Akikolá - Agosto/2017

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Editorial

Palavra do Provincial SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO No dia 1º de agosto celebramos o dia de Santo Afonso Maria de Ligório. Ele nasceu no Sul da Itália, em Marianella, distrito de Nápoles, no dia 27 de setembro de 1696. De uma família nobre, dotado de profunda inteligência, recebeu uma formação qualificada. Com os melhores professores aprendeu latim, grego, francês, espanhol, italiano e também estudou história, matemática, física e filosofia. Foi pintor, músico e poeta. Aos 16 anos, tornou-se doutor em direito civil e canônico, sendo um dos melhores advogados de Nápoles. Durante oito anos exerceu a profissão sem perder uma causa. Devido à sua fama e prestígio, che-

gou às suas mãos um processo internacional, um caso que se arrastou por muitos e muitos anos. S. Afonso perdeu esta causa, diz-se que o juiz foi comprado, por isso ele abandonou os tribunais. Três anos depois foi ordenado padre. No dia 09 de novembro de 1732, em Scala, com um grupo de companheiros, fundou a Congregação Redentorista, que tem o carisma de Evangelizar os pobres e mais abandonados. Aos 66 anos de idade, contra a sua vontade, foi nomeado bispo de Santa Àgueda dos Godos e conduziu esta pequena e pobre diocese por 13 anos, até renunciar por motivos de saúde. Sendo bispo emérito voltou

Expediente: Coordenação: Pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R. Jornalista Responsável: Brenda Melo - MTB: 11918 Projeto gráfico: SM Propaganda Ltda Impressão: Gráfica América Tiragem: 2.000 exemplares

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à comunidade redentorista de Pagani, onde morreu aos 91 anos de idade, no dia 1º de agosto de 1787. Santo Afonso contribui profundamente para a história da Igreja em todas dimensões: espiritual, teológica e pastoral. Sua maior contribuição foi com a Teologia Moral. Esta nasceu de sua prática pastoral e da sensibilidade em responder às questões e angústias apresentadas pelos fiéis. Naquele tempo a moral oficial da Igreja era muito rigorosa com os pecadores. Por medo as pessoas se afastavam dos sacramentos e da comunidade. S. Afonso afirmou que o confessor deveria ser “rico de amor e suave como mel”. Ele não se cansou de falar do amor incondicional de Deus: “ Deus me ama do jeito que eu sou, para que eu seja do jeito que Ele quer”. Defendeu o primado da consciência pessoal e a liberdade de filhos

e filhas de Deus. Um dos grandes destaques da moral afonsiana é que todos são chamados à santidade: “O religioso como religioso, o secular como secular, o sacerdote como sacerdote, o casado como casado, o mercador como mercador, o soldado como soldado e assim por diante com todas as outras condições”. Pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R. Superior Provincial

Aniversariantes

Agosto 11/08 – Pe. Alfredo Viana Avelar, C.Ss.R. 14/08 – Pe. Braz Delfino Vieira, C.Ss.R. 18/08 – Pe. José Carlos Campos, C.Ss.R. 18/08 – Pe. Flávio Leonardo S. Campos, C.Ss.R. 28/08 – Pe. Fagner Dalbem Mapa, C.Ss.R.

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Entrevista

Monsenhor Francisco de Assis Gabriel dos Santos, C.Ss.R.

Entrevista

Mais um Missionário Redentorista é nomeado Bispo pelo Papa Francisco: Monsenhor Francisco, da Vice-Província de Recife, foi nomeado bispo da Diocese de Campo Maior (PI). Nesta entrevista, ele conta como foi sua passagem pela Província do Rio durante o início de sua formação redentorista e revela como recebeu a notícia de sua nomeação. Monsenhor Francisco, no início de sua formação redentorista, o senhor foi formando na Comunidade Vocacional Santo Afonso, em Juiz de Fora (MG). Qual o significado desta etapa na sua vida de redentorista? No dia 25 de janeiro de 1988, Padre Cristiano Joosten e eu iniciamos, na rodoviária do Recife, uma grande viagem: destino Rio de Janeiro e, em seguida, Juiz de Fora, MG. Chegamos ao Rio no dia 27, por volta do meio dia. Nos dirigimos a outra plataforma e de lá, finalmente, tomamos a direção de Juiz de Fora. Chegamos à tarde à Igreja da Glória e logo fomos recebidos pelo Padre Gaspar de Almeida. Para mim, um mergulho num novo mundo, nem bem sabia qual. Tudo diferente e belo. Eu estava em Minas Gerais. Ao final do dia, fomos à Comunidade Vocacional Santo Afonso a pé, vagarosamente, além da linha do trem, verdadeiro e barulhento. Chegamos. Quanta timidez e medo diante do novo desejado! Eu queria ser Missionário Redentorista, pois havia lido em 1984, na Revista Família Cristã que “não mora em sua casa hoje, o missionário de amanhã”. Logo acreditei que sim. Naquele tempo me apresentei ao Padre

