Edição de 7/novembro de 2020

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DOURADOS MS ANO 70 Nº 13.650

O PROGRESSO

7 de novembro de 2020

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Tráfico internacional “migra” entrepostos para Dourados

Operações na fronteira com o Paraguai fazem crime organizado mudar modus operandi e Dourados vira a “menina dos olhos” dos traficantes. PÁG. D1

DIVULGAÇÃO

Facções fazem do presídio de Dourados o

“escritório do crime”

Presos considerados líderes de facções criminosas fazem do Presídio Estadual de Dourados o “escritório do crime”. É de lá de dentro onde são orquestrados crimes como homicídios, estelionato, roubo e tráfico de drogas. PÁG. D1 DIVULGAÇÃO

Eleições 2020

Justiça intima aliado de Alan acusado de se passar por funcionário de adversário PÁG. A3

Descaso - Inaugurada com pompa em maio de 2011, em Dourados, a pri-

meira Vila Olímpica Indígena do país é retrato do descaso. Abandonada na Aldeia Jaguapiru, o complexo de 29 mil m² está depredado e só é utilizado quando escolas promovem, no máximo, duas atividades ao ano. PÁG. D3

Caderno B

Dia a Dia

PÁG. B1

PÁG. D6

Exposição faz tributo a Manoel de Barros

MS é o 2º em câncer de boca do Centro-Oeste


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Dourados, 7.11.2020 O PROGRESSO

Opinião EDITORIAL

INFORME C

Poder do tráfico

M

ato Grosso do Sul deixou de ser, há muito tempo, um simples corredor de tráfico de drogas e de armas, tornando-se um dos principais entrepostos de onde sai os ilícitos para os demais estados do país e até ao exterior. A cidade de Dourados, distante a 100 quilômetros da fronteira com o Paraguai, passou a ser um dos grandes polos de armazenamento de drogas no Estado. Cada vez mais as facções mostram poder. Em 2006, sangrentos assassinatos no vizinho estado de São Paulo deixaram evidente a força dos grupos. Diversas rebeliões, ataques a delegacias e batalhões da polícia fez parar o estado. Em seguida veio a confirmação que os ataques foram uma reação à “corrupção oficial” da polícia e que muitas mortes de civis foram causadas pela brutalidade das autoridades. O poder das facções brasileiras partem principalmente de dentro das prisões. Elas cresceram e hoje dominam a América do Sul. Depois de controlarem as prisões, o comércio de drogas em vários Estados brasileiros, expan-

CÍCERO FARIA cicerolfaria@gmail.com

diram o poder para fora do Brasil e dominaram várias rotas do narcotráfico, o negócio mais lucrativo. Tudo graças à fragmentação do comércio de drogas e ao desaparecimento dos grandes cartéis dos anos 1980, à dificuldade dos Estados em controlar o narcotráfico e ao aumento da população carcerária, que alimentou as fileiras das facções e de organizações criminosas no Brasil. As facções surgiram nos anos 70 com o objetivo de melhorar as más condições que os prisioneiros alegavam sofrer. Com isso, conseguiram melhorar a qualidade de vida de muitos detentos, que encontraram proteção pagando uma taxa mensal. Progressivamente, esses grupos aumentaram suas fileiras. Isso contribuiu com o aumento da população prisional e a deterioração das condições na prisão. Com mais de 750 mil prisioneiros, o Brasil tem a terceira maior população carcerária do mundo, logo atrás dos Estados Unidos e da China, segundo dados do Departamento Penitenciário Nacional. Em Dourados, dos quase

1700 detentos da Penitenciária Estadual, cerca de 800 pertencem a facções. Muitos dos presos são de origem de outros estados, mas como acabam sendo presos por aqui, a pena passa a ser cumprida onde foram pegos. Muita gente grande que anda livre, leve e solta está envolvida no sistema lucrativo do narcotráfico. Graças a elas os ilícitos chegam aos destinos certos. São parcerias que envolvem empresários, políticos e membros da segurança pública. Por ser um país de desigualdade, o grau de pobreza da sociedade incentivou a penetração das facções no meio do povo. Em muitas áreas carentes, eles não são vistos com maus olhos. De certa forma, inclusive organizaram os bairros e contribuem para a diminuição da violência. Só que isso tem um preço. Autenticas empresas, os grupos criminosos ampliam a recrutamento de parceiros. Quando um morre, logo surge outro para fazer a engrenagem caminhar. Eles estão por toda a parte. O poder do crime é grande e pode estar ao lado sem ao menos percebermos.

A pandemia e os impactos na rotina THAISA RODBARD MILEO* *Professora da área de Linguagem Cultural e Corporal

A

pandemia do novo coronavírus trouxe para a vida das pessoas o chamado ‘novo normal’ e com essa nova realidade, mudanças foram necessárias no dia a dia das pessoas. O aumento de ansiedade, consumo de álcool e cigarro, além do sedentarismo tornou-se presente na rotina de muitos brasileiros durante a pandemia, devido a situação de distanciamento social, a qual foi imposta à população como medida de controle e prevenção da covid-19. A prática de atividade física sofreu um grande impac-

to diante da pandemia, parques e locais ao ar livre com acesso bloqueados, academias e piscinas fechadas, pessoas com medo e receio de se contaminar. Estudos apontam que o sedentarismo “imposto” pela pandemia caminha para um futuro surto de obesidade, além de problemas vasculares e articulares devido ao tempo sentado em frente a computadores, destinado ao home office, e atividades de lazer como assistir filmes e séries em demasia. Especialistas temem uma queda brusca nos níveis de condicionamento físico devido as medidas de isolamento que levaram muitas pessoas ao aumento de peso, indícios apontam que a redução da atividade física possa ser seguida por um aumento nas doenças crônicas associadas à

falta de exercícios físicos, como obesidade e problemas cardíacos. Fatores esses que se encontram no quadro de comorbidades para o agravamento dos sintomas e consequências da covid-19. A Organização Mundial da Saúde (OMS), preocupada com o sedentarismo criou a campanha #HealthyAthome (#SaudávelEmcasa) levando informações importantes sobre os exercícios simples que podem ser realizados em casa. Romper a barreira do medo e retomar a prática de atividades físicas com todos os protocolos de cuidados, é necessário! A população precisa cuidar da saúde, prevenir o sedentarismo e consequentemente combater outras doenças relacionadas a obesidade e a falta de exercícios.

Turbinada na economia estadual com o 13º O pagamento do 13º salário aos trabalhadores deverá injetar R$ 2,6 bilhões na economia de Mato Grosso do Sul segundo estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Mato Grosso do Sul estima que o número é cerca de 5% menor que o ano passado. “Sabemos que será menor a movimentação”, declarou Inês Conceição Santiago, a presidente da FCDL. A CNC adianta que a queda é a menor desde 2012, quando a entidade começou a elaborar as estimativas. A pandemia do coronavírus impactou no resultado, pois a crise gerada pelas restrições impostas pela doença fez com que mais de 46 mil trabalhadores em MS tivessem o contrato de trabalho suspensos. Seleção na UEMS A UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) está com inscrições abertas para três processos seletivos, dois mestrados e um doutorado, com 39 vagas no total. Elas estão distribuídas em três unidades da instituição no Estado. Em Cassilândia estão sendo ofertadas 10 vagas no mestrado em Agronomia (Sustentabilidade na Agricultura). As inscrições custam R$ 50,00 é deve ser feitas até 30 de novembro. Já em Dourados o mestrado em Recursos Naturais, oferece 20 vagas e encerra as inscrições em 26 de novembro. O valor para a participação no processo seletivo é de R$ 100. Na mesma unidade também há 9 vagas para o Doutorado em Recursos Naturais, ofertado em Dourados. As inscrições também terminam dia 26 de novembro e custam R$ 100. Esquecido Em Goiânia, o apostador que ganhou o prêmio de R$ 53 milhões da Mega-Sena segue sem retirar a quantia. A Caixa Econômica Federal informou que, caso o cliente aplique todo o valor na poupança da Caixa, receberá mais de R$ 60 mil no primeiro mês de aplicação. De acordo com a Caixa Econômica Federal, a aposta foi realizada pela internet e ganhador apostou oito números da cartela, acertando as seis dezenas sorteadas no dia 31.Nas ruas da capital de Goiás, os moradores seguem ansiosos para descobrir quem é o novo milionário da cidade. ICMS gordo Em outubro, o gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) operou em alta, com 20,5 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, ante os 10,7 milhões de m³ registrados em abril. O consumo

aumentou em decorrência do funcionamento das usinas termelétricas, motivo pelo qual o Ministério de Minas e Energia autorizou a Petrobras a comprar adicional de 10,08 milhões de m³ até o fim do ano. O ICMS é a principal fonte de arrecadação do Estado. No ano passado, a arrecadação com o ICMS sobre o gás natural gerou R$ 1,13 bilhão para os cofres de Mato Grosso do Sul. Endinheirados Marquinhos Trad (PSD) e Esacheu Nascimento (PP) são os dois candidatos que fizeram os maiores investimentos com recursos próprios na campanha eleitoral para prefeito em Campo Grande neste ano. Além disso, ambos aparecem na lista do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) entre os 50 maiores ‘auto-investimentos’ do país. Conforme dados publicados no DivulgaCand, plataforna de dados eleitorais da Justiça Eleitoral, Marquinhos, que é o atual prefeito, custeou do próprio bolso doando para a campanha de reeleição R$ 250 mil, enquanto Esacheu investiu R$ 150 mil. Além dos R$ 250 mil de Marquinhos Trad e dos R$ 150 mil de Esacheu Nascimento, outros seis candidatos constam na prestação de contas com uso de recurso próprio na campanha. O terceiro colocado local é o deputado estadual João Henrique Catan (PL), que já repassou R$ 33 mil em recursos próprios para a campanha. Investiga O Ministério Público Estadual abriu edital no qual tornou público a instauração de inquérito civil que vai apurar a falta de atendimento psicológico clínico (psicoterápico) às crianças e aos adolescentes no município de Dourados. Conforme a publicação, a apuração correrá na 17ª Promotoria de Justiça da Comarca de Dourados, sob o comando do promotor Luiz Gustavo Camacho Terçariol.

