Akikolá - Dezembro/2018

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Editorial

Palavra do Provincial FELIZ NATAL!

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Natal é a celebração do nascimento de Jesus Cristo, o nosso Santíssimo Redentor. O Evangelista Lucas diz que “Maria deu à luz o seu filho primogênito. Ela o enfaixou e o colocou na manjedoura, pois não havia lugar para eles na hospedaria” (Lc 2,7). Ele nasce pobre e entre os pobres. Encarna-se na realidade dos que sofrem e as primeiras testemunhas de seu nascimento são os pastores, homens simples do campo. Portanto, o Natal é a festa da ternura e do amor de Deus por nós. O seu amor é infinito e incondicional. Deus amou tanto o mundo que nos deu o seu Filho único. Em Jesus, Deus assume a nossa condição humana em tudo,

menos no pecado. Não estamos abandonados em nossos sofrimentos e misérias. Ele está no meio de nós. É Deus conosco, nosso único Salvador. Santo Afonso Maria de Ligório, fundador dos Missionários Redentoristas, nos ensina a tomar consciência do amor de Deus, contemplando o presépio. Diante do presépio, Santo Afonso, se extasiava por este Mistério amoroso: “Meu Jesus, meu soberano Senhor e verdadeiro Deus, que forças te fez descender do céu para uma gruta, senão a força de teu amor por nós? Tu que habitas a comunhão do Pai colocas-te numa manjedoura. Tu que reinas além das estrelas vens deitar-te sobre um pouco de palha”.

Expediente: Coordenação: Pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R. Jornalista Responsável: Brenda Melo - MTB: 11918 Projeto gráfico: SM Propaganda Ltda Impressão: Gráfica América Tiragem: 2.000 exemplares

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Celebremos profundamente o Natal, participando ativamente de nossas comunidades e construindo uma sociedade sem exclusões, através de gestos concretos de solidariedade em favor dos nossos irmãos mais necessitados. Acolhamos Jesus que vem ao nosso encontro e sejamos mensageiros da alegria de sua presença libertadora. Pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R. Superior Provincial

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esus Criança, Meu divino Redentor, Sede o único Senhor do meu Coração. Só a Vós obedeça o meu coração, Só a Vós procure agradar. Sede somente vós a minha herança. (Santo Afonso) A equipe do AKIKOLÁ deseja a você e à sua família um FELIZ NATAL E ABENÇOADO 2019!

Aniversariantes Dezembro 06/12 – Pe. José Maurício de Araújo, C.Ss.R. 10/12– Pe. Élio da Silva Athayde, C.Ss.R. 25/12 – Pe. Maikel Pablo Dalbem, C.Ss.R. Janeiro 05/01 – Pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R. 16/01 – Pe. Jesu Ferreira de Assis, C.Ss.R. 18/01 – Pe. José Cláudio, C.Ss.R. 23/01 – Pe. Bruno Alves, C.Ss.R. 27/01 – Pe. Ricardo Alexandre, C.Ss.R. 27/01 – Fr. Marcos Paulo, C.Ss.R. 31/01 – Pe. Luís Carlos, C.Ss.R. Fevereiro 11/02 – Pe. José do Carmo Zambom, C.Ss.R. 12/02 – Ir. Argemiro Herculano de Melo, C.Ss.R. 17/02 – Pe. Edson Alves da Costa, C.Ss.R. 18/02 – Pe. Alberto Ferreira Lima, C.Ss.R. 20/02 – Pe. Ergo Dias de Araújo, C.Ss.R.

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Missão Inserida: 15 anos de instalação paroquial

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Paróquia Sagrada Família, em Cariacica (ES), durante todo esse ano de 2018, tem promovido “o dia missionário” nas comunidades e a Imagem Peregrina Paroquial tem permanecido um mês em cada uma delas para as homenagens e orações dos fiéis, além das visitações às famílias em função dos seus festejos de quinze anos de instalação paroquial, os quais culminarão com o novenário especial de 21 a 30/12 e distribuição dos objetos comemorativos, entre eles, imãs de geladeira, canecas e camisas personalizadas. A primeira Comunidade Redentorista, dentro da nova estrutura e organização paroquial, foi composta

