Akikolá - Junho/2013

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Na casa de Nazaré, Deus se fez pequeno!

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ncarnação de Jesus, dádiva sem igual, que o céu oferece aos homens. Desceu, de sua onipotência divina, fazendo-se morada em humano seio. Das alturas, a graça; na terra, a morada. Entrou na carne histórica para fertilizá-la com as sementes de dom eterno. O que era sem porta, ganhou largas janelas de infinitas possibilidades, no amor. O que era fechado, recebeu vias abertas de um encontro salvífico. Casa, mais que um lugar, o cotidiano no qual a fragilidade de homens e mulheres pode dialogar com o Espírito de Quem vivifica. Moradia do ser é aquele coração que o guarda como pastor. De modo que a vocação humana mais genuína é cuidar do divino

encarnado, da história como tempo sagrado de construções amorosas. Imagina, Deus quer ser cuidado por tão frágeis criaturas. Como assim? Ah, Maria, Perpétuo Socorro, eis o ícone exemplar. Casa sem igual; entrega magnífica! Da simplicidade de Nazaré, abriu-se na escuta silenciosa que somente os simples conseguem. Em sua humildade, barro no chão da vida, ofertou-se. Casa do colo, do pão e da palavra; morada do silêncio, da partilha de fé e vida. Pequena, foi enriquecida pela única riqueza; morada de Deus. Sim, Maria! Socorro maior, em tempos estranhos, é alargar estreitezas. E na clareira do caminho, ver que a Palavra fez-se carne. Com seus

Expediente: Coordenação: Pe. Vicente de Paula Ferreira, C.Ss.R. Jornalista Responsável: Brenda Melo - MTB: 11918 Colaboração: Luiz Henrique Freitas - MTB: 16778 Projeto gráfico: SM Propaganda Ltda Impressão: Gráfica América Tiragem: 2.000 exemplares

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olhos ternos, mãos de amparo, face serena, socorrei os passos cansados pela poeira do que ainda é desumano. Ajudai os peregrinos, na história, a viverem a mística do cotidiano santificado, sem desistir do bem. Socorrei, Maria, casas sem tetos de fé, amparo dos passos andantes; sem janelas de esperança, asas de sonhos bons; sem mesas de comunhão, partilha dos famintos; sem portas abertas para o irmão. Fazei ecoar naquela morada, intimidade cordial, o desassossego da paz, compromisso com a justiça. Humanidade outra, Maria, hospitaleira. E que tantos pedidos sejam canção reunida nas veredas dos pro-

motores do diálogo. E o que foi inaugurado pelo Filho Jesus, conversa boa de céu e terra, continue, ainda que nos casebres dos pequenos. Afinal, outra sorte de grandeza maior não há, do que o saboroso dom de ser humano do divino. Pe. Vicente Ferreira, C.Ss.R. Superior Provincial

Dia 27 de junho: Festa de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

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Entrevista

Pe. Carlos Viol, C.Ss.R.

Com o diploma em mãos do MBA “Master em Teologia com Especialização em Economia dos Entes Eclesiásticos”, Pe. Carlos Viol fala sobre as contribuições desta formação. Qual foi o foco do curso de administração eclesiástica? O curso que fiz é um MBA e se chama Master em Teologia com Especialização em Economia dos Entes Eclesiásticos. Teve início em outubro de 2011 e terminou no final de janeiro de 2013, portanto, três semestres acadêmicos. A entrega do diploma foi feita no dia 22 de abril. Minha turma era formada por 20 membros dos seguintes países: Itália, Polônia, Canadá, Romênia, Espanha, Congo, Filipinas, Índia, Peru e Brasil. O Master é oferecido há cerca de oito anos pelo Instituto de Teologia da Vida Consagrada “Claretianum”, da Pontifícia Universidade Lateranense. As turmas são compostas, sobretudo, por religiosos e religiosas que atuam ou atuarão na área administrativa de suas respectivas congregações. As 24 disciplinas oferecidas foram da teologia da vida consagrada, passando pelo direito canônico, direito civil, trabalhista, tributário, concordatário e europeu e contemplou, ainda, a contabilidade e outras áreas específicas da prática administrativa. O conteúdo deixa perceber uma preocupação muito grande com a preparação ime-

