Akikolá - Junho/2015

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Editorial

Palavra do Provincial

Jubileu de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

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ntre as mais significativas invocações à Maria Santíssima, Mãe de Jesus e nossa, está a de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Trata-se de um ícone (quadro) bizantino muito antigo, pintura sobre madeira com 54 cm de altura por 41,5 cm de largura, que retrata a Virgem Maria Mãe de Deus, o Menino Jesus e os arcanjos São Miguel e São Gabriel. Um ícone é uma obra inspirada por Deus, fruto da oração e da contemplação do artista.

No entanto, o maior destaque do ícone não se concentra em Maria, mas no menino Jesus; pois Ele é o único personagem que aparece de corpo inteiro. Maria nos apresenta Jesus Cristo e nos conduz a Ele, nosso único Salvador. Como afirma Santo Afonso: “Um verdadeiro devoto de Maria nunca se perde”. É um ícone da paixão, ou seja, nos transmite a salvação em Cristo, por isto ele aparece cercado pelos instrumentos da paixão, através da qual Ele nos redime.

Expediente: Coordenação: Pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R. Jornalista Responsável: Brenda Melo - MTB: 11918 Projeto gráfico: SM Propaganda Ltda Impressão: Gráfica América Tiragem: 2.000 exemplares

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Durante trezentos anos, o Ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi venerado na Igreja São Mateus em Roma. Mas, sendo esta Igreja destruída durante a guerra, ele foi transferido para a capela particular do convento dos agostinianos. A pedido do Superior Geral dos Redentoristas, o Beato Papa Pio IX entregou aos Missionários Redentoristas o Ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro para que fosse colocado na Igreja Santo Afonso, construída no mesmo lugar da antiga Igreja São Mateus, e que o tornasse conhecido no mundo inteiro. No dia 26 de abril de 1866, o Ícone foi exposto novamente à veneração pública. E os Redentoristas levaram a devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro aos cinco continentes.

Para a celebração dos 150 anos de restauração do culto público ao Ícone, o atual Superior Geral dos Redentoristas, Pe. Michael Brehl, fez a convocação para um jubileu especial com as seguintes palavras: “Pela presente, convoco oficialmente o Ano Jubilar que terá inicio no dia 27 de junho deste ano de 2015, com a festa de Nossa Mãe do Perpétuo Socorro, e que se prolongará até 27 de junho de 2016, festa igualmente de Nossa Mãe do Perpétuo Socorro”. Que o Jubileu de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro seja um tempo de graça para todos nós! Seguindo o exemplo Maria, sejamos verdadeiros discípulos missionários de Jesus Cristo! Pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R. Superior Provincial

Aniversariantes Junho 27/06 ... Pe. José Raimundo Vidigal, C.Ss.R.

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Entrevista

Pe. José do Carmo Zambom, C.Ss.R. Reitor do Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro conta como estão os preparativos para a festa em honra à padroeira dos Redentoristas em Campos dos Goytacazes (RJ). O que o Santuário está preparando para a festa e novena de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro esse ano? É do conhecimento de muitos que neste ano de 2015 aconteceram as mudanças de confrades em nossas comunidades. No Santuário, chegaram quatro missionários. Desde a chegada em fevereiro, o foco era o entrosamento da comunidade apostólica entre si com a comunidade do Santuário e suas pastorais e movimentos. Não perdendo de vista, por exemplo, os tempos fortes como a quaresma, semana santa, semana de oração pela unidade dos cristãos, e claro, a festa da padroeira do Santuário, a Mãe do Perpétuo Socorro. Tudo está sendo encaminhado para que a festa possa acontecer. As várias equipes organizadas para cada tarefa estão a todo vapor. Como é de praxe, a novena será de 18 a 26 de junho. Antes, porém, vai acontecer no dia 14 de junho (domingo), uma carreata, motoceata e ciclismo nas

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ruas do bairro e adjacências com o intuito de chamar a atenção para a festa que vai começar. A novena começa às 05h da manhã, com caminhada orante de vários pontos em direção ao Santuário. Vão acontecer duas atrações na festa deste ano: dia 21 de junho, um conjunto musical, e no dia 26, um concerto mariano. Só com prata da casa! Como o Santuário irá comemorar o ano jubilar dos 150 anos da entrega do ícone do Perpétuo Socorro à Congregação? A novena e festa de Nossa Senhora do Perpétuo deste ano será o pontapé inicial do ano jubilar. Dentro das comemorações dos 150 anos do ícone da mãe do Perpétuo Socorro sob a responsabilidade dos Missionários Redentoristas, iremos comemorar os 60 anos do nosso Santuário em Campos dos Goytacazes/RJ. Para as comemorações do jubileu dos 150 anos, a União dos Redentoristas do Brasil fechou uma parceria com

