Edição de 14 de agosto de 2021

DOURADOS MS ANO 71 Nº 13.687

O PROGRESSO

14 de agosto de 2021

★★★★★

Caso Raíssa: drogas é o estopim da violência

CULTURA

Delasnieve Daspet Política

O Som daBiasotto Professor Lágrima deixa legado de PÁG. C2 luta pela Educação PÁG. A4

ALICE ROCHA

DOURADOSAGORA Saúde

Clima frio aumenta em 30% as chances de ataques cardíacos PÁG. D5

Mundo digital

“Já me disfarcei de criança para caçar pedófilos” PÁG. D3

Psicologia

Simone Biles levanta bandeira da saúde mental no esporte PÁG. D1

Emprego

Educação vai abrir 700 vagas em concurso público de MS PÁG. A3

Infraestrutura

O caso da menina Raíssa, de 11 anos, violentada sexualmente e morta em Dourados no fim de semana é o retrato de uma combinação que tem deixado rastro de destruição em muitas famílias: miséria e drogas. PÁG. D6

Obras da Coronel Ponciano começam este ano PÁG. A4

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Dourados, 14.8.2021 O PROGRESSO

Opinião EDITORIAL

INFORME C

Olhos fechados!

A

violência contra a mulher está presente em todo o mundo, abrangendo mulheres de todas as classes sócio econômicas, culturais, raças e, em todos os níveis de escolaridade.

Mulheres são vítimas de violência não só no âmbito doméstico, mas também no ambiente de trabalho ou social. No seio familiar todos sofrem - os filhos principalmente.

A violência praticada contra mulheres deixa de ficar restrita ao ambiente privado, ultrapassando os limites da questão moral, tornando-se, além de uma violação aos direitos fundamentais (direitos humanos inclusive), uma questão de saúde pública.

Muitos destes problemas tem como o origem o uso de álcool e drogas. Dourados teve um caso retrato dessa combinação. Raíssa, de 11 anos, foi a vítima mais recente. A criança indígena de 11 anos morava em um barraco de lona na aldeia Bororó e foi brutalmente violentada sexualmente por um grupo de jovens e dois adultos, um deles o tio, de 34 anos, que confessou na

CÍCERO FARIA cicerolfaria@gmail.com

polícia abusar da sobrinha desde quando tinha 6 aninhos de idade.

Cruel. Além de ser abusada e obrigada a tomar bebida alcóolica, Raíssa foi atirada de uma pedreira desativada, altura de aproximadamente 20 metros de altura. O caso revoltou a todos e chama a atenção para a problemática do álcool e drogas. Todos os envolvidos estavam sob efeito.

A Reserva Indígena de Dourados é uma espécie de favela da segunda maior cidade sul-mato-grossense. Não é julgamento. É o retrato do quanto a comunidade indígena de 18 mil pessoas está à margem de condições básicas e necessárias para viver. Por ser uma reserva urbana, todos os ilícitos presentes na cidade estão misturados aos indígenas.

A comunidade Guarani, Caiuá, Terena sofre. E não é pouco. E não é de agora. E todos sabem, principalmente as autoridades públicas. Órgãos e setores envolvidos em questões indígenas e o Governo deveriam propor ações afirmativas e buscar mecanismos para resolver todo o impasse. Mas nada.

Entra e sai ano, muda de gestores e o problema persiste. Falta gestão, falta vontade política.

O caso de violência doméstica contra a mulher e meninas é tão drástico que a Organização Mundial da Saúde a apontou como entre as dez principais causas de morte em todo o mundo, um dado alarmante, considerando-se tantas doenças existentes.

Ao Estado cabe a atuação e a observância às normas e leis estabelecidas para prevenir, punir e erradicar às violências praticadas contra as mulheres e crianças, não só no âmbito privado, mas no público também. As formas de violência são muitas, incluindo agressão psicológica, física e sexual e, envolvem desde uma piada ofensiva até a ocorrência do feminicídio. Tem-se falado sobre meios de prevenção à violência contra a mulher, mas ainda pouco se fala sobre os motivos arguidos pelos homens como justificativa à prática da violência.

Passou da hora de dar um basta.

Passou da hora de haver políticas públicas sérias e comprometidas para enfrentar os impasses.

gica pelas vitórias, pela necessidade de se manter no topo, o faturamento em alta e a fama reluzente. Nem todos aguentam, muitos deixam a *Jornalista, mestre em comunicação e cultura midiática, arena sem que as razões da “despeprofessor universitário dida” sejam conhecidas ou entendidas. Saem com suas amarguras e em imone Biles, ginasta nor- completo silêncio. te-americana supercamBiles tem crédito. Entre mundiais peã mundial e olímpica, e olimpíadas, esta jovem de 24 anos surpreendeu o mundo já acumula mais de 30 medalhas. Ou dos esportes quando de- seja, não tem que provar nada para sistiu de participar de algumas etapas ninguém. Pode seguir para onde o da competição de ginástica artística seu nariz aponta. Mas outros, sofrenda Olimpíada de Tóquio, alegando do do mesmo mal, não podem, por estafa mental. Sua atitude foi deno- razões diversas, ou não têm coragem minada de corajosa por muitos e de de tomar decisão semelhante. Nincovarde por outros tantos. Biles não guém pode afirmar que para Biles foi foi corajosa e muito menos covarde, fácil, porém, é possível assegurar que apenas permitiu que o bom senso para os demais, que não possuem o prevalecesse. Não estava se sentin- mesmo “portfólio” de conquistas, do bem, a pressão era grande, então qualquer desistência para preservar a decidiu renunciar aos louros da glória sua saúde mental corre o risco de ser - era franca favorita - e ficar nas arqui- interpretada apenas como mimimi. bancadas aplaudindo as exibições A “desistência” de Biles nos privou das colegas da equipe e das adversá- temporariamente de suas piruetas rias. Buscou se divertir. acrobáticas, mas abriu espaços para Biles “ouviu” o seu corpo, que lhe uma discussão que precisa somente disse que não estava bem e que, se deste “seu” empurrãozinho para coprosseguisse, “o mal” poderia pio- meçar. Por isso, não causa estranherar. Este “diálogo interno” é comum za que o tema “estafa mental” tenha em atletas de alto rendimento, que vazado rapidamente da área esporvivem sequências exaustivas de trei- tiva para outras do cotidiano, como namentos, não raro buscando supe- Recursos Humanos, por exemplo, rar seus próprios limites. Depois, nas onde caiu como uma luva. competições, vem a pressão psicolóMuitos consultores, não é de hoje,

chamam a atenção para a questão psíquica, que silenciosamente vem afetando os trabalhadores, sobretudo nestes tempos de pandemia, e que se não for devidamente cuidada deve afetar também o resultado das empresas. Afinal, não é segredo que em um ambiente saudável se produz mais e melhor.

Algumas empresas dizem produzir naturalmente este tipo de ambiente, porém são poucas. E mesmo dentre estas, o que se produz de fato, em muitas, são discursos politicamente corretos. Não resistem a uma observação ainda que ligeira sobre a prática. Por isso, urge que o universo do trabalho comece a tratar esta questão com a seriedade devida. Não se pode mais postergar esta discussão. As pressões impostas pelas empresas, somadas àquelas próprias de cada indivíduo, tornam-se fardos pesados, difíceis de serem conduzidos em linha reta, sem quedas e traumas.

O que aconteceu com Biles não foi brincadeira, um gesto de estrelismo.

Não. Foi algo sério e que, por mais incrível que possa parecer, acontece com frequência. Afeta milhões de anônimos dos mais diversos campos de atividades. Mas saber disso não basta, são necessárias ações efetivas.

E a primeira, básica, é levar a sério qualquer queixa relativa à saúde psíquica do trabalhador.

Não é mimimi *JOÃO FORTUNATO*

S

Quer governar o MS pela 3ª vez Zeca do PT passou dois dias em Dourados na semana passada costurando apoio à sua eventual candidatura a governador em 2022. Ele quer se escorar politicamente em Lula, que deverá ser candidato a presidente da República. Amigos de longa data e pescarias no então pesqueiro Estrela Vermelha, em Porto Murtinho, hoje transformado em uma bela pousada, Zeca acredita que o “companheiro Lula” pode voltar ao governo, como indicam pesquisas de intenção de voto e isso daria uma turbinada em sua candidatura em Mato Grosso do Sul. Quer apoio dos parti dos progressistas, mas quer distancia do ex-senador Delcidio do Amaral (PTB) e do ex-governador André Puccinelli (MDB). Sobre Dourados, Zeca do PT quer que o município retome o seu protagonismo político elegendo, pelo menos, dois deputados estaduais do PT e um deputado federal, citando nomes como Laerte Tetila, João Grandão, Elias Ishy, Gleicejane Barbosa, como nomes potencialmente preparados para a disputa da Assembleia e a Câmara dos Deputados, como disse em entrevista ao programa “A Hora da Verdade” na Grande FM 92,1.

Limpa As eleições de 2022 vão mudar a fisionomia do primeiro escalão do governo de Jair Bolsonaro.

