Edição de 12/junho de 2021

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DOURADOS MS ANO 71 Nº 13.677

O PROGRESSO

12 de junho de 2021

★★★★★

Pacientes da saúde mental ficam sem medicamentos em Dourados A falta de remédios, médicos, insumos e dietas alimentares está afetando o tratamento de pacientes da saúde mental da rede pública em Dourados. PÁG. A4

DIA A DIA

Decreto libera abertura do comércio em Dourados

Distanciamento social

A. FROTA

Pandemia impôs desafios de aprendizagem a estudantes autistas PÁG. D3

Solidariedade

Grupo cria toucas e almofadas de apoio para mulheres que retiraram a mama PÁG. D4

Pandemia

Receita estimada de MS para 2022 é de R$ 18,4 bi PÁG. A3

CULTURA

PÁG. B1

Celebração

A partir deste domingo (13) está autorizada a abertura do comércio em Dourados. O novo decreto da Prefeitura flexibiliza a retomada da economia, embora a cidade ainda esteja em bandeira cinza, a mais rígida, o que impediria, em tese, a reabertura. PÁG. D1

113 anos de Imigração Japonesa PÁG. C1


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Dourados, 12.6.2021 O PROGRESSO

Opinião EDITORIAL

INFORME C

Remando contra a maré

P

assado um ano e três meses do reconhecimento do Coronavírus como pandemia, estamos hoje vivendo o que projetava-se em março do ano passado. O colapso nos sistemas de saúde em praticamente em todo o Brasil, com pacientes na fila de espera por UTIs, médicos sendo obrigados a decidir quem será salvo e o crescimento no número de mortos. Mato Grosso do Sul está há três meses com sérias dificuldades, chegando a ter que encaminhar pacientes para outros estados em busca de atendimento de UTI. Dourados, segunda maior cidade sul-mato-grossense, sairá agora de um lockdown de 14 dias. Enquanto isso, outras 42 cidades classificadas como Dourados na bandeira cinza, a de maior risco de contágio do vírus, passarão a contar com me-

didas mais rígidas pelas próximas duas semanas. É a tentativa desenfreada de tentar amenizar a pandemia. As respostas dadas pelas nossas autoridades se mostram insatisfatórias no enfrentamento do vírus, primeiro por desconhecimento, depois pela falta de preparo e de gestão. Boa parcela da população também não tem feito a sua parte como deveria, promovendo aglomerações, seja em casa com vizinhos ou em confraternizações familiares. Juntando tudo isso, misturado a pouca vacinação, o resultado é o colapso e milhares de mortes no País. Um dos graves problemas que se vê é a ausência de acompanhamento das pessoas infectadas com o vírus, bem como aquelas que mantiveram contato com elas. Em Dourados, por exemplo, pelo menos 50% desse público sequer é lembrado pe-

lo poder público, que tem pago funcionários para fazer o tal rastreamento, que pouco funciona. É a falha da gestão. E por sinal gravíssima, já que as autoridades da saúde local conhecem essa problemática e não resolvem. Com isso, pessoas infectadas ficam transmitindo vírus. Enquanto não houver um cerco à disseminação do vírus, com o poder público fazendo o real papel e com participação em massa da população, evitando aglomeração e fazendo, sempre, o uso de máscara, continuaremos a ter muitas mortes. O mais estarrecedor é que sem a condução de um líder nacional empático com a situação, nosso país continuará a deriva em um mar contaminado, com muitos timoneiros tomando decisões isoladas e contraditórias, marcadas pela pressão política e econômica.

Eterno areópago JOÃO LINHARES* *Promotor de Justiça

T

ive uma sensação de morte e deparei-me com um ambiente estranho; não era o limbo, tampouco o inferno de Dante ou o paraíso. Disseram-me que seria julgado. Pensei: por que não me banhei nas águas do Ganges, quando estive em Varanasi? Quiçá meus pecados fossem remidos e assim seria poupado desse périplo. Os guardas me carregavam energicamente. Um deles era terrível... Não sei explicar e detalhar bem aquela atmosfera, mas se cuidava de um julgamento. E, para adentrar a corte, o guarda bateu 3 vezes na porta. Após ele fornecer a senha exigida, o juiz autorizou o ingresso. Fui conduzido sob uma espada flamejante como aquela do Gênesis (3:24). Eu não enxergava nada. O magistrado era severo, onisciente e, como corolário, conhecia tudo da minha vida. Era implacável! E confundia-se com um acusador. Era um juiz mimético: a um só tempo era arconte e acusador. Por mais estratégias de defesa que eu esboçasse e esgri-

misse, por maior que fosse a destreza nas minhas palavras e na eloquência, ele conhecia todas e as repelia liminarmente. Sabia de antemão cada átimo, cada suspiro, cada engano e cada dolo que eu perpetrara. A prova defensiva era inócua. O devido processo legal inexistia, tal como eu o depreendera dos códigos. Eu aspirava à prescrição! Ou almejava uma nulidade... Afinal, o juiz era inquisidor, era também o Ministério Público neste estranho e perene sinédrio. E quando juiz e acusação atuam em conluio, de forma adrede, sequer o próprio Deus conseguiria escapar. Esse conúbio era inadmissível! Todavia os meus argumentos não convenciam. Depois de eu tanto argumentar, pedi-lhe água. Um querubim trouxe-ma. Ao ingeri-la, o gosto extremamente amargo do líquido irritou a minha garganta; tossi bastante. Mal consegui engolir aquilo. Espantei-me! O julgador sorriu ao notar o meu semblante. Era uma espécie de transubstanciação: meus delitos transfigurados em fel. E, pelo jeito, eram muitos. O supremo magistrado exortara-me de que eu seria castigado severamente! Redarguí-lhe indagando o

porquê da censura. E gizei a suspeição, a parcialidade dele, em vão, pois isso também fora rechaçado de chofre. Respondeu-me o julgador: - Condeno-te pelas inúmeras vezes nas quais me renegaste. Condeno-te porque me vilipendiaste. Condeno-te porquanto não seguiste os meus princípios. E tu os conhecia sobejamente! Condeno-te porque foste indiferente aos meus sinais. Enfim, condeno-te pelo que és, por aquilo em que te transformaste. Pus-me no genuflexório por clemência. E perguntei: -Que sinais eram esses? Nunca os notei. E a resposta veio inopinadamente: - Tua intuição! Fez-se silêncio no areópago. Solicitei o nome do juiz para rogar-lhe o derradeiro perdão. - Sou a tua consciência! Desisti imediatamente do pleito. Selaram-se definitivamente os meus lábios, findaram-se as minhas réplicas. Sentenciado estava: eu me condeno!

