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Editorial
Palavra do Provincial CASA DE RETIROS SÃO JOSÉ 60 ANOS DE HISTÓRIA
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Congregação Redentorista completa, em 2017, 285 anos de existência. Foi fundada por Santo Afonso Maria de Ligório, no dia 09 de novembro de 1732, para evangelizar os pobres e mais abandonados. Atualmente, os Missionários Redentoristas estão presentes em todos os continentes. No Brasil, formam-se 09 unidades (Províncias e Vice-Províncias): Porto Alegre, Campo Grande, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Bahia, Recife, Fortaleza e Manaus. A Província do Rio de Janeiro, além das Paróquias, Santuários, Missões, Rádios e Obras Sociais,
possui duas casas de retiros: o Seminário da Floresta, em Juiz de Fora (MG), e a Casa de Retiros São José, em Belo Horizonte (MG). A construção da Casa de Retiros São José teve início em 1953, sendo o administrador da obra o Pe. José Gonçalves, que depois foi nomeado bispo. A inauguração aconteceu no dia 1º de novembro de 1957. Participaram desta solenidade: D. Geraldo Maria de Morais Penido, bispo auxiliar de Belo Horizonte, D. Alexandre Gonçalves do Amaral, bispo de Uberaba, Pe. Gregório Wuts, Superior Provincial, Dr. Celso de
Expediente: Coordenação: Pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R. Jornalista Responsável: Brenda Melo - MTB: 11918 Projeto gráfico: SM Propaganda Ltda Impressão: Gráfica América Tiragem: 2.000 exemplares
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Mello Azevedo, prefeito de Belo Horizonte e outras autoridades civis e eclesiásticas. O objetivo principal da Casa de Retiros São José é ser um espaço propício para o silêncio, oração, contemplação, descanso, formação humana e cristã. Ela surpreende pela beleza dos seus 45.000 m2 de área verde, preservados dentro da capital mineira. Durante 60 anos, a Casa de Retiros cumpriu a sua missão, acolhendo diversos grupos e instituições, como a CNBB, CRB, dioceses, congregações e leigos. Expressamos nossa gratidão a todos aqueles que já marcaram presença nesta casa redentoris-
ta e, por isso, fazem parte desta bonita história. Nossos agradecimentos aos administradores (religiosos e leigos) e aos funcionários. Que a Casa de Retiros São José continue sendo fiel à missão na Igreja e na Congregação Redentorista. “Vinde à parte para um lugar deserto, e descansai um pouco” (Mc 6,31) Pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R. Superior Provincial
Aniversariantes Novembro 05/11 – Ir. Aníbal de Assis, C.Ss.R. 12/11 – Pe. Lúcio Marcos Bento, C.Ss.R. 19/11– Pe. Mauro Carvalhais de Oliveira, C.Ss.R.
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Entrevista
Entrevista
Pe. Paulo Sérgio Carrara, C.Ss.R. Mestre e doutor em Teologia, atualmente o pe. Carrara, C.Ss.R. exerce as funções de Vigário-Provincial – auxiliando o Superior Provincial em suas diversas atividades, formador da Comunidade Vocacional Dom Muniz, professor de Teologia e orientador de retiros. No dia 12 de dezembro, o Redentorista completará 25 anos de Profissão Religiosa em uma trajetória de muito estudo, espiritualidade e persistência.
Como foi o seu primeiro contato com os Redentoristas e de que forma percebeu sua vocação? Primeiro surgiu o desejo de ser padre, no contexto da minha preparação para o sacramento da crisma, na minha paróquia de origem, em Carangola. Por acaso encontrei um endereço da promoção vocacional redentorista e entrei em contato. Pe. Lima me respondeu de Curvelo e me encaminhou ao Pe. Dalton, então formador da Comunidade Santo Afonso. Após um acompanhamento sério e intenso, fiz o Estágio Vocacional, sendo acolhido na Comunidade Santo
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Afonso. Assim começou o processo da formação redentorista que durou 11 anos até a ordenação.