Levantamento feito pelo Estadão indica que, até agora, 11 dos 23 ministros pretendem deixar a equipe em abril para disputar as eleições do ano que vem. O prazo é estipulado pela Lei Eleitoral, que obriga ocupantes de cargos públicos a entregar os postos seis meses antes das eleições, se quiserem ser candidatos. Bolsonaro conta com vários deles para ajudar a montar palanques que deem sustentação à sua campanha pelo segundo mandato, principalmente em São Paulo, maior colégio eleitoral, e em Estados do Nordeste, reduto do PT do ex-presidente Lula seu maior adversário político. “Acredito que um terço dos meus ministros se lance candidato” , disse Bolsonaro à Rede Nordeste de Rádio, sem mostrar preocupação com a debandada.

Chão preto A Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) conta com uma suplementação orçamentária de R$ 345 milhões referente ao Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário do Estado (Fundersul). A verba será utilizada para restaurar, implantar e pavimentar rodovias em diversas regiões do estado.

Entre os novos investimentos estão a pavimentação da MS162, em Maracaju, Dourados e Itaporã; da MS-345, em Anastácio, Nioaque e Bonito; MS-156, em Caarapó; MS-378, em Ponta Porã, Laguna Carapã e Caarapó; e da MS-382, em Guia Lopes da Laguna e Ponta Porã, entre outros.

Ajuda Um medicamento para artrite reumatoide mostrou ótimos resultados em teste para tratar pacientes graves de Covid-19, reduzindo em 38% a mortalidade entre os infectados. “Isso significa que, aproximadamente, a cada 20 pacientes, uma vida foi salva recebendo o remédio”, contou Adilson Cavalcanti, infectologista que coordenou o estudo no Hospital Anchieta, de São Bernardo do Campo (SP), ligado à Universidade Federal do ABC. Com isso, a droga passou a ser avaliada para autorização de uso permanente no Brasil. Com o nome de baricitinibe, o medicamento atua primordialmente no controle do processo inflamatório desencadeado pelo vírus. O resultado foi anunciado por médicos que conduziram a pesquisa em 12 diferentes centros clínicos do país.

Quer o governo Cumprindo agenda em Campo Grande na segunda-feira passada, a ministra da Agricultura Tereza Cristina (DEM) afirmou que não possui conversas em andamento com o presidente Jair Bolsonaro (DEM) para se lançar como vice-presidente em eventual candidatura de Bolsonaro a reeleição. A ministra reforçou que sua prioridade segue o “projeto Mato Grosso do Sul”. Na semana passada, veículos nacionais ventilaram o nome de Tereza Cristina como uma das mais cotadas para compor chapa com o presidente. Questionada sobre o assunto, a ministra afirmou que “não existe tratativa com Bolsonaro, isso é mera especulação de quem faz cenários. Para mim é grande honra ser lembrada para ter essa oportunidade, mas não existe essa conversa. Meu projeto é Mato Grosso do Sul”, completou a ministra.

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Dourados, 14.8.2021 O PROGRESSO

Política

Educação vai abrir 700 vagas em concurso público de MS Os candidatos aprovados irão trabalhar nas escolas estaduais a partir do ano letivo de 2022 O Governo de Mato Grosso do Sul confirmou ainda para 2021 a abertura de concurso público para professores da Rede Estadual de Ensino (REE). Serão abertas 722 vagas para profissionais da Educação Básica, dos anos finais do Ensino Fundamental ao Ensino Médio.

O secretário de Infraestrutura de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, afirmou que a Educação está ligada ao desenvolvimento econômico do Estado ao anunciar o novo certame para professores. Ele liderou tratativas de melhorias para o setor na época em que chefiou a Secretaria de Governo (2015-2021).

As vagas serão para os 79 municípios do Estado, conforme disponibilidade da Rede Estadual. Para o governador Reinaldo Azambuja, a abertura do novo certame faz parte de um conjunto de ações de valorização da Educação em Mato Grosso do Sul. As vagas serão para os 79 municípios do Estado, conforme disponibilidade da Rede Estadual. Para o governador Reinaldo Azambuja, a abertura do novo certame faz parte de um conjunto de ações de valorização da Educação em Mato Grosso do Sul. “Da valorização dos profissionais à qualidade do ensino ofertado aos alunos, a Educação é um todo.

Estamos reestruturando a Rede e qualificando os professores. Vamos publicar esse novo concurso para fortalecer a área e ainda reestruturar a classe dos administrativos, que é

Seis mil administrativos da Educação Eduardo Riedel também falou sobre um projeto de lei do Governo de Mato Grosso do Sul que reestrutura as carreiras dos servidores administrativos da Educação para corrigir distorções salariais de aproximadamente seis mil funcionários públicos.

A proposta está em fase final de elaboração e deve ser concluída nas próximas semanas, para depois ser entregue à Assembleia Legislativa. “Agora em outubro enviaremos esse projeto para valorização dos administrativos”, afirmou Eduardo Riedel.

Pertencem ao quadro de servidores administrativos da Educação os profissionais integrantes das carreiras de apoio à Educação Básica, que são aqueles que trabalham com inspeção de alunos, secretarias, limpeza, merenda e recepção/portaria.

Em formatação conjunta com o Sinfae (Sindicato dos Funcionários Administrativos de Mato Grosso do Sul), Feserp (Federação Sindical dos

Marçal destaca campanha de prevenção à violência contra a mulher DIVULGAÇÃO

Deputado é o parlamentar que mais criou leis em benefício das mulheres em MS Um empurrão, um aperto no braço, o celular jogado na parede, ofensas, humilhação. A violência no ambiente doméstico contra mulheres pode começar nos pequenos gestos até chegar ao feminicídio. O alerta é do deputado estadual Marçal Filho (PSDB), coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Mulher na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. Deputado que mais aprovou lei em favor das mulheres no Estado, Marçal chama a atenção para a campanha Agosto Lilás, de prevenção e combate à violência contra a mulher.

Durante este mês serão feitas mobilizações e discutidas estratégias para a redução da violência contra a mulher em todo o Estado. “Nós vamos completar 15 anos da Lei Maria da Penha, que é muito importante no combate da violência

DIVULGAÇÃO

um compromisso do nosso governo”, afirmou o governador.

Gestora da SED, a professora Maria Cecilia Amendola da Motta classificou a medida como “importante para os profissionais que desejam ingressar como efetivos nos Anos Finais do Ensino Fundamental e também do Ensino Médio, da Rede Estadual de Ensino”. “São vagas para essas duas etapas da Educação Básica”, reforçou.

Deputado estadual Marçal Filho (PSDB) doméstica e na proteção de nossas mulheres. Mas precisamos cada vez mais discutir este assunto, de forma que possamos educar a nossa sociedade, que há mecanismos de denúncia e que a violência precisa ser combatida”, diz o deputado Marçal.

Na Assembleia Legislativa, Marçal Filho tem forte atuação na criação

Secretário de Infraestrutura Eduardo Riedel anuncia concurso público Servidores Públicos Estaduais e Municipais do Estado de MS) e Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), o projeto prevê a revisão de tabelas salariais e a execução de políticas de capacitação, desenvolvimento e valorização. Segundo o Governo do Estado, o objetivo é conceder ganho salarial real aos servidores administrativos, além de corrigir distorções salariais criadas ao longo dos anos

de leis, dentre as quais em favor das mulheres. Uma das leis aprovadas é a 5.437/19, que restringe o porte ou posse de arma de fogo ao agressor da mulher. Outra lei é a 5.591/20, que obriga síndicos de condomínio a denunciar casos de violência doméstica. O síndico ou administrador deve avisar à polícia dados que permitam identificar tanto a vítima como o agressor.

Marçal Filho também é autor da lei 5.610/20. Ela estabelece que a mulher vítima de violência doméstica tenha prioridade no cadastro de habitação popular no Estado. Outra lei é a 5.363/19, que estabelece que o filho de mulher violentada tenha preferência na matrícula em qualquer escola do Estado.

Tramita na Assembleia Legislativa outras leis que poderão beneficiar as mulheres, a exemplo do projeto 040/21, que obriga as unidades de saúde da rede pública e privada a garantir os direitos de mulheres que sofrem perda gestacional. A medida tem como objetivo preservar a saúde física e psicológica das mulheres.

Outro projeto é o 154/20. Ele garante à gestante ou parturiente o direito ao uso de analgesia para diminuir a dor do parto.

e fazer compensação de verbas indenizatórias.

Processo seletivo Eduardo Riedel confirmou que o processo seletivo simplificado para professores temporários da REE será aberto em setembro. Os candidatos aprovados irão trabalhar nas escolas estaduais a partir do ano letivo de 2022. Esta seleção ocorre geralmente a cada dois anos.

COLONO - Cumpadi, cê queria voto impresso?

ZÉ PINGA - Quero é ficar bêbado e não contando votos, ic, ic, ic...

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Dourados, 14.8.2021 O PROGRESSO

Política

Obras da Coronel Ponciano e do Trevo do DOF devem começar ainda este ano Reivindicação antiga dos douradenses deve sair do papel nos próximos meses; recursos já estão garantidos CCR MS VIA

Trevo do DOF irá ganhar viaduto; obra será executada pela CCR MSVIA

Flávio Verão Está em fase de licitação a revitalização da rua Coronel Ponciano e do Trevo do DOF em Dourados.

A expectativa é de que as obras iniciem ainda este ano. Os recursos a serem investidos são do Governo do Estado e do Governo Federal.

Nesta semana ocorreu audiência pública na Câmara de Dourados sobre a Coronel Ponciano.