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diata de quem atua em diversos setores de gestão em território italiano, mas abre muitas perspectivas para os ecônomos que atuarão em seus países de origem. A administração é um tema importante na vivência religiosa. Como você vê essa questão nas comunidades redentoristas? A administração é um tema realmente muito importante. Os bens são meios para se atingir a finalidade da Igreja: a salvação das almas (salus animarum). A gestão dos bens temporais (imóveis, móveis, sacros, preciosos e culturais) está vinculada pela missão-carisma da Congregação. O can. 636 do Código de Direito Canônico, parágrafo 2 diz que “cada Instituto estabeleça normas a respeito do uso e da administração dos bens, para que seja em tal modo favorecida, tutelada e manifestada a pobreza que lhe é própria”. E o can. 640 reforça o conceito ao dizer: que os institutos religiosos, levando em conta cada lugar, se esforcem para dar testemunho em modo coletivo de caridade e de pobreza e que devem destinar algo dos próprios

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Entrevista Pe. Viol e sua turma do MBA, na fila de trás, o primeiro à esquerda.

bens para a necessidade da Igreja e para contribuir para socorrer os mais necessitados. A administração dos bens temporais tem que levar em conta três fontes: Direito Canônico, Direito Próprio e Direito Civil, uma vez que os Institutos têm personalidade jurídica e possuem direitos e deveres diante do Estado. Neste sentido, a legislação brasileira é bastante severa com os Institutos Religiosos e devemos conhecer bem as normas. Creio que as Comunidades Redentoristas, em modo particular nossa Província do Rio de Janeiro, têm crescido muito nos últimos anos no que diz respeito à gestão dos bens. Uma gestão bem feita possibilita que muitas dimensões da ação evangelizadora aconteçam: sustento dos confrades, formação de novos redentoristas e leigos missionários, bem como a dimensão do anúncio através dos meios de comunicação e da ação social. O can. 1.284, parágrafo 1, afirma que os administradores devem ter a diligência de um bom pai de família. E, para isso, creio que dois elementos são importantes na boa gestão: a preparação dos confrades com uma adequada formação desde o período da formação inicial e a consultoria de profissionais sérios e competentes. A

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formação para a administração, com o conhecimento das três fontes supracitadas, não pode ser descuidada. Pode ser que alguém pense que se trata de algo que pode ser feito de qualquer jeito ou que deve ser algo confiado totalmente a um consultor externo. São dois grandes equívocos. Ninguém melhor do que um membro do Instituto/Congregação pode conhecer o seu carisma. Tem coisas que podem ser delegadas, mas outras não. O Superior Provincial e os superiores locais como primeiros responsáveis pela administração, com a ajuda do ecônomo, devem compreender que a má gestão (perda de patrimônio e falta de transparência para citar duas situações graves) pode trazer sérios prejuízos para a missão e a credibilidade da Congregação, sobretudo em nossos dias. Duas ferramentas muito importantes, recomendadas pelo Direito Canônico são o orçamento anual e a prestação de contas, também anual. Elas ajudam a planejar a gestão e oferecem uma visão de como a Província ou a comunidade local tem se comportado em relação à vivência coletiva do voto de pobreza. Brenda Melo Juiz de Fora, MG

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Encontro da Pascom e Interparoquial

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m encontro de integração, participação e corresponsabilidade de funções dentro da Província do Rio. Assim foi o evento que reuniu religiosos e leigos, representantes das diversas pastorais de todas as paróquias e santuários redentoristas de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, de 03 a 05 de maio, na Casa de Retiros São José, em Belo Horizonte (MG). Segundo o Secretário de Comunicação da Província, Pe. Flávio Leonardo, C.Ss.R., foram dias de oração, partilha e reflexão sobre o Plano Provincial Paroquial (PPP), revendo a vida e a evangelização, à luz da Palavra de Deus e