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Dourados, 7.11.2020 O PROGRESSO

Política

Justiça intima aliado de Alan acusado de se passar por funcionário de adversário Caso envolve Carlinhos Cantor, ligado a Alan Guedes, mas que dizia para eleitores atuar com Barbosinha REPRODUÇÃO

A reta final de campanha eleitoral em Dourados tem sido marcada por tentativas de desestabilizar adversário. O mais novo caso envolve o ex-vereador Carlinhos Cantor, um dos principais apoiadores da campanha do candidato a prefeito Alan Guedes (PP). Ele teve que prestar contas à Justiça Eleitoral depois de usar aplicativo de conversa para obter informações e fazer possíveis contratações em nome do principal concorrente, o Barbosinha (DEM), também candidato a prefeito e que tem liderado pesquisas. Carlinhos, que é presidente do PL, partido do Dr. Guto, vice de Alan Guedes, teve que assinar um termo de declarações na Justiça Eleitoral. Ao juiz César de Souza Lima, responsável pela 18ª Zona Eleitoral, o ex-vereador confirmou que habilitou uma linha de telefone há cerca de 30 dias para utilizar aplicativo de conversa. Ainda disse que manteve diálogo com uma eleitora, que seria sua amiga, para sondar se havia contratações de pessoas

Carlinhos Cantor foi chamado para esclarecer denúncia à Justiça Eleitoral [para atuar na campanha eleitoral] na empresa que ela trabalha. Carlinhos ainda confirmou “que se fez passar por alguém da coligação [de Barbosinha], mas negou que estivesse fazendo qualquer tipo de contratação”. Nos bastidores da política esse tipo de sondagem não é novidade e tem como intenção fazer falsas contratações

de eleitores, sem honrar compromisso, já que o eleitor recebe promessa de trabalho, mas não é chamado e nem recebe, gerando descontentamento, com o fim de prejudicar o adversário. A Justiça Eleitoral chegou até Carlinhos Cantor após a coligação de Barbosinha, representado por seu advogado, registrar boletim de ocorrência

na delegacia, informando que desde o dia 26 de outubro uma pessoa até então não identificada, passou a aliciar eleitores, se fazendo passar por coordenador da coligação de Barbosinha. Nessa conversa a pessoa oferecia um trabalho nessa reta final de campanha, de fiscal no dia da votação - 15 de novembro. A defesa de Barbosinha disse ainda na delegacia que a coligação do candidato não está contratando pessoas para esse tipo de serviço e que os contatos que vinham sendo feitos por aplicativo de conversa teriam como intenção causar embaraços legais para a coligação, além e criar situação negativa diante da opinião pública. Junto ao boletim de ocorrência foi entregue a comprovação de duas conversas. Para uma eleitora o aliciador informava que trabalhava num “QG do bairro Santo André” e que na realidade estaria atuando fora da coordenação oficial”, dificultando que a pessoa tivesse contato com ele. Para outro eleitor aliciado foi estipulado a data de 8 de novembro para que fosse entregue nomes para fins de elaboração de uma lista de pessoas para trabalhar. Após investigação da Polícia Civil foi constatado que, “a pessoa que estaria utilizando a citada linha telefônica seria a pessoa de Carlinhos Cantor”. Diante do caso, a Justiça Eleitoral pode investigar Carlinhos Cantor para ver se ele manteve contato e se realizou falsas contratações em nome de Barbosinha. O imbróglio, que pode ser atribuído como fraude eleitoral, também poderá ser investigado no âmbito criminal pela Polícia Federal, uma vez que pode ser configurado como falsidade ideológica e estelionato.

Equipe de Alan Guedes diz, em nota, que caso foi esclarecido A coligação encabeçada por Alan Guedes e Dr. Guto encaminhou nota à imprensa e informou que Carlinhos Cantor não é coordenador da campanha de Alan, cargo ocupado por Marisvaldo Zeuli (Vice-Prefeito, rompido com a atual administração desde 2017) e o Coordenador Político é Henrique Sarto-

ri (ex-Ministro da Educação). Informou ainda que a notícia de colocar Carlinhos Cantor como coordenador de campanha de Alan é simplesmente uma estratégia do adversário Barbosinha para tentar desestabilizar a disputa eleitoral. Informou ainda que a coligação apurou o incidente envolvendo Carlinhos

Cantor, e não tratou-se de crime eleitoral, mas sim de uma petição cível da coligação adversária requerendo providências a respeito de eventual denúncia. Que já foi esclarecido pelo próprio Carlinhos ao Juízo que o mesmo estava investigando se funcionária de empresa da cidade estaria fazendo

contratações irregulares justamente para o candidato adversário. E que ele [Carlinhos] inclusive foi advertido pelo Juízo que qualquer denúncia deveria ser encaminhada ao Juízo e não por ele investigada, o que foi por ele acatado e o procedimento arquivado pelo Juízo Eleitoral.

Semana da conscientização ‘MS acessível’ vai a plenário para votação Projeto é de autoria do deputado estadual Marçal Filho A Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Assembleia Legislativa deu parecer favorável ao projeto “MS Acessível”, que propõe uma semana estadual dedicada à conscientização da acessibilidade às pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida em Mato Grosso do Sul. De autoria do deputado estadual Marçal Filho (PSDB), o projeto segue para votação em plenário. O último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), do ano de 2010, apontava que no Estado havia mais de 526 mil pessoas com deficiência, o que representava naquele ano 21,50% da população. Norteado por esses dados, o objetivo do projeto é o de conscientizar os governos, a população em geral e o comércio a discutir estratégias

e soluções para as barreiras que dificultam a inclusão da pessoa com deficiência. Por meio de ações de conscientização, o “MS acessível” quer garantir o acesso das pessoas com deficiência aos locais públicos e privados, bem como ao mercado de trabalho, cultura, esporte, lazer, educação e saúde. Conforme o projeto, durante a semana de conscientização, que compreende o período de 21 a 27 de Setembro, poderão ser desenvolvidas ações para a conscientização da população, por meio de procedimentos informativos, educativos, palestras, audiências públicas, seminários, conferências e a produção de material explicativo, online ou impresso, que atinjam os objetivos propostos do Projeto de Lei. O deputado Marçal Filho diz que as dificuldades encontradas quando se trata de políticas públicas ao cuidado das pessoas com dificuldades ocasionadas por falta de acessibilidade

ARQUIVO

COLONO - Ow cumpadri, agora é hora de beber nos comícios...

ZÉ PINGA - Mais o que eu quiria mesmo era ganhar uns quilos de arroiz, ic, ic, ic

Marçal Filho são evidentes, acontecendo em todo o tempo e momento, e que o Estado precisa ampliar as campanhas e colocar em prática a garantia do direito à acessibilidade a todo cidadão.


