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A chave de salomão José Rodrigues dos Santos Gradiva

O livro A Chave de Salomão, do escritor e jornalista José Rodrigues dos Santos, é uma obra que prende os seus leitores à história, que comove, que faz rir e que, o mais importante, acompanha a vida de quem a lê. A história inicia-se com a morte de Frank Bellamy, o diretor de Tecnologia da CIA. Quando o seu corpo é descoberto no CERN, em Genebra, junto ao acelerador de partículas, é encontrada numa das suas mãos uma folha com uma mensagem: “TheKey: Tomás Noronha”. Tomás Noronha é um historiador e criptanalista português natural de Coimbra que é também professor de Línguas Antigas na Universidade de Lisboa. Foi nesse mesmo fim de semana em que Frank Bellamy morreu que Tomás foi adquirir em nome da Fundação Gulbenkian, da qual era consultor científico, um manuscrito raro a Genebra… ao CERN… No dia em que regressa ao seu gabinete em Lisboa, a sua secretária entrega-lhe uma encomenda sem remetente vinda da Suíça: um artefacto de cobre com uma estrela de David banhada a ouro no centro e caracteres hebraicos e latinos esculpidos. Trata-se de um pentáculo, uma espécie de amuleto usado em invocações mágicas durante alguns rituais. Também recebe um telefonema de Coimbra da amiga Mari Flor que é também diretora do lar onde se encontra a mãe de Tomás, D. Graça. É então que sabe que a mãe sofreu um ataque cardíaco. Entretanto a CIA passa a ter Tomás como principal suspeito da morte do diretor de Tecnologia da organização. Depois de D. Graça ter passado por uma experiência de quase morte de que os médicos garantem que esta ressuscitou após alguns minutos de ter morrido, Tomás acompanha a mãe ao lar, mas é abordado por um agente da CIA que o quer deter. Mas, na verdade, o seu verdadeiro objetivo é matá-lo, pois tinha recebido ordens de um superior para o fazer. Tomás consegue escapar acompanhado de Flor e refugiam-se na Gulbenkian, em Lisboa. A seguir fogem para a América. Beneficiando da ajuda de Jorge, um antigo Agrupamento de Escolas de Penacova

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colega do criptanalista português, entram na rede da CIA pela internet e na conta do falecido diretor. Vão também ao apartamento de Frank Bellamy, tendo aí encontrado obstáculos, pois chegam a ser ameaçados por um homem armado, mas depois descobrem que é o filho do velho diretor. Este também anseia por respostas quanto à morte do seu pai, o que leva à formação de uma aliança entre ambos. Durante a confusão que decorre no apartamento há um desentendimento entre Tomás e Flor e ela decide voltar para Lisboa. No entanto, esta não chega sequer a embarcar uma vez que é então vítima de um rapto. Para salvar a amiga, que mais tarde se virá a tornar mais do que isso, e provar a sua inocência, Tomás terá de desvendar os mistérios que o assombram. Este é um romance repleto de mistério, em que José Rodrigues dos Santos usa informação científica verídica acerca das ligações entre a mente, a matéria e a nossa própria existência, sendo as teorias e hipóteses presentes ao longo da obra sustentadas por cientistas. Neste livro são abordados factos científicos, realmente surpreendentes, que o escritor mistura com suspense, aventura, perigo, romance e prazer. É mais um fascinante trabalho de José Rodrigues dos Santos, como toda a sua vasta coleção de obras, em que, mais uma vez, consegue surpreender e apaixonar os seus leitores como de todas as outras vezes. Consegue fazer tudo isso ao mesmo tempo que informa. É realmente de louvar. “Sabia que a vida era o que era, um mero sopro na eternidade, o instante fugaz do bater de asas de uma borboleta, uma centelha de luz que se acendia e apagava na treva profunda, uma vitória que termina sempre em derrota, um caminho que por mais curvas que faça conduz inevitavelmente ao abismo, um sorriso que se desvanece em lágrimas”. Esta é uma das muitas realidades que José Rodrigues dos Santos cita na sua obra, que nos faz olhar para nós mesmos e para a vida que levamos e pensar na nossa existência e no contributo que temos para a humanidade, mesmo sendo a nossa vida um resquício de tempo comparado ao que há tantos milhões de anos se iniciou. Este país pode ter um orgulho imenso em ter um profissional tão bom a nível mundial. Joana Marina J. Batista, nº17,10ºB

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A Culpa é das estrelas John Green Asa, 2014, 255 páginas

A culpa é das estrelas é o título de mais uma grande obra escrita por John Green, autor de vários bestsellers do New York Times. E de entre os muitos prémios que recebeu destacam-se o Print Medal, um Printz Honor e o Edgar Award. Foi por duas vezes finalista do LA Times book. John Green publicou até aos dias de hoje várias obras de sucesso como o Teorema de Katherine, Deixe a neve cair, Cidades de papel, entre outros… São de fácil leitura, mas sempre com uma mensagem de esperança e paz, proporcionando-nos belíssimas histórias de carácter romântico. Este livro é capaz de transportar qualquer leitor para a situação apresentada; é uma história de amor e esperança entre dois adolescentes (Hazel e August) que sofrem ambos de cancro em fase terminal.A força de vontade de ambos leva-os a viver cada momento como se fosse o último e a conseguirem resistir a todas as adversidades das suas vidas. Apreciei o facto de o livro não ser apenas mais um sobre cancro, como tantos outros já publicados por escritores como Nicholas Spark e outros, que fazem sofrer o leitor ao longo do livro.Esta obra apresenta-nos uma história de cancro em fase terminal de forma suave e romântica, o que nos deixa esperançosos e capazes de lutar contra tudo e todos. Após ler o livro, fiquei consciente de que um amor verdadeiro consegue ultrapassar as dificuldades da vida.

