Akikolá - Abril/2017

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Editorial

Palavra do Provincial Padre Vicente, C.Ss.R. é nomeado bispo

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o dia 08 de março, Monsenhor Vicente de Paula Ferreira, C.Ss.R. foi nomeado, pelo Papa Francisco, bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte (MG). Ele nasceu em Alegre (ES) e, aos 14 anos de idade, entrou para o Seminário Redentorista em Juiz de Fora. Em dezembro, celebrará 25 anos de Profissão Religiosa na Congregação Redentorista. Foi ordenado presbítero pelo nosso saudoso confrade D. Lelis Lara, no dia 16 de novembro de 1996. No exercício de seu ministério na Congregação Redentoris-

ta, Mons. Vicente foi promotor vocacional, formador e superior provincial por três mandatos consecutivos, sendo que nos dois primeiros, foi presidente da União dos Redentoristas do Brasil (URB). Fez parte do Conselho da Academia Afonsiana em Roma, membro da Sociedade dos Psicanalistas de Juiz de Fora e tem mestrado e doutorado em Ciências da Religião pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Sua pesquisa foi publicada pela Editora Santuário. Também já publicou dois livros de crônicas e poesia e lançou dois CDs de poesia e música.

Expediente: Coordenação: Pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R. Jornalista Responsável: Brenda Melo - MTB: 11918 Projeto gráfico: SM Propaganda Ltda Impressão: Gráfica América Tiragem: 2.000 exemplares

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Mons. Vicente, como afirma as constituições redentoristas, é um missionário alegre na esperança e sempre disponível para as coisas mais difíceis. Por um lado, ficamos sentidos pela sua partida, pois é companheiro, amigo, solidário e de uma convivência muito agradável. Mas por outro lado, sentimo-nos honrados por estarmos oferecendo à Igreja um confrade para pastorear o povo de Deus, sendo um sucessor dos apóstolos. Expressamos nossa gratidão ao Monsenhor Vicente por todos os seus trabalhos e dedicação à Província do Rio de Janeiro ao longo destes 25 anos de Redentorista e 20 de padre. Seja seu episcopado fecundo! Que Santo Afonso de Ligório, bispo e

doutor da Igreja, lhe inspire para que, a seu exemplo, seja um bispo segundo o coração de Deus.

Pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R. Superior Provincial

Aniversariantes Abril 05/04 – Pe. José Wilker R. Nunes, C.Ss.R. 08/04 – Pe. José Antero B. de Macedo, C.Ss.R. 08/04 – Ir. Geraldo Pereira Neves, C.Ss.R. 09/04 – Pe. Carlos Viol, C.Ss.R. 17/04 – Ir. Pedro Aniceto da Silva, C.Ss.R.

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Entrevista

Entrevista

Monsenhor Vicente Ferreira, C.Ss.R. O monsenhor Vicente de Paula Ferreira, C.Ss.R, Redentorista da Província do Rio, nomeado bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte pelo Papa Francisco, compartilha com os leitores do Akikolá essa importante missão na Igreja e fala, em primeira mão, sobre o lema e o brasão escolhidos para o seu episcopado.

Como o senhor recebeu a notícia da sua nomeação como Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte? A Igreja, através do Papa, tem seus critérios sérios para fazer as escolhas para o episcopado. Por isso, diante de minhas fragilidades, fiquei um pouco assustado quando recebi a notícia. Imediatamente pedi o auxílio da graça de Deus para dar minha resposta. Disse sim, com o desejo de contribuir com a construção do Reino de Deus, principalmente junto aos mais pobres. Sou consciente de minhas limitações, mas também possuo qualidades que ajudarão, nesse momento, o dinâmico caminho de evangelização que percorre a Arquidiocese de Belo Horizonte. Quais são o lema e o brasão escolhidos para o seu episcopado? A caridade nunca acabará (1 Cor 13, 8) Caritas numquam excidet

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No alto do brasão, o triângulo, Santíssima Trindade. “Deus é amor” (1Jo 4,8). Amor que se revela superabundante na encarnação e paixão do Filho. “Deus amou tanto o mundo” (Jo 3,16). Jarra e bacia lembram o gesto do Mestre no Lava-Pés. Cruz, lança, esponja remetem ao evento salvífico central: o mistério pascal de Cristo. Aos pés da cruz, dom do Espírito, nasce a Igreja para testemunhar o evento Jesus Cristo. Jarro com água simboliza também a urgência de uma prática cotidiana do amor ao próximo, sobretudo aos pobres, aos abandonados, aos marginalizados, aos pecadores, preferidos de Jesus. Água lembra o batismo que introduz o fiel no Corpo de Cristo, a Igreja. Para o bispo, as três