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Dourados, 7.11.2020 O PROGRESSO

Política

Veja as propostas dos candidatos a prefeito para a segurança pública A promoção da segurança é parte de um esforço de diversas esferas da política e não só como um assunto de polícia Rozembergue Marques Especial ao O PROGRESSO Como parte da série de reportagens abordando as propostas dos candidatos à Prefeitura de Dourados, O PROGRESSO traz nesta edição as opiniões de Racib Panage Harb (Republicanos), Professor Joca (PT), Dr. Wilson Matos(PTB), Barbosinha (DEM), Alan Guedes(PP), Jeferson Bezerra (PMN) e Mauro Thronicke (PSL) sobre Segurança Pública. O candidato Joca do PT considera que apesar da segurança pública ostensiva nas cidades ser de responsabilidade dos governos estaduais, para a sua efetividade é salutar medidas e ações integradas entre o município, estado e União, que abranjam dimensões para muito além de atividades restrita ao âmbito policial. “A nosso ver, para conquistar uma cidade onde impere o bem estar social, a tranquilidade, a paz e a segurança é fundamental realizar investimento vigoroso em políticas de inteligência, com levantamento de dados, com fortalecimento técnico, científico e tecnologias da informação, articulando ações específicas de segurança combinadas com políticas sociais, como educação, saúde, cultura, esporte, lazer e geração de empregos e renda”, afirmou o candidato. O candidato Alan Guedes acredita que o Governo do Estado deixa desejar. “Nós temos uma Guarda Municipal muito bem preparada, bem treinada, bons homens e mulheres que cuidam da nossa cidade e isso tem feito com que o Governo do Estado acabe negligenciando segurança em Dourados”, ponderou o candidato do PP, para o qual “não adianta nada ter viaturas novas se não tem policial para fazer a patrulha, essa falta de efetivo”. Em relação à Guarda Municipal, Alan Guedes afirma que pretende melhorar a estrutura da corporação. “A Guarda Municipal já tem um bom capital humano, mas precisa maior atenção com viaturas novas, coletes. Vamos procurar melhorar a capacitação dos agentes para que possam desenvolver um trabalho ainda melhor, aprimorando técnicas diversas. A GM precisa atuar de forma integrada com as demais forças políticas (Civil e Militar) para se organizar na prevenção do crime e aumento da segurança”, defende o candidato. Sobre o tema, o candidato Racib

Alan Guedes, Barbosinha, Jeferson Bezerra, Mauro Thronicke, Professor Joca, Racib Harb e Dr. Wilson Matos Panage Harb pontuou seis ações que pretende pôr em prática caso eleito: criação do Programa de Segurança Comunitário, implantação de serviço de monitoramento eletrônico efetivando a Central de Comunicação e Monitoramento da Guarda Municipal de Dourados CECOM/GMD abrangendo os principais espaços públicos e prédios, reavaliação da legislação municipal da Guarda Municipal e seu PCCR, com a possibilidade e viabilidade de abertura de vagas, incrementar o serviço de ronda escolar já existente combate as drogas e pequenos delitos, construção da sede própria como garantia da qualidade de serviço dos servidores em ambiente adequado ao existente hoje, uso de veículo elétricos ou patinetes motorizados de fácil locomoção para patrulhas educativas e elaboração do Plano Anual de Educação Permanente da Guarda Municipal, envolvendo ações da Guarda Ambiental e Defesa Civil bem como realização de cursos para formação de voluntários para atuação em casos de calamidade pública. O monitoramento eletrônico está presente também na proposta do candidato Jeferson Bezerra. “Vamos apoiar eventuais parcerias para aquisição de câmeras de monitoramento das áreas públicas, sempre prezando pelo cuidado ao patrimônio e ronda escolar”, afirmou Bezerra, que pretende determinar que a

Procuradoria Geral elabore estudos propondo ao Governo Estadual o encerramento do convênio com a Guarda Municipal que prevê a ronda escolar nas escolas estaduais. “Não é dever da Prefeitura atuar com viaturas e agentes nas áreas de domínio do Estado, isso sem uma contrapartida maior à Guarda, que possui sua autonomia própria”, avalia. “A experiência que adquiri como secretário de Justiça e Segurança Pública do Estado por quase dois anos, mostrou que é possível realizar uma gestão eficiente e arrojada nessa área”, garante o candidato do DEM, deputado estadual José Carlos Barbosa, o Barbosinha. “Na Prefeitura, vou buscar parcerias com os governos estadual e federal e intensificar a presença da Guarda Municipal nos bairros da cidade através de bases móveis. Vamos adequar e equipar melhor os postos e instalações já existentes e promover capacitação e treinamentos ao efetivo da nossa Guarda, avaliar a realização de concursos para ampliação dessa força, bem como firmar parcerias para a estruturação das bases policiais dos distritos”, enumerou. O candidato do DEM também pretende, se eleito, adotar o monitoramento eletrônico. “Com a implantação do sistema de monitoramento integrado (com câmeras, telefones e aplicativos para prevenção e resolução de conflitos), nossa Guarda Municipal, que já é referência na-

cional, vai ganhar maior projeção ainda”, avalia. O candidato do PSL, Mauro Thronicke, tem no fortalecimento da Guarda Municipal a principal prioridade no que se refere à segurança pública. “Nosso projeto é trabalhar para melhor estruturação e fortalecimento da Guarda Municipal. Entendemos que se precisa avançar, ter um local apropriado para a sede da guarda municipal, com um serviço de inteligência, local adequado para treinamentos técnicos e atendimento psicossocial”, afirmou.O candidato adiantou já ter confirmado pela senadora Soraya Thronicke (sua prima) a destinação, a seu pedido, de uma emenda parlamentar especialmente para ser aplicada na Guarda municipal. Por fim, o candidato Dr. Wilson Matos (PTB) anunciou que pretende, se eleito, criar no organograma da Prefeitura a Secretaria Municipal de Segurança Pública. O candidato também se perfilou entre os críticos do Governo do Estado por conta do pouco efetivo e viaturas destinadas a Dourados para as polícias Civil e Militar. “A cada anúncio de novas turmas, o que vem para cá é muito pouco. As viaturas também são insuficientes”, considerou. Dr. Wilson afirmou ainda que estuda a criação, no âmbito da Guarda Municipal, de um contingente formado por indígenas, a exemplo do que já acontece na área de Educação.


Facções fazem do presídio de Dourados o escritório do crime PÁG. 2

Sem administração, Vila Olímpica indígena vira “terra de ninguém” PÁG. 4

DIA A DIA Dourados, 7.11.2020 O PROGRESSO

FOTOS: DIVULGAÇÃO

TRÁFICO INTERNACIONAL

“migra” entrepostos para Dourados Operações na fronteira com o Paraguai fazem crime organizado mudar modus operandi e Dourados vira a “menina dos olhos” dos traficantes Luiz Guilherme Especial ao O PROGRESSO Dourados se tornou a ‘menina dos olhos’ para o tráfico internacional de drogas nos últimos meses de pandemia da Covid-19, ou seja, os traficantes estão escolhendo e fazendo do município, o depósito para os entorpecentes que, geralmente, saem do Paraguai, passam por Ponta Porã e seguem para grandes centros como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e até mesmo o Rio Grande do Sul. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu nos primeiros dez meses de 2020, mais de 300 toneladas de drogas, o que representa aumento de 300% em relação a 2019. “Dourados tem se tornado ponto estratégico para os traficantes, e isso se deve ao policiamento intensivo que a Polícia Nacional do Paraguai tem desenvolvido. Antes, a droga apenas passava por Dourados, agora é entreposto, visto que a droga não tem mais condições de ficar no país vizinho, ou em Ponta Porã”, afirmou o inspetor da PRF ao O PROGRESSO, Waldir Brasil. Alguns fatores têm contribuído para o aumento das apreensões, e merecem destaque o crescimento de área da plantação da maconha no Paraguai que, segundo o inspetor Brasil, ‘invade’ propriedades rurais e intimidam os produtores, os obrigando a não denunciarem. “Temos conhecimento de fazendeiros que têm sua propriedade invadida

pelos traficantes, que plantam maconha e são ameaçados, não podem denunciar, precisam acatar”, revela o inspetor. Em Dourados, entre as apreensões realizadas ao longo de 2020, ao menos duas chamam atenção. Em 1 de outubro, ação conjunta da PRF e Polícia Civil ‘estouraram’ um entreposto do tráfico que ficava próximo ao Trevo da Bandeira, na saída para Caarapó. Na ocasião foram apreendidos 11 toneladas de maconha escondidas em uma carreta Scânia G420 carregada com soja. Cinco pessoas acabaram presas. Dias antes, em 22 de setembro, policiais do Setor de Investigações Gerais (SIG) também haviam fechado outro depósito de drogas que funcionava aos fundos de uma igreja evangélica – que não tem ligação alguma com o caso -numa casa edícula, no bairro Jardim Novo Horizonte. Os policiais monitoraram o local e apreenderam 980 quilos de maconha, além de um carro Ford Fiesta. Rodolfo Daltro, delegado do SIG de Dourados, também conversou com O PROGRESSO e destacou que a cidade tem, de fato, se tornado ponto de parada da droga que sai do Paraguai, e que os traficantes escolhem bairros periféricos e oferecem dinheiro aos moradores da região para que a droga seja escondida. “O SIG apreendeu quatro toneladas de drogas e os trabalhos para que Dourados não se torne definitivamente depósito de entorpe-

centes, tem se intensificados com operações de repressão ao crime organizado. Vale ressaltar que tudo começa em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai, e em Dourados, apesar dos entrepostos se instalarem na periferia, não há uma região exata. Onde o traficante vê oportunidade, ele fica”, pontuou o delegado. Neste caso específico, o prejuízo estimado ao tráfico de drogas é de R$ 12 milhões, considerando que o quilo da droga pode chegar a R$ 300,00. Saiba mais

Dourados é ponto estratégico

Tanto o inspetor da PRF, quanto o delegado, afirmaram que a droga entra no Brasil, e consequentemente em Dourados, por vias terrestres. Segundo Brasil, os criminosos tentam passar a droga em caminhões carregados com milho, soja e até aveia, e seguem para o Sul do país, e de lá, destinam os ilícitos ao países como Argentina e Uruguai. “Até Dourados a droga entra em caminhões, mas daqui, segue para o Rio Grande do Sul, em alguns casos ainda nesses caminhões amarrotados de droga, mas também em carros pequenos [de passeios]. No entanto, além dos grandes centros que recebem esses ilícitos, há facções comandando a venda em países como Dubai, Argentina e Uruguai”, concluiu.