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pelo Pe. Zambom (Pároco), Pe. Ivo (Reitor) e Ir. Domingos (Cooperador Paroquial) em 12/12/2003, através do Decreto de Dom Silvestre Luiz Scandian: “Assim, dou por canonicamente erigida e constituída, esta nova paróquia que terá como padroeira a Sagrada Família – Jesus, Maria e José. Sua festa será celebrada no domingo que ocorre após a Solenidade do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, sempre em conformidade com o Diretório Litúrgico da Igreja no Brasil. Sua Matriz e Sede, estará na Rua Quinze, S/N, Quadra 13, Nova Rosa da Penha I, Cariacica/ES”. Depois do seu desmembramento da Paróquia São João Batista, ocorreu a primeira missa solene em honra

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a Sagrada Família com as dez comunidades constituídas e uma capelania em 28/12/2003, presidida por Dom Hélio, Bispo-auxiliar, e concelebrada por vários padres seculares, para a posse do primeiro Pároco Redentorista, Pe. Zambom, juntamente com o Vigário Paroquial, Pe. Ivo, e Cooperador Paroquial, Ir. Domingos, no anúncio da copiosa redenção. Já a Comunidade São Francisco de Porto Belo foi incorporada à paróquia em junho de 2006, quando o Pe. Flávio esteve à frente dessas comunidades e capelanias, como pároco. Ao longo dessa década e meia, os vários padres, diáconos e irmãos redentoristas que passaram por aqui, deixaram suas marcas de carinho evangélico, acolhida fraterna, evangelização audaz e proximidade junto ao povo, como Sto. Afonso, nosso fundador e pai espiritual, nos ensinou, acompanhadas de caridade pastoral (“Epikéia”) e zelo apostólico (“Eros pastoral”).

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Concluo, agradecendo à Província pela oportunidade que me confiou em estar na função de pároco nessa terra de missão, juntamente com o Pe. José Wilker, incansável missionário, e Irmão Domingos, grande pregador. Ao povo bom daqui, a certeza de que só avançamos na pastoral de saída quando planejamos nossas atividades pastorais e olhamos para a paróquia com suas comunidades e capelanias como um todo, valorizando os setores, assim como fortalecendo a Comunidade Matriz e Sede, que é o sol no qual orbitam e circulam as comunidades em busca de liturgia inculturada, formação integral, missão permanente e espiritualidade da cruz. Fonte de pesquisa: Livro de Tombo Paroquial e Decreto de Instalação Paroquial. Pe. José Geraldo de Souza, C.Ss.R. (Pároco – 2015 a 2018) Cariacica, ES

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Entrevista

Entrevista

Pe. Waldo José Pignaton, C.Ss.R. Aos 79 anos de idade e celebrando 50 anos de ordenação sacerdotal, pe. Waldo nos mostra, em entrevista ao AKIKOLÁ, porque é exemplo de simplicidade e perseverança na vocação.

Como o senhor conheceu os Redentoristas? Eu conheci os Redentoristas nas missões realizadas em Aracruz (ES), no ano de 1952. A minha profissão seria alfaiate, mas quando houve as missões na minha terra, em Córrego Alegre – Aracruz, o padre Lúcio Pinho, durante a confissão, me perguntou se eu queria ser padre. O senhor se lembra do dia de sua ordenação? Quais as recordações mais significativas que o senhor carrega dessa data especial? Lembro-me perfeitamente. Foi no dia 1º de dezembro de 1968. Fui pra Goiabeiras (ES) com o pe. Quintiliano Borges e o ir. Aníbal, trabalhávamos nas casas

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populares. As recordações são muitas. Eu dou graças a Deus porque eu vivi muito tempo em pequenas comunidades, locais pobres, levava uma vida muito simples. Eu fui, juntamente com outros colegas, fundador de 8 ou 10 missões inseridas. Então, agradeço pela perseverança na vocação.