Inês Pinheiro, nº10, 10º A

Autor de À Procura de Alaska (2005), O Teorema Katherine (2006), Quando a Neve Cai(2008), Cidades de Papel (2008), Will e Will - Um nome e Um Destino (2010), John Green é um autor norte-americano. O amor, o sofrimento e a simplicidade são elementos centrais das suas obras, embora haja outros sentimentos notórios. A Culpa é das estrelas é um romance sentido e discreto que está cheio de vislumbres da vida real (amor na adolescência, um grave problema de saúde vivido nos

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dias de hoje –o cancro -, a felicidade e a tristeza). Referindo-se a uma doença terminal, o autor fala da importância da felicidade nesses últimos momentos de vida e consegue mostrar que o amor e a felicidade estão relacionados, pois o amor é uma coisa simples que pode trazer uma enorme felicidade às nossas vidas. Este romance é uma forma de representar os sentimentos do ser humano, é feito do coração de duas pessoas que lutam pelo mesmo todos os dias. Também é feito de amizade, carinho, felicidade, infelicidade e é um símbolo pessoalíssimo de um desejo urgente de se ter alguém nas nossas vidas. Como diz John Green, “O verdadeiro amor nasce em tempos difíceis.” Tatiana Silva Gomes, nº 19, 10ºA

Nunca tinha lido nada deste autor antes, mas depois de ler este livro fiquei com vontade de conhecer outras obras do mesmo. Este livro fala de um romance entre dois jovens. Hazel é uma doente terminal e, quando Augustus entra no grupo de apoio a jovens com cancro, a história da vida de Hazel dá uma volta de 180º.Quando se lê um livro sobre cancro ou sobre qualquer doença, o sentimento que as pessoas costumam ter pela personagem é pena, mas este livro leva-nos a outra vertente da doença e não dá tempo sequer para ter pena, porque o livro é sobre o amor. Hazel é comparada a uma granada, porque pode explodir, ou seja, morrer, a qualquer hora, mas o amor está lá e não vai desaparecer quando e se isso acontecer. O leitor acompanha a história sempre com uma lágrima no canto do olho e, na parte final, até as pessoas mais insensíveis não conseguem deixar de chorar. Há uma frase dita pela Hazel que me marcou bastante e que dá muito que pensar: “A dor tem que ser sentida!”. Como o livro é sobre cancro, desde o início que estava à espera que alguém morresse, mas não de uma maneira tão trágica e cruel: “Augustus Waters morreu oito dias depois do seu pré-funeral”. Gostei bastante de ler esta história, pois é simples, comovente e os dois adolescentes são bastante maduros. Em vez de se lamentarem, aproveitam o que lhes resta da vida, o que dá muita força ao leitor. Quando nos deparamos com uma situação difícil, ficamos aflitos, então imaginemos estes jovens cuja vida pode acabar a qualquer momento.

Carolina Cruz, nº7, 10ºB

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À procura de Alaska John Green Edições Asa, 2013, 256 páginas

Do mesmo autor do bestseller A Culpa É Das Estrelas, John Green escreveu À Procura de Alaska que é só mais um dos seus livros brilhantes. Há nove anos que John Green fez este livro que relata vivências de adolescentes e o mundo das experiências, principalmente inspiradas nas da sua vivência, porém não teve autorização de o publicar. Entretanto, mais tarde, devido ao sucesso da publicação do primeiro livro que referi, foi criada a motivação necessária para que as editoras o fizessem, ou seja, que publicassem o livro. Assim, este livro deslumbrante, que se adequa muito aos adolescentes, relata a experiência do primeiro cigarro, a primeira experiência sexual, o constante consolo do álcool e até a própria inquietação de crescer demasiado rápido nesta fase da vida. Esta obra fala de Miles Halter, um rapaz que era fascinado por ‘’últimas palavras’’ e que, por mais incrível que pareça, não tinha amigos. Então, decidiu seguir o ritual da família e ir para um colégio interno onde foi à procura do sentido da sua vida. Logo quando chegou ao colégio, fez novas amizades, destacando-se Alaska, uma rapariga linda, divertida, sensual e esperta, por quem ele se apaixonou perdidamente. Mas as coisas não correram como ele esperava e, quando sucedeu uma tragédia, ele descobriu a dor de viver e amar de modo incondicional. Deste modo, resta dizer que apreciei muito o livro e que ele é muito interessante não é só pelo tema mas também por ele dar outra perspetiva das coisas aos adolescentes e, a alguns, uma grande lição de vida. Também me cativou a forma simples como está escrito. No início, suscita um pouco a dúvida relativamente ao interesse da obra, mas a cada virar de página, cada um de nós descobre que o livro tem muito mais para dar do que aquilo que aparenta.