Apreensões de drogas feitas pela PRF em 2020 superam 2019 em 300%


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Dourados, 7.11.2020 O PROGRESSO

Dia a Dia

Facções fazem do presídio de Dourados o escritório do crime De dentro da cadeia são orquestradas execuções, estelionato e tráfico de drogas. Passam de 800 o número de faccionados em Dourados, mais que a capacidade total da PED DIVULGAÇÃO

Valéria Araújo Presos considerados líderes de facções criminosas fazem do Presídio Estadual de Dourados o “escritório do crime”. É de lá de dentro onde são orquestrados crimes como homicídios, estelionato, roubo e tráfico de drogas. As ordens de execução geralmente são para vitimar rivais ou próprios membros que são considerados traidores. O delegado regional da Polícia Civil de Dourados, Lupersio Degerone explica que hoje a PED concentra mais de 800 integrantes e simpatizantes de organizações criminosas, sendo 80% dos membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) são de Mato Grosso do Sul. Destes, 60% são de Dourados e região. De acordo com o delegado, estima-se que nas ruas de Dourados existe número semelhante de faccionados em liberdade aos que estão dentro do presídio. São eles que agem sob comando que vem de dentro da penitenciária.

“Hoje a PED concentra mais de 800 integrantes e simpatizantes de organizações criminosas” O Coised, vem há anos alertando para medidas que aumente a segurança dentro e fora dos presídios Diferentemente dos famosos golpes de telefone, mais característicos de presídios do nordeste brasileiro, em Dourados, o “modus operandi” das facções se concentram em estratégias de furtos e roubos. Sabendo disso, o setor de segurança pública entra em alerta, principalmente nas épocas de fim de ano, quando, com a aproximação do Natal esses crimes tendem a aumentar. O Conselho Institucional de Segurança Pública de Dourados (Coised), vem há anos alertando para medidas para se aumentar a segurança dentro e fora dos presídios. Enquanto a capacidade máxima de presos é de 718, a PED tem cerca de 2 mil e já foi considerada a maior superlotação do Estado se levada em consideração os índices por habitantes. Dentre os pedidos que o Conselho vem fazendo durante nos últimos anos estão o aumento no efetivo de agentes penitenciários e a aquisição de bloqueadores de sinal de telefonia celular, impedindo-se que organizações criminosas que atuam de dentro do presídio possam valer-se desse meio para perpetrar delitos. Uma das medidas realizadas pelo Estado é a nomeação de mais de 800

O Estado tem uma ação contra a União pedindo que ela custeie ou se responsabilize pelos presos de responsabilidade federal agentes penitenciários para reforçar a atuação nos presídios. O Estado também tem uma ação contra a União pedindo que ela custeie ou se responsabilize pelos presos de responsabilidade federal. Segundo informações do Estado, dos quase 15 mil detentos que estão em presídios administrados pelo Estado, 6 mil deveriam estar em unidades federais. A proposta do Estado é que os presos que tem perfil federal continuem nas unidades estaduais, no entanto, sejam custeados pela União. Com repasse de valores para custear 40% da massa carcerária de Mato Grosso do Sul, o Governo do Estado prevê economia de R$ 23 milhões por mês, um total de R$ 276 milhões por ano, valor que poderia ser empregado no reforço da estrutura da segurança pública. Outra característica de Dourados é que existe um grupo denominado Oposição Pura, que não aceita o domínio do PCC. São em números bem menor. São colocados em pavilhão distinto.


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Dourados, 7.11.2020 O PROGRESSO

Dia a Dia

Sem administração, Vila Olímpica indígena vira “terra de ninguém” Estrutura de 29 mil m² na aldeia Jaguapirú, em Dourados, está em ruínas por falta de manutenção Rozembergue Marques Especial para O Progresso Do alto, um dos maiores complexos esportivos do Estado, com quadra poliesportiva coberta, campo de futebol, pista de atletismo, quadra de vôlei de areia, parque infantil, vestiários, banheiros adaptados e prédio para administração, resultante de R$ 1,4 milhão oriundos do Ministério dos Esportes. Mas no chão a realidade é outra. Inaugurada com pompa em maio de 2011, em Dourados, a primeira Vila Olímpica Indígena do país é retrato do descaso. Abandonada na Aldeia Jaguapiru, o complexo de 29 mil metros quadrados está depredado e só é utilizado quando escolas promovem, no máximo, duas atividades ao ano. Jogadores de futebol amador utilizam a quadra e o campo de vez em quando. Projetos de recreação e esportivo, conforme previsto, chegou a ser desenvolvido por quase um ano e depois nunca mais. O que seria um espaço de esporte, cultura e lazer e opção para a redução dos índices de violência na reserva, em razão do consumo de álcool e de drogas hoje está tomado pelo mato e todo depredado. As portas foram arrebentadas, torneiras furtadas e no interior a cena é de um ambiente que não vê limpeza há muito tempo. Todos os vidros de janelas foram quebrados, as paredes sujas e há roupas abandonadas no local. Um dos prédios administrativos também está detonado, assim como o parquinho infantil. Em Dourados se concentra o maior contingente populacional indígena do país por município. São aproximadamente 17 mil indígenas das etnias Guarani Kaiowa, Guarani Nhadeva e Terena. Mato Grosso do Sul abriga a segunda maior população indígena do Brasil, com 68.963 indivíduos. Assim como em outras questões, a gestão da Vila Olímpica esbarra no conflito de competência. No entanto a administração do local é de responsabilidade da prefeitura, conforme acordado na administração do então prefeito Laerte Tetila. Nesse lavar de mão todo esse contingente de pessoas vê aos poucos que a pompa da inauguração foi apenas uma circunstância. A continuar como está, em poucos anos o espaço deve não resistir à ação do tempo e dos vândalos e soçobrar. A reportagem tentou, sem sucesso, obter uma posição da Funai e da Prefeitura sobre a gestão da Vila Olímpica. Havia a expectativa de que a Funai pudesse intermediar junto ao Governo Federal uma parceria junto a Prefeitura para a promoção de projetos. Nove anos se passaram desde a inauguração e até agora nada foi feito.

Abandonada na Aldeia Jaguapiru, o complexo de 29 mil metros quadrados está depredado


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Caso Mariana: “Audiência cruel desencoraja novas denúncias” A afirmação é de autoridades ligadas ao combate à violência contra a mulher. Em Mato Grosso do Sul, foram mil casos de estupro esse ano, segundo a subsecretária Luciana Azambuja DIVULGAÇÃO

Valéria Araújo O caso da blogueira Mariana Ferrer gerou discussões na área do Direito e também entre os movimentos feministas em todo o Brasil nesta semana. O tratamento recebido por ela durante o julgamento em que acusou um empresário de estupro gerou indignação. Houve reação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e críticas de ministros de tribunais superiores. Em Mato Grosso do Sul a Subsecretária de Políticas Públicas Voltadas para as mulheres, Luciana Azambuja considerou inaceitável a forma como a vítima foi tratada. “O que vimos foi uma audiência cruel e uma sentença absurda. Desde a denúncia, a jovem Mariana Ferrer vem sendo vítima de um machismo covarde, que insiste em culpar a vítima, mas o vídeo da audiência com os ataques perpetrados pelo advogado é estarrecedor” destaca. Ele segue: “Mariana foi violada e agredida diversas vezes, por homens e mulheres que se sentem no direito de julgá-la, mas especialmente pelo sistema de justiça, que a humilhou vergonhosamente. É inadmissível que, em pleno século XXI, ainda tenhamos a “legítima defesa da honra”, mas é inacreditável que se lance a tese do “estupro culposo”. Quando falamos para as mulheres não se calarem, é porque elas têm o direito a denunciar e a receberem um atendimento humanizado, acolhedor, especializado. Não podemos aceitar que a vítima saia desse julgamento como a culpada. É preciso mostrar nossa indignação sim, para que situações como essa não sejam banalizadas ou naturalizadas”, considerou. Ao O PROGRESSO a subsecretária afirmou que somente nesse ano foram mil denúncias de estupros registradas nas delegacias. Ele acredita que o número poderia ser maior se muitas das vítimas não estivessem em situação de isolamento com o agressor. Considerou ainda importante o encorajamento das vítimas. Na mesma linha de raciocínio, a delegada da Delegacia da Mulher de Dourados, Paula Ribeiro, considerou

