Akikolá - Setembro/2014

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Experiência filial cristã

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, aqui na terra, a ninguém chameis de pai, pois um só é vosso Pai, aquele que está nos céus” (Mt 23, 9). Em toda sua vida, Jesus dirigiu-se a Deus como Pai, de modo que a experiência filial participou do conteúdo programático de toda sua existência. Os Evangelhos relatam, em diversos momentos, as atitudes de reverência do Filho em sua profunda intimidade com o querido Abbá. Seja na oração silenciosa ou no cotidiano operante, tal relação foi visivelmente norteadora de um evento salvífico, de um encontro profundo entre Deus e a humanidade. Parceria feliz, geradora de eternidade. Aliança que revela o sonho mais belo de que tudo deve estar dirigido ao Criador

que ama, que salva e que santifica. E o que diz tal experiência aos tempos atuais? Certamente, é urgente resgatar essa dimensão filial de toda criatura, principalmente daqueles que são chamados, de maneira privilegiada, à condição de filhos no Filho. Que os seres humanos são dotados de liberdade, de inteligência, de poderosas forças, disso ninguém duvida. Todavia, sua liberdade pode andar por escolhas danosas, não redimidas. Como são injustificáveis as posturas arrogantes, de senhorio violento, de posse de um dom tão maravilhoso, da manipulação para interesses estreitos e narcisistas da fonte partilhada para todos! É triste, nos diversos focos de conflitos, sentir o amar-

Expediente: Coordenação: Pe. Vicente de Paula Ferreira, C.Ss.R. Jornalista Responsável: Brenda Melo - MTB: 11918 Colaboração: Luiz Henrique Freitas - MTB: 16778 Projeto gráfico: SM Propaganda Ltda Impressão: Gráfica América Tiragem: 2.000 exemplares

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go fel da destruição estampado em tantos descasos para com a natureza, nas incontáveis mortes violentas de tantos irmãos. Cenários tão constantes que em muitos já nem causam indignação. Lamentável! Sem a reverência ao Senhor de tudo, em Jesus nomeado como paizinho querido, os danos serão incomensuráveis, ainda mais quando a razão científica, altamente tecnológica, goza de tantos poderes, elegendo-se como única instância decisória. Sereis irmãos, assim fica decretado! É mandamento novo. Saída ímpar, sem escusas. Ideal distante, impossível? De alguma maneira, desafio grande, que deve ser enfrentado sem ingenuidades. No entanto, é sol que clareia os dias. Horizonte aberto, interpelação contínua. É somente assim que a condição humana

finita poderá, ainda, sonhar com algum tipo de paraíso. Quando o “nós” for banido das culturas, das nações, a autodestruição tomará seu cobiçado lugar. É preciso, pois, exorcizar qualquer tipo de pessimismo e apressar-se em dar as mãos aos que, dia-a-dia, estão mergulhados no amor fraterno. Há muita gente boa, de forma maravilhosa, reinventado as relações, criando redes de solidariedade, ajudando comunidades a degustarem o sabor da irmandade. Isso sim, vale a pena; parece com Jesus, redentor. Essa construção, o amor de Deus vivido no cotidiano fraterno, é morada segura do Pai, santuário divino. Não precisa invejar nenhum grande templo.

Pe. Vicente Ferreira, C.Ss.R. Superior Provincial

Aniversariantes

Setembro

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11/09 16/09 18/09 25/09

.................. Pe. André Luiz Bastos, C.Ss.R. .................. Ir. Pedro Magalhães, C.Ss.R. .................. Ir. Afonso C. de Barros, C.Ss.R. .................. Pe. Paulo R. Gonçalves, C.Ss.R.

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Entrevista

Pe. Sérgio Luiz e Silva, C.Ss.R.

Em julho de 1893, os Redentoristas chegaram ao Brasil e, em janeiro de 1894, se firmaram no Curato da Glória, em Juiz de Fora (MG). Com o passar dos anos a primitiva igreja se tornava pequena para os fiéis, assim, em 1920, surgiu a ideia de se construir uma nova igreja, concluída quatro anos mais tarde. Hoje, 90 anos após a edificação da Igreja de Nossa Senhora da Glória, o pároco, Pe. Sérgio Luiz, C.Ss.R. nos conta um pouco da bonita história da paróquia.

Qual a importância dos padres e irmãos da Congregação Redentorista para a história da cidade de Juiz de Fora?

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Os Redentoristas chegaram aqui para trabalhar, em especial, com os imigrantes alemães que se dirigiram para o Brasil no período da

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explosão industrial. Os germânicos foram fundamentais no desenvolvimento de Juiz de Fora e pela proximidade da língua foram os Redentoristas holandeses que vieram para a cidade, participando ativamente da história juizforana.