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Tem algum santo ou beato Re- ciência de sermos Congregadentorista cuja vida inspira a ção e não somente Província. A sua caminhada vocacional? casa respira “pulsão de vida”. O Nossos santos e beatos são desafio segue sendo o de ajumodelo de vida cristã, religiosa dá-los a personalizar a vocação e missionária. Mas os que co- recebida, para que sua resposta nheço mais são Santo Afonso e seja a mais autêntica possível. São Geraldo. O primeiro fundou a Congregação e deixou um legado espiritual, teológico e missionário que marcou a história da Igreja. Admiro-o por ter sido capaz de ser, ao mesmo tempo, homem de Deus, do estudo e da pastoral. Sua vida e obra sintetizam o que deveríamos ser como Redentoristas. Em São Geraldo admiro a mística da total imersão no mistério de Cristo. Sua vida foi uma interpretação viva do Evangelho. Qual é o principal desafio em ser formador dos estudantes de Teologia? Primeiramente, é preciso dizer que é muito bom ser formador. Os jovens têm entusiasmo, vibração, esperança no futuro. Admiro o sentido de pertença e o amor à Congregação que transmitem. A presença de três unidades redentoristas em uma casa de formação é certamente uma riqueza, desperta a cons-
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O senhor é colaborador do AKIKOLÁ e enriquece os leitores mensalmente com a seção de Espiritualidade. Como tem sido essa experiência? A experiência de partilhar reflexões teológico-espirituais com nossos leitores me gratifica porque se trata de uma forma de evangelizar, muito estimada por Santo Afonso, que escreveu 111 obras, sendo a metade sobre espiritualidade. É o que antigamente se chamava “pastoral da pena” (da escrita). Vez ou outra alguém agrade os escritos e diz que se sente ajudado pelas breves reflexões em cada número. O objetivo é este mesmo: ajudar os leitores a terem uma fé mais madura e esclarecida. Se o consigo, então agradeço a Deus e a oportunidade que me foi dada.
Brenda Melo Juiz de Fora, MG
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Casa de Retiros São José: 60 anos de tradição e acolhida
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Casa de Retiros São José, em Belo Horizonte (MG), completa 60 anos de inauguração em novembro. A ideia da construção da casa surgiu em 1948, após uma rápida visita do Superior Geral Redentorista, pe. Leonardo Buijs, C.Ss.R, ao Brasil, na qual disse: “Minas Gerais merece uma Casa de Retiros!”. No ano seguinte, o pe. Bonifácio van Gemert, C.Ss.R foi nomeado pelo Vice-Provincial da época, pe. Lucas Veeger, C.Ss.R., para levar adiante o empreendimento. Porém, com a saúde fragilizada, veio a falecer em 1949. Sendo assim, o pe. José Gonçalves da Costa, C.Ss.R. assumiu o projeto. Os redentoristas buscavam um local amplo, com jardim e fora do grande Centro, porém, de fácil acesso, e que tivesse isolamento e tranquilidade à sua volta. Após alguns anos à procura, acharam um terreno adequado no bairro Dom Bosco, de 45 mil m2, a 937 metros de altitude, com uma linda vista sobre a capital mineira. Para a construção da casa, foi imprescindível a colaboração financeira da população e venda de rifas, que contribuíram para levantar o capital necessário ao início das obras. Assim, em 11 de outubro de 1952, foi lançada a pedra fundamental da Casa de Retiros São José, benta pelo Arcebispo de Belo Horizonte, dom Antônio dos Santos Cabral. O esboço e a maquete da casa foram realizados pelo pe. Alberto Vieira de Araújo, C.Ss.R. A tão esperada inauguração aconteceu no dia 1º de novembro de 1957, com a presença de grandes personalidades eclesiásticas e civis. Foi realizada
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a bênção do prédio, um almoço festivo e, em seguida, teve início o primeiro retiro realizado na Casa de Retiros São José com a participação de 55 senhores. A Casa de Retiros São José foi primeira do gênero no estado de Minas Gerais e a segunda fundação dos Missionários Redentoristas em Belo Horizonte. Seu primeiro diretor foi o pe. Nilton Fagundes Hauck, C.Ss.R. e o Pe. José Brandão de Castro, C.Ss.R. foi nomeado para auxiliar nas pregações durante os retiros. A capela principal é um dos espaços mais marcantes da casa. Suas pinturas, retratando a Via-Sacra, ficaram a cargo do artista holandês pe. José Smeets, M.S.C., que também projetou os vitrais onde estão representados a cruz e os 7 sacramentos. Espaço hospitaleiro, contemplativo e propício para receber retiros, encontros e reuniões diversas voltadas para a formação humana ou espiritual. As acomodações da Casa de Retiros são compostas por quartos individuais, duplos, triplos e de casal, aptas a receber até 200 hóspedes.
