Revista Bola e Batom

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CARTA DO EDITOR

edição anterior

Alexandre Magno / Diretor Geral

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Apresentação Quando tive a idéia de fazer uma revista esportiva em que todas as jornalistas e colunistas fossem mulheres, não imaginava que os obstáculos para chegar ao produto final seriam tantos. Desde problemas burocráticos, passando por jornalistas que não se adequaram às idéias da revista, problemas financeiros (corriqueiros de qualquer empresa nova e com um projeto ousado). Sempre acontecia algo que impedia ou adiava a publicação. Mas chegou o momento: abril é o mês e 2013 o ano!!! Data tão esperada por todos que já conheciam o projeto, acreditaram e incentivaram para que hoje você, leitor, pudesse ler esta minha carta. Bola & Batom é a primeira revista do país a ser feita somente por mulheres e a única do mercado que trás, além do futebol, que é a paixão nacional, todos os esportes. Aqui nas páginas da “NOSSA” revista, todo e qualquer tipo de esporte terá vez e espaço. Espero que as batalhas sejam reconhecidas por vocês, leitores, e torcedores que são o motivo maior da nossa existência. Chegamos recheados de novidades, mostrando o comportamento das torcedoras, o amanhã esportivo do Brasil, mulheres bonitas, humor, tendências da moda esportiva, figuraças, a vida por trás da fama, promoções e muito mais. Desejo uma boa leitura e espero que gostem. Aproveito para dedicar o lançamento da revista e agradecer a algumas pessoas. Primeiramente a Deus: sem ele não somos nada. Aos meus pais que sempre estiveram ao meu lado incentivando e apoiando no que lhes foi possível, a Milene Borges, minha sócia, amiga e companheira que passou por todas as dificuldades ao meu lado, à todas as jornalistas representadas na pessoa de Leonora Malard e Bruna Manuella, ao Bruno da empresa Via Network, pois sem a sua compreensão, certamente, eu não estaria aqui escrevendo estas palavras e PRINCIPALMENTE ao amigo Junior Brasil (comentarista da Rádio Itatiaia de Belo Horizonte), este sucesso, esta vitória, não é apenas minha é nossa, de todos que fizeram este projeto acontecer. Obrigado a todos e até mês que vem com as bênçãos de Deus.

EXPEDIENTE

............................................................................. Edição: 0001 Periodicidade: mensal Distribuição nacional: DINAP S/A Vendas: em bancas e assinaturas ............................................................................. Editora AML Editora e Comunicação Ltda CNPJ 15.667.911/0001-44 Gráfica Gráfica da Editora Abril S/A CNPJ 02.183.757/0001-93 Grupo Responsável AML Projeto Gráfico EPOS Comunicação Diagramação Marco Antônio Diretor Geral Alexandre Magno Chefe Dep. Financeiro Milene Borges Departamento de marketing EPOS Comunicação Secretária Vanessa Martins Jornalistas Colaboradoras Bruna Manuelle, Milene Borges, Algarine Michele, Leonora Malard, Silvia Brina, Isabel Guimarães Jornalistas Mirins Naiara Santos e Lívia Maria Capa EPOS Comunicação Fotos Cedidas pelas assessorias de imprensa. ............................................................................. Redação Rua Ceará, 741, sala 104, Bairro Funcionários, Belo Horizonte, Minas Gerais, CEP 30.150-311 Telefone: (31) 3646 8097 E-mail: contato@bolaebatom.com.br Site: bolaebatom.com.br .............................................................................

www.abril.com.br



AQUI VOCÊ SAI GANHANDO

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foto meramente ilustrativa

Promoção assista a Copa das confederações de TV nova

Preencha o cupom e envie para a redação da revista Bola & Batom e você pode ganhar um lindo televisor de 50” tela plana. Dados do Cupom Nome:......................................................................................... RG:............................................................................................. Data de nascimento:.................................................................... Endereço:.................................................................................... Bairro:......................................................................................... Cidade:........................................................................................ Estado:........................................................................................ CEP:............................................................................................ E-mail:......................................................................................... Telefone de contato:..................................................................... Esporte preferido:......................................................................... Clube de coração:.........................................................................

Este cupom é parte integrante da revista Bola & Batom. Só terão validades cupons recebidos até o dia 10 de junho de 2013. Os cupons deverão ser enviados para a redação situada à Rua Ceará, 741, sala 104, Bairro Funcionários, Belo Horizonte, Minas Gerais, CEP 30.150-311. Esta promoção dá direito ao sorteio de uma TV LG 50” que será sorteada dia 11 de junho de 2013, às 16 horas na redação da revista. Cupons não sorteadas não darão nenhum direito de reembolso financeiro *Promoção válida para maiores de 18 anos. Regulamento no site WWW.bolaebatom.com.br



ÍNDICE

EDIÇÃO #02

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Abril 2013 GIRO EM FOTOS

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COLUNAS 03 Opinião popular 09 Giro em Fotos 13 Tendências 19 As gatinhas e as feras 23 O amanhã tá na área

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33 Por trás da fama 53 vida de torcedora 59 Matéria de Capa 61 Medicina Esportiva 73 Libertadores

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81 Ciclismo 81 Intersports Brazil Hall 81 Formula 1 81 Rugby

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81 UFC 81 curling 81 Figuraças 81 Humor



Opinião popular

MADE IN BRAZIL

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A torcida do América Mineiro tem fama de ser pequena mas ser elitizada em Minas Gerais e procurando nesta elite que encontramos nas arquibancadas do Estádio Independência a Musa Lívia de Oliveira.

Opinião popular A GALERA DIZ: ............................................................................................................. Lucival Pereira - Empresário Esportivo (talentodescoberto@hotmail.com) Gotaria que vocês repetissem a revista que foi feita como teste em agosto de 2012, ela ficou show!!! Espero em breve ver as matérias dela nas bancas, abraços. ............................................................................................................. Cleusa Santos - Vendedora (cleusavendas@hotmail.com) Com certeza a revista será um sucesso, aliás já é nos mulheres estamos dominando o mundo... ............................................................................................................. Emerson Alcântara (treinadoralcantara@hotmail.com) Eu acompanho muito os esportes e sempre tenho visto jogadores de todas as modalidades que morrem de mal súbito. Vocês poderiam levantar a seguinte questão: Será que os clubes brasileiros estão se precavendo para evitar problemas cardíacos? Desde a morte do Serginho do São Caetano, não se comentou mais nada no Brasil e teve um jogador de vôlei na Itália um de futebol na Inglaterra dentre tantos outros que morreram.Aconteceu também a morte de um garotinho que estava treinando no Vasco mas não se repercutiu muito, gostaria de ver nas próximas edições algo sobre isto. ............................................................................................................. Resposta Obrigado Emerson pela sua sugestão, na edição de número 2, abordaremos este assunto na coluna Medicina Esportiva. .............................................................................................................

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Naty da Fiel Sccp (naty-sampa@hotmail.com) Para quem disse que nós mulheres não entendemos de futebol, está aí a revista Bola & Batom para provar o contrário. Sabemos muito mais do que vocês imaginam. .............................................................................................................

@idebitis eume niet laut volorum aut lant quidellabor suntistem rehenisqui aborestem.

Eduardo Paiva Cavalcanti Recife, PE (eduardojogafacil@hotmail.com) A revista já é um sucesso pela equipe em geral , tudo sobre o desporto especialmente sobre o futebol brasileiro, a paixão nacional. Eu como amante do esporte, ex-atleta e atualmente empresário na área de informática. Trabalho também com futebol amador e profissional. Espero que venham falar mais de outros esportes como: futsal, F1, vôlei, entre outros. Em todos os clubes tudo começa pela base, então acho que deveriam dar ênfase obre as divisões de base tanto no futebol como no futsal, porque de lá saem grandes talentos, ok!?! ............................................................................................................. Resposta Obrigado Eduardo, vamos sim falar da base ela esta representada na coluna “O amanhã ta na área” e todos os esportes tem espaço aqui na B&B.

twitter`s do mês .............................................................................

@ateces_atquostorum21 assunt id ma simus exerum ratur, occusdam, adit fugit quat. @Lenet_198doluptio volorati nos excea nob velis ad quatios solorepudia nonestruptae. @venis-rereptatium et inctass itaque nus, si sit aliquos eati cum, con exerunt ressit. @liatiarumquid utecersperum quaeperumqui odios audi int, nost, velest esci doluptatia. @Ibus_explabor_sum fugitia quaesto velendel es qui ipsum fugit lam quatem harum hiciassitius dolupta venis dolo most endem autem voluptatur? ............................................................................. saiba como participar volume etusand ipsant ut evelibus volupta eptatet la corrum evellitiost periatinci di solupta volorehenis magnis enda invelesci iliqui Ihilluptame doluptae rehendae quia porerna taerum que seque iliquas.



GIRO EM FOTOS

///////////////////////////////////////// Fotos: Assessoria do Arsenal

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S達o Pa


Paulo x Arsenal S達o Paulo cai diante do Arsenal da Argentina clube paulista empatou em casa e perdeu em Buenos Aires.

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GIRO EM FOTOS

///////////////////////////////////////// Fotos: Mowa Press

fred Mesmo muito marcado artilheiro Fred quebrou marcou o primeiro gol do Brasil contra Itália a seleção brasileira abriu 2x0, mas cedeu o empate.

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GIRO EM FOTOS

///////////////////////////////////////// Primeira etapa da F1 na Austrália

Começa a temporada da Stock Car Fotos: Fernanda Freixosa/Vicar

Carro da Red Bull em movimento.

Equipe de mecânicos atentos esperando a hora da para nos Box.

Trabalho da equipe durante pit-stop. Bola & Batom 16


Argentina vence Venezuela nas eliminatórias e se mantêm na ponta, torcida faz homenagem ao Líder venezuelano (hugo Chaves) que morreu dias antes de câncer. Fotos respodução site da FIFA

Torcida do Campinense lota o Amigão para ver o time se sagrar campeão da copa do nordeste.

Começa o Tuf Brasil 2. Fabrício Werdum e Rodrigo Minotauro são os treinadores. Foto reprodução TV Globo

Nas eliminatórias européias Foto: reprodução site oficial da Federação Irlandesa

Espanha tropeça e apenas empata com a Finlândia em casa, na foto Teemu Pukki (camisa 10) vence Vcitor Valdes e abre o placar para Finlândia diante de uma torcida atônita com o que via.

Neve adia jogo entre Irlanda do Norte e Rússia

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GIRO EM FOTOS

///////////////////////////////////////// Foto: reprodução da TV

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Usain Bolt Projeção trás o jamaicano Usain Bolt à entrega do prêmio Laureus que aconteceu no Rio de Janeiro.