Proposta pelo deputado Marçal Filho (PSDB), o evento debateu os investimentos de R$ 18 milhões que serão aplicados. “Parte da pista será duplicada e contará com ciclovia e moderna iluminação”, diz o deputado, que articulou recursos com o governador Reinaldo Azambuja para realização da obra.

A duplicação da via será da BR163 até a rua Palmeiras, imediações do cemitério Municipal, trecho de aproximadamente 2,7km.

Da rua Palmeiras até a avenida Marcelino Pires, percurso de 1,5km, será feita revitalização, pois não há espaço para duas pistas.

Há anos é aguardada obras de melhoria no tráfego na Coronel Ponciano. A via dá acesso a bairros da região do Guaicurus, uma das que mais cresce na cidade em loteamentos. Para chegar até lá é preciso cruzar a BR-163, onde há uma rotatória que coloca em risco a vida dos usuários de trânsito.

ILUSTRAÇÃO

Ciclistas, motociclistas, veículos de passeio e carretas disputam o trânsito no local. Acidentes com morte já foram registrados. “Precisamos de intervenções com urgência. Esperamos que a licitação ocorra nas próximas semanas para dar início às obras”, diz o deputado.

Viaduto Conhecido como “Trevo do DOF”, em referência a sede do Departamento de Operações de Fronteira que fica ali, o trecho do KM 258 da BR-163, passará por obras de melhoria, que devem ficar prontas até o mês de junho do ano que vem. A rotatória do local será substituída por um viaduto.

Importante rota para os douradenses que se dirigem para Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai, o “Trevo do DOF” é alvo de reclamações de moradores e de pedidos de melhoria, pelo menos, desde 2014, mas que agora, devem ser solucionados.

A intervenção inclui um novo pavimento do trevo, o dispositivo em desnível, a ciclovia e a pista de pedestre. A realização das obras foram fechadas em reunião realizada entre a senadora Soraya Thronicke, o diretor-geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Davi Ferreira Gomes Barreto, e o superintendente de Infraestrutura Rodoviária, André Macagnan Freire.

Projeto de construção de viaduto na BR-163, do Trevo do DOF

Maquete mostra como ficará a rua Coronel Ponciano em Dourados

30% dos animais de estimação foram adquiridos na pandemia. PÁG. 2

DOURADOSAGORA Dourados, 14.8.2021 O PROGRESSO

INSTAGRAM/SIMONE BILES

“Temos que proteger nossas mentes e nossos corpos e não apenas sair e fazer o que o mundo quer que façamos», disse a ginasta norte-americana

Simone Biles levanta bandeira da saúde mental no esporte Profissional douradense explica que a psicologia do esporte não é apenas para atletas de alto rendimento Gracindo Ramos “Simone Biles optou, de forma corajosa e sábia, em preservar a sua saúde mental durante o maior evento esportivo do mundo. Não foi uma decisão fácil, pois vem fazendo história pelo seu desempenho. Foi um momento tão decisivo e ela abriu mão da competição, porém fez história novamente, considerando que priorizou sua saúde mental e levantou essa bandeira no meio esportivo”, avalia o psicólogo Nicholas Ribeiro Zanon, especialista em psicologia do esporte e do exercício, coordenador do Núcleo de Psicologia do Esporte do Conselho Regional de Psicologia do MS (CRP-MS).

Segundo Nicholas, Biles já havia se posicionado em outra polêmica, quando foi ‘acusada’ de recorrer a medicamentos para aumentar o seu desempenho. “Todavia, a sua utilização era feita por prescrição médica devido ao seu diagnóstico de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), o qual tomava desde a infância. Ainda disse ser a favor do esporte limpo e sem uso de drogas”, esclarece. O psicólogo explica que TDAH é um transtorno que pode surgir na infância e requer diagnóstico médico, já que muitas vezes é confundido com indisciplina.

“Alguns sintomas são: a desatenção, dificuldade em se manter focado em determinada atividade, excesso de fala e movimentação.

Contudo, esse é um processo de autoconhecimento, que o paciente

buscará enxergar as possibilidades para seu tratamento e diminuir suas aflições”, analisa Zanon. O TDAH pode influenciar diretamente os atletas. “Esses sintomas são capazes de dificultar o processo de aprendizagem e desenvolvimento de habilidades dentro da modalidade esportiva. A pessoa que tem TDAH terá uma dificuldade a mais em seu treinamento em busca do alto rendimento”, pontua.

O profissional observa que o esporte de alto rendimento está repleto de uma atmosfera motivadora, que sempre demonstra pessoas que vão ‘além do seu limite’. “Isso é uma linha muito tênue entre um cenário que proporciona a superação de limites constantemente, mas também exerce uma pressão enorme sobre os atletas, que carregam a representatividade de um país em sua modalidade”, reflete. Conforme o psicólogo do esporte, “quando a saúde mental de um atleta é prejudicada, pode causar o overtraining, que tem como sintoma a queda de rendimento, diminuição da motivação e até mesmo facilitar lesões físicas. Porém, isso não acontece só com atleta, pode ser qualquer outra pessoa. É possível desenvolver diversos problemas e doenças como depressão, ansiedade, queda de cabelo, problemas dermatológicos, gastrointestinais e vários outros”.

Segundo o psicólogo, a melhor maneira de cuidar da saúde mental de uma criança que está iniciando no esporte é respeitando as suas fases do desenvolvimento. “Posso usar co-

mo um belo exemplo disso o ‘Projeto Ginas Louquinhos’, que é uma escolinha de ginástica artística que tem como objetivo de promover uma iniciação esportiva saudável para crianças através de aulas, eventos e festivais de ginástica. Usam de brincadeiras para desenvolver diversas habilidades motoras, técnicas, psicológicas e sociais para seus alunos. Isso significa que,

“É um trabalho de formiguinha, mas logo teremos um espaço maior para cuidar da saúde mental dos nossos atletas do MS”, conta o psicólogo do esporte

o esporte saudável para uma criança tem que ser leve e prazeroso assim como uma brincadeira”, exemplifica.

Já para os atletas mais experientes, ele diz que é preciso levar em conta o seu objetivo no esporte. Para aqueles que usam do esporte como hobby, sem objetivos de competição, é um excelente ansiolítico e também um antidepressivo. Para os atletas profissionais, vários aspectos psicológicos e comportamentais podem ser treinados e desenvolvidos - concentração, atenção, foco, ansiedade, ansiedade pré-competitiva, estratégias comportamentais e de autoconhecimento.

Mas cada pessoa tem questionamen-

to, dificuldade ou objetivo diferente.

De acordo com Zanon, a psicologia do esporte no Brasil cresce rapidamente. “Contamos com instituições que promovem o nosso crescimento, uma delas é a Associação Brasileira de Psicologia do Esporte (ABRAPESP). Aqui no MS ainda não temos um grande número de atuantes, mas estamos buscando o crescimento através da inclusão da matéria em grades curriculares de algumas faculdades e apresentando para times, escolinhas de esporte, treinadores. É um trabalho de formiguinha, mas logo teremos um espaço maior para cuidar da saúde mental dos nossos atletas do MS”, conta.

“A psicologia do esporte não vem apenas para os atletas que buscam render mais, ela está em diversas áreas, como em um processo de reabilitação de lesão ou pós-operatório, considerando que a pessoa tenha consciência e se adapte melhor ao processo de reabilitação. Além disso, há também o Esporte pela Saúde, que irá olhar para o esporte como uma forma de promover saúde, seja ela em práticas cotidianas ou em processo de emagrecimento saudável. Pode também ser destacado em Projetos Sociais Esportivos, procurando desenvolver habilidades sociais e trazer qualidade de vida por meio do esporte na comunidade em que estará inserido.

Por fim, o Esporte Escolar, que tem como objetivo respeitar as fases do desenvolvimento, incentivando a melhor forma possível”, conclui.

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Dourados, 14.8.2021 O PROGRESSO

DouradosAgora

30% dos animais de estimação foram adquiridos na pandemia Em Dourados, Associação Refúgio dos Bichos conseguiu tutores para 29 pets que foram resgatados em um só mês ASSOCIAÇÃO REFÚGIO DOS BICHOS

Gracindo Ramos Uma pesquisa nacional, divulgada em julho, que estimou o número de animais nos lares, revelou que 30% dos pets do estudo foram adquiridos durante a pandemia. Desses, a maior parte tinha de 0 a 1 ano. 76% dos gatos adquiridos na pandemia foram adotados e apenas 5% comprados. Já os cães adotados foram 42%, e comprados 24%. O levantamento foi realizado pela COMAC (Comissão de Animais de Companhia) do SINDAN (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal).

No geral, houve um aumento na aquisição de gatos pelos tutores em relação ao ano de 2019, com 50% dos entrevistados que adquiriram gatos e 31% cães. As pessoas que moram sozinhas (50%) foram as que mais fizeram a aquisição de cães. Já os casais sem filhos (60%) são os que mais obtiveram gatos. 86% das pessoas revelaram que enxergam seus gatos como companhia, e 55% veem no cão um companheiro. “Tivemos muitas pessoas que adotaram pela primeira vez. O brilho no olho deles era algo diferente. Você sentia que era amor mesmo pelo animal, não só para uma simples companhia”, conta a ativista douradense Thais Kanieski, da Associação Refúgio dos Bichos.