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gotas remetem à sua tríplice missão: pastorear, santificar na plenitude do sacerdócio e servir à unidade. A cor violácea representa a luta contínua pela transformação do egoísmo em solidariedade. O azul celeste exalta Maria, trazendo suas iniciais. Seu sim é exemplo de perseverança e fidelidade à Palavra de Deus. Ela é a perfeita discípula, profetiza da libertação ao proclamar que Deus derruba os poderosos de seus tronos e eleva os humildes (Lc 1, 46-56). Maria canta o Magnificat de todo Povo de Deus, lembrado pela clave de sol, nas linhas laterais, mostrando a relação entre a fé e a cultura, a arte, a poesia, a música, meios pelos quais a beleza do mistério de Deus está presente. Liturgia é antecipação, na terra, do que a fé espera encontrar no Reino definitivo, a grande festa da caridade, onde todos participarão da comunhão trinitária, fim último da criação.

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De que forma a sua caminhada na Congregação Redentorista o auxiliará nessa nova missão? São 32 anos de caminhada na Congregação Redentorista. Em 1985, comecei a dar meus primeiros passos na Província do Rio. Todo esse percurso, até hoje, modelou minha vida a partir da mística da Copiosa Redenção de Cristo. Tenho memória agradecida por ter aprendido a cultivar meu lado humano-afetivo, a rica vivência da fraternidade, pelas várias especializações no campo acadêmico, inclusive com algumas publicações e pela vida espiritual pautada no diálogo cotidiano com Deus. Além disso, as experiências pastorais, de modo particular, os nove anos em que fui Provincial contarão muito nas contribuições que darei no exercício de meu episcopado. É claro que, a partir de agora, também aprenderei muitas coisas novas. Faça um convite especial aos nossos leitores para a sua ordenação episcopal. Dia 27 de maio, às 10h, na Igreja São José, centro de Belo Horizonte, serei ordenado bispo por Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo de Belo Horizonte (MG). Os outros consagrantes serão Dom Darci José, Arcebispo de Diamantina (MG) e Dom Dario Campos, bispo de Cachoeiro do Itapemerim (ES). Será uma celebração muito significativa para mim, para a Congregação Redentorista e para a Igreja. Por isso, conto com a presença e oração de todos. Brenda Melo Juiz de Fora, MG

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Encontro dos Missionários Leigos Redentoristas

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Encontro dos Missionários Leigos Redentoristas (MLR) foi realizado na Casa de Retiros da Floresta, em Juiz de Fora (MG), nos dias 24, 25 e 26 de março. O pe. Paulo Morais, C.Ss.R. presidiu todos os trabalhos de formação e avaliação, brindando os MLRs com seu talento musical na noite de sábado, com o pré-lançamento do seu CD: “Fé e Folia”. O pe. José Raimundo Vidigal, C.Ss.R., participante como tra-

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dutor do XXV Capítulo Geral Redentorista, realizado na Tailândia em 2016, colocou-nos a par do que ocorreu no Capítulo, realçando o tema proposto para ser vivenciado por toda a Congregação nos próximos seis anos: “Testemunhas do Redentor, solidários para a missão, num mundo ferido”. Todos nós, professos ou leigos redentoristas, somos chamados a tocar as feridas de Jesus Cristo nos sofredores do nosso tempo e a encontrar nas

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feridas a cura para as nossas”. (1Pd 2,24). Cinco leigos estiveram presentes no Capítulo, enriquecendo o carisma redentorista. Todos reconheceram que o Senhor permite para os leigos uma presença e uma palavra profética no meio do mundo. O Superior Geral, pe. Michael Brehl, C.Ss.R., afirmou no final do Capítulo que os leigos redentoristas representam uma prioridade a ser alcançada, para que se construa uma verdadeira família redentorista, com os professos e os leigos. O pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R., nosso Provincial, encerrou os trabalhos propondo que a Comunidade Redentorista seja sem bloqueios, sem preconceitos com os leigos, visando ao objetivo da missão que é evangelizar os pobres. Também ressaltou que a participação dos leigos não é só com os Missionários Leigos Redentoristas, mas também com todos os que estiverem envolvidos em atividades, modalidades e trabalhos para a Congregação. Concluiu que são múltiplos os caminhos a serem percorridos para atender à prioridade do Superior Geral.