Subsecretária de Políticas Públicas Voltadas para as mulheres, Luciana Azambuja considerou inaceitável a forma como a vítima foi tratada lamentável o ocorrido na audiência. “Deixou muito claro o despreparo de operadores do direito em lidar com mulheres que sofreram algum tipo de violência. Sabemos das dificuldades das mulheres em denunciarem seus agressores. Colocar a mulher que foi vítima em uma situação em que ela é tratada como nenhum réu é tratado certamente vai contra tudo que todos os movimentos feministas vêm tentando fazer, que é incentivar as mulheres a formalizarem suas denúncias”, acrescenta. Em vídeo a delegada Bárbara Camargo Alves, da Polícia Civil de MS comentou a sentença e o termo mais divulgado nessa semana “estupro culposo”, que causou estranheza até mesmo entre operadores do direito. Segundo ela, não existe no ordenamento jurídico brasileira, no julgamento de estupro, a modalidade culposa, ou seja, todo tipo de estupro que está previsto no ordenamento jurídico brasileiro, só pune na modalidade dolosa, isto é, quando há a intenção do agente de culpa de cometer o ato contra a vítima. “O estupro de vulnerável é um crime que pune o agente mantém con-

junção carnal diverso com um menor de 14 anos, com alguém que tenha algum tipo de doença ou enfermidade ou com alguém que por alguma questão transitória não tem capacidade de fornecer oposição àquele ato. Foi esse fato que aconteceu toda a polêmica do estupro culposo. Mas a Justiça brasileira sabe que não existe estupro culposo”, destaca. Ela acrescenta: “Analisando as imagens eu notei que em nenhum momento o juiz usa o termo estupro culposo. O termo que ele traz é o ‘erro de tipo’. É que o promotor que assumiu o processo durante a tramitação dos autos ofereceu alegações finais e pediu a absolvição do acusado dizendo que ele teria cometido o crime em erro de tipo. Quando no Direito Brasileiro a pessoa comete um crime, estando em erro de tipo, ela só pode ser punida pela modalidade culposa e se aquele crime tem previsão da modalidade culposa. Isso quer dizer que, se pessoa cometeu um crime estando em erro de tipo ou ela é punida na modalidade culposa ou ela é absolvida. Como estupro não existe na modalidade culposa a sequência lógica seria, portanto, a absolvição.

Mas onde estaria o erro de tipo no caso do André? Vamos ao fato concreto. Ele foi denunciado por estupro de vulnerável, pois teria mantido conjunção carnal com a Mariana, mesmo ele não tendo nenhuma condição de oferecer oposição ao ato, pois ela teria ingerido involuntariamente alguma substância que alterou sua capacidade, ou seja, ela foi dopada”, destaca. Ela segue: “Mas segundo o promotor de Justiça, ele não saberia que ela estava sem condições de se opor ao ato, ou seja, ele não saberia que ela estaria dopada, e por não saber que ela estaria dopada, ele teria cometido o crime em erro de tipo e, portanto, só poderia ser condenado pelo crime de ‘estupro culposo’ e como não existe estupro culposo, ele foi absolvido. A verdade é que foi feita uma ginástica jurídica para fazer a absolvição de um homem pelo crime de tipo de gênero contra uma mulher. Por isso, as pessoas estão falando muito, comparando muito, a utilização desse termo, como se fosse uma versão moderna da antiga defesa da honra, antigamente usada para absolver homens que matavam suas esposas”, finaliza.


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Dia a Dia

Venda de doces é alternativa para sair do sufoco e lucro chega a 300% Crise provocada pelo Coronavírus faz com que profissionais busquem aumentar a renda com outras atividades FOTOS: DIVULGAÇÃO

Lilian Rech Especial para O PROGRESSO No dicionário da língua portuguesa, o significado de empreendedorismo é disposição ou capacidade de idealizar, coordenar ou idealizar projetos, serviços e negócios. O termo empreendedorismo, que está comumente falado, por causa da crise vivida por conta da pandemia do novo coronavírus, deriva da palavra empreender cujo significado é propor-se, colocar em prática, executar, o que em outras palavras significa realizar tarefas, e porque não sonhos? Para empreender alguns passos devem ser seguidos: ter um ideal, ter perspectiva de futuro, capacidade de aprendizagem e autocrítica também, além de ser persistente e flexível. Para a economista Eliana Lamberti, que é professora na UEMS - Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, todo e qualquer período de crise implica em consequências em todos os setores econômicos. “Independente da crise atual, em geral os negócios possuem um ciclo de vida que não é eterno: sempre surgem novos produtos, novas formas de oferecer o mesmo produto - o que desafia a capacidade do empresário em manter o negócio viável em um ambiente crescentemente competitivo - então a inovação, o diferencial é sempre bem vindo”, afirma Lamberti.

“Quem já tem um emprego pode tranquilamente fazer doces ou salgados para comercializar” Ainda de acordo com Lamberti, buscar alternativas para garantir lucro extra no final do mês, por exemplo, é uma forma simples de girar a economia do comércio local e não deixa de ser uma forma de empreender. “O simples fato de comercializar um produto feito à mão, não apenas do setor da alimentação, mas do artesanato, marcenaria enfim, tantos outros pequenos empreendedores, faz girar a economia do pequeno comerciante e isso é muito importante, principalmente agora nesse período de pandemia, onde muitas pequenas empresas passam por dificuldades”, sinaliza a economista. Pós-graduada em gastronomia brasileira, a chef Camila Bruno é uma empreendedora nata. Há mais de 20 a família mantém em Dourados uma rede de restaurantes e para ela, um dos poucos setores que não deixou de lucrar durante toda a pandemia foi o da alimentação. “É claro que como em todos os segmentos o ramo alimentício teve queda, e nós tivemos que contornar a crise, com diversas alternativas (...) o importante neste momento é também inovar, tentar o diferente, trazer propostas novas para o cliente”, afirma Bruno. A chef afirma ainda que este é um período em que as pessoas podem

BROWNIE Ingredientes: 100g de manteiga sem sal 180g de chocolate meio amargo 135g de açúcar demerara 90g de açúcar mascavo 3 ovos ½ colher chá de sal 20g de cacau em pó 100%

“O chocolate é uma coisa que as pessoas gostam muito e consomem bastante”

105g de farinha de trigo Modo de Preparo: Pré aqueça o forno a 180°C. Forre uma forma (de aproximadamente 20x30cm) com papel manteiga.Derreta a manteiga e o chocolate (use o forno de microondas para facilitar mas com cuidado para não queimar. Derreta 30 segundos, mexa a mistura e volte a derreter novamente e mexa até estar completamente derretido. Ou derreta em banho-maria). Coloque os açúcares na mistura de chocolate e manteiga derretidos e mexa bem. Adicione os ovos um de cada vez e bata bem após cada ovo inserido. Coloque o sal e o cacau em pó. Adicione a farinha e misture bem. Coloque a massa bem misturada na forma e asse em torno de 30 minutos. Para ficar molhadinho, é melhor tirar antes do que deixar passar o ponto. garantir um lucro extra no final do mês, para agregar a renda familiar, sem falar também é claro, na liberdade financeira de um segundo ofício. “Quem já tem um emprego pode tranquilamente fazer doces ou salgados para comercializar, porque durante essa pandemia as pessoas estão consumindo os mais os mais variados tipos de comida o que acaba abrindo um leque de opções de venda e para a pessoa que está em casa é importante ter algo prático de fazer, que não demanda muito tempo, que não tenha muito custo e o doce, principalmente o chocolate é uma coisa que as pessoas gostam muito e consomem bastante e é lucro na certa”, salienta a chef que ensina uma receita de Brownie, fácil e que rende até 300% de lucro. O custo total da receita foi de R$14,75 e rende 8 pedaços que podem ser vendidos até a R$7.

Pós-graduada em gastronomia brasileira, a chef Camila Bruno é uma empreendedora nata


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MS é o 2º em câncer de boca do Centro-Oeste Doença tem ligação direta com higienização dos dentes, alerta dentista FOTOS: DIVULGAÇÃO

Cristina Nunes Especial para O Progresso Quando se ouve falar em saúde bucal, pensamos diretamente no bem-estar dos dentes e gengiva. Mas o assunto vai muito além da arcada dentária. Toda e qualquer doença inflamatória ou bacteriana que invade nossa boca acaba afetando outras partes do organismo, como o coração, por exemplo. A situação também pode ser invertida com uma doença sistêmica refletindo no seu sorriso. De acordo com os dados do Inca, a estimativa de casos de câncer de cavidade oral em Mato Grosso do Sul é de 220 novos casos este ano. MS é o segundo estado com maior incidência do câncer bucal na região Centro-Oeste, perdendo apenas para

“A frequência recomendada para ir ao dentista é de no mínimo, duas vezes ao ano e sempre que surgir algum desconforto na cavidade oral” Fábio Stello (Dentista) Doenças dentárias podem levar à morte? Quais são elas? Sim. Doenças dentárias podem levar à morte. Dentre as mais conhecidas destaca-se septicemia, endocardite bacteriana e cânceres de boca.