De acordo com o estudo, 23% não tinham cão ou gato e adquiriram seu primeiro pet durante a pandemia. 55% adquiriram somente gatos, 38% só cães e 7% adquiriram cães e gatos. 73% das pessoas responderam que, durante a pandemia, aproveitaram mais a companhia dos animais de estimação e, destes, 86% dizem que manterão o hábito. 79% ainda revelou que procurou informações sobre transmissão e contágio de Covid-19 em pets.

Pesquisa mostra tendência maior de adoção ao invés de compra de cães e gatos Segundo a ativista, houveram “mais pedidos de adoção na pandemia, mas o abandono também está na mesma proporção. Em um mês, resgatamos cinco mães, com média de quatro a seis filhotes cada.

No total, 29 animais foram resgatados em um só mês. Mas tivemos sucesso com a adoção deles todos”.

A pesquisa concluiu que 46% dos domicílios possuem apenas cachor-

ros, 37% somente gatos e 17% têm cães e gatos convivendo. No geral, 53% dos cães são machos e 49% dos gatos são fêmeas, sendo a maioria de 48% adultos, com idade entre 1 e 6 anos.

Cerca de 57% dos cachorros são de raça e 43% sem raça definida. Os gatos de raça são 22% e 78% sem raça definida. A grande maioria dos gatos (84%) foi adotado ou resga-

tado. Já a compra de cães é muito mais comum, chegando a 42%. Mas, mesmo assim, a porcentagem de cachorros adotados e/ou resgatados é de 54%. Kanieski acredita que as pessoas estão se conscientizando sobre a adoção dos animais sem raça definida, os ‘vira latas’. “Tivemos bastante adoção. Para nós, a compra de animais é algo relativo.

Penso que, quem tem condições de comprar um animal, tem condições de dar os cuidados necessários. Mas a adoção sempre é mais importante para nós”, opina.

O perfil dos tutores mostra que 65% são mulheres; 59% de classe C; 60% com ensino superior; e 29% com idade entre 30 e 39 anos.

A maioria dos lares (entre 55% e 74%) é formado por famílias com filhos; Entre 16% e 25% de casais sem filhos; e de 6% a 17% de pessoas que moram sozinhas. Ainda de acordo com o levantamento da COMAC, 49% dos médicos veterinários consultados disseram que o volume de atendimentos aumentou, em média 45%. Dos profissionais, 6% começaram a se comunicar com clientes pelas redes na pandemia. E 59% viram crescimento no atendimento virtual no período. O mercado veterinário de vendas é visto positivamente por 68% dos tutores.

De acordo com a Associação Refúgio dos Bichos, durante a pandemia houve bastante procura por informações, como vacinas, vermifugação e rações. “Para adoção responsável temos que ter em nossa consciência que adotar um animalzinho é algo de muita responsabilidade, pois ele irá precisar de cuidados veterinários, ração, seu tempo, seu amor. Pois o amor deles por nós é algo inexplicável”, finaliza Thais.

PIX da Associação Refúgio dos Bichos: CNPJ 20.845.276/0001-88. Informações: (67) 99298-4141.

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Dourados, 14.8.2021 O PROGRESSO

DouradosAgora

“Já me disfarcei de criança para caçar pedófilos na internet” Delegado da Polícia Federal faz alerta para pais que terceirizam a educação dos filhos para o mundo virtual DIVULGAÇÃO

Valéria Araújo Pai de dois filhos adolescentes, o delegado da Polícia Federal Denis Colares de Araujo diz que de forma preventiva e para proteger sua família já se disfarçou de criança para caçar pedófilos na internet. Segundo ele, é assim que a maioria dos casos são descobertos: pais atentos que inteceptam mensagens dos filhos.

Em Dourados, o delegado foi o responsável por operações que levaram a prisão criminosos que agiam por trás das telas utilizadas por crianças. Um dos casos que mais chamou a atenção, foi de um homem de 37 anos que colecionava calcinhas infantis. Ele foi preso após trocar mensagens com uma menina de 10 anos e pedir para que ela mandasse fotos de partes intimas. A mãe da menina teve acesso as conversas, procurou a delegacia e o autor foi preso pela Polícia Federal. O acusado confessou o crime de pedofilia na época.

“A maioria dos crimes contra as crianças são cometidos quando elas, ao utilizar dos meios eletrônicos, tornam-se vítimas em potencial do assédio de pessoas voltadas à criminalidade. O problema da atualidade é que os pais estão terceirizando os cuidados com as crianças para os meios cibernéticos. Muitas vezes a criança pode não estar só brincando no computador ou no celular e os pais pre-

cisam estar atentos. Infelizmente, hoje não existe limite de idade para criança ter telefone”, declarou Denis Colares.

Conforme ele a violência sexual no ambiente on-line pode ocorrer de várias formas. As vítimas podem ser coagidas a fornecer imagens ou vídeos, adultos podem fazer contato casual com crianças e adolescentes por chats ou games, ganhar sua confiança e introduzir conversas sexuais, entre outros.

“Crianças e adolescentes podem ficar vulneráveis a tentativas de aliciamento na internet, principalmente nas plataformas de jogos on-line, redes sociais e chats. Um bom caminho para garantir a auto-proteção da criança ou adolescente é o diálogo. É muito importante falar com eles sobre o que é estar seguro na internet, sobre limites do corpo mesmo no mundo virtual, conceitos sobre privado e público e o que fazer caso sinta que tem alguma coisa errada acontecendo.

O que costumamos dizer é que, assim como não é aconselhável deixar uma criança atravessar a rua sozinha sem orientação, no que se refere ao uso da internet essa regra também vale.”, destaca. Ele continua. “O ideal é sempre saber com quem a criança está conversando, quais páginas está navegando e observar o comportamento deles na frente da tela, os horários, com quem está conversando, se fica mais

mais de 105 mil sites hospedando material de abuso sexual infantil. O relatório revela que uma em cada cinco crianças com idades entre 9 e 17 anos vê material sexual indesejado. Daqueles que veem material sexual, 25% relataram experimentar extremo medo ou angústia.

Denis Colares de Araujo arredia, ou se começou a esconder os acessos. Esse comportamento de ficar muito tempo na internet precisa ser vigiado, monitorado e de se estabelecer uma conversa com a criança, orientando quanto aos perigos que existem, porque muitos abusadores se passam por crianças para tentar ludibriar quem está do outro lado da tela”.

Um levantamento da Europol (agência de inteligência da Europa), mostra que há um aumento da atividade on-line de quem busca material para abuso sexual infantil. De acordo com o relatório Child Only Safety do BroadBand Commission for Sustainable Development, apresentado em outubro de 2019 na ONU, em apenas um ano, a Internet Watch Foundation encontrou

Ferramentas Existem ferramentas que podem ajudar as famílias na negociação dos limites do uso de internet. A Safernet Brasil fez uma lista de alguns recursos que podem ser avaliados de acordo com a faixa etária da criança: o “Modo Restrito” do YouTube é uma configuração que ajuda a excluir conteúdo possivelmente ofensivo; o YouTube Kids é mais indicado e seguro para crianças; o aplicativo Family Link, criado pelo Google, permite estabelecer regras digitais; em algumas plataformas é possível escolher quais aplicativos, recursos e conteúdos um perfil restrito pode acessar.

Punição A pena para quem armazena esse tipo de conteúdo varia de um a quatro anos de prisão. Já quem o compartilha pode ser condenado à pena de de três a seis anos de cárcere. A produção de conteúdo relacionado aos crimes de exploração sexual de crianças e adolescentes pode ser punida com quatro a oito anos de detenção.

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Dourados, 14.8.2021 O PROGRESSO

DouradosAgora

Violência doméstica aumenta em Mato Grosso do Sul “Briga de marido e mulher a gente mete a colher sim”, a afirmação é da Coordenadora de Políticas Públicas para as Mulheres, Mariana Rocha DIVULGAÇÃO

articular, propor, acompanhar e desenvolver políticas públicas que estimule e leve a cidadania e a justiça social das mulheres incorporando as dimensões de classe, gênero, ético racial, geracional e da livre orientação e liberdade sexual. “Não podemos aceitar a violência doméstica como algo natural, o ciclo não se quebra sozinho, ele precisa que outras pessoas interfiram. Fazemos um apelo a sociedade para essa luta”, ressalta.

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA Lembrando que a violência doméstica e familiar contra a mulher é qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause lesão, sofrimento físico, sexual, psicológico, dano moral ou patrimonial e morte. “É uma definição bastante abrangente e que liga esse crime: a questão de gênero”, afirma o psicólogo José Américo Diniz Júnior que participa do “Empodera Psi” dando orientação e suporte psicológico às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, oferecido pelo Instituto Peroma em parceria com o TJMS (4a. Vara Criminal de Dourados).

AGOSTO LILÁS Nasceu em 2016, idealizada pela Subsecretaria de Políticas Públicas para Mulheres (SPPM), a campanha é uma forma de enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher, foi instituída por meio da Lei Estadual nº 4.969/2016, e tem como objetivo intensificar a divulgação da Lei Maria da Penha. “Ainda neste mês separamos algumas escolas para dialogar com o corpo técnico pedagógico, pois sabemos que a maioria dos servidores da educação são mulheres e precisamos prepara-las para que saibam lidar com uma denúncia identificada”, finaliza Mariana.

