anos, morreu na tarde da última segunda-feira (24) após ser estuprada em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha a Ponta Porã. A criança teria sido levada pelos familiares primeiros ao Hospital Juan Pablo II no bairro de Obrero, mas devido a gravidade de seu quadro clínico ela precisou ser transferida para o Hospital Regional de Pedro Juan. De acordo com o médico forense César González Haiter, a menina chegou ao local com uma laceração anal. O ferimento grave causou uma hemorragia interna, que resultou na morte da criança. Diante da suspeita de abuso sexual, uma autópsia foi realizada a pedido do promotor Álvaro Rojas Almirón, e constatou que a criança havia sido estuprada. A autópsia também encontrou lesões em outros órgãos da vítima. Ainda conforme o site Porã News, um agravante da situação brutal, seria a suposta falta de colaboração da própria família da vítima na investigação. Segundo o site local os familiares estariam dando informações desencontradas, sobre as circunstâncias dos ferimentos encontrados na menina.
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Dourados, 31.8.2020 O PROGRESSO
Dia a Dia
Musculação ativa irisina e dificulta entrada do coronavírus, diz médico O profissional critica horários reduzidos de academia e diz que é fundamental o funcionamento Cristina Nunes Especial para O Progresso Que as atividades físicas são essenciais para a boa saúde do corpo não há dúvidas, mas nesse período de pandemia elas tornam-se ainda mais essenciais. Em entrevista ao Jornal O Progresso,
O principal órgão acometido pelo vírus é o pulmão, causando grande complicação pulmonar A prática de atividades físicas com intensidade moderada pode ser considerada uma aliada no aumento da imunidade o médico Diogo Castilho, cirurgião geral e gastroenterologista que atende em Dourados, falou da importância da musculação como forma de prevenção ao coronavírus. “As atividades físicas aumentam
a função das células de defesa ao circularem pelo corpo para combater agentes invasores que provocam as doenças. E ao se exercitar o músculo produz substancias como a irisina, que dificultam a entrada do vírus COVID-19 nas células”, explicou o médico. De acordo com o médico o principal órgão acometido pelo vírus é o pulmão, causando grande complicação pulmonar. “Quem realiza atividade física tem melhor condição cardiorrespiratória. Caso o praticante de atividade física fique doente os sintomas provavelmente, serão leves”, afirmou Diogo. A prática regular de atividades físicas com intensidade moderada pode ser considerada uma aliada no aumento da imunidade, por isso o médico defende o funcionamento diária das academias e em horários estendidos. “A respeito do horário reduzido das academias, penso que não condiz com a real necessidade da
Diogo Castilho
população. Atividade física deve ser realizada pelo menos três vezes na semana, porem se todos forem no mesmo dia teremos aglomeração. Sendo assim, as academias deveriam ficar abertas todos os dias, e por períodos prolongados para poder atender um maior número de pessoas. Facilitando também que as normas de segurança sejam cumpridas e evite assim as aglomerações”, destacou o médico. Para quem prefere fazer os exercícios em casa o médico dá dicas. “Pensando nas atividades em casa e ao ar livre, a dica é: tentar acompanhar treinos on-line preparado por um profissional de educação física. Tomar cuidado com lesões por atividades realizadas de forma incorreta. Os exercícios praticados ao ar livre como caminhada, corrida, ciclismo, patins, pular corda, podem ser realizados em intensidade moderada sem grandes lesões”, salientou.