Em 2018, foram registrados no Sistema de Informação de Mortalidade, no Brasil, 6.455 óbitos por câncer de lábio e cavidade oral Goiás. Conforme os últimos dados do Inca para Mato Grosso do Sul, a estimativa para 2020 é de que o Câncer de Boca seja o 5º de maior incidência entre os homens, com 170 casos, uma taxa de 11,86 homens acometidos para cada 100 mil habitantes. Já entra as mulheres, doença seria a 13ª de maior incidência. O câncer de cavidade oral pode afetar várias estruturas anatômicas como: lábios, gengivas, bochechas, palato, língua (principalmente as bordas), orofaringe e a região embaixo da língua. Em mortalidade, os números indicam uma estimativa preocupante: caso os índices se mantenham, os números de óbitos serão de 5.468 casos, sendo 4.374 em homens e 1.094 em mulheres dentro do triênio 2020-2023. Em 2018, foram registrados no

Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), no Brasil, 6.455 óbitos por câncer de lábio e cavidade oral, representando 50% dos óbitos por câncer de cabeça e pescoço. Em entrevista ao PROGRESSO, o dentista Fábio Stello que atende em Dourados, explica que a boca desempenha importantes funções que repercutem na saúde de todo o organismo. Cuidar da saúde bucal tem a ver somente com os dentes? Quais os principais cuidados? É preciso higienizar toda a boca, além dos dentes. Os principais cuidados são escovação mínima de três vezes ao dia após as principais re-

feições juntamente com uso do fio dental; limpeza dos tecidos moles como: língua, bochechas e amígdalas fazendo uso de escova e antisséptico bucal. Qual a escova ideal? A escova de dente ideal é a que possui cerdas planas e macias com formato triangular ou ovalado e o tamanho da escova varia conforme o tamanho da boca da pessoa. Com que frequência é recomendado que se vá ao dentista? A frequência recomendada para ir ao dentista é de no mínimo duas vezes ao ano e sempre que surgir algum desconforto na cavidade oral.

O Câncer de boca tem ligação com a higienização e cuidados com os dentes? Como ocorre? Sim. O câncer de boca tem ligação direta com a higienização dos dentes. A má higienização é um campo fértil para proliferação de bactérias que desencadeia geralmente em cáries profundas, atingindo a estrutura dos dentes, e por consequência, ocorrerá fraturas deixando os dentes irregulares, favorecendo o surgimento de lesões crônicas, espécies de úlceras persistentes pelo trauma constante. Essas lesões se não tratadas adequadamente, aumentam muito o risco de desenvolver câncer de boca. Outros fatores também favorecem o surgimento de câncer de boca tais como: o tabagismo, alcoolismo e vírus papiloma humano entre outros. Embora seja um tempo que ainda está em constantes pesquisas, estudos sugerem que a saúde da boca, dentes e gengivas pode afetar o risco do câncer de boca e orofaringe devido a alterações nas bactérias da boca. Má higiene bucal, que pode levar à perda dentária também pode estar associada a esses cânceres.


“É preciso um projeto arquitetônico para discutir a reforma do teatro” PÁG. 2

O nascimento da AFLAMS

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FOTOS: DIVULGAÇÃO

Exposição faz tributo a

MANOEL DE BARROS Obras de artistas prestarão homenagem ao poeta e poderão ser vistas no Centro Cultural José Octávio Guizzo No transcorrer dos 6 anos de falecimento do poeta Manoel de Barros, considerado um dos mais expressivos do Brasil, o MbayArte, Núcleo de Produções Artísticas de Mato Grosso do Sul, que tem como diretor o artista e produtor cultural Jonir Figueiredo, idealizou uma exposição de artes visuais para relembrá-lo. Tributo a Manoel de Barros, inspirado no livro “Retrato do artista quando coisa”, Jonir convidou doze amigas-artistas, que juntas produzem suas artes e realizam exposição poética, com instalações, pinturas, gravuras, objetos, móbiles. Como numa brincadeira com singularidade lúdica, relembram o renascimento de “Nequinho” (apelido íntimo familiar), que deixou sua herança cultural para todos que enxergam o mundo com olhos de passarinhos. A exposição intitulada “Retrato dos artistas quando coisa - tributo a Manoel de Barros”, será lançada neste sábado, 7 de novembro, às 11h, de forma online, através do programa Festas e Eventos, de José Marques, e estará disponível no canal Festas e Eventos, no Youtube. Participam da exposição obras das artistas Ana Carla Zarhan, Anelise Godoy, Blanche Torres, Clara Rahe, Della Barba, Grolli, Ilva Canale, Lúcia Barbosa, Marlene Mourão e Patrícia Helney. Na abertura da exposição haverá a especial de Lenilde Ramos com performance musical. A musicista e escritora musicou dois poemas do poeta. Também participará a atriz e arte educadora Ramona Rodrigues, que há muitos anos faz oficinas de poesia com crianças, utilizando e difundindo a poética bucólica de Manoel de Barros. Jonir Figueiredo também estará com obras expostas. Todas elas poderão ser apreciadas no Centro Cultural José Octávio Guizzo, em Campo Grande, em data a ser confirmada. O espaço está sendo preparado para em até suas semanas receber o público com normas de biossegurança.

“O artista coisa de insetos”, de Marilena Grolli

Obra “Pássaros Rupestres” de Jonir Figueiredo

“Neguinho do Céu”, de Marlene Mourão

“Tomografia da Artista quando Coisa”, obra de Blanche Torres

“Caramujo-Menino”, obra de Ana Karla Zahran


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Caderno B

‘É preciso um projeto arquitetônico para discutir a

REFORMA DO TEATRO’, DIZ MARA CASEIRO

Teatro Municipal de Dourados foi interditado em março deste ano pelos Bombeiros

Presidente da Fundação de Cultura de MS afirma que a prefeitura precisa criar o projeto para buscar recursos Flávio Verão Interditado pelo Corpo de Bombeiros desde março, o Teatro Municipal de Dourados segue praticamente abandonado. Com estrutura comprometida, o espaço não pode mais realizar nenhum tipo de espetáculo até que uma série de irregularidades sejam sanadas. Uma reforma geral seria a principal solução. “Precisamos de um bom projeto arquitetônica para discutir revitalização”, diz Mara Cadeira, presidente da Fundação de cultura de MS. Inaugurado em abril de 1998, o Teatro é o único local do município com capacidade para receber espetáculos artísticos. A estrutura conta com 420 lugares e desde a criação não recebeu uma ampla reforma, apenas ‘retoques’. Embora esteja em condições precárias há um bom tempo, a prefeitura chegou a divulgar edital de reserva do espaço para o segundo semestre deste ano, sendo barrado pelo Corpo de Bombeiros. O motivo seria rachaduras presente no prédio, infiltrações, além de problemas no forro, vidraças, parte elétrica e nas instalações anti-incêndio, que precisam passar por uma série de adequações para cumprir exigências legais. Na época em que o Teatro fechou, o secretário de Cultura disse à reportagem que entre as principais necessidades estariam ainda a revitalização dos banheiros, conserto de vazamentos, restauração da parte elétrica e pintura. Embora a cidade mantém escolas de diferentes segmentos culturais e possui curso universitário de Artes

Cênicas (UFGD), a cultura sempre foi vista como segundo plano pelo poder público. Várias administrações municipais de diferentes partidos passaram por Dourados e nenhuma delas levou adiante o projeto de revitalização do teatro. A presidente da Fundação de Cultura de MS diz que sem um projeto arquitetônico não é possível discutir em revitalização. Ela falou que deputados estaduais a procuraram para discutir o assunto, mas que cabe à Prefeitura de Dourados realizar o projeto para conseguir recursos. “A prefeitura tem que entender que tem que ter os dois entes nesse projeto [Prefeitura e Governo do Estado], mas pra isso precisa de bom projeto arquitetônico que a administração municipal necessita apresentar, detalhando custos de obras”, disse Mara, que semana passada esteve em Dourados em reunião com artistas locais. Ela ainda destacou: “Tenho certeza que o Governo do Estado e a Fundação de Cultura têm interesse em colaborar com a reforma, mas é preciso ter vontade política, o Governo já tem, falta fazer esse projeto para ser apresentado à Fundação”, explicou. Em Campo Grande a Fundação de Cultura está com projeto de restauração e ampliação do Centro Cultural José Octávio Guizzo (CCJOG) e do Teatro Aracy Balabanian. No início do segundo semestre deste ano o governo concluiu obras de revitalização da Colônia Paraguaia da Capital, investimento de R$ 1,4 milhão, valor próximo ao que se estima a reforma do Teatro Municipal de Dourados.

Mara Caseiro durante reunião com artistas locais em Dourados Saiba mais

Interior carece

Tradicionalmente os governos investem em cultura nas capitais do Estado. Em Mato Grosso do Sul essa hegemonia foi quebrada apenas pelo ex-governador Zeca do PT, criador do Festival de Inverno de Bonito, em 2000, e do Festival América do Sul, em Corumbá, no ano de 2004. Ainda no governo de Zeca havia o projeto Temporadas Populares, com shows regionais e nacionais a valores acessíveis no interior. De lá para cá apenas Campo Grande foi beneficiada com projetos culturais. Conforme Mara Caseiro, havia a expectativa de realizar ainda este ano um projeto semelhante ao Festival de Bonito e de Corumbá na região Conesul, sendo impedido pela pandemia do novo coronavírus. “Cultura não é só entretenimento; gera renda e movimenta economia de um município. A ideia era ter no Conesul um evento como de Bonito, que gira R$ 14 milhões, dinheiro que fica nos hotéis, postos, restaurantes, entre outras áreas”, diz a presidente da Fundação de Cultura de MS. Além do apoio da Fundação e do Governo do Estado, uma das saídas para fomentar a cultura no interior, conforme Mara, seria a de buscar parceria público-privada. Pra isso, segundo ela, é preciso que o gestor municipal tenha um olhar de que a cultura não é só entretenimento e sim empreendedorismo, geração de emprego.