Maria Clara Santos, nº20, 10ºB

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A quinta dos animais George Orwell Antígona, 2008, 156 páginas Romance

Esta nova tradução do livro Animal Farm (publicado pela primeira vez no Reino Unido, em 17 de agosto de 1945) recupera o título original, A Quinta dos Animais, contrariamente às edições anteriores que foram publicadas com os títulos de O Porco Triunfante e, a edição mais conhecida, O Triunfo dos Porcos. Este livro foi escrito por George Orwell, pseudónimo do escritor e jornalista inglês Eric Arthur Blair. Blair nasceu na Índia Britânica a 25 de junho de 1903 e morreu em Londres no dia 21 de janeiro de 1950 e algumas das suas obras mais conhecidas são: Mil Novecentos e Oitenta e Quatro, A Quinta dos Animais e Homenagem à Catalunha – onde relata o tempo que passou na Guerra Civil Espanhola. Nesta história, os animais da quinta, liderados pelos porcos, fazem uma revolução contra os humanos, donos da quinta. Depois dos humanos terem sido expulsos da quinta, a vida corre bem para todos os animais, com muito menos esforço e muito mais comida do que alguma vez tiveram. Só que, com o decorrer do tempo, os porcos começam a distanciar-se cada vez mais dos restantes animais até que, no final, os animais já não conseguem distinguir os porcos dos humanos. Este livro é um romance brilhantemente escrito, que tem como principal objetivo criticar a política estalinista que, no ponto de vista de Blair, teria traído os pilares da revolução russa de 1917. A Quinta dos Animais mostra o quão depressa uma liderança pode corromper e trair os seus ideais apenas lhes “mudando algumas vírgulas” e a forma como se interpretam. A Quinta dos Animais é uma sátira muito bem elaborada à corrupção política e, apesar do livro ter sido escrito na década de 40, está ainda muito atualizado, infelizmente, até de mais. Uma das frases que de forma mais clara mostra o propósito do livro é a última: "Os animais (...) olharam dos porcos para os homens, dos homens para os porcos, e novamente dos porcos para os homens: mas já era impossível distingui-los uns dos outros.". Soraia Simões, nº 10, 10ºA

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Eric Arthur Blair, mais conhecido pelo pseudónimo George Orwell, escritor e jornalista inglês, escreveu este livro cuja história se assemelha a uma fábula e uma história para crianças. No entanto, o autor pretende sensibilizar, alertar e censurar a sociedade, com o intuito de melhorar as suas ações. Este livro é uma crítica social, retratando os erros constantes da sociedade atual. George Orwell mostra aos leitores como os porcos se tornam autoritários e conseguem ultrapassar a exploração e o abuso dos humanos aos animais. Instaurado o “animalismo” na quinta, os animais revoltam-se contra a ditadura em que vivem. Associo esta revolução ao 25 de Abril; no entanto, esta revolução acaba por ser um fracasso, pois limitam-se a ter um líder (um porco) ainda mais autoritário do que o anterior (um ser humano). À medida que o tempo passa, temos a noção de que os animais se começam a assemelhar cada vez mais aos humanos, tendo de trabalhar mais e melhor do que quando tinham os humanos como seus superiores. Apesar do livro, na minha opinião, ser um pouco desinteressante na parte inicial, penso que podemos retirar dele muitas conclusões importantes baseadas na realidade da nossa sociedade. Deixemo-nos de ditaduras, sejamos todos iguais, façamos o melhor para todos e a vida da sociedade irá ser melhor e mais feliz.

Jorge Videira, nº18, 10ºB

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A Rapariga Que Roubava Livros Markus Zusak Editorial Presença, 2008 Ficção

A Rapariga Que Roubava Livros é um bestseller internacional escrito por MarkusZusak, escritor australiano que ficou famoso por escrever esta obra. Também escreveu Eu sou o mensageiro e brevemente será publicado A ponte de Clay. A Rapariga Que Roubava Livrosé um romance sobre a vida de uma menina que tenta viver a sua infância pobre no meio da Alemanha nazi – antes e durante a Segunda Guerra Mundial. A história é narrada pela Morte. Com este livro, MarkusZusak mostrou ser um escritor genial, um artista das palavras, um poeta e uma maravilha literária. A sua escrita é poética e profunda, está presente um humor animado que dança através das páginas e a riqueza das descrições, bem como a riqueza dos corações das personagens não podem deixar de ser destacados. Além disso, é ótimo ler uma história tão equilibrada, onde os alemães – mesmo aqueles que são loiros e de olhos azuis – estão tanto em risco de perder a vida e de ser perseguidos como os próprios judeus. Desde a primeira página, sabe-se que estamos diante de algo muito especial. “Primeiro as cores. Depois os humanos. Em geral, é assim que vejo as coisas. Ou, pelo menos, é o que tento. Eis um pequeno facto, você vai morrer”. Escrever deste modo não é algo que qualquer um pode fazer: é verdadeira arte. Apenas um escritor com o talento de Zusak poderia fazer esta história, utilizando tantos adjetivos e advérbios, para escrever de tal forma a revitalizar a língua e usar palavras para pintar a emoção e uma paisagem visual vívida de uma forma nunca antes encontrada, destacando de tal forma o poder das palavras. Este é um livro para preservar e é um novo clássico. É um livro para rir, chorar, desfrutar e também para aprender algumas palavras em alemão! É igualmente devastador e inesquecível.A Rapariga Que Roubava Livros é legitimamente amado por muitos leitores e será lembrado durante muito tempo. Sílvia Carvalho, nº15, 10ºA

