Revista Projeto 2 2019/1 - Arq Urb UEG - Iasmim Soares Santos

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UEG19.1

ginรกsio de esportes Iasmim Soares Santos


Universidade Estadual de Goiás Arquitetura e Urbanismo Projeto de Arquitetura 2 3º Período 2019/1


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orientadores

Fernando Camargo Chapadeiro Rodrigo Santana Alves




o t o a f m r u t


2019/1 Este volume faz parte da sexta coleção da "revista prjt2" disciplina de projeto de arquitetura do 3º período do curso de Arquitetura e Urbanismo da UEG que investiga temas básicos de reexão e metodologia do projeto contemporâneo na escala do estudo preliminar e tem como meta a elaboração de projeto arquitetônico para uso educacional ou saúde com a capacidade de ordenação de espaços de complexidade moderada. Investiga a escala das relações entre arquitetura e espaço urbano: arquitetura, lugar e cidade e dá ênfase no estudo do programa de necessidades, na topograa e na preocupação com a acessibilidade. Neste semestre tratamos dos temas escola de ensino fundamental e ginásio de esportes em um bairro e seu entorno com demanda reprimida para estes temas. Por isso temos dois volumes um tratado desde o começo do semestre a escola e o outro o ginásio orientado partir da metade do semestre como meio de recuperar um processo mal sucedido. Este último, através de uma metodologia criada pelo professor Ricardo Frageli e adaptado ao projeto de arquitetura e urbanismo pelos professores Fernando Chapadeiro e Rodrigo Santana denominado 300, que visa a inversão da sala de aula e o aprendizado colaborativo entre os estudantes

LUGAR, PROGRAMA, VOLUME, CIRCULAÇÃO e MATERIALIDADE são os elementos trabalhados durante o processo e foram abordados como camadas durante as orientações. Isso permitiu o entendimento do processo de projetação, utilizando como apoio, desde do início, a maquete de estudo em duas escalas (a do bairro e a do entorno imediato). Para a exteriorização das ideias foram exaustivamente trabalhados os diagramas de conceito como resumo da proposta e evidencia os elementos citados. A interdisciplinaridade do Projeto 2 foi realizada com as disciplinas de Maquete, Computação Gráca 1 e Sistemas Estruturais 1 que serviram como apoio para alcançar os objetivos propostos.

Fernando Camargo Chapadeiro Rodrigo Santana Alves


o e t t o f an d u t s e


tema O projeto ginásio Summerville se trata de um edifício poliesportivo destinado a comunidade e também a competições entre bairros próximos em diversos esportes. O ginásio além de atender as práticas esportivas, pode atender também recreações da escola vizinha e das crianças e adolescentes do bairro. Será utilizado também como espaço para eventos e shows, sendo um espaço exível por sua grande dimensão e vão livre. Este projeto beneciará toda a comunidade por ser um espaço público de qualidade, localizado em uma área residencial, que carrega um ar de família, podendo proporcionar o lazer e os benefícios a saúde que os esportes carregam consigo, além de oferecer esse espaço multifuncional a disposição dos moradores do bairro.


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lugar O lugar selecionado para o projeto do ginásio, foi o bairro Summerville, que se caracteriza como um bairro residencial de Anápolis de classe média-baixa, situado ao lado do bairro de Lourdes próximo a BR-060 Em geral é um bairro de pouco movimento, concentrando seu maior uxo na Rua Delta, que foi escolhida para ser a rua de acesso ao edifício. O terreno escolhido apresenta um desnível no sentido do córrego, além de estar de frente para um fundo de vale bastante arborizado da região. Com sua inclinação seu melhor aproveitamento foi pensado a suavização do terreno e a construção de 3 platôs por compensação.


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300 A metodologia dos 300, idealizada pelo prof. Ricardo Fragelli, da Universidade de Brasília (UnB), tem como objetivo proporcionar o estudo colaborativo entre os estudantes. O nome foi inspirado no lme 300, que conta a história de um exército onde a estratégia era não apenas atacar, mas também proteger os companheiros durante as batalhas. No ateliê de projeto, o objetivo é estimular a colaboração e a solidariedade entre estudantes. Adaptado ao ateliê de projeto a metodologia dos 300 desenvolve-se com algumas especicidades. Após a segunda entrega de projeto os estudantes (ajudantes) que tem uma proposta de projeto relevante (fundamentada em um partido arquitetônico que reete o conceito adotado)auxiliam os estudantes que não conseguiram desenvolver uma proposta satisfatória (ajudados) a refazer o projeto, mudando o tema de escola para ginásio de esportes até o nal do processo.

