Akikolá - Maio/2018

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Editorial

Palavra do Provincial “UM DEVOTO DE MARIA NÃO SE PERDE” (Santo Afonso de Ligório)

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anto Afonso Maria de Ligório, fundador da Congregação Redentorista, foi um grande devoto de Nossa Senhora. Ela sempre esteve presente em sua vida. Ele teve Maria no nome, na vida e nas obras. Um ano antes de sua morte, Santo Afonso confidenciou: “Quando eu era jovem, entretinha-me muitas vezes com nossa Senhora. Ela me aconselhava em todos os assuntos da Congregação”. Aos 27 anos de idade, ao decidir se consagrar ao Santíssimo Redentor, Santo Afonso se dirige à Igreja de Nossa Senhora da Redenção dos Cativos e, aos pés

da imagem de Nossa Senhora das Mercês, deposita a sua espada de advogado. Em Nápoles, foi membro da Associação Santa Maria da Misericórdia, que tinha por finalidade amparar os sacerdotes pobres ou peregrinos e auxiliar aqueles que estavam encarcerados. Santo Afonso pintou quadros e compôs músicas marianas. Mas sua grande obra em honra à Nossa Senhora foi o livro “As Glórias de Maria”. Publicado em 1750, alcançou mais de mil edições, sendo traduzido para mais de 70 línguas, tornando-se um marco fundamental de toda a Teologia e devoção Mariana.

Expediente: Coordenação: Pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R. Jornalista Responsável: Brenda Melo - MTB: 11918 Projeto gráfico: SM Propaganda Ltda Impressão: Gráfica América Tiragem: 2.000 exemplares

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Santo Afonso afirmou que “um devoto de Maria não se perde” porque ela é um caminho seguro que nos conduz a Jesus Cristo, nosso único Salvador. Tudo em Maria se refere a Jesus. “Fazei

tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5). Ela nos ensina a ser discípulos e missionários do Santíssimo Redentor. Pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R. Superior Provincial

Oração de Santo Afonso à Nossa Senhora “Maria é a estrela real do Redentor, Caminho seguro para achar O Salvador e a Salvação. Ela é o carro que conduz nossas almas a Deus. Mãe querida, levai-me a Deus, E, seu eu resistir, levai-me a força, Usai vosso poder, obrigai a minha vontade rebelde a renunciar às Criaturas, e buscar só a Deus e à sua santa vontade. Maria, podeis fazer que eu seja santo, De vós espero esta graça”.

Aniversariantes Maio 15/05 – Pe. José Geraldo de Souza, C.Ss.R. 20/05 – Pe. Válber Dias Barbosa, C.Ss.R. 22/05 – Pe. Nelson Antônio L. de Souza, C.Ss.R. 25/05 – Pe. Ronaldo Divino de Oliveira, C.Ss.R. 30/05 – Pe. Gabriel Teixeira Neves Filho, C.Ss.R. 31/05 – Pe. José Augusto da Silva, C.Ss.R.

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Entrevista

Entrevista

Pe. Luís Carlos de Carvalho Silva, C.Ss.R. O padre Luís Carlos, C.Ss.R., pároco da Igreja Santo Afonso (Rio de Janeiro), defendeu sua tese de doutorado no dia 9 de abril, com o tema “Edith Stein: fé e transformação social na obra “A Ciência da Cruz” e recebeu o título de Doutor em Teologia, na área de Teologia Sistemática Pastoral. Nessa entrevista, ele conta aos leitores do Akikolá sobre o seu trabalho acadêmico.

Por que o senhor escolheu esse tema para a defesa da tese de Doutorado? A vida de Edith Stein muito me impressiona por conta de sua atuação na sociedade no período que se estende da Primeira Guerra Mundial, passando por sua vivência como monja no carmelo até o seu martírio no Holocausto em 1942. Edith Stein é exemplo de pessoa que foi se transformando ao longo de sua vida tanto na dimensão da fé quanto na dimensão social. Inicialmente, no campo da fé, vivência na infância, o encanto pelo judaísmo: como era a filha mais nova da família Stein tinha o privilégio de fazer as perguntas do seder da Páscoa, na adolescência vive um ateísmo próprio dos judeus que buscavam se assimilar ao mundo secularizado; na juventude participa dos movimentos políticos e sociais da Alemanha e no campo pedagógico profere conferências em seu país e nas nações circunvizinhas militando a favor da igualdade e justiça social. Aos trinta anos oficializa a sua conversão ao cristianismo, pedindo o