CÍCERO FARIA cicerolfaria@gmail.com

Uma voz oficial que se levantou contra O vereador Fábio Luiz da Silva foi contrário ao fechamento decretado pelo prefeito Alan Guedes, que terminou sábado: “Decretar lockdown é uma decisão extremamente danosa ao contribuinte. Me preocupo com a manutenção dos postos de trabalho, me preocupo com os microempresários que através de seus negócios sustentam suas famílias, e mais ainda com aqueles cidadãos que dependem de diárias e prestações de serviços pontuais, além dos trabalhadores informais, para levar o mínimo de dignidade para suas famílias. Nossa cidade possui centenas de famílias em extrema vulnerabilidade, e dizer para o trabalhador que ele terá de ficar 14 dias sem ter como obter o recurso para o leite do filho, do dinheiro para pagar a conta de luz e colocar comida na mesa, é no mínimo desumano e inconsequente. E cabe ao Poder Executivo oferecer as respostas para essa população.” Querendo

O Diretório Nacional do Podemos orientou a executiva estadual de Mato Grosso do Sul a trabalhar em um nome como candidato ao governo do Estado em 2022. Recentemente o partido filiou o prefeito de Corumbá, Marcelo Iunes e o ex-vereador de Campo Grande André Salineiro. O evento teve a presença da presidente nacional, deputada federal Renata Abreu. A direção estadual foi passada da delegada aposentada Sidnéia Tobias, para o secretário estadual de Governo, Sérgio Murilo. Iunes assumiu a 1ª vice-presidência da legenda. Em 2020, o Podemos elegeu 35 vereadores (três na Capital) e dois prefeitos: Aparecida do Taboado e Santa Rita do Pardo.

Homem do Reinaldo

O deputado estadual Zé Teixeira (DEM) afirmou que o secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel, tem compromisso com o desenvolvimento de Dourados e com a população douradense. Para Teixeira, Riedel está dando pressa a todas as obras autorizadas pelo governo do Estado e basta analisar os investimentos que estão sendo feitos em Dourados. O deputado cita como exemplo do empenho de Eduardo Riedel na duplicação do trecho da rodovia

MS-156, entre o Trevo do DOF e o Distrito Industrial. Segundo ele, as obras foram anunciadas no ano passado e sob a gestão de Riedel estão caminhando com rapidez, de forma que em breve toda aquela população do Jardim Guaicurus, Conjuntos Habitacionais Dioclésio Artuzi I, II, III, Vival dos Ipês, Jardim Esplanada, Harrison de Figueiredo, entre outros, poderão trafegar com segurança, analisou Zé Teixeira.

Pobres

O agronegócio catarinense pretende investir R$ 1 milhão na compra de cestas básicas para atender as famílias em situação de vulnerabilidade social e de renda no meio rural. A ação faz parte do movimento nacional Agro Fraterno, que em Santa Catarina será liderado pelo Governo do Estado e entidades do setor. A intenção das instituições e lideranças é atender cerca de 17 mil famílias que vivem em condições de extrema pobreza no campo.

Crise

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) estima que 40% dos restaurantes especializados em comida a quilo fecharam no país devido à crise econômica causada pela pandemia de covid-19. O Brasil tinha cerca de 200 mil estabelecimentos desse tipo, e a estimativa atual é de que esse número tenha caído para 120 mil.

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Dourados, 12.6.2021 O PROGRESSO

Política

Receita estimada de MS para 2022 é de R$ 18,4 bi Projeto considera o comportamento atual da arrecadação e a entrada de recursos externos

WAGNER GUIMARÃES/ALEMS

Começou a tramitar na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para 2022 (Projeto de Lei 163/2021). A receita estimada pelo Poder Executivo para o próximo ano é de R$ 18,475 bilhões, alta de 9,82% sobre os R$ 16,82 bilhões orçados para o atual exercício. Além de orientar a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA), a lei de diretrizes orçamentárias estabelece as metas fiscais para o próximo triênio e as prioridades da administração estadual. Conforme o PLDO, as metas fis-

O projeto segue para análise da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Assembleia cais para 2023 e 2024 correspondem às receitas totais de R$ 19,22 bilhões e de R$ 20,15 bilhões, respectivamente. Por causa da pandemia, esses valores poderão ser alterados na proposta da LOA, segundo informa o governador Reinaldo Azambuja em mensagem ao Legislativo. “Diante das incertezas dos impactos ocasionados pela pandemia da Covid-19, relacionadas à frustração de arrecadação e do aumento das despesas, propõe-se a possibilidade de alteração das metas fiscais, quando da elaboração da proposta orçamentária de 2022, a ser submetida à Assembleia Legislativa”, afirma.

Projeto do Governo será votado pelos deputados estaduais de Mato Grosso do Sul

O projeto da LDO é elaborado em conformidade com a Lei Complementar 101/2000, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e considera o comportamento atual da arrecadação e a entrada de recursos externos, como transferências da União. Também é orientado para o cumprimento das diretrizes estabelecidas no Plano Plurianual (PPA) – neste caso, o PPA 2020-2023. De acordo com o PLDO 2022, além de se guiar pelo PPA 20202023, a proposta da LOA também deverá observar as metas fixadas no Programa de Reestruturação e de Ajuste Fiscal, que integra o

contrato de refinanciamento da dívida celebrado com o Governo Federal. O projeto da lei de diretrizes orçamentárias fixa, ainda, limites para as despesas das instituições dos diferentes poderes (Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas, Tribunal de Justiça, Ministério Público e Defensoria Pública do Estado).

Projeto de Marçal Filho obriga restruturação de delegacias para combater a violência doméstica

suas equipes um efetivo mínimo de mulheres, as quais atenderão, prioritariamente, em salas separadas, as ocorrências de violência doméstica que se enquadram pela Lei Maria da Penha e os delitos contra a dignidade sexual em que figurarem como vítimas mulheres. Nos casos de violência sexual, conforme o Projeto de Lei, quando da realização do exame de corpo de delito ou outros exames periciais e procedimentos médicos necessários, a vítima terá o direito de ser atendida, preferencialmente, também por profissional do mesmo gênero, isto é, por servidora ou médica legista. Coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Mulher na Assembleia, Marçal Filho justifica que, o Projeto de Lei de modificação legislativa tem como proposta proteger e criar um ambiente de acolhimento às mulheres vítimas, buscando minimizar o quanto possível o sofrimento delas já fragilizadas pela violência sofrida.

DIVULGAÇÃO

A proposta é que as delegacias tenham efetivo feminino para atender as mulheres

Fazer uma denúncia de violência doméstica não é fácil para nenhuma mulher, mas pode ser ainda mais constrangedor e doloroso se não houver um espaço para a vítima contar o crime que vivenciou de maneira reservada e de ser atendida, de preferência, por outra profissional mulher. Para corrigir essa problemática em Mato Grosso do Sul, o deputado estadual Marçal Filho (PSDB) apresentou Projeto de Lei que altera a política de amparo e assistência à mulher no Estado, obrigando as delegacias a ter um efetivo mínimo de público feminino para atender as mulheres. Conforme o Projeto de Lei, apresentado na Assembleia Legislati-

Deputado Marçal Filho

va, nos Municípios em que não houver Delegacias de Polícia Especializadas no Atendimento à Mulher (DEAMS), as delegacias distritais deverão ter em todas as

e “do fortalecimento da participação e do controle social”. Os investimentos deverão ser programados conforme a disponibilidade de recursos, benefícios socioeconômicos, preferência das obras em andamento sobre as novas, prioridade a projetos que observem o princípio da sustentabilidade, entre outros critérios. Critérios de investimentos O projeto segue para análise da Conforme o PLDO, a proposta Comissão de Constituição, Jusorçamentária deverá observar tiça e Redação (CCJR) e da Coas políticas do governo estadual, missão de Acompanhamento da cujas referências são os princí- Execução Orçamentária. A propios “da superação das desigual- posta pode receber emendas dos dades sociais, raciais e de gênero” parlamentares.

