Akikolá - Julho / 2018

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Editorial

Palavra do Provincial

ANO DO LAICATO

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Igreja no Brasil celebra o Ano da Laicato, que teve início na Solenidade de Cristo Rei de 2017 (27 de novembro) e terminará na mesma solenidade de 2018 (25 de novembro). Tem como tema: “Cristãos Leigos e Leigas, sujeitos na Igreja a serviço do Reino”, sendo o lema: “Sal da terra e luz do mundo” (Mt 5, 13-14). O Ano do Laicato nasceu em comemoração aos 30 anos do Sínodo Ordinário sobre os Leigos (1987) e da Exortação Apostólica Christifideles Laici (Os Fiéis Leigos) de São João Paulo II, sobre a vocação e missão dos leigos

na Igreja e no mundo. Tem como objetivo valorizar a presença e participação dos leigos e leigas na Igreja, aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; além de testemunhar Jesus Cristo e seu reino na sociedade. A vocação laical é a primeira vocação na Igreja, pois pelo batismo a pessoa é consagrada a Deus e incorporada em Cristo Jesus e, com isso, torna-se Igreja viva e atuante no mundo, realizando a sua vocação na família, no trabalho e nos vários setores da sociedade. Como afirma o Concílio Vaticano II, no documen-

Expediente: Coordenação: Pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R. Jornalista Responsável: Brenda Melo - MTB: 11918 Projeto gráfico: SM Propaganda Ltda Impressão: Gráfica América Tiragem: 2.000 exemplares

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to Luz do Mundo: “brilhando em sua própria vida pelo testemunho da fé, da esperança e do amor, de maneira a manifestar Cristo a todos os homens”. Bendizemos a Deus por todos os leigos e leigas atuantes em nossas Paróquias e Santuários, pelos Missionários Leigos Redentoristas e pela Juventude Missionária Leiga Redentorista (JUMIRE). Que o Ano do Laicato fortaleça a todos na missão de discípulos missionários de Jesus Cristo. Pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R. Superior Provincial

“E neste momento particular da história do Brasil, é preciso que os cristãos assumam sua responsabilidade de ser o fermento de uma sociedade renovada, onde a corrupção e a desigualdade deem lugar à justiça e solidariedade”. (Da mensagem do Papa Francisco para a abertura do Ano do Laicato)

Aniversariantes Julho 07/07 – Pe. Anderson Trevenzoli, C.Ss.R. 16/07 – Pe. Luciano Silveira Ivo, C.Ss.R. 18/07 – Pe. Sérgio Luiz e Silva, C.Ss.R. 19/07 – D. Fernando José Monteiro Guimarães, C.Ss.R. 23/07 – Pe. Mário Ferreira Gonçalves, C.Ss.R. 23/07 – Ir. José Domingos de Vasconcelos, C.Ss.R. 26/07 – Pe. Vanderlei Santos de Souza, C.Ss.R. 27/07 – Pe. Mauro de Almeida, C.Ss.R. 28/07 – Pe. Paulo Roberto de Morais Júnior, C.Ss.R.

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Entrevista

Entrevista

Virgínia Santos Rocha Natural de Montanha (ES), Virgínia é coordenadora de liturgia da Paróquia Sagrada Família e vice-coordenadora da Comunidade Matriz em Cariacica (ES). Nessa entrevista, ela conta sua experiência como leiga atuante e fala sobre o papel dos cristãos na sociedade.

Fale um pouco da sua experiência como leiga atuante na sua comunidade. Sempre participei da igreja no banco, mas com o convite nas celebrações de fé por parte dos padres e do povo de frente da Igreja Matriz, há 2 anos, resolvi entrar para a Pastoral Litúrgica. É gratificante crescer e aprender na experiência da liturgia paroquial e da área pastoral, onde também participo em nome da paróquia. Eu, como leiga, tenho de servir bem e, por isso, busco ser responsável por aquilo que os leigos se engajem nas comuassumo e faço. nidades. Nas pregações, os padres falam desse ano especial. Como a Paróquia Sagrada Fa- A agenda paroquial, a partir da mília está vivenciando o Ano assembleia paroquial no final do do Laicato? ano passado, escolheu o trabaEla tem se preocupado muito lho com os jovens, sacramento em despertar e fazer com que de iniciação da fé e as missões