No período de aplicação do método (duas semanas) os ajudantes e ajudados devem se reunir para recomeçarem o processo de projeto em orientações nas quais os dois orientadores acompanham o processo e orientam em conjunto a nova proposta. Os ajudados fazem uma nova entrega, de forma a obter êxito no novo processo e, consequente, aumentar a sua nota. Os ajudantes não fazem a nova entrega, acompanham os colegas e adiantam os desenhos e a confecção da maquete em outra escala, estes também podem aumentar suas notas dependendo da melhora dos estudantes ajudados. Igualmente ao exército espartano dos 300 soldados, os estudantes através de uma ajuda mútua de aprendizagem e ensino, conseguem se fortalecer e alcançar o sucesso ao nal do processo.



projeto O projeto do ginásio Summerville procura acima de tudo promover seu próprio uso e se destacar no bairro. Utilizando a tecnologia das treliças curvas o edifício consegue se destacar formalmente atendendo a necessidade de um grande vão livre que o programa pede. Para promover seu próprio uso e se tornar convidativo, a curvatura se inclina à rua fazendo com que cative a entrada dos moradores. A metodologia de projeto utilizada foi a análise das premissas que envolvem o projeto, escolhendo a principal delas para tomar um destaque expressivo no desenvolvimento do edifício, sem descartar as outras premissas, mas dando um claro destaque para o ponto forte selecionado, neste caso, a estrutura.


o s s e e t c e o r u p aq m


lugar. programa. volume. 30.abr


o s s e e t c e o r u p aq m o s s e e t c e o r u p aq m


lugar. programa. volume. circulação. materialidade. 14.mai

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300 28.mai

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estudo preliminar 25.jun


.Quadra poliesportiva .Vestiรกrio 1 .Vestiรกrio 2

.Arquibancadas .Banheiro masculino .Banheiro feminino .Corredor de acesso

.Lanchonete .Despensa .Cozinha .Bilheteria 1 .Bilheteria 2 .Armazenamento .Rampas de acesso ao palco .Palco

Diagrama de programa


programa Nesse edifício a variação de idade do usuário pode ser grande. Pode atender a crianças e jovens, como também pode atender a adultos e pessoas de idade mais avançada. Nesse ginásio poderá ocorrer eventos esportivos, como também eventos para o bairro todo, além de servir para apresentações e shows, por isso a idade do usuário varia bastante, mas sua origem no geral é do próprio bairro ou dos bairros vizinhos. O programa de necessidades completa uma quadra poliesportiva, arquibancadas de dois lados que inclui também os cadeirantes com um espaço maior na primeira leira, duas bilheterias para facilitar a entrada das pessoas, dois banheiros públicos, uma lanchonete já na entrada e ao lado da bilheteria agilizando para quem entra, também conta com uma despensa e uma cozinha ao lado da lanchonete, sendo uma área restrita e também conta com um armazenamento para guardar materiais de limpeza, e também os equipamentos esportivos. Para os atletas temos dois vestiários, um para cada time, e entre eles temos o palco onde pode ocorrer diversas apresentações. A quadra de esportes pode ser ocupada com cadeiras e mesas para outros tipos de eventos. O vão livre possibilita essa exibilidade.



diagramas de conceito


Primeiramente analisei as premissas de todo projeto: lugar, programa e tecnologia. E dando seus devidos valores após analisar, pude concluir que o programa de necessidades pede uma boa estrutura, isso é inevitável. Por isso decidi dar destaque para a estrutura em meu projeto.

Mas como foi dito, todo programa como esse pede uma estrutura que vença um grande vão livre, a treliça. Então procurei fugir da estrutura convencional que a maioria dos ginásios apresentam.


Dessa forma escolhi uma curvatura diferente para trabalhar nesse edifício, de forma a criar dois espaços de convivência nas extremidades da estrutura. Ao olharmos para todo o volume o que mais nos chama a atenção é justamente a estrutura que é comum porém sendo utilizada de uma forma nova que realmente valoriza seu desenho.

A estrutura que se abre para o acesso torna o edifício convidativo ao público, além da sua estrutura ter grande evidência para quem passa pela rua, atingindo seu objetivo maior, que é se destacar por sua tecnologia, além de convidar as pessoas da região para acessar o edifício.






Área esportiva Área acesso ao público Área acesso restrito


As lajes de concreto cobrem os cômodos apenas, deixando em todo o restante do edifício a cobertura apoiada nas treliças à mostra

Os pilares que apoiam as treliças também entram em unidade com ela por sua forma triangular

Treliça plana curva (são necessárias 9 para vencer todo o vão, cada uma delas tem 40 metros de comprimento, sendo que em seu ponto mais crítico tem 3 metros de altura

A treliça inicia apoiada ao chão

Baldrame que apoia a parede estrutural lateral



















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