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Antonino Witschge e ao Padre Gabriel Hofstede. Agora, depois da linha do trem, fui acolhido pelo Padre Dalton Barros de Almeida e inserido numa comunidade de 16 jovens do ensino médio, dentre eles: Américo, Sousa, Viol. Lembro-me de uma casa pequena para tantos, de quartos que se comunicavam por corredores, da música clássica das manhãs convidando para a oração. Estudei no Colégio Santa Catarina e sem base curricular suficiente para um novo padrão, como foi difícil! Vivi intensamente a proposta vocacional

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da Comunidade conduzida pelo Padre Dalton e pelo Irmão Pedro Aniceto. Esta etapa me impulsionou, deixou marcas de coragem para viver os desafios e seguir acreditando. A Comunidade Vocacional Santo Afonso me proporcionou o primeiro encontro comigo mesmo. Os primeiros passos para viver a espiritualidade redentorista. Como o senhor recebeu a notícia de sua nomeação como Bispo da Diocese de Campo Maior? Ainda estou em processo, ao mesmo tempo exercitando as minhas habilidades na pastoral paroquial, nas tarefas da Congregação Redentorista, na contribuição às dioceses. O episcopado não seria para mim se fosse uma escolha vinda do desejo pessoal. Claro que ouvia falar da possibilidade, mas ao receber a nomeação, tive a sensação de cair em um poço bem fundo a grande velocidade. Em meados de maio, estive na Assembleia da Conferência Redentorista onde se discutia a missão da Congregação na realidade ferida pelos pecados; de conversão pessoal e pastoral para a missão. Em meio a tantos pensamentos, um foi mais forte. Aceitei e desde então, abri-me à Graça do Senhor, pois sei que Ele está comigo: “a Obra é de Deus”. Como membro da Congregação Redentorista, de carisma missionário, “sou chamado a ser testemunha do Redentor e profeta da redenção abundante que Deus oferece ao mundo” (Texto do Capítulo Geral dos Redentoristas). Essas marcas espirituais também pautarão a minha vida e missão na Diocese de Campo Maior.

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Qual o lema que o senhor escolheu para o seu episcopado? No Noviciado (1995), cada um foi convidado a elaborar um lema para o itinerário espiritual. “Alegres na Esperança, pacientes na tribulação e perseverantes na oração” (Rm 12,12). Também da carta paulina, tirei o meu lema episcopal “Alegres na Esperança”, Spe Gaudentes. Portanto, a missão deve ser marcada pela alegria, aquela que vem da Ressurreição do Senhor e que nos anima. Ao mesmo tempo, evoca o lugar onde fui chamado à vida: Esperança, PB. Deixe uma mensagem para os leitores do Akikolá! Ao chegar à terra dos carnaubais e assumir o pastoreio da Diocese, sendo seu terceiro bispo, irei conhecer a pastoral e a missão. Oferecerei o meu ministério episcopal pelo bem da Igreja, na instrução da Fé, compartilhando com o clero os anseios de todo o povo, entre eles, os mais pobres e sofredores (EX 3,7). Aos leitores do Akikolá peço orações para esta missão eclesial e rogo bênçãos para todos. Comunico que a minha ordenação será no dia 26 de agosto aqui em Garanhuns, a partir das 16h, e a posse canônica acontecerá no dia 30 de setembro. Convido a celebrarem comigo este momento tão digno e especial que o Senhor reservou para mim, para a Vice-Província do Recife e a Diocese de Campo Maior. Pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R. Juiz de Fora, MG

