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Editorial
Palavra do Provincial ENVIAI, SENHOR, OPERÁRIOS À VOSSA MESSE!
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em 1964, no quarto domingo da páscoa, o Dia Mundial de Oração pelas Vocações Sacerdotais e Religiosas (DMOV).
Com a finalidade de toda a Igreja realizar este pedido de Jesus, o Papa Paulo VI instituiu,
Este ano, celebra-se o 54º Dia Mundial de Oração pelas Vocações Sacerdotais e Religiosas, cujo tema é “Impelidos pelo Espírito para a Missão”. Na mensagem para este dia, o Papa Francisco se detém na dimensão missionária da vocação cristã. Ele afirma que “todos os cristãos são constituídos missionários do Evangelho”. E faz o seguinte pedido: “Peço às comunidades paroquiais, às associações e aos numerosos grupos de oração presentes na Igreja: sem ceder à
evangelista Mateus nos conta que Jesus percorria todas as cidades e aldeias, ensinava nas sinagogas, pregava o Evangelho do Reino e curava toda doença e enfermidade. Teve compaixão das multidões, pois estavam cansadas e abatidas como ovelhas sem pastor. Então, disse aos discípulos: “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, pedi ao Senhor da Messe que mande operários para sua messe”. (Mt 9,38). Em seguida, Ele chamou os doze apóstolos.
Expediente: Coordenação: Pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R. Jornalista Responsável: Brenda Melo - MTB: 11918 Projeto gráfico: SM Propaganda Ltda Impressão: Gráfica América Tiragem: 2.000 exemplares
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tentação do desânimo, continuai a pedir ao Senhor que mande operários para a sua messe e nos dê sacerdotes enamorados do Evangelho, capazes de se aproximar dos irmãos, tornando-se, assim, sinal vivo do amor misericordioso de Deus”.
nascem de uma Igreja orante.
Interpelados pelo 54° dia Mundial de Oração pelas Vocações Sacerdotais e Religiosas, assumamos o compromisso de rezar pelas vocações e que nossas Paróquias e Santuários sejam ambiente favorável para o As Constituições da Congre- despertar, o germinar, o florescer gação Redentorista lembram-nos e o frutificar das diversas vocaque o melhor e mais eficiente ções. meio de promover as vocações é Pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R. a oração constante. As vocações Superior Provincial
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Aniversariantes Maio 15/05 – Pe. José Geraldo de Souza, C.Ss.R. 20/05 – Pe. Válber Dias Barbosa, C.Ss.R. 22/05 – Pe. Nelson Antônio L. de Souza, C.Ss.R. 25/05 – Pe. Ronaldo Divino de Oliveira, C.Ss.R. 30/05 – Pe. Gabriel Teixeira Neves Filho, C.Ss.R. 31/05 – Pe. José Augusto da Silva, C.Ss.R.
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Entrevista
Entrevista
Pe. José Carlos Campos, C.Ss.R. No dia 31 de maio, o padre José Carlos, C.Ss.R. completa 25 anos de Ordenação Presbiteral. Ao celebrar o jubileu de prata, o Redentorista recorda sua caminhada vocacional na Congregação.
ridos para Belo Horizonte (MG), em uma casa de formação conhecida como CAVO (Centro de Acompanhamento Vocacional). Fechando esta comunidade em 1972, fui terminar o meu colegial morando na Igreja São José. Em 1977, voltei para Juiz de Fora, onde cursei Ciência das Religiões e Filosofia. Em 1981, fiz o Noviciado em São João da Boa Vista, em São Paulo. Terminado o Noviciado, retornei a Belo Horizonte para fazer o curso de Teologia na PUC-MG. Com o término deste, voltei a Juiz de Fora novamente, onde me ordenei diácono pelas mão de Dom Roriz, C.Ss.R, na Igreja da Glória, no ano de 1985. Já em 1992, na mesma igreja, fui ordenado padre pela imposição das mãos de Dom Lara, C.Ss.R. e concelebração pelo bispo de Montes Claros, Dom Geraldo Majela (PremosOrdenação Presbiteral do pe. José Carlos, C.Ss.R. tratense).