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Dourados, 31.8.2020 O PROGRESSO
Dia a Dia
Justiça nega pedido para efetivação de barreiras sanitárias nas aldeias Enquanto na área urbana barreiras são equipadas e com profissionais de segurança e saúde, na Reserva as comunidades fazem “vaquinha virtual” para manter trabalho voluntário DIVULGAÇÃO
Valéria Araújo
A Justiça Federal de Dourados negou o pedido do Ministério Público Federal (MPF) para a efetivação de barreiras sanitárias e medidas de prevenção e controle por parte da Guarda Municipal e Polícia Militar na Reserva Indígena. O judiciário entendeu que não há provas suficientes de que as ações não estão sendo realizadas pelos órgãos citados, tanto da segurança quanto da Saúde. O MPF pretende recorrer da decisão. Em ação civil pública o MPF justifica que os moradores das comunidades indígenas de Dourados estão sendo obrigados a montar barreiras sanitárias devido a demora do poder público em efetivar as diligências. O emprego de barreiras sanitárias é uma das medidas adotadas pelo poder público em restringir a circulação de pessoas possivelmenO PROGRESSO te infectadas pelo coronavírus. Dourados, quinta/sexta-feira 19/20.12.2019 “A obrigação quanto à saúde e segurança pública são atribuídas a todos os entes federativos, de modo que não podem se furtar de suas obrigações constitucionais”, diz trecho da ação. Diante da resposta da Prefeitura, que segundo o MPF, se limitou a responder dados técnicos Barreiras sanitárias é uma das medidas para restringir a circulação de pessoas possivelmente infectadas pelo coronavírus
ATOS OFICIAIS
Sem apoio do poder público, indígenas do Estado estão fazendo as próprias barreiras sanitárias sobre a Covid-19, o MPF requereu a União, Estado e Município a informação de quantos profissionais estão sendo empregados e quais as ações foram feitas na Reserva. Barreiras Sem apoio do poder público, indígenas do Estado estão fazendo as próprias barreiras sanitárias. A informação é de Jaqueline Aranduhá Kaiowá, membro da Organização de Mulheres Guarani Kaiowa Kuñangue Aty Guassu, uma das principais lideranças que organizam o movimento. Ao O PROGRESSO ela ressaltou que ao todo o conesul conta com 74 barreiras Guarani e Kaiowá, em vários territórios indígenas. Ela explica que quem compõe as barreiras sanitárias são lideranças das comunidades indígenas, mulheres líderes, professores, universitários, estudantes, jovens, Ñandesys e Ñanderus, formando uma organização coletiva voluntária pela prevenção ao Coronavírus nas comunidades Guarani e kaiowá. Eles se dividem em turnos, dia e noite, com chuva, frio ou calor. “As barreiras são dos poucos meios que estão funcionando na prática para impedir a expansão do vírus nas comunidades e a circulação de pessoas de outros territórios indígenas
e dos espaços urbanos em territórios indígenas. Qualquer acesso aos territórios indígenas é monitorado pelos agentes indígenas voluntários das barreiras sanitárias Guarani e kaiowá, e a equipe de saúde é informada sobre os casos suspeitos/sintomas de covid19, e a rede geral Guarani e kaiowá voluntária virtual recebe os informes” ressalta. Jaqueline conta ainda que conselhos Guarani e Kaiowá Aty Guasu, Kuñangue Aty Guasu e RAJ, desde março de 2020 buscam apoio em doações para manter as barreiras sanitárias com alimentos, barracas, kits sanitários e segurança sanitária para as barreiras. Conselhos Guarani e Kaiowá criaram a vaquinha on-line, chamaram tantas campanhas solidárias e continuam com várias ações emergenciais para tentar dar contas de tantas demandas que chegam das comunidades indígenas. “Desde o início da pandemia nas comunidades, as barreiras sanitárias não receberam apoio do governo federal, estadual e municipal, estamos mantendo as barreiras com toda solidariedade/doações. Com muito custo a APIB (Articulação Dos Povos Indígenas Do Brasil) nossa representante/ organização indígena em Brasília conseguiu o apoio do estado que em breve irá apoiar os povos indígenas nessa Pandemia Novo Coronavírus. As barreiras sanitárias nos espaços urbanos sempre estão equipadas, com tendas, profissionais de saúde e segurança pública