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nas comunidades como prioridade em 2018 e 2019. Nosso retiro recente, no segundo final de semana de junho, foi todo voltado para o leigo em vista de uma igreja em saída, a serviço do reino, onde a Ir. Deonilda, pe. José Wilker e o nosso pároco, pe. José Geraldo de Souza, chamaram a atenção para cada um fazer o que lhe é próprio dentro da igreja e da sociedade. De que forma você vê o protagonismo dos cristãos leigos e leigas na Igreja e seu papel transformador na sociedade? Eu vejo que os leigos e leigas têm procurado assumir com garra seus compromissos com a paróquia e têm se preocupado mais com sua imagem fora da Igreja. Engajam-se nos movimentos da igreja e de reivindicação de melhorias na paróquia. Nosso pároco tem muita energia e dinamismo pastoral. Ele incentiva a participação de todos na igreja e sociedade. Mas sinto que nós, leigos, nos acomodamos e temos pouco tempo para a Igreja, menos ainda para as

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questões sociais. Na última assembleia paroquial, o leigo Humberto Rosa disse-nos que “na Igreja, tem muitos voluntários e poucos missionários”. Concordei com ele. Às vezes, ajudamos a Igreja só em nossos tempos livres e não de forma consciente e responsável. Sua mensagem aos leitores do Akikolá: Que os leitores se engajem ainda mais nas comunidades para que a Igreja seja missionária, acolhedora e misericordiosa com atitudes semelhantes ao bom samaritano, que acolheu, cuidou e evangelizou o viajante caído à beira da estrada. Que nossos padres sejam presentes em nossa vida pastoral e luta social. Precisamos do apoio e orientação da Igreja para continuarmos lutando contra a violência, a corrupção e o individualismo. Sejamos, de fato, sal da terra e luz do mundo, como o ano dos leigos pede.

Brenda Melo Juiz de Fora, MG

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Missionários Leigos Redentoristas

unidos no anúncio da Copiosa Redenção

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á mais de 20 anos, os Missionários Leigos Redentoristas (MLR) da Província do Rio participam dos trabalhos apostólicos e vivenciam a espiritualidade e o carisma afonsiano em sintonia com a Congregação. Três eixos fundamentais integram esse grupo: formação, espiritualidade e criatividade missionária. Na Província do RJ, MG e ES, os MLR estão divididos de acordo com as comunidades nas quais estão inseridos. São 9 unidades de vida e fé, compostas por homens e mulheres comprometidos com a missão redentorista e com sua vocação batismal. Eles contam com a orientação de um assessor redentorista consagrado e se reúnem periodicamente, além de participarem das atividades pastorais. A Unidade da Glória, em Juiz de Fora (MG), é a mais experien-

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Unidade Glória

Unidade Floresta

te, com 24 anos de caminhada. Orientados pelo pe. Dalton Barros, C.Ss.R., os 24 missionários se reúnem duas vezes por mês. Todos são envolvidos em pastorais, ministérios e atividades na Paróquia da Glória. Também em Juiz de Fora está a Unidade da Floresta, com 16 anos de existência. Atualmente, é formada por 17 leigos e tem a assessoria do pe. Alfredo Avelar, C.Ss.R. O grupo se reúne uma vez por mês e está inserido em diversas pas-

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torais na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, além de participar de celebrações eucarísticas e da preparação de missões.

de Curvelo (MG) conta com o apoio de 11 Missionários Leigos Redentoristas que se reúnem uma vez por mês. O assessor é o pe. Edson Alves, C.Ss.R. e os membros atuam na catequese, ministério de música, leitorato e acolitato. Em Belo Horizonte (MG), há duas unidades: São José e Dom Muniz. A primeira é formada por 17 MLR envolvidos em várias Unidade Cel. Fabriciano frentes pastorais e tem o Em Coronel Fabriciano (MG), com a orientação do pe. Jonas Pacheco, C.Ss.R., 17 MLR estão envolvidos em diversas atividades na Paróquia São Sebastião e auxiliam em Unidade São José celebrações festivas, missões e tríduos, entre outros. Eles participam de encontros de formação duas vezes por mês. Com 22 anos de trajetóUnidade Dom Muniz ria na Província, a Unidade

Unidade Curvelo

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pe. José Augusto da Silva, C.Ss.R. como assessor. Já a segunda, com 11 membros e 24 anos de caminhada, tem como assessores o frater Antônio Alexandre e o

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ir. João Paulo da Silva, C.Ss.R., que orientam o grupo em encontros, momentos orantes e missões na Província e na paróquia arquidiocesana. A Unidade Dom Muniz se reúne uma vez por mês e a cada dois meses com a unidade São José.

Unidade Cariacica

A Unidade de Cariacica (ES), com uma década de percurso, está presente em missões e visitas a famílias carentes. São 11 missionários que contam com a assessoria do pe. José Wilker, C.Ss.R. e se reúnem 4 vezes por ano.