“Não podemos aceitar a violência doméstica como algo natural, o ciclo não se quebra sozinho”, ressalta Mariana Rocha Charles Aparecido Desde o início da pandemia os casos de violência doméstica vêm crescendo significativamente. A cada minuto, oito mulheres são vítimas de agressão no Brasil. De acordo com os dados do Anuário de Segurança Pública, do FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública), Mato Grosso do Sul tem a segunda maior taxa de feminicídio do País e já chegou a registrar 3 crimes a cada 100 mil habitantes de janeiro a maio deste ano, contabilizando 14 vítimas.

Mariana Rocha, coordenadora de Políticas Públicas para as Mulheres, em entrevista ao O PROGRESSO, comenta que os números dizem respeito a uma campanha de cultura de dados. “Nós sabemos que somos o 21º estado em população e temos um número elevado de violência, mas devemos considerar que muitos estados não contabilizam. Mato Grosso do Sul está olhando, contabilizando e criando uma cultura de dados”, afirma Mariana.

A L e i M a r i a d a Pe n h a ( L e i 11.340/2006), completou 15 anos no dia 07 de agosto, ela foi criada

como forma de prevenir e combater a violência doméstica e familiar, garantir punição com mais rigor aos agressores e proteger a mulher agredida. “Aqui em Dourados nós estamos fortalecendo a rede de apoio a mulher. No dia 07 de agosto fizemos uma mobilização na praça Antônio João para falar dos 15 anos da lei, reforçar as políticas públicas e os tipos de violência doméstica”, comenta a coordenadora.

Mariana Rocha reforça que Dourados possui a Coordenadoria Especial de Políticas para a Mulher na rua João Rosa Góes, 395, que visa

NÃO SE CALE! PROCURE AJUDA! Para você que sofre, ou que conhece uma mulher vítima de violência: Em casos de urgência e emergência: LIGUE 190 Para fazer uma denúncia ou pedir informações: LIGUE 180 Para informações, orientações e atendimento com assistentes sociais e psicólogos, procure um CRAS, CREAS, CAM ou CRAM. Para fazer o registro do Boletim de Ocorrência, procure uma DAM - Delegacia de Atendimento à Mulher ou a Sala Lilás na Delegacia de Polícia Civil. Todas as Delegacias de Polícia Civil do Estado fazem o atendimento às mulheres em situação de violência.

DENÚNCIAS ONLINE Formalização de denúncia diretamente no site da Polícia Civil do Estado de Mato Grosso do Sul: www. pc.ms.gov.br ou http://devir.pc.ms. gov.br/#/ DEFENSORIA PÚBLICA Atendimento online: www.defensoria.ms.def.br Para informações e orientações sobre políticas públicas de enfrentamento à violência contra mulheres, acesse o site www.naosecale. ms.gov.br e/ou o aplicativo MS Digital, disponível para IOS ou Android, no link Mulher MS.

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Clima frio aumenta 30% as chances de ataques cardíacos O número deve ser considerado para aquelas pessoas que já têm problemas no coração DIVULGAÇÃO

Lilian Rech Especial ao O Progresso O infarto nada mais é do que um ataque cardíaco, quando o coração de alguma forma, tem o fluxo sanguíneo bloqueado, ocasionado por um coágulo ou placas de gordura que se acumulam no interior das artérias. Mas o que têm chamado atenção é que os riscos de infarto aumentam consideravelmente durante o inverno, pelo menos 30%.

“O frio provoca vasoconstrição das artérias o que pode levar o aparecimento dos sintomas em quem possui obstrução das artérias coronárias, além de colaborar para aumento da pressão arterial”, afirma Marcos Antonio Cantero, que é cirurgião vascular e médico intensivista em Dourados. O especialista ainda lembra que o frio não é exatamente um fator de risco, mas uma circunstância que pode desencadear o problema em quem já tem a doença.

Os principais fatores de risco para o infarto são hipertensão arterial, diabetes, sedentarismo, tabagismo e dislipidemia, que nada mais é do que o nível elevado de gorduras no sangue. Por isso a indicação, ainda de acordo com Cantero é deixar o sedentarismo de lado e ter uma vida saudável.

“A prática de exercícios físicos de rotina e alimentação saudável são fundamentais, inclusive para cardiopatas, lembrando sempre que o especialista deve ser consultado

para indicar o melhor tipo de atividade”, finaliza.

De acordo com dados da OMS (Organização Mundial de Saúde) as mulheres apresentam sintomas diferentes das doenças cardíacas.

Para elas é comum sentir náuseas, dores gástricas, falta de ar e também fraqueza, o que pode ser facilmente confundido com outra doença. Já quando o homem vai ter um infarto, pode sentir uma dor bem forte no peito que irradia para os braços.

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Caso Raíssa: drogas é o estopim do crime nas aldeias, diz cacique de Dourados

Capitão Gaudêncio cobra presença de autoridades na Reserva

Liderança indígena diz que é difícil trabalhar sem o apoio de órgãos adequados no combate de problemas sociais na Reserva CIDO COSTA

Flávio Verão O caso da menina Raíssa, de 11 anos, violentada sexualmente e morta em Dourados no fim de semana é o retrato de uma combinação que tem deixado rastro de destruição em muitas famílias: miséria e drogas. Na Reserva Indígena da cidade não tem sido diferente. “É preciso que as autoridades tomem alguma atitude, essas questões sociais não podem ficar sobre os ombros das lideranças”, diz o capitão Gaudêncio Benites, de 41 anos.

Ele acompanhou de perto o caso e diz que ficou surpreso ao saber que o crime também teria sido praticado pelo tio da vítima e que os abusos aconteciam desde quando a criança tinha 6 anos. Primeiramente havia a suspeita que quatro menores tinham praticado o abuso, mas depois foi descoberta a participação do tio de 34 anos e de um homem de 20.

Raíssa ainda foi atirada de um paredão de aproximadamente 20 metros. No local do crime, na aldeia Bororó, há uma pedreira desativada, utilizada com frequência para uso de álcool e drogas. “É preciso encontrar uma forma de pôr um fim nas questões ilícitas que ocorrem há muitos anos em nossa Reserva. Estamos abandonados”, disse Gaudêncio Benites.

A aldeia Bororó tem aproximadamente 8 mil moradores e a Jaguapiru, ao lado, cerca de 10 mil.

As duas são urbanas e localizadas entre Dourados e Itaporã, no entanto, bem mais próximas a Dourados. “Todo mundo sabe que aqui [Reserva] entra de tudo e não há fiscalização. Temos vários comércios de venda de bebida alcoólica e crianças e jovens fazem compra”, relatou a liderança.

Na quinta-feira ele diz que é comum ver pessoas consumindo bebida, período que se inicia os registros de violência, seja doméstico ou de brigas em toda a Reserva.

Os fatos se estendem até domingo.

Grande parte dos crimes ocorrem com o uso de arma branca (faca, facão), mas já houve registros de homicídios por arma de fogo.

O caso de Raíssa é tratado pela liderança indígena como comple-

Criança foi abusada sexualmente e jogada de paredão de mais de 20 metros xo, pois várias pessoas da família fazem o uso de bebida. “Tem várias assim e é difícil trabalhar. Até pra gente como liderança, pois corremos risco, sofremos ameaça quando chamamos a polícia. E o trabalho é voluntário”, descreve o capitão.

A Reserva de Dourados é comparada como a região mais periférica de Dourados. Os problemas são

grandes, de uma cidade qualquer, onde há bairros de pessoas que vivem em estrema pobreza. A Bororó, por exemplo, sempre sofreu com problema de falta d’água e nada tem sido feito para resolver o caso.

Muitas famílias vivem em barracos de lona e o alimento é garantido por meio de cesta básica do governo do estado, contudo, nem todos recebem.

Gaudêncio tem tentado orientar as famílias sobre o combate à violência. Quando há entrega de cestas, carro de som é posicionado para transmitir informações gerais.

Um dos assuntos sempre tratado é sobre a importância de denunciar os casos de violência, podendo ser feitas aos agentes de saúde, para as lideranças indígenas ou diretamente na polícia.

Antes da pandemia houve uma reunião entre órgãos lidados a comunidade indígena, como Funai, Ministério Público Federal, Sesai, além de Procon, forças de segurança, entre outras entidades governamentais. Gaudêncio disse que chegou a discutir uma saída para os problemas relacionados ao álcool e drogas, contudo, não avançou as discussões. Enquanto isso, a comunidade indígena de Dourados continua desamparada, sem condições básicas mínimas, como rede de água. Com população maior que quase metade dos municípios de Mato Grosso do Sul, os problemas do dia a dia são os mesmos (conhecido por qualquer autoridade), mas todos sem solução.

Vida difícil Raíssa morava em uma casa de lona com os pais e irmãos. Também vivia na casa de parentes, todos próximos e em situação de extrema vulnerabilidade. O caso de estupro que vinha ocorrendo contra a criança não era de conhecimento das lideranças indígenas, das equipes de agentes de saúde e do Conselho Tutelar. A conselheira Alice Rocha esteve no local e acompanhou o trágico desfecho.

“Infelizmente o socorro não chegou até a nossa pequena. Infelizmente não conseguimos alcançar os seus sonhos! Infelizmente ela não foi ouvida! Infelizmente a gente só consegue ver a dor do outro quando há sangue, quando as vísceras estão expostas. Estamos fadados ao fracasso humano”, descreveu Alice. “Raissa vivia em um barraco bem distante, seu choro não ecoava, embora o seu catavento rosa continuava ali tentando assinalar que ela precisava ser salva.