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batismo na Igreja Católica; a partir de então, nutre o desejo de se consagrar totalmente a Deus, como carmelita. Enquanto não concretiza esse projeto, continua a atuar na sociedade como leiga engajada. Em linhas gerais, o que a sua tese aborda? A tese aborda a dimensão da fé e da transformação social na obra mística de Edith Stein: A Ciência da Cruz. A grande questão era encontrar nessa obra elementos que pudessem auxiliar a pessoa humana a crescer não só espiritualmente, mas também a se transformar socialmente. O Superior de Edith Stein solicitou que ela escrevesse algo para se comemorar o quarto centenário de nascimento de São João da Cruz. Na obra escrita por Edith Stein se encontra a biografia do fundador dos Carmelitas Descalços, mas também a biografia espiritual de Edith Stein e ainda a antropologia steiniana que se contrapôs ao modelo materialista do século XIX, resgatando a concepção paulina de que

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o ser humano é composto de corpo, alma e espírito, que se compenetram mutuamente, compondo a vivência do “Eu” que acontece com o mundo. Neste sentido, a tese resgata o olhar de Edith Stein sobre a vivência da fé e a realidade social de João da Cruz, perscruta a alma da autora revelando a sua empatia com os judeus demais minorias imolados na Shoah e por fim contempla a realidade do cristão no século XXI.

entre as pessoas, mas acolhida e partilha do alimento e dos demais bens necessários para a sobrevivência. POLITICA: Na Ciência da Cruz, a autora vai tecendo a sua concepção líder político ou do Bom Pastor que assumindo a sua missão de salvaguardar o ser humano vai travando um combate com as forças contrárias, como a do “Golias” do nazismo ou de outras ideologias, por isso faz-se necessário uma organização política humanizadora.

Qual a influência desse tema para a Igreja no mundo atual? RELIGIÃO: A fé é o caminho para se chegar a união com Deus, o que implica abandonar-se à vontade de Deus, enfrentando os desafios da “noite escura” numa realidade de globalização da indiferença religiosa e também de desrespeito à humanidade. Tanto São João da Cruz como Santa Edith Stein pontuam que visões extraordinárias, revelações, orações supersticiosas mais atrapalham do que auxiliam o cristão, além de gerar soberba, acaba afastando a pessoa da comunhão com Deus que só pede o amor do ser humano, concretizado na promoção da convivência fraterna. IGUALDADE: À semelhança da Santíssima Trindade o ser humano é vocacionado à vida em comum, conforme é retratado em diversas passagens das Sagradas Escrituras. A Eucaristia, para Stein, é sinal eficaz da comunhão de todos os povos ao redor da mesma mesa, o que tem vários significados, como a superação de toda forma de discriminação e miséria entre os indivíduos, já que em Cristo: “Somos todos irmãos”, logo não pode haver distinção

Fale sobre a importância da concepção acadêmica para a formação do Missionário Redentorista. O Redentorista precisa estar continuamente se atualizando para poder ajudar as pessoas. O coração humano vive contínuas reconfigurações e nem sempre tem onde correr para poder desabafar e encontrar aconselhamentos e orientações. Cabe aos filhos de Santo Afonso terem a sabedoria de perscrutar o coração humano a partir das entranhas de misericórdia de Jesus Cristo. A formação acadêmica é um instrumental a mais para podermos atender as solicitações de nossa pastoral, além de promover o diálogo com as realidades sociais que tanto afligem as famílias. O estudo deve também proporcionar um encontro íntimo com o mistério de Deus, revelando a sua bondade e gratuidade. E aquele que tiver provado desse mistério tem por missão compartilhar com aqueles que não tiveram essa graça.