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Caderno B

O NASCIMENTO DA

Academia Feminina de Letras e Artes de MS Criada em 2008, entidade tornou-se efetiva 10 anos depois e conta com 40 “imortais” acadêmicas DIVULGAÇÃO

Therezinha de Alencar Selem* Pelas mãos e corações de Delasnieve Miranda Daspet de Souza, Maria Helena Sarti e Aida Machado Domingos, três mulheres guerreiras inspiradas na palavra expressa pela Poesia, foi criada a AFLAMS - Academia Feminina de Letras e Artes de Mato Grosso do Sul. A entidade tem como missão “Reconhecer, divulgar e incentivar a atuação da Mulher em todos os campos culturais, visando sobre tudo ao aprimoramento e a preservação da língua pátria e riquezas culturais da região, estimulando novos talentos, prestar atendimento sociocultural inserindo o indivíduo na prática da cidadania”. Tem ainda o compromisso de buscar junto a entidades literárias e filantrópicas, organismos nacionais e internacionais, ONGS que trabalham pela cultura da paz, união entre os povos, plantando uma semente que será deixada como herança as novas gerações de nosso estado. Criada em 19 de Janeiro de 2008, tal qual um corpo vivo precisou de tempo até que estivesse pronta para um nascimento saudável e uma trajetória produtiva e longeva, fazendo-se sem pressa, criando maturidade, até que preenchendo todos os requisitos legais que garantiram sua identidade, nasce efetivamente, em 15 de agosto de 2018 com a criação do cargo de presidente fundadora e posse da nova diretoria para o triênio 2018/2021, incluindo-se o conselho fiscal, redefinição de cargos e autorização da confecção do fardão e demais adereços que a caracterizam. No percurso, teve ratificada sua criação em 4 de janeiro de 2009, mês em que também foram aprovados o estatuto e o regimento interno, constituída sua 1ª diretoria e definida sua bandeira. Passa a ter identidade jurídica no dia 5 de abril de 2013, ao ser registrada no Cartório de Títulos e Documentos. Numa festa grandiosa, com belíssima cerimonia cívica realizada no dia 30 de abril de 2019, às 20h, no Palácio Guaicurus, Plenário Deputado Júlio Maia, em Campo Grande, por intermédio do Deputado Professor Rinaldo, a convite da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, a AFLAMS garbosamente, em sessão solene é Instituída e dá posse a 40 acadêmicas, que por sua Constituição passam a ser “imortais” uma vez que substituídas, por falecimento, terão resguardados suas biografias e números de suas respectivas cadeiras, conforme registrados no Livro Histórico da Instituição, editado pela Life Editora, que eterniza sua história incluindo, além dos dados aqui registrados, fotos das confreiras, sua logomarca e Bandeira,

Therezinha de Alencar Selem ao lado da presidente da AFLAMS, Delasnieve Miranda Daspet de Souza seu Hino, Discurso de Posse de sua Presidente Fundadora, aliados a recursos tecnológicos com a inserção do QR Coud que permite visão das fotos das confreiras e audição do Hino, com letra de Carlos Nejar, melodia de Ana Lucia Gaborin e Ed-

neide Dias, arranjo de Otavio Neto e Produção de Júlio Balbueno. Como nem tudo são flores, tivemos infelizmente, a perda de Aida Machado Domingos, Cadeira 03, que de acordo com as normas estatutárias será preenchida por uma

das candidatas à vaga, após avaliação da equipe que constitui o Núcleo Literário da Academia, a partir dos critérios pré-estabelecidos em Regimento. *1ª Vice Presidente da AFLAMS, cad. Nº 15

FUNDADORAS EFETIVAS DA AFLAMS Cadeira 01 - Delasnieve Miranda Daspet de Souza Cadeira 02 - Maria Helena Sarti Cadeira03-vaga-Patrona:Aida Machado Domingos (in memoriam) Cadeira 04 - Maria Teresa de Mendonça Casadei Cadeira 05 - Blanche Maria Torres Cadeira 06 - Rosangela Villa da Silva Cadeira 07 - Rosemari Gindri Cadeira 08 - Edineide Dias de Oliveira Cadeira 09 - Marlei Sigrist Cadeira 10 - Marilena da Silva Grolli Cadeira 11 - Ana Lúcia Iara Gaborim Moreira Cadeira 12 - Silvia Regina Ferreira Tavares Farina Cadeira 13 - Lúcia Monte Serrat Alves Bueno Cadeira 14 - Aurineide Alencar de Freitas Oliveira Cadeira 15 - Therezinha de Alencar Selem Cadeira 16 - Viviane Machado de Melo Vazes Cadeira 17 - Yrama Barbosa de Barros Cadeira 18 - Maria José de Jesus Alves Cordeiro Cadeira 19 - Martha Ribeiro Brum Cadeira 20 - Valmira Garcia de Oliveira

Cadeira 21 - Mirian Eiko Suzuki Cadeira 22 - Neyla Ferreira Mendes Cadeira 23 - Kênia Magalhães Braga Cadeira 24 - Luciana Mariz Pinto Nunes Rondon Carvalho Cadeira 25 - Daniela de Cássia Duarte Cadeira 26 - Ledir Marques Pedrosa Cadeira 27 - Sonia Cristina de Albuquerque Narciso Cadeira 28 - Angela Cristina Colognesi dos Reis Cadeira 29 - Sonia Maria Ruas Rolon Cadeira 30 - Marta Martins de Albuquerque Cadeira 31- Cilene Alves Ferreira de Queiróz Cadeira 32 - Helita Barbosa Serejo Lemos Fontão Cadeira 33 - Severina da Silva Cadeira 34 - Lais Doria Passos Monteiro de Barros Cadeira 35 - Lucimara de Olivera Calvis Cadeira 36 - Ana Aparecida Arguelho de Souza Cadeira 37- Érika de Oliveira Rando de Oliveira Cadeira 38 - Maria Caroline Bertol Carloto Trindade Nantes Cadeira 39 - Eudirce Isabel dos Reis Fiorese Cadeira 40 - Ilva Maria Xavier Canale


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Memórias

Chuva não atrapalhou o

5º Fempop em Dourados

Cléber Fritz, da Escola Castro Alves, ficou em 1º lugar, com a interpretação de “Porto Solidão” (Jessé) FOTOS: REPRODUÇÃO/O PROGRESSO

Vander Verão Especial para O Progresso Uma intensa chuva caiu no início da noite de sexta-feira, dia 8 de outubro de 1982, em Dourados. No entanto, isso não impediu que a UDE (União Douradense de Estudantes) realizasse o 5º Fempop (Festival Estudantil de Música Popular), categoria intepretação, no ginásio de esportes do Operário, Cerca de quatro mil pessoas compareceram ao festival, que foi apresentado por Laura Márcia e Lourimar Neto, ambos radialistas da Clube de Dourados. Cléber Fritz, da Escola Castro Alves, ficou em 1º lugar, com a interpretação de “Porto Solidão” (Jessé); em 2º lugar ficou Joquebede Silva, do Colégio Oswaldo Cruz, que cantou “Na hora da raiva” (Wanderléa”); e em 3º lugar ficou Célia Cristina, da Socigran, que interpretou “Caminhos do Sol” (Zizi) Possi). Respectivamente os três primeiros colocados receberam, Cr$ 15 mil, Cr$ 10 mil e Cr$ 5 mil, além de um troféu cada um. Os outros concorrentes desclassificados receberam medalhas de participação. A “Melhor Torcida” foi novamente a da Escola Floriji noViegas, que recebeu um troféu. Alunos desta escola vestiram camisa de cor preta, com a inscrição “The Rolling Stones”, num tributo à maior banda de rock do mundo. O corpo de jurados esteve assim constituído: Irmão Narciso, Guimares Rocha, Altair da Costa Dantas, Nery Alvarenga, Loyde Nascimento, Alvaro Garcia e Luiz Carlos Pael. O corpo de jurados (torcida) mais uma vez foi formado por integrantes da imprensa: Marçal Filho, Prudêncio Campos, Clóvis de Oliveira, Anaídes Melgarejo e Antonio Viegas.

Cleber Fritz, Joquebede Silva e Célia Cristina, 1º, 2º e 3º lugares, respectivamente Saiba mais

Livro Durante a abertura do 5º Fempop, o poeta Altair Batista de Oliveira (hoje reside em Curitiba), lançou o seu primeiro livro de poesias, intitulado “Fases”. Altair Batista dedicou o seu primeiro livro “aos meus pais, pelo dia em que me tiveram acontecido; aos meus amigos, por terem me ajudado capinar a angústia do meu coração...; a Moni Rasselen Malek que incentivou rumos a minha poesia cega; e a uma certa moça que me tomou a fala...”.

