Akikolá - Agosto/2015

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Editorial

Palavra do Provincial SANTO AFONSO Fundador da Congregação Redentorista

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o dia 1º de agosto, a Igreja celebra Santo Afonso Maria de Ligório. Santo Afonso nasceu no dia 27 de setembro de 1696, em Marianella, distrito de Nápoles, Sul da Itália. Era de uma família rica. Sua mãe pertencia à nobreza, pois sua família era toda de magistrados, enquanto que o pai era comandante da frota militar. Teve três irmãos, destes um se tornou padre secular e outro beneditino, chegando a ser mestre de noviços e abade; das três irmãs, duas se tornaram religiosas. Dotado de profunda inteligência, recebeu uma formação

qualificada. Com os melhores professores aprendeu latim, grego, francês, espanhol, italiano e também estudou história, matemática, física e filosofia. Era ainda pintor, músico e poeta. Aos 16 anos, já doutor em direito civil e canônico, tornou-se um dos melhores e prestigiados advogados de Nápoles. Durante oito anos exerceu a profissão sem perder uma causa. Em 1723, chegou às suas mãos um processo internacional, um caso que vinha se arrastando há 200 anos. Afonso perdeu esta causa, diz-se que o juiz havia sido comprado, por isso ele abandonou os tribunais.

Expediente: Coordenação: Pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R. Jornalista Responsável: Brenda Melo - MTB: 11918 Projeto gráfico: SM Propaganda Ltda Impressão: Gráfica América Tiragem: 2.000 exemplares

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Pôs o espadim de nobre aos pés da imagem de N.S. das Mercês e, a partir daí, foi percebendo o que Deus queria, de fato, de sua vida. Três anos depois, foi ordenado presbítero, se dedicou totalmente ao ministério sacerdotal. Devido ao esgotamento pelo intenso trabalho, foi para Scala descansar. É aí que Afonso conheceu os Cabreiros, pessoas pobres e sem nenhuma instrução religiosa. Isto despertou nele novas inquietudes: pregar as santas missões aos mais pobres e excluídos. Para isso, em 09 de novembro de 1732, em Scala, com um grupo de companheiros, fundou a Congregação Redentorista, que tem o carisma de evangelizar os pobres e mais abandonados. Aos 66 anos de idade, contra a sua vontade, foi nomeado bispo de Santa Águeda dos Godos, conduziu esta pequena e

pobre diocese por 13 anos, até renunciar por motivos de saúde. Sendo bispo emérito, voltou à comunidade redentorista de Pagani, onde morreu aos 91 anos de idade, no dia 1º de agosto de 1787. Foi canonizado em 1836, declarado Doutor da Igreja em 1871 e Patrono dos Confessores e Moralistas em 1950. Atualmente, os Missionários Redentoristas estão presentes em todos os continentes: Europa, Ásia, América, África e Austrália. Continuam a obra iniciada por Afonso, anunciando a Copiosa Redenção de Jesus Cristo aos pobres e mais abandonados. Que Santo Afonso rogue a Deus por nós para sermos fiéis discípulos missionários do Santíssimo Redentor. Pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R. Superior Provincial

Aniversariantes Agosto 11/08 – Pe. Alfredo Viana Avelar, C.Ss.R. 14/08 – Pe. Braz Delfino Vieira, C.Ss.R. 18/08 – Pe. José Carlos Campos, C.Ss.R. 18/08 – Pe. Flávio Leonardo S. Campos, C.Ss.R. 28/08 – Pe. Fagner Dalbem Mapa, C.Ss.R.

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Entrevista

Padre Fagner Dalbem Mapa. C.Ss.R.