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Eragon Christopher Paolini Gailivro, 2005, 571 págs. Ficção, fantasia

Sendo esta a primeira publicação de Christopher Paolini (n.1983) no mundo da literatura, pode dizer-se que o, na altura, jovem de 19 anos, se saiu bem, atingindo uns espantosos 10 milhões de vendas mundiais nos primeiros anos. Esta é também a primeira obra da Trilogia da Herança constituída também por Eldest (2006), Brisingr (2008) e Inheritance (2011). O livro tem como base o regime cruel e absolutista do rei Galbatorix em Alagaesia e, paralelamente a ele, a história do jovem de 15 anos Eragon que encontra um ovo de dragão na floresta. O rei, por motivos pessoais, tinha mandado destuir todos os dragões, seus Cavaleiros e todos os ovos ainda existentes. Com a descoberta deste, o jovem Eragon, com a ajuda de Brom, antigo Cavaleiro escondido, enfrenta uma dura batalha pela sobrevivência à medida que entra no mundo dos Cavaleiros de Dragão e da magia. Não é uma obra recente mas ainda assim, subvalorizada. Encaixa perfeitamente no leque das principais obras de fantasia desta geração (Senhor dos Anéis, As Crónicas de Nárnia), tendo, por mérito do autor, um estilo de escrita muito distinto, que se baseia numa profunda descrição do ambiente, pecando só no facto dos momentos de ação serem muito breves e pouco explícitos. Sendo um livro com muita ação e dinâmica é muito criticado nesse aspeto, perdendo assim pontos. Bestseller do New York Times, entre outros galardões, a obra promete ajudar os leitores a entrar no mundo da fantasia com uma incrível facilidade de leitura e com fantásticas aventuras para os aficionados deste tipo de literatura. Jorge Pereira, nº6, 10ºA

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História de um gato e de um rato que se tornaram amigos Luis Sepúlveda Porto Editora, 2013; 64 páginas Narrativa

Luis Sepúlveda surpreende-nos mais uma vez levando-nos a não julgar um livro pela capa, mas sim pelo conteúdo. A História de um gato e de um rato que se tornaram amigos aparenta ser uma história banal para crianças, mas à medida que percorremos as suas páginas, percebemos que contém mais que isso e que transmite ensinamentos valiosos sobre a amizade. Depois de sucessos como O velho que lia romances de amor e História de uma gaivota e de um gato que a ensinou a voar, não nos surpreendemos com uma história como esta, cativante, de leitura rápida, mas de pensamentos profundos. A obra deixa transparecer a grande relação de amizade entre um gato e um rapaz ao longo da adolescência deste, que se baseia muito em verdade e fidelidade. Mas Mix (o gato) perde as habilidades de um gato comum, ficando cego; no entanto, apura os outros sentidos. Tempos depois, faz amizade com um pequeno roedor, o rato Mex, que passa a ser os seus olhos. É uma grande lição sobre a amizade entre seres em que, à partida, há uma relação de predação. Concluindo, é um livro leve e bem escrito. Mariana Henriques, nº22, 10ºB

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Ninguém me conhece como tu Anna McPartlin Quinta Essência, 2013, 424 págs. Romance Anna McPartlin continua a dar provas do seu talento para a escrita. Esta autora tem demonstrado o quanto os seus livros são experiências de vida e como podem ajudar os seus fãs a lidar com as perdas, o amor e a amizade. Autora de Estarás sempre comigo, Sempre que dizemos adeus, Um amor perdido, Anna nasceu em Dublin, em 1972. Em 2007, venceu o prémio Revelação do Ano nos Irish Book Awards. Estudou Marketing, porém manteve o seu amor pela stand-up comedy e pela escrita. Nos seus livros, Anna McPartlin atribui grande relevância aos desgostos amorosos e à capacidade de sobrevivência para superá-los, ao poder da amizade e do amor e às contrariedades do casamento. Eve e Lily eram grandes amigas que durante o tempo de faculdade se zangaram. Eve torna-se uma grande designer de jóias, enquanto Lily se casa com Declan e é mãe de dois filhos. Reencontram-se no hospital, onde Lily é enfermeira, devido ao grave acidente que vitimou a Eve. Neste romance, desenvolve-se o tema da fragilidade emocional e da pressão que, muitas vezes, o marido exerce sobre a mulher devido às desconfianças e aos ciúmes. Gostei bastante do livro porque, ao invés de alguns livros, a autora consegue prender o leitor desde o primeiro capítulo, fazendo com que a pessoa imagine como lidaria com aquela situação se acontecesse com ela. Anna transporta os leitores para a história, fazendo com que vivam intensamente o enredo. “Ainda que não fosse capaz de dizer aos filhos que o pai era um violador, podia ter revelado que ele não passava de um mentiroso e que ia sair de casa porque Declan era um manipulador, paranóico e maníaco do controlo que havia abusado dela psicologicamente durante anos, mas não o fez. Eles já tinham sido convencidos de que ela era uma espécie de prostituta que escolhera fugir com outro homem.” - esta passagem foi uma das que mais me marcou devido ao facto de Lily sofrer de violência psicológica durante anos do casamento. Porém, um dia, Declan embriaga-se e viola a esposa enquanto ela dorme. Este episódio foi muito chocante para mim, pois Declan inferioriza a companheira. Em suma, este romance é apaixonante e envolvente, fazendo com que o leitor perca completamente a noção do tempo enquanto está a ler e devore página atrás de página. Este livro reforça a ideia da utilização da mulher como um objeto e não como um ser igual ao seu cônjuge. Elogia temas como a amizade e o amor de forma muito meticulosa. Inês Batista Martins, nº12, 10ºB