Devemos muito a Raíssa, muito mesmo”, assinalou a conselheira.

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Delta: O que é preciso saber sobre a nova variante da covid-19 Altamente transmissível, a nova cepa pode ser facilmente confundida com uma gripe DIVULGAÇÃO

Nathana Loureiro Atualmente as maiores dúvidas da população estão relacionadas à delta, nova variante do coronavírus. O que se sabe é que ela é altamente transmissível e possui sintomas que podem facilmente ser confundidos com os de uma gripe, dificultando o diagnóstico da doença sem a realização de teste.

Num momento em que a vacinação é a única forma de frear o aumento dos casos de contaminação pelo coronavírus, a variante traz novos questionamentos sobre o que realmente deve ser feito para que a doença não avance e cause um novo surto mundial.

Em entrevista ao Jornal O Progresso, a médica infectologista Andyane Tetila destaca a importância da população se vacinar para evitar o surgimento de novas mutações genéticas e esclarece as principais dúvidas sobre a contaminação pela nova cepa. É possível distinguir uma gripe de infecção pela variante delta apenas pelos sintomas?

Os sintomas avaliados em indivíduos que se infectaram com a variante delta tem sido muito semelhantes ao da gripe por influenza, por exemplo.

Os sintomas mais frequentemente relatados são: coriza, dor de garganta, febre e dor no corpo. Assim, torna-se impossível um diagnóstico avaliando somente os sintomas.

Os sintomas da delta se manifestam da mesma forma em todas as faixas etárias?

Em relação aos sintomas, é muito variável entre os indivíduos, depende muito da resposta imunológica de cada um, e, se já foi imunizado ou não. A Fiocruz divulgou há uma semana um estudo que aponta para possíveis efeitos da variante delta no país. Entretanto, identificaram novo aumento no número de internações por covid-19 entre idosos. A elevação do número de casos ocorre após cerca de quatro meses mostrando queda. A análise indica que, ainda assim, as faixas de 60-69 e 70-79 anos continuam em uma situação bem melhor do que a apresentada em picos anteriores. A preocupação maior é com a população de 80 anos ou mais. O estudo alerta também que a população de crianças de 0 a 9 anos encontra-se no pior momento.

Como saber se o indivíduo está contaminado pela delta ou com gripe?

Não há como saber sem testar. Por isso, neste momento de pandemia, toda e qualquer ocorrência de um sintoma de coriza, tosse, dor de garganta, cefaléia, febre, entre outros, deve fazer com que o indivíduo enquadre-se como suspeito e procure testagem logo após o início. O descarte de um caso de Covid-19 só pode ser realizado com a testagem específica, utilizando o teste adequado (preferência pelo RT-PCR) e no momento oportuno. Para ca-

Dra. Andyane Tetila racterizar a cepa viral envolvida, o acesso a este tipo de testagem é mais complexo, pois necessitam da análise de sequenciamento genético, disponível somente em laboratórios de pesquisa específicos.

O que deve ser feito em caso de sintomas?

Primeiramente, praticar o isolamento domiciliar, evitando o contato com outras pessoas. E, testar!

A delta é mais transmissível do que as outras variantes da Covid?

Segundo alguns estudos, a variante delta pode ser de 50% a 100% mais transmissível do que as demais cepas do Sars-Cov-2. A preocupação é

que ela faça voltar a alta incidência de casos e force uma nova onda da crise sanitária, aumentando, inclusive, o número de internações.

Mesmo pessoas vacinadas podem ser contaminadas com a delta?

Como nenhuma vacina possui a eficácia de 100% na proteção de ocorrência de uma infecção, para a variante Delta não seria diferente. A infecção pode ocorrer sim, porém, observa-se nos outros países a incidência de casos leves a moderados em quem já está imunizado. Nos EUA, por exemplo, evidenciou-se que 96% dos casos com gravidade ocorreram em quem não havia se vacinado.

Qual a taxa de eficácia das vacinas contra a delta? É importante ressaltar a importância das pessoas vacinarem-se com a segunda dose! Em primeiro lugar, porque apenas uma população totalmente vacinada vai conseguir frear a circulação do coronavírus e evitar, assim, o surgimento de novas mutações genéticas. Além disso, a vacinação tem por objetivo imunizar toda uma comunidade, não apenas indivíduos! Diversos estudos enfatizam que a eficácia de todas as vacinas de duas doses disponíveis no Brasil (exceto a Janssen) são significativamente maiores após a segunda aplicação. Em geral, a eficácia de todas as vacinas diminui entre 9% e 12% da variante alfa para a delta. Após as duas doses, a queda fica entre 6% e 8%!

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Nova etiqueta para eventos: biossegurança e bom senso Cumprir os protocolos exigidos pelos anfitriões durante o evento, avisar e não comparecer caso tenha qualquer mal e, se vacinar, são hoje as regras principais DIVULGAÇÃO

Cristina Nunes Com o avanço da vacinação e liberação de eventos vivemos uma nova fase onde a possibilidade do contato fora do ambiente virtual ganha cada vez mais espaço. A pandemia, porém, não acabou, redobrando os cuidados e trazendo novas etiquetas para as festas, que agora já estão liberadas em Dourados, desde que obedeçam as normas estabelecidas pelo Decreto Municipal.

Em entrevista ao Jornal O PROGRESSO, a Diretora de produção de eventos da DZM, Diane Zanoni afirma que as pessoas estão se movimentando para viver um novo cenário. “Com esperanças no avanço da vacina os projetos que estavam parados no papel, estão se adequando as novas medidas e sendo realizados. Assim como os eventos para os próximos anos, o mercado voltou a aquecer e ser procurado novamente’, destacou.

Além das etiquetas tradicionais, Diane apontou novos comportamentos que devem ser adotados pelos convidados. “Etiqueta é fazer algo com bom senso e cuidado respeitando o limite do outro!

Sem dúvidas, cumprir os protocolos

exigidos pelos anfitriões durante o evento, avisar e não comparecer ao evento caso tenha qualquer mal, e se vacinar, são hoje as regras principais de etiqueta para voltarmos, sinal de respeito ao próximo que pode ajudar no retorno do setor de eventos e também a salvar vidas”, frisou Diana.

Em relação aos cuidados que a empresa vem adotando nos eventos nesses novos tempos, Diana destacou que todas as recomendações sugeridas pelas entidades de saúde, como por exemplo a identificação das pessoas presentes com nome e telefone, controle de temperatura, segregação de grupos de afinidades e controle de grupos de risco com mapeamento da festa, assim como o uso de máscaras em áreas comuns. “São varias medidas, que são adequadas a cada momento e perfil de evento para voltarmos de forma segura”, ressaltou a Diretora de produção.

Diane falou ainda dos desafios do setor de eventos diante da pandemia e das expectativas para um novo tempo. “Nós somos uma empresa de eventos, temos como experiência lidar com imprevistos e criar soluções. Esse foi um grande

PRINCIPAIS DICAS DE ETIQUETAS

Diane Zanoni desafio, mas sim nos reinventamos e hoje com certeza avançamos enquanto empresa entregando experiências ainda mais diferentes com criatividade e segurança”.

Convidado x Anfitrião - na Etiqueta Preventiva a regra de agradar sempre ao convidado se flexibiliza em favor do anfitrião: é ele quem está abrindo sua casa - portanto, mais que nunca as regras da casa têm de ser seguidas.

Máscaras - quando tirar? Ainda são necessárias nos espaços comuns, podendo ser tiradas quando o convidado já estiver assentado na mesa.

Máscaras descartáveis - será muito importante e de bom tom ter sempre à mão um estoque de máscaras descartáveis para oferecer a quem precise. Deixe-as a vista em um recipiente charmoso.

Beijinhos e abraços - Algo que mudou nossos costumes, são os apertos de mão e cumprimentos com beijinhos, o ideal seria evitá-los.

Quem, ao encontrar com pessoas, não soube o que fazer com as mãos?

“Dê um tchauzinho na frente da pessoa, com as duas mãos e fale: ‹não dá para a gente se abraçar, mas sinta-se abraçado, sinta-se beijado, muitos beijos...›

CULTURA

Delasnieve Daspet “O Som da Lágrima” PÁG. 2 Gente que Acontece na Coluna da Adiles

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Circa retrata os

DILEMAS DA MULHER ARTISTA Protagonizada pela atriz Aline Calixto, com direção de Breno Moroni, a previsão é que o espetáculo estreie na segunda quinzena de outubro deste ano No circo a mulher pode ser serrada ao meio, barbada, anã, monga, siamesa, o fruto proibido de desejo do palhaço que como diz no velho jargão “é ladrão de mulher”. E, quando vista pelo prisma da beleza, ela é cercada de maquiagem ou roupas que sempre marcam o corpo. Mas, seriam esses os únicos papéis possíveis a ela? É nessa perspectiva que “Circa”, está sendo montada. Um espetáculo que transita entre teatro, circo e cinema para levar à cena o real significado do protagonismo feminino dentro e fora da arte.

As filmagens foram finalizadas no dia 10 de agosto (terça-feira). Agora, o projeto segue para a fase de edição com previsão de estreia para a segunda quinzena de outubro deste ano.