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JUMIRE reunida em Aparecida

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ove jovens da Província Redentorista do RJ-MG-ES, além do Promotor Vocacional, Pe. Bruno Alves Coelho, C.Ss.R, participaram do II Congresso Nacional de Lideranças da JUMIRE (Juventude Missionária Redentorista). O encontro aconteceu entre os dias 28 e 30 de julho, na Casa de Hospedagem do Seminário Redentorista Santo Afonso, em Aparecida (SP), tendo como tema “Juventude, esperança para um mundo ferido”. Da Província do Rio, estiveram presentes Ana Cláudia, de Coronel Fabriciano (MG), Ana Karoline, Rosiani e Robson da Igreja São José, e Estéfani da Comunidade Vocacional Dom

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Muniz; Camylle, de Curvelo (MG), Lucas, de Campos do Goytacazes (RJ), Vítor Rodrigues, de Juiz de Fora (MG), e Igor, de Cariacica (ES). O objetivo do congresso foi fortalecer a juventude nas diversas unidades Redentoristas do Brasil, unindo muita alegria, oração e convivência. Entre os assuntos debatidos, o Sínodo da Juventude, que acontecerá no ano que vem, e o próprio tema do encontro. A programação incluiu ainda a participação nos eventos Hallel/ JUMI/Rota 300, que aconteceram também nestes dias em Aparecida. Vítor Fernandes Rodrigues de Barros JUMIRE/Juiz de Fora , MG

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Santas Missões em Divinópolis

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e 22 a 30 de julho nossa Paróquia viveu um tempo especial de graça, as Santas Missões Populares. Desde agosto de 2016 os contatos entre a Paróquia São Judas Tadeu e os Missionários Redentoristas foram se estreitando através do Pe. Alfredo Avelar, C.Ss.R.. A equipe contou com 23 missionários: 7 padres, 7 seminaristas, 1 fráter e 8 missionários leigos redentoristas, distribuídos em 9 comunidades. Na segunda fase foram visitadas mais de 4.000 casas, onde foram levantados muitos aspectos que deverão agora ser trabalhados no dia a dia da paróquia. A semana missionária foi marcada pela alegria e pela esperança de renovação da fé e das estruturas, buscando corresponder ao grande apelo da conversão pastoral, tão acentuado na vida da Igreja desde a conferência de Santo Domingo. As celebrações, os encontros, as visitas

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trouxeram às nossas comunidades um novo vigor. Cada um dos missionários, com seu carisma, ajudou a fomentar a consciência missionária e comunitária que deve animar nosso caminho. A Celebração Eucarística de encerramento foi presidida pelo Pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R., Superior Provincial do Rio, Minas Gerais e Espírito Santo. Na pregação, Pe. Anderson Trevenzoli Assireu, C.Ss.R., falou de modo entusiasmado para que toda a paróquia agora se envolva em um único projeto de evangelização. É preciso somar esforços, superar diferenças, olhar todos na mesma direção: a construção do Reino de Deus. Ao final da celebração, Pe. Alfredo abençoou a cruz das missões, que foi instalada na parede da antiga capelinha de São Judas Tadeu. Após a missa toda a comunidade partilhou um café de confraternização. Agradecemos a acolhida de nosso pedido por parte dos Missionários Redentoristas, de modo especial Pe. Alfredo, que com tanto cuidado acompanhou todo processo. Agradecemos também o empenho de todas as comunidades, de cada um daqueles que se comprometeu para que este momento de bênçãos fosse vivido entre nós. Pe. Carlos Henrique Alves de Resende Divinópolis, MG

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VI. O PAI-NOSSO:

Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido Perdoai-nos as nossas ofensas Esse pedido aparece nos Evangelhos de duas maneiras. Em Mateus, pedimos para que Deus perdoe nossas dívidas assim como perdoamos nossos devedores (Mt 6,11). Já em Lucas pedimos a Deus perdão pelos pecados, assim como perdoamos os que nos ofenderam (Lc 11,4). Duas versões que expressam a mesma realidade de fundo: nossa dívida com Deus ou nosso pecado. Mas o que devemos a Deus? Ora, a única dívida do ser humano para com Deus se refere à sua resposta ao amor benevolente que Deus sempre lhe manifesta, desde a criação até à consumação do seu plano salvífico no mistério pascal de Cristo. O Antigo Testamento conta a história da aliança de Deus com o povo de Israel e com todos os seres humanos. Jesus é o Filho de Deus que se faz homem para amar o ser humano até o extremo da cruz. A história da salvação revela que o amor e a misericórdia são a própria tessitura do real. Deus ama o ser humano e jamais o abandona. Nem sempre, no entanto, o ser humano responde com amor aos apelos de Deus. O próprio Jesus aponta ati-