Unidade Rio

No Rio de Janeiro (RJ), a Unidade Santo Afonso é constituída por 13 MLR e tem o ir. Argemiro Herculano, C.Ss.R. como assessor. São 14 anos de existência e os membros se encontram na

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2º e 4ª semana de cada mês. Os Missionários Leigos estudam os santos e beatos da Congregação, ajudam a comunidade redentorista da paróquia e estão inseridos nas diversas pastorais. Caminhando há 23 anos na estrada de fé e vida, os 18 Leigos Redentoristas da Unidade de Campos dos Goytacazes (RJ) contam com a assessoria do pe. José do Carmo Zambom, C.Ss.R. e se reúnem 2 vezes por mês. O grupo desenvolve atividades missioná-

Unidade Campos

rias e pastorais em duas comunidades: Chatuba e Carvão. Com determinação, fé e ardor missionário, a Confraria dos Missionários Leigos Redentoristas da Província do Rio dá seu testemunho de amor a Jesus Cristo e segue o exemplo de Santo Afonso, doando a vida pela copiosa redenção. Brenda Melo Juiz de Fora, MG

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o último número do AKIKOLÁ, afirmamos que Santo Afonso apresenta a oração como meio essencial para aprofundar nossa relação com Deus. E, segundo o santo, todos recebem ajuda suficiente para rezar. A oração se fundamenta na redenção abundante que Jesus oferece a todos. Oração e salvação são duas faces de um mesmo mistério. Nosso santo chega a fazer uma afirmação contundente: “quem reza se salva, quem não reza se condena”. A todos Deus oferece a graça da oração. Ela é, portanto, acessível. Se formos fiéis à graça da oração, rezaremos e, se rezarmos, receberemos as graças de que necessitamos para viver o evangelho, numa vida virtuosa, o que nos conduzirá à vida eterna. A oração verdadeira para Afonso é a que transforma a

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vida, portanto, a que converte. Só sabemos se uma oração é verdadeira quando produz uma conformidade com o evangelho e suas exigências. Rezar não é, pois, tentar convencer Deus a fazer o que eu quero, mas conformar-se à sua vontade sobre mim. Santo Afonso gostava de repetir: “o teu gosto e não o meu”. Hoje há uma inversão ilusória: “o meu gosto e o não o teu”, o que não está de acordo com o evangelho de Jesus. No seu realismo, nosso doutor da oração afirmará: “qualquer coisa que você fizer, faça-a com e para Deus”. Essa máxima afonsiana nos ensina a buscar a conformidade da própria vida com Deus. A vida cristã não consiste em buscar uma experiência extraordinária de Deus, mas em assumir a vida ordinária, banal – do jeito que ela é – com Deus. Afonso aconselha três devoções

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Espiritualidade

II. Ensinamento afonsiano sobre a oração: “quem reza se salva, quem não reza se condena”.


Espiritualidade

especiais: à paixão de Cristo, ao Santíssimo Sacramento e a Nossa Senhora. O cristianismo postula que Deus busca o ser humano e quer amizade com ele. São devoções que explicitam a revelação de Deus em Jesus. Deus se encarna para se aproximar do ser humano. A encarnação se realiza através de Maria, nela Deus gera o seu Filho no poder do Espírito Santo para nossa salvação. A condição humana, Jesus a recebe por meio de Maria. A eucaristia prolonga na história a salvação que Jesus nos trouxe na sua paixão e ressurreição. As três devoções resumem as etapas da viagem de Deus ao coração humano. Ele se encarna, morre, ressuscita, se entrega a nós na eucaristia. A proposta de Santo Afonso se apoia, pois, no presépio, na cruz, no sacramento. A coisa é simples, orar não supõe conhecimentos esotéricos, não é para pessoas espiritualmente privilegiadas ou para uma elite espiritual. Todos recebem a graça para orar.

dizendo-lhe tudo aquilo que trazemos em nós, sem nada esconder: medos, dificuldades, temores, preocupações, esperanças. Sabemos que ele nos conhece por dentro, mas, mesmo assim, sentimo-nos convidados a partilhar os detalhes mais íntimos da nossa vida, porque isso aprofunda nossa intimidade com ele e desperta em nós a confiança na amizade que ele nos demonstra. Para nosso santo, “não é senão uma conversa entre Deus e a pessoa. A pessoa eleva a Deus os seus afetos, os seus desejos, os seus medos, os seus pedidos. E Deus fala-lhe ao coração, fazendo-a conhecer a sua bondade, o amor que sente por ela e o que a pessoa deve fazer para agradá-Lo”. Pela oração, entramos na intimidade de Deus, para partilhar com ele o que somos e para descobrir o que ele quer de nós. O mais importante é que ela seja um encontro verdadeiro e sincero com Deus. Mas quais as condições para a oração? Disso falaremos no próximo número.