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Entrevista

múltiplas demandas das pessoas, há uma invencionice exagerada de coisas que acaba ofuscando o anúncio do evangelho. Quanto ao ser/estar reitor, estou tentando aprender. Como está o processo de restauração do Santuário e de que maneira os fiéis podem contribuir com esse projeto? o Pe. Robson, C.Ss.R. – Pai Eterno/ Goiás para fazer uma peregrinação com o ícone mariano em todas as Províncias e Vice-Províncias, principalmente, nos lugares dedicado a ela ou onde a novena perpétua for mais expressiva. Na Província do Rio, a peregrinação do ícone com o Pe. Robson foi agendada para o dia 08 de novembro, domingo, às 17h30, com transmissão pela Rede Vida. Quais são as melhores alegrias e os maiores desafios que o senhor enfrenta como reitor de um grande santuário? Parece-me meio cedo para falar das melhores alegrias. Sinto bem em viver as alegrias de cada dia. Assim é menos estressante. No que tange aos desafios: desde muito tempo, vejo como algo desafiador a evangelização. Num mundo plural como o nosso, haja projeto e criatividade! Às vezes, no intuito de responder às

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O lema deste ano no Santuário é: olhar com gratidão o passado, viver com paixão o presente e abraçar com esperança o futuro. Assim vamos tentando encampar o mesmo espírito que motivou a comunidade a assumir o projeto de restauração em suas várias fases. Está sendo restaurado, atualmente, a frente da casa (conhecida pela população como convento). Se tudo correr como o planejado, a ideia é lançar uma campanha para dar sequência à restauração na festa da nossa padroeira, em junho deste ano. Serão confeccionados os carnês para serem oferecidos às pessoas. O sonho é que com esta campanha possamos terminar a parte externa da casa. Há também o incentivo à colaboração através de ofertas, doações, partilha (dízimo). Está sendo estudado como motivar essas frentes de arrecadação. Brenda Melo Juiz de Fora, MG

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Interparoquial acontece em BH

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erca de 70 pessoas participaram do encontro interparoquial que envolve as paróquias e os santuários redentoristas da Província do Rio, de 15 a 17 de maio, na Casa de Retiros São José, em Belo Horizonte (MG). Coordenado pelo Pe. Luis Carlos, C.Ss.R., Secretário de Vida Pastoral, e pelo Pe. Anderson Trevenzoli, C.Ss.R., Secretário de Comunicação, o evento contou com a presença do Padre Provincial Américo de Oliveira, C.Ss.R. e do Padre Ricardo Alexandre, C.Ss.R., Reitor da Comunidade Redentorista da Floresta (Juiz de Fora - MG). Como subsídios para estudo

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e partilha, foram usados dois documentos da CNBB: Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil (99) e Comunidade de Comunidades – Uma Nova Paróquia, A Conversão Pastoral da Paróquia (100). “O intuito foi promover a tomada de consciência da necessidade de se trabalhar nas paróquias e nos santuários a conversão pastoral dentro do espírito do Papa Francisco, por uma ‘Igreja em saída’, que promova a ‘cultura do encontro’, ‘utilizando-se da comunicação como processo social a serviço das relações entre homens e mulheres, favorecendo a comunhão e a cooperação entre as pessoas’”, disse Pe. Anderson.

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Juventude Missionária Redentorista se reúne em Juiz de Fora

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Seminário da Floresta, casa de retiros da Província do Rio localizada em Juiz de Fora (MG), acolheu aproximadamente 100 jovens missionários redentoristas dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, de 29 a 31 de maio. O encontro foi assessorado pelo Padre Bruno Alves Coelho, C.Ss.R., promotor vocacional da Província, que falou para a juventude sobre evangelização. Participaram também o Pe. Américo de Oliveira, Pe. Flávio Leonardo e os seminaristas das Comunidades São Clemente e Santo Afonso. A jornalista Brenda Melo, membro da Comissão Na-

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cional da Juventude Redentorista, também fez uma apresentação sobre as propostas da comissão para a JUMIRE. De acordo com o Provincial, Padre Américo de Oliveira, C.Ss.R., o objetivo é fortalecer os laços com os jovens: “A Província do Rio já tem uma caminhada bonita de abertura e de parceria com a juventude. Queremos consolidar esta experiência. Como fruto deste encontro, foi constituída uma equipe de coordenação da JUMIRE em nível provincial. Ela é formada por jovens representantes das diversas unidades e por Redentoristas que trabalham com a juventude”.