COLONO - Cumpadi, quando passar a pandemia, qual vai ser a primeira coisa que ocê vai fazer? ZÉ PINGA - Vou levar minha mão nos alcoólicos anônimos. Ic, ic, ic


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Dourados, 12.6.2021 O PROGRESSO

Geral

Pacientes da saúde mental ficam sem remédios e tratamento em Dourados Falta de médicos, alimentação especial, insumos e medicamentos arriscam a vida, inclusive de crianças FOTOS: DIVULGAÇÃO

Valéria Araújo A falta de medicamentos, médicos, insumos e dietas alimentares está afetando o tratamento de pacientes da saúde mental da rede pública em Dourados. A desassistência atinge crianças, adolescentes e adultos psiquiátricos ou com deficiência intelectual no município. De acordo com a Associação Abraço, que presta assistência social e educacional às famílias atípicas de Mato Grosso do Sul, o problema dura há vários meses e prejudica pelo menos 20 pacientes que são associados ao projeto. De acordo com o presidente da entidade, Antônio Hannah a situação é grave e põe em risco a vida de crianças que precisam do tratamento. “A grande maioria depende do poder público para continuar se tratando. No entanto faltam médicos neurologistas pediatras, psiquiatras, além de remédios, insumos e dietas. A Associação tem se mobilizado com campanhas de vendas de pizza e doações para ajudar essas famílias a comprar o mínimo. Estamos desesperados porque tem crianças que correm sérios riscos, inclusive de atrofiarem os músculos devido à falta de assistência pública”, destaca. Segundo ele, o local de fornecimento dos medicamentos é na Unidade de Regulação de Medicamentos e Insumos (Urmi), porém lá há dias que faltam até esparadrapos. A filha dele, com três anos de idade, Sarah possui, além da microcefalia, outras comorbidades, como Síndrome de West (epilepsia infantil), cardiopatia, pneumonias e hipermetropia. Diferentemente de doenças como o autismo e outras, a paralisia cerebral requer tratamento específico, notadamente de estímulo à atividade cerebral. Como Sarah, por exemplo, tem pouquíssimos movimentos por falta desse estímulo cerebral. “Essa é uma parcela da população que infelizmente está invisível”, disse, observando que só de medicação a família gasta mais de R$ 1 mil por mês porque não encontra na rede pública. O pedreiro Renato Martins Ribeiro é pai do Renan, de 1 ano e 11 meses. O menino é diagnosticado com mielomeningocele, que é o tipo mais grave de espinha bífida, no qual os ossos da coluna vertebral do bebê não se desenvolvem adequadamente durante a gestação. “Ele vive praticamente com uma UTI dentro de casa”, diz o pai. Todos os meses Renato vai em busca de medicamentos na Urmi e segundo ele, dos cerca de 20 itens que precisa, só são disponibilizados 3. Ele também não encontra tratamentos para o filho na rede pública como fisioterapia respiratória, motora e fonoaudiologia. O pedreiro, que agora está sem trabalhar por causa da pandemia e devido aos cuidados médicos do filho, ainda precisa pagar R$ 100 a sessão da fisioterapia respiratória para não colocar a vida do filho em

Fábio Luis cobra explicações da Prefeitura

MEDICAMENTOS EM FALTA A Associação Abraço fez uma lista de medicamentos, materiais, dietas que estariam em falta nas unidades de saúde de Dourados e que afetam principalmente a saúde mental.

LISTA DE MATERIAIS

Renato precisa de ajuda para garantir dieta do filho Renan

 Luvas estéril nº 07;  Luvas de procedimentos;  Soro fisiológico 0,9º / flaconetes de 10 ml;  Sondas de aspiração nº 08;  Algodão;  Gases;  Água destilada para umidificador da ventilação mecânica;  Seringas de 5 ml;  Seringas de 10 ml;  Seringas de 20 ml;  Seringa de 60 ml;  Fixação para traqueostomia infantil com velcro;  Frascos de Alimentação Enteral 300 ml;  Equipo para Nutrição Enteral Tubo Azul – conector;  Sonda Gastrostomia FR 12 com balão;  Fraldas P, M e G;

MEDICAÇÃO

Antônio luta por tratamento para a filha Sarah risco. A criança se alimenta em dieta especial, que também deixou de ser fornecida pela Prefeitura. Cada lata de leite custa cerca de R$ 150. São 12 por mês. “Estamos vendendo tudo o que temos para salvar a vida do meu filho”, conta. Câmara Municipal Essa semana o vereador Fábio Luis (Republicanos) solicitou à Prefeitura de Dourados, um levantamento a respeito dos contratos firmados durante este ano para aquisição de medicamentos à rede pública de saúde do Município. A solicitação ocorreu após denúncias de populares ao parlamentar, informando o desabastecimento de insumos e medicamentos nas unidades de saúde de Dourados, incluindo os postos de atenção básica da família. Em requerimento protocolado na sessão ordinária desta semana, Fá-

bio solicita que sejam informadas e discriminadas todas as licitações e contratos celebrados nos seis primeiros meses de gestão de Alan Guedes. Ao O PROGRESSO o vereador disse que há cerca de 60 dias solicitou informações sobre a falta de medicamentos na saúde mental, mas até o momento o requerimento não foi respondido. Por essa razão ingressou com o pedido em relação a contratos. Prefeitura A Prefeitura de Dourados informou que devido a transição na pasta de Saúde, poderá se manifestar a respeito a partir da próxima segunda-feira. Você pode ajudar As famílias das crianças com deficiência mental clamam por ajuda. Alimentos, roupas, calçados e valores em dinheiro são bem vindos através do telefone: (67) 98404-9824.