Em “Circa - As Mulheres no Universo Artístico”, a atriz Aline Calixto protagoniza a vida de várias artistas circenses que para viver o sonho de ser uma estrela, precisam se desdobrar em muitas tarefas. Tanto para se afirmar profissionalmente como para dar conta de desempenhar outros inúmeros papéis sociais que a sociedade, patriarcal, cobra de toda e qualquer mulher. “ ‘Circa’ transita em dois ambientes: o camarim e o picadeiro. Nesse sentido que é metafórico, porque nos bas-

tidores há toda a reflexão do feminino dentro do universo circense e traz à ribalta esse tipo de debate de como é a vida da mulher no plano pessoal e profissional. A gente fala das questões que assolam à mulher que vive no meio artístico e que, por diversas vezes, é cercada por um meio extremamente masculino e até mesmo machista”, argumenta a atriz.

Com texto e direção de Breno Moroni, o espetáculo precisou de modificações devido à pandemia. “ Circa foi pensada em um contexto antes da Covid. Por isso, tivemos de adaptar o roteiro para o audiovisual, no formato de cineteatro. Os primeiros ensaios, no modo online, foram bem difíceis porque a internet não foi o suficiente. Repensamos nos ensaios presenciais e adotamos protocolos de biossegurança. E, tudo implica desafios, porque teatro é prática, precisa ser feito em conjunto e no atual momento a gente precisa de cuidado. Inclusive, nos sete dias de filmagens que tivemos”, explica o diretor.

Com duração de 50 minutos e seis exibições, a previsão é que Circa seja lançado em outubro. A transmissão será feita via internet, com pré-estreia na sede do Circo do Mato, em Campo Grande, para um grupo

convidado. Em seguida, o vídeo será disponibilizado ao público em geral, com a promoção de um debate logo após a exibição do espetáculo.

Contemplado com recursos do Programa de Fomento ao Teatro (Fomteatro/2019), da Sectur - Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Campo Grande, o espetáculo Circa promete grandes surpresas.

“O que posso adiantar ao público é que estamos usando técnicas circenses não comuns no espetáculo. Nada que já se viu em Campo Grande ou em outros municípios do Estado, e quem sabe mesmo no Brasil. Traremos muitos números circenses raros, pouco comum de se fazer, apresentar. Além de todos os temas que serão postos em reflexão”, afirma Breno.

Outro ponto interessante na dramaturgia do trabalho é a questão da maternidade recém-iniciada na vida da atriz, Aline Calixto, com a chegada da pequena Alícia. Ponto que a aproxima de muitas das histórias que serão retratadas dentro da “Circa”.

“Estou, agora, nesta empreitada da maternidade, da maternagem, e preciso de uma rede de apoio para que eu possa ensaiar. Preciso pensar nesta condição da minha materni-

dade, aliar à proposta da Circa. São coisas assim que estão caminhando juntas e que me auxiliam em cena também, porque me ajudam a desconstruir para construir a personagem que, na verdade, está mais para uma persona, pois transita entre várias artistas do circo”, finaliza.

Essas e outras informações sobre o andamento do projeto é possível acompanhar pela página do Instagram e Facebook (@circacineteatro).

Diretor Nascido em Petrópolis (RJ), Breno Moroni formou-se em teatro em 1974 e já atuou em diversos papéis nos palcos, no cinema e na televisão. Atualmente, ele mora em Campo Grande, onde desembarcou para liderar alguns projetos artísticos, mas foi completamente afetado pela pandemia.

O ator, que também é diretor, dramaturgo, mímico, artista circense, professor de interpretação, dublê, locutor e radialista, tem uma carreira extensa, tendo feito mais de 80 filmes e 100 peças de teatro em mais de 20 países. Dos seus inúmeros trabalhos televisivos um dos que o consagrou na teledramaturgia foi a personagem Adonay, o Mascarado de “A Viagem” (1994).

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Crônicas

O Som da Lágrima Delasnieve Daspet* Som da Lágrima? Que som tem a lágrima?

O som da lágrima é a dor e a vergonha. O Som da Lágrima pára na garganta. Aperta o peito.

Nos deixa rubras de vergonha.

Agosto Lilás, este é o momento apropriado para se concentrar no impacto destrutivo da violência nas mulheres.

Quem pode dormir diante da morte de mais uma mulher? Das agressões diárias de professoras, médicas, esposas, mães?! Quem?! não sinto a indignação das pessoas! É apenas mais um corpo estendido no chão. Só ouço o silêncio.

A violência contra as mulheres ocorre todo o ano e continua a um grau alarmante. É um ataque à sua integridade corporal e à sua dignidade. Precisamos enfatizar a universalidade, a multiplicidade de suas formas e as formas em que a violência, a discriminação contra as mulheres e o sistema de dominação mais amplo, baseado na subordinação e na desigualdade, estão inter-relacionados. Vou discorrer sobre esses itens: A família: embora a família seja um refúgio seguro com as relações entre os seus membros guiados pelo respeito e pelo amor, é frequentemente dentro da família onde ocorrem formas de violência devastadoras psicologicamente devastadoras porque tal violência vai contra as expectativas de um refúgio harmonioso.

Dentro desta configuração familiar, também precisamos olhar para as condições dos trabalhadores domésticos, muitas vezes trabalhando em condições totalmente não regulamentadas.

As empregadas vivas podem ser submetidas a um tratamento semelhante a um escravo nas mãos dos membros da família que as empregam.

Esse fenômeno universal está inserido em uma estrutura patriarcal que justifica mecanismos de aplicação e sustentando o sistema de dominação.

A comunidade mais ampla: - dentro da comunidade em geral, também vemos violência física, sexual, psicológica, incluindo violação, abuso, assédio, intimidação, trafico de mulheres e pros-

tituição forçada. Educação, assistência psicológica e mudanças sociológicas são importantes para combater a violência dentro da família e da comunidade.

O Estado e as Insurgências Armadas: Existe violência física, sexual e psicológica perpetrada ou tolerada pelo Estado. O Estado tem o dever claro de controlar o comportamento de sua polícia, prisão e outros agentes da justiça. As vítimas de violência pelos agentes do Estado devem ter estabelecido claramente os mecanismos pelos quais podem recorrer ao Estado para reparação e compensação. A violência contra as mulheres em condições de prisão e prisão ainda é um fenômeno generalizado que exige uma revisão da legislação nacional, mas especialmente uma investigação real da prática nacional.

Vemos a violência contra a mulher usada como arma sistemática em muitos conflitos tanto pelas forças governamentais como pelas insurgências armadas. Mulheres, crianças e idosos são os mais vulneráveis em sociedades devastadas pela guerra.

O papel e as necessidades das mulheres na reconstrução e reconciliação exigem atenção especial imediata.

Assim, por força desse legado, precisamos examinar atentamente as causas e desenvolver as políticas e as instituições que conduzem à dignidade e ao respeito da pessoa humana.

Devemos levar em consideração que a luta das mulheres é contra a violência do patriarcado e do poder que engendra violência. Não há sociedade justa, quando mulheres são relegadas em suas capacidades intelectuais, físicas. É na diferença que nos completamos Precisamos ampliar as nossas escutas, é preciso ouvir as mulheres que estão fora da esfera do “poder” – as indígenas, as negras, as mulheres da periferia. Toda e qualquer mulher em situação subalterna” Embora seja verdade que as condições econômicas: pobreza, falta de instrução, a explicação é inadequada porque a discriminação existe mesmo nos chamados países desenvol-

QUERO VIVER Ei...

Você...

Sim, você!

Você acha que tem direitos?

Sobre o meu corpo?

Sobre a minha vida?

Sobre o meus gostos?

Sobre onde eu vou?

O que eu faço?

O que eu como?

O que eu visto?

Tenho direitos Independente sou A liberdade sou Alma leve, sou Amor, amada, Criatura divina e abençoada Na vida e na morte Minhas escolhas Meu corpo Não sou seu objeto O homem sente prazer Para relaxar A mulher precisa relaxar Para sentir prazer Então, não me use!

Não sou poço de semem

Use o bom senso Me toque, Liberte-se do machismo Podemos sentar e conversar Sentir prazeres, juntos!

Não me olhe se não vai apreciar Minha beleza interior é maior Quando chegarmos ao ponto De A a Z Poderemos...

Dedilhar a carne Um do outro Saborear e explorar Todos os sentidos Além dos cinco Escutar e dançar a melodia perfeita!

Sou criatura viva e quero viver!

Vamos?!?! *Mara Calvis Membro da Academia Feminina de Letras e Artes de Mato Grosso do Sul Titular da Cadeira nº 35 10.08.21 Agosto Lilás

DIVULGAÇÃO

vidos, mesmo que sejam às vezes menos exacerbada especialmente em termos de direitos civis.

Desejo de liberdade e libertação é o que desejam as mulheres. As agendas femininas são diferentes no tempo e no espaço. É preciso dar ouvido as demandas. A mulher deve ser livre para fazer a sua escolha, mesmo que suas escolhas sejam diferentes. Em um país democrático a liberdade de expressão e critica devem existir.

Não aceitamos esta execução, não aceitamos o silenciar de vozes e direitos.