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Espiritualidade

O CREDO: Creio em Deus Pai todo-poderoso Creio em Deus – Creio em um só Deus Continuando nosso comentário teológico-espiritual ao Credo, passemos à sua primeira afirmação: “Creio em Deus Pai todo-poderoso” (símbolo apostólico). O símbolo niceno contém pequeno acréscimo: “Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso”. Por que a especificação um só Deus? No AT, o povo vivia tentado pelos ídolos pagãos, deuses falsos aos quais alguns prestavam culto a fim de conseguir favores (cf. 1 Rs 21). Os ídolos são deuses manipuláveis segundo necessidades egoístas. Depois, em seu encontro com a cultura grega, os cristãos se depararam com o politeísmo, crença na existência de vários deuses. Talvez por isto a precisão: creio em um só Deus. O único Deus é aquele revelado em Jesus Cristo: Pai, Filho e Espírito Santo. São três pessoas numa unidade de essência. A palavra é difícil, mas o significado nem tanto: a diferença está nas pessoas que estão unidas

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entre si por uma mesma substância. O cristianismo se caracteriza como monoteísmo trinitário: cremos em um só Deus que são três pessoas (Ele é comunhão e autodoação absolutas). Ele é amor antes mesmo de se manifestar a nós. Se cremos em um só Deus e nossa fé é autêntica, renunciamos à idolatria do prazer, do ter, do poder; deuses falsos aos quais não queremos prestar culto. Infelizmente, muitos contemporâneos nossos se entregam a esses deuses com uma confiança total e inabalável. Eis a origem de todos os males. Creio em Deus Pai Como sabemos que Deus é Pai? A resposta é simples: Assim Jesus nomeou Deus. O termo Pai no AT aparece atribuído a Deus algumas poucas vezes, sempre em sentido metafórico. Deus é Pai porque libertou o povo do Egito e fez com ele uma Aliança no deserto, ou seja, Ele agiu como se fosse um Pai para Israel. No NT o termo Pai é a pala-

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O evangelista João tem preferência pela designação Pai. O Deus do Quarto Evangelho é aquele do qual Jesus é o Filho (cf. Jo 5,25; 10,36; 11,4). O Pai envia o Filho ao mundo (cf. Jo 13,16). Jesus veio do Pai (cf. Jo 8,42; 16,28). Deus e Pai são palavras que, para João, querem dizer a mesma coisa. O Verbo (Jesus) desde sempre estava com Deus (cf. Jo 1,1). O Filho unigênito está no seio do Pai (cf. Jo 1,18). Só o Filho viu o Pai (cf. Jo 6,46). Na páscoa, Jesus passa deste mundo ao Pai (cf. Jo 13,1; 20,17). A revelação do Pai se dá no Filho que ele mesmo enviou. E não há outra razão para este envio, a não ser o amor de Deus: “Nisto se manifestou o amor de Deus por nós: Deus enviou o seu Filho único ao mundo para que vivamos por ele” (1Jo 4,9). Antes de vir ao mundo, Jesus, o Verbo, já era o Filho e estava numa relação de amor com o Pai. A encarnação de Jesus significa que o Filho assumiu a nossa humanidade. Desde então, nossa humanidade está no Filho – e estará para sempre. A relação de Jesus com seu Pai se mostra tão especial que ele fala de Deus como meu Pai e vosso Pai. No Evangelho de João, no relato da aparição do ressuscitado a Maria Madalena, Jesus ordena: “Vai, porém, a meus irmãos e dize-lhes: subo a meu Pai e vosso Pai; a