Conte-nos, brevemente, sobre sua história vocacional. Desde criança, quando me manifestou esse desejo de ser padre, procurei seguir a estrela de Belém. Acabei chegando em Juiz de Fora (MG), onde encontrei os padres redentoristas na Igreja da Glória. Estudei na Escolinha do Padre Faria (Escolinha Nossa Senhora da Glória, em 1968). Fiz o Estágio Vocacional no Seminário da Floresta e de lá fui para o Seminário São Clemente em Congonhas (MG). Em 1970, o Seminário São Clemente foi fechado e fomos transfe-
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de formador. De lá, segui para Curvelo (arquidiocese de Diamantina), onde fui ecônomo e reitor da casa. Nesta mesma arquidiocese, em Morro da Garça, fui pároco. Depois, residi em Campos dos Goytacazes (RJ), sendo reitor no final do triênio. Em seguida, voltei a Juiz de Fora; dessa vez para o Vale da Floresta como vigário colaborador. De lá, fui transferido para Frei Gaspar (diocese de Teófilo Otoni), assumindo o cargo de reitor da casa redentorista. Retornei a Curvelo novamente como reitor da comunidade. Atualmente, me encontro novamente em Quais foram as comunidades Cel. Fabriciano como vigário colapelas quais o senhor passou na borador. Na Província, assumi os Província do Rio e os cargos que cargos de Secretário de Formação e Conselheiro Provincial. ocupou? Depois de diácono, morei em Coronel Fabriciano (diocese de Itabira-Coronel Fabriciano), Rio Pardo de Minas e Jequitaí (diocese de Montes Claros). Como padre, residi na casa de formação teológica no bairro Planalto, em Belo Horizonte, como co-formador. Segui para Juiz de Fora, na Igreja da Glória, onde fui formador da Comunidade São Geraldo de formação para os irmãos e assumi como vigário titular as Comunidades São Vicente e Democrata. Retornei a Belo Horizonte para a Comunidade Vocacional Dom Muniz, onde assumi o cargo
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Após 25 anos de ordenação presbiteral, como o senhor vê as transformações pelas quais passaram a Igreja católica? Hoje, com os meus 65 anos de vida, vejo a Igreja como uma nascente de água que está sempre se renovando e se adaptando, às vezes muito vagarosamente. Após o Vaticano II, ela teve um grande impulso, trazendo muitas renovações. Agora, está novamente acordando com o nosso querido papa Francisco. Brenda Melo Juiz de Fora, MG
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Jumire: campo fértil!
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Juventude Missionária Redentorista (Jumire) da Província do Rio esteve reunida na Casa de Retiros Seminário da Floresta, em Juiz de Fora (MG), para um encontro de formação e convivência, coordenado pelo pe. Bruno Alves, C.Ss.R. O evento aconteceu de 28 a 30 de abril e teve a assessoria do ir. Pedro Magalhães, C.Ss.R., que deu um testemunho sobre a experiência vivida no XXV Capítulo Geral, realizado na Tailândia em 2016. Irmão Pedro falou aos jovens sobre a importância da missão compartilhada com os leigos,
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uma das principais decisões do Capítulo, ressaltando a necessidade da inserção da juventude neste contexto. “Vejo nos jovens uma generosidade muito grande, uma abertura de coração. Percebi um campo fértil nesse grupo da Jumire. Eles estão muito interessados, engajados. Os jovens se identificam com a espiritualidade redentorista e percebem que o nosso carisma é atual no mundo de hoje. Eles querem não só beber dessa fonte, mas também levar para outros jovens, partir em busca de uma ação concreta, vivenciar a missão”, disse o Redentorista.
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Para o jovem Nilton Freitas, de Campos dos Goytacazes (RJ), a proposta do encontro despertou o interesse do grupo: “O irmão levou para nós uma apresentação super didática e audiovisual, o que tornou o assunto mais interessante para nós. Além do Capítulo Geral, ele também falou sobre os desafios da evangelização da juventude nos dias de hoje, da nova geração e da necessidade de acompanhar essa modernidade. O encontro foi muito enriquecedor, amplo e interativo
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com as unidades em todos os momentos: nas orações, missas, dinâmicas e reflexões”. No domingo, a missa de encerramento foi presidida pelo padre Bruno e concelebrada pelo Superior Provincial, padre Américo de Oliveira, C.Ss.R. Uma divertida gincana entre as unidades deu o tom de descontração e integração ao término do encontro.