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TENDÊNCIAS

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O efeito Dos topetes As tendências da moda esportiva

Por Algarine Michele

Olá queridos leitores, todos os meses eu Algarine Michele estarei aqui falando com vocês sobre a influência da moda no esporte e vice-verso. As tendências da moda esportiva lançamentos de chuteiras, tênis, roupas, uniformes de clubes e muito mais.

Ronaldo Fenômeno na copa de 2002 Bola & Batom 20


Nesta primeira edição estarei falando dos cabelos dos atletas e de seus seguidores. Quem não se lembra do topete mais famoso do mundo, o estilo cascão usado por Ronaldo Fenômeno na copa de 2002, ou a confusão causada pelos carecas da seleção brasileira durante a copa das confederações de 1997 na Arábia Saudita quando cortaram o cabelo de todos os titulares e reservas entre eles o goleiro Rogério Ceni do São Paulo e o zagueiro Gonçalves até então no Botafogo – RJ fato narrado por Rogério no livro “Maioridade Penal” (Panda Books, 2009), ou a solidariedade olímpica em 2004 quando após perder uma partida de voley para o Japão pelo fato do atleta Samuelson ter sido expulso todos os atletas e comissão do USA rasparam a cabeça já que Samuelson era careca.

Higuita

Walderrama

Para os mais antigos temos casos bizarros como os de Walderrama e Higuita ambos colombianos. Porém nenhum caso de cabeleira teve um efeito na moda tão grande quando o moicano de Neymar. O craque do Santos e da Seleção Brasileira que deixou de usar o topete incrementou a moda do moicano e fez com que praticamente todos os jovens adotassem o penteado e ainda hoje é comum vermos crianças, adolescentes e vários adultos com o famoso moicano estilo Neymar andando pelas ruas, sinal que além de jogar muito futebol e estar entre os 5 melhores atletas do mundo na atualidade o craque não faz a alegria e a cabeça das pessoas somente com dribles perfeitos e gols antológicos, mas também com seu estilo de roupas e penteados. Um cheiro e até mês que vem quando estaremos de volta com mais moda no esporte.

Gonçalves

Neymar Bola & Batom 21


AS GATINHAS E AS FERAS

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entrevista com o goleiro fábio DO CRUZEIRO Nossa duplinha de jornalistas foi à Toca da Raposa II Por Lívia Maria e Naiara Santos Fotos: Andrea Telles

Ficha Técnica ......................................................................................... Nome completo: Fábio Deivson Lopes Maciel Posição: Goleiro Data Nascimento: 30/09/1980 Naturalidade: Nobres - MT Altura: 1,88 m Peso: 92 kg Jogos: 482 Gols Sofridos: 541 Carreira: União Bandeirante-PR (1997); Atlético-PR (1998); Cruzeiro (1999-2000); Vasco (2000-2004); Cruzeiro (desde 01/2005) Estreia no Cruzeiro: Cruzeiro 2 x 0 Universal-RJ, em 4/3/2000, amistoso, no Mineirão Títulos: Copa do Brasil 2000; Campeonato Brasileiro 2000; Copa Mercosul 2000; Campeonato Carioca 2003; Campeonato Mineiro 2006, 2008, 2009 e 2011 Convocações Seleção Brasileira: Sub-17; Sub-20; Sub-23 e Principal Títulos com a Seleção Brasileira: Campeonato Sul-Americano Sub-17 1997; Campeonato Mundial Sub-17 1997; Copa América 2004 – Peru Bola & Batom 22

A coluna As gatinhas e as Feras todos os meses trará uma entrevista com um atleta considerado galã ou musa dos esportes e estas entrevistas são feitas por nossas jornalistas mirins, Lívia Maria de 13 anos e Naiara Santos de 11, ambas estudantes e apaixonadas por esportes. Nesta primeira edição nossa duplinha de jornalistas foi à Toca da Raposa II centro de treinamento do Cruzeiro Esporte Clube de Belo Horizonte entrevistar o além de galã, super simpático, educado e um dos melhores goleiros do país Fábio. Durante a entrevista Fábio se mostrou super a vontade com nossas entrevistadoras, e respondeu as suas perguntas tranquilamente. Fábio, que atua no clube desde 2005 sendo esta sua segunda passagem pelo clube mineiro (esteve no clube em 2000) é o 8º atleta que mais vestiu a camisa do clube.


Entrevista Naiara Santos: Você tem filhos, quais os nomes e idades deles? Fábio: Tenho 3 filhos, fui pai com 14 anos. Tenho a Iana, minha filha mais velha, Pablo de oito anos e Valentina de 2 anos. NS: O que você gosta de fazer quando não está treinando? Fábio: Gosto de ficar com a minha família, curtindo meus filhos, sempre tento aproveitar esse momento ao máximo, passear, ir ao shopping, fazer a vontade das crianças. A gente sabe que é difícil encontrar período de folga e quando tenho tento usufruir da melhor forma possível. Ir à igreja também e conversar com Deus. NS: Nas férias qual o lugar que você mais gosta de ir? Fábio: Primeira semana de férias é junto com a família fazendo as vontades dos filhos, passeando nos parques e praia que eles gostam muito. Depois eu tenho uma chácara no interior do Paraná, onde a gente gosta bastante de ficar. Temos bastante tranqüilidade, um lugar caseiro onde recebemos os familiares e amigos, então passamos um grande período das

nossas férias lá na chácara. NS: Qual seu maior ídolo? Fábio: Para mim só tem um ídolo que é Jesus. Eu tenho exemplos dentro da minha profissão que são grandes goleiros que tive oportunidade de observar, mas ídolo é só Jesus. NS: Quando você está em casa assiste novelas ou não gosta? Fábio: Não assisto novelas, só assisto programas que têm conteúdo, onde vou crescer. Aproveito ao máximo esse tempo na frente da TV para aprender as coisas, vejo muitos estudos bíblicos. NS: Qual seu estilo de filme preferido? Fábio: Teve uma época na minha vida que eu ia muito ao cinema, então via todos os tipos de filme. Hoje estou mais caseiro e fico mais com as crianças, então aproveito mais o tempo com eles e não na frente da TV. NS: Nas redes sociais existem perfis seus. No facebook tem o Fábio Goleiro, que tem uma foto sua com seu filho e um cachorro. No Twiter tem o @goleirofabio 1. Esses perfis são seus ou alguém criou para se passar por você? Fábio: São todos falsos, pessoas que infelizmente estão se aproveitando e se passando por mim. Isso acontece muito. Foi até bom você fazer essa pergunta por que vou aproveitar e falar que eu não tenho

nenhum perfil em rede social. NS: Quando você era criança para qual clube você torcia? Fábio: Eu era do interior do Mato Grosso, não tinha futebol profissional ativo, cresci assistindo as equipes de São Paulo, Rio de Janeiro, às vezes tínhamos oportunidade de ver jogos dos clubes de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, mas nunca fui torcedor mesmo de nenhum time. Eu brincava muito de bola e quase não ficava na frente da TV para assistir os jogos de qualquer equipe que seja. NS: Você sempre usa protetor bucal e está sempre com o penteado impecável, você é muito vaidoso? Fábio: Não, sou pouco vaidoso. Eu tive que usar o protetor porque usei muito tempo aparelho nos dentes e qualquer batida corta os lábios, pois o contato nos jogos é inevitável. Quanto ao cabelo eu arrumo antes dos treinos e dos jogos e ele fica assim. Só quando chove que não há gel que agüente. NS: Quando você parar de jogar futebol, daqui uns oito anos, você pretende ser treinador? Se inspira em algum? Fábio: Deus te ouça que eu consiga jogar até os 40 anos! Estou bastante feliz por cada momento que eu tenho vivido dentro do cruzeiro e por todos os momentos que eu já vivi na minha carreira, onde eu Bola & Batom 23


AS GATINHAS E AS FERAS

///////////////////////////////////////// encontrei grandes amigos e pude fazer o meu melhor em várias equipes que já joguei. No momento eu não penso em ser treinador, mas o futuro a Deus pertence e isso pode mudar com o decorrer dos anos e se for a vontade de Deus tudo vai fluir da melhor forma possível. Lívia Maria: Você é um ídolo de todas as torcidas. Eu mesma sou atleticana e te admiro muito. Sou sua fã antes de qualquer coisa. Todos sabem que você é uma pessoas evangélica e muito família, porém você é muito bonito. Como você e sua esposa lidam com o assédio em relação a sua beleza? Fábio: Obrigado pelo carinho, eu recebo bastante esse tipo de carinho de torcedores de outras equipes, então fico bastante satisfeito, muito feliz mesmo. O assédio que recebo é mais de uma forma carinhosa, todos respeitam bastante e minha esposa leva da melhor forma possível, ela já é bem acostumada com isso. Desde o começo da minha carreira sempre tive esse carinho, as pessoas sempre chegando, falando comigo, mostrando o carinho que tem por mim, independente da equipe, então fico bastante feliz. LM: Você acredita que se estivesse jogando na Europa, você estaria na seleção brasileira? Fábio: Difícil falar com relação a seleção brasileira, porque são diversos fatores que influenciam para ser convocado. Às vezes o treinador não gosta muito do seu futebol, independente de você estar vivendo um grande momento. Então é muito difícil falar se eu estivesse na Europa, tanto poderia quanto não... vai saber... Talvez aqui mesmo se eu tivesse em outro clube fora de Minas. Mas o importante é que estou feliz aqui. O que eu acho é que independente de onde o jogador está, a observação do treinador tem que ser a mesma. O momento que o jogador está é que tem que fazer que ele seja convocado e não o clube que ele joga. LM: Você ainda sonha em ser convocado para a Copa do Mundo de 2014 aqui no Brasil? Fábio: Bom eu trabalho bastante e se for da vontade de Deus, consciente de que se Bola & Batom 24

