É mais fácil ser vítima da má interpretação alheia atualmente que escolher um número par entre um e três. Imagine então quando se é vítima de seus signos. Quando dela se trata, significante e significado mesclam-se, fundem-se quase que espontaneamente em infinitos novos híbridos. Os gestos podem dizer -- e, de fato, dizem -- o que bem querem; Seus olhares -- principalmente seu hiato -- apresentam uma pluralidade singular de intenções, motivos e objetivos. E é aí que se peca. E aí que o que se apreende pode ser um contresens, um malentendu... E, que Jacques Brel perdoe, mas o tempo perdido não volta. A odisseia contada em um singelo sorriso de canto de boca pode ser mera invencionice de criança, coisa pouca. Mas, espere: a comunicação é tudo, menos unilateral. O que se entende, portanto, tem sim seu fundo e raso de verdade. Se é misunderstanding, malentendu ou malinteso, não importa. O real equívoco, enfim, seria pensar que ela não corre o risco de ser mal interpretada.
Editorial misunderstood Fotografia João Prospiter Modelo Katherine Sinhorelli Stylist André Alcantara Beleza Emanuelle Souza Retouch Célio Olizar Agência Click Model Management Brazil
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