Brenda Melo Juiz de Fora, MG
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III. O PAI-NOSSO: Venha a nós o vosso Reino O Reino de Deus Sabemos que Jesus não pregou a si mesmo. O foco da sua pregação foi o Reino de Deus. O Filho de Deus, que está numa relação única com o Pai, é o messias anunciador da chegada iminente do Reino de Deus: “Completou-se o tempo, e o Reino de Deus está perto” (Mc 1,15). Os milagres sinalizam a chegada do Reino: “os cegos veem, os paralíticos andam, os leprosos ficam curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e a Boa Nova é anunciada aos pobres” (Mt 11,5). Jesus fala do Reino em parábolas. É como uma “semente” (cf. Mc 4,26-32) semeada no meio do mundo e cresce lentamente. Assemelha-se, ainda, a um punhado de “fermento” (cf. Mt 13,33) espalhado na massa da história para transformá-la. O Reino é a atuação salvífica de Deus em Jesus, a graça misericordiosa agindo no mundo. O presente mais precioso que Deus nos oferece, por isto o Reino é um “tesouro escondido” (cf. Mt 13,44) que precisamos descobrir logo; uma verdadeira “pedra preciosa (cf. Mt 13,45)”, quem a encontra abandona tudo para adquiri-la. Às vezes parece insignificante, como um pequeno “grão de mostarda” (cf. Mc 4,31), ninguém dá nada por ele, mas cresce e se torna árvore
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frondosa. Verdadeiro mistério acessível somente a quem se dispõe a seguir Jesus: “A vós Deus entregou esse mistério que é o Reino de Deus” (Mc 4,11). Quem não compreende o Reino, não entende o caminho de Jesus. O Reino de Deus e sua vinda emerge nos Evangelhos como o tema central da pregação de Jesus e consiste no domínio de Deus sobre os homens. O que aconteceria se Deus reinasse entre nós? Isso exigiria uma nova e completa orientação das relações humanas e reestruturação da sociedade conforme as intenções divinas. Os valores que caracterizam o senhorio de Deus e devem se manifestar nas relações humanas são a liberdade, a fraternidade, a paz e a justiça. A oração de Jesus está imbuída do desejo de ver o Reino acontecendo. Por isso ele ora em momentos históricos precisos: ao escolher os Doze (cf. Lc 6,12); ao ensinar o Pai Nosso (cf. 11,1); antes de curar o menino epilético (cf. Mc 9,29). Ora, ainda, para pessoas concretas, por Pedro, por exemplo (cf. Lc 22,32); por seus verdugos (cf. 23,34). Jesus ora para que o Reino se concretize entre os seus seguidores. Vai condensar o mais profundo de sua vida na oração, louvando ao Pai pelos pequeninos (cf. Mt 11,25; Lc 10,21). Os grandes
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tiça e os que precisam de justiça são os injustiçados. A vinda do Reino corresponde à realização da paternidade de Deus. Ele instaura seu Reino no mundo gerando nele o seu Filho, por meio do qual sua paternidade se estende aos homens. Jesus é, em pessoa, o Reino de Deus e o poder do Reino se irradia totalmente quando Jesus, em sua morte, aceita ser a partir do Pai, quando ele é “estabelecido Filho de Deus com poder por sua ressurreição dos mortos” (Rm 1,4). O Reino se torna uma realidade para os homens quando aceitam entrar no “Reino do seu Filho amado” (cf. Cl 1,13), tornando-se filhos de Deus. Jesus ensina que a oração dos discípulos deve se centrar nos interesses do Pai. Por isto pedem que venha o Reino do Pai, ou seja, que venha a paz, a justiça, a liberdade, a fraternidade. O Reino carrega a dimensão do já e ainda não, uma vez que, para Jesus, o Reino era uma realidade iniciada por ele, mas ainda não realizada plenamente. O próprio Jesus tinha consciência do ainda não do Reino, por isso ensina a pedir por sua realização, para que o Reino continue a crescer. O Reino só vai se realizar no final da história, mas é preciso começá-lo aqui. Os cristãos e o Reino de Deus Jesus não apenas anuncia a chega do Reino, mas quer que o acolhamos e a única forma de fazê-lo é pela conversão. Depois de afirmar: “com-