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O circo dos sonhos Erin Morgenstern Civilização Editora, 2012, 464 págs. Romance

Não se explica porque é que uma escritora como Erin Morgenstern (n. 1978), tão jovem e talentosa, com tanta imaginação e estreante no mundo dos romances, tenha apenas escrito este belíssimo livro que foi um sucesso. Não se justifica como é que depois da sua estreia e do lançamento do seu primeiro livro, surpreendente e comovente, não tenha voltado a escrever outro, que com certeza iria ser outro sucesso. Erin é norte-americana, vive em Massachusetts e possui um blogue com o seu nome (http://erinmorgenstern.com/blog/). Esta obra é descrita pela própria autora como “conto de fadas, de uma forma ou de outra” e é equiparada aos livros de Harry Potter, sendo, por isso, uma alternativa para os leitores deste género de literatura. Este romance agradou-me bastante, pois não é maçador; é uma mistura de sentimentos e sensações, do real e de muita fantasia e, por isso, capta a atenção do leitor e cativa-o a não deixar de o ler. Fascinei-me com a autora, pois ela misturou um simples circo com um romance e, no final, resultou um livro fantástico, tão fantástico que nalgumas partes chega a ser comovente e, logo no momento a seguir, quase que dá vontade de soltar uma gargalhada. Celia, a personagem principal da obra, refere-se ao circo como “um encanto, um conforto e um mistério” e acho que até o próprio livro pode ser estas três coisas. Adorei mesmo o livro. Somente tenho pena de a autora não ter lançado mais nenhuma obra.

Catarina Duarte, nº4, 10ºA

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O Grande Desígnio Stephen W. Hawking e Leonard Mlodinow Gradiva, 2011, 216 págs.

Qual é a origem do nosso Universo? Quais os mecanismos que o regem e fundamentam? Qual a natureza daquilo a que chamamos “realidade”? Ao longo de O Grande Desígnio, os aclamados cientistas Stephen Hawking e Leonard Mlodinow exploram os fundamentos e os limites do nosso universo, procurando interpretar os seus primórdios com base na Teoria M (denominada “teoria de tudo”), inicialmente considerada por Albert Einstein e desenvolvida nas últimas décadas. Autor de Breve História do Tempo: do Big Bang aos Buracos Negros (1988), Buracos Negros, Universos-Bebés e outros Ensaios (1994), O Fim da Física (1996), A Natureza do Espaço e do Tempo (1996), Breve História do Tempo Ilustrada (1997), O Universo numa Casca de Noz (2001), O Futuro do Espaço (2005), Os Génios da Ciência: Sobre os Ombros de Gigantes (2005), George e o Segredo do Universo (2007), Minha Breve História (2013), Stephen Hawking nasceu em Oxford, na Inglaterra. Aos 21 anos descobriu que tinha uma doença degenerativa, ELA (esclerose lateral amiotrófica), no entanto é um dos cientistas mais famosos do mundo. Leonard Mlodinow, físico do Instituto de Tecnologia da Califórnia, é autor de livros de divulgação científica e escreve uma coluna para o New York Times. Pessoalmente, avalio a obra que li de uma forma extremamente positiva, considerando que esta é excelente na forma como possibilita o enriquecimento do conhecimento científico e a verificação do caráter evolutivo e transitório da ciência (os mesmos cientistas defendem, em períodos diferentes, conceções distintas de um determinado termo ou teoria). Através de uma análise da obra, torna-se ainda possível constatar eficazmente os mecanismos que permitem a existência da vida e que se revelam essenciais para a interpretação fiável do que nos rodeia. Assumindo-se como um pequeno guia científico, O Grande Desígnio promove ainda a explicação fundamentada e precisa de diversos fenómenos do nosso quotidiano ligados invariavelmente à ciência e ao seu caráter histórico. Os autores tentaram apresentar com esta obra, incondicionalmente, um papel muito importante na tentativa de procurar os fundamentos do nosso universo e de fomentar uma melhor perceção e interpretação do mesmo, factor que irá, sem dúvida alguma, contribuir para uma evolução científica, tecnológica e social da nossa sociedade, ‘’ Uma vez que existe uma lei como a gravidade, o universo poderá e irá criar-se a si próprio a partir do nada (...) A criação espontânea é a razão pela qual existe algo em vez de nada, o universo existe e nós existimos.” Maria Martins, nº8, 10ºA