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das orientações da Igreja. “Oportunidade de formação, troca de experiências e fortalecimento dos vínculos para o enriquecimento da missão redentorista”, afirmou o sacerdote. Além do estudo do PPP, os debates sobre o trabalho com a Juventude Redentorista, a Infância e Adolescência Missionária (IAM) e a Catequese foram alguns dos destaques do evento. Para a assessora da IAM em Coronel Fabriciano (MG), Sandra Bonine, as discussões foram importantes para a ampliação dos projetos. “Há o desejo de que a IAM seja implantada em todas as paróquias da Província. Em Fabriciano, por

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exemplo, a IAM foi implantada há 12 anos e muitas das crianças que participavam naquela época, hoje estão engajadas em diversas pastorais e movimentos”, disse Sandra. Durante o Interparoquial, foi realizado, ainda, o Encontro da Pastoral de Comunicação (Pascom), no qual os participantes, em sintonia com o Secretariado de Comunicação, definiram diretrizes para desenvolver um trabalho mais integrado com a Província. Através do empenho e da colaboração de cada unidade da Pascom e com o apoio do Provincialado, será criada uma rede de comunicação, amplificada através da divulgação de notícias no site provincial: provinciadorio.org.br Momentos de confraternização também foram promovidos, a fim de aproximar e integrar as lideranças. No sábado à noite, foi realizado um sarau, destacando a criatividade dos grupos nas diversas

apresentações culturais. “Esses momentos de lazer no encontro servem para que possamos nos conhecer mais e melhor. Sendo mais extrovertido, interagindo para as pessoas entenderem que nós padres, missionários, irmãos, vivemos as mesmas alegrias, rimos das mesmas coisas”, declarou o Secretário de Vida Pastoral da Província e organizador do Interparoquial, Pe. Cláudio Teixeira, C.Ss.R. No encerramento do encontro, foi celebrada um missa presidida pelo Superior Provincial, Pe. Vicente Ferreira, C.Ss.R., e concelebrada pelos Padres Cláudio Teixeira, Élio Athayde, Anderson Trevenzoli e José Maurício. Após a celebração, foi distribuída a carta oficial do encontro a todos os participantes.

Brenda Melo Juiz de Fora, MG

Aniversariantes do Mês 24/06 .................. Pe. João Batista B. Leite, C.Ss.R. 27/06 .................. Pe. José R. Vidigal, C.Ss.R.

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Espiritualidade

NO ANO DA FÉ Mamíferos.

O boi, o jumento, o burro.

Do Senhor é a terra com o que ela contém, O universo e os que nele habitam. Sl 24,1.

ECOSSISTEMA DIVINO. A revelação divina e suas manifestações tem seu ambiente físico-geográfico acompanhando o desenrolar da presença reveladora. Digamos: existe um ecossistema e uma biodiversidade que compõem o cenário destas manifestações e auxiliam no entendimento do dizer e atuar divinos. O Eterno se desvela no quadro de vivências pessoais, grupais e vai constituindo um povo da Aliança que gera sua cultura. O “verdadeiro Deus” inicia sua trajetória tendo o deserto como referência. Simbolicamente, as Escrituras colocam no começo a beleza e delícias dos espaços verdes e plenos (Jardim do Éden) e terminam com uma nova cidade santa, a bem dita Jerusalém do céu. Tudo faz sentido. No meio, em primeiro, o deserto. Do deserto à Terra Prometida, Israel se organiza no campo. ISRAEL SEDENTÁRIO E PASTORIL. Sl 65. Cada povo entende seu(s) deus(es), até certo ponto, à imagem de si mesmo. O povo de fala bonita, o povo grego, se deu um Olimpo povoado de deuses em disputas. Outro povo, o Israel, oriundo de Abraão, chegando à Terra das promessas, entende IHWH como o grande pastor bom. – Guiaste teu povo como a um rebanho, por meio de Moisés e Aarão. Sl 77,21. – E nós, teu povo e rebanho de teu pasto, sempre te daremos graças. Sl 79,13. Israel vive na gratidão, ciente de que nenhum povo mereceu tanto cuidado e teve seu Deus