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Em 50 anos de sacerdócio, o que o manteve firme na vocação? Eu acho que foi a minha firmeza na vocação. Desde cedo, a minha ideia era pregar missões de cidade em cidade. Por isso, a simplicidade e a necessidade do povo pobre me deram e continuam dando mais força ainda para trabalhar. Existe alguma frase ou citação que seja significativa para o senhor ou que traduza sua memória agradecida por esse jubileu? No santinho da minha ordenação, tinha a seguinte passagem: “Pois, aquele que, sendo escravo, foi chamado pelo Senhor, é liberto e pertence ao Senhor. Semelhantemente, aquele que era livre quando foi chamado, agora é escravo de Cristo” (1Cor 7:22). Eu agradeço a Deus, a toda a Província, aos meus parentes, amigos, colegas de Campos dos Goytacazes (RJ) e a todos

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vocês que estão sempre juntos de mim. Que Deus nos ajude e abençoe, nos dê a perseverança na vocação até o final de nossa vida.

Brenda Melo Juiz de Fora, MG Colaboração: Lucas Nunes Campos dos Goytacazes, RJ

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“O Verbo Eterno, sendo Deus, se fez homem”

O sentido do Natal segundo Santo Afonso

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encarnação de Jesus Cristo é mistério maravilhoso que une céu e terra, tempo e eternidade. Encarnação quer dizer que Deus se abaixou, condescendeu com o ser humano, quebrando, assim, a fronteira entre o divino e o humano. E isso acontece por amor: Deus não tem nenhuma obrigação de tratar com tanta bondade o ser humano. E esse, por sua vez, não tem nenhum direito de ser tratado assim por Deus. A encarnação se explica pela gratuidade do amor. Deus-Pai presenteia a humanidade com a vida do seu Filho, aquele que ele gera desde toda a eternidade, como rezamos no Credo: gerado, não criado. Se tivesse sido criado, não seria Deus, e o Filho é Deus, assim como o Espírito Santo. O Pai, no Filho e no Espírito, entrega-se à humanidade. Com o nascimento de Jesus, o Filho, a Trindade entra em nossa história de maneira inesperada e surpreendente.

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O Filho de Deus, gerado eternamente no seio Pai, é gerado no seio de Maria no poder do Espírito Santo para nossa salvação. No Natal não celebramos apenas o nascimento de um homem – Jesus – que é Deus. O Natal nos desvela o próprio mistério da Trindade que sustenta a história. A graça de Deus desponta como a essência do Natal. E a graça não é alguma coisa da qual o ser humano possa se apropriar. Graça é o gesto divino que, quando acolhido pelo homem, o transforma, regenerando-o desde dentro pela libertação do pecado e da morte. Ao acolher a graça, o ser humano se torna capaz de viver em comunhão com Deus em Cristo pelo Espírito e com os irmãos. Essa graça se aproxima de nós pela fragilidade do menino Jesus. Uma graça que, ao se comunicar e se doar, mostra toda sua grandeza na simplicidade de uma criança. “Um menino nos foi dado”. Quem é esse menino? “O

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Verbo se fez carne e veio habitar no meio de nós”; “nasceu-nos um salvador”. Santo Afonso, assim como São Francisco de Assis, é considerado um santo do Natal. O mistério dessa celebração o atrai e fascina. Para ele, o Natal é estupenda revelação do amor de Deus à humanidade. O santo, ao refletir sobre esse grande mistério, para exaltar o amor de Deus, evidencia os contrastes entre Deus e o ser humano. Afirma, antes de tudo, que o Verbo Eterno, sendo Deus, se fez homem, ou seja, o próprio Deus veio ao encontro do ser humano na pessoa do Filho. O amor de Deus é tal que parece que ele não pode ser feliz sem os seres humanos. O Filho, Jesus, veio resgatá-los, atraí-los à comunhão consigo. O Verbo Eterno, sendo grande, se fez pequeno. O contraste aqui é entre a grandeza de Deus e a pequenez do ser humano. O Filho de Deus se fez pequeno, porque a criança não inspira temor, mas ternura, cuidado, amor. Deus depõe sua majestade divina porque deseja ser visto como um menino cheio de doçura e bondade. O Verbo Eterno, sendo Senhor, se fez Servo. Deus é