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O Monte dos Vendavais Emily Brontë Editorial Presença,2009 Romance

Emily Brontë é autora do romance O Monte dos Vendavais, também conhecido por O Morro dos Ventos Uivantes. Quando foi publicado, em 1847, foi recebido com uma certa desconfiança, mas neste momento é considerado um clássico da literatura mundial e este foi o único romance escrito pela autora. Emily Brontë foi uma escritora e poetisa britânica. A ação deste clássico da literatura inglesa decorre num ambiente áspero, tendo como paisagem os montes de Yorkshire, onde Emily Brontë viveu durante muitos anos. Daí a obra ter um toque autobiográfico, em que a infância e a adolescência da autora, juntamente com a sua atividade fazem o desenrolar da história. A sua escrita detalhada e perfecionista fazem com que pareça que estamos dentro do livro, como se vivêssemos numa viagem. Além disso, é um livro tão completo que torna a leitura também completa, obrigando a serem seguidos com calma e cuidadosamente todo o texto e todos os passos, para que além da história, não percamos qualquer pormenor. Durante a leitura, o leitor sente todas as emoções, desde raiva, revolta, tristeza, alegria… Na verdade, trata-se de uma obra dura e com uma história complicada, onde as personagens depositam sentimentos ao longo do livro e nos levam a entender de forma clara como um amor tão inocente se transforma numa obsessão. É um livro diferente dos típicos romances, não tratando as histórias de amor banal, mas uma história de amor diferente e intensa. Celeste Maia, nº5, 10ºA

O Monte dos Vendavais é uma das grandes obras-primas da literatura inglesa. Único romance escrito por Emily Brontë, é a narrativa poderosa e tragicamente bela da paixão de Heathcliff e Catherine Earnshaw, de um amor tempestuoso e quase demoníaco que acabará por afetar as vidas de todos aqueles que os rodeiam como uma maldição. Adotado em criança pelo patriarca da família Earnshaw, o senhor do Agrupamento de Escolas de Penacova

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Monte dos Vendavais, Heathcliff, é ostracizado por Hindley, o filho legítimo, e levado a acreditar que Catherine, a irmã dele, não corresponde à intensidade dos seus sentimentos. Abandona assim o Monte dos Vendavais para regressar anos mais tarde disposto a levar a cabo a mais tenebrosa vingança. Magistral na construção da trama narrativa, na singularidade e força das personagens, na grandeza poética da sua visão, nodoso e agreste como a raiz da urze que cobre as charnecas de Yorkshire, O Monte dos Vendavais reveste-se da intemporalidade inerente à grande literatura. Emily Jane Brontë foi uma escritora e poetisa britânica, autora do romance O Monte dos Vendavais, hoje considerado um clássico da literatura mundial. Nasceu a 30 de julho de 1818 em Thornton, no Reino Unido, e morreu a 19 de dezembro de 1848 em Haworth, também no Reino Unido. O Monte dos Vendavais é uma viagem alucinante ao interior do espírito humano e aos mecanismos que desencadeiam as paixões. No mundo da literatura, poucas vezes o confronto entre o amor e a vida foi tão dramaticamente abordado como nesta obra magnífica de Emily Brontë. Os acontecimentos e reações das personagens são imprevisíveis, deixando-nos “viciados”, uma vez que sentimos necessidade de descobrir as razões que levam aos seus comportamentos. O amor atribulado de Catherine e Heathcliff é uma história que desperta emoções muito fortes às quais é impossível ficarmos indiferentes. É algo tão puro que seria quase impossível um humano sentir algo sobrenatural e misterioso, para o qual contribui o espaço onde decorre a ação, o sombrio e tempestuoso Monte dos Vendavais. O aspeto mais sublime desta obra tem a ver com a forma como as personagens principais representam tipos de comportamento complexos e, no fundo, profundamente humanos. É como se eles nos representassem a todos nós, nos aspetos mais profundos da nossa personalidade. A escrita é clássica, nem sempre muito acessível, mas muito bem elaborada, requerendo assim uma grande atenção e disponibilidade da nossa parte. Poético, complexo e grandioso, O Monte dos Vendavais é a surpreendente história de um amor proibido que deixa um rasto de ira e vingança, que irá perdurar no tempo. É um livro sobre escolhas, que nos mostra que por vezes os erros cometidos são irreversíveis e que, por mais que se tente, as coisas nunca serão como se espera. É uma obra intemporal que, apesar de ser antiga, continua sempre presente, mostrando que o passado está presente em cada recanto. Joana Carolina Batista, nº15, 10ºB

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O paraíso são os outros Valter Hugo Mãe Porto Editora, 2014 Romance