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tão perto de si. Confira Salmo 23! IHWH está para os seus como estes para seus rebanhos, seus animais: trato, carinho, familiaridade. Há laços entre homens e animais, laços nascidos da mesma origem criadora e do mesmo pó. Todos da mesma cadeia de “viventes”. Bois, jumentos, burros devem se beneficiar do repouso semanal. Há que se reerguer o animal caído ao peso de cargas. Os animais, sendo parte do conviver, com eles se comunga um aprendizado. Há lições a tirar desta convivência e não são poucas. Ex 23,12; Dt 5,14; 22,6; 25,4. Jó reconhece a onipotência do Criador considerando a perfeição dos animais. E uma leitura orante da 1Cor 9 trará luz. Na pesquisa de Evaristo Eduardo de Miranda, “os grandes mamíferos taurinos – bois, touros, vacas, rezes e bezerros – somam cerca de 280 citações, os novilhos são evocados 160 vezes; os mulos e jumentos, umas 20”. Esta conta tem a ver com a ecologia do mundo bíblico, as funções seculares e religiosas dos animais. Estão eles nos mitos e nas fábulas, pois são simbolizadores do Mistério também. Estão na liturgia do Templo. E não é sem causa que os “Padres da Igreja” recorrem amplamente à sabedoria dos animais para o cristão se entender melhor, no ser e no atuar, no viver e comportar-se. Há correlação entre ecologia da criação e espiritualidade. Uma tirada bíblica saborosa: - Um inimigo é cão (Sl 22,21. 2). O inimigo invasor é como nuvem de gafanhotos.( Is 33,4).

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O JUMENTO. O BURRO. O MULO. Esses três semelhantes e diversos andam trocados em algumas traduções dos textos bíblicos. Quando Moisés volta ao Egito de onde fugira, levou consigo a mulher e os filhos, ajudou-os a montar num jumento. Ex 4,19-20. Indispensável como animal de sela, especialista em montanhas. Como todo burro, tem lá sua hora de empacar. Animal de carga também, útil, e quanto! Veja o quanto conseguia carregar: 1Sm 25,18. E rememore o encontro de Abigail e Davi em 25,19-43. Davi e seus jumentos administrados por Jadias de Meronat. 1Cr 27,30. Jó, na riqueza além de quinhentas juntas de boi, contava outros quinhentos jumentos. Riqueza superior. Jo 1,1-3. O jumento puxava o arado, mas não fazia canga com o boi, de modo algum. Dt 22,10. Somente na novidade de Jesus, a Paz, estão juntos o jumento e o boi. Ou no presépio era um burro? Maria e José viajaram para o recenseamento em que montaria? E para o Egito se foram como? O jumento não era um animal bom para a oferenda sacrificial; não se comia sua carne. Não entrava nesta festa. Aconteceu que, quando em Samaria grassou uma fome, se diz pagar caríssimo por uma cabeça de jumento; pagava-se meio quilo de prata. 2Rs 6,25. Mas, não é que Jesus entra na cidade de Jerusalém, em tempo de grande peregrinação da páscoa, ele – o Messias esperado – montado na cria nova de uma jumenta? Mt 21,1-10. Entenderam de colocar o jumento no presépio. Ou o burro? Maria Clara Machado em belíssimo texto teatral escreveu “O boi e o burro no presépio de Belém”, fazendo-os viver o que cada pessoa viveria se bem conhecesse a novidade do fato da Criança nos campos de Belém.