O blog Sabor da Fé (www.sabordafe.com) reúne textos e reflexões do padre Fagner Dalbem, C.Ss.R., que conta aos nossos leitores da motivação para a escrita e revela sua opinião sobre o uso da internet no caminho da evangelização. Como nasceu o blog “Sabor da Fé” e há quanto tempo ele existe? Ele nasceu com o objetivo de me motivar a fazer uma tarefa que o nosso mestre de noviços havia pedido. Isso foi em 2010. Cada noviço teria que escrever uma reação aos cursos semanais que aconteciam no noviciado e entregar ao mestre. Lembro-me de que estava muito desmotivado, então, tive a ideia de criar um blog e de colocar o que eu escrevia nele, para que mais pessoas tivessem acesso e eu me sentisse mais empolgado em escrever. O primeiro texto foi “A bonita vocação do Irmão Redentorista”. Esse texto surgiu durante o curso do Irmão Maciel sobre a história da nossa Congregação Redentorista, quando fiquei tocado com a importante e marcante presença dos irmãos redentoristas, principalmente na vinda para o Brasil. Escrevi o texto, então, pegando elementos que mostrassem essa importância e tentei propor nele um caminho para a formação das novas gerações de irmãos em nossa Congregação, cuja vocação, a meu ver, está em crise. Na ocasião, inclusive, enviei o texto para o Provincial, que gostou e o publicou no site da Província; em seguida, esse texto foi publicado nos

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sites de outras províncias também e isso me empolgou bastante. Depois, o blog foi tomando outras direções. Passei a escrever sobre minha experiência de fé, minhas participações nas missões redentoristas e, quando fui estudar Teologia, passei a escrever sobre os assuntos que eu mais gostava no curso. Posteriormente, fiz do blog um círculo bíblico online, postando reflexões a partir de textos bíblicos. Atualmente, escrevo textos voltados para as situações concretas, problemas vividos no Brasil e no mundo, como a crise econômica, a corrupção, a degradação do meio ambiente etc. Iluminando tudo isso com a Teologia. Mas, mesmo com todas essas fases, o intuito foi sempre oferecer uma experiência de fé. Todo aquele que acessa o blog encontra textos que tratam não só de coisas abstratas, mas de experiência com Deus. Muitas vezes, os leitores se identificam e partilham sobre o que os textos despertaram neles. Desde o início, foi pensando nisso que eu dei o nome para o blog de “Sabor da fé”. Eu quis um nome que significasse essa experiência, mostrando que a fé é sentida, que não se trata apenas de ideia, mas que ela é experimentada, que se faz concreta

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na vida do fiel, pois todo aquele que crê, experimenta a fé. E aquele que a experimenta, crê ainda mais. Como tem sido a interação com os internautas? Uma vez eu li um artigo que publicou um estudo sobre a interação dos internautas em blogs. Eles mostraram que apenas 5% dos internautas interagem. E é justamente isso que percebo. O número de acesso ao Sabor da Fé é razoavelmente grande, mas é bem pequeno o número daqueles que fazem algum comentário ou qualquer tipo de interação. A participação maior se dá na página que eu criei do blog no Facebook (facebook.com/sabordafe). Lá eu tenho um retorno maior. Você sempre teve facilidade e gosto pela escrita? A partir de quando começou a desenvolver mais o seu lado escritor? Gosto eu tenho muito, mas facilidade para escrever eu realmente não tenho. Meu lado escritor, que para mim é dúvida se realmente tenho, começou com o blog. Antes não gostava de escrever. Minha letra é péssima. Quando criança, lembro que uma professora

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Entrevista

ficou com raiva por não entender minha letra direito e jogou meu caderno no lixo na frente de todo mundo. Ainda bem que isso não criou um trauma tão profundo em mim. Caligrafia eu fiz o meu ensino fundamental inteiro, mas não adiantou nada. A sorte minha, agora, é poder usar os computadores para escrever meus textos, que desenham minha letra de forma perfeita. Além disso, sempre tive dificuldade com o português e minhas professoras de redação puxavam bastante minha orelha. No Sabor da fé, atualmente, é a Edda Barreto quem corrige minhas trapalhadas com a língua portuguesa, mas antes eu contava com a ajuda dos meus confrades Pe. Bruno e Pe. Alfredo, que, ao contrário de mim, têm grande facilidade com o português. Você considera o “Sabor da Fé” como fonte de evangelização na internet? Como você avalia a tecnologia digital nesse sentido? Eu não chamaria nada no mundo digital como “fonte” de evangelização. Prefiro chamar de “apoio”, ou de “subsídio”. Fonte, para mim, só se dá na vida real, no corpo a corpo. A internet pode tornar acessíveis as reflexões, as informações e despertar interesse e desejo de experiência com Deus. A internet pode contribuir como um convite eficaz, pois já vivemos conectados praticamente 24h, mas a pessoa deve ir além do que encontra na internet, pois a evangelização se dá no concreto, na vida em comunidade, na vida de oração, onde nos encontramos com Jesus pessoalmente.