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– chefes e dirigentes do povo judeu – rejeitam a mensagem do Reino, porque se sentem ameaçados em seus privilégios pela pregação de Jesus. O elemento crucial dessa exultação se encontra na pessoa do Pai, horizonte último de tudo o que Jesus diz e faz. Para Jesus, Deus é o Pai, seu polo de referência, que não se identifica com uma divindade abstrata, mas se dá a conhecer de maneira bem determinada, pois, em primeiro lugar, mostra-se parcial com os pequenos. Segundo Jesus, Deus Pai prefere os pobres, aqueles que mais necessitam de seu amor benevolente. O Pai quer que todos sejam irmãos, por isto não suporta a violência, a guerra, a injustiça, a opressão. Os pobres são vítimas dos poderes desse mundo e isso não se harmoniza com o projeto de Deus. O Reino é antes de tudo para eles. Apropriando de um texto de Isaias, Jesus dirá no início do seu ministério público: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para evangelizar os pobres” (Lc 4,18). Os destinatários do Evangelho são, antes de tudo, os pobres. Deus dá prioridade aos marginalizados, aos indefesos, às vítimas dos poderosos, aos que estão abandonados e à margem da vida social. Eles não são melhores do que os outros e o Pai quer bem a todos, mas sua preferência recai sobre aqueles que precisam mais do seu amor e esses são os pobres, os rejeitados pela sociedade escrava do poder, da ganância, do dinheiro, das guerras. O Reino se encarna na jus-
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pletou-se o tempo, e o Reino de Deus está perto”, continua dizendo: “convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,15). Quem se converte segue Jesus e busca o Reino que ele anunciou e tornou presente em nossa história. Ele mesmo nos exorta: “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça” (Mt 6,33), o que fazemos no espírito das bem-aventuranças, porque “deles é o Reino de Deus” (cf. Lc 6,20). Que significa entrar no Reino e trabalhar para que cresça e o mundo continue a ser fermentado pela ação misericordiosa de Deus? Desejar e lutar por um mundo mais fraterno, mais humano, mais solidário, sem guerras e opressões, oferecendo esperança aos desesperançados, acolhendo os rejeitados, defendendo os fracos diante dos poderosos, fazendo justiça aos injustiçados, perdoando os culpados e oferecendo-lhes uma nova chance. Na justiça se encontra a mais alta expressão do amor e a realização do Reino de Deus, a ação de Deus a favor dos pequenos. A desigualdade tem um aspecto fratricida. O que caracteriza a fraternidade é a posse em comum de certos bens. Quando os cristãos se reuniam para a fração do pão e a oração, partilhavam seus bens: “Todos os que tinham abraçado a fé reuniam-se e punham tudo em comum, vendiam suas propriedades e bens, e dividiam-nos entre todos, segundo as necessidades de cada um” (At 2,44-44). A concretização do amor em termos de fraternidade e a
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busca da justiça como expressão privilegiada da fraternidade se traduzem na construção do Reino, no qual os pobres têm um lugar especial, porque são injustiçados. O Papa Francisco afirma: “O projeto de Jesus é instaurar o reino de Deus. À medida que Ele conseguir reinar entre nós, a vida social será um espaço de fraternidade, de justiça, de paz, de dignidade para todos. Tanto o anúncio como a experiência cristã tendem a provocar consequências sociais” (EG 180). Segundo Paulo VI, “Só o Reino de Deus é absoluto. Todo o resto é relativo”. São João Paulo II precisa a natureza da Igreja: “A Igreja não é fim em si própria, uma vez que se ordena ao Reino de Deus, do qual é princípio, sinal e instrumento”. O