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Finalizando: o XXV Capítulo Geral Redentorista ainda não terminou. A terceira e última etapa será realizada em Bogotá, abrangendo os países de Língua Latina e o Caribe.

José Adriano Gonçalves (MLR) Rio de Janeiro, RJ

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II. O PAI-NOSSO: Santificado seja o vosso nome A santidade de Deus Para Jesus, o nome próprio de Deus é Abba. Assim ele se dirige a Deus, chamando-o de Pai, com profunda confiança filial, carregada de ternura e segurança. Aqui está o núcleo da experiência que Jesus faz de Deus. E Jesus partilha sua oração com os discípulos, convidando-os a invocar a Deus com Pai, com a mesma confiança filial. O termo Pai não exclui, necessariamente, o termo mãe. Pai significa a origem e o princípio do mistério trinitário e do nosso ser. Na Trindade há uma origem sem origem, aquela de quem o Filho e o Espírito procedem: o Pai. Mas a Bíblia conhece imagens maternas para descrever o amor de Deus. “Como a mãe consola o Filho, assim eu vos consolarei” (Is 66,13). Jesus propõe o exemplo da galinha que ajunta os seus pintinhos debaixo de suas asas para expressar o seu amor ao povo de Jerusalém (cf. Mt 23,37). João Paulo I declarou certa feita: “Deus é Pai, mas também é Mãe. Não quer o nosso mal; só quer o bem de todos nós”. Deus é, na verdade, um Pai maternal. As três primeiras petições do Pai-nosso utilizam o subjuntivo: “santificado seja”, “venha”, “seja feita”. São pedidos centrados no próprio Deus. A súplica “santificado seja o vosso nome” expressa o desejo de que o

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plano de salvação de Deus se realize no mundo. Demonstra, ainda, respeito reverencial, já que o objeto do desejo manifestado não é que os homens santifiquem o nome de Deus. O verbo no passivo – seja – enfatiza que a iniciativa deve provir do próprio Deus. Como Pai, toda iniciativa lhe pertence, cabe-lhe, portanto, fazer com que seu nome seja santificado. Nada acontece sem o beneplácito de Deus. E o que é o nome de Deus? O próprio Deus em sua revelação. Santificar o nome de Deus nada mais é do que torná-lo conhecido em toda sua verdade e glória. O nome de Deus designa seu ser mais íntimo. A Moisés ele diz: “Eu sou Aquele que sou” (Ex 3,14). Se esse nome deve ser santificado, isto quer dizer que se deve reconhecer Deus como o Santo. Na Bíblia o nome indica a natureza mais íntima da pessoa. Referido a Deus, o conceito de santidade aponta para sua essência pessoal, sua divindade, sua absoluta transcendência e inefabilidade. Um nome que é mistério, uma vez que Deus não se deixa manipular pelo ser humano. Não se identifica as realidades imanentes, mas existe por si mesmo, sem receber de nenhum outro ser existente o seu próprio ser. Está acima de tudo aquilo que o ser humano domina com sua capacidade natural e racional de conhecer.

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sua Palavra” (Hb 1,3). Plenamente Deus e plenamente homem, Jesus é o mediador de santificação através do Espírito Santo. Nele Deus pôs o seu olhar e a sua complacência: “Este é meu Filho amado, de quem eu me agrado” (Mt 3,17). Jesus é o altar da nova aliança, o novo templo, a vítima oferecida, a caridade perfeita, o mediador entre Deus e os homens. É o Santo de Deus. Santidade em todos os seus aspectos: ontológico, cultual, moral, psicológico. “Nele nos escolheu antes de criar o mundo, para sermos santos e imaculados diante dele no amor, predestinando-nos a sermos seus filhos adotivos, por Jesus Cristo, conforme a decisão de sua vontade, para louvor e glória de sua graça, com a qual nos enriqueceu em seu querido Filho” (cf. Ef 1, 4-5). Em Cristo, a bondade, a misericórdia e a ternura que se encontram no nome de Deus nos foram para sempre reveladas: “Eu lhes dei a conhecer vosso nome e lhes darei a conhecê-lo, para que neles esteja o amor com que me amastes, e também eu esteja neles” (Jo 17,26). A santidade cristã A santidade de Deus se torna uma exigência para os que nele creem. Pedro retoma o texto de Ex 19 no contexto do seguimento de Cristo por parte dos cristãos: “Vós sois raça escolhida, sacerdócio régio nação santa, povo conquistado por Deus para proclamar as maravilhas daquele que vos chamou das trevas para uma luz admirável” (1 Pd 2, 9). Pedro também afirma a vocação do cristão à santida-