presentes, as nossas barreiras sanitárias Guarani e Kaiowá as tendas são de lonas e a comunidade presente. O racismo, a discriminação a negação de direitos em tempos de pandemia segue muito forte contra os povos indígenas, enfraquecendo nossa saúde indígena, nosso povo adoecendo, órgãos de saúde sucateados, entre outros”, destaca. Segundo Jaqueline as necessidades da comunidade começam com o fortalecimento da Secretaria Especial de Saúde indígena, que dá condições físicas e mental aos profissionais de saúde que atuam em territórios indígenas, sendo uma das principais a garantia de EPI’s que garante a segurança dos profissionais. “As barreiras precisam de manutenção mensal, estar num bloqueio de territórios, sem saber quando vai terminar, expondo vidas ao vírus, não tem sido fácil. Os kits básicos de segurança sanitária em tempos de pandemia para as 74 barreiras Guarani e Kaiowá são: Alimentos, lanternas, cones de trânsitos, álcool 70, água sanitária, borrifador, óculos de proteção, máscaras, fitas zebradas, correntes de sinalização, coletes, capas de chuva, termômetro, botas, aventais e toucas”, ressalta. Ela continua: “Para a comunidade em geral, não tem água nas comunidades indígenas. Nesse momento a comunidade indígena está doente, e com o avanço da pandemia que já atingiu 10 territórios Guarani e
Kaiowá, águas e alimentos são essenciais. Protocolamos nosso manifesto como Conselhos/Organização Indígenas Guarani e kaiowá, no dia 08 de Julho de 2020, pedindo apoio do estado para atender os mais de 51 mil Guarani e kaiowá com a chegada da pandemia em nossos territórios. Com o aumento de casos positivos nas comunidades indígenas, às demandas de segurança sanitárias também aumentaram. Ainda não presenciamos na prática o apoio do estado, é um momento de Urgência/emergência Guarani e Kaiowá. A negação de nossos direitos é secular, e vidas indígenas importam”, destacou.
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Dourados, 31.8.2020 O PROGRESSO
Dia a Dia
Vendas de imóveis seguem aquecida mesmo na pandemia em Dourados Busca por moradia mais adequada ao estilo de vida manteve a venda de imóveis aquecida
LSA ARQUITETURA
A venda de imóveis segue aquecida mesmo com a pandemia, em Dourados. Entre os principais fatores per cebidos por quem atua na comercialização, estão a nova percepção dos consumidores sobre morar bem, a queda na taxa de juros que incentiva financiamentos por aqueles que já se preparavam para a compra e a maior segurança oferecida pelo mercado aos investidores. Passar mais tempo em casa devido às medidas de distanciamento social, voltou os olhares dos consumidores para a aquisição de imóveis mais compatíveis com seu estilo de vida. “O entendimento que eles tinham do que é morar bem está mudando, por perceberem que isso tem a ver com qualidade de vida também. Espaços para trabalho e áreas de lazer confortáveis são ainda mais valorizadas a partir desse período”, afirma Luciano Santos, arquiteto há 20 anos e sócio da APX³ Imobiliária, que atua na venda de imóveis e consultoria. No caso dos imóveis de alto padrão, as vendas não sofreram impacto, mas tornaram os consumidores mais exigentes. Já nos de médio
Passar mais tempo em casa, voltou os olhares dos consumidores para a aquisição de imóveis A redução da taxa básica de juros (Selic) também está estimulando a compra de imóveis por investidores
“O entendimento que eles tinham do que é morar bem está mudando, por perceberem que isso tem a ver com qualidade de vida também. Espaços para trabalho e áreas de lazer confortáveis são ainda mais valorizadas a partir desse período” Luciano Santos (Arquiteto e sócio da APX³ Imobiliária)
CHARLES APARECIDO / REVISTA CELEBRAR
CHARLES APARECIDO / REVISTA CELEBRAR
– que geralmente inclui imóveis com valor de mercado próximo a R$ 500 mil -, a especulação pelos clientes que estava mais tímida, voltou a acontecer. As moradias populares surpreenderam com a continuidade das compras, especialmente influenciadas pela queda na taxa de juros para financiamento a partir de programas sociais, que tiveram os valores alterados. A redução da taxa básica de juros (Selic) também está estimulando a compra de imóveis por investidores que tem como objetivo alugar ou revender no futuro. Como Dourados tem a economia movimentada pelo agronegócio - que está entre os setores menos impactados pelas consequências da pandemia -, o mercado imobiliário considerado estável tem atraído quem está em busca de mais segurança para aplicação dos recursos e controle pelos bens adquiridos. “Dourados é considerada uma praça atípica. Com exceção de poucos períodos, aqui não temos uma supervalorização repentina dos imóveis, mas também não temos uma depreciação. É um mercado mais constante. Com o agronegócio e as exportações se mantendo, investidores tem nos procurado co-
Projeto de arquitetura de alto padrão, desenvolvido pelo escritório de Luciano Santos em Dourados no mês passado, mostra que áreas de lazer estão mais valorizadas
“Dourados é considerada uma praça atípica. Com exceção de poucos períodos, aqui não temos uma supervalorização repentina dos imóveis, mas também não temos uma depreciação. É um mercado mais constante” Fernando Caetano (Corretor de imóveis e sócio da APX³ Imobiliária)