eu trabalhar, me dedicar e se Deus quiser que eu vá para a seleção, Ele vai mover montanhas para que eu possa ter essa oportunidade para honrar e glorificar o nome Dele. Eu sou bastante tranqüilo e deixo as coisas acontecerem da melhor forma possível. LM: Profissionalmente você já se considera realizado ou tem algo a conquistar? Fábio: Só tenho que agradecer a Deus o trajeto que ele me proporcionou para eu poder chegar onde eu estou hoje. Indo pelo 9º ano dentro do cruzeiro, sou bastante realizado. Lógico que quero conquistar cada vez mais dentro do cruzeiro, ficar cada vez mais marcado na história do clube, conquistando títulos. Mas acima de tudo sempre debaixo da direção de Deus e mais realizado ainda pela família que tenho, com saúde, uma vida abençoada por Deus. LM: Você é um goleiro muito regular. Independente de estar jogando contra uma equipe pequena ou em um grande clássico, a sua postura é sempre a mesma. Hoje o que mais te motiva a treinar, jogar e estar sempre se superando? Fábio: O que me motiva é saber que eu tenho saúde e que Deus me deu oportunidade e tenho que aproveitar ao máximo e usufruir dela da melhor forma possível. Deus me deu essa oportunidade que nem em meus melhores sonhos eu imaginaria de estar vivendo e sendo um grande profissional de uma grande equipe e ter uma família maravilhosa. Isso me motiva a cada amanhecer, a levantar da cama e valorizar esse dia. LM: Hoje além de ser um ídolo do cruzeiro, você já faz parte da história do clube sendo o 8º atleta que mais vezes vestiu a camisa do clube. Pela sua média de jogos por ano e o seu contrato indo até 2016, você tem tudo para chegar ao 1º lugar. Você já parou para pensar nisso, sonha com esse fato que te deixaria marcado definitivamente na história do clube? Fábio: Se for propósito de Deus tudo se encaminhará da melhor forma possível. Eu já tive várias oportunidades de sair e Deus sempre me mostrou o caminho. Então cada oportunidade que tenho de

entrar em campo e vestir a camisa do cruzeiro eu faço o meu melhor, sabendo que tenho grandes chances de cumprir o meu contrato até o final, onde eu gosto de estar, onde estou feliz. Então se Deus quiser, chegar em 2016 ,olhar para trás e ver a trajetória que você fez, fazendo um bom trabalho sem prejudicar ninguém. LM: Qual o jogo mais importante que você já disputou e por quê? Fábio: Nossa muito difícil... Acho que cada jogo tem a sua importância independente do adversário. Cada um tem um momento marcante na sua carreira, que você guarda, então é difícil você visualizar só um jogo. Eu tive grandes jogos, não só de alegrias, mas de tristezas também. Tive grandes lições inclusive para a minha vida. Minha carreira toda foi de momentos marcantes, desde o começo no interior do Paraná, nos primeiros jogos que marcaram a minha vida, quando comecei muito jovem, com 16 anos no profissional. São jogos que faz você se orgulhar de tudo que você já passou na sua trajetória. LM: Qual jogo que você gostaria que não tivesse acontecido e que você gostaria de excluir da sua memória? Fábio: Um jogo não para excluir, mas para mudar o final, seria a final da Taça Libertadores de 2009. Nós tínhamos uma equipe que merecia o título e por uma partida a gente não conseguiu. Faltou na final que a nossa equipe jogasse melhor, que a gente tivesse mais humildade, que a gente não achasse que já tinha ganhado sem o juiz ter terminado a partida. Mas aprendi bastante coisa e Deus vai dar outras oportunidades. LM: Para finalizar qual a mensagem que você gostaria de deixar para os torcedores brasileiros e em especial os cruzeirenses. Fábio: Que a cada ano e a cada jogo cada um torça por sua equipe, independente de quem saia vitorioso. Que a gente possa melhorar a cada vez mais como ser humano, cada vez mais fluir em harmonia e que isso daí cada vez mais vai valorizar a vida e que Deus abençoe cada um que esteja lendo essas palavras e que sejam palavras que venham edificar a vida de todos.



O AMANHÃ TÁ NA ÁREA

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Que o Brasil é o país do futebol todos já sabem Estamos cheios de brasileirinhos sonhadores e talentosos Da Redação Fotos: Luiz Alvarenga e Sandro Nascimento (cedidas pelo C.O.T.)

Que o Brasil é o país do futebol todos já sabem, o que muita gente não sabe é que além do futebol o Brasil tem uma infinidade de craques espalhados por todo território praticando todo e qualquer tipo de esporte que se imagine. Sempre vimos vários meios de comunicação falando por onde anda, o que aconteceu com fulano, beltrano e outros, mas não vimos falar daqueles que ainda não tiveram seu lugar ao sol, dos talentos que estão espalhados esperando sua grande chance, e a coluna O AMANHÃ TÁ NA ÁREA vem justamente para mudar esta história e mostrar que estamos cheios de brasileirinhos sonhadores, talentosos e que em breve Bola & Batom 26

poderão ser o nosso grande ídolo, nossa esperança de conquistas. Bem para que haja espaço para todos mostrarem seu talento, é necessário que tenhamos também pessoas sérias, comprometidas e que queiram dar a estes jovens valores e uma chance. Fomos descobrir na comunidade de São Gonçalo no Rio de Janeiro uma destas pessoas que se dedica ao futuro não só do esporte brasileiro, mas também ao futuro do país, pois seu trabalho forma não somente atletas, mas principalmente cidadãos, tirando as crianças da vulnerabilidade, do caminho das drogas entre outros. Estamos falando de Clayton Divina Nunes. Clayton Grilo,

como era conhecido no futebol, iniciou sua carreira no São Cristovão do Rio de Janeiro sendo companheiro de Ronaldo Fenômeno, teve uma boa passagem pelo Grêmio de Porto Alegre, mas encerrou a carreira prematuramente aos 29 anos. Hoje ele é presidente do C.O.T. (Centro de Oportunidade ao Talento) um projeto social que atende mais de 300 crianças só no núcleo de São Gonçalo. O projeto atende as crianças sem custo algum, e ainda indica as crianças para clubes profissionais de forma a ajudá-las e as suas famílias.


Conversamos com Clayton e ele nos explicou melhor o projeto, e esperamos que em breve tenhamos um grande campeão surgido do C.O.T. e que outras pessoas país afora possam se sensibilizar e contribuir não só para o futuro esportivo mas para o futuro do nosso país, pois o amanhã é agora!

Bola & Batom: Quando você decidiu parar de jogar e partir para o projeto? Clayton: Não foi de imediato. Eu tinha que organizar minha vida, tinha apenas 29 anos e muita coisa para fazer. Então consegui um emprego no hospital Estadual Alberto Torres como auxiliar administrativo e fui organizando minha vida. Ganho hoje o suficiente para viver na comunidade onde cresci, mas nem todos aqui tiveram o pouco de sorte que eu tive. Aqui é carente, o tráfico batendo nas portas e então veio a idéia de dar a eles mais que uma escolinha de futebol, e sim uma identidade para a criança, pois a bola

ensina praticamente tudo para que uma criança possa se tornar um bom cidadão, e digo por experiência própria. B&B: Se o dinheiro é pouco como você mesmo disse, porque não cobrar? Clayton: Não acho justo, eu tenho o suficiente, claro que sempre esperamos mais para melhorar a vida. Mas estas crianças que participam do projeto quase todas têm menos que o básico, jamais cobraria deles ou dos pais. B&B: Qual a sua maior satisfação neste projeto? Clayton: A satisfação é quando a gente vê a criança jogando ali dentro de campo, fazendo as coisas certas, depois tentando a sorte em outros clubes, já enviamos jogadores nestes seis anos pra Ponte Preta, Santos, Fluminense, Friburguense, Botafogo. Quando o pai ou a mãe vem participar, ver seu filho jogando, estudando, praticando um esporte, estando mais tranqüilo em casa. Bem é um tipo de satisfação que a gente não consegue descrever, só sentindo mesmo, e isto que nos faz trabalhar para realizar cada vez mais. Bola & Batom 27


POR TRÁS DA FAMA

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Ser reconhecido nas ruas, dar autógrafos, tirar fotos Mas o que é fama? Como é ser famoso? Como é a vida de um famoso? Da Redação Fotos: Andrea Telles

Ser reconhecido nas ruas, dar autógrafos, tirar fotos é o sonho da maioria das pessoas que sonham com a fama. Mas o que é fama? Como é ser famoso? Como é a vida de um famoso? Bola & Batom trás para você a coluna Por trás da Fama, e nesta primeira edição entrevistamos o jogador de futebol Eraldo. O atleta é atacante do Villa Nova de Minas Gerais. Eraldo é casado com Wenita há sete anos e tem duas filhas Olívia de 3 anos e Alice de 9 meses. Eraldo já atuou em grandes equipes como Cruzeiro, Bahia, Portimonense de Portugal, Jeju United da Coréia do Sul, e outras como Barueri, Serra, Estrela do Norte do ES, Caxias RS, Cuiabá, Democrata GV, Tupi MG entre outros, conquistou os títulos de bi-campeão da Copa Espírito Santo 2003/2004 (estrela do Norte), Campeão Capixaba 2005 (Serra), Campeão da Taça Minas Gerais 2006 (Villa Nova), Campeão da Copa Rio Grande do Sul 2007 (Caxias), além de vários vice campeonatos, títulos do interior e artilheiro em sete oportunidades sendo a artilharia de maior relevância a do Campeonato Mineiro de 2010 com 11 gols (Democrata GV). Eraldo conta que já viveu todos os lados da fama, o lado do reconhecimento de dar autógrafos, tirar fotos, ser reconhecido, ovacionado, principalmente em clubes grandes, já pediu música no fantástico, e também já viveu o lado obscuro onde a imprensa não cobre o time, poucas pessoas reconhecem os atletas. Por trás do jogador de futebol, seja ele de uma equipe menor ou de um grande clube e até mesmo de seleção sempre Bola & Batom 28


existe o homem, o ser humano e uma família. Eraldo enaltece sua família e dedica seu sucesso a eles, pais, irmãos e claro a esposa que hoje é quem cuida das coisas do atleta. Eraldo no momento não tem empresário, mas diz que faz muita falta alguém que cuide da parte extra campo enquanto ele pode apenas se preocupar em fazer os gols. O atleta tem contrato até maio no Villa e tem sondagem de clubes do oriente médio, porém ele diz que no momento seu foco é apenas no clube atual conseguindo fazer um bom campeonato, classificar para as finais e se a proposta oficial chegar no futuro aí sim conversar e se for bom ir para o novo desafio. Conversando com Wenita esposa do jogador ela diz que já está acostumada com o assédio e que o jogador além de ser um ótimo marido e um excelente pai é também um profissional exemplar. Não bebe, não fuma e não sai na noite o que reflete na carreira do atleta que nunca teve uma contusão grave. Wenita disse que é uma torcedora mais comedida e que não dá muito na

pinta que é esposa de jogador a não ser quando ofendem a vida pessoal de Eraldo como, por exemplo, se perde um gol e os torcedores dizem que ele perdeu o gol porque estava na noite, em bebedeiras e outras, aí ela sai em defesa do marido. Todos os garotos que sonham em serem jogadores de futebol se espelham em Neymar, Ronaldo, Messi, mas na realidade a vida é bem mais dura e Eraldo deixa o recado que os garotos têm que ter

uma base familiar sólida, os pés no chão e não se deixarem levar pelo sucesso que pode vir muito rápido, mas com a mesma velocidade que vem pode ir, e se não souber lidar com isto o jogador pode perder rendimento. Eraldo, que tem uma vida muito voltada para a família, está programando um jogo beneficente no fim do ano em Cachoeiro do Itapemirim onde ele reside atualmente.