Senhor de todas as coisas, ele é o próprio criador que sustenta a criação e o que nela existe. Tudo foi feito no Filho e para o Filho (cf. Ef 1,1-10), mas o Filho se fez humano para servir e não para ser servido (cf. Mc 10,45). O Verbo Eterno, sendo inocente, se fez réu. Jesus foi julgado e condenado pelo poder religioso e político, sem ter cometido crime algum. Assumiu a condição humana pecadora, sem ter pecado, e se ofereceu ao Pai para que os pecadores fossem perdoados. O Verbo Eterno, sendo forte, se fez fraco. O Filho de Deus se fez fraco para nos ajudar em nossa fraqueza. Nós o encontramos sobretudo nos sacramentos, mormente na Eucaristia, onde ele mesmo se faz presente com sua graça medicinal, revestindo-nos de sua força. O Verbo Eterno, sendo seu, se fez nosso. Aqui Santo Afonso aprofunda sua reflexão, afirmando que Deus não

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precisava do ser humano, porque é absolutamente livre e nele não há necessidade e obrigação. Ele é eterna relação amorosa que basta a si mesma. No entanto, ele quis dar-se a nós, tornando-se nosso Deus. Não se contentou em criar tudo para o ser humano, quis pertencer a ele, comunicando-lhe sua vida. Por isso São Paulo pode dizer: “o Filho de Deus me amou e se entregou por mim” (Gl 2,20); “Cristo vive em mim” (Cl 3,3). Jesus se entregou por nós na Cruz. O Pai, no poder do Espírito Santo, resgatou-o da morte e nos fez participar da vida vivificada do Filho, à qual nos habilita o Espírito. O Verbo Eterno, sendo feliz, se fez atribulado. Deus, enquanto eterna relação amorosa, também goza de felicidade infinita. Mas o Verbo feito carne assumiu a condição humana em todos os seus sofrimentos e dramas. Conheceu a rejeição, a tristeza, o fracasso, a desilusão, a injustiça, a dor, as lágrimas. Mas assumiu nossos sofrimentos, trazendo-nos verdadeira libertação. “Por suas feridas fostes curados” (1Pd 2,24). O Verbo Eterno, sendo rico, se fez pobre. Tudo o que existe na

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terra e no céu pertence a Deus. A riqueza de Deus é, além disso, infinita. Uma riqueza que não depende de outros, pois a possuiu em si mesmo enquanto bem infinito. Mas o rei dos reis, o Senhor dos senhores, por causa de nós, quis ser pobre, nascer numa manjedoura, em meio de animais. Viveu e morreu como pobre. Mas ele se fez pobre para que, empobrecidos pelo pecado, nos tornássemos ricos por sua graça. A presença de Cristo em nós, pelo Espírito, é nossa verdadeira riqueza. O Verbo Eterno, sendo sublime, se fez humilde. Afonso se pergunta: “Um Deus numa estrebaria, sobre a palha, como é possível? Aquele Deus que se assenta num trono de majestade, o mais sublime no céu, vê-lo colocado onde? Numa manjedoura, desconhecido e abandonado, ao lado apenas de dois animais e poucos pobres pastores”. E responde: o sublime se fez humilde, se fez pobre criança para nos libertar do vício da soberba, do orgulho, da prepotência e nos ensinar o caminho da simplicidade, da humildade, do desapego e da verdade. Diante da manifestação de

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amor de Deus em seu Filho que nasce para nos salvar, qual a resposta que devemos lhe dar? “Jesus quis nascer não só para ganhar de nós esta forma de amizade a que chamamos estima, mas também um amor de ternura. Pois se todos os meninos sabem conquistar o carinhoso afeto daqueles que cuidam dele, quem não se comoverá de amor vendo um Deus indefeso, tiritando de frio e carente?”. Deus-Pai nos revela a gratuidade do seu amor em seu Filho Jesus Cristo e, por isso, espera a nossa resposta de amor. Natal é loucura de amor de um Deus que se aniquila para atrair a si a humanidade, loucura de um Deus que não tem medo do pecado do ser humano, mas sai de si para buscá-lo, atrai-lo, conquistá-lo, comunicando-lhe sua própria vida divina na vida entregue do Filho. Esse grande mistério faz Santo Afonso afirmar que nenhuma devoção se compara àquela ao Verbo encarnado. “Muitos se dedicam a tantas devoções e esquecem exatamente esta. Os pregadores falam pouco do amor a Jesus, a principal, a única verdadeira devoção dos cristãos”.