mo alternativa para aplicar os recursos parados no banco, em busca da segurança e controle sobre os bens adquiridos neste período de instabilidade em outras áreas”, afirma Fernando Caetano, corretor de imóveis há 10 anos e sócio da APX³ Imobiliária. A demanda gerada por aqueles que compram para morar ou investir, também influencia nas inovações feitas pelo mercado que a cada ano se torna mais especializado. “Muitas vezes nós recebíamos um cliente no escritório de arquitetura que tinha comprado um terreno imaginando um projeto e quando ele chegava até nós, percebíamos que o local não era compatível com a proposta dele”, afirma Luciano. A necessidade de uma visão integrada, motivou a criação da APX³ Imobiliária que atua com consultores que proporcionam a avaliação considerando desde o projeto arquitetônico à construção, através das conexões do APPEX Group. Este compõe a LSA Arquitetura, APX³ Imobiliária e está em fase de desenvolvimento de projetos com a APPEX Incorporadora, com sede em Dourados e atuação em outros Estados brasileiros.
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Dourados, 31.8.2020 O PROGRESSO
Dia a Dia
Campo Grande tem uma árvore para cada cinco habitantes Com parque protegido dentro da cidade, Capital ocupa um lugar de destaque entre as cidades mais arborizadas do país Campo Grande é uma das cidades mais arborizadas no Brasil. Com 153.122 árvores plantadas nas vias urbanas da Capital que conta com uma população estimada em 774.202 pessoas, segundo último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), é possível calcular que para cada 5 habitantes há uma árvore plantada. A Capital sul-mato-grossense completou 121 anos no último dia 26 de agosto. Os dados apontam o hábito do campo-grandense, assim como perfil sustentável e o cuidado com a natureza. “Desde as centenárias da Afonso Pena, até as áreas de conservação em pleno perímetro urbano que embelezam nossa paisagem, encontramos a identidade da nossa cidade morena privilegiada com o verde, bem cuidada e que proporciona bem-estar e saúde a todos”, ressalta o secretário de Gestão Estratégica, Eduardo Côrrea Riedel. No setor do Aero Rancho é encontrado o maior número de árvores (5.024), seguido dos setores Moreninha, Centro-Oeste, Universitário e Nova Lima. Porém, quando considerada a área em Km2, o Núcleo Industrial é o maior setor da área urbana de Campo Grande, com 24,26 Km2, segundo o Plano Diretor de Arborização Urbana (PDAU) da prefeitura municipal. De acordo com a diretora regional da SBAU (Sociedade Brasileira de Arborização Urbana), Eliane Guaraldo, além de plantar é importante manter a arborização para garantir os seus serviços. “Campo Grande ocupa um lugar de destaque entre as cidades mais arborizadas do país, uma cidade nova, planejada e onde existe um cuidado por parte do poder público, em manter a presença das árvores”. Para a especialista, outro diferencial da Capital é a arborização das áreas privadas e as áreas de conser-
FOTOS: SAUL SCHRAMM
Árvores centenárias da Afonso Pena são marca registrada da arborização urbana
Diferencial da Capital é a arborização das áreas privadas e as áreas de conservação
Uma das mais movimentadas de Campo Grande, Av. Mato Grosso será revitalizada
vação. “Nós temos parques protegidos dentro da cidade, e temos muitas áreas privadas com arborização interna aos terrenos”. A soma de toda cobertura arbórea é o que podemos chamar de floresta urbana que interage com outros tipos de vegetação que estão dentro da cidade. “Campo Grande já tem uma condição boa, mas “É muito necessário continuar mantendo a arborização, além de amplia-la. Precisamos fazer com que o poder público continue a investir e além disso que envolva a comunidade e a sociedade para que desperte sobre a importância disso e a ajude a proteger”. Arborização em evidência Nos dias 24 e 25 de setembro, será realizado o 2º Fórum de arborização para cidades sustentáveis, o evento é online, realizado pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), pela SBAU e outras instituições, com apoio do Governo do Estado, por intermédio do Imasul. Para mais informações acesse as redes sociais oficiais do evento: instagram.com/forumarborizacaoms. Na programação da Semagro irá palestrar no 2º Fórum de Arborização no Estado de Mato Grosso do Sul com o seguinte tema Roteiro para Elaboração do Plano Municipal de Arborização Urbana. Esta palestra será proferida pelo Superintendente de Meio Ambiente e Turismo da Semagro, Sr. Pedro Mendes Neto e pela Gerente Executiva e Assessoramento, Srta. Andreliz Silva Souza.