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POR TRÁS DA FAMA

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da não, e espero que continue sem perder, porque é uma situação muito desagradável. Já perdi alguns gols, mas destes que até a mãe faria não... (risos). B&B: Como você vê a imprensa no esporte? Eraldo: Nossa muito importante, sem a imprensa não teria a fama, é claro que às vezes um ou outro profissional não trabalha corretamente e acabam atrapalhando o trabalho da gente, mas isto é minoria como em todas as áreas que infelizmente tem os maus profissionais, mas a regra é que sem imprensa não existiria a fama. B&B: E com relação aos empresários como você vê a relação atleta e empresário. Eraldo: Tem muitos casos que o empresário só quer o dinheiro mesmo e pronto, mas conheço muitos que realmente tem uma atuação de amigo, de parceiro e esta relação é benéfica, pois além de ajudar na carreira do atleta pode ajudar na sua vida pessoal. Eu estou sem, mas aparecendo um empresário que me passe confiança assino com ele sem problemas.

Fizemos um bate bola com Eraldo e sua esposa. Bola & Batom: Qual seu gol mais bonito? Eraldo: Difícil (risos), mas pensando bem acho que foi em 2010 um gol de bicicleta em Ituiutaba contra o hoje atual Boa Esporte, atuando pelo Democrata GV. Bola & Batom 30

B&B: E o gol mais importante? Eraldo: Vou colocar o que fiz contra o Atlético Mineiro pela Copa do Brasil quando jogava pelo Grêmio Prudente e vencemos de 2x1 e eliminamos eles do campeonato. B&B: Você já fez vários gols isto sabemos, mas você já perdeu algum gol feito dos que dizem que está na escala Deivid? Eraldo: (risos) Graças ao Bom Deus ain-

B&B: Wenita quando um atleta sai do país, a adaptação dele é mais tranqüila porque a linguagem do futebol dentro de campo é universal, mas e para a família? E como foi pra você ir morar com Eraldo na Coréia do Sul muito nova e com uma criança de 9 meses no colo? Wenita: No começo foi difícil ficar longe, porque ele foi primeiro e depois que eu fui com a Olívia. Mesmo com internet e tudo que tem hoje a gente fica com medo ele do outro lado do mundo e isto não era muito da nossa rotina ficar longe. Mas quando eu fui, fiquei mais tranqüila, assim tranqüila entre aspas né? Era tudo novo pra mim, mas como o Eraldo, mesmo aqui no Brasil, é muito caseiro e família foi tranqüilo a gente ficava mais em casa mesmo e às vezes saía para ir ao shopping. B&B: Você entende de futebol ou é daquelas que acha o árbitro um coitadinho porque ninguém toca a bola pra ele? Wenita: Entendo sim, entendo de impedimento, do juiz, de regras e todos os lances do jogo. B&B: O Eraldo tem sido sondado por


clubes do oriente médio, onde a cultura islâmica é muito rigorosa, caso tenha uma transferência dele para lá, você vai acompanhá-lo ou vai ficar aqui e deixar ele lá ganhando o dinheiro? Wenita: Não, claro que vou com ele sim, até porque sei que este convívio familiar faz falta pra ele. B&B: Nestes 9 anos de relacionamento sendo 7 de casamento com certeza tiveram ótimos momentos, mas também devem ter acontecido os momentos ruins, como é continuar casada nos momentos ruins? Wenita: Quando há amor de verdade na relação não tem momentos bons ou ruins, tem experiências que são vividas em conjunto, e o que importa é realmente o amor, e se ama muito mesmo você continua indiferente do momento, mas se o casamento foi de interesse, aí complica. B&B: A Coréia é conhecida pela sua culinária exótica, vocês comeram algo exótico lá tipo cachorro? Wenita: Cachorro não, a gente até evitava passar perto de onde vendiam cachorro, mas comemos um prato, uma sopa de frango bem pequeno, e é feito numa panelinha de barro eles pegam este frango colocam arroz dentro dele e colocam apenas água e sal e cozinham, e depois servem e você corta o frango e sai aquela água com o arroz, é muito ruim, e só comemos porque um amigo italiano que conhecemos lá e que a esposa era coreana insistiu muito pra gente comer, mas é horrível! B&B: Para finalizar o que vocês podem dizer da fama? Eraldo: É o ápice da carreira, é muito importante e gratificante e vale a pena lutar por ela. Wenita: É muito bom, mas tem seus preços, e só quem convive com uma pessoa pública e famosa que pode dizer e sabe realmente o preço disto, mas é gostoso sim você ver seu marido sendo reconhecido pelo seu trabalho.

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VIDA DE TORCEDORA

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Vida de torcedora Mulheres que vibram com todos os esportes Por: Milene Borges - Jornalista Foto: João Diniz

Olá queridos leitores, bem vindos à coluna Vida de Torcedora. Todos os meses estarei aqui contando os relatos das torcedoras deste nosso imenso Brasil. Mulheres que vibram com todos os esportes, que cantam, torcem e fazem as maiores loucuras pelo seu clube ou ídolo. Nesta primeira edição contarei algumas peripécias que já fiz pelo amor ao meu Clube, o Glorioso Clube Atlético Mineiro, conhecido carinhosamente por Galo. Como tudo começou... Diz a lenda (na verdade meu pai... rsrsrs) que essa foto é o meu primeiro grito de GAAAALLLLOOOOO! Bom de lá para cá já se vão alguns anos de muita paixão, com muitos altos e baixos, como toda paixão que se preze. Minhas aventuras em jogos do Galo começaram muito cedo e desde então foram tantas alegrias e tristezas que ficarão marcadas pelo resto da vida. Sou de uma famíBola & Batom 34


Minerão do lado de fora esperando para entrar

“Saía do trabalho e ia sozinha, direto para o Mineirão assistir os jogos do meio de semana”. lia de quatro irmãs e meu pai sempre nos levava aos jogos no Mineirão. Em uma destas vezes ele entrou no portão errado e fomos parar no meio da torcida do nosso maior rival, o Cruzeiro. Meu pai com quatro meninas e “detalhe” todas uniformizadas de GALO, estávamos de geral, pois naquela época não tinha grana para bancar arquibancada para todo mundo. Foi quando um policial veio nos socorrer e teve que nos escoltar até a nossa torcida. Na adolescência mesmo sem frequentar muito os campos, pois estudava e trabalhava muito, sempre era conhecida como a ATLETICANA da turma, pois sabia tudo de futebol. Hoje sou engenheira civil, mãe de uma linda mocinha, que infelizmente torce para o Corinthians saindo da tradição da família por sermos todos atleticanos. Até hoje em todos os lugares, obras, escritório sou sempre conhecida pela ir-

Minerão jogo do centanário do Atlético

reverência e amor ao futebol. Por vezes saía do trabalho e ia sozinha, direto para o Mineirão assistir os jogos do meio de semana. Uma vez no estacionamento do estádio, parei o carro e me cercaram uns oito ou mais caras vestidos com camisa de torcida organizada e tentaram me assaltar, eu aprontei uma confusão, gritei para os policiais, bati com a bolsa e a segurei firme e eles “desistiram” de me assaltar. Estas confusões em estádios são apenas alguns acontecimentos cotidianos que torcedores e torcedoras passam. Estávamos eu e um ex-cunhado no meio da organizada quando explodiu uma confusão na arquibancada, veio gente rolando escada abaixo e empurrando todos, rolamos pelos degraus. Levantamos, retornamos aos nossos lugares e continuamos torcendo já que torcer é maior que tudo. Bem torcedor que é torcedor faz realmente de tudo para ver um jogo. Certa vez minhas irmãs me escolheram como a responsável para comprar os ingressos e lá fui eu bem cedinho enfrentar a fila na bilheteria do Mineirão. Segundo haviam me informado as bilheterias abririam às 08h00. Acontece que os ingressos atrasaram para chegar e eu não havia comunicado no trabalho que atrasaria, cheguei super atrasada, inventei uma desculpa e... toca meu telefone com minha mãe me informando que estava passando a reportagem sobre a compra de ingressos e que a pessoa em destaque na televisão era eu! Ainda bem que a chefia não viu... Comprar ingressos sempre foi uma das partes mais complicadas, em determinados casos é preciso dormir na fila e foi exatamente isso que fiz com uma irmã e o marido dela. O jogão era GALOx América RN, última jogo da famigerada

Foto arquivo pessoal

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VIDA DE TORCEDORA

//////////////////////////////////////////// série B. O GALO já entrava em campo campeão e ia ser uma festa linda da torcida com direito a show no estádio. Como eu tinha ido a quase todos os jogos nesse campeonato, achei um desaforo ficar de fora do último. Então fomos à missa como sempre fazemos aos domingos a noite, saímos de lá e fomos direto para a fila, isso mais ou menos 21 horas. Os ingressos começariam a ser vendidos na segunda 9:00 horas. Pois bem, chegamos ao local e constatamos que já tinham umas quinze pessoas na fila. Atleticano fanático é pleonasmo!!! E para ficar mais emocionante começou a chover, apegamos um “barranco” nos guarda-chuvas dos nossos vizinhos enquanto meu cunhado foi buscar a barraca para passarmos a noite. E que noite! Ainda nas loucuras de ingresso, eu saí de Belo Horizonte e fui assistir GALO x Sport na Ilha do Retiro em Recife pelo Copa do Brasil. Sem ingresso claro, encontrei com o pessoal da organizada em uma rua de nome bem sugestivo, Rua do Hospício, no centro de Recife, como fui sozinha achei que iria com eles para ol estádio, mas o presidente da torcida me disse que não poderia ir, pois estava perigoso devido à rivalidade com a torcida local.

“Fui para Ilha do Retiro sozinho e com a camisa do GALO escondida por baixo de outra”.