Reino está acontecendo aqui e agora. Não se identifica apenas com o encontro subjetivo com Jesus, que também é importante, mas vai além, pois exige decisões que comprometem o cristão com a construção de um mundo mais justo e fraterno. O Reino é, inclusive, maior do que a Igreja, que se configura como seu sacramento. Não pedimos no Pai-nosso para o Reino de Deus se realiza na Igreja. Ela é a primeira a estar comprometida com ele, por ser a comunidade dos seguidores de Jesus. Mas o Reino precisa chegar ao mundo todo, e onde há amor e justiça, ali o Reino de Deus está em efervescência. Pe. Paulo Sérgio Carrara, C.Ss.R. Belo Horizonte, MG
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Maria: rosto jovem da Igreja
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inda ressoa em nossos corações redentoristas a alegria do jubileu que celebramos no ano passado de 150 anos da entrega do ícone da Mãe do Perpétuo Socorro à nossa Congregação. Certamente foi um tempo de muitos frutos para a fé de tantos que participam de nossas missões, santuários e paróquias. Aprofundar o Mistério do Cristo, foco da mensagem do ícone, bem como a participação de Maria nele, nos remete à grandeza do Amor de Deus, bem como ao núcleo de nossa Missão como cristãos. Olhar para Maria nos ajuda a compreender a vida cristã realizada na singu-
laridade de uma história pessoal. Antevendo o futuro próximo, iniciamos a nos preparar para o Sínodo dos bispos que se realizará em 2018, tendo como tema: Juventude, fé e discernimento vocacional. Porque não, já neste mês de maio, iniciarmos a refletir sobre este belo tema à luz da vida de Maria imersa no Mistério do Cristo? O documento preparatório1 nos chama a
http://www.vatican.va/roman_curia/synod/documents/rc_synod_doc_20170113_ documento-preparatorio-xv_po.html
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atenção para os grandes desafios enfrentados pela juventude de nosso tempo, principalmente no discernimento da própria vida diante dos diversos caminhos que se abrem como possibilidade em nossos tempos. Nunca estivemos tão conectados e, acredito, ao mesmo tempo tão distantes. Dias atrás, ouvi de uma pessoa que nossos tempos são socialmente ineficazes. Relacionamo-nos bem através de meios virtuais, mas, muitas vezes, somos um desastre na vida concreta. Estamos em uma mesa cercados de pessoas, mas com o celular na mão, relacionando-nos com pessoas e fatos à distância. Falta-nos tanto quando o assunto é gerir concretamente as coisas. É certo que ganhamos muito com a sensibilidade nascente em nossos tempos. Aspectos importantes da vida pessoal e social reencontraram eco nestes últimos anos. Contudo, ainda devemos descobrir novas formas de viver densamente, a partir da fé, neste mundo que se tornou tão vasto nos últimos anos.
Maria enfrentou situações difíceis no âmbito das decisões em sua vida. A pequena adolescente de Nazaré teve que se redescobrir diante do anúncio do Anjo. Teve que tomar decisões que a levariam a lugares que antes ela não havia imaginado. Compreendeu os sinais dos tempos que apontavam para uma significativa mudança que viria com seu Filho. Lançou-se na novidade de Deus, muito bem alicerçada no chão da vida. Permaneceu fiel, mesmo quando a cruz se impôs no caminho de seu amado Filho. No ponto 5 do Capítulo III do documento de preparação para o Sínodo, Maria é recordada como modelo para a nossa Igreja e, de maneira muito especial, para a nossa juventude de hoje. Como a Santa Mãe de nosso Redentor, nossa juventude é abraçada por Deus e chamada a viver o projeto do Pai em meio às belezas e os desafios da atual realidade. É chamada a discernir os sinais dos tempos, a tomar posição e a levar o Cristo a todas as paragens da vasta seara que compõe o mundo hodierno. Pe. Maikel Dalbem, C.Ss.R. Roma, Itália.