Exposição online traz Mulheres da Música de MS PÁG. 2
Confira os destaques da Coluna da Adiles PÁG. 4
CADERNO B Dourados 31.8.2020 O PROGRESSO
Artistas terão que se cadastrar em site da FCMS para receber auxílio Lei Aldir Blanc determina a liberação de R$ 3 bi em auxílio a artistas e a estabelecimentos culturais Com a regulamentação dos repasses da Lei Aldir Blanc (Lei 14.017, de 2020) publicada a equipe da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul com o apoio do Governo do Estado, concentra esforços para a construção da plataforma de cadastro dos profissionais da área cultural que forem solicitar o auxílio emergencial. Sancionada em junho, a Lei determina a liberação de R$ 3 bilhões em auxílio financeiro a artistas e a estabelecimentos culturais durante a pandemia de Covid-19. Os recursos devem ser aplicados por estados, Distrito Federal e municípios, em renda emergencial para os trabalhadores do setor, subsídios para manutenção dos espaços culturais e instrumentos como editais e prêmios. “Além da edição do decreto de regulamentação da Lei Aldir Blanc, nós estamos trabalhando na construção de plataforma de cadastro que deve estar aberta até o dia 15 de setembro e disponibilizada no site da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul. Por meio desta plataforma, os profissionais de Cultura e organizadores de manifestações artísticas poderão se cadastrar para solicitar o auxílio emergencial”, explicou a diretora-presidente da Fundação de Cultura de MS, Mara Caseiro. Os recursos disponibilizados para o Estado e os municípios de Mato Grosso do Sul serão efetuados quando os mesmos apresentarem
os planos de ação com os dados necessários para o depósito. “Será repassado o valor de R$ 20.514.887,18 para o Estado e o mesmo valor para os municípios. A distribuição desse valor é de acordo com o Fundo de Participação Estadual (FPE), do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e conforme o número de habitantes”, explicou Mara. No momento, segundo a diretora-presidente, a equipe da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul e os integrantes do Conselho de Políticas Culturais de MS (CEPC/MS) estão realizando reuniões virtuais por segmentos culturais com a sociedade civil. “Estamos conversando com a classe artística de MS para elencar as prioridades e executar esse valor que será repassado da Lei Aldir Blanc”, disse a presidente. Regulamentação Com a regulamentação, os estados e o Distrito Federal terão prazo de 120 dias, contados da data do repasse, para utilizarem os recursos liberados ao setor cultural pela Lei Aldir Blanc. De acordo com a MP/986/2020, sancionada pelo governo Federal na última quinta-feira (13) e transformada na Lei 14.036, de 2020, o dinheiro que não for destinado ou que não tenham sido objeto de programação publicada, por estados e Distrito Federal, dentro do prazo, deverá ser devolvido à União. No caso dos municípios, o prazo
para utilização da verba é de 60 (sessenta) dias, contados da data do recebimento, caso o contrário os valores serão automaticamente revertidos ao fundo estadual de cultura ou ao órgão ou entidade estadual responsável pela gestão desses recursos.
O texto da MP determina ainda que a aplicação nas finalidades previstas na lei será limitada aos R$ 3 bilhões liberados pela União, exceto se municípios, estados e Distrito Federal quiserem complementá-los com recursos próprios.