Entrevista

tade das paróquias tiveram sua origem com os redentoristas. Aqui, do alto do Morro da Gratidão, hoje conhecido como Morro da Glória, a mensagem de evangelização se espalhou por toda a nossa cidade e região. Qual o sentimento de celebrar 90 anos da atual Igreja da Glória, tão importante para a cidade?

Comemorar os 90 anos de construção da Igreja da Glória não é só comemorar a herança redentorista em Juiz de Fora, mas também, é ver no decorrer dos anos o crescimento da nossa cidade e perceber o bem que a Congregação trouxe para cá. São Existem na cidade muitas paos Redentoristas levando a róquias que surgiram com o Palavra de Jesus Redentor apoio dos Redentoristas? às nossas Minas Gerais. Os Redentoristas levaram também a palavra evangelizadora para a cidade. Me-

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Luiz Henrique Freitas Juiz de Fora, MG

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Sob as bênçãos da Senhora da Glória

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ntre os dias 10 e 17 de agosto, a Paróquia Nossa Senhora da Glória, em Juiz de Fora (MG), se reuniu para celebrar sua padroeira. Neste ano de 2014, os festejos também fizeram Memória Agradecida aos 90 anos de construção da Igreja de Nossa Senhora da Glória, tombada pelo Município como patrimônio histórico e cultural. Por isso, às atividades religiosas desenvolvidas no Setenário e Festa se juntou a Exposição “Tempos de Glória”, realizada no Salão Paroquial e Biblioteca Redentorista , e que contou um pouco da história da Igreja da Glória e da própria história de Juiz de Fora, a partir de fotos, documentos e objetos. Ainda dentro da parte cultural, aconteceu o lançamento de dois livros: o Pároco, Padre Sérgio Luiz e Silva, C.Ss.R., lançou seu livro “Nos Passos de Maria! –

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Meditações e Orações para uma Quaresma de Nossa Senhora e São Miguel Arcanjo”. Padre Braz Delfino Vieira, C.Ss.R., também teve uma noite de autógrafos no dia de seu aniversário – 14 de agosto, quando apresentou à comunidade sua mais nova obra: “Pe. Vicente Zeij: uma violeta escondida nos jardins da C.Ss.R”. Com o tema ““Nossa Senhora e a Espiritualidade Cristã na Família”, o Setenário em preparação à festa foi aberto pelo Superior da Província Redentorista MG-RJ-ES, Padre Vicente de Paula Ferreira, C.Ss.R., e coincidiu com a celebração do Dia dos Pais, que

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fizeram uma bonita homenagem a Maria. Sacerdotes da Comunidade Redentorista da Glória e também o Padre Flávio Leonardo, C.Ss.R., da Igreja São José (Belo Horizonte-MG), presidiram as celebrações durante o Setenário, além de sacerdotes de outras Paróquias de Juiz de Fora. Ao longo dos sete dias, pastorais e movimentos da Paróquia se fizeram presentes, sempre prestando homenagens à Senhora da Glória. No Domingo da Assunção, a comunidade recebeu com carinho o arcebispo de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira, que presidiu a Celebração Eucarística das 10h. Após a Missa, aconteceu uma bela apresentação da Banda da 4ª Brigada de Infanta-

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ria do Exército. À tarde, hora de rezar com a Mãe pelas ruas dos bairros Jardim Glória, Santa Catarina e Morro da Glória. A procissão iluminou o início da noite na comunidade, seguida de Missa Solene presidida pelo Pároco. No final, fogos de artifício iluminaram os céus sob uma chuva fina que começou a cair. Ao longo de toda a festa, no adro da Igreja, as barraquinhas também foram destaque, evidenciando a bondade e a doação de voluntários, que se dedicaram com afinco na preparação das guloseimas que já se tornaram tradição. Sílvia Carvalho Juiz de Fora, MG

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O DIA DO SENHOR

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antidade no tempo. O tempo é para todos nós um desafio. É no tempo que podemos ser companheiros e estar juntos. Valorizo a arquitetura do tempo litúrgico de nossa Igreja católica. E aprecio como as religiões monoteístas, sobretudo, ocupam o espaço. Somos também tempo e espaço. Corporeidade. O corpo dos batizados se faz tabernáculo. As Escrituras prestam mais atenção ao tempo: as gerações e a História. Nosso Deus é o Deus dos acontecimentos. O Povo de Israel, o judaísmo, ensinou-nos a nos afeiçoar à santidade do tempo. Como são inspiradores os rituais da vida e as festividades no correr do ano. Herdamos com Jesus, um judeu, este veio de ouro nas entranhas da história: nossa santificação para que o mundo se realize, isto é, seja salvo, dispensados os ritos de imolação de animais. E libertos de escravidões.