Brenda Melo Juiz de Fora, MG

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Província do Rio participa da 11º ExpoCatólica

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e 02 a 05 de julho, a Província do Rio participou, pela primeira vez como expositora, da 11º ExpoCatólica, a maior referência no segmento de produtos e serviços para igrejas e para o turismo religioso católico da América Latina, realizada no Expo Center Norte, em São Paulo. Foram divulgadas as casas de retiros da Província (São José – Belo Horizonte/MG

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e Seminário da Floresta – Juiz de Fora/MG), que oferecem atendimento qualificado na área da espiritualidade, de encontros e congressos, e a Basílica de São Geraldo (Curvelo/MG), a única basílica dedicada exclusivamente a São Geraldo no mundo, que acolhe milhares de romeiros. Um desconto especial foi oferecido para quem fechou eventos nas casas de retiros durante

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a feira: 10% de bonificação na proposta. Outro atrativo foi a relíquia de São Geraldo, exposta no estande, chamando a atenção dos visitantes. O mascote Geraldinho também marcou presença e fez o maior sucesso. De acordo com o Secretário de Administração da Província, padre Flávio Leonardo Santos Campos, C.Ss.R., o evento foi oportuno para divulgar o que os Redentoristas propõem como evangelização. “Sendo a Expocatólica a maior feira católica da América Latina, a participação da Casa de Retiros São José, do Seminário da Floresta e da Basílica de São Geraldo foi uma boa oportunidade para tornar conhecidas essas realidades da Província do Rio de Janeiro. Fomos visitados por um número bem expressivo de pessoas que receberam informações e levaram nossos contatos. Estas podem ser potenciais clientes das casas de retiros ou ainda divulgadores delas. Para a basílica, foi também uma grande oportunidade de divulgar a Oitava de São Geraldo e a própria Basílica como lugar de peregrinação.

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Além da divulgação, a feira proporcionou para nós novos contatos comerciais e fornecedores para nossas necessidades. Num balanço geral, valeu a pena a experiência”, avaliou padre Flávio. Nesta edição, a ExpoCatólica apresentou cerca de 200 estandes com expositores de editoras e distribuidoras de livros, lojas de artigos religiosos e paramentos litúrgicos, agências de comunicação, rádios católicas, empresas de projetos de som, móveis, vitrais e sistemas integrados para igrejas, entre outros. De acordo com a organização do evento, a feira recebeu 18 mil visitantes este ano. Brenda Melo Juiz de Fora, MG

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III. O CREDO:

Creio em Deus Pai [...] criador do céu e da terra. Criador do céu e da terra

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Credo contém a síntese da nossa fé, mas representa uma armadilha quando entram em cena nossas projeções inconscientes, que o deturpam e não nos deixam ter uma fé adulta e madura. O Credo quer despertar nossa confiança em Deus e eliminar o medo que às vezes temos dele. O Irmão Emmanuel de Taizé nos alerta para um perigo: “Muitos medos, desejos e transferências inconscientes correm, de fato, o risco de identificar o Deus ‘todo-poderoso’ com um Deus que decidiria tudo aqui embaixo e controlaria particularmente os eventos, bons e maus, da vida de cada um; o Deus ‘criador do céu e da terra’ com um Deus que poderia, com um toque de varinha mágica, realizar instantaneamente seus projetos e resolver todos os problemas; o Deus ‘Pai’ com um Deus que adotaria um comportamento exclusivamente paternal no masculino; o Deus que vem ‘julgar os vivos e os mortos’ com um Deus que puniria ou rejeitaria um ou outro”. Nesse caso, corremos o risco de adorar a um Deus ídolo – um falso Deus – feito à nossa imagem e semelhança. Uma visão de Deus só é autêntica quando nos humaniza, ou seja, nos arranca do medo e nos imerge numa experiência de liberdade e de amor solidário.