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Caderno B
Exposição online traz
Mulheres da Música de MS Evento tem por intuito difundir e valorizar a arte regional produzida por cantoras do Estado
Dó-Ré-MIS conta com mais de 60 artistas cadastradas, como as pioneiras Beth e Betinha, Delinha, Helena Meirelles, e as mais contemporâneas SoulRa, Negabi, Sampri, entre outras O Museu de Imagem e do Som (MIS), unidade da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS) em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) inauguraram na última terça-feira (25), a exposição online Dó-Ré-MIS Mulheres na Música de MS. A pesquisa das acadêmicas do curso de Artes Visuais da UFMS Amanda Mamede e Maria Carolina Rodrigues, sob a orientação da professora Simone Rocha, é uma continuação da exposição realizada no MIS e lançada em março. Com o fechamento do espaço físico devido a pandemia da Covid-19, foi elaborada uma proposta de ampliar a exposição para espaços digitais, visto a importância de divulgar, valorizar, e reunir informações das mulheres atuantes na música de Mato Grosso do Sul. A Exposição Online Dó-Ré-MIS Mulheres na Música de MS tem por intuito difundir e valorizar a arte regional produzida por mulheres, propondo um diálogo entre as produções musicais e o desenvolvimento de experiências significativas em arte/cultura para todos os públicos, sendo permeada pelas músicas e minibiografias dessas cantoras e musicistas do cenário sul-mato-grossense, mostrando to-
da a diversidade que está presente nessa rica cultura. Contando com mais de 60 artistas cadastradas, como as pioneiras Beth e Betinha, Delinha, Helena Meirelles, e as mais contemporâneas SoulRa, Negabi, Sampri, entre várias outras. Além de dialogar diretamente com as contas do Instagram e do Facebook, por onde serão propostas atividades vivenciais e novos conteúdos da exposição. A ideia surgiu na disciplina de estágio do curso de Licenciatura em Artes Visuais (FAALC-UFMS), a partir da qual as acadêmicas Amanda Mamede e Maria Carolina Rodrigues, curadoras da exposição, realizaram a parceria com o Museu da Imagem e do Som de Mato Grosso do Sul, no intuito de difundir, ampliar e repensar a exposição Dó-Ré-MIS Mulheres Cantoras de MS, que está suspensa por tempo indeterminado devido ao atual cenário da covid-19 e a necessidade do distanciamento social. Nesse contexto, configura-se a exposição online/virtual, na intenção de aproximar arte, museu e público apesar do momento em que vivemos. “É extremamente importante pensar e viabilizar outros caminhos, para além do museu como espaço físico, considerando as adversida-
des encontradas por muitas escolas públicas, principalmente no que diz respeito à dificuldade do deslocamento desses alunos até os museus. O ambiente online/virtual traz uma nova possibilidade de acesso a essas ações culturais”, contam as idealizadoras do projeto Amanda e Maria Carolina. “O trabalho desenvolvido durante o estágio das acadêmicas é uma contribuição fundamental, não só no que se refere a pesquisa histórica no âmbito do museu, mas também na forma de difundir, agregando em uma plataforma tantos talentos femininos do nosso estado. Agradecemos muito pelo empenho e dedicação delas, e gostaríamos de dizer que com a plataforma aberta, esperamos receber mais Mulheres da Música de MS”, explica Marinete Pinheiro, coordenadora do MIS. SERVIÇO
As cantoras e musicistas que ainda não fazem parte da exposição, mas que também gostariam de participar, podem enviar um e-mail para mulheresnamusicadems@gmail.com com um resumo da sua atuação musical, juntamente com suas redes sociais, para que seu trabalho seja incluído na plataforma: https://mulheresnamusicadems.tumblr.com/
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Este documento Este documento é cópia do original assinado digitalmente por GABRIEL DA COSTA RODRIGUES ALVES e THIAGO BONFATTI MARTINS. Para conferir o original, acesse o site é cópia do original assinado digitalmente por GABRIEL DA COSTA RODRIGUES ALVES e THIAGO BONFATTI MARTINS. Para conferir o original, acesse o site https://consultaprocedimento.mpms.mp.br/, informe o processo 02.2020.00047314-5 e o código C8C7EB. https://consultaprocedimento.mpms.mp.br/, informe o processo 02.2020.00047314-5 e o código C8C7EB.