A laboriosidade do viver se fazia repouso no sétimo dia, um dia que aclarava os demais. Janela aberta para a eternidade. Santificava-se o sábado com orações, refeições seletas, bonitas vestes. A convivência se fazia deleite, refazendo o espírito. Revigorava-se o prazer de estar com, em família. O sétimo dia tornava o espaço da Casa em beleza e glória ao Deus da Vida, criador e parceiro fiel. O sétimo dia era dia de repouso, serenidade, harmonia e paz. “Envolva-nos com uma tenda de tua Paz”, rezavam. Sabiam os israelitas a quem louvar e bendizer. O DOMINGO

O cristianismo se forjou no mundo mediterrâneo, embora originado no Oriente Médio. E aconteceu que ao despregar-se do judaísmo, que dia santificar, se perguntavam os cristãos. Os romanos dividiam o tempo em oito dias; os gregos em O SÁBADO dez. E, então? - Nesse primeiro dia semana, a qual outro iríamos Em Israel se impregnavam os senão a TI? A referência adveio judeus com a santidade de um dia, da ressurreição do Senhor Jesus, o Schabat. Ex 20,11; Dt 5, 12-15. no primeiro dia da semana. Cf. Mt

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inquéritos. E a história do mundo ocidental vai sendo percebida, em síntese, como uma grande semana. E o Domingo, mesmo hoje, é uma bela medida do tempo humano. Mede a qualidade de nossas vidas. E para os que crêem dá a dimensão de apostar no Amor que ressuscita, tornando eterno o viver.

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28,1; Mc 16,9; Lc 24,1; Jo 10,1. O DIA DO SENHOR. Ap. 1,10. Mas, quando é que os cristãos se reunião, uma vez que o primeiro dia era de trabalho na realidade civil de suas vidas? Na véspera do Dia do senhor, à noite. OU na aurora, antes do sol nascer. Reuniam-se em Casa de alguém dentre eles, e festivos celebravam a Ceia do Senhor, expressão do Mistério pascal de Jesus. MÁRTIRES DO DOMIGO. Conhecemos até cristãos daqueles inícios que deram sua vida por se reunirem no primeiro dia da semana. Lê-se nas Crônicas o que se passou em Abitene, século IV. Eles condensaram em suas respostas a fé no Dia do Senhor. A um se indagou: - Por que se reúnem, estando proibido? + Devemos celebrar o Dia do senhor. É uma lei nossa. A ouro se perguntou: Houve assembleias proibidas em tua casa? + Sim, nós celebramos o dia do Senhor. – Por que lhes permitiste entrar? + São meus irmãos; eu não podia proibí-los. – Devias fazê-lo. + Eu não podia fazê-lo. Não podemos viver sem celebrar a refeição do Senhor. Foram martirizados. Após Constantino, quando o domingo se torna um dia de repouso, cessam os

E O DOMINGO HOJE? Como mudaram os tempos. A atual civilização do lazer, da ciência e tecnologia, orgulho da invenção humana, nos possui cativos. Os fins de semana são para a diversão. “Pé na jaca”. E os valores cristãos do domingo? Dominica dies, o dia do Senhor: “O Ressuscitado vive e dá vida, vive e opera comunhão, vive e abre o futuro, vive e aponta o caminho” (Bento XVI). É festejar a Ressurreição de Jesus. Tempo de estarmos re-unidos em assembleia da mesma fé para a oração de louvor, a escuta da Palavra reveladora, para a fracção do Pão. Família de Deus em comunhão: a eucaristia dominical. Com que espírito, com qual sensibilidade? Celebrar e comungar com o Senhor dos dias. Domingo é ponto de chegada e portal de partida para a labuta do ciclo se-

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manal. A missa como missão de estar na vida como luz, sal e fer mento. O que não deveria acontecer no Domingo? Sendo uma pascoa semanal, cesse a tensão, libertemo-nos de confusões; haja desembaraço da pressa, afirme-se cada qual Sujeito e deixe de estar submetido à captura do que escraviza. Há que se estar com o espírito ativado para o encanto, a graça, a convivialidade. Um dia de independência dos apegos: a gente se agarra a tanta coisa que não vale a pena. Não se pode viver refém do precário. Um dia dado à alegria. Abrigamos em nós o desejo de Deus-conosco. Esta civilização tecnológica, sedutora por suas benesses, não pode ser a suprema meta de nossas vidas. O tempo humano anseia por eternidade: as realidades que permanecem, não passam. Impossível viver na liquidez de tudo e no imediatismo das emoções. Acaso, a vida é assim tão descartável e fugaz? Trabalho, criatividade, lazer são ferramentas do viver. Desfrutar as dimensões profundas do ser e conviver são coisas divinas. Cada domingo acorda-nos para o Amor que ainda virá e revela-nos como somos