 Fenobarbital;  Aditil Omeprazol;  Depakene;  Vigabatrina;  Diazepan;  Levetiracetam / Keppra;  Minilax;  Puran t4 25mg;  Valproato de Sódio;  Domperidona;  Respiridona;  Carbamazepina;  Aerolin aerosol;  Cefalexina;  Bio Zinc;  Grow Ferro;  Grow Vit Bb;  Doxazosina;  Rivotril;  Neuleptil;  Depakote Spinkler;  Nasonex  PG 4000;

DIETAS

 Pediasure;  Nutren Júnior;  Pregomin;  Nan 2;  Aptanutri Premiu 3;  Leite Ninho Fases 1+;


Lockdown: Direito de ir e vir não prevalece ao de saúde, defende criminalista PÁG. 2

DOURADOSAGORA Dourados, 12.6.2021 O PROGRESSO ARQUIVO

Comércio abre, mas toque de recolher será das 20h às 5h até o dia 24 de junho

Decreto libera abertura do comércio em Dourados Como o município permaneceu em lockdown por 14 dias, não irá acompanhar as demais 42 cidades em bandeira cinza que estarão praticamente ‘fechadas’ Flávio Verão

permitidas, atendidas as condições especificadas no decreto nº A partir deste domingo (13) está 419 de 11 de junho, estão: igreautorizada a abertura do comér- jas, academias de ginástica, aticio em Dourados. O novo decreto vidades educacionais privadas e da Prefeitura flexibiliza a retoma- a Feira Agroecológica do Parque da da economia, embora a cidade dos Ipês. Os parques seguem feainda esteja em bandeira cinza, chados. a mais rígida, o que impediria, Os restaurantes, lanchonetes, em tese, a reabertura. Outros 42 cafés, padarias, bares e convenimunicípios do Estado, incluindo ências, no que lhes for aplicável, deverão implantar espaçamento Está permitido o serviço de mínimo de dois metros entre as mesas e máximo de quatro cadeidelivery de comida pronta ras em cada uma delas, à exceção para o consumo até às 23h, de quando se tratar de membros todos os dias de uma mesma família, comproa Capital, terão medidas mais se- vadamente. veras pelos próximos 14 dias. O Não está permitida à permatoque de recolher tanto em Dou- nência e aglomeração de pesrados como em todas essas cida- soas na porta ou no entorno de des será das 20h às 5h. lanchonetes, restaurantes, conO prefeito Alan Guedes usou o veniências, bares, distribuidoras argumento de Dourados ter pas- de bebidas e similares a qualquer sado pelo período de lockdown hora do dia e da noite. Está proibide duas semanas para garantir a do as apresentações com música reabertura de todo o comércio. ao vivo, em qualquer estabeleciDentre as atividades essenciais mento.

Conforme o decreto, todo e qualquer estabelecimento com acesso ao público deve manter na entrada, em local visível, placa indicando a capacidade máxima de lotação, sob pena de aplicação das penalidades. O limite de ocupação será de acordo com a área interna do estabelecimento, sendo admitida uma pessoa a cada 4m2 (quatro metros quadrados). Já as filas que eventualmente se formarem serão de responsabilidade do proprietário do estabelecimento, sob pena de autuação. Está permitido o serviço de delivery de comida pronta para o consumo até às 23h, todos os dias. Já o delivery de bebidas alcoólicas fica proibido após às 20h. Ficou autorizada, excepcionalmente, desde que cumpridos todos os protocolos de biossegurança, sobretudo o distanciamento social, a realização de solenidades organizadas por órgãos públicos, previamente agendadas e comunicadas à Secretaria Municipal de Saúde.

Contudo, está vedado o funcionamento de bibliotecas e museus; teatros e arenas; praças e parques públicos; saunas e boliches; espaços kids, em qualquer tipo de estabelecimento e local; jogos de mesa na modalidade de sinuca e similares; festas, eventos e comemorações, inclusive em residências; e áreas comuns de condomínios. Também está proibida a prática esportiva coletiva amadora, sendo portanto permitida a prática esportiva individual, inclusive ao ar livre. Um levantamento da Prefeitura demonstra que os efeitos positivos do decreto 400/2021, de 29 de maio, na Saúde começam a aparecer quando se observa que houve uma queda na média móvel de casos positivos da Covid-19 de pessoas residentes em Dourados. No dia 3 de junho, Dourados registrava uma média móvel de 211,43 e no dia 10 de junho caiu para 116,14.


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Dourados, 12.6.2021 O PROGRESSO

DouradosAgora

Lockdown: Direito de ir e vir não prevalece ao de saúde, defende criminalista Advogado explica que decisões tomadas por entes públicos e que assegurem o interesse da coletividade estão obtendo respaldo na lei em detrimento do direito individual ELIEL OLIVEIRA

Valéria Araújo As medidas restritivas de circulação impostas pela pandemia de Covid-19 no mundo trouxeram à tona a discussão de dois direitos fundamentais importantes. De um lado o de ir e vir (CF, art. 5º, inciso XV), e do outro do de saúde (CF, art. 6º, caput). Hoje questiona-se o avanço do Estado sobre direitos fundamentais do cidadão como o de livre locomoção, constitucionalmente assegurado por meio de uma abstenção do Estado, uma obrigação de não fazer. O assunto toma ainda mais proporção com o fechamento total do comércio por 14 dias, medida adotada pela Prefeitura de Dourados, município com mais de 550 mortes, para conter o avanço da doença. Em MS a Covid-19 já causou mais de 7 mil óbitos. Em Dourados o advogado criminalista Marcelo Cândido de Paulo explica que o direito de ir e vir não está acima do direito a saúde. “Nenhum direito fundamental é absoluto, como não é o direito de ir e vir. Ele deve ser mantido e assegurado nos termos da lei, mas pode ser restringido em decorrência de uma situação excepcional. A gente vê manifestações do comércio no lockdown invocando o direito de ir e vir, porém ele não se sobrepõem ao direito à saúde, principalmente num momento em que a circulação de pessoas coloca em risco a vida das mesmas”, destaca. Para Cândido as medidas legais e administrativas que vêm sendo tomadas pelos agentes públicos são legítimas, uma vez que têm como objetivo a efetivação do interesse público, que sobrepõe ao individual, principalmente no que diz respeito à salvaguarda da saúde pública, consagrada nos artigos 196 e 197 da Constituição Federal como direito de todos e dever do Estado, garantindo, assim, a sua universalidade e igualdade. “Enquanto não há vacina para a maioria da população, as medidas restritivas tendem a continuar para resguardar o direito à vida”, comenta. Por outro lado o criminalista destaca ainda que a lei A Lei 13.979/2020 estabelece uma série de medidas administrativas de enfrentamento da emergência de saúde pública imposta pela pandemia de amplitude internacional, a serem tomadas pelo Ministério da Saúde e pelos gestores locais e que devem ser interpretadas e concretizadas em harmonia com Constituição. Muitas das medidas previstas no artigo 3º deste afetam diretamente o direito de ir e vir, como o fato de autoridades públicas estarem proibindo a entrada de não residentes nos respectivos territórios visando o isolamento de sua população. Esses atos estão sendo suspensos pelo

omércio de Dourados ficou fechado por 14 dias e irá abrir a partir de domingo Poder Judiciário. Marcelo Cândido cita o Conjur, em artigo publicado por por Cecilia Mello, Luiza Gervitz e Maria Amélia Ferreira para defender o equilíbrio dos agentes públicos. “O próprio artigo 3º, no que diz respeito à imposição de diversas limitações, inclusive a de natureza territorial, aponta expressamente em seu parágrafo 7º a necessidade de autorização do Ministério da Saúde para algumas das hipóteses elencadas, ou seja, algumas medidas, tais como isolamento e quarentena, pela letra da lei, apenas poderão ser tomadas caso haja recomendação técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Essa necessidade já havia sido apontada em decisões proferidas pelo Ministro Marco Aurélio Mello ao conceder, apenas em parte, liminar em ação direta de inconstitucionalidade que visava a suspensão do dispositivo com a alteração feita pela Medida Provisória 936/2020, apesar de ter reforçado, e aqui reside a parcial concessão, a competência concorrente dos entes federados (ADI 6341) decisão liminar proferida na ADI 6341 foi referendada por unanimidade, em 15/4, pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal. Restou assentada a competência concorrente dos entes da federação em matéria de saúde pública, de maneira que os atos dos