Casa de Retiros São José Avenida Itaú, 475 - Dom Bosco. Belo Horizonte (MG). Tel: (31) 3411-5040 E-mail:contato@casaderetirossaojose.com.br Site: www.casaderetirossaojose.com.br
Brenda Melo Juiz de Fora, MG
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Espiritualidade
I. O culto a Maria na Igreja O culto a Maria Terminamos no dia 11 de outubro o Ano Mariano, proclamado na Igreja do Brasil para celebrar o tricentenário (1717-2017) do encontro da Imagem bendita de Nossa Senhora da Conceição Aparecida nas águas do Rio Paraíba do Sul. O ano mariano nos ajudou a meditar sobre a figura de Maria e seu significado para nós cristãos. Ela é a mãe do Filho de Deus e modelo de discípula. Vamos dedicar esses dois últimos artigos da coluna de espiritualidade do AKIKOLÁ a Maria, buscando compreender o seu lugar na espiritualidade cristã. É bom lembrar que o culto à Maria pertence ao patrimônio teológico-espiritual da Igreja. O Concílio Vaticano II (1962-1965) enfatizou seu inegável valor. Mas também alertou para possíveis exageros: “Recomenda-se o culto à Maria, evitando tanto os exageros quanto a demasiada estreiteza de espírito”. O Concílio aconselhou “o reconhecimento da figura da Virgem Maria” e propôs a todos os cristãos “o seguimento de suas virtudes” (LG 67). O Papa Paulo VI, após terminar o Concílio, continuou apontando as características do autêntico culto a Maria, tomando o cuidado de não separar o culto a Maria da pessoa de Jesus, o Filho de Deus, nascido
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de Maria por graça do Espírito Santo. Paulo VI afirmou: “Tudo é relativo a Cristo e dependente dele: foi em vista dele que Deus Pai, desde toda eternidade, a escolheu Mãe toda santa e a ornou com dons do Espírito a ninguém mais concedidos. A genuína piedade cristã, certamente, nunca deixou de pôr em realce essa ligação indissolúvel e a essencial referência da Virgem Maria ao divino Salvador” (MC 25). Com essa afirmação, Paulo VI quis evitar os exageros que podem levar a uma “mariolatria”, ou seja, pôr Maria no lugar de Deus, tornando-a mais importante do que Jesus. O que certamente ela mesma não deseja, pois reconheceu, agradecida: “O Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor. Seu nome é santo e sua misericórdia se perdura de geração em geração” (Lc 1,4950). A verdadeira devoção consiste numa forma de culto cristão que encontra na liturgia sua expressão mais perfeita; o culto a Maria corre o risco, por causa de exageros, de se transformar em devocionismo fundamentalista, como tem acontecido no Brasil, com o crescimento de devoções exageradas a Maria, a partir do resgate de práticas anacrônicas do passado e a criação de novas. São devoções sem fundamentos bíblicos,
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Ef 5,23; Fl 3,30; 2Tm 1,10; Tt 1,4; 2Pd 1,1.11; 2,20; 1Jo 4,4). Oferece sua vida para resgatar a muitos (cf. Mt 20,28). A salvação é obra de Deus Pai (cf. Lc 1,47; 1Tm 1,1; 2,3; 4,10; Tt 1,3; 2,10; 3,4; Jd 25) e de seu Filho, o único mediador, aquele em quem Deus Pai quer que todos cheguem à salvação (1Tm 4,10). O dom fundamental do Ressuscitado é Espírito Santo, a quem cabe levar à consumação a obra salvífica de Jesus, por isto ele é “o Espírito de Jesus”, “o Espírito do Filho”, “o Espírito de Cristo”, “o Espírito do Senhor” (cf. Fl 1,19; Gl 4,6; Rm 8,9; 2 Cor 3,17). Jesus, salvador em sua humanidade, nessa mesma humanidade, torna-se o mediador do