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O Credo, depois de afirmar que Deus é Pai todo poderoso, diz que Ele é criador “do céu e da terra” (símbolo apostólico); a expressão quer dizer “tudo o que existe para além de Deus”. Muitos pensam que Deus criou o mundo e os seres vivos tais quais existem hoje. O relato da criação no Gênesis (cf. Gn 1, 1-2,4) é interpretado em sentido literal, como descrição exata do primeiro acontecimento do universo. Acontece que o livro do Gênesis não apresenta a criação numa perspectiva paleontológica ou arqueológica; nem o Credo tem essa pretensão. Nesse sentido, o Credo não está discordando das modernas teorias da evolução, como se o cristão devesse escolher entre aceitar a teoria da evolução ou acreditar na criação do universo por parte de Deus. O Credo não se opõe à teoria da evolução, ele apenas propõe como artigo de fé que tudo aquilo que existe tem seu fundamento último no dom gratuito de Deus. Os cristãos acolhem as informações que lhe chegam através da ciência, segundo a qual o universo tem, calcula-se, 15 bilhões de anos. A terra surgiu há 4,54 bilhões de anos, ou seja, 10 bilhões de anos depois. Houve um tempo no universo em que a terra não existia. No planeta, a vida começou há 3,5 milhões de anos. A vida humana é re-

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foi criado como existe hoje. Deus deu ao criado a possibilidade de ser mais, de evoluir rumo ao surgimento dos seres humanos, seus representantes na terra, os únicos com os quais ele estabelece um diálogo salvífico-amoroso. No Gênesis, lemos que Deus criou os animais “segundo sua espécie” (cf. Gn 1, 25), mas o ser humano ele criou “à sua imagem e semelhança” (cf. Gn 1,27). O ser humano é, pois, o ápice da criação. Deus o criou para si, para fazê-lo participante de seu amor. O amor se revela a razão última da criação. Deus quis sair de si para difundir o seu amor, para que outros fossem felizes com ele. O poder criador e recriador de Deus acompanha a história. Esta criação na qual nós estamos sempre recomeça, porque Deus não apenas criou, ele cria, recria, sustentando o universo com seu poder misericordioso. Deus é infinitamente criativo. Não se repete em nenhuma de suas criaturas. Cada folha que cai é diferente de todas as outras que já existiram. Cada ser é único. Mas o ser humano, infelizmente, tem poder para destruir o planeta pelo uso indevido dos bens naturais. O Papa Francisco, na sua encíclica sobre o cuidado com a casa comum (Laudato Si/Louvado sejas) faz um apelo à humanidade inteira para que salve a terra através de uma solidariedade globalizada. Precisamos salvar a terra, criação de Deus, para garanti-la às gerações futuras. Mas não só. Toda a obra de Deus está destinada a honrá-lo e glorificá-lo para sempre.

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cente. O homem consciente, livre e responsável teria surgido entre 150 a 35 mil anos atrás. A história humana, diante da história do universo e da própria terra, é ínfima. Espécies se extinguiram antes do surgimento da vida humana. Cientistas estimam, mas aqui se trata apenas de uma hipótese, que o sol aquecerá a terra numa temperatura suportável por mais uns 5 bilhões de anos. Nós podemos, portanto, ser cristãos e acolher a teoria da evolução. “Cremos que Deus criou através da evolução”. Mas Deus é uma causa transcendente, não detectável pela ciência. A criação tem causas imanentes, explicáveis pela ciência, e causas transcendentes, que a ciência não atinge, porque Deus não é uma causa entre as outras, ele atua no mundo como seu fundamento, dando o ser a tudo o que existe. O mundo existe porque Deus quis e ele o quis por amor, eis o que professamos no Credo. A criação de Deus é pura gratuidade, pois não existe nada que possa obrigar Deus a fazer isto ou aquilo. Em Deus não há necessidade, ele é pura liberdade. Acreditamos que ele criou do nada, ou seja, não havia o universo e o tempo antes que Deus os criasse. Os seres humanos só podem criar a partir de uma matéria prévia. Na verdade, eles produzem a partir do criado. Deus produz a partir do nada, ou seja, ele cria. Só ele é, em sentido estrito, criador, ou seja, a origem de tudo, do espaço, do tempo e da possibilidade de vida. Mas o mundo não