“Nenhum direito fundamental é absoluto, como não é o direito de ir e vir. Ele deve ser mantido e assegurado nos termos da lei, mas pode ser restringido em decorrência de uma situação excepcional” Marcelo Cândido de Paulo (Advogado criminalista) gestores locais, sempre dentro dos limites de suas atribuições, passam a contar com aval de constitucionalidade concedido pela corte”. Multas Segundo o jurista, países da União Europeia adotaram medidas ainda mais restritivas que o Brasil, aplicando multas aos indivíduos que saíam de casa sem motivo justifi-

cado. A Itália, por exemplo, aplicou mais de quarenta mil multas aos seus cidadãos. Para Marcelo, a aplicação da sanção administrativa contra o descumprimento de medidas de contenção da pandemia certamente é uma possibilidade para reforçar a sua eficácia, desde que haja, reitere-se, expressa previsão em lei, tipificando a conduta de forma clara e a sua sanção correspondente, não sendo possível criá-la por ato infralegal, como uma portaria ou decreto. Apesar disso, no âmbito federal, a lei brasileira 13.979/2020 não trouxe qualquer previsão de sanção administrativa pelo descumprimento das medidas previstas em seu art. 3º, apesar de o seu §4º prever a hipótese de responsabilização pelo descumprimento das medidas elencadas. A Portaria Interministerial nº 5 de 17/03/2020 também prevê a possibilidade de responsabilização em seu art. 3º, porém, contraditoriamente, estabelece que medidas emergenciais previstas nos incisos I, II, III, V, VI e VII devem ser cumpridas voluntariamente. No entanto, conforme Marcelo, a matéria poderá também ser disciplinada e, eventualmente, desde logo encontrar guarida em legislação já editada, inclusive com a imposição de sanções, observado, sempre, o princípio da legalidade.


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Dourados, 12.6.2021 O PROGRESSO

DouradosAgora

Pandemia impôs desafios de aprendizagem a estudantes autistas Professoras, pais e mães tentam superar falta de socialização, irritabilidade e perda de foco para ensinar crianças e jovens em casa. Mudança de rotina afetou o interesse dos alunos da educação especial GREICE QUELLI CRISTALDO

Gracindo Ramos Com a brusca mudança da rotina, estudantes do espectro autista tiveram muitas dificuldades sem as aulas presenciais nessa pandemia. Professores e mães estão se desdobrando para manter o desenvolvimento e aprendizagem das crianças e jovens que necessitam de uma atenção especial e conteúdo adaptado para estudarem. Greice Quelli Cristaldo, mãe de Nicole, de 6 anos, diz que sempre teve bons professores acompanhando a filha. “Professores de sala, coordenadores das escolas, a diretora. Inclusive, a professora apoio que está com ela hoje é muito boa, a anterior também. A relação entre nós está sendo muito boa. A gente está conseguindo levar a situação, contornar esse problema”, explica. Nicole tem autismo e paralisia cerebral e não fala. A professora dela, Áurea Kimura, que trabalha há 6 anos na educação especial, afirma que, “diante desse brusco rompimento com a rotina, [a criança] pode apresentar irritabilidade. Porque estava condicionada a ir a uma certa hora para escola. Houve um brusco rompimento nessa rotina, trouxe muitas dificuldades para as crianças”. “Ela sente muita falta da sala de aula. Eu converso muito com a mãe por telefone, chamada de vídeo, WhatsApp. A mãe me passa, manda vídeos, mostrando como a filha faz as atividades, para que eu possa analisar o desenvolvimento dela”, conta a docente. Sobre as aulas em casa, ela conta que “no trabalho dos professores de apoio, temos que ter interlocução entre o alinhamento do trabalho nosso com o dos outros professores - português, matemática, história, educação física-, assim como com a coordenação pedagógica. Com a pandemia, essa comunicação existe por mensagens e vídeo chamadas. Essa comunicação ainda se mantém. A pandemia trouxe alterações não só para a criança, mas também para os pais”. Nicole depende do auxílio da mãe. Greice relata que, “quando tem chamada de vídeo, ela entra em desespero e pânico, ela não consegue fazer as atividades dessa forma. Então, a minha forma de ensinar ela é através das atividades que a professora manda. Eu trabalho com ela as atividades e mando de volta para a professora fazer a correção”. Segundo a mãe de Nicole, a

Nicole não consegue estudar por vídeo e aprende na companhia da mãe e da irmã mais nova

mudança nas aulas não foi nada bom para a filha. “Ela adora socializar, se dá muito bem com os amigos. Inclusive, ela não gosta de faltar nas aulas. Ela sempre gostou muito de ir na escola. E ficar o tempo inteiro dentro de casa está sendo muito ruim para ela. Está atrapalhando muito o desenvolvimento dela. Com os coleguinhas, ela percebe, começa a analisar como eles fazem as coisas, como reagem a determinadas situações e ela começa a copiar certas coisas que os colegas fazem”, analisa. Zenaide Pereira da Silva, também é professora apoio e trabalha em duas escolas, uma da rede municipal e outra da rede estadual. Ela tem dois alunos do espectro autista, um menino de 13 e uma adolescente de 17 anos. Ela conta que, devido à pandemia, teve pouco ou nenhum contato presencial com os estudantes. Com o menino, ela teve praticamente 1 mês de aula, com pouco contato. Ela não esteve com a aluna. “Com relação às aulas presenciais, esperamos que retorne o mais breve possível. Mas, na atual situação, infelizmente, está bem complicado”, opina. Segundo a professora, a falta de socialização afeta os alunos. Segundo ela, o garoto “é um estudante que gosta de conversar. Ele é bem sociável. As vezes fica

nervoso, segundo relatos da mãe. Não entende que pode sair por causa da pandemia”. Já “ela está no oitavo ano. O conteúdo é um pouco diferenciado. Eu adequo. Procuro trabalhar sempre dentro do conteúdo que os professores me enviam. Eu faço as atividades através do Meet. É um trabalho muito bacana. Tem dado certo e a família também tem uma participação muito boa. Mas eles sentem falta dos colegas, da sala de aula”, disse a professora apoio. Zenaide se sente muito orgulhosa de trabalhar nas escolas Arthur Campos Mello e Vilmar Vieira Matos. “São escolas maravilhosas, têm um olhar diferenciado para estes estudantes com necessidades especiais”, avalia. “Esse trabalho só é possível porque tem uma parceria muito grande da gestão escolar, da coordenação e da família. E nós realizamos, tanto dentro do ambiente escolar quanto nas atividades remotas. É possível que eles aprendam com a ludicidade, com jogos de cunho pedagógico, que tenham o intuito de aprendizagem. Dá muito certo, é muito prazeroso. Você consegue trabalhar jogos através do Meet, em tempo real, consegue intermediar com o estudante”, complementa. A professora Áurea também afirma que “o aprendizado está acontecendo. Não é como