dom do Espírito. Ao voltar ao seio do Pai, a fonte do Espírito, se torna doador do Espírito (cf. Jo 16,7). A especial relação de Jesus com Maria acontece por meio do Espírito. Sua geração no seio de Maria é obra do Espírito, que se encontra grávida “pelo Espírito Santo” (Mt 1,18-20). Segundo Lucas, Jesus será chamado Filho de Deus e não Filho do Espírito (cf. Lc 1,35). É gerado pelo Espírito e por Maria. Maria participa, assim, de maneira especial do plano de salvação do Pai que se realiza através da missão do Filho e do Espírito. Suas prerrogativas estão intrinsicamente voltadas para a salvação que se realiza no Filho e nos chega pelo Espírito Santo. Ao proclamar “Eu sou a serva
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históricos e pastorais consistentes. A devoção a Maria pertence ao patrimônio da espiritualidade cristã e, como vemos em Aparecida, se trata de uma devoção que ajuda as pessoas a crescer na fé em Deus. Por intercessão de Mãe de Deus e nossa, muitos se reencontra com Jesus Cristo. O perigo do culto a Maria se encontra no risco de Maria se tornar uma espécie de quarta pessoa da Trindade, ofuscando a figura do Filho de Deus e do Espírito Santo. O título de “medianeira de todas as graças”, por exemplo, faz tudo depender de Maria; nesse caso, a obra da salvação de Jesus só chegaria a nós por intermédio de sua mãe. Essa perspectiva se agrava quando Maria passa a ser vista como aquela que consegue para nós o que Jesus não quereria, a princípio, nos dar. Ela seria responsável pela benevolência do Filho e aplacadora de sua ira. Essa visão não tem base na Escritura, que afirma a única mediação de Cristo. “Não há, debaixo do céu, outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos” (At 4,11-12; cf. 1 Tm 2,5). Segundo Paulo, Deus reconciliou consigo os homens por meio de Cristo (cf. 2 Cor 5,19). A abundância da graça e o dom da justiça emergem na existência humana por meio de um só, Jesus Cristo (Cf. Rm 5,17). Ele é o salvador enviado pelo próprio Deus (cf. Lc 2,11; Jo 4,42; At 5,31;
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do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra!” (Lc 1,38), sua maternidade expressa o dom total de sua vida a Deus, para estar totalmente “a serviço dos desígnios salvíficos do Altíssimo” (RM 39). O culto a Maria, para que não se torne mera prática mágico-supersticiosa, precisa respeitar o fundamento trinitário do culto cristão a Deus. O Concílio Vaticano II compreende a mediação de Maria à luz da mediação de Cristo. De várias maneiras os fiéis se associam ao sacerdócio de Cristo. Quem se deixa configurar a Cristo pelo Espírito participa da única fonte da salvação (LG 62) e se torna cooperador da mesma, como nos ensina a Escritura. Os apóstolos são símbolos através dos quais a salvação se manifesta. O próprio Jesus se faz presente neles. “Eu não estou no mundo, mas eles permanecem no mundo” (Jo 17, 11). São mediadores do único mediador: “Quem vos recebe a mim recebe” (Mt 10, 40). O Pai consagrou e enviou Jesus ao mundo (Jo 10,36). Ele assume os seus discípulos na sua consagração e os envia (cf. Jo 17, 17-19). Os cristãos são mediadores da salvação de Cristo. Por isto Paulo pode afirmar: “Cristo vive em mim” (Gl 2,20), “fala em mim” (2 Cor 13,3). Maria participa de maneira singular da única mediação de Cristo, por ter sido sua mãe e discípula. Sua mediação está, portanto, subordinada à mediação de Cristo (RM 39).