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Brenda Melo Juiz de Fora, MG

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Assembleia Redentorista: Visita Extraordinária do Governo Geral

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erca de 200 Missionários Redentoristas, padres e irmãos, e mais alguns representantes leigos e leigas, se reuniram na Casa de Hospedagem Santo Afonso, em Aparecida (SP), para a visita extraordinária do Governo Geral da Congregação. O evento aconteceu de 23 a 27 de abril e contou com a presença de representantes das unidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza e Porto Alegre. Os visitadores foram o Superior Geral, pe. Michael Brehl, C.Ss.R., e um dos Conselheiros, pe. Rogério Gomes, C.Ss.R. “Quero confirmar com vocês a inspiração dos capitulares reunidos em 2016 na Tailândia - testemunhar o Redentor na missão solidária com um mundo ferido”, disse o Superior Geral, relembrando a mensagem do XXV

Confrades da Província do Rio com o Superior Geral.

Capítulo Geral. Padre Brehl ainda destacou que “os Redentoristas devem testemunhar uma pessoa - Jesus Cristo - que é muito maior do que uma ideia”. O essencial para o processo de reestruturação deve passar pelo cuidado para com os pobres a partir da ótica do Redentor. Fonte: A12

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Encontro MLR

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Casa de Retiros Seminário da Floresta, em Juiz de Fora (MG), recebeu os Missionários Leigos Redentoristas (MLR) da Província do Rio para um encontro de formação e oração. O evento aconteceu de 27 a 29 de abril, sob a coordenação do padre Paulo Morais, C.Ss.R. No contexto da reestruturação para a missão redentorista, o padre Dalton Barros, C.Ss.R. assessorou as reflexões durante o sábado: “Com Jesus Redentor a comunhão e a missão”. De acordo com o sacerdote, MLR é “trilha no ‘ser Igreja missionária’. E a Igreja de Cristo existe para poder congregar as pessoas de maneira que possam, em conjunto, alegrar-se com o Evangelho de

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Jesus, a boa notícia que Jesus é”. No domingo, o padre Américo de Oliveira, C.Ss.R., Superior Provincial, conduziu os trabalhos e presidiu a missa de encerramento. Participaram deste encontro o Ir. João Paulo, C.Ss.R. (Comunidade Vocacional Dom Muniz), Fr. Alexandre, C.Ss.R. e Ir. Argemiro Herculano, C.Ss.R. Também marcaram presença os padres José Maurício, C.Ss.R., Alfredo Viana, C.Ss.R., Fagner Dalbem, C.Ss.R., Vanderlei Santos, C.Ss.R., irmão Pedro Magalhães, C.Ss.R. e os seminaristas das Comunidades Vocacionais Santo Afonso e São Clemente. Brenda Melo Juiz de Fora

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Espiritualidade

A Espiritualidade Eucarística de Santo Afonso Desde pequeno, Santo Afonso nutria profunda fé no sacramento da Eucaristia. Quando jovem, passava uma hora de joelhos diante do Santíssimo exposto, a cada dia, em uma das Igrejas de Nápoles, adorando, agradecendo, pedindo, entregando-se ao amor bondoso de Jesus. Ao se tornar padre e, depois, teólogo e escritor, dedicará muitas obras à Eucaristia, sendo a mais importante as “Visitas ao Santíssimo Sacramento e a Maria Santíssima”, um grande sucesso editorial, ainda hoje apreciado por muitos. O santo aconselha visitas frequentes a Jesus sacramentado, porque ele é nosso melhor amigo, e nada é mais agradável do que está perto dos amigos verdadeiros. Sendo Jesus o Filho de Deus, é o amigo por excelência dos cristãos. Para Santo Afonso, a Eucaristia é prolongamento do mistério da encarnação e da paixão de Cristo. No seu livro, “Prática

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de amar a Jesus Cristo”, afirma que “Cristo não pôde contentar o seu amor ao dar-se todo ao gênero humano com a sua encarnação e paixão, morrendo por todos os homens, mas quis encontrar um modo de dar-se todo a nós, por isso instituiu o sacramento do altar, para unir-se todo, com cada um de nós”. O encontro do ser humano com Deus se concretizou na encarnação de Jesus, quando ele assumiu em si mesmo a nossa humanidade ferida para curá-la, libertá-la, redimi-la. Na cruz, fomos definitivamente reconciliados com Deus. Este mistério de união do homem com Deus em Jesus se particulariza na Eucaristia, onde recebemos o Cristo como graça de salvação. A Eucaristia prolonga na história a humilhação de Jesus para se tornar acessível a todo ser humano, ela é continuação de sua Kénosis, de seu esvaziamento. O amor verdadeiro é sempre es-