nós gostaríamos e como é na escola, mas está fluindo. O conteúdo que ela aprende é o mesmo que as outras crianças apreendem. Nós vamos fazer adequações, desenvolver um jogo interligado com aquele conteúdo. Algo que chame a atenção, se for interessante para ela, com jogos, associar a uma brincadeira, a um vídeo”. A vendedora, Maria da Silva é mãe do Arthur, de 6 anos. Ela conta que até os 3 anos ele não falava e, ao procurar um médico, teve o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista. Ela explicou que o menino tem um grau leve de autismo. “Ele é uma criança que conversa com todo mundo agora, mas ele era mais reservado. Tem os amiguinhos dele que ele convive hoje”, conta. A mãe diz que Arthur é impaciente e gosta bastante de brincar, o que faz com que tenha que chamar a atenção dele para estudar. “Agora, com as aulas em casa, a relação é boa. A professora sempre elogia, porque eu não deixo de fazer as atividades dele. Então, a mudança é que agora eu tenho que fazer mais aulas com ele, porque antes não fazia. Eu acho que quando acabar a pandemia os professores vão ter mais dificuldade com os alunos para poder ensinar, porque estão há muito tempo em casa”, completa.


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Dourados, 12.6.2021 O PROGRESSO

DouradosAgora

Grupo cria toucas e almofadas de apoio para mulheres que retiraram a mama Mais de 15 voluntárias abraçaram o projeto, que esse ano já distribuiu cerca de 500 unidades DIVULGAÇÃO

Valéria Araújo Mulheres do grupo “Amigos do Peito - Dourados” estão confeccionando toucas de lã para pacientes de diversos hospitais de Dourados e entidades assistenciais de crianças, bem como almofadinhas de apoio para mulheres que passaram pela mastectomia, cirurgia de retirada da mama. Mais de 15 voluntárias abraçaram o projeto, que esse ano já distribuiu cerca de 500 unidades. Iracema Limberger é uma das coordenadoras do projeto. Segundo ela durante todo o ano as voluntárias trabalham com várias frentes de produção de acordo com as necessidades que vão surgindo. “É por isso que com a chegada do frio estamos tentando aquecer com as toquinhas as crianças de programas assistenciais e também pacientes de hospitais públicos”, explica. As almofadinhas servem para ajudar mulheres que passaram pela mastectomia. Após a retirada da mama, elas sentem dor e para ajudar nesse alívio a almofada pode ajuda-las a ter mais conforto e a se sentirem mais acolhidas nessa fase complicada. Saiba mais

Polvos de crochê Outro projeto que sai das mãos solidárias dos “Amigos do Peito” são os polvos de crochê, que são destinados a bebês prematuros. Eles são colocados dentro de incubadoras. Especialistas defendem que os bonecos envolvem os bebês, além de acalmá-los e aquecê-los na UTI Neoanatal. Outro benefício é que tentáculos do polvo se assemelham ao cordão umbilical da mãe. Com isso, eles se sentem protegidos. Os relatos são de melhora nos sinais vitais e ganho de peso mais rápido. Além disso, o polvo evita que eles puxem a sonda e tubos instalados. Os bichinhos foram confeccionados por voluntárias do Projeto Octo, iniciativa que surgiu na Dinamarca em 2013. Em Dourados, o “Octo Brasil” é coordenado pelo projeto “Amigos do Peito”, no município. De acordo com a Iracema Tibúrcio, uma das coordenadoras do projeto em Dourados, a ação é totalmente gratuita e deve ser expandida a para outros hospitais e clinicas públicas parceiros. Segundo ela, para fazer parte do projeto, a unidade precisa se cadastrar e atender a recomendações. Uma delas é que para evitar qualquer problema de saúde aos bebês, os bichinhos de crochê precisam ser esterilizados a cada ciclo de 5 a 7 dias – ou antes, se houver necessidade. Quando os recém-nascidos receberem alta, poderão levar os polvos de estimação para casa.

COMO AJUDAR O PROJETO

 Para ajudar com doação de materiais para a confecção de qualquer um dos objetos, o interessado pode entrar em contato com qualquer uma das voluntárias. Iracema Tibúrcio atende pelo telefone: 99608 9248


CULTURA

Clube Social uniu os Nipônicos de Dourados e região PÁG. 2

Japão Fest é a celebração da cultura nipônica PÁG. 3

Dourados 12.6.2021 O PROGRESSO TIAGO GOMES

113 ANOS DE

Imigração Japonesa Clube Nipo Brasileiro se solidariza com as famílias que perderam entes queridos para a Covid-19 Valéria Araújo O Brasil celebra os 113 anos de imigração japonesa no próximo 18 de junho. Em Dourados, em função das recomendações de isolamento social, o Clube Nipo Brasileiro não realizará atividades presenciais. “O momento é de solidariedade e de levar conforto, mesmo que por mensagens, a todas as famílias que perderam seus entes queridos para a Covid-19. Estamos passando por um momento muito difícil”, destacou o presidente do clube, Nélio Kurimori.Para manter as tradições e celebrações ele disse que a comunidade nipo brasileira vem acompanhado as lives de eventos culturais que acontecem no Brasil, além de participar dos concursos de Karaokê de forma virtual. “Na última semana participamos do 1° Karaokê Taikai Virtual de Piracicaba, onde tivemos um final de semana ( sábado e domingo) de muitas alegrias, resgatando e relembrando os bons

momentos dos concursos de karaokê que são realizados no Brasil, com a participação de 655 cantores neste evento, sob a Coordenação Geral da nossa querida Paula Hirama, que teve iniciação no Karaokê, no Clube Nipo Brasileiro de Dourados e hoje fazendo muito sucesso no mais alto nìvel do Karaokê Nacional. Essa realização foi do Clube Recreativo Nipo Brasileiro de Piracicaba, sob a presidência do Dr. Pedro Mizutani que também é Presidente da ABRAC ( Associação Brasileira da Canção )”. A imigração japonesa no Brasil, é um marco de trocas de culturas, cada vez mais presentes nos dias atuais. “A interação cultural é salutar, onde o Brasil acolheu muito bem os nipônicos, que por sua vez se integraram aos costumes, agregando e trazendo fatos positivos para o crescimento da Nação. Os descendentes nipônicos, com essa miscigenação, seguem os princípios éticos e morais do País, procurando cada vez mais se

integrar a Nação, criando cultura miscigenada e que é reconhecida pelo governo japonês. É muito positivo o desenvolvimento da Colônia Nipo-Brasileira, que hoje não é nipônica, mas sim Nipo-Brasileira, porque é assim que nós sentimos. Somos brasileiros descendentes de nipônicos, mas brasileiros”, destaca o presidente. Em Dourados, em tempos normais antes da Covid-19, o clube oferecia a população em geral uma série de atividades, voltadas para a cultura e esporte, como as danças (odori), karaokê, beisebol, gueitebol, tênis de campo, Voleibol, além de ensinamentos da culinária tradicional com o Departamento das Senhoras. O clube conta com 120 famílias associadas que participam das atividades culturais promocionais e festividades gincana poliesportiva (undokai), festa Junina, Dia da família, Japão Fest, a Festa Junina e campeonatos esportivos, que reúnem milhares de participantes.