Pediu que eu fosse a frente e encontrasse com eles no portão. Fui para Ilha do Retiro sozinho e com a camisa do GALO escondida por baixo de outra. Na portaria fiquei esperando o ônibus chegar, passei o dinheiro e eles compraram os ingressos e entramos. Depois foi só alegria, o GALO despachou o Sport e voltei feliz para casa. Dia de domingo o meu ritual é sagrado, acordar cedo, escolher o manto sagrado, dentre as 13 camisas que tenho do gloriosos, (foto VT 2) para ir ao estádio, almoçar e sair para o campo, pois sou daquelas que gosta de chegar cedo, escolher Bola & Batom 36

o melhor lugar para estacionar e o melhor lugar para assistir o jogo. E quando é dia de clássico a ansiedade é multiplicada por mil. Já no estádio é torcer, xingar, gritar e depois do jogo ir a missa agradecer a vitória ou pedir forças para enfrentar a “zoação” da derrota na segunda e pedir perdão pelos palavrões também. Torcer é uma das melhores coisas da vida, seja para o seu clube, pelo seu ídolo, seu filho. Pelo sucesso de um amigo, pela saúde de alguém, enfim sempre estamos vibrando e isto é que nos motiva e nos faz felizes, mas desde que em paz, pois o bom é se divertir. Não vale a pena brigar só porque o outro escolheu o time errado para torcer Como mensagem final, deixo um recado não só aos jogadores de futebol, mas sim a todos os atletas de todas as modalidades, honrem os clubes aos quais defendem, pois o que está em jogo não suas vitórias pessoais ou os seus salários, mas sim toda a paixão que envolve os esportes. Paixão de nós torcedores e torcedoras que amamos nossos clubes e fazemos loucuras por ele. Espero vocês na nossa próxima edição com a história de uma outra fanática, que assim como eu não vê barreiras para torcer pelo seu clube. Agradeço a todos a atenção e ao meu

pai por ter me incentivado a gostar de futebol e a ser atleticana. Mande sua história e quem sabe na próxima edição ela estará aqui?!?!

Dentro do Minerão em dia de jogo

Foto arquivo pessoal


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MEDICINA ESPORTIVA

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Medicina esportiva Por de trás do espetáculo

Por: Maíra Ruas Justos Ex-psicóloga do Botafogo, atualmente faz parte da comissão técnica do Caio Junior e trabalha com a dupla de vôlei de praia Agatha e Barbara Fotos: Pitty Rebello

A preparação de uma equipe do futebol profissional pode ser vista por qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo através das câmeras que fotografam e filmam a todo instante os treinamentos. Os torcedores podem acompanhar cada movimento físico, técnico e tático, horários e locais dos treinos, quem se destacou quem não treinou e, assim, o dia a dia do trabalho de um atleta acaba estampado em uma grande vitrine aos olhos de quem queira observar. Durante uma partida de um campeonato, milhares de olhos acompanham os movimentos de cada jogador, julgando e vibrando a cada instante, até o momento do apito final. Mas você, caro leitor, já parou para pensar o que está por detrás daquele movimento perfeito que o atleta fez e resultou naquele bonito gol?

O que as câmeras não conseguem capturar? Qual é o tipo de preparação existente que fica por detrás de todo esse cenário de treinos e jogos? É nesse momento que entra em cena o psicólogo com especialização no esporte. É ele o responsável por essa preparação, que não é vista e nem tocada, mas sim sentida, experiênciada. O psicólogo trabalha a subjetividade de cada atleta. Essa corresponde ao mundo interno da pessoa que é composto por emoções, pensamentos e sentimentos. Toda essa subjetividade interage diretamente com os aspectos físicos, técnicos e táticos, interferindo diretamente no rendimento Bola & Batom 38

daquele jogador. O trabalho psicológico centra na pessoa do atleta, valoriza a individualidade e elabora questões de ordem pessoal, como também desenvolve as habilidades mentais, como foco e concentração, buscando sempre a melhora de desempenho. Todas essas atividades ocorrem nas concentrações, antes ou depois dos treinamentos, distante dos holofotes, por detrás de todo o espetáculo. O grande ídolo se torna aquele ser humano que, por exemplo, ficou acordado durante a noite cuidando do seu filho com febre, que precisa diminuir o nível de ansiedade para ter uma leitura tática mais apurada durante o jogo, que precisa saber lidar com as pressões psicológicas advindas da busca incessante por resultados positivos. É através dessa preparação psicológica que o atleta consegue perceber, preparar, regular as suas emoções para melhorar a sua performance nos jogos.

Resultados positivos

Com os resultados positivos, a psicologia no esporte vem ganhando espaço. Lembre-se que aquela linda jogada aquele momento único de superação de uma equipe, o título conquistado podem estar acompanhados dessas intervenções psicológicas, que são invisíveis a câmeras, aos olhares externos.


“A Psicologia hoje é uma grande arma dos clubes para a melhor preparação de seus atletas”. Entrevista Bola & Batom: Há quanto tempo você decidiu trabalhar com atletas? Maira Ruas Justos: Decidi antes de entrar na faculdade, pois fui atleta durante noves anos e gostaria de continuar na área esportiva. Meu trabalho na psicologia do esporte iniciou no futsal do Vasco da Gama, durante três anos (2003 a 2006), depois fui chamada para montar o mesmo modelo nas categorias de base do Botafogo em 2006, e em 2009 fui chamada para assumir o profissional, onde estou até a data presente. B&B: A Psicologia hoje é uma grande arma dos clubes para a melhor preparação de seus atletas. No futebol profissional como este trabalho é feito, você participa das preleções antes dos jogos ou o trabalho é somente individual? MRJ: Participo de todas as atividades da equipe como qualquer outro membro da comissão técnica, só não viajo quando o jogo é fora, exceto em pré temporada. Atendo todos os atletas para que o treinamento psicológico seja tão importante quanto os outros. O objetivo é trabalhar questões que vão melhorar o desempenho dos mesmos dentro de campo. Não podemos associar o trabalho psicológico à atleta problema, porque vai muito, além disso, saber ativar as suas emoções em campo é fundamental para toda a equipe. Converso sempre com a comissão, e principalmente com o treinador, pois o meu trabalho está atrelado diretamente ao dele. Trocamos informações que vão ajudar na performance da equipe. Quan-

do necessário faço trabalho de grupo. B&B: Na copa de 2010, você trabalhava no Botafogo. Como você viu a cobrança de pênalti que o Loco Abreu Então atleta do clube, fez nas quartas de finais da copa contra Gana? (o atleta bateu um pênalti com cavadinha) É preciso alto confiança para uma cobrança daquelas, estar muito bem preparado psicologicamente ou ser louco mesmo? MRJ: Com certeza o preparo psicológico é fundamental para que o atleta possa ousar com segurança dentro de um contexto altamente decisivo, como no caso dos pênaltis em uma copa do mundo. B&B: Hoje em dia os atletas estão subindo cada vez mais cedo para os profissionais e estão ficando ricos da noite para dia. Muitos destes atletas vêm de famílias humildes e não tem estrutura familiar e psicológica para administrar a fama e o dinheiro. Vocês, psicólogos dos clubes, interferem nesta questão da vida familiar e pessoal do atleta ou o trabalho se restringe somente ao clube? MRJ: Qualquer questão do atleta que interferir em seu rendimento é vista e trabalhada. Mas não como uma orientação, mas sim com o intuito de fazer com que ele se perceba e assim consiga ter uma autonomia para fazer escolhas de forma mais segura e responsável, pois quanto mais a pessoa se conhece, melhores escolhas ela tende a fazer, pois terá uma maior consciência de como elas refletem na sua vida, no seu dia a dia.

B&B: Temos tido muitos casos de doping e uso de drogas e bebidas no esporte. Vários atletas de ponta acabam enterrando suas carreiras devido a este comportamento. Como você analisa estas situações? O que leva estes atletas a terem esta conduta? MRJ: Não podemos generalizar cada caso é um caso. Deparamos-nos com diferentes histórias em diferentes modalidades. A psicologia do esporte pode ajudar o atleta nessa questão também, pois quanto mais confiança tiver na modalidade que pratica, menos necessidade ele terá de usar qualquer tipo de substância para melhorar o desempenho. Porém, o caso do atleta que possui a dependência química é diferente, acredito muito que ele precisa de um acompanhamento especializado para que a prática profissional seja uma forma de ajudar no tratamento. B&B: Qual a real importância da psicologia no esporte? MRJ: A psicologia tem muita importância para o desempenho de uma equipe, pois, insisto, as nossas emoções interferem diretamente nos aspectos físicos, técnicos e táticos. É importante internalizarmos a idéia que o trabalho é um treinamento psicológico para que os sentimentos, cognições e ações estejam bem reguladas durante os jogos. A consequência normal-mente é positiva porque os resultados são demonstrados nas vitórias das equipes.

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LIBERTADORES

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“CAIU NO HORTO, TÁ M

Ronaldinho voltou a ser Ronaldinho Da Redação Fotos: Assessoria do Atlético fotógrafo Bruno Cantini

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Era 4 de dezembro de 2011 e o Atlético Mineiro tinha tudo para rebaixar seu arqui-rival à série B do brasileirão, porém naquela tarde de domingo tudo ficou negro para o time atleticano, o Cruzeiro escapou do rebaixamento, tirou o Atlético da Copa Sulamericana e de quebra enfiou sonoros 6x1 deixando os atleticanos, desanimados e desconfiados do time. A Diretoria preferiu não se pronunciar de cabeça quente e agiu corretamente ao manter o técnico Cuca, que havia chegado no clube em agosto um mês após sair


Atlético x The Strongest

Libertadores - Ronaldinho e Jô em comemoração de gol do Galo contra Strongest - bom futebol levou meio campo de volta a seleção

MORTO” do Cruzeiro. Sob olhares desconfiados da torcida, Cuca veio para apagar o incêndio deixado por Dorival Junior e salvar o time do rebaixamento fato que vinha perseguindo o Atlético nos últimos anos. Cuca conseguiu livrar o time do rebaixamento com uma rodada de antecedência, mas a acachapante derrota para o Cruzeiro apagou todo seu trabalho, não para a diretoria que o manteve acertadamente, e os frutos vieram provando que planejamento é tudo, e que treinador precisa de tempo para se adaptar e montar seu time.

O Clube então se sagrou campeão Mineiro invicto de 2012 e foi para brasileiro ainda meio desacreditado, os 6x1 ainda ecoavam nas mentes dos torcedores. O time estava indo até bem no brasileiro, mas o torcedor precisava de um algo mais, e na segunda feira 4 de junho o presidente Alexandre Kalil anunciou a contratação do pentacampeão mundial Ronaldinho Gaúcho que chegou na mesma segunda feira à tarde de modo discreto ao Centro de Treinamento do clube em Belo Horizonte. Ronaldinho estava vindo de

uma separação litigiosa com o Flamengo de quem cobra salários atrasados e premiação até hoje na justiça, e era preterido pela maioria dos clubes, mas, mais uma vez a diretoria atleticana acertadamente acreditou em um planejamento e trouxe o meio campo. Ronaldinho voltou a ser Ronaldinho, lembrando os tempos de Barcelona e incentivou novos atletas como Bernard que foi eleito revelação do campeonato, resgatou o atacante Jô que vinha de reserva no Internacional, e conseguiu um Bola & Batom 41


honroso vice campeonato brasileiro feito que não conseguia desde 1999 ultimo ano em que o clube conquistou a vaga para a taça Libertadores.