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disponível e acessível. De fato, para Santo Afonso, a Eucaristia é o maior sinal do amor de Deus, porque a salvação se faz presente no hoje da história. O sacramento da Eucaristia é presença real de Cristo e da salvação que nos reconcilia com Deus e com os irmãos. Ela é memória e atualização da encarnação, paixão e ressurreição de Jesus e não apenas símbolo do que aconteceu há dois mil anos atrás quando Jesus morreu na Cruz, oferecendo-o a Deus por nós, mas a presença real de Jesus no seu mistério pascal para que possamos participar desse mistério. Na Eucaristia nós entramos em comunhão com a vítima imolada, com Jesus glorificado, de quem nos tornamos membros e que carrega, ressuscitado, as marcas da paixão. “A paixão nos oferece os méritos de Cristo; a Eucaristia nos faz partícipes deles”. Santo Afonso quer dizer que a salvação que Cristo nos trouxe e se tornou para nós se encontra especialmente nesse sacramento. Portanto, pela Eucaristia podemos crescer em graça, pois recebemos o próprio

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vaziamento, saída de si, dos próprios interesses egoístas em direção aos outros. Santo Afonso se admira com o fato de Jesus aceitar ser chamado de “isto-este”, pronomes demonstrativos que utilizamos também para objetos sem importância. “Isto é o meu corpo”, “este é o meu sangue”, assim aceitou Jesus ser tratado por nós, para mostrar o seu grande amor. Até que ponto chega a entrega de Jesus aos seres humanos! E para que se entrega? Apenas para se fazer próximo, por causa disso Jesus deixou o sacramento da Eucaristia, para estar sempre perto e à disposição daqueles que ama. “É necessário compreender que Jesus está em nossos altares, como em um trono de amor e misericórdia para conceder graças e para demonstrar o amor que nos tem, ao querer ficar, dia e noite, tão escondido entre nós”. Jesus está realmente e permanentemente presente na Eucaristia. É principalmente neste sacramento que ele cumpre sua promessa de permanecer junto ao ser humano. O amor de Jesus se encontra ali sempre


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Cristo ressuscitado. Mais uma vez, neste sacramento, Cristo se esvazia para se dar como graça de redenção. O rebaixamento da encarnação e da cruz continua no pão e no vinho que se transformam em corpo e sangue de Cristo. No que diz respeito à comunhão frequente, desaconselhada por alguns na sua época, Santo Afonso se mostra enfático ao defender que o cristão comungue sempre que puder. Escreve, por exemplo, a uma sua penitente: “Não deixe a comunhão, ainda que lhe pareça consentir em todas as tentações... Vá comungar sob minha responsabilidade, ainda que pareça um sacrilégio”. O santo vive entre o povo humilde e simples, conhece o valor espiritual deste sacramento e quer que todos sejam amigos de Jesus sacramentado. Argumenta que, na Eucaristia, Jesus se encontra disponível para o que acorrem a ele. A ninguém recusa a salvação, chama os pecadores ao arrependimento. Por isso quis permanecer em um alimento simples, ao alcance de todos, principalmente dos mais pobres.

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Para justificar o seu ponto de vista, recorre sempre ao ensinamento do Concílio de Trento, que afirma ser a comunhão o grande remédio que nos liberta dos pecados leves e nos preserva dos graves. Além disso, este sacramento inflama no amor divino. Declara: “alguém dirá que não comunga com frequência, porque se vê frio no amor. Exatamente porque sente gelado o coração, deve aproximar-se mais frequentemente deste sacramento, se é que quer amar verdadeiramente a Jesus Cristo”. E quem se inflama de amor por Jesus, há de se inflamar pelo amor aos irmãos, porque o que Cristo deseja dos cristãos é que se amem uns aos outros. O fruto maior e mais belo da Eucaristia é a transformação do coração, para que seja como o de Jesus, que é só amor, bondade, perdão, misericórdia. Ser cristão, em última instância, é amar e fazer crescer o amor, para que o mundo seja transformado por ele. Pe. Paulo Sérgio Carrara, C.Ss.R. Belo Horizonte, MG