TIAGO GOMES PAULO TAKARADA


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Dourados, 12.6.2021 O PROGRESSO

Cultura

Clube Social uniu

os nipônicos de Dourados e região Testemunhos registram que o primeiro japonês a se estabelecer em Dourados foi Koki Oshiro TIAGO GOMES

Valéria Araújo De acordo com o livro Centenário da Imigração japonesa em Dourados”, da Associação Cultural Nipo-Brasileira Sul-mato-grossense, a Associação Cultural e Esportiva Nipo-Brasileira de Dourados foi fundada em 31 de julho de 1953, para organizar a acolhida das 60 famílias de imigrantes japoneses, do pós-guerra, que se estabeleceram na recém implantada Colônia Agrícola Nacional de Dourados (CAND), na região que passou a ser conhecida como Colônia Matsubara. A Associação foi constituída por 36 sócios fundadores e teve como primeiro presidente Kiheiji Nishimura. O objetivo inicial seria recepcionar o grupo de imigrantes que estaria chegando. Até então as famílias que residiam em Dourados viviam em isolamento. Os preparativos foram programados, em uma reunião, na residência de Kiheiji Nishimura, na atual Rua João Cândido Câmara, esquina com a Rua Oliveira Marques, quando, por aclamação foi eleito presidente da comissão de recepção e, também, presidente provisório do Clube Nipônico de Dourados, entidade social, recreativa e esportiva, que desempenharia papel fundamental na integração das famílias japonesas radicadas na região e que, posteriormente no intercâmbio com outras entidades congêneres. A organização da recepção aos imigrantes foi um marco inicial para a integração social das famílias nipônicas e, ao mesmo tempo, para a instituição oficial da associação. Na época Dourados estava com 18 anos de emancipação, um município até então rico em erva-mate, e, iniciava na plantação do café produtos que hoje foram substituídos pela soja, arroz, milho, trigo, sorgo, além de outros cereais. Fundado o Clube Social Nipônico, em 1953, ele passou a contar com uma sede provisória de madeira, erguida na gestão do presidente Massaichi Igumal. Utilizando essa sede, a colônia Japonesa organizava festas de casamento, formaturas e festividades do ano novo. “Atualmente a sede de campo é constituída por um salão de festas, piscinas, quadras e campos para a prática de basebol, natação futebol, gatebol, voleibol, tênis de campo e de mesa”, diz trecho do livro Centenário da Imigração japonesa em 2008.

OS PIONEIROS

 Alguns testemunhos registram que o primeiro japonês a se estabelecer em Dourados foi Koki Oshiro. Ele adquiriu em 1927 uma posse na periferia do povoado de Dourados, então distrito de Ponta Porã. Ele teria sido o primeiro a comprar terras no município (segundo Yoshiharu Guenka, citado em Inagaki). Ele veio no Navio Kasato Maru, morou um tempo em Campo Grande, depois adquiriu as terras na região de Dourados. Começa em 1946 a volumosa e progressista migração japonesa com a chegada em Dourados de quatro a cinco famílias de agricultores. Nesse ano vieram do Estado de São Paulo: Mineji Saito e Jooji Eguti e ainda no mesmo ano, Benkiti Kakuda e Hidekiti Dokko. Atravessando o Porto XV, aqui chegaram após uma semana de viagem, através de estradas boiadeiras, enfrentando as intempéries, montados em caminhões “pau de Arara”. Em 1951 vieram de Araçatuba Satoshi Nakao. De Cafelândia partiram Kotaro Eto, Tatsuji Fukushima e Takemiti Shiruzu. Também veio nesse ano, da região

de Lavinia, Takeo Takimoto para trabalhar na Serraria Continental. Eram os anos de pós guerra (que havia terminado em 1945), e, além dos problemas que algumas famílias estavam encontrando em suas regiões (a Shindo Renmei – grupo que não aceitava a derrota do Japão na Segunda Guerra), promissoras terras da região de Dourados ainda não tinham sido desbravadas, e, seu preço era bom. Esses pioneiros vieram em busca de novos horizontes e a maioria vinha para lavoura com o objetivo de fazer fortuna com o café. No entanto alguns já vieram para se dedicar ao comércio ou prestação de serviços como a família Dokko em posto de gasolina e mecânica; Katayama e os irmãos Fujinaka iniciaram com sapataria, máquina de arroz, passando para secos e molhados e beneficiamento de café; Shiruzu dedicou-se ao transporte de carga; Iguma e Takimoto a indústria madeireira; Massago ao comércio de móveis e Kawamoto a fábrica de bebidas.


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Dourados, 12.6.2021 O PROGRESSO

Cultura

Japão Fest

é a celebração da cultura nipônica

Focada na gastronomia e em danças, a festa é uma celebração do povo japonês Valéria Araújo Desde o início da pandemia, o Clube está sem atividades culturais, esportivas e promocionais, ou seja, todo o calendário previsto deixou de ser realizado, principalmente o Japão Fest, o maior evento cultural do Clube. Focada na gastronomia típica e em danças tradicionais, a festa é uma celebração do povo japonês, cujos primeiros imigrantes chegaram ao Brasil em 1908, fixando-se em diversas regiões, contribuindo para o desenvolvimento do país. Durante os 3 dias de evento, essas memórias ganham vida nas apresentações e os brasileiros podem sentir a força desse povo que partiu do outro lado do mundo para aqui chegar. Com danças e comidas absolutamente típicas e tradição seculares, a festa tem de tudo um pouco. Por isso mesmo, costuma atrair milhares de pessoas, de diferentes raças. Para a colônia nipo-brasileira, o acontecimento se constitui num momento especial e gastronômico e já faz parte do calendário turístico e cultural da cidade, uma vez que desde a sua criação, milhares de pessoas marcaram presença em todas as edições. O evento reúne atrações para todas as idades, como apresentações musicais e de dança. Também ocorrem exposições culturais e comerciais. Em edições anteriores houve oficinas de origami, arte tradicional e secular japonesa de dobrar o papel, criando representações de determinados seres ou objetos com as dobras geométricas de uma peça de papel, sem cortá-la ou colá-la. O curso foi ministrado pela Escola Modelo de Língua Japonesa de Dourados. A diversidade gastronômica e as apresentações culturais são os destaques do Japão Fest. Pratos típicos da culinária japonesa como yakissoba (macarrão frito com carnes e verduras), temaki (verduras enroladas em arroz e recoberta de alga), sushi (peixe e arroz), sashimi (peixe), sobá e tempurá (fritura de verduras) ficam à venda na Praça da Alimentação. Entre os destaques do Japão Fest é a apresentação do Bon Odori, evento milenar da tradição japonesa, com danças e músicas, com participação de comunidades de outras cidades do