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A criação de Deus, por si mesma, merece ser respeitada, pois participa do plano salvífico de Deus e está destinada a participar da plenitude que ele é. Ela tende à “glória dos filhos de Deus” (cf. Rm 8,21). Enquanto querida e desejada por Deus, a criação não pode falhar, porque, não obstante a maldade que possa haver no mundo, a obra de Deus é boa (cf. Gn 1, 4. 10. 12. 18, 21. 25) e a ela está reservada um final feliz. A criação de Deus não fracassará.

De todas as coisas visíveis e invisíveis O Credo (símbolo niceno-constantinopolitano) afirma, ainda, que Deus é criador do “universo visível e invisível”. Hoje não gostamos muito de falar do mundo invisível. Ele nos parece irreal, somos, às vezes, por demais materialistas. O Credo, no entanto, propõe a existência do invisível. Em primeiro lugar, a expressão “de todas as coisas visíveis e invisíveis” faz alusão à totalidade do mundo criado. Mas a expressão se mostra libertadora ao descontruir as representações de um mundo invisível que manipula o ser humano à custa de sua liberdade. O mundo invisível emerge na cultura popular – às vezes na erudita – como o mundo dos espíritos, dos mortos, das energias ou mesmo de deuses do bem e do mal que lutam entre si. Na antiguidade, o maniqueísmo pregava a existência de um Deus bom, origem do bem, e a de um Deus mal, causa de

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todos os males. Há os que acreditam na existência de gnomos, extraterrestres, almas penadas etc. Representações ainda muito presentes em nossa cultura e que mantêm muitas pessoas no medo e na dependência, adeptas de ritos supersticiosos que visam manipular as forças invisíveis para obter proteção contra os poderes maléficos e bênçãos dos poderes benéficos. Mesmo no cristianismo estas práticas supersticiosas estão presentes, afastando as pessoas do essencial. O Credo cristão nos liberta destas representações supersticiosas. Quando rezamos no Credo que Deus é criador de todas as coisas visíveis e invisíveis, estamos afirmando que a totalidade do mundo, visível e invisível, está submetida ao poder criador de um Deus de bondade e misericórdia. Assim, a mensagem cristã expressa no Credo nos liberta do medo do mundo invisível e nos leva a confiar na radical bondade de Deus, porque, como diz São Paulo, “eu tenho certeza que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem as dominações, nem as coisas presentes, nem as coisas futuras, nem os poderes, nem a altura, nem a profundeza e nenhuma outra criatura poderá nos separar do amor de Deus manifestado em Jesus Cristo nosso Senhor” (Rm 8, 38-39). O mal existe, mas sabemos que não há um Deus do mal. Não há poder maléfico capaz, por ele mesmo, de nos separar da bondade e do amor de Deus manifestados em Cristo. Pe. Paulo Sérgio Carrara, C.Ss.R. Belo Horizonte, MG