Espiritualidade

O BOI. Animal de grande valor, puxa arado e debulha trigo e não pode receber interdição de mastigar algo enquanto moureja. Bonita a história da sagração de Eliseu por Elias, no campo. 1Rs 19,18-21. O boi aí está como pertença e operosidade. Igualmente como oferta de desapego de tudo. A jeito da entrega do “difícil todo”, oferenda da melhor parte. O que nos remete à devoção de devolver a IHWH criador as primícias, os primeiros produtos do campo. Todos eles. A casta sacerdotal, posteriormente, torna esta oferenda agradecida, um tributo. Medite-se esta oração de entrega, uma jubilosa confissão de fé amorosa, em Dt 26,5-10. O louvor agradecido. Em Números 15, narra-se o sacrifício de bois e (ovelhas), bezerros, touros. A oferenda como uma festa que inclui a libação com o sangue e a carne repartida. Suave odor de vida se expandindo. Instigante que Israel seja denominado como as “primícias de Javé”. Jr 2,3. E em 1Cor 15,29-23, Paulo afirma: “Cristo ressuscitado dos mortos como primícias”. E vai também afirmado em, Rm 11,16: - Se as primícias são santas a messe toda também é santa. E ampliando, lemos em Tg1,18: - De livre vontade ele nos gerou, pela Palavra da Verdade, a fim de sermos como que as primícias de suas criaturas. Se há oferta a IHWH de tudo que abre o seio, como devem ser nossas oferendas quando, a cada vez, nascemos para as coisas belas e boas da vida, da verdade e do bem. Somos primícias conscientes ofertadas. É a glória de Deus brilhando em nós. Vê se percebe a dinâmica coerente: Se supôs, popularmente, que na cavidade de pedra, refúgio de animais, onde há um cocho, existiria o bafo de um boi aquecendo o recém-nascido menino, envolto em faixas, Aquele que os Magos buscavam, tão desejadamente. Releram em Isaias: - O boi entende seu proprietário, o burro conhece o cocho de seu dono; só Israel não tem conhecimento, só o meu povo não entende. Gostou?

E O MULO? Pered, na língua hebraica tanto significa o cruzamento de jumento com égua, como o cruzamento de cavalo com jumenta. Bela conjugação. E dizem as autoridades no assunto que ocorre a união da prudência do jumento

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com a força do cavalo (égua). Os cavalos que aparecem nas escrituras são a potência dos inimigos. Carros e cavalos. Sl 33,17; 76,7; 147,10. O Mulo era montaria e cargueiro. Mas não fazia parte dos bens israelitas. Salomão ganhou alguns de presente. 1Rs 10,25. 2Cr 9,24. E a burra de Balaão? Será mula? Difícil saber. As traduções oscilam. Tenho gosto em considerar o recado da mula de Balaão que de burra nada tem. Mas vai que seja uma burra... Ela falou. Ah, nos tempos em que os bichos falavam! E falam, mas quem tem ouvidos de ouvir? Balaão, profeta de outra religião fora contratado pelo Rei para amaldiçoar Israel. Dá-se o contrário, ele abençoa. E foi a burra que falou mudando o rumo das coisas. Nas planícies de Moab. Nm 22. Balaão ia montado na mula e viu seu caminho barrado. Havia um anjo e ele não o via. Quem viu e empacou foi a mula. Ele chicoteava o animal, e nada. Em vez de zurrar, falou a burra: - Que te fiz eu para me espancar pela terceira vez? (v.28). Trava-se um bate-boca entre amigos. Ao fim, Balaão consegue ver o anjo e este fala: Fui eu que saí para te barrar a passagem, pois o caminho que segues me parece perigoso. A mula me viu e já por três vezes se desviou de mim. Vv.32-33. Então, leitor (a) que sabes de ti? Quanto de jumento, boi, burro, mula há em ti? Não é nosso corpo uma herança modificada de animal? Os humanos continuam a tirar dos animais comportamentos e atitudes. É mais que uma brincadeira ou fabulação. E vamos nós: a quem servimos? A que servimos? Que cargas levamos? Por que nos sobrecarregamos? Quem se vale de nossa serventia e a quem apreciamos? Nossos préstimos vão para... Coisa certa e boa: a riqueza de nossas raízes animais não pode ser anulada. Não são poucas as pessoas que carregam o nome de algum animal. Boa lembrança das raízes. Acaso Cabral não é de cabra, Colombo não é de pomba? Há os Bezerra, Coelho, Tourinho, Sardinha, Gallo, Leão? Tem Graça Aranha, Coelho Neto, Barata Ribeiro, Raposo Tavares, Villa-Lobos. E lá vamos nós tachando alguém de “burro”,