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Assembleia Geral da CNBB A 56ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) aconteceu em Aparecida (SP), de 11 a 20 de abril. O AKIKOLÁ conversou com o bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte (MG) e Missionário Redentorista, Dom Vicente Ferreira, C.Ss.R., que contou o que foi discutido entre os bispos brasileiros. Como foi a experiência de participar dessa Assembleia? É uma experiência muito significativa. Somos aproximadamente 300 bispos presentes, vindos das 277 dioceses. Lembrando que, no Brasil, somos 323 bispos com funções e 169 eméritos. A convivência, a partilha, os estudos permitem conhecer, profundamente, nossa Igreja no Brasil. Percebo que a CNBB desempenha um papel importante de unidade diante da grande diversidade de nossas comunidades. Há divergências, porém o clima fraterno conduz os trabalhos, que são intensos. Sobre o que trata o tema central da 56ª Assembleia? Diretrizes para a formação dos presbíteros da Igreja no Brasil. Depois que o Papa Francisco lançou a Ratio Formationis, cada país precisa elaborar o seu próprio documento. Foi escolhida uma comissão para apresentar um texto base para o debate e aprovação da Assembleia. Diante das particularidades pós-modernas, a formação inicial e permanente é fundamental para a promoção de um presbiterato que responda ao que o Papa Francisco nos pede. Pastores que sejam discípulos e missionários, numa Igreja em saída, que tenham opção preferencial pelos pobres. Além desse tema central, trabalhamos vários pontos pastorais e administrativos. Qual é a importância desse tipo de evento para a Igreja? A CNBB busca dinamizar a evangelização de forma que responda aos desafios contemporâneos. Sabemos que o Brasil é grande, com suas riquezas culturais e desafios. Inegáveis, em nossos dias, são os impasses, por exemplo, diante das crises políticas, sociais e religiosas. Com isso, buscamos orientar, através de mensagens ao nosso povo e debates que ajudam a clarear a fidelidade ao Evangelho de Jesus e ao seu Reino. Além do mais, a Igreja do Brasil empenha-se em defender uma sociedade justa e fraterna. No mais, agradeço a oportunidade de me dirigir aos leitores do AKIKOLÁ, informativo com o qual contribui durante tantos anos. Brenda Melo Juiz de Fora, MG

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Encontro Provincial: Juventude Missionária Redentorista

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e 20 a 22 de abril, no Seminário da Floresta, em Juiz de Fora (MG), ocorreu o Encontro Provincial da Juventude Missionária Redentorista (JUMIRE), coordenado pelo padre Bruno Alves, C.Ss.R., promotor vocacional. Participaram deste encontro 60 jovens, moças e rapazes, representantes da maior parte de nossas unidades provinciais. Tivemos dupla temática: no tocante à formação de nossos jo-

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vens leigos missionários, trabalhamos o Ano Nacional do Laicato; no tocante à celebração provincial, fizemos memória do centenário da Basílica de São Geraldo em Curvelo – MG. Esta dupla atividade ocorreu no sábado, dia 21 de abril. Auxiliados pela jovem e dinâmica Irmã Silvânia Freire, paulina, os jovens refletiram sobre o documento 105 da CNBB e vislumbraram um pouco mais acerca de sua impor-

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“Vós sois sal da terra e luz do mundo” tância como juventude católica e membros ativos da Igreja no trabalho pastoral, social, profissional e intelectual. O segundo período da tarde foi dedicado às oficinas temáticas sobre São Geraldo. Ao todo, os jovens se dividiram em quatro oficinas, coordenadas por eles mesmos: dança, oração, música e artesanato. Após o jantar, tivemos a possibilidade de partilhar o belo resultado das oficinas da tarde. Contando com a presença do Provincial, Padre Américo, e de três seminaristas da Comunidade Vocacional São Clemente, os jovens expuseram o produto de seus trabalhos e a forma como conseguiram alcançar êxito nesta atividade em equipe. Após este momento de talento, aproveitamos o frio da noite para um luau: em volta da fogueira, com refrigerantes, cachorro-quente, pipoca e salgadinhos, passamos boas horas de convivência e cantoria! No Domingo de manhã, nos reunimos no salão para os encaminhamentos práticos. Três jovens que participaram da 1ª Missão Interprovincial da JUMIRE em Belém – PA, expuseram suas percepções e experiências da missão; partilha-