2013 começou e o atleticano como sempre desconfiado viu seu time inaugurar o reconstruído Mineirão com uma derrota de 2x1 para o Cruzeiro, esta derrota deixou a torcida dividida, uns diziam que o que importava era a Libertadores, outros que vencer o Cruzeiro é melhor que título de campeão do mundo. Toda esta discussão ficou para trás com Bola & Batom 42

os jogos seguintes, o atlético emplacou vitórias seguidas no campeonato mineiro e veio a Libertadores, estreia com casa cheia e vitória por 2x1 sobre o temido São Paulo, a segunda partida foi na Argentina e o clube mineiro goleou os hermanos por 5x2 sendo o primeiro clube estrangeiro a fazer 5 gols em uma competição oficial na

Argentina. Mais uma vez o Galo como é conhecido pela sua apaixonada torcida voltou a jogar em seus domínios e mais uma vitória 2x1 no The Strongest da Bolívia com a casa cheia, a quarta vitória que colocou a Atlético como único clube com 100% de aproveitamento, classificando com duas rodadas de antecipação às oi-


tavas de finais e provisoriamente primeiro colocado no geral da Libertadores foi na altitude de La Paz e sobre o mesmo Strongest novamente por 2x1. No Estádio independência local que o Atlético adotou como sua casa oficial desde 2012 até o fechamento desta edição eram 27 jogos com 20 vitórias e 7 empates provando a hegemonia alvinegra dentro de seus domínios o que levou a torcida a criar o bordão “CAIU NO HORTO TA MORTO” em alusão ao bairro onde fica o estádio e que se refere que todo equipe que ali joga tem derrota garantida. Kalil afirmou que estuda uma maneira de atuar no Independência, caso o Atlético avance às semifinais e à final. Nas duas fases, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) exige estádios com capacidade acima de 40 mil pessoas. “Talvez seja no Independência, talvez seja no Mineirão. Existe uma brecha que estamos trabalhando e estudando isso (possível final no Independência). É uma pretensão muito grande chegar em uma final de Libertadores, mas não quero nem falar nisso agora. Mas trabalhamos com planejamento”, observou o dirigente, em

entrevista ao programa Alterosa no Ataque, da TV Alterosa, afiliada do SBT em Minas. “O Independência é uma casa que o Atlético entrou e foi bem, sempre falei que o clube precisa ter casa e isso é básico. No

Paraguai, no sorteio da Libertadores, um rapaz me falou que circulava na imprensa mundial que o Atlético era o único time brasileiro que tinha uma Bombonera, falei que não sabia se ia funcionar, mas foi uma química que aconteceu, e que poderia não ter acontecido”, acrescentou Kalil.

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CICLISMO

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Ciclista Sessentão Sua maior motivação é o amor ao esporte

Da Redação

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Anísio também disse do preconceito que sofre, “recebo críticas, pessoas que dizem que fico parecendo garotão. Que esportes faz bem à saúde todos sabemos, mas na cidade de Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte pudemos encontrar a prova viva disto, trata-se de Anísio Floriano de Faria. 61 anos (28/01/1952). Mecânico de bicicletas, Anísio pratica o esportes desde os 8 anos de idade quando ganhou sua primeira bicicleta na sua cidade natal Volta Redonda no estado do Rio de Janeiro. Em competições ele começou em 1991 disputando em duplas com seu filho em um torneio do dia dos pais e um tombo, impediu que eles fossem vencedores, mas ainda conseguiram o terceiro lugar.

De lá para cá foram vários campeonatos e muitos troféus e medalhas, são 10 do Iron Bike e 28 da Copa Internacional. Nosso ciclista reclama da falta de apoio e de patrocínio e diz que sua maior motivação é o amor ao esporte e o gosto de viver com a natureza, cachoeiras, trilhas, etc. “Sempre penso em melhorar minha performance” concluiu ele. Anísio também disse do preconceito que sofre, “recebo críticas, pessoas que dizem que fico parecendo garotão. Eu digo a elas que gosto disso, meu ideal é a bicicleta. Tem gente que gosta de cavalos, outros de carros. A minha vida é a bicicleta”. Apesar da cidade de Nova Lima ser em um vale e sua topografia ser acidentada Anísio sonha em construir uma ciclovia na cidade e tem o projeto de fundar a primeira associação de ciclistas da cidade, uma forma de incentivar os jovens na prática do esporte e tirar elas das ruas e do possível envolvimento com drogas. Nossa equipe terminou a entrevista com algumas perguntas ao nosso ciclista sessentão.

Entrevista B&B: Você está vendendo saúde e pedalando até hoje, mas e o futebol, você nunca se interessou? Anísio: Lembro que já brinquei uma vez em Nova Iguaçu, mas a bola só passava por mim. Meu pai até me deu um bola, brincava às vezes, mas minha paixão sempre foi a bicicleta. B&B: E sua meta agora? Anísio: Eu quero montar uma associação aqui em Nova Lima, registrar tudo direitinho. Quero ajudar as pessoas, principalmente contra o crack, que está se alastrando no Brasil. Gostaria de ajudar a tirar os meninos e meninas do caminho das drogas, como mais uma opção de lazer, pois o ciclismo está crescendo no mundo inteiro. Sonho também criar uma ciclovia em Nova Lima. B&B: qual a competição que mais te marcou? Anísio: Foi um Iron bike que participei em Sete Lagoas, chamado Iron Bike Light. Minha corrente rebentou e eu perdi 15 minutos, pedi uma chave emprestada, consertei e ainda cheguei em terceiro lugar. B&B: Você conseguiu agregar algum parente ou amigo no esporte? Anísio: Amigos sim, vários. Parente não. Meu filho e meu irmão começaram mas não permaneceram no esporte. B&B: Qual é o exemplo que você pode deixar de sua experiência de vida para essa garotada de hoje? Anísio: Pedalar é para toda vida! Não beber, não fumar, porque isso atrapalha a juventude. O esporte é bom para o corpo, para a mente e até para a alma. Pensar no futuro! Às vezes pessoas novas vêm falar comigo perguntando como eu tenho tanta energia. Eu digo que é porque não bebo, não fumo, me cuido e pratico esporte desde criança. Bola & Batom 45


FORMULA 1

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Temporada 2013 da fórmula 1 Os brasileiros apaixonados por velocidade Da Redação

Começou no mês de março a temporada 2013 da fórmula 1, principal categoria do automobilismo mundial. Os brasileiros apaixonados por velocidade ainda lembram saudosos dos tempos que todos levantavam cedo aos domingos para ver mais uma vitória do eterno ídolo Airton Senna, porém os tempos são outros e a muito um brasileiro não brilha na categoria. Este ano teremos apenas um representante Felipe Massa que corre pela Ferrari ao lado do espanhol Fernando Alonso que é sem dúvidas o queridinho Bola & Batom 46

da escuderia italiana. A temporada que terá 19 etapas sendo duas delas em abril, começou mostrando um grande equilíbrio e o ponto alto o retorno das vitórias da Lótus, equipe que consagrou o brasileiro Emerson Fittipaldi, e venceu na Austrália com Kimi Raikkonen. Este ano é todos tentando parar a fortíssima Red Bull do tricampeão Sebastian Vettel, tarefa difissílima, já que Vettel conquistou sua 27ª vitória na carreira, vencendo na Malásia de ponta a ponta.


Conheça quem são os pilotos e as equipes desta temporada.

Nome Sebastian Vettel equipe Red Bull - Alemanha Nome Mark Webber equipe Red Bull - Austrália

Nome Fernando Alonso equipe Ferrari - Espanha Nome Felipe Massa equipe Ferrari - Brasil

Nome Jenson Button equipe McLaren- Reino Unido Nome Sergio Pérez equipe McLaren - Reino Unido

Nome Kimi Raikkonen equipe Lotus - Finlândia Nome Romain Grosjean equipe Lotus - França

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FORMULA 1

//////////////////////////////////////////// Nome Nico Rosberg equipe Mercedes - Alemanha Nome Lewis Hamilton equipe Mercedes - Reino Unido

Nome Nico Hülkenberg equipe Sauber - Alemanha Nome Esteban Gutierrez equipe Sauber - México

Nome Paul di Resta equipe Force India - Reino Unido Nome Adrian Sutil equipe Force India - Alemanha

Nome Pastor Maldonado equipe Williams - Venezuela Nome Valtteri Bottas equipe Williams - Finlândia

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Nome Jean-Eric Vergne equipe Toro Rosso - Franรงa Nome Daniel Ricciardo equipe Toro Rosso - Austrรกlia

Nome Charles Pic equipe Caterham - Franรงa Nome Giedo van der Garde equipe Caterham - Holanda

Nome Jules Bianchi equipe Marussia - Franรงa Nome Max Chilton equipe Marussia - Reino Unido

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OUTROS ESPORTES

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Rugby atropelando barreiras e invadindo o Brasil Brasil já conta com 10 mil atletas registrados e 277 clubes espalhados por 25 estados Por Bruna Manuelle

Abram passagem e saiam da frente, porque ele está chegando com tudo e não tem medo do que estiver pelo caminho - muito pelo contrário. Isso mesmo, o esporte que vem crescendo de maneira exponencial no Brasil, conhecido pelo contato físico intenso, o Rugby vem caindo na graça dos brasileiros. Popular principalmente entre os europeus e em países de colonização inglesa, o Rugby é um dos esportes que tem alcançado maior crescimento nos últimos anos. Inventado na Inglaterra, o esporte era considerado uma espécie de variação do futebol tradicional, a chamada “futebol-rúgbi” ou “futebol-râguebi”. Há uma lenda de que o esporte surgiu de uma jogada inusitada praticada em um jogo de futebol, na qual o atleta fugiu das regras e atravessou o campo com a bola de jogo nas mãos. Possuindo dissidências claras com o futebol que conhecemos, o Rugby ao longo do tempo foi praticado de diferentes formas e, com o passar dos anos, as regras foram evoluindo e o esporte passou a contar com uma Federação com representantes de todos os times Ingleses. Atualmente a International Rugby Board Bola & Batom 50


novos times, os contratos de patrocínio aliados a todo potencial dos atletas brasileiros surge como um negócio rentável e promissor para as empresas ligadas ao esporte. No Brasil as principais competições são o Super10 (1ª divisão do Rugby XV), a Copa do Brasil, que conta com os campeões estaduais e regionais, excluídos os clubes do SUPER 10 e podem dar uma vaga neste campeonato, Super 7’s (um circuito de 6 etapas que conta com os principais times de 7’s femininos) e o Campeonato Brasileiro de Rugby 7’s (que acontece em um final de semana e conta com os principais times do Brasil, tanto masculinos quanto femininos). A modalidade esportiva predominantemente masculina contraria a lógica. Apesar de ser considerado um esporte bruto e viril, as Rugbiers estão ganhando cada vez mais espaço. O Brasil é Eneacampeão sulamericano invicto e está en-