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“jumento”, “égua”, temendo o “cão sardento”, a mula sem-cabeça... Recordemos o personagem de “O Pagador de promessas”, o Zé-do-burro. Na literatura espanhola, há o delicioso livro “Platero e eu”, nome de um burro amigo. E o “Cavalinho azul”, aquela peça magistral de Maria Clara Machado que fascinou milhares de crianças... Não te esqueças, leitor(a): o próprio Jesus foi designado CORDEIRO cujo proprietário é o Pai: cordeiro de Deus. E que missão a sua, esta de tirar O pecado do mundo. Assim, pois, animais representam (e bem!) nossa história humana. E instruem nosso coração. E o educam. Quem sai da pura animalidade é porque adentra o campo da palavra. Somos linguagem e podemos nomear a nós mesmos, vendo-nos com traços deste ou daquele animal. Como é laborioso sermos seres da palavra e mais penoso sermos gente de palavra. Rezamos com os salmos: - Mantém longe de mim o caminho da mentira. Sl 119,29. Jamais me tires da boca a palavra verdadeira.v.43. Quando não conseguimos louvar, abençoar, harmonizar... as pedras gritam, os animais falam, o corpo geme em sintomas. Desafio é nos sustentar capazes de ouvir a Palavra que nos recria com nome próprio para alcançarmos a bondade e a beleza do Senhor em nossa carne. É dado por certo que “os animais proclamam dimensões secretas do humano”. Então, quando nosso coração salta de espanto tendo à frente algum animal é hora de saber um pouco mais sobre nós mesmos. Nomear nossa fauna interior é obra que abre caminho para cuidar de nossas profundezas. E evangelizá-las. A gente sabe melhor de si, evitando se dizer com palavras erradas. Esta missão de nos tornarmos pastores de nossos impulsos e desejos à semelhança com o Bom Pastor Jesus Cristo nos dispensa de tomar o caminho dos violentos e de nos defender com palavras erradas. Sou bom pastor... e rezo: - Dos chifres dos búfalos salva este pobre que sou eu. Sl 22,22. Pe. Dalton Barros, C.Ss.R. Belo Horizonte, MG

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Basílica de São Geraldo ganha logomarca

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em no coração de Minas Gerais, está localizado o primeiro núcleo de devoção a São Geraldo Majela no Brasil: a Basílica de São Geraldo, em Curvelo (MG), referência para todos os devotos deste santo Irmão Redentorista, que fugiu de casa para “fazer a vontade de Deus”. Hoje, a Basílica, que pertence à Província do Rio, atrai dezenas de milhares de peregrinos todos os anos. Agora, dá mais um passo para ampliar esta devoção, com o lançamento de sua logomarca. A marca se constitui em mais uma forma de divulgar este centro de espiritualidade e reforça traços da basílica e sua importância junto aos devotos de São Geraldo. É uma espécie de assinatura. Como o próprio nome diz, é uma “marca” que traz a identidade do lugar ou pessoa a que ela está relacionada. Na marca da Basílica estão presentes vários elementos: - O sol representa o sertão das Grandes Veredas; a luz, que é Cristo, que ilumina todo o trabalho desenvolvido pelos missionários redentoristas no Centro do Estado de Minas Gerais. - O círculo representa a cúpula interior da Basílica, e o pão que Geraldo distribuía aos pobres que lhe procuravam no convento.

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- Os três arcos fazem alusão à porta da Basílica, mas também à Santíssima Trindade e aos três amores de São Geraldo: a Cruz, a Eucaristia e Maria. Também fazem referência à letra M de mãe, da qual São Geraldo é protetor. - O traçado acima do escrito “Basílica” lembra o caminho dos que peregrinam até o templo e que converge para o altar, onde Cristo se dá ao mundo todos os dias, o centro da fé cristã. - As duas torres representam, além da estrutura física da Basílica, duas grandes virtudes que Geraldo possuía: a obediência e a paciência. - A cor verde faz referência à cor da Basílica. SM Propaganda Juiz de Fora, MG

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Visitas Canônicas Em um encontro fraterno, orante e pastoral, Comunidades Dom Muniz e São Sebastião recebem a visita do Provincial do Rio.