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De acordo com Paulo VI, a devoção a Maria segue três critérios básicos que evidenciam sua união à vida e obra do Filho: o critério bíblico, para que esteja em coerência com os temas da mensagem cristã. Precisamos partir sempre do que o Novo Testamento nos apresenta sobre Maria. O critério litúrgico, para que se transforme em celebração da morte, vida e ressurreição de Jesus. O culto a Maria deve fazer referência ao mistério pascal de Cristo, no qual somos salvos e que se atualiza para nós sobretudo na celebração da Eucaristia. O critério da sensibilidade ecumênica, para que sejam evitados exageros que dificultem o diálogo ecumênico (MC 30-32). Segundo o Papa, Maria “aderiu total e responsavelmente à vontade de Deus (cf. Lc 1,38); porque soube acolher a sua Palavra e pô-la em prática, porque a sua ação foi animada pela caridade e pelo espírito de serviço; porque, em suma, Ela foi a primeira e a mais perfeita discípula de Cristo – o que, naturalmente, tem um valor exemplar universal e permanente” (MC 35). A primeira coisa que Maria nos ensina é, portanto, viver como discípulos de seu Filho Jesus Cristo, atentos à sua Palavra de salvação para que expressá-la em nossa vida. Confiamo-nos a Maria primeiramente para que ela nos faça conhecer e amar Jesus, seu Filho, e pôr em prática os valores do Reino de Deus que
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nosso batismo, o Pai enviou o Espírito para gerar Jesus em nós. Nós cristãos somos os geradores de Jesus no mundo. Nossa missão carrega, pois, uma característica mariana. Por isto os Santos Padres, na Igreja primitiva, gostavam desse axioma: “Maria é o que todos nós devemos ser”. Devemos estar imersos na Trindade, gerando o Filho no mundo no poder do Espírito. Maria, nossa mãe querida, nos sustenta, nos acompanha e intercede por nós. Pe. Paulo Sérgio Carrara, C.Ss.R. Belo Horizonte, MG
Visita canônica à CVDM
De 20 a 22 de outubro, os estudantes de Teologia da Comunidade Vocacional Dom Muniz (CVDM), em Belo Horizonte (MG), e o formador e reitor da casa, padre Paulo Sérgio Carrara, C.Ss.R., receberam a visita oficial do Governo Provincial, representado pelo Superior da Província do Rio, pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R. e pelo Conselheiro, pe. Dalton Barros, C.Ss.R. Durante o encontro, foram realizadas orações, partilha da caminhada, conversas pessoais do Provincial com os formandos da Província do Rio, encontro com os Missionários Leigos e com a Juventude Missionária Redentorista, além de um animado momento esportivo.
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ele inaugurou com sua vida, morte e ressurreição. Também podemos pedir graças particulares, mas que não são mais importantes do que nossa vida em comunhão com Cristo. As graças particulares se subordinam, pois, à graça que é o próprio Cristo vivendo em nós pelo Espírito. Maria foi a mulher do Espírito, nela ele gerou o próprio Filho de Deus. Para esse fim, foi preservada de todo pecado – é Imaculada – e permaneceu unida a ele por toda a sua vida e agora união perfeita com ele na glória. No
Província em missão: anunciando o Redentor!
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Paróquia Santa Te r e s a e Santa Teresinha, em Belo Horizonte (MG), acolheu os Missionários Redentoristas, de 1º a 08 de outubro, para a Semana Missionária Vocacional Redentorista. A programação incluiu visitas, reflexões, orações e momentos de partilha. “Tempo forte de marcar a presença missionária da Igreja que sai ao encontro das famílias, escolas e das periferias geográficas e espirituais”, afirmou o pároco, pe. Márcio Ribeiro. Segundo o sacerdote, o objetivo das missões era despertar os vínculos de fraternidade na comunidade, estabelecer laços e contribuir para que mais pessoas tivessem a experiência do encontro com Jesus Cristo. A equipe missionária foi composta pelos padres Alfredo Viana, C.Ss.R., Bruno Alves, C.Ss.R., Flávio Leonardo Campos, C.Ss.R. e José Maurício de Araújo; o fr. Rodrigo Costa, C.Ss.R.; os semina-
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ristas Alef, Rodrigo, Thiago Gomes e Thiago Costa; 21 jovens da Juventude Missionária Redentorista (Jumire) de Belo Horizonte e alguns Missionários Leigos da unidade São José. “As visitas às vilas foi um choque muito grande por eu nunca ter tido um contato próximo. O que mais me encantou foi a humildade e a alegria daquelas pessoas que, mesmo com tantas dificuldades, não disseram não para Deus: ouviam, perguntavam e, principalmente, agradeciam. Foi muito gratificante, uma experiência única, já quero participar de mais e mais missões porque precisamos anunciar o Redentor, compartilhar esse amor maravilhoso que é Jesus Cristo”, declarou a jovem Sarah Gonçalves. A experiência missionária não parou por aí. No dia 29 de outu-
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bro, cerca de 60 integrantes da Jumire de Belo Horizonte saíram em missão para a comunidade Dandara, onde está localizada a Obra Social São José Unidade Dandara. Animados pelo orientador pe. Flávio Leonardo, C.Ss.R., juntamente com o Bispo Auxiliar de Belo Horizonte - Referencial para Vilas e Favelas, Dom Vicente Ferreira C.Ss.R., os jovens viveram uma rica experiência, saindo da rotina e indo de casa em casa levar o anúncio do amor de Deus ao próximo. “Para cada um de nós, fica a vontade de, dia após dia, levar um pouco da palavra de Deus e doar um pouco de nós mesmos para ensinar o que sabemos e receber em troca toda a experiência de vida que cada morador tem a nos passar. É fascinante!”, relatou o jovem Eduardo Ribeiro. Para a Missionária Leiga Joana Ribeiro, a missão foi um momento
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de aprendizado, troca de experiências e mudança de valores: “Não tem como não se sentir tocado pelo amor misericordioso de Deus. Cada história que escutamos é uma lição de vida que transforma a forma de olhar nosso irmão”. Na ocasião, a juventude também comemorou o aniversário de Dom Vicente, fundador da Jumire na Província do Rio e paraninfo dos Jovens Missionários Redentoristas em Belo Horizonte.