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mos ideias práticas sobre maior produção e circulação de produtos com a marca JUMIRE; veiculamos a possibilidade do encontro do segundo semestre ocorrer em Coronel Fabriciano, por conta dos setenta (70) anos da presença redentorista no Vale do Aço; o Provincial fez um balanço sobre a caminhada dos jovens e disse que eles estão mais maduros e centrados no objetivo do carisma e missão da Congregação, por isso, expôs que os jovens terão sempre mais seu apoio e apreço. Finalizamos o encontro com a Celebração Eucarística na capela interna do seminário. Por ocasião do Domingo do Bom Pastor, rezamos pelas vocações da JUMIRE e por mais vocações à Vida Religiosa Redentorista. Após o almoço, os jovens tomaram o caminho de volta para suas casas. Esperamos que continuem fazendo a diferença como jovens missionários, dando gosto à vida cristã de quem com eles se encontrarem e iluminando com a luz de Cristo os ambientes que eles frequentam.

Pe. Bruno Alves Coelho, C.SS.R. Coronel Fabriciano, MG

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Romaria da Liga Católica ao Santuário do Perpétuo Socorro

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om o tema “Maria Mãe da Igreja, fortalece nossa missão”, liguistas dos estados do RJ, MG, ES e SP, representados por 12 Federações das 24 filiadas em todo Brasil, estiverem presentes na XII Romaria Nacional das Ligas ao Santuário de N. Sra. do Perpétuo Socorro, em Campos dos Goytacazes (RJ), no dia 22 de abril. O momento devocional acolheu o Ícone Peregrino de N. Sra. do Perpétuo Socorro, levado pela Federação da Arquidiocese de Belo Horizonte, que realizou a peregrinação abril/2017 a abril/ 2018. A missa de encerramento foi presidida pelo Bispo da Diocese de Campos, Dom Roberto F. da Paz, e concelebrada pelo Pe. José Raimundo Vidigal, C.Ss.R. (Coordenador Eclesiástico Nacional), Pe. José Carlos Campos, C.Ss.R. (ex- Coordenador Eclesiástico Na-

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cional) e o Pe. Raimundo (Assistente Eclesiástico da Federação da Diocese de Duque de Caxias). O Superior Provincial, Pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R., enviou uma carta aos romeiros e justificou sua ausência em virtude da Assembleia Redentorista com a visita do Governo Geral em Aparecida (SP). A programação foi encerrada com um almoço servido gratuitamente a 800 pessoas, fruto de muitas doações recebidas para a Romaria. Por tudo isso: Viva Jesus, Maria, José!

Rodrigo Trotta Moreira Rio de Janeiro, RJ

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A primeira reunião de 2018 dos formadores da Província do Rio de Janeiro aconteceu no dia 04 de abril, no Convento da Glória, em Juiz de Fora (MG). Eles partilharam suas expectativas para a formação redentorista neste ano. Estiveram presentes: pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R., Superior Provincial; pe. Bruno Coelho, C.Ss.R., Promotor Vocacional; pe. Fagner Dalbem, C.Ss.R. e ir. Pedro Magalhães, C.Ss.R., formadores da Comunidade Vocacional Santo Afonso; pe. José Maurício de Araújo, C.Ss.R., Secretário de Formação e formador da Comunidade Vocacional São Clemente; pe. Edson Alves, C.Ss.R., formador do pré-noviciado (SPES); e pe. Paulo Carrara, C.Ss.R., formador da Comunidade Voc. Dom Muniz.

Família Redentorista A reunião da Comissão de Preparação do Encontro da Família Redentorista aconteceu na Comunidade Redentorista da Igreja São José, em Belo Horizonte (MG), no dia 06 de abril. Estiveram presentes: Pe. Marcelo Araújo - Coordenador da Conferência da América Latina e Caribe, Pe. Vicente Soria - Provincial do Paraguai e coordenador da comissão, Pe. Américo de Oliveira - Provincial do Rio de Janeiro, Irmã Virginia Peña - Missionária Redentorista (Chile) e Irmã Lúcia Alves - Oblata do Santíssimo Redentor. Os participantes fizeram uma avaliação do último Encontro da Família Redentorista, realizado em julho de 2016, em Aparecida (SP), e discutiram a programação para o próximo encontro, que acontecerá de 02 a 06 de julho, na Província do Paraguai. Fazem parte da Família Redentorista todas as congregações fundadas tendo por inspiração o carisma da Congregação Redentorista.

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Aconteceu na Província

Reunião de formadores


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