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vra que melhor designa Deus. E tal utilização vai crescendo na medida em que nos evangelhos vão sendo escritos: 4 vezes em Marcos; 17 em Lucas; 30 em Mateus; o recorde fica com João, 120 vezes. Jesus jamais se dirige a uma divindade ou a um poder supremos. Seu Deus é uma pessoa que ele chama de Abba (Paizinho). No NT Deus é Pai e tem um único Filho: Jesus Cristo. Jesus tem um modo muito especial de se relacionar com Deus. Sua vida encontra sua explicação última no mistério do Pai, fonte de seu ser, de sua vida, de seu agir. Os cristãos das primeiras comunidades, ao pronunciarem o nome de Deus, pensam no Pai de Jesus Cristo. Se Jesus é o Filho de Deus, Deus deve ser chamado de Pai (cf. 2Cor 1,19; Gl 2,20). São Paulo atribui sua conversão ao fato de Deus ter nele revelado o seu Filho: “Houve por bem revelar em mim o seu Filho” (Gl 1,16). Deus enviou seu Filho na plenitude dos tempos (cf. Gl 4,40). Há muitos textos que qualificam Deus de Pai: “Bendito seja o Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo” (2Cor 1,3). “Existe um só Deus, o Pai, de quem tudo procede e para o qual caminhamos, e um só Senhor Jesus Cristo, por quem tudo existe e para quem caminhamos” (1Cor 8,6). O nome Deus, no NT, indica aquele que é o Pai de Jesus Cristo.

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meu Deus e vosso Deus” (Jo 20,17). Também em Mateus, Jesus utiliza as expressões meu Pai e vosso Pai: “Se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai que está nos céus dará coisas boas aos que lhe pedem!” (Mt 7,11); “nem todo aquele que me diz Senhor, Senhor entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que pratica a vontade de meu Pai que está nos céus” (Mt 7,21). Estes exemplos mostram que, de fato, a relação de Jesus com o Pai, que aparece, sobretudo, nas suas orações, tem um caráter único. Apesar de Jesus afirmar que Deus é Pai de todos, ele revela que Deus é antes de tudo seu Pai. Creio que Deus é nosso Pai Jesus é, desde toda a eternidade, o Filho de Deus. “Ninguém jamais viu a Deus: o Filho Unigênito que está no seio do Pai é que abriu caminho para ele” (Jo 1,18). Mas o Filho único, ao assumir nossa condição humana, nos deu acesso à paternidade de Deus e nos tornamos também filhos de Deus. Jesus, enquanto primogênito, foi gerado primeiro para se tornar irmão de muitos (cf. Rm 8,29). Quem foi batizado no Cristo se revestiu de Cristo (cf. Gl 3,26). Segundo Paulo, os cristãos são constituídos filhos de Deus por

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adoção (cf. Rm 8,14-17), porque se tornam filhos no Filho. A filiação dos cristãos é uma filiação real, porque em Cristo nos tornamos verdadeiros filhos de Deus. A filiação do cristão é carregada de realismo: “Vede que manifestação de amor nos deu o Pai, sermos chamados filhos de Deus. E nós o somos!” (1 Jo 3,1). Somos nascidos de Deus (cf. Jo 1,12-13; 3,1-11; 1Jo 2,29–3,10; 4,7; 5,1; 5,18). O Filho nos comunica sua filiação e, nele, somos filhos e podemos chamar Deus de Pai. Que tipo de Pai Deus é? Em Lc 15,11-32, Jesus nos conta uma parábola sobre o Pai que acolhe o filho que se perdera. Acolhe com amor, ternura, benevolência e misericórdia infinita. Podemos, então, confiar num Pai que trata dessa maneira seus filhos. Ele só quer e só faz o que é melhor para nós. Seu perdão fica à nossa disposição, basta que o aceitemos para que aconteça em nossa vida e a transforme. Faria bem a nossa espiritualidade se aprendêssemos a chamar Deus de Pai com toda confiança filial. Isso encheria nosso coração de alegria e daria uma orientação mais otimista à nossa vida, fundada na bondade de nosso Pai que nos chamou à vida e nos quer bem. Pe. Paulo Sérgio Carrara, C.Ss.R. Belo Horizonte, MG