Valter Hugo Mãe (n. 1971) é um escritor português contemporâneo cuja escrita se caracteriza pela versatilidade e profundidade das mensagens transmitidas. Estas características são confirmadas na obra O Paraíso são os Outros. Repetindo José Saramago, trata-se de um verdadeiro “tsunami literário”, pois, uma vez iniciada a leitura dos seus textos, é impossível travá-la. Valter Hugo Mãe escreveu poemas, romances e obras de literatura infantil entre outras publicações. Salientam-se títulos como A Desumanização (2013), O Filho de Mil Homens (2011), A máquina de fazer espanhóis (2010), O Apocalipse dos trabalhadores (2010) ou As mais belas coisas do mundo (2010). Todas estas obras são marcadas por uma qualidade literária inquestionável, assim como transmitem sábias lições sobre a condição humana e as premissas que regem a sua conduta. Em O Paraíso são os Outros (2014), a mais recente obra do autor, a tónica recai sobre a importância das relações estabelecidas entre os seres humanos. Efetivamente, o Homem é um ser condenado a viver em grupo, estabelecendo com os restantes elementos dos diversos grupos a que pertence relações de tipologias diversas. No referido livro, as relações são do tipo homem-mulher, ou seja, aquelas que marcam presença no seio de um casal. Apesar de haver variadíssimas maneiras de vivenciar e de conduzir uma relação, há processos inerentes ao próprio relacionamento que são universais. Assim, independentemente do universo civilizacional em que a relação decorre, “o amor constrói” (p. 7). Essa construção pode ser diferente de relação para relação mas existe e é realmente inquestionável. É inegável que “a nossa felicidade depende de alguém” (p. 29), independentemente das suas características e dos diferentes contextos. A situação de isolamento gera infelicidade. É o contacto, independentemente da sua natureza, que produz a felicidade humana. Na obra em apreço, toda a densidade sentimental surge reforçada pelas ilustrações que, além de captarem a atenção do leitor/ observador, confirmam inequivocamente a mensagem transmitida pelo autor. Enfim, as palavras escritas por Valter Hugo Mãe transpiram alma e vida. Como ser humano que escreve para outros seres humanos, mostra que “o paraíso são os outros”, porque na solidão não se encontra o paraíso!

Diana Gonçalves, nº9, 10º B

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Ano letivo 2014/2015

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O primeiro amor Judy Blume Texto Editores, 1975, 160págs.

O livro O Primeiro Amor é mais um grande livro da escritora Judy Blume (n.1938). Esta mulher é mundialmente famosa pelas suas polémicas obras para adolescentes que envolvem temas como o sexo, o bullying, o racismo… Esta obra não é diferente e, por isso, foi uma fonte de contestação quando foi lançada. Autora de Tiger Eyes; Deenie; Then Again, May be I won’t; Start Women, Judy é americana, vive em Nova Iorque e em Key West com o seu marido. Tem o seu blogue (http://www.judyblume.com/) onde faz referência às suas obras e à sua vida pessoal. Como o título indica, é um livro que tem como elementos centrais o primeiro amor, as primeiras descobertas e todas as sensações que temos quando estamos com alguém de quem gostamos, embora exista mais tarde o confronto com a realidade: que nada é perfeito nem dura para sempre. Em cada página desta obra, não existe uma em que não se faça referência aos sentimentos dos adolescentes, mas também existem assuntos que, embora não sejam centrais, são importantes, como o início da vida sexual, a prevenção contra as doenças sexualmente transmissíveis e a importância da contraceção para evitar a gravidez na adolescência. Com uma escrita acessível, objetiva e sem pudores, a escritora tenta encontrar “A explicação convincente do primeiro amor” e tenta transmiti-la aos jovens neste livro que prende qualquer jovem na fase da adolescência. Cristiana Simões, Nº4, 10ºA

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O Rapaz do Pijama às Riscas John Boyne Edições ASA, 176 págs.

O Rapaz do Pijama às riscas é uma história sobre Bruno, um menino de 9 anos, na época do Holocausto. Certo dia, chega a casa e depara-se com Maria, a sua empregada, a empacotar as suas coisas. Ao questionar a sua mãe, compreende que irão mudar de casa, devido ao pai ter sido promovido. Quando chega à sua nova habitação, parece-lhe impossível poder ser feliz, pois fica isolada e não existe ninguém com quem possa brincar. Como aventureiro e destemido que é, decide fazer uma das explorações que tanto adora e assim conhece um menino vestido com um pijama às riscas do outro lado de uma cerca, tornando-se desde logo amigos. A frase na contracapa, “uma história de inocência num mundo de ignorância”, retrata bem o que é esta obra. Penso que John Boyne conseguiu retratar muito bem o valor e a importância da amizade, a inocência das crianças e a arrogância e maldade da época. Adorei a relação entre Bruno e o seu novo amigo, pois foi uma amizade pura que só as crianças conseguem sentir. Quase desde o primeiro momento em que se veem e falam um com o outro, tornam-se amigos. Gostei também do facto de dois meninos que nasceram no mesmo dia e que tinham a mesma idade considerarem-se como melhores amigos, apesar das suas diferenças sociais e psicológicas. Ao ler a obra, senti que Bruno era demasiado infantil, mas concordo que foi graças a esse facto que nos conseguimos sentir mais ligados à personagem e à dura realidade que o envolve. Aconselho sinceramente a leitura desta obra.