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Ele não critica as devoções, as novenas, os exercícios de piedade, porque são parte da experiência de fé da nossa gente. Afonso foi também um grande missionário e criou uma espiritualidade popular. Mas, para ele, a verdadeira devoção aprofunda nossa intimidade com Jesus, nos faz entrar em comunhão com a sua vida oferecida por nós desde a encarnação até a cruz, ressurreição e pentecostes. Portanto, tem razão nosso doutor: “o amor a Jesus é a principal, a única verdadeira devoção dos cristãos”. O que ele diz nos faz lembrar uma exclamação de Santa Teresa de Ávila, sua mestra espiritual: “De devoções bobas livre-nos Deus”. Devoções bobas são aquelas marcadas por magias e superstições que tentam manipular Deus a nosso favor. Ora, o Natal e toda a vida de Jesus nos mostra que Deus é sempre por nós, deseja somente nosso bem, esperando nossa resposta à sua graça. O Natal nos conduz ao coração do mistério da fé cristã. Para celebrá-lo, não basta enfeitar a nossa casa, dar e receber presentes, preparar uma bela ceia. Tudo isso pertence à cele-

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bração do Natal, porém os cristãos, perscrutando o significado profundo da memória do nascimento do Senhor, sabem que o aniversariante estará ausente de muitas ceias. Ele permanecerá esquecido, enquanto, lá fora, Herodes continuará a matança dos inocentes. Deus-Pai espera que enfeitemos o nosso coração para receber o menino-Deus, seu Filho. Celebrar o Natal exige acolher Jesus no coração, assumindo em nossa vida o próprio estilo do Mestre: amor solidário, ilimitado e desinteressado. “Jesus, manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao vosso!” Ele veio ao mundo para conduzir a humanidade ao Pai, anunciando o Evangelho da salvação sobretudo aos mais pobres e indefesos. Jesus resumiu a sua vida numa frase simples e profunda: “O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua em resgate por muitos” (Mc 10,45). O Natal não são presentes, mas a presença de Jesus em nós, no meio de nós, reconciliando-nos com Deus e com os irmãos. A celebração do Natal nos obriga a proclamar que, apesar de to-

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dos os problemas e desafios que enfrenta o nosso mundo, nada nos faz esquecer que o Filho de Deus visitou a humanidade, revelando o rosto misericordioso de Deus. E nós perpetuamos esta visita, sonhando o sonho de Jesus e acreditando que, apesar de tudo, vale a pena apostar na Boa Nova do Reino, porque só ela salva o mundo de todas as suas contradições. Para acolher o Filho de Deus nesse Natal, rezemos com Santo Afonso: “Desce do céu para ser nosso amigo e companheiro, mas quem te acompanha? Quem te acolhe em Belém? Só José e Maria. Manifesta-nos tua graça salvadora, mas muitos poucos querem acolhê-la. És para nós um irmão, mas te consideramos estrangeiro. Ó Palavra de Deus feita carne por mim! Embora te veja pobre e desvalido, hoje te confesso, meu Senhor, aqui tens o meu ser, toma-o por presépio e trono. Ó Rei da humildade! Toma o comando do meu coração e não deixes que outro me domine”.

Pe. Paulo Sérgio Carrara, C.Ss.R. Belo Horizonte, MG

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A vida é a arte do encontro!

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s padres e irmãos da Província do Rio com mais de 10 anos de ordenação presbiteral ou profissão perpétua, ou mais de 40 anos de idade, se reuniram próximo à cidade de Paraopeba (MG), de 05 a 08 de novembro, para o Encontro da Redensidade. Coordenado pelo pe. Lúcio Marcos Bento, C.Ss.R., o evento foi um tempo de descanso, reflexão, partilha e boa convivência. Com o tema “Individualidade e comunidade, tensão e harmonia na Vida Religiosa Consagrada”, os Redentoristas partilharam sua caminhada a partir de um texto de Jackson Câmara. Na quarta-feira (07/11), foi realizada a Celebração Eucarística presidida pelo pe. Lúcio, com reflexão feita pelo pe. Nelson Antônio Linhares, C.Ss.R., Provincial do Rio