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IKICHIN AGROPECUÁRIA S/A. CNPJ/MF nº 15.566.894/0001-59 - NIRE 54300005410 - (“Companhia”) ATA DE ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA REALIZADA EM 27/07/20 Data, Hora e Local. Em 27/07/20, 16h, na sede. Convocação e Presença. 100%. Mesa: Presidente - Thereza Cristina de Oliveira Giorgi; Secretária Ana Cecília de Oliveira Giorgi Manente. Deliberações: a) autorizada a lavratura da presente ata sob a forma de sumário e que sua publicação seja feita com a omissão das assinaturas dos acionistas; b) aprovados o relatório da administração e as demonstrações financeiras relativos ao exercício social encerrado em 31.12.2019; c) aprovada a destinação do lucro líquido do exercício social encerrado em 31.12.2019, no valor total de R$ 746.667,91 da seguinte forma: R$ 37.333,40 para a formação da Reserva Legal; R$ 250.000,00 como dividendos aos acionistas a serem pago até 31.12.2020, e o saldo mantido como reserva de liquidez. Encerramento. Nada mais. Nova Andradina, 27/07/20. Presidente da Mesa: Thereza Cristina de Oliveira Giorgi; Secretária da Mesa: Ana Cecília de Oliveira Giorgi Manente. JUCEMS nº 54680736 em 17/08/2020. Nivaldo Domingos da Rocha - Secretário Geral.
Dourados, 31.8.2020 O PROGRESSO
COLUNA DA ADILES
“Por mais longa que seja a caminhada o mais importante é dar o primeiro passo.”
GENTE QUE ACONTECE
Adiles do Amaral Torres adiles@progresso.com.br
Vinicius de Moraes
O NINHO Um beija-flor colorido Fez seu ninho em nossa porta Com capricho e muito amor Dependurado na avenca No vaso de uma flor Esse passarinho Quando chega de mansinho Bons augúrios de felicidade E também aquela paz. Adiles do Amaral Torres
PARABÉNS E FELICIDADES AOS Marcos Morandi (jornalista), Mariella e Daniela
June Angela Torres
ANIVERSARIANTES
CLAUDIO TAKESHI IGUMA
GUSTAVO RIZZO RICARDO
ANA ELISA FARNESI ALVES FERREIRA
NELSON TRAD FILHO, senador
Terça (1º/09)
Dharana Torres
Marcos Ribeiro e Hedio Fazan (fotógrafos)
Quinta (03/09)
Terça (1º/09)
Sábado (05/09)
HOMERO DO AMARAL TORRES. Sexta (04/09) Na foto, com a esposa Erica.
Ozélia Ferreira (telefonista)
Jeferson Avalhaes e Vanessa
Flávio Verão (jornalista)
Aparecida Gerônimo
Genivaldo Pinheiro (funcionário da Justiça Federal)
Gleison Costa
JOHNIS MIGUEL NAGLIS FAKER Sábado (05/09)
SIMONE CAPILÉ
Domingo (06/09)
PARABÉNS E FELICIDADES aos aniversariantes, Do dia 5/setembro - Rilton Barcelos Queiroz; Ivo Nascimento; Nilvo Luiz Decian; Ana Stangt Rigo; Márcio Lourenço A. Silva; Rogério Santos Nascimento; Zelmo de Brida; Irinaldo Dervestri; Neuza Maria de Oliveira Gonçalves; Laerte Palhano Barbosa; Eder Soares Silva; Ana Paula Santos Lopes; Jeovah Alves da Silva; Newton Santana Silva; Maria Cordeiro; Aparecida Perroni; Afonso Segato e Maria Luiza Mendes de Oliveira. Do dia 6/setembro - Tania Rosin Cuenca; Edileuza de Andrade Lopes; Geremias de Paula Francelino; Jussara M. Cerveira de Oliveira; Solange Aparecida Vieira; Ronald Guia Mello e Donizete Nogueira Pinto.