Miguel Simão Henriques Gomes, nº23, 10ºB

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O Tempo entre nós Tamara Ireland Stone Asa , 2012,320 páginas Romance

Tamara Ireland Stone escreve sobretudo sobre os anos 90. Os temas que aborda são, por exemplo, as viagens, a música, o romance e usa personagens que são pessoas normais com algumas capacidades fora do normal. Este romance (de estreia da autora) foi publicado em dezasseis línguas e vai ser adaptado ao cinema. Esta obra concentra-se no amor impossível de uma rapariga que faz escolhas erradas no passado e consegue chegar ao futuro e tentar emendar as escolhas que fez para algo que ela queria ter feito. Esta obra tem uma escrita muito própria, cuidada e de fácil leitura. Prende-nos do início ao fim do livro, pois a sua história pode ser real e tão irreal ao mesmo tempo. Adriana Ferreira, nº 1, 10ºA

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O Teorema Katherine John Green Edições ASA, 2014, 266 págs. Romance

O Teorema Katherine fala da vida de Colin Singleton, um ex-menino prodígio que é obcecado por anagramas. No último dia de aulas do secundário, Colin é deixado pela sua namorada Katherine. É sempre assim: Colin namorava com uma rapariga chamada Katherine, e ela acabava por deixá-lo. Aconteceu demasiadas vezes. Dezanove, para ser exata. Triste com a sua vida, Colin decide fazer uma viagem para aclarar as ideias, acompanhado do seu único amigo, Hassan. É uma história divertida, mas não é um livro de fácil leitura, talvez pela complexidade de escrita, ou pelas divagações características da personagem principal. O enredo é preenchido de analepses e prolepses, a contarem a história de cada Katherine, o que pode deixar o leitor confuso numa primeira análise (para além de estar recheado de expressões e fórmulas matemáticas). Mas após uma leitura completa, todas as peças encaixam e a história torna-se clara. Complementado com um anexo que facilita a compreensão das fórmulas matemáticas utilizadas, o livro revela-se simples no final. Repleto de humor que varia entre o imaturo e o intelectual, O Teorema Katherine segue uma verdadeira viagem de autodescoberta. Sendo assim, é um livro recomendável para qualquer idade.

Leonor Alves Marques, nº19, 10ºB

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Um Refúgio para a Vida Nicholas Sparks Editorial Presença, 356 páginas Romance

Um Refúgio para a Vida foi escrito por Nicholas Sparks, tendo sido traduzido para português no ano de 2010. Foi um sucesso no nosso país. Nicholas Sparks baseou-se mais uma vez em experiências pessoais e em factos reais para dar vida à sua história. Este livro é uma caixa de surpresas falando-nos dos mais diversos e banais acontecimentos. Começa por focar a violência doméstica, os problemas com álcool e, por fim, o desenrolar de uma grande paixão. Este romance conta a história da jovem Katie que, para fugir a fantasmas do passado, vai viver para uma pequena cidade de Southport, na Carolina do Norte. Devido aos problemas do passado, Katie é uma pessoa muito reservada; no entanto, e apesar de todos os seus medos, ela começa a criar novos laços de afinidade naquela pequena comunidade à medida que uma nova amizade e um novo amor lhe vão mostrando que é possível recomeçar do zero. Todavia, os problemas do passado teimam em atormentá-la, mas, desta vez, Katie tem o apoio incondicional da sua grande paixão. Para mim, este é um dos melhores livros do autor. Ele traz-nos uma protagonista fragilizada que tem de aprender a lidar com os seus medos se quiser voltar a amar. Esta obra fez-me ter uma perspetiva totalmente diferente de diversos aspetos: mostranos que é possível recomeçar do zero e que todos nós merecemos uma segunda oportunidade. Apreciei bastante este livro e recomendo a sua leitura, até porque o desenrolar da história é uma surpresa.

Ana Francisca Ferreira, nº3, 10º B

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Uma vez na vida Danielle Steel Bertrand Editora, 1982, 336 págs. Romance

Uma vez na vida, de Danielle Steel, é uma grande obra da literatura contemporânea. Traduzido em várias línguas, este foi um dos livros que fez da sua autora uma das melhores escritoras do nosso tempo. Autora de O segredo de uma promessa (1978), Segredos de Amor (1985), O Brilho da Estrela (1985), O beijo (2001), Danielle, nascida em 1947, é norte-americana sendo autora de best-sellers não só no seu país, como também no estrangeiro. O amor, a traição, a separação e o sofrimento são elementos centrais nos dramas que escreve. No entanto, estes terminam sempre com o desejado desenlace feliz. O livro enquadra-se bem no perfil de romance, não só pela sua extensão, como também pelo enredo descrito de uma forma tão simples, natural e sentimental que nos parece quase credível. Embora volumoso, o livro apresenta uma grande dinâmica, causada pelas constantes mudanças de ação e espaço e pelos avanços no tempo reforçados pelo sofrimento e ausência sentidos por Daphne Fields. Os seus romances, suaves e delicados, estão cheios de deliciosos sentimentos que passam naturalmente para o leitor, aumentando o seu desejo pela leitura. Concluindo, pode considerar-se esta como sendo uma das obras contemporâneas de leitura indispensável, que nos dá uma definição muito importante do conceito “amor”: “Aproveitar o que temos com cada pessoa que nos é querida, e amar todos os amores”. Joana Fernandes, nº 16, 10ºB

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