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Santidade, nesse caso, nada tem a ver com perfeição moral. O termo santidade em referência a Deus diz de sua incomparável dignidade, razão pela qual deve ser adorado. Mas o paradoxo da santidade divina está em que o Deus santo, aquele que se esconde e é insondável, se revela em sua santidade precisamente quando em contato o ser humano. O Deus santo e indizível se mostra, na história do povo de Israel, libertador, salvador, misericordioso e compassivo. Faz uma aliança com esse povo para mostrar-lhe sua benevolência. “Enviou a seu povo a redenção, promulgou para sempre sua aliança. Seu nome é santo e digno de respeito” (Sl 111,9). Ao se recordar do nome de Deus e de seu amor manifestado na história e na criação, o povo só sabe agradecer: “Bendize, ó minha alma, o Senhor, e todo meu ser, seu santo nome! Bendize, ó minha alma, o Senhor, e não esqueça nenhum de seus benefícios” (Sl 103,1-2). Maria nos dá o exemplo perfeito do reconhecimento do nome de Deus e sua misericórdia infinita: “O poderoso fez em mim grandes coisas. O seu nome é santo” (Lc 1,49). Todos os que creem em Deus podem exclamar com o salmista: “Nosso auxílio está no nome do Senhor que fez o céu e a terra” (Sl 124,8). A santidade de Deus e sua glória andam juntas, como ensina o próprio Jesus: “Pai, glorifica o teu nome” (Jo 12,28). Jesus, o Filho de Deus, participa da santidade de Deus e a reflete. É expressão do ser de Deus. “Este Filho, que é o resplendor de sua glória, a imagem de seu ser, sustenta todas as coisas com o poder de


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de. “Assim como é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos vós também em toda vossa conduta, porque está escrito: ‘Sede santos, porque eu sou santo’” (1 Pd 1,15-16). É o mesmo que Jesus afirmara: “Sede, portanto, perfeitos como vosso Pai celeste” (Mt 5,48). Todo ser humano e a criação participam da santidade de Deus. Cada ser que vem a este mundo tem uma santidade ontológica, por que foi criado por Deus em Cristo e traz essa marca, ainda que não a reconheça. Carrega, assim, uma ‘benção original’ que o pecado pode arranhar e arrefecer, mas jamais destruir totalmente. O homem e mulher foram criados à imagem e semelhança de Deus (cf. Gn 1,26-27), aí está sua santidade original. No batismo, entretanto, o ser humano se torna santo por participação na santidade de Jesus. O pecado deformou a imagem de Deus no ser humano, mas o sacramento do batismo restaura essa imagem e ele se torna o que é chamado a ser: santo. Santidade significa comunhão com Cristo que nos santifica pelo Espírito e nos faz participar de seu relacionamento filial com o Pai. Segundo São Paulo, o cristão “está em Cristo” (2 Cor 5, 17), é “um homem em Cristo” (2 Cor 12, 2), por participação em sua páscoa. O cristão “vive em Cristo” (1 Cor 1, 9; 1 Jo 4. 9; Rm 6, 8; 2 Tm 2, 11). Trata-se da grande novidade do batismo, o cristão participa da santidade de Cristo, que ao Pai se consagrou por todos. “Fostes lavados, santificados, justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito de nosso Deus” (1 Cor 6, 11). A causa imediata

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da santidade cristã é o Espírito Santo, santificador, que imerge o cristão na santidade do Filho de Deus. Somos santos no Santo de Deus. A santidade é uma graça que precisa ser atuada pelo cristão. A máxima que rege a sua vida se resume neste imperativo: “Torna-te aquilo que és”. Para que sua vida realize a graça da santificação recebida no batismo, sua missão será santificar o nome de Deus com a própria vida. O nome de Deus é Pai. Santificar o nome de Deus exige viver como filho de Deus e irmão de todos. O autor da Carta aos Hebreus exorta: “Procurai a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12, 14). A paz é fruto da caridade, derramada em nossos corações pelo Espírito Santificador (cf. Rm 5,5). Quem caminha segundo o Espírito, caminha na caridade, (cf. Rm 8,4; Ef 5,2), plenitude da Lei (cf. Rm 13,10; Gl 5,14), vínculo da perfeição (cf. Cl 3,14). Ao pedirmos que Deus santifique o seu nome no Pai-nosso, expressamos o nosso desejo de que Deus torne seu nome conhecido, honrado e exaltado por todos os seres humanos. Fazemos nosso o próprio pedido de Jesus: “Pai, glorifica teu nome” (Jo 12,28). Desejamos assim que a santidade de Deus impregne o mundo e as pessoas de sua presença amorosa, salvadora, misericordiosa. Queremos que sua glória transforme o mundo em Reino de Deus, por isto completamos o nosso pedido, dizendo: “Venha a nós o vosso Reino”. Pe. Paulo Sérgio Carrara, C.Ss.R. Belo Horizonte, MG

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Jumire em ação!