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Santas Missões em Montanha (ES) Alô, alô, gente amiga! Viva, viva! Salve, salve! Deus tem mesmo lá seus desígnios e caminhos que realmente não são os nossos. São até mesmo surpreendentes! Na minha espera para a missão em Moçambique (África), quis a sua providência que eu fosse experienciar o gostinho bom das coisas e sinais do seu reino nas Santas Missões Redentoristas, no mês de maio, em Montanha, norte do Espírito Santo, conhecida como a capital da amizade. De fato, encontramos um povo simpático, hospitaleiro e cordial. Atributos que ajudam a estabelecer proximidade e amizade. Nesta cidade, estive, pela primeira vez, quando era formando em Filosofia. Minha estada foi de apenas 15 dias. Nossa Província manteve uma frente missionária de 82 a 86. Os padres Barbosa, José Miguel, Waldo, Assis e o ir. Aníbal compunham a equipe missionária. Impossível não tê-los comigo agora na minha lembrança saudosa. As Santas Missões contaram com a coordenação dos padres Neílton, Adilson e Adão, da Bahia. Da nossa Província colaboraram os padres: André, Alfredo, Bruno, Fagner e Ronaldo; irmãos: Domingos e Pedro Magalhães; e os seminaristas: Rociny, João Paulo e Rubens, do Ano SPES.

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A Paróquia Nossa Senhora Aparecida tem como pároco o Padre Fernando Forza e o auxiliar é o Padre Inizael. Segundo o Padre Fernando, ao pedir as Santas Missões, ele queria que nós, Missionários Redentoristas, com nosso carisma popular, antes de mais nada, afervorássemos o ardor missionário dos fiéis católicos. A setorização da Paróquia, trazendo de volta os indiferentes e afastados, era também objetivo a ser alcançado. Creio que atingimos pelo menos o primeiro objetivo, afirmo pela minha própria experiência. Voltei com a sensação do dever cumprido. “Fica sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas, nas mãos que sabem ser generosas. Dar ao próximo alegria parece coisa tão singela, aos olhos de Deus, porém, é das artes a mais bela”. É importante mesmo dar ao próximo alegria? Não será exagero dizer que é uma arte? Acho que não. Neste nosso contexto de cenário um tanto cinzento, sombrio, de algumas incertezas e desilusões, dar e trazer alegria é missão de todos nós. Neste ano da vida consagrada, sobretudo nós religiosos devemos ser os protagonistas desta alegria evangélica. Pe. Ronaldo Divino de Oliveira, C.Ss.R. Belo Horizonte, MG

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Exposição conta história do bispo redentorista Dom José Brandão

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romovida pelo Arquivo da Província do Rio em parceria com a Biblioteca Redentorista, a exposição Dom José Brandão, C.Ss.R.: Um fiel seguidor de Santo Afonso apresenta paramentos e objetos utilizados pelo bispo redentorista em meados do século XX, como sapatos, meias, luvas, mitras, barretes e estolas. O evento tem o intuito de valorizar o acervo provincial e divulgar a vida e obra de Dom Brandão, tão importante na história da Congregação e da Igreja. “O bispo completaria 96 anos de idade no dia 24 de maio de 2015 se estivesse vivo. Por isso, escolhemos a proximidade desta data para a abertura do evento”, afirmou o historiador Rafael Bertante, auxiliar do Arquivo da Província e organizador da mostra. Na abertura da exposição, no dia 22 de maio, uma mesa redonda composta pelo Superior Provincial, Pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R., pelos padres Braz Delfino, C.Ss.R., José Raimundo Vidigal e Dalton Barros, além do historiador Rafael Bertante, abrilhantou a noite, apre-

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sentando ao público presente a trajetória vocacional de Dom Brandão. Bertante relatou que o nome da exposição foi escolhido com a ajuda do padre Braz Delfino, C.Ss.R., que definiu a expressão “um fiel seguidor de Santo Afonso” para se referir a Dom Brandão por retratar a atitude e o empenho do bispo em lutar pelos mais necessitados, fazendo-o um verdadeiro Redentorista. Ao relatar essa associação, o seminarista Jefferson Lucas foi convidado para declamar o poema “Exaltação

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Padre Américo, professor Cruz, padre Vidigal, historiador Rafael, padre Braz e padre Dalton.

a Santo Afonso”, escrito por Dom José Brandão em 1982, pela passagem dos 250 anos de fundação da Congregação Redentorista. Diversas curiosidades sobre sua vida foram relatadas pelo padre Braz, que descreveu a passagem do bispo pela Congregação. Já o padre Vidigal, primo de segundo grau de Dom Brandão, contou como foi sua convivência com ele, que o levou para o Seminário de Congonhas e o ordenou sacerdote, juntamente com o padre Dalton. Entre tantas lembranças, citou os hinos compostos pelo bispo e relatou uma romaria que fizeram juntos pelos lugares afonsianos na Itália. “Pude perceber a alma poeta de Dom Brandão, quando comparou a estrada sinuosa a uma poesia. Ele escrevia poemas muito essenciais. Falava muito em poucas palavras. Além de meu parente foi também um confrade que-