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Pausa para descanso e convivência
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s confrades da Província do Rio que já completaram 40 anos de idade ou 10 anos de ordenação presbiteral, no caso dos padres, e 10 anos de profissão perpétua, no caso dos irmãos, estiveram reunidos em Jaboticatubas (MG), de 17 a 19 de outubro, para o Encontro da Redensidade. Coordenado pelos padres Nelson Antônio Linhares, C.Ss.R. e Flávio Leonardo Campos, C.Ss.R., o evento foi dedicado ao descanso, lazer e partilha. Os confrades conversaram sobre elementos essenciais da caminhada da Congregação e da Província, como a reestruturação e a Pastoral Vocacional. A Celebração Eucarística, presidida pelo pe. Nelson, encerrou o encontro. Após a missa, os Redentoristas fizeram uma avaliação na qual consideraram o Encontro da Redensidade um tempo profundo de convivência e fortalecimento da comunhão entre o grupo. Já os confrades jovens realizaram o seu encontro anual em um hotel fazenda no distrito de Ravena, em Sabará (MG), a 30 Km de Belo Horizonte (MG), entre os dias 23 e 26 de outubro. Oportunidade para reforçar
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os laços, descansar e partilhar sobre a caminhada. O padre José Cláudio Teixeira, C.Ss.R., Conselheiro da Província, representou o Governo Provincial neste encontro, que contou com a presença dos padres: Jonas Pacheco, C.Ss.R., Alfredo Avelar, C.Ss.R., André Luiz Bastos, C.Ss.R., Fagner Dalbem, C.Ss.R. e Paulo Morais, C.Ss.R. Foram dias de partilha pessoal e reflexão a respeito da reestruturação da Congregação Redentorista, momento em que os confrades se expressaram a respeito da Província. Brenda Melo Juiz de Fora, MG
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São Geraldo Majela, santo irmão redentorista cuja memória celebramos no dia 16 de outubro, foi homenageado por milhares de fiéis nas comunidades da Província do Rio. Em particular, na Basílica em Curvelo (MG), única no mundo dedicada exclusivamente ao santo, os festejos reuniram romeiros e devotos em uma linda celebração. O Tríduo e a Festa de São Geraldo aconteceram de 12 a 15 de outubro com o tema “Com São Geraldo, Missionários - cuidadores de uma realidade ferida” e pregação do padre Alfredo Viana Avelar, C.Ss.R. No dia 16, as tradicionais celebrações da segunda-feira contaram com grande participação dos fiéis em todas as missas. Em São João Del-Rei (MG), pelo sétimo ano, os Missionários Redentoristas marcaram presença na Festa em honra a São Geraldo Majela, na Paróquia-Santuário São João Bosco – Comunidade de São Geraldo. Este ano, participaram das festividades, de 06 a 15 de outubro, o padre Jonas Pacheco, C.Ss.R. e o irmão Pedro Magalhães, C.Ss.R. Com programação semelhante a das Missões Redentoristas, foi realizado o rosário da aurora, novena de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, reza do terço, missas, visitas a idosos e doentes. A novena contou com uma grande participação da comunidade e abordou temas voltados para a família.
Encontro de Familiares da CVSC
O Encontro de Familiares da Comunidade Vocacional São Clemente aconteceu de 12 a 15 de outubro, no Seminário da Floresta, em Juiz de Fora (MG), e contou com a presença de 85 pessoas. Foram dias de oração, convivência e lazer. Na sexta-feira, os familiares foram contemplados com uma noite cultural na Biblioteca Redentorista que, através do projeto “Música na Biblioteca”, apresentou o lançamento do CD “Louvação”: uma parceria de Dom Vicente Ferreira, C.Ss.R. com o violeiro Chico Lobo.
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Aconteceu na Província
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