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Formação Redentorista

erca de 30 confrades redentoristas de todas as Províncias e Vice-Províncias brasileiras participaram do Encontro Nacional de Formadores e Promotores Vocacionais, em Campina Grande (PB), de 13 a 17 de julho. O padre José Maurício de Araújo, C.Ss.R., formador da Comunidade Vocacional São Clemente, e o padre Alfredo Avelar, C.Ss.R., formador da Comunidade Vocacional Santo Afonso, representaram a Província do Rio de Janeiro neste evento. Com assessoria do padre Dalton Barros, C.Ss.R., confrade da Província do Rio sempre muito atuante no campo formativo, os participantes puderam trabalhar uma nova reflexão para o próximo quatriênio. Os formadores e promotores vocacionais estudaram a dimensão humano-antropológica e partilharam experiências sobre os desafios da formação redentorista na atualidade. Para o pe. José Maurício, o encontro apresentou perspectivas de trabalho que ajudarão a enfrentar as dificuldades e contribuirão para o crescimento dos formadores. “O pe. Dalton retomou os elementos da estrutura do ser humano, aquilo que nós somos, e como possibilidade de trabalho, acredito que é sempre levar em consideração a pessoa com a sua história, sua caminhada, trabalhar a questão do evangelho como boa nova e libertação em todos os níveis, trabalhar a formação na perspectiva da educação e, sobretudo, incentivar

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a realidade comunitária para ser vivida, partilhada, buscando a unidade do carisma e da missão, tornando a vocação de cada um como projeto existencial de vida. O desafio maior é realmente ‘levar fé na moçada de hoje’, citando a expressão usada pelo próprio padre Dalton. Nós, formadores, não somos os donos da verdade, mas estamos aqui como colaboradores para que cada um encontre o seu sentido de vida e viva mais profundamente a sua história na Congregação Redentorista”, declarou o sacerdote. No encontro, pôde-se perceber um bom número de formadores novos, o que traz também outros ares para a formação redentorista no Brasil. “Esperança é sempre a palavra que nos move na perspectiva formativa. Nós levamos a formação com muita seriedade na nossa Província, o investimento é muito alto, e a gente percebe o quanto nos alimentamos dessa esperança”, afirmou padre José Maurício. O próximo Encontro Nacional de Formadores e Promotores Vocacionais Redentoristas será realizado em Manaus (AM). Brenda Melo Juiz de Fora, MG

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Encontro do Governo Geral com os novos Superiores de Língua Latina

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urante uma semana, entre 29 de junho a 5 julho, 21 Superiores (Vice) Provinciais e o Coordenador da Conferência da América Latina e do Caribe participaram da reunião do Conselho Geral, no início do quadriênio 2015-2018. Segunda-feira, dia 29, a reunião foi realizada em Roma (Itália). Foi um dia rico de informações. Os assuntos tratados foram: questões financeiras, trabalho da Comissão para a solidariedade, Academia Alfonsiana, “Colégio Maior”, trabalho do Postulador Geral, do Instituto Histórico, do Arquivo Geral e da Secretaria-Geral. Nos dias anteriores, os superiores tinham participado das celebrações de 27 e 28 de junho: a Festa de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro,

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em Roma, e a abertura oficial do Ano Jubilar pelos 150 anos da presença do ícone de Maria do Perpétuo Socorro com os Redentoristas. Terça-feira, dia 30, o grupo seguiu para Scala, Pagani e Materdomini, onde continuou a reunião. No dia 5 de julho, os participantes retornaram a Roma. PARTICIPANTES Havia três Superiores da Conferência da Europa (das províncias de Nápoles, Madrid e França); dois da Conferência da África (Angola e Madagascar), nove Su-

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periores do Brasil (dentre eles, o Provincial do Rio de Janeiro, Padre Américo de Oliveira, C.Ss.R.) e sete da América espanhola. Neste quadriênio, todos os superiores das nove unidades brasileiras são novos. O Padre Geral e os Conselheiros Gerais participaram ativamente da reunião. PARTILHA FRATERNA A atmosfera do encontro foi muito positiva, alegre, intensa, com partilha fraterna, muitas oportunidades para o diálogo e para a partilha de experiências. Houve momentos de muita informação, experiências de vida compartilhadas, diálogo no conhecimento e experiência no governo e na vida das (vice) províncias. Da mesma forma, houve oportunidade para refletir, ouvir, dialogar, apresentar propostas e ideias. ORAÇÃO A Eucaristia foi celebrada diariamente em Materdomini, no Santuário e perto do túmulo de São Geraldo, bem como os momentos de oração, preparados por pequenos grupos de supe-