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tudes que mostram fechamento ao amor de Deus no egoísmo (cf. Mt 7,11; 12,34.39.45). O mundo, enquanto criado por Deus, é bom, mas as opções históricas do ser humano o transformaram em um reino do pecado (cf. Jo 1,10-11). Sobre o acontecimento histórico da vinda de Jesus, o evangelista sentencia: “a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz, porque suas obras eram más” (Jo 2,19). O pecado se expressa também na omissão. Para Deus não basta apenas evitar o mal. Muitos fazem o propósito de não mais pecar. Por hoje não (PHN). Propósito louvável, certamente. Mas Deus quer que o amor operoso seja a marca da nossa vida, não apenas a fuga do pecado. Jesus ensinou seus discípulos a fazer o bem em todas as situações. O cristão que não peca, mas também não ama, manifesta opção medíocre por Jesus. Na parábola dos talentos, o servo mau é aquele que não fez render o que recebeu (cf. Mt 25,1530). Parece ser alguém que evitou o pecado, no entanto ele também não amou, não multiplicou os seus talentos. Há, ainda, o sarmento que não dá fruto (cf. Jo 15,2) e precisa ser arrancado. A figueira estéril (cf. Lc

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existe; basta acolhê-lo, assim como o filho pródigo, que se entregou ao abraço misericordioso do Pai, que não o castigou, apenas se alegrou por ter encontrado o filho que estava perdido. “Quando ainda estava longe, seu pai o avistou e, movido de compaixão, correu ao seu encontro, atirou-se-lhe ao pescoço e cobriu-o de beijos” (Lc 15,20). O caminho de volta, o cristão o faz com o Filho mais velho, Jesus, que veio no país distante dos filhos pródigos para levá-los ao Pai. Jesus se revela o caminho que faz os filhos pródigos chegarem ao Pai. Ele vai ao Pai para que todos possam, nele, se reconciliar com o Pai. “Se reconhecermos nossos pecados, ele, que é fiel e justo, perdoará nossos pecados e nos purificará de toda iniquidade” (1 Jo 1,9). Mas essa reconciliação depende da humildade em admitir a própria condição de pecador. Quem se considera justo não tem necessidade de perdão, como o fariseu da parábola, orgulhoso de suas boas obras realizadas para buscar sua própria glória e não a de Deus e dos irmãos. Jesus elogia o publicano, por sua atitude humilde, que ousa exclamar: “Meu Deus, tem piedade de mim, que sou pecador!” (Lc 18,9-14). Quem admite seu pecado, encontra misericórdia e perdão. “A misericórdia será sempre maior do que qualquer pecado, ninguém pode impor um limite ao amor de Deus que perdoa” (Papa Francisco).

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13,6-9) simboliza a vida medíocre de quem recebe a graça de Deus e não produz frutos de amor e misericórdia. O critério final do julgamento recairá sobre o amor realizado e não sobre o pecado evitado. Nossa solidariedade com o faminto, o sedento, o forasteiro, o desnudo, o enfermo ou encarcerado emergem como o critério decisivo sobre a autenticidade de nossa existência cristã (cf. Mt 25,3146). O pecado significa receber em vão a graça de Deus (cf. 2 Cor 6,1), não corresponder ao amor de um Pai que espera ser amado de todo coração, com toda a alma e todas as forças (cf. Dt 6,5; Mc 12,30). O pecado se encontra no rompimento da comunhão que acontece quando os filhos ofendem o Pai em sua paternidade, cortando o laço que existe entre paternidade e filiação. O pecado revela o desconhecimento da paternidade de Deus ou sua recusa. E todos nós desconhecemos, às vezes, a paternidade de Deus e nos comportamos como filhos rebeldes. “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós” (1 Jo 1,8). Mas pecando, o discípulo não se reaproxima do Pai com temor, porque o pecado não destrói a paternidade de Deus, que enviou seu Filho não para condenar, mas para salvar. “Deus tanto amou o mundo que lhe deu seu Filho unigênito, para que não morra quem nele crê, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16). O perdão já