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companheiros de eternidade. Com o domingo tudo começa e começará: primícias de uma nova criação. Assim, vamos nos refazendo melhores a cada semana iniciada. O Dia do Senhor é de Aliança: desfeitos os nós, os fios tecem comunhão. O que supõe uma pausa na trabalheira de haveres e crédito e débitos e ânsias de sugar da vida qualquer mel. Há que degustar os fulgores do espírito e refazer o clima da Casa: atmosfera de aconchego, pois cada qual na sua atravessa a semana. Oxalá cada Domingo chegasse como uma carícia essencial, espantando medos e tirando o amargo de alguma lembrança. Desfrutar o próprio amor de Deus conosco. Viver só de ação e resultados nos empobrece. Redescobrir o Espírito que nos foi dado é premente, nos fortalece. Dia de união com, comunhão. Preservar um tempo e um lugar para Deus! Pertencemos ao Mistério. A cada Domingo hemos de cantar: Com amor eterno, Tu nos amas, Senhor. E atiramos para as mãos de Deus nossa semana. Você pertence ao Domingo, o Dia do Senhor? Jo 4,34. Pe. Dalton Barros, C.Ss.R. Belo Horizonte, MG

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Bíblia: Você dentro da história

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uando estudei a História do Brasil, enxergava os personagens – Cabral, Tiradentes e os demais – como gente tão distante, que pareciam não ter nada a ver comigo. Só mais tarde entendi que o brasileiro de todos os tempos faz parte de uma só e mesma caminhada. E que, portanto, estamos continuando uma história de 500 anos, que é a nossa história!

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A mesma experiência você deve sentir ao pensar na História da Salvação, que encontra na Bíblia. Por que somos chamados “discípulos missionários”? Não será porque no final da história bíblica saem de cena Jesus e os Doze com seus auxiliares, entrando em ação a Igreja dos séculos sucessivos, até chegar a nossa vez de cumprir a mesma missão de receber e propagar a fé?

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Sim, estamos continuando a História da Salvação. Os acontecimentos dessa História ressoam em nossas vidas. Os dois Testamentos – Antigo e Novo – são o começo da nossa história, a história da nossa família cristã, e por isso devemos reviver os fatos bíblicos como que tomando parte neles. Isto é bem fácil nas grandes datas do Cristianismo, como Natal e Páscoa. Mais do que apenas recordar, vivemos aqueles mistérios colocando-nos dentro deles. A catequese litúrgica da Vigília Pascal nos insere com rara felicidade no evento da Páscoa hebraica e da Páscoa de Cristo. O que Deus fez pelos personagens bíblicos, continua fazendo para nós hoje. É o que afirmou Santo Agostinho: “Vós todos que renunciastes ao mundo do mal, realizastes também vosso êxodo”. Dt 6,20s esclarece o que quero dizer: “E amanhã, quando teu filho te perguntar: ‘Que significam estas leis e estes costumes...?’ Responderás: ‘Éramos escravos do faraó no Egito, mas Javé nos tirou do Egito com mão podero-

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sa...’”. Repare nesta resposta do pai, que se repete nas páscoas judaicas até hoje. Não diz “nossos pais eram escravos”, mas “éramos escravos”; não diz “Javé os tirou”, mas “Javé nos tirou”, atualizando o fato para incluir a presente geração, o mundo atual. Isto é um convite para a gente adentrar a história bíblica como se estivesse dentro dos fatos narrados. Experimente sentir-se como um dos caminheiros guiados por Moisés, como um dos construtores do templo de Jerusalém, como um exilado em Babilônia, como um ouvinte do profeta Jonas em Nínive, como um fiel perseguido no tempo dos Macabeus, como alguém presente ao Sermão da Montanha, como membro de uma comunidade fundada por Paulo... Dê asas à sua imaginação. E pergunte: O que eu faria nessas várias situações? É um modo bem atual de ler a Bíblia.