Evento reúne atrações para todas as idades

O beisebol começou como uma diversão para novos imigrantes

Estado e da região. Ainda participam do Japão Fest, academias e instituições artísticas que proporcionam uma integração com a comunidade nipo-brasileira. Estádio Cesar Lucchesi De acordo com o livro “Centenário da Imigração Japonesa da Grande Dourados”, o início das obras de construção do Estádio “Cesar Luchesi” foi em 1970, quando presidia o clube Toshinobu Katayama e foi concluído no ano seguinte na gestão do presidente Teruki Dokko, em 1971. Em 1975 o campo do Estádio Nipônicob Brasileiro passou a ser denominado “Estádio Cesar Lucchesi”. Ainda em 1975, em fevereiro

, foi aprovada a idéia de construção da Escola da Língua Japonesa para crianças e jovens. Em setembro, foi dado o início da construção do campo de futebol de salão, handboll, vôlei e basquetebol. Também foi fundado o departamento de Pingue e Pongue. Em 1976 foram feitas reformas no prédio do Kaikan, no campo “Estádio César Lucchesi” e inaugurado o prédio para funcionamento esportivo e escola da língua japonesa. Em 1977 aconteceu a construção das arquibancadas de concreto, vestuários e nova cobertura, proteção de grades e novas cercas. Preparação para a realização do XV Campeonato Brasileiro de

Beisebol Juvenil Inter-Seleções, realizado em 1978. Beisebol e softbol A história do beisebol na cidade está ligada ao nascimento do Clube Nipônico (hoje Nipo-Brasileiro), em 1953. Apesar da sede surgir nesse ano, os descendentes japoneses já praticavam essa modalidade. O beisebol começou como uma diversão para novos imigrantes mas, ao longo do tempo se viu a necessidade de incentivar este esporte. Criou-se comissão e hoje departamento para cuidar dessa modalidade. O primeiro jogo amistoso realizado em Dourados foi com o Matsubara, justamente para receber os novos imigrantes. Depois, competições anuais foram realizadas com o então Estado de Mato Grosso e, com o Divisão do Estado, também aconteceram mudanças. Foi o auge do esporte. Segundo o livro da “Imigração Japonesa da Grande Dourados”, o beisebol de Dourados tem sido destacado através dos amantes do esporte com a ajuda de Toshinobu Katayama e Eikiti Sakaguti, que construíram o campo de beisebol, depois o senhor Shohei Fuginaka, que treinava a categoria adulta. As categorias de base que são as crianças de 06 a 12 anos pelos treinadores Yasuo Arai, Satoru Naya e Luiz Noda que por mais de três décadas dedicaram e transmitiram os seus conhecimentos às crianças. Mais tarde vieram Yasuo Tanado que incansavelmente levavam e traziam as crianças para os treinos e tiveram participação intensa também nessa categoria: Kesayoshi Anze, Tomotaka Noda, Mantaro Fugihara, Juniti Ishikawa, além de mais recentes Slvio Nasu, Airton Mnakamura, Kemdi Jitsumori, entre outros. “Graças a essa continuidade ininterrupta de treinamentos é que hoje temos vários atletas despontando a nível nacional: Marcelo Arai, Leandro Hasegawa, Rodrigo Hirota, Márcio Sakane, Adriano Nozu e outros que estão defendendo equipes de Dourados, São Paulo e Mato Grosso”, diz trecho do livro. Conforme ainda o livro, “na modalidade de sofbol, Dourados também esta bastante animado, onde temos as categorias feminino infantil e adulta. No masculino as categorias: adulto , senhor (33 anos) veterano (40 anos), super veterano (50 anos) e diamante (60 anos). Conseguimos montar todas essas categorias, graças a integração dos atletas aqui da região, tais como: Dourados, Laranja Lima, Kyoi, Fátima do Sul e Matsubara. Consagramos campeão brasileiro de softol nas categorias sênior, duas vezes, uma vez na categoria super veterano e uma vez na categoria diamante. Por intermédio de Nobuo Yamashita que é diretor do Departamento de Beisebol e Softbol, através de ajuda da classe empresarial, patricínios, cobrança de mensalidade e promoções”, diz trecho do livro.


Dourados, 12.6.2021 O PROGRESSO

Adiles do Amaral Torres

COLUNA DA ADILES DIA DOS NAMORADOS

adiles@progresso.com.br

Parabéns a todos os casais que se amam. Feliz Dia dos Namorados!

“Amo enquanto posso, esqueço quando é preciso e acredito que só vale a pena lutar por aquilo que vale a pena possuir.“ Clarice Lispector

A VOCÊ Eu te amo Você me ama Nós nos amamos E o verbo amar nós conjugamos Sempre juntinhos Nos respeitando E assim a vida vamos levando Sem desencontros Um com o outro E contemplamos Amplo horizonte Além da terra de vis mortais Porque o amor é tudo isso E muito mais... Adiles do Amaral Torres

Laerte Tetila e a esposa Zonir Tetila

BODAS Paulo Correa e a esposa Adriana

Dra. Simone D. Rocha e dr. Eduardo M. Rocha (desembargador)

Marlene e Valter Castro comemoram aniversário de casamento no dia 12. Felicidades ao casal!

BURACOS

Espero que a Rua Gustavo Adolfo Pavel seja recapeada logo, pois está cheia de buracos enormes e justo na rua da reitoria da UFGD e da escola Nota 10.

Arno Guerra e a esposa Ioles Guerra

Douglas e June Torres

PARABÉNS E FELICIDADES AOS

ANIVERSARIANTES DA SEMANA

DR. ZALOAR MURAT (Desembargador)

MAGAL ANDRADE

ODUVALDO POMPEU VIRGINIA MAGRINI

JOÃO MANOEL

DR. JULIO R. SIQUEIRA JEFERSON AVALHAES DRA. GELZA SANTOS MÁRIO ALVES SANTOS

Domingo (13/6)

Quinta-feira (17/6)

Segunda-feira (14/6)

Quinta-feira (17/6)

Terça-feira (15/6)

Quinta-feira (17/6)

CLÁUDIA TETILA Terça-feira (15/6)

Sexta-feira (18/6)

PARABÉNS E FELICIDADES aos aniversariantes, Do dia 17/junho: • Gedilson Cassiano Pontes • Adailton Farias • Onecy Osório Carneiro • Aline de Souza Oliveira • Maria Rosinete Rodrigues • Jaíra Machado da Rosa • Atila Nunes Calumby • Wander M. Nogueira • Milton Asmus • Justiniano Soares Neto • Claudina de Jesus Barnabé dos Santos. Do dia 18/junho: • Ideu Kobayashi • Honorina Campos de Jesus • Marta Nunes Peralta • Alzira Viegas Aguirre • Sebastião Ribeiro de Novaes • Eva Martiminiano Rossi • Aparecido de Souza Barros • Sérgio Luiz Ramos • Marcos Antonio Zago • Bruno Lopes • Dayani Furtado Bigatão • Vitor Lima dos Santos • Aurélio Luciano Pimentel Bonatto • Léia Paula Mourão Silva Otto • Rogério Kiachi de Almeida • Mário Vargas Postaue • Fernando Stoco Missiato • Geovane Gomes Moreira.

Quarta-feira (16/6)

Sexta-feira (18/6)

(67) 3421-0018


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