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riores. As celebrações foram motivadas com muita inspiração e alegria fraterna. Foi um período muito intenso com um programa bastante completo, mas muito gratificante. Os Redentoristas entraram em contato com as origens da Congregação. Visitaram Scala (a “gruta” de Santo Afonso, a Casa da Comunidade, a Casa Anastasio e o mosteiro das Irmãs Redentoristas). Celebraram a Eucaristia em Pagani, no túmulo de Santo Afonso, apreciaram a música e visitaram o museu Alfonsiano. Domingo, 5 de julho, os participantes celebraram a Eucaristia em Ciorani, a Casa-Mãe da Congregação. Visitaram a Casa do Capítulo, renovaram seus votos na Congregação e foram ao museu Alfonsiano. A partir daí, foram para Marianela (Nápoles), o local de nascimento de Santo Afonso. Os confrades ficaram entusiasmados com a promessa de levar a cabo a missão da Congregação e de apoiar uns aos outros em situações difíceis, onde às vezes há ambiguidade, incerteza e alguma solidão. Pe. Enrique Lopez, C.Ss.R. Vigário Geral da Congregação Redentorista Roma, Itália

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Visita do Padre Robson ao Santuário do Perpétuo Socorro em Campos é confirmada para outubro

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Assessoria de Comunicação do padre Robson de Oliveira, C.Ss.R., Superior Provincial dos Redentoristas de Goiás, confirmou a ida dele ao Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Campos dos Goytacazes (RJ), no dia 25 de outubro deste ano, e não mais no dia 08 de novembro, como já havia sido divulgado em entrevista concedida pelo padre José do Carmo Zambom, C.Ss.R., reitor

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do Santuário, na edição de junho de 2015 do AKIKOLÁ. Essa visita à Província do Rio de Janeiro faz parte da programação das comemorações do Ano Jubilar pelos 150 anos da entrega do Ícone da Mãe do Perpétuo Socorro aos cuidados dos Missionários Redentoristas, organizada pela União dos Redentoristas do Brasil (URB). O padre Robson realizará uma peregrinação nacional com o ícone mariano em todas as Províncias e Vice-Províncias brasileiras, especialmente nos lugares dedicado a ela ou onde a novena perpétua for mais expressiva. De acordo com o padre Zambom, a peregrinação do ícone com a presença do padre Robson também será oportuna para festejar os 60 anos da construção do Santuário da Mãe do Perpétuo Socorro em Campos. Brenda Melo Juiz de Fora, MG

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A Obra Social Sagrada Família (Campos dos Goytacazes/RJ), realizou seu 1º Arraiá Social com a presença de seus usuários, educadores sociais e voluntários. O evento aconteceu no salão Padre Gabriel, no dia 27 de julho. “Foi uma tarde bem divertida e animada, com danças, comidas típicas e bons bate-papos. Momento de interação entre todos os participantes”, disse Giziane Figueira, coordenadora da unidade social. No evento, foi apresentado o novo diretor da Obra Social: Pe. Anderson Trevenzoli, C.Ss.R. “Ele tem se mostrado bem receptivo e acolhedor, são grandes as expectativas, pois o padre Anderson que ir além e tem traçado ideias junto à equipe técnica, participado dos eventos que a obra social vem realizando e dando sempre o seu apoio”, afirmou Giziane. Na Obra Social Sagrada Família, anualmente, são oferecidos os cursos de cabeleireiro com aulas semanais (tarde e noite); corte e costura (manhã e tarde); e crochê (tarde). Semestralmente, são ofertados os cursos de depilação, manicure e informática, também com aulas semanais, no período da tarde e da noite. Além disso, é realizado, quinzenalmente, o Grupo de Convivência para a Terceira Idade, sendo atendidos cerca de 30 idosos. Palestras socioeducativas para gestantes são feitas mensalmente. Todas essas atividades visam sempre a autopromoção, a inclusão social e a melhoria da qualidade de vida dos jovens, adultos e idosos. Atualmente, são atendidos cerca de 150 usuários por mês.

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Aconteceu na Província

Arraiá Social

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