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Assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido O perdão que o Pai oferece no seu Filho Jesus Cristo exige uma disposição do discípulo: que ele perdoe a ofensa recebida, o que não significa que o perdão de Deus dependa do perdão que os seres humanos concedem entre si. Nosso perdão não se caracteriza como condição prévia para que sejamos perdoados, ao contrário, porque somos perdoados nos tornamos capazes de perdoar. O perdão de Deus é divino, superabundante, anterior a qualquer atitude nossa, mas tal perdão não transforma quem se fecha no seu egoísmo, pois a caridade exige abertura aos outros. O perdão de Deus, gratuito, requer a colaboração do homem, que aceita a caridade de Deus quando se abre a ele totalmente, o que o traz como consequência a caridade para com todos. Deus se reconhece naquele que se mostra capaz de amar e perdoar (cf. Lc 6,36; Mt 5,48; Ef 4,32–5,1). Nesse sentido devemos entender as advertências de Jesus sobre o perdão que precisamos conceder a nossos irmãos. “E quando estiverdes de pé para rezar, se tiverdes alguma coisa contra alguém, perdoai, para que vosso Pai que está nos céus vos perdoe também vossos pecados” (Mc 11,25). A Pedro, que pergunta se deve perdoar o irmão que peca contra ele até sete vezes, o Mestre responde: “Não apenas 7

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vezes, mas 70 vezes 7” (cf. Mt 18,2122), ou seja, assim como o de Deus, o perdão dos cristãos só é autêntico ser for inesgotável. São Paulo exorta os cristãos: “Expulsai de vossas vidas toda amargura, ira e indignação, clamor e maledicência, bem como toda malícia; ao contrário, sede bondosos e compassivos uns com os outros, sabendo perdoar uns aos outros como Deus vos perdoou em Cristo” ( Ef 4,31-32). Diz, ainda: “Revesti-vos de sentimentos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão e de paciência” (Cl 3,12). O perdão de Deus faz brotar a disposição para a misericórdia. É o que Deus espera de nós. Ao devedor cruel da parábola foi perdoada uma soma incalculável (dez mil talentos), mas esse perdão não produziu generosidade e conversão, pois tal devedor perdoado foi incapaz de perdoar uma soma irrisória (cem denários), o que produz declaração severa do senhor: “Servo mau, eu te perdoei toda aquela dívida, porque me pediste. Não devias tu também ter pena de teu companheiro, como eu tive de ti?”. O castigo se tornou consequência de sua falta de misericórdia. Deus oferece generosamente o seu perdão e sua única exigência é que sejamos misericordiosos para com os irmãos (Mt 18,32-35). Pe. Paulo Sérgio Carrara, C.Ss.R. Belo Horizonte, MG

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Encontro Nacional de Irmãos

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e 23 a 28 de julho realizou-se em Guaratinguetá, Vila Santo Afonso (casa da Pedrinha), Província de São Paulo, o V ENIR (Encontro Nacional de Irmãos Redentoristas). Nosso Encontro aconteceu dentro do Ano Jubilar em comemoração aos 300 anos do encontro da Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, nas águas do Rio Paraíba do sul, o que lhe deu um especial significado. O evento foi voltado para o XXV Capítulo Geral baseado no tema do Sexênio: “Testemunhas do Redentor: Solidários para a Missão em um Mundo Ferido”. Em clima fraterno reuniram-se irmãos de diversas unidades do Brasil e de uma da Argentina (Província de Buenos Aires). Fomos agraciados com a assessoria de dois membros do Conselho Geral: Irmão Jeffrey Rolle e o Padre Rogério Gomes. Os objetivos deste encontro foram: estudar as decisões do XXV Capítulo Geral, referentes aos Irmãos, e planejar o XI CLAHER (Congresso Latino Americano e Caribenho de Irmãos Redentoristas) a se realizar entre os dias 22 e 28 julho de 2018, em Belo Horizonte - MG. Além da boa convivência e partilhas de vida, fizemos memória da caminhada dos Irmãos em nossa Conferência, através da retrospectiva dos