Pe. José Raimundo Vidigal, C.Ss.R. Rio de Janeiro, RJ

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4º ENIR aborda Vocação Missionária dos Irmãos De 11 a 15 de agosto, foi realizado o 4º Encontro Nacional dos Irmãos Redentoristas (ENIR), em Trindade (GO). Trinta e dois religiosos irmãos de todas as unidades redentoristas do Brasil participaram do evento, que contou com a presença do Conselheiro Geral, Ir. Jeffrey Rolle. “Os Redentoristas são missionários que anunciam a Boa Nova aos pobres e abandonados, e o Irmão Redentorista deve realizar esta missão, em primeiro lugar, através do testemunho de vida”, disse o Conselheiro. Além dos momentos de estudo, a programação incluiu peregrinação, turismo e lazer. No último dia do Encontro Nacional, os Irmãos avaliaram as atividades e encaminharam algumas propostas para os próximos anos, como propor aos formadores que incluam nos programas formativos a reflexão sobre o perfil atual do Irmão Redentorista. Foi escolhido o Ir. Pedro Magalhães, da Província do Rio de Janeiro, como representante dos Irmãos na sub-conferência do Brasil. Fonte: C.Ss.R.

Província do Rio em Formação Continuada Este ano, a reciclagem aconteceu nos dias 19 e 20 de agosto, na Casa de Retiros São José, em Belo Horizonte (MG), tendo o Pe. Paulo Sérgio Carrara, C.Ss.R. como orientador. Ele trabalhou o tema “A redenção”, a partir de seu livro intitulado “Elevatio Entis ad Patrem – a oração de Jesus e do cristão à luz do mistério pascal na teologia de François Xavier Durrwell”. A Formação Continuada acontece duas vezes por ano e tem como objetivo proporcionar aos padres e irmãos uma reflexão teológico-pastoral, além do momento de convivência.

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Missões reavivam comunidades

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uitas sementes foram plantadas durante a Missão na Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Alfredo Chaves (ES). Os trabalhos na Paróquia, que é composta por 45 comunidades, marcadas por práticas religiosas, festas de padroeiros e celebrações dominicais, aconteram

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de 3 a 17 de agosto. Na cidade, que tem cerca de 16 mil habitantes, sendo 93% de católicos, 75% das residências receberam a visita dos missionários, de acordo com o coordenador dos trabalhos, Padre Edson Alves da Costa, C.Ss.R. Na primeira semana, as atividades foram desenvolvidas por 20 missionários e, na segunda, 22. Unidos aos Religiosos, Seminaristas da Filosofia e Missionários Leigos da Congregação Redentorista, participaram das visitas as Congregações das Irmãs Scalabrinianas, das Missionárias de São José, Missio-

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nárias de Nossa Senhora das Dores e Verbum Dei. A Missão Redentorista contou com a reza do terço, missas, visitas aos doentes, momentos marianos com novena e bênção, atendimento de confissão e orientação espiritual, encontros com as crianças, adolescentes e jovens. Atividades que foram preparadas minuciosamente com seis meses de antecedência. Segundo Padre Edson, o cuidado na elaboração de todas as etapas que fizeram parte do trabalho missionário teve como objetivo “desenvolver com o povo reflexões sobre as vocações específicas da Igreja e também convocar as pessoas para a participação celebrativa e orante, no mês de agosto, dedicado às vocações. Ao mesmo tempo, buscamos despertar junto às comunidades, maior engajamento na vida paroquial, composta pelo conjunto de vocações”. O coordenador das atividades destaca que houve momentos emocionantes vivenciados durante as celebrações, como experiências de reconciliação familiar e de vida comunitária. “Foi emocionante ver pessoas que não se falavam há

anos, se harmonizando na Dinâmica do Laço”. O roteiro preparado foi seguido à risca, tendo foco na reflexão sobre os temas: Envio missionário, Toda vida é uma vocação, Somos chamados a nos realizar criando laços, Vem seguir o Redentor, Igreja Comunidade de ministérios – Dia do Leigo, Chamados à união matrimonial – Dia da Família, Cristo convoca você para ser Igreja. De acordo com o padre Edson, o retorno das pessoas foi muito satisfatório, no sentido de que todos abraçaram o trabalho e o objetivo das meditações foi alcançado. “Já posso dizer que colhemos frutos com a missão. Tivemos retorno do povo demonstrando muita alegria em receber um padre pela primeira vez em suas casas, por exemplo. Isso foi muito compensador. Também vivenciamos, junto com as pessoas, momentos envolventes, como o da reconciliação”. O coordenador salienta ainda a importância de fazer mais trabalhos como este: “É essencial que haja mais missões, para termos contato com as possíveis vocações”. Pastoral Vocacional / Província do Rio

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