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Comissão Nacional da Juventude Missionária Redentorista (Jumire) se reuniu no Centro Redentorista de Espiritualidade (CERESP), em Aparecida (SP), entre os dias 14 e 16 de março. Foram momentos de partilha e organização de projetos jovens redentoristas. A reunião foi coordenada pelo pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R., Superior Provincial da Província do Rio de Janeiro e representante da União dos Redentoristas do Brasil (URB) na comissão.

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Ao todo, 19 pessoas participaram do encontro, entre padres, irmãos e jovens, representantes das unidades redentoristas de Manaus, Bahia, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo, Campo Grande e Porto Alegre. Da Província do Rio, além do Provincial, estiveram presentes: pe. Bruno Alves, C.Ss.R. (promotor vocacional), Deisiane (Cel. Fabriciano - MG), Jairo (Leblon - Belo Horizonte MG), Karol (São José - Belo Horizonte - MG) e Nilton (Campos dos Goytacazes - RJ).

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Em carta oficial enviada pelo grupo, a comissão afirma que foram apresentadas diversas propostas de atividades, eventos e subsídios para a juventude. Um deles é o Congresso Nacional de Lideranças e Romaria Nacional da Jumire, que irá acontecer de 27 a 30 de julho deste ano, em Aparecida (SP). Além das reuniões, foi realizado um momento de formação para os participantes. O assessor foi o pe. Fábio Pascoal, C.Ss.R., da Província de Goiás, que trabalhou o tema: “A Juventude e Ação Jovem e os Desafios de Hoje”. Os membros da Comissão Nacional também participaram de um passeio, com visita à Basílica de Nossa Senhora Aparecida, ao Museu Nossa Senhora Aparecida e ao Museu de Cera. Eles também conheceram a Rádio e TV Aparecida.

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De acordo com o pe. Américo, foram dias profundos de reflexão, convivência, partilha, formação e construção de novos projetos para a Juventude Missionária Redentorista. “Percebe-se que a JUMIRE vem consolidando a sua experiência. São rapazes e moças que se identificam com o carisma redentorista, participam em nossas paróquias e santuários, procuram viver a espiritualidade redentorista, recebem uma formação redentorista e, na medida do possível, participam das nossas missões e dos trabalhos. Ficamos contentes, pois percebemos que, em praticamente todas a unidades redentoristas do Brasil, há um trabalho sério com a juventude”, afirmou o provincial.

Brenda Melo Juiz de Fora, MG

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Parabéns, Akikolá, por sua frutuosa caminhada! Viva a trecentésima edição! Ligeirinho este informativo em sua rica e feliz trajetória. Sem se desvirtuar do espírito de seu criador, saiu daqui em 1983, muito bem idealizado, instruído e preparado, com objetivos bem definidos pelo conterrâneo, pe. Geraldo de Oliveira. Cumprimentando e abraçando a todos da Província, padres, irmãos e seminaristas, abrindo caminhos construtivos, levando mensagens da boa nova do amor, construindo pontes por onde vão e voltam as palavras e as ideias, tornando-se um encontro carregado de significado por gerar conhecimentos, união, entretenimento, alegrias por novas aberturas e notícias novas, saídas do forno. Esse Akikolá, sempre muito espertinho, deseja a todos diálogos gostosos, contagiantes, mormente nos dias atuais, carentes de convivência amena, pacífica, desarmada, de maneira delicada. Sugere ao leitor que é imperioso buscar, sempre, as condições de uma boa conversa, respeitando as diferenças, tolerando sempre, e