Comunidade Dom Muniz

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m clima de alegria redentorista, a visita canônica à Comunidade Vocacional Dom Muniz (CVDM), em Belo Horizonte (MG), aconteceu de 6 a 8 de maio. Turma animada com a caminhada dos primeiros anos de Vida Consagrada. A visita foi enriquecida pela presença do Vigário Provincial, Pe. José do Carmo Zambom, C.Ss.R. Além da comunidade de formação, na CVDM também está o Secretariado de Pastoral Vocacional.

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Comunidade de São Sebastião

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ntre os dias 13 e 16 de maio, o Provincial, Pe. Vicente Ferreira, C.Ss.R realizou a visita canônica à Comunidade de São Sebastião, em Coronel Fabriciano (MG). Seguindo o roteiro comum para todas as visitas, aconteceram os encontros individuais e duas reuniões sobre vida fraterna, orante e pastoral. Além disso, foram verificados os documentos e arquivos, iniciando também o processo de catalogação dos bens culturais com participação dos seminaristas do SPES. Segundo o Provincial, a comunidade de Fabriciano ocupa uma frente missionária muito importante para a Província porque ela é responsável pela evangelização da Paróquia de São Sebastião, com suas mais de 15 comunidades, pela Rádio Educadora AM e FM,

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pela formação do Ano SPES, que acolhe os jovens que se preparam para o Noviciado, pelo Centro Pastoral e pela Obra Social Redentorista. “Trata-se de um grande trabalho redentorista no Vale do Aço. Empenho que é correspondido pela participação de um povo cheio de fé e de ação missionária. É sempre muito bom ver o movimento da Copiosa Redenção acontecendo em tantas ações genuinamente redentoristas”, partilhou o Provincial. No contexto da visita, aconteceram momentos de oração e a celebração da eucaristia na qual houve, também, a abertura oficial do Ano SPES 2013. Por fim, foi realizada uma reunião da equipe dos formadores da Província do Rio. Brenda Melo Juiz de Fora, MG

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Encontro de Familiares da CVSA

minaristas da Comunidade São Clemente, Missionários Leigos Redentoristas, paroquianos, o Padre Ronaldo Divino, C.Ss.R. (reitor da Igreja da Glória) e a psicóloga que acompanha os seminaristas. De acordo com o formador da CVSA, Padre Américo de OliEm clima de alegria e aprofunveira, C.Ss.R., além da confradamento espiritual, os familiares ternização, o evento possibilitou dos seminaristas da Comunidade aos familiares dos seminaristas Vocacional Santo Afonso (CVSA) conhecer o processo formatiestiveram reunidos, de 10 a 12 vo dos futuros redentoristas e a de maio, no Seminário da Floimportância de cada família em resta, na cidade de Juiz de Fora acompanhar e participar deste (MG). processo. Cerca de 70 pessoas participaram do encontro, entre as Brenda Melo famílias dos estudantes, os seJuiz de Fora, MG

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Aconteceu na Província

Vigília Cerca de 70 jovens da Paróquia São José, em Belo Horizonte (MG), colocaram-se em vigília no dia 04 de maio, das 20h às 00h, preparando o caminho para os grandes eventos na Província do Rio e no mundo, como a Jornada Afonsiana e a Jornada Mundial da Juventude. Momento de adoração, no qual os jovens, diante do círio pascal, puderam sentir a presença de Cristo. “Nós escrevemos nossos pecados, queimamos e depois, pelas mãos do sacerdote, o Pe. Flávio Leonardo, C.Ss.R., recebemos a água da purificação. Em oração

pela juventude, que possamos estar juntos no carisma anunciando o redentor por onde formos”, declarou o jovem Renato Alves. Logo após a vigília, foi realizado um momento de confraternização com a juventude.

Social A Inscrição da Obra Social Redentorista de Coronel Fabriciano (MG) no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) foi realizada no dia 16 de maio. O CMDCA é um órgão deliberativo e controlador das ações públicas e privadas, de atendimento e promoção dos direitos

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da criança e do adolescente. “Só a construção de uma democracia participativa, com envolvimento da comunidade e do próprio Estado de Direito, transformará nosso país numa nação politicamente organizada”, afirmou a assistente social Thays Carvalho Pedroso.

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