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Novo encontro sobre o XXV Capítulo Geral
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ela segunda vez este ano, o Centro Redentorista de Espiritualidade (CERESP) / Secretariado Interprovincial de Espiritualidade Redentorista (SIER) promoveu em Aparecida (SP) um Encontro dos Redentoristas para conversar sobre as novidades que trouxe o XXV Capítulo Geral, realizado em Pattaya, na Tailândia, em 2016. Atenderam ao convite cerca de 60 confrades, que representaram as 9 Unidades do Brasil. Notável a presença dos gaúchos, que eram nada menos que 12. Infelizmente, a data escolhida, 24 a 28 de abril, coincidiu com um evento do calendário da Província do Rio (Formação Contínua). Por isso, representaram a Província neste encontro o pe. José
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Raimundo Vidigal, C.Ss.R. e o ir. Pedro Magalhães, C.Ss.R., que deu uma palestra sobre promoção vocacional e a formação do irmão na Congregação Redentorista. Refletimos sobre as implicações do Capítulo para a vida da Congregação e sobre o lema do Sexênio: “Testemunhas do Redentor, solidários para a Missão em um mundo ferido”. Estudamos também as orientações para a formação inicial e permanente, sobre a vocação do Irmão Redentorista, sobre a Vida Consagrada, Comunidade e Liderança e sobre o trabalho com os Leigos. Novamente, deu sua preciosa contribuição o Vigário Geral Emérito, Pe. Enrique López, C.Ss.R., e desta vez, tivemos também entre nós
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o Coordenador da Conferência da América Latina e Caribe, Pe. Manny Rodriguez, C.Ss.R. Outra novidade do encontro foi que recebemos de Roma (Itália) os documentos finais do XXV Capítulo, um total de 26 páginas, contendo o prefácio do Superior Geral, a mensagem dos capitulares e as 52 decisões tomadas. Insistiu-se muito na necessidade da conversão pessoal
e comunitária, sem as quais a reestruturação para a missão não vai produzir os frutos esperados. Esperamos que esse Capítulo Geral, como tem acontecido com todos os outros, dê novo impulso ao dinamismo missionário da Congregação. Pe. José Raimundo Vidigal, C.Ss.R. Campos dos Goytacazes, RJ
Formação Contínua Novas configurações familiares e os desafios para a pastoral da Igreja hoje. Este foi o tema da Formação Continuada da Província do Rio de Janeiro, realizada nos dias 25 e 26 de abril, na Casa de Retiros São José, em Belo Horizonte (MG). Estiveram presentes cerca de 25 confrades, sob a assessoria do padre Márcio Fabris, C.Ss.R., Redentorista da Província de São Paulo, e coordenação do padre Nelson Antônio, C.Ss.R., Secretário de Vida Religiosa. A formação teve início com a Celebração Eucarística presidida pelo pe. Nelson. No segundo dia, a missa foi presidida pelo padre Ronaldo Divino, C.Ss.R., reitor da Comunidade Redentorista da Igreja São José. “O assessor trabalhou com muita profundidade a temática. Suas reflexões foram muito elogiadas por todos os participantes. Além do estudo, foi também um momento de boa convivência entre os participantes”, afirmou o Superior Provincial, pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R.
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Após cerca de dois anos em missão na Província de Tete – Moçambique, pe. Ronaldo Divino de Oliveira, C.Ss.R. retornou ao Brasil e assumiu o cargo de reitor da Comunidade Redentorista São José, em Belo Horizonte (MG). A posse aconteceu no dia 20 de abril, com a presença de confrades e familiares do sacerdote.
Pe. Carrara é o novo formador da CVDM
Com a nomeação do mons. Vicente Ferreira, C.Ss.R. a bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte, o padre Paulo Sérgio Carrara, C.Ss.R. assumiu o cargo de reitor e formador da Comunidade Vocacional Dom Muniz, em Belo Horizonte (MG). A cerimônia de posse foi reali-
zada em missa presidida pelo mons. Vicente, no dia 21 de abril, na CVDM. O Superior Provincial, pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R., coordenou o rito. Padre Carrara manifestou sua gratidão e disse que chega com o coração aberto e disponível para contribuir com a formação redentorista.
Romaria Nacional das Ligas Católicas O Santuário de N. Sra. do Perpétuo Socorro (Campos dos Goytacazes RJ) viveu um dia inesquecível no dia 23 de abril com a XI Romaria Nacional das Ligas Católicas, que teve como tema: “A vós recorremos, ó Mãe querida”. Das 25 federações existentes, 12 estiveram representadas. Os liguistas participaram de momentos de oração, rezando o terço e a novena com a presença animadora do Coordenador Eclesiástico Nacional das Ligas Católicas JMJ, pe. José Raimundo Vidigal, C.Ss.R. A Santa Missa foi presidida pelo Superior Provincial, pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R.
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Aconteceu na Província
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