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Congressos realizados ao longo dos últimos 27 anos. O Ir. Jeffrey apresentou as estatísticas dos Irmãos e uma pesquisa feita nos Capítulos Gerais, sobre os aspectos relacionados aos mesmos. Pe. Rogerio Gomes falou sobre as perspectivas para a formação dos Irmãos à luz das decisões do XXV Capítulo Geral e documentos da Igreja. Ao final, os participantes reafirmaram a importância e o desejo de continuar a realização dos Encontros nacionais de Irmãos. Por isso, definiram que o VI ENIR será realizado na (Vice-) Província de Fortaleza, de 19 a 24 de julho de 2020. Dessa forma, os Irmãos Missionários Redentoristas querem testemunhar a redenção abundante que cura as feridas da humanidade e faz o mundo mais justo e fraterno. Irmãos: Welington Rodrigues, Marcos Vinícius e Pedro Magalhães

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Formadores se reúnem em Salvador

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dimensão da Espiritualidade Redentorista no processo de formação e suas implicações práticas na vida missionária dos candidatos nas diversas etapas da formação, além do papel do formador como moderador do processo de assimilação dos conteúdos da formação, foram a temática do Encontro dos Formadores e Promotores Vocacionais Redentoristas do Brasil, que aconteceu entre os dias 10 e 14 de julho em Salvador (BA). Da Província do Rio, participaram do encontro os padres José Maurício, Fagner, Edson e Bruno, junto com outros 31 representantes de outras Províncias e Vice-Províncias. Promovido pela União dos Redentoristas do Brasil (URB) desde os anos 80, o encontro tem como finalidade fazer a partilha das experiências, estudos e conteúdo da formação. Para cada ano, uma unidade redentorista do Brasil fica responsável

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por sediar a logística do local do encontro. Esse ano foi a vez da ViceProvíncia da Bahia, que por não ter uma casa própria para os grandes encontros, programou para que o mesmo fosse realizado nas dependências do Convento de São Francisco, no Centro Histórico de Salvador (Terreiro de Jesus e Pelourinho). A temática foi trabalhada pelo assessor, Pe. Lourenço Kearns, C.Ss.R., destacando que os candidatos a padres e a irmãos na Congregação Redentorista percorrem caminhos diferentes durante a formação, mas a base religiosa é comum. Contudo, o objetivo fundamental da formação é o mesmo para todos: preparação para a consagração religiosa (dedicação da vida a Deus) e para a missão redentorista no serviço à Igreja e à Congregação. Pe. Roque Silva Alves, C.Ss.R. Vice-Provincial da Bahia

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Santo Afonso: um homem para nosso tempo

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anto Afonso Maria de Ligório (*1696 – +1787) tem gravada sua marca pessoal e carismática nos últimos 300 anos da história da Igreja. Sua contribuição teológica, pastoral, espiritual segue produzindo frutos em todas as dimensões da vida cristã e eclesial de nossos dias. (...) Aos 16 anos, Afonso, de família nobre de Nápoles, Itália, já era advogado e iniciava o sucesso profissional nos tribunais. Porém, decepcionado, abandonou a profissão, despediu-se da família e foi para o seminário, tornando-se padre diocesano. Seu apostolado tinha um foco bem definido: anunciar Jesus Cristo aos mais abandonados, especialmente aos pobres. Com este propósito, fundou a

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Congregação do Santíssimo Redentor – C.Ss.R. – , formada por padres e irmãos que se dedicam, desde aquele tempo até hoje, a anunciar o evangelho aos mais abandonados, especialmente aos pobres. A Congregação Redentorista representa um dos mais importantes legados de Santo Afonso à Igreja e hoje conta com cerca de 5.000 membros enviados em missão por mais de 80 países. Nos intervalos de missões e retiros, Santo Afonso se dedicava incansavelmente ao estudo e à escrita. Escreveu mais de 110 obras, buscando popularizar os ensinamentos da Igreja e da Bíblia. Mas o seu grande trabalho intelectual foi na área da Teologia Moral. Escreveu um grande tratado de Moral, para ajudar os padres e professores na orientação dos fiéis. Defendeu, com profunda argumentação, o primado da consciência: esta deve ser respeitada e bem formada, porque, em última análise, cada pessoa responde perante Deus a partir de sua consciência. A profundidade de sua Teologia Moral deu a Santo Afonso o insigne título de Doutor da Igreja e de Padroeiro dos Moralistas e Confessores. Pe. Edezio Borges, C.Ss.R. Mídias Redentoristas