Laura Márcia e Lourimar Neto, os apresentadores do 5º Fempop

Altair Batista de Oliveira durante lançamento de seu livro no 5º Fempop

“CHUVA DE LATINHAS”, NÃO IMPEDIU BRILHO DO 4º FEMPOP O 4º Fempop, categoria interpretação, foi realizado na noite do dia 23 de outubro de 1981 no ginásio de esportes do Operário, promovido pela UDE. Logo após a abertura do evento ocorreu uma “chuva de latinhas” de cerveja, em protesto de parte do público devido ao problema de acústica do ginásio. No entanto, esse tipo de bagunça não chegou a tirar o brilho do 4º Fempop, já que a Polícia Militar interviu e contornou o problema. Carlos Fábio, do Colégio Oswaldo Cruz, foi o vencedor. Ele interpretou “Serenata”, de Cauby Peixoto. Em 2º lugar ficou José Roberto, da Escola Menodora, com a música “Planeta Água”, de Guilherme Arantes; e em 3º lugar, Alair Tebar, do Centro Universitário de Dourados, com “Uma Canção de Amor”, de Luiz Gonzaga Junior. O Corpo de Jurados foi formado pelas seguintes pessoas: Dr. Altair da Costa Dantas, poeta, escritor, e advogado; maestro Geraldo Antoniasi, da Academia “Villa Lobos”; Heliana de Barros, professora de piano da Academia “Santa Cecilia”; Ézio Moreira, radialista e precursor do Fempop; Moisés Crestani, compositor; Irmão Narciso Canatti, da Paróquia São José e estudioso em música; e ainda Diva Neide Ferrugem, vocalista e professora da Academia “Santa Cecilia”. O Colégio “Floriano Viegas” conquistou o prêmio de “Melhor Torcida” do 4º

Mais uma vez o público lotou as dependências do ginásio do Operário Fempop. Em 2º lugar ficou a Escola Reis Veloso” e em 3º lugar, a Escola Capilé”. O corpo de jurados foi formado pelas seguintes pessoas: Prudêncio Campos Leite, do jornal “O Progresso”; Ana Gisele, da Rádio Dourados; Baltazar Marques, do jornal “O Progresso”; José Garcia, da Rádio Gran-Dourados FM; e Mary Espinosa, do jornal O Panorama.


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Castigo criticado na Pedagogia moderna Que te pertence

Olho de (?), selo Espetáculo celeste

Vermelho, em inglês Página da agenda

Capacidade intelectual (fig.) A Princesa do Sertão, no Ceará

A Telefônica Brasil S/A - TBRA, inscrita no CNPJ 02.558.157/0698-71, torna Público que requereu do Instituto de Meio Ambiente de Dourados – IMAM de Dourados (MS), a Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO), para atividade de escritório administrativo e depósito de materiais e equipamentos de telefonia (CP 74314), localizada na Rua Alberto Maxuel, nº 415, Bairro Vila Alba, no município de Dourados (MS). Não foi determinado Estudo de Impacto Ambiental.

Jogo de altos apostadores em cassinos Frutos carnosos, como a uva

J3A CONVENIÊNCIA ________, torna Público que requereu do Instituto de Meio Ambiente de Dourados (MS) – IMAM, a Autorização Ambiental - AA, para a atividade comércio de bebidas ____________, localizada na Rua/Av._Vilso Gabiatti ___________ - Bairro Jardim Canaã 3___, no município de Dourados (MS). Não foi determinado Estudo de Impacto Ambiental.

RUA JOAQUIM TEIXEIRA ALVES, Nº 3.770 – PQ ARNULPHO FIORAVANTI DOURADOS – MS – CEP 79.830-010 – FONE (67) 3428-4970 / 3428-4971 CNPJ 04.329.061/0001-58 – e-mail: imam@dourados.ms.gov.br

O mais depressa possível

Peixe que infla o corpo quando ameaçado

Diz-se do espírito dos bandeirantes (Hist.)

BANCO

"Eu (?) amo", frase do casal apaixonado

Palavra do teste na passagem de som

Antigo sucesso de Caetano Veloso

3/red. 4/cáli. 5/bagas — odara. 6/bacará — trauma. 8/manicure. 11/desbravador.

EDITAL

"Tudo", em "onipresente"

Gafe (bras.) Fonte do caviar

Unir; ligar

EDITAL A Telefônica Brasil S/A - TBRA, inscrita no CNPJ 02.558.157/0682-04, torna Público que requereu do Instituto de Meio Ambiente de Dourados – IMAM de Dourados (MS), MODELO DE EDITAL PARA REQUERIMENTO DE AUTORIZAÇÃO a Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO), para ativiAMBIENTAL - AA dade de escritório administrativo (CP 74306), localizada na Rua Pedro Rigotti, nº 585, Bairro Jardim São Pedro, no município de Dourados (MS). Não foi determinado Estudo de Impacto Ambiental.

Simples; reles

Medo exacerbado de reviver dores

Possuo experiência e referência, tenho 22 anos e moro no Jardim Cristais. Fone: 99913-0396, Leticia EDITAL

Professor, nas filosofias hinduístas

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Dourados, 7.11.2020

E C L I P S E

O PROGRESSO

P C R O D S U T I EN V I D B A D D E

1


Dourados, 7.11.2020 O PROGRESSO

Adiles do Amaral Torres

COLUNA DA ADILES CASAIS NOTA 10

adiles@progresso.com.br

“O saber a gente aprende com os mestres e os livros. A sabedoria, se aprende é com a vida e com os humildes.” Cora Coralina

DESTAQUE

Humberto Teixeira e Vecilde

Rosa Maria e Antônio Nogueira

Destaque ao simpático casal Adriana e deputado Paulo Corrêa. Ele é presidente da Assembleia Legislativa de nosso Estado. Que Deus os proteja sempre! Janis Faker e Alexandre Brock

Antônio Freire e Zélia Nolasco

A POESIA

Ailson e Sônia

Poesia, irmã gêmea da música os analgésicos da vida, bálsamos das amarguras, suavizantes das agruras. Pela poesia dizemos como em notas musicais da beleza, da inocência do amor, dos ideais. Pois ela traduz a vida a inspiração mais bonita leve, pura e inaudita do viver é a oração. Nos empolga, nos eleva nos dá alento e leveza traduzindo a beleza da amizade e do amor. Poesia bendita sejas como a música tua irmã o reconforto da vida o reviver do amanhã.

Eneida Gebaile e Azonil

PARABÉNS E FELICIDADES AOS

ANIVERSARIANTES DA SEMANA

Adiles do Amaral Torres

COMENDA

THIAGO PIZZINI

Quarta-feira (11/11)

FAIRTE N. TEBET Domingo (8/11)

ARLEI S. BARBOSA Domingo (8/11)

DR. DILSON DEGUTI Segunda-feira (9/11)

GINEZ CESAR

Segunda-feira (9/11)

Recebeu na semana passada a comenda Mérito Advocatício Heitor Medeiros da OAB, a advogada Delasnieve Miranda Daspet de Souza. A ela, os nossos parabéns!

DR. VILSON BERTELLI, Desembargador ELAINE CAMPIONE

DR. ATAPOÃ COSTA FELIZ, ANTONIA G. SCURSIATO Desembargador LORENA HERNANDEZ Terça-feira (10/11)

Terça-feira (10/11)

ANGELA R. SANTA CRUZ IRMA LUPINETI

ANTONIO C. NETO

WELLINGTON SORRILHA ANTENOR MACHADO

Segunda-feira (9/11)

Quarta-feira (11/11)

Terça-feira (10/11)

Quarta-feira (11/11)

Quarta-feira (11/11)

Quinta-feira (12/11)

Terça-feira (10/11)

Quinta-feira (12/11)

PARABÉNS E FELICIDADES aos aniversariantes, Do dia 12/novembro - Neuza Narcisa Zanforlin; Hudson Y. Carneiro Fujii; Silane Aparecida C. Figueiredo; João Roberto Martins; Regina Mika Tago; Sônia Aparecida Dias de Freitas; Clarice Maciel; Maria Lucia Tenentel Cardoso; Isabel Ribeiro Pereira; Alexandra R. Pinheiro; Holga Betina Schossig; Petrick Van Suypene e Balduíno Gomes Mascarenha Filho. Do dia 13/novembro - Tobias V. de Lima; Ernestina de Almeida; Ana Sott; Rafhael O. Silva; Cristian Ranzi; Maria das Dores Oliveira Viana; Márcio F. Julião Assad; Marcos Vagner de Souza; Evandro Jara Dias; Waldir Marques; Tiago Torres Vilaverde; Elizeu Maturano Narciso; Alziro Arnal Moreno; Geisa Tobias; Miguel Oliveira da Silva; Waldemar dos Santos de Lima; Cleo Peruzzo; Emilly Gabrielly dos Santos N. de Matos e Jessica Maria Medeiros Santana.


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