(IRB) é a associação que regula o Rugby no cenário mundial. Apesar de ser o segundo esporte mais praticado no mundo, o Rugby ainda é pouco conhecido pelos brasileiros. Mas esse panorama tem mudado e a perspectiva é de que o Brasil torne-se nos próximos anos um dos novos centros do Rugby mundial. Segundo uma pesquisa da consultoria Deloitte, o Rugby é o segundo esporte que os brasileiros gostariam de conhecer mais a respeito ou praticar nos próximos

anos. O Brasil já conta com 10 mil atletas registrados e 277 clubes espalhados por 25 estados, segundo dados da Confederação Brasileira de Rugby (CBRu), entidade máxima do Rugby no Brasil. A IRB, que conta com cerca de 5 milhões de atletas registrados em 120 países, elegeu o Brasil como prioridade estratégica de investimento. Vivendo o ciclo Olímpico, o país conta com um cenário propício e inexplorado para a difusão desse esporte. A divulgação do Rugby pelas mídias, o surgimento de

O maior contingente de atletas está em São Paulo, que conta com vários clubes na capital e no interior do estado. tre as 10 melhores seleções do mundo no Rugby feminino. O maior contingente de atletas está em São Paulo, que conta com vários clubes na capital e no interior do estado. Mas muitos outros estados possuem clubes de Rugby, a destacar os estados da região nordeste, que conta com uma liga com 12 equipes. O estado da Bahia conta com 7 equipes masculinas e 3 femininas ativas e é o estado com o maior número de títulos nordestinos (4). Segundo o jogador Vitor Brandão, do Orixás Rugby Clube (BA), que atua de pilar, até 2008 a liga nordestina era disputada por apenas 3 clubes de 3 estados. Hoje, ela já é disputada por 12 clubes de 8 estados. A competição está melhorando bastante o seu nível de organização e o nível dos times está subindo. Alguns clubes já contam com patrocínios (ainda modestos), que amenizam os custos dos jogos, viagens, etc. A competição cresceu de um contingente de cerca de 60 atletas para em torno de 360, em cinco anos, afirma o atleta. Bola & Batom 51


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OUTROS ESPORTES

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De Pelé a Wanderlei O que qualquer caçador só encontra no Brasil

Por Isabel Guimarães Fotos Divulgação UFC

Japão, março de 2001. Os olhos puxados de Kazushi Sakuraba encontravam os do curitibano Wanderlei Silva. A essa altura, o japonês já era conhecido como o “caçador de Gracies”, uma alusão às finalizações sobre Royler e Renzo, à vitória por decisão dos árbitros no confronto com Ryan e ao nocaute técnico em cima do vencedor do UFC 1, Royce. Todos com o sobrenome Gracie, família que criou uma das modalidades mais famosas das Artes Marciais Mistas (Mixed Martial Arts ou, apenas, MMA), o Brazilian Jiu-jitsu. Ser um “caçador de Gracies” era o mesmo que desafiar a honra do Brasil era como dizer que Pelé foi um péssimo jogador e que Maradona era infinitamente melhor do que ele. Quando os olhos de Wanderlei Silva encontraram os do adversário, talvez, o brasileiro pensasse que vencer Sakuraba fosse mesmo uma questão de honra. Ou, quem sabe, só pensou que todo bom “caçador” precisa de um cão para farejar. E era mesmo um “cachorro louco”, apelido que Wanderlei ganhou, que estava frente a frente com o japonês. E como um “cachorro louco”, enfurecido, a caça venceu o “caçador”. Nocaute no primeiro minuto do combate e uma nação que fica do outro lado do mundo elegendo um novo ídolo: Wanderlei Silva. Ícone que estampa camisetas, protagoniza games e mal consegue andar pelo Japão sem que alguém peça uma foto ou um autógrafo. Japão, março de 2013. Pelo calor com o qual Wanderlei Silva foi recebido parecia até Brasil. O “cachorro louco” ou “machado assassino”, outro apelido que Bola & Batom 54


O Brasil é o país do futebol, mas, também é o país do MMA, não somente porque tudo começou aqui e sim porque está na nossa cultura, quem sabe, até na nossa genética: nosso povo é guerreiro e tem força e alegria, muitas vezes, inexplicáveis. acumulou diante das atuações explosivas, sabia que ali também estava em casa, mas que os tempos eram outros: a juventude da época do Pride já não sobe mais no octógono. Agora, Wanderlei Silva tem que contar com a maturidade e com o equilíbrio de superar mais derrotas do que vitórias no maior evento de MMA do mundo, o UFC. Os olhos mais experientes encararam os do ex-fuzileiro, que foi combatente no Iraque, Brian Stann. Enquanto isso, os olhos daqui e do outro lado do mundo esperavam ansiosos e, até, receosos pelo combate. A apreensão dos fãs era bem diferente daquela da luta contra Sakuraba, há doze anos. No UFC, Wanderlei Silva não precisava provar mais nada, já estreou como lenda. Porém, a possibilidade de presenciar uma derrota do atleta no palco de tantas glórias, literalmente, não enchia esses olhos carregados de ansiedade. E quem disse que lenda tem alguma intenção de manchar a própria história? No Japão de 2013, trocação franca para levantar a torcida. E, no segundo round, com todos ainda de pé, somente um caiu: Brian Stann. Com uma combinação de diretos e cruzados, o “cachorro-louco” mostrou que até pode estar certo o ditado “um dia da caça e outro do caçador”, mas com uma ressalva: se nessa caçada estiver Wanderlei Silva, é melhor o alguém se preparar para ser a presa. Porque o lutador brasileiro não tem essa vocação. O que tantos olhos viram, meu coração sentiu. Sou jornalista esportiva e, há pouco mais de um ano, apresento o primeiro programa semanal de MMA da televisão aberta brasileira. O prazer de ver

nossos guerreiros nos octógonos, ringues e tatames de todo o mundo se compara a poucas emoções capazes de me deixarem plenamente feliz. Participo de coberturas do maior evento de Artes Marciais Mistas do mundo, o UFC, e posso garantir que não há nada mais emocionante do que a torcida do nosso país e que não existe técnica e estratégia que superem a vontade dos nossos atletas de fazerem o melhor, vencendo ou não. O Brasil é o país do futebol, mas, também é o país do MMA, não somente porque tudo começou aqui e sim porque está na nossa cultura, quem sabe, até na nossa genética: nosso povo é guerreiro e tem força e alegria, muitas vezes, inexplicáveis. É lugar de Pelés, Gracies, Wanderleis que aqui ou quem em qualquer lugar do mundo lutam para fazer uma história melhor e, sobretudo, única. Eu sou Isabel Guimarães e todos os meses estarei aqui na Bola & Batom falando de lutas e artes marciais com vocês. Bola & Batom 55


OUTROS ESPORTES

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Curling

Um esporte pouco difundido no Brasil Da Redação Foto: WCF / CCA / Michael Burns

Equipe Escocesa comemorando o título Um esporte pouco difundido no Brasil, até porque o país não tem tradição em esportes de inverno é o Curling, que na realidade nada mais é que um jogo de bocha no gelo. O Curling teve seu campeonato mundial feminino e masculino disputado em março na cidades de Riga capital da Letônia (feminino) e Victoria no Canadá (masculino). No feminino numa final empolgante a Escócia que já havia conseguido o feito de vencer o Canadá, venceu a Suécia por 6x5 e conquistou seu segundo título mundial da categoria depois de 11 anos, já que seu primeiro título foi em 2002. A partida foi decidida no último end, com um erro da capitã da Suécia, a capitã escocesa teve a oportunidade de tirar a pedra sueca, vencer a partida e comemorar o tão esperado título mundial. Na disputa da medalha de Bronze o Canadá maior vencedor de mundiais com 15 títulos venceu as alemãs e ficou em terceiro. No masculino a Suécia voltou a ser campeã depois de 9 anos. Atual vencedora do Europeu da modalidade, a seleção sueca desbancou o anfitrião Canadá por 8 a 6 na decisão. Com a conquista, a Suécia soma agora seis títulos na competição. O Canadá, por sua vez, segue absoluto como maior vencedor do torneio, com 34 títulos. A disputa do bronze foi entre Escócia e Dinamarca e os escoceses inventores do esporte venceram por 7 a 6. Bola & Batom 56

Equipe Sueca recebendo o trofeu de campeão

A “BOLA” É uma pedra lisinha feita de um granito encontrado somente na Escócia (o blue Granit) berço do Curling, pesa entre 17 e 19 kilos e custa aproximadamente 1.200 reais. Mas os jogadores não precisam comprar as suas – os clubes de Curling fornecem. A VASSOURA Dá todo o charme ao jogo, estão lá para ajudar as pedras a deslizar melhor. É que, antes de o jogo começar, a pista é borrifada com um spray d’agua. As gotículas caem e congelam, deixando a pista áspera. Os membros do time, então, varrem para alisar o gelo enquanto a pedra corre. Assim ela consegue ir mais longe. Tem cabo em fibra de carbono e escova de crina de cavalo custa em média 550 reais. O PISANTE Um pé do varredor escorrega no gelo e o outro dá impulso. Então a sola de um é de borracha e a do outro, de teflon. Preço: 600 reais – mas os pães-duros improvisam amarrando plástico num tênis normal.


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MADE IN BRASIL

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Musa Lívia de Oliveira Ficha técnica da modelo Nome: Lívia de Oliveira Idade: 25 anos (23/03/1987) Signo: Áries Cor: Vermelho Comida: Mineira Bebida: Água Relacionamentos: Solteira Time: América-MG Esporte: Futebol Sonho: Comprar minha casa própria Frase: “Não vos inquieteis pelo dia de amanhã, porque o amanhã cuidará de si mesmo, basta a cada dia o seu mal’’. Viagem: Já conheci lugares maravilhosos, mas sonho em visitar a Espanha. Um homem: Johnny Depp Uma mulher: Megam Fox Filme: Amo comédia, ja vi As Branquelas umas 20 vezes Tatuagens: Um dragão nas costas Profissão: Modelo Não sai de casa sem: Celular Atividade física: Atualmente nenhuma, mas em breve volto a malhar. O que mais gosta no homem: Caráter O que mais irrita nas pessoas: Falsidade

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Lívia de Oliveira: Estou começando uma nova etapa, com mais força, mais garra e mais vontade de fazer minha vida dar certo, de fazer as coisas certas, nos momentos certos, estou com uma vontade imensa de ser feliz e nada vai me fazer desistir, nada vai me fazer parar de tentar, de me reinventar, de sonhar, e mais importante, nunca vou parar de lutar, para fazer meus sonhos se tornarem realidade. Hoje quero um tempo para mim, um tempo para meu mundo. Quero saber o que se passa no meu coração, quero saber quais são meus sonhos mais urgentes, meus ideais e meus objetivos. Quero construir minha vida com base no que eu realmente acredito, não em meias verdades. Quero descobrir o que realmente me faz bem, o que realmente me faz sentir mais “eu” e menos os outros.