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Novas mídias e comunicação

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ovas mídias e o trabalho com a comunicação”. Este foi o tema do XXXIV Encontro dos Junioristas Redentoristas, que aconteceu entre os dias 13 e 16 de julho, em Curitiba (PR), realizado pela Província de Campo Grande. Da Província Redentorista do Rio participaram os fráteres Robson Araújo, Marcos Paulo e Rodrigo Costa. No dia 13 de julho, fomos acolhidos pelo Superior Provincial, Pe. Edilei. Na sexta, tivemos um dia de comunicações. No primeiro momento, o assunto destacado foi a Pastoral e novas comunicações, assessorado pelo Diácono Edilson. No segundo momento, com o Pe. Celso, foi abordado o tema Espiritualidade e novas comunicações. No período da tarde, a assessoria foi do leigo especialista em comunicação Michel Micheletto, que falou sobre as Mídias e as novas comunicações. O último encontro

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foi com o Vice-provincial de Fortaleza, Pe. Domingos Marinho, que fez o repasse sobre o Capítulo Geral. Ao término do dia, houve uma Missa em comemoração a São Camilo de Lellis, pois estávamos hospedados no Seminário São Camilo e, a convite dos religiosos do local, participamos da Celebração Eucarística. No sábado, dia 15 de julho, realizamos um passeio pelos pontos turísticos da capital paranaense: Ópera de Arame, Parque João Paulo II, Museu do Olho, Jardim Botânico e Chácara de Recuperação Nossa Senhora Senhora do Perpétuo Socorro. No domingo, participamos da Missa no Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e almoçamos com a comunidade religiosa do Santuário. Após o almoço deu-se o término do encontro. Fr. Marcos Paulo, C.Ss.R. Belo Horizonte, MG

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No mês de julho, a Província do Rio teve a felicidade de celebrar três jubilares. No dia 2, Pe. Ivo comemorou seus 50 anos de ordenação presbiteral em uma bela Celebração Eucarística na Basílica de São Geraldo, em Curvelo (MG), também sua terra natal. Junto com ele, estiveram presentes seus familiares, amigos e agentes de pastorais da Basílica. Logo após, um festivo almoço encerrou as comemorações. Ao final da celebração as Pastorais da Basílica prestaram uma homenagem ao jubilar, fizeram uma pequena retrospectiva de sua história e lhe presentearam com um álbum de fotografias. Pe. Américo, C.Ss.R., superior provincial da Província do Rio, ao parabenizar Pe. Ivo, ressaltou a sua constante disponibilidade para a Província, sempre atendendo às necessidades que surgiam, principalmente as mais desafiadoras. Já no dia 16 de julho, Festa do Santíssimo Redentor, Pe. José Luciano Jacques Penido celebrou 70 anos de sacerdócio, na Igreja Santo Afonso, no Rio de Janeiro. o Pároco, Pe. Luís Carlos de Carvalho, C.Ss.R. saudou o confrade, relatando sua rica trajetória de vida, a doação e zelo para com os pobres: “Pe. Penido é um ícone em que podemos contemplar Jesus”, disse. “Há 70 anos atendeu ao chamado da Copiosa Redenção e, ao longo dos anos, vem curando as almas feridas e sofridas”. Os grupos aos quais acompanha e orienta espiritualmente também prestaram sua homenagem a Pe. Penido. As bandeiras da Congregação Mariana, Apostolado da Oração, Arquiconfraria do Rosário e os estandartes Legião de Maria tomaram conta da Igreja, que ficou repleta de paroquianos e admiradores deste querido sacerdote. Também em Curvelo, no dia 20, Pe. Mário Ferreira Gonçalves, C.Ss.R. celebrou os seus 70 anos de ordenação presbiteral.

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Aconteceu na Província

Festas para os Jubilares


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