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tendo muita paciência. Sabidinho e muito prudente, bate na cangalha para o “burrinho” escutar: “O relacionamento humano é muito difícil, dificílimo!”. Mas, o ligeirinho saiu daqui e foi para onde? Pra lá. Sim, pra lá das fronteiras das comunidades e também pra lá das fronteiras brasileiras, proporcionando a pertença aos extra muros, aos outros e muitos amigos dos Redentoristas que procuram vivenciar o espírito afonsiano. E como se sentem felizes com essa pertença! Alguém que é de fora, é chamado para dentro. Que beleza! Passa a pertencer, a fazer parte ... a estar integrado e inteirado... A usufruir de todo o manancial deste informativo, que nos adverte: é conveniente lembrar do compositor mineiro, Beto Guedes, em sua música, “Sol de Primavera”: a canção sabemos de cor, só nos resta aprender! Ao abraçá-lo, cumprimentá-lo e parabenizá-lo nas pessoas dos que o idealizaram, de todos seus coordenadores, os que conosco caminham e os que já se acham na casa do Pai, por esta dádiva divi-

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na, por tanta riqueza espiritual, por tantas presenças amigas, em que a história da Província se refaz com novos matizes, se presentifica sempre com o mesmo espírito afonsiano, com idêntico carisma, na busca do reino de amor e de justiça; votos extensivos às jornalistas Brenda Melo e Camila Schuchter. Desejamos-lhe que continue com muita ousadia. Ousadia que nos inspira a sermos profetas neste mundo em busca de novos horizontes, proporcionando-nos a via de duas mãos e que nos faz lembrar de nosso compromisso com os excluídos. Vá adiante sempre e

tudo o que fizer, contenha sempre o gostinho de “queremos mais” na feliz expressão do estimado amigo, sempre presente, pe. Dalton. E que este lépido informativo alongue seus objetivos e abrace os aniversariantes do mês e leve aos jubilares, padres Ergo Araújo, Braz Delfino, José Luciano Penido e Mário Ferreira Gonçalves, nossas congratulações e preces de agradecimento ao Pai pelas suas existências! Abraços reconhecidos de seus leitores, Juarez e Lastene Belo Horizonte, MG

Reitores, párocos e ecônomos

O Encontro de reitores, párocos e ecônomos da Província do Rio aconteceu na Casa de Retiros São José, em Belo Horizonte (MG), nos dias 21 e 22 de março. O evento teve início com a Celebração Eucarística presidida pelo Pe. José do Carmo Zambom, C.Ss.R. Na primeira parte do encontro, contou-se com a presença dos promotores vocacionais de cada unidade da Província. Momento em que foi feito um projeto de ação concreta para o trabalho vocacional em todas as paróquias e santuários da Província. Houve, ainda, um momento dedicado à formação com o padre jesuíta Jaldemir Vitório, que trabalhou o tema: “A relação dos Reitores, Párocos e Ecônomos na animação da Comunidade Religiosa”. Outros assuntos também foram trabalhados no encontro, como a economia e a administração. O encontro encerrou-se com a Celebração Eucarística presidida pelo Monsenhor Vicente de Paula Ferreira, C.Ss.R.

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Aconteceu na Província

Visita Canônica a Curvelo O Vigário Provincial, pe. Paulo Sérgio Carrara, C.Ss.R., e o Conselheiro da Província do Rio, pe. José Cláudio Teixeira, C.Ss.R., realizaram a visita canônica à Comunidade Redentorista de Curvelo (MG). Eles estiveram na Basílica de São Geraldo e na obra social, reuniram-se com os funcionários e com os confrades. Momento importante de avaliações e partilha da caminhada!

Melhor Idade Em clima de alegria e boa convivência, o Encontro da Terceira Idade aconteceu de 27 a 29 de março, em Caetanópolis (MG). Coordenado pelos padres José Carlos, C.Ss.R. e José A. Macedo, o evento contou com a participação de 10 confrades idosos e do Provincial, pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R. Os Redentoristas compartilharam sua caminhada e refletiram sobre “Os desafios do envelhecimento na sociedade moderna”. “Muito verde, tranquilidade, lazer e comida gostosa foi o que tivemos nesses dias, além da reflexão do tema proposto, que nos levou a comparar o atendimento carinhoso reservado aos idosos em nossa Província com os apertos que experimentam lá fora os parentes que cuidam de idosos. Agradecemos ao Escritório Central e à Província por

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essa vivência de enriquecimento mútuo”, disse o pe. José Raimundo Vidigal, C.Ss.R. O Provincial, que participou de todo o encontro, compartilhou da convivência alegre e fraterna dos confrades da melhor idade. “Aproveito a ocasião para agradecer aos nossos confrades idosos pelo testemunho de vida e de amor à Província. São missionários valentes que estão firmes no trabalho apostólico. Como é importante em nossa caminhada, a presença dos mais experientes!”, afirmou pe. Américo.

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