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FIGURAÇAS

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Capitão Galdino

Nesta primeira edição entrevistamos Anísio Clemente Filho Por Natália Camargos

Anísio Clemente o Capitão Galdino pai de Anisinho

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Nossa coluna figuraças trará sempre um personagem que faz o esporte acontecer, nesta primeira edição entrevistamos Anísio Clemente Filho nascido em 24 de novembro de 1956, casado e pai de duas filhas. Anisinho como é conhecido é filho de Anísio Clemente jogador de futebol na década de 50, jogador de defesa conhecido pela virilidade que defendia sua equipe e que ganhou por isto o nome de Capitão Galdino. Anisinho, não só é filho de um ex jogador, mas foi presidente do Villa Nova Atlético Clube, equipe centenária de Minas Gerais, foi secretário de esportes de sua cidade e hoje é empresário esportivo. Em conversa com nossa equipe Anisinho contou histórias interessantes dos bastidores do futebol vividas por ele como filho de jogador, diretor esportivo e empresário, uma das histórias mais interessantes contadas pelo empresário foi da final do campeonato Mineiro de 1997 quando ele era presidente do Villa Nova e o clube disputava a final do certame regional contra o Cruzeiro no Mineirão na partida de maior público no estádio: mais de 139 mil torcedores presentes. Poucas pessoas sabem do fato ocorrido, mas que poderia ter mudado a história daquela final.


Bola & Batom – O que aconteceu com o Villa Nova na final do campeonato Mineiro de 1997? Anisinho: Em 1997 aconteceram vários fatos inusitados no futebol. Nós concentrávamos no centro de Belo Horizonte e geralmente eu saía com a delegação no ônibus, porém neste dia eu tinha um compromisso de uma entrevista juntamente com o Zezé Perrela (hoje senador e então presidente do Cruzeiro) na TV às 14:30 hs. Então almocei com os jogadores no hotel e fui pro Mineirão, a cidade estava uma loucura, a imprensa toda noticiando que o trânsito estava complicado e o jogo era às 16 horas. Eu falei com o Índio (supervisor de futebol) que sabíamos que a preleção do Brandãozinho (Técnico) era grande demais, então disse fala pra ele fazer uma preleção rápida aí ou então vai pro Mineirão e faça a preleção lá. Na entrevista eu fiquei ligando para o Índio e dizia para o time ir porque realmente o trânsito estava ruim mesmo com o batedor da PM. O Brandãozinho, supersticioso como só, se trancou com os jogadores no hotel, o Índio batendo na porta e ele não abria e fez uma preleção de uma hora e meia para sair sempre no mesmo horário dos outros jogos. Nossa idéia era sair para estádio às 14 horas e ele terminou a preleção 14:30 hs, resultado chegaram no Mineirão 15:50 para jogar uma final de campeonato às 16 horas e isto com batedor da PM e o ônibus andando na contra mão. O Zagueiro Geovani Moraes que fazia parte do elenco na época confidenciou a nossa equipe que os jogadores foram trocando de roupa dentro do ônibus com o veículo na Avenida Antônio Carlos (uma das mais movimentadas de BH) na contra mão e todos ansiosos para chegar ao estádio, e que chegando correram para o vestiário e subiram para o campo sem aquecimento o que foi uma loucura, o

roupeiro João que trabalha no clube a mais de 25 anos jogando o saco de chuteiras no chão e aquela loucura. Anisinho relatou ainda que queria que o time fizesse o aquecimento no gramado para sentir a pressão do estádio e o clima do jogo mas isto não aconteceu.Pior que jogar sem aquecimento foi o psicológico que ficou abalado.

dores, que chegam faltando dois minutos para o jogo, isto influenciou muito.

Bola & Batom: Você acha que isto influenciou no jogo? Anisinho: Claro, tanto que tomamos um gol logo no início do jogo (Marcelo Ramos fez 1x0 para Cruzeiro aos 10 minutos do primeiro tempo) e depois não conseguimos reverter o resultado e perdemos de 1x0 e o Cruzeiro foi Campeão.

Anisinho também falou da sua administração como secretário de esportes que segundo informação dos moradores da cidade foi uma das melhores dos últimos 20 anos, e falou do seu trabalho como empresário.

Bola & Batom: Você estava no vestiário quando o time chegou? Anisinho: Sim, eu estava desesperado e quando chegou parecia estes times ama-

Bola & Batom: Você pode afirmar que o Villa perdeu a final por causa do atraso? Anisinho: Não, o Cruzeiro tinha um bom time, mas acho que se tivesse chegado no horário certo as chances de ser campeão seriam muito grandes. Todos se lembram da final, mas nas quartas de final, nós que classificamos em oitavo na primeira fase, jogamos contra o Atlético, que tinha sido o primeiro e eliminamos o clube que tinha um timaço com Taffarel, Doriva, Evair, Marques, Paulo Roberto Costa, realmente um excelente time e vencemos em Nova Lima por 3x1 e depois perdemos num sábado no Mineirão por 1x0 e fomos para as semifinais contra o Social de Fabriciano, então acho que poderíamos sim ter sido campeões. Só que acredito que o erro maior ninguém viu, na realidade não foi um erro e sim uma falha que se fosse hoje não aconteceria. Foi o seguinte: Em Nova Lima estava uma loucura, para se ter idéia nos treinos tínhamos média de 3 mil pessoas, era um assédio muito grande e acho que isto desviou um pouco o foco. Se fosse hoje eu levaria o time para um hotel fazenda para descansar e preparar os jogadores, mas em compensação como que você ia mutilar uma cidade tirando seus ídolos e levando Anisinho eles para um hotel?

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Bola e Batom: Hoje você trabalha como empresário esportivo, como é este trabalho. Muita gente diz que os empresários são maléficos ao futebol como você vê isto? Anisinho: Bom em todos os setores da sociedade tem os bons e os maus profissionais, no meio do futebol não é diferente, eu vejo com naturalidade estas críticas e continuo fazendo meu trabalho honesto com seriedade e a cabeça erguida. No Brasil o futebol é tudo e em décadas passadas já até evitou guerra civil, e no meu caso meu trabalho vejo como muito benéfico, porque quantos jogadores do passado ganharam dinheiro e hoje não tem nada, justamente porque não tinham ninguém que lhes auxiliava fora do campo. Meu trabalho basicamente se resume a dar total assistência ao jogador, eu quem olho clubes, negocio salários, e ajudo a controlar as despesas, assim quando ele parar poderá ter uma vida mais tranqüila, porque não desperdiçou o dinheiro ou comprou coisas desnecessárias. O sonho do garoto é ser jogador e no futebol pode ficar rico da noite para o dia e se não tiver alguém do seu lado lhe auxiliando isto pode subir a cabeça e o garoto se perder. Bola & Batom: Recentemente você foi candidato a prefeito, se fosse eleito e com a sua experiência no esporte qual seria seu principal trabalho nesta área? Anisinho: Iria trabalhar não só o esporte, e sim toda as áreas, mas falando do esporte em especial iria dar ênfase às crianças, porque esporte é tudo, é saúde, educação e tira as crianças principalmente das drogas dando a elas a oportunidade de se transformarem em melhores cidadãos. Para contarmos todas as história do simpático Anisinho precisaríamos de umas 5 edições, mas o mais importante que tiramos da entrevista é que hoje o papel do empresário no esporte é fator predominante e que se um atleta não tiver alguém para cuidar de sua vida extra campo o mesmo pode se perder, e que pessoas como Anisinho que na maioria das vezes não aparecem nos holofotes, são tão importantes quanto os atletas e são eles as figuraças que ajudam e fazem o esporte acontecer.

Geovani Moraes Zagueiro do Villa Nova em 1997

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Cidade de Nova Lima na semana da final toda enfeitada

Torcida do Villa Nova na final de 1997 maior pĂşblico do MineirĂŁo

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HUMOR

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Bendita sejam as peladas Jogar pelada no campinho pela manhã era mais que sagrado Por kaquinho BigDog www.kaquinhobigdog.com.br

Domingo era um dia sagrado: frango com macarronada no almoço, Sílvio Santos e o velho guerreiro Chacrinha com suas deli... maravilhosas chacretes na TV, a noite tinha a missa, pra pedir perdão pelas mancadas com o Divino e “pescoçar” as filhas do Seu Ary. Mas jogar pelada no campinho pela manhã era mais que sagrado: Era uma devoção! O Samantha Futebol Clube estava mais bem armado que guarda-costas do Obama, com Pereba, Junin Goró, Moranga e Azeitona, depois João Galinha, Tiú, Dorival e Tãozim e no ataque Minduim, Melequinha e Zoraide... Não tinha como perder! Acontece que o time do Unidos FC, do morro do Granada não jogava para perder e a tal batalha prometia. O jogo começou tenso e há quem jure que o “Perninha” estava vendendo faca e canivete pra torcida, enquanto a peleja engasgava no zero a zero e o surdo bem marcado do Seu Haroldo garantia o samba da charanga... Afinação total! Tudo caminhava bem até que o árbitro, o cabo Juraci, cismou de marcar um pênalti que ninguém sabe se teve ou se Bola & Batom 66

não teve, porque no mesmo instante da falta passou a filha do seu Guilherme e ninguém era besta de olhar marmanjo nessa hora... O caldo entornou e o trem fedeu mais que pum de leão de circo: Sô Fábio enfiava o dedo no nariz do Sô Silveira (briga de gente grande, pois eram os donos dos times), Dona Laura, a macumbeira do bairro benzendo o gol pra bola não entrar, coisa de louco... O fato é que o pênalti foi marcado e Pereba se negou a defender. Abandonou o posto de goleiro e foi sentar no barranco da torcida, enquanto General, artilheiro do Unidos, ajeitava a bola e preparava pra bater, sem graça, pro

gol vazio. Acabou só rolando a bola! Nesse momento, Geraldo Saquinho, que não tinha nada a ver com o trem, “xonado” pelo Samantha até a morte, larga da caixa de chup-chup, corre pra dentro do campo e pega a bola, antes da danada entrar... PRONTO! Começou outra confusão e o jogo acabou! Dizem que até hoje tentam marcar a revanche! Mas eu só vou se tiver cobertura do Balanço Geral e o Tramonte de juiz!... Aí eu quero ver alguém fazer “Forgança”! Mande seu texto ou piadas para: humor@bolaebatom.com


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