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rido e um grande pregador”, disse padre Vidigal. Em seguida, o sr. Cruz, que foi professor no Seminário da Floresta, foi chamado pelo padre Dalton para contar algumas histórias e falar da sua relação com D. Brandão, além de ler diversas cartas trocadas pelos dois. Padre Dalton destacou o trabalho do bispo com as crianças e falou sobre sua sensibilidade e alma poética. Ele afirmou, ainda, que sua experiência o construiu como defensor dos pobres. A exposição Dom José Brandão, C.Ss.R.: Um fiel seguidor de Santo Afonso segue até o dia 26 de junho no saguão da Biblioteca Redentorista (Av. dos Andradas, 855 - Morro da Glória - Juiz de Fora, MG). A visitação acontece de segunda a sexta, de 9h às 17h. Brenda Melo Juiz de Fora, MG

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Seminaristas e formadores da CVSA acolhem seus familiares

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Encontro dos Familiares da Comunidade Vocacional Santo Afonso (CVSA) aconteceu entre os dias 8 e 10 de maio, no Seminário da Floresta, em Juiz de Fora (MG). O evento, que contou com a participação de 51 familiares, transcorreu em um clima de alegre convivência e partilha de vida. Nossos parentes e amigos tiveram a oportunidade de nos conhecer mais, através de vídeos e palestras sobre a Congregação Redentorista, seu fundador, Santo Afonso e sobre o nosso cotidiano: como vivemos, trabalhamos, estudamos e rezamos.

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O encontro contou com a assessoria da psicóloga Andréia, que trabalhou com os seminaristas e suas famílias as relações familiares. À noite, após um animado sarau, convivemos com causos e músicas à beira da fogueira. Contamos com a presença do Padre Américo, C.Ss.R., Superior Provincial, do Pe. Alfredo Avelar, C.Ss.R., formador da CVSA, Padre José Maurício, C.Ss.R. com a Comunidade Vocacional São Clemente e dos Padres Ricardo Alexandre, C.Ss.R. e Vanderlei Sousa, C.Ss.R., Redentoristas residentes naquela casa. No domingo, foi realizada a Eucaristia, seguida de almoço e entrega de presentes para as mães. Que Santo Afonso, nosso patrono e fundador, interceda por nós! Ir. Pedro Magalhães Gomes, C.Ss.R. Juiz de Fora, MG

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O encontro de formação para os superiores locais, párocos e ecônomos da Província do Rio aconteceu de 25 a 27 de maio, na Casa de Retiros São José, em Belo Horizonte (MG). O evento foi coordenado pelo padre provincial Américo de Oliveira, C.Ss.R. e contou com 19 participantes. A manhã de terça-feira foi dedicada à partilha de experiências. À tarde, com a assessoria da psicóloga Ana Lúcia, a liderança foi o tema abordado. No jantar, os participantes receberam a visita dos confrades da Comunidade Vocacional Dom Muniz, do irmão Pedro Aniceto e do padre Ronaldo de Oliveira. O jantar festivo foi em comemoração ao aniversário do padre Ronaldo, que em breve vai trabalhar nas missões redentoristas em Moçambique (África).

Aconteceu na Província

Encontro de Reitores, Párocos e Ecônomos

VEM AÍ: Encontro dos Colegas Redentoristas de Congonhas Nos dias 17, 18 e 19 de julho, será realizado no Seminário da Floresta, em Juiz de Fora (MG), o 35º Encontro Anual dos Colegas Redentoristas de Congonhas. O evento reunirá seminaristas, religiosos e padres que estudaram em Congonhas, onde funcionava o Seminário Menor da Província do Rio. Durante os dias do encontro, os colegas e familiares aproveitarão para matar as saudades. Na noi-

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te de sábado, será realizada uma “sessão solene”, quando apresentam-se artistas e o antigo coral. O momento mais importante é a missa no domingo, às 10 horas. Para participar, faça sua reserva pelo telefone (32) 32357408 ou escreva para adm@ seminariodafloresta.com.br. Informou: Luciano Dutra Juiz de Fora, MG

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