Paz e harmonia em nosso planeta são inseparáveis deste desenvolvimento para o respeito da identidade do papel e o estatuto da “mulher” como um ponto do progresso humano. *Advogada, poeta, escritora, palestrante, Embaixadora Universal da Paz, Peacemaker, Ativista das Causas Humanitárias, Cidadã da Terra do Século XXI, ID 078, UNESCO. Presidente e Fundadora da Associação Internacional de Poetas e da Academia Feminina de Letras e Artes de Mato Grosso do Sul.- 05/08/2021

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O PROGRESSO

Dourados, 14.8.2021

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DIARISTA

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Edital 8ª Vara Cível de Dourados: Edital de intimação, prazo: 30. Alessandro Leite Pereira, Juiz de Direito em substituição da 8ª Vara Cível, da Comarca de Dourados, (MS), na forma da lei, etc. Faz saber HALLYSON FERNANDES ALCÂNTARA, Brasileiro, Solteiro, Carpinteiro, CPF 048.345.391-99, com endereço à Rua Ciro Melo, 3575, Jardim Paulista, CEP 79830-050, Dourados - MS, o qual se encontra em lugar incerto e não sabido que, neste Juízo, situado à Av. Presidente Vargas, nº 210,tramita a Ação de Execução de Título Extrajudicial, sob nº 0808508-61.2015.8.12.0002, aforada por Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Associados do Centro Sul do Mato Grosso do Sul – Sicredi Centro Sul -, em desfavor de Hallyson Fernandes Alcântara. Assim, fica o(a) mesmo(a) INTIMADO(A) acerca da penhora realizada no valor de R$ 438,87 (quatrocentos e trinta e oito reais e oitenta e sete centavos) relativo ao capital social da empresa Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Associados do Centro Sul do Mato Grosso do Sul – Sicredi Centro Sul, para querendo manifestar-se, em 10 (dez) dias, conforme disposto no art, 847, caput do CPC. E, para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, Dado e passado nesta cidade e Comarca de Dourados (MS), aos 08 de julho de 2021. Eu, Mônica de Almeida Arenales, Analista Judiciário, digitei-o. Eu, Hermes Paulo Alves Zandona, Chefe de Cartório, conferi-o e o subscrevi.

HORÓSCOPO DA SEMANA ÁRIES - 21/03 a 20/04

Sua visão tende a estar tão clara que será difícil segurar você na hora de agir. Oportunidades te esperam, hora de rever a forma como você conduz seu trabalho, o que de verdade você quer para si e seu futuro.

Mudar nunca foi um problema para você e não será agora.

LIBRA - 23/09 a 22/10

A indecisão tende a dar lugar à clareza, o que tende a motivar você a agir e buscar o que é seu e sem depender de ninguém. O único empecilho é você ter medo de desagradar ou ficar mal com alguém. O momento pede para olhar para si mesmo, cuidar da sua saúde.

TOURO - 21/04 a 20/05

Poder ver com clareza, sem ter margem para dúvidas, coloca os nativos diante de um embate interno forte: não dá mais para permanecer igual. Até mesmo para você, que é resistente a mudanças, ficará claro que é hora de fechar ciclos. É hora de agir.

ESCORPIÃO - 23/10 a 21/11

Sua intuição sempre foi forte. Algumas vezes, o desafio era acreditar nela… Além da sua sensibilidade, você tende a ver com clareza o que está acontecendo ao seu redor.

Uma maldição e bênção ao mesmo tempo. Maldição pois a sensação é de decepção… mas a bênção é que poderá desviar de armadilhas.

GÊMEOS - 21/05 a 20/06

Com seu planeta regente passando a transitar em Virgem, chega o convite para colocar os pés no chão e executar suas ideias. Ir até o fim, não desistir ou se distrair no meio. O momento pede para rever crenças e sua forma de conduzir a vida.

SAGITÁRIO - 22/11 a 21/12

A verdade tende a saltar aos seus olhos nessa semana no que se refere a pessoas. Muitas respostas que você vem procurando chegarão. Esteja aberto aos sinais.

Mudanças à vista. Cuidado para não se arrepender das suas palavras… Elas tendem a estar afiadas e cirúrgicas.

CÂNCER - 21/06 a 21/07

Seu lado perfeccionista (que poucos conhecem) tende a vir à tona com força. Cuidado para que essa sua capacidade de estar à frente não impeça você de viver o presente. Esteja no aqui e agora, vivendo plenamente cada instante junto das pessoas que ama.

CAPRICÓRNIO - 22/12 a 20/01

Teimar naquilo que não está dando certo estará em pauta nesta semana. Os astros estão trazendo clareza para que possamos analisar o que precisa ser mudado. Se apegar ao conhecido não caberá mais diante do que o universo está descortinando à sua frente. Como negar tantas “coincidências”? Não tem como…

LEÃO - 22/07 a 22/08

Calma, nessa semana sua vontade será de colocar tudo abaixo e recomeçar. Mas respire fundo, pois sua paciência tende a ser testada nos relacionamentos, tanto na vida pessoal quanto na profissional.

Solte as pessoas e foque naquilo que lhe compete.

AQUÁRIO - 21/01 a 19/02

Ser visionário é uma das suas principais características e, ela está potencializada. A sua vida pede ajustes para subir de nível.

Mesmo que não goste, rever planos, entender o que deu ou não certo, assumir responsabilidades e pensar sobre seus próximos passos se faz necessário.

VIRGEM - 23/08 a 22/09

Vênus, Marte, Lua e Mercúrio passando pelo seu signo potencializam muito suas características. Tome cuidado para não se tornar crítico demais. Aceitar as escolhas dos demais é um aprendizado que tende a retornar nesta semana.

PEIXES - 20/02 a 20/03

Se afastar é uma das formas como você lida com o que acontece. De longe, você vê com maior clareza para depois retornar e agir. Essa semana será um pouco atípica, pois em meio às situações você já terá essa clareza para tomar decisões. Confie no que sente, no que está percebendo.

Dourados, 14.8.2021 O PROGRESSO

COLUNA DA ADILES GENTE QUE ACONTECE

Adiles do Amaral Torres adiles@progresso.com.br

“Para conseguir a amizade de uma pessoa digna é preciso desenvolvermos em nós mesmos as qualidades que naquela admiramos”.

Sócrates

VOCÊ É VOCÊ Eu te amo tanto eu te amo muito...

Eu te amo demais...

O mundo é pequeno o mundo é minúsculo pra suportar nosso amor Fabiana e Roberto Ito

Dharana Torres

Dona Darci

Dalila Lasmar

que é mais forte do que o calor do sol, do que o claro da lua, que as ondas do mar O nosso amor é fogo é paixão é sublime alucinação você é como ar que respiro como alimento que ingiro você é você... não tem explicação.

Carlos e Elvia Guaritá

Werner e Ely Oliveira

Elvio Lopes

Adiles do Amaral Torres

PARABÉNS E FELICIDADES aos aniversariantes, Do dia 18/agosto: • Tânia Maria Teixeira, Carlos Tozzi, Edilene R. Soares, Luiz Martins, Takashi Matsubara, Raimundo A. da Silva, Luiz Antonio da Silva, Ilda Costa, Juliana Magrini, Paola B. Vicente, Marcia Pedroso, Aparecida Alves, Simão G. Pacheco, Manuel P. Martins Maria Rosa e Antonio Nogueira

Dr. Eduardo Rocha e dra. Simone

Antônio Freire e Zélia Nolasco

PARABÉNS E FELICIDADES AOS

ANIVERSARIANTES DA SEMANA

Do dia 19/agosto: • Léo Carlos Michel, Valdecir A. Aleixo, Gerson Martins, Noemia Minohara, Flavio C. de Souza, Riedel E. Trindade, Marcia Yukari, Adilson R. Valdivino, Ana S. de Lima, Sandro Tobias, Célia Maria Montalvão, Maria Isabela de Lira Vieira, Gesiane Jardim, Edson Vieira Junior, Lucimar da Silva, Yashimori Nakamura, Mariane R. Fernandes, Edina Ribeiro.

Do dia 20/agosto: • Osmar S. de Souza, Sirlei B. Cáceres, Eron P. Camargo, Geraldo T. Costa, Eduardo F. Luna, Carlos S. Martins, Alfredo Rigon, Maria Ivanir S. Prates, Luis Antonio Fiel, Valdecir F. de Morais, Jamiliê D. Depieri, Vanderson Maciel, Leila Maria Martins, Nilza da Silva Prado, Ruderson Azambuja, Vitor R. Gonçalves, Cleuseli Santos, Valdinei B. Pereira, Herbert A. Fernandes, Elenildo V. Corrêa.

DR. RICARDO PALIERAQUI

LUCIANA TETILA

MARCELO VARDASCA

JOSIAS FERREIRA

SÉRGIO F. MARTINS

ISABELA TETILA

ISADORA TETILA

RAONI DE OLIVEIRA

Sábado (14/8)

Domingo (15/8)

Sábado (14/8)

Segunda-feira (16/8)

Domingo (15/8)

Segunda-feira (16/8)

Domingo (15/8)

Terça-feira (17/8)

(67) 3421-0018

FABIO TRAD

Quarta-feira (18/8)

RICARDO DE LÚCIA Quinta-feira (19/8)

NICE GOMES

Quinta-feira (19/8)

ADENIL CARNEIRO Sexta-feira (20/8)

WILSON MATOS Sexta-feira (20/8)