recém-eleito. O encontro terminou com o café da manhã no dia 08. Já entres os dias 12 e 16 de novembro, foi a vez dos confrades jovens. Eles se reuniram em Jaboticatubas (MG), também para momentos de partilha de vida, convivência, oração, descanso e reflexão sobre o momento atual da Província e da Congregação Redentorista. Estiveram presentes os padres Fagner Dalbem, C.Ss.R., Alfredo Avelar, C.Ss.R., André Luiz Bastos, C.Ss.R., Bruno Alves, C.Ss.R., Paulo Morais, C.Ss.R. e Jonas Pacheco, C.Ss.R., além do padre Nelson, C.Ss.R., que participou do Encontro dos Confrades Jovens na terça-feira (13/11).

Brenda Melo Juiz de Fora, MG

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Retiro dos Missionários Leigos Redentoristas

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erca de 80 Missionários Leigos Redentoristas (MLR) da Província do Rio participaram de um retiro espiritual na Casa de Retiros São José, em Belo Horizonte (MG), de 09 a 11 de novembro. Tempo oportuno para convivência, oração e partilha. O retiro foi coordenado pelo pe. Paulo Morais, C.Ss.R. e contou com a presença do Superior Provincial, pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R., que entregou a cruz redentorista a dois novos integrantes: Camylle Eduarda Soa-

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res dos Reis, de Curvelo (MG), e Felipe Miguel, de Campos dos Goytacazes (RJ). O grupo refletiu a partir da exortação apostólica do Papa Francisco, “Gaudete et Exsultate”, sobre o chamado à santidade no mundo atual. Os coordenadores das unidades fizeram uma homenagem ao pe. Américo, que deixa o cargo de Superior Provincial em janeiro de 2019, e agradeceram ao pe. Paulo pela condução dos trabalhos na coordenação junto aos MLR.

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I Congresso de Comunicadores Redentoristas Foto: Bruno Silva

Em sintonia com o XXV Capítulo Geral e o tema do sexênio, o I Congresso de Comunicadores Redentoristas e 3º Simpósio de Publicações Redentoristas aconteceu na Casa de Acolhida Santo Afonso, na cidade de Aparecida (SP), de 03 a 06 de dezembro. Cerca de 80 pessoas, entre religiosos e leigos de diversas cidades do Brasil, participaram do evento, que contou com a presença do sr. Carlos Espinoza, representante do escritório de Comunicação da Congregação Redentorista em Roma (Itália). Da Província do Rio, estiveram presentes oito pessoas: pe. Paulo Morais, C.Ss.R. (diretor da Rádio Educadora), Peterson Machado (repórter da Rádio Educadora), pe. Vanderlei Santos, C.Ss.R. (pároco da Paróquia N. Sra. do Perpétuo Socorro, em Juiz de Fora/MG), Brenda Melo (jornalista da Província do Rio), Lucas Nunes, Maria Isabel da Silva, Normet Galdino e Tânia Maria Ferreira (leigos do Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Campos dos Goytacazes/RJ). Inspirados no tema “Comunicação Redentorista em um mundo ferido”, os participantes do congresso refletiram sobre a evangelização nas novas fronteiras das mídias, através de palestras, cases de sucesso e laboratórios. Foram dias de partilha, conhecimento e reflexão que contribuíram também para o estreitamento de laços entre os comunicadores redentoristas. Para o assessor de comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e Missionário Redentorista da Província de Goiás, pe. Rafael Vieira, C.Ss.R., compreender o mundo ferido é essencial para a comunicação no mundo atual. “É preciso escutar histórias e sonhos, refletir e nos vermos neles. Ir ao encontro do mundo ferido. Estar atento às feridas e dar respostas”, disse o sacerdote. Encerrando o congresso, foi celebrada a missa no Santuário Nacional, presidida pelo arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes. Logo após, foi oferecido um coquetel e os congressistas assistiram a um show de comédia no auditório da TV Aparecida. Brenda Melo Juiz de Fora, MG

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