Encontrar Deus na oração exige apenas abrir-lhe o coração, falar-lhe com confiança,

Pe. Paulo Sérgio Carrara, C.Ss.R. Belo Horizonte, MG

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Nas montanhas do planalto do norte da Itália

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principal dos municípios ou comunas da região é Asiago. Uma região marcada pelos horrores da primeira guerra mundial. Muitos cemitérios e ossários dos milliares de soldados mortos nas batalhas. Hoje, entretanto, é uma região maravilhosa, de muita beleza natural, tudo preservado com muito cuidado; tanta coisa destruída pela guerra, mas foi tudo recuperado, sendo hoje lugar de muito turismo, além de muito procurado para veraneio, pelo clima mais ameno das montanhas e, no inverno, é lugar apropriado para esquiar na neve, com toda uma infraestrutura para isso. A população é majoritariamente católica. Grandes e belas igrejas. Minha missão com os índios e também com os pobres de Helenópolis (Carolina-MA) encontrou aqui repercussão, interesse e apoio. É a terceira vez que venho aqui (1993, 99 e 2018). Conheci, ao final da década de 80, um casal daqui de Asiago (Gianni e Sonia Bordin) que tinha um trabalho voluntário na região de Imperatriz-MA, o qual ficou conhecendo minha missão com os Krahô. Desde, então, o conhecimento e a partilha foi só se intensificando e ampliando, se estendendo a mais pessoas. Gianni voltou ao Brasil mais três vêzes, levando consigo outras pessoas, mostrando-lhes a realidade brasileira e, especialmente, um pouco da minha missão, indo sempre a alguma aldeia comigo. Agora já tenho aqui muita gente conhecida, muita amizade. Estando aqui, tantos vêm encontrar-me, sou levado a muitos lugares, muitos belos passeios e algumas programações em favor de minha missão com os índios. Nesta temporada de 30/5 a 19/6, estas são as principais programações: missas na paróquia a convite do pároco, Don Roberto,

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que já esteve comigo no Brasil em 2014; uma apresentação da situação indígena do Brasil para um público variado, principalmente os que já foram ao Brasil, os que já me conheciam, mas também boa participação de jovens estudantes com interesse no conhecimento da realidade indígena; uma reunião com um grupo (uma organização) que vai ao Brasil em agosto próximo, chegará a minha casa no Maranhão e irá comigo a uma aldeia Krahô (Estado de TO), com perspectiva de assumir um projeto de proteção à aldeia que será visitada. Por meu pedido, irei pela segunda vez a Assis, onde estarei de 15 a 17/6 e farei uma manhã de retiro junto à igreja de S. Damião e Eremo delle Carceri, nas pegadas do “Poverello di Assisi”. O coroamento da temporada será um passeio, no dia 18, na belíssima Veneza. Asiago já se tornou para mim o principal apoio a minha missão com os Krahô e, como tal, ao meu ser missionário para os pobres. Uma magnífica e cristã parceria. Aqui sou sempre mais conhecido e acolllhido como em nenhum outro lugar, me sentindo feliz e agradecido a Deus: padre missionário redentorista para um povo indígena. Pe. Valber Dias Barbosa, C.Ss.R. Asiago/Vicenza-Italia

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Faço 125 anos

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niciei minha caminhada, no escurecer do dia 2 de julho do ano de 1893, com o desembarque do navio “Ceará” no cais do porto da “Cidade Maravilhosa” do Rio de Janeiro de dois religiosos trajando batina preta, colarinho branco saliente e rosarão penso do cinto no lado esquerdo. Eram os Redentoristas padres Mathias Tulkens e Francisco Lohmeyer que, a mando de seu Superior Geral, padre Nicolau Mauron (carta ao padre Mathias na data de 21/04/1893)), e do Provincial de Amsterdam, padre Tiago Meeuwissen, vinham verificar “in loco” as condições para a fundação de uma “Missão Redentorista” no Brasil. Chegava, destarte, ao fim a série de pedidos com que, desde 1844, passando por 1857 e 1892, os senhores bispos de Mariana no estado de Minas Gerais imploravam a presença dos “filhos de Santo Afonso Maria de Ligório” para que os ajudassem na evangelização de sua vastíssima diocese. O que “viram” agradou-lhes tanto que ficaram de vez para implantar uma unidade de sua Congrega-

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ção nas “Terras da Santa Cruz”. Em sua última carta (1892), Dom Silvério acenava-lhes com a pregação de “Santas Missões”, Tríduos, Retiros, Paróquias e, se lhes fosse do agrado, abrir Colégios para educarem a mocidade brasileira. Numa palavra: exercer em plenitude o sacerdócio cristão-católico. Os “pioneiros” arregaçaram logo as mangas. Já no dia 21 de fevereiro de 1894, assumiram em caráter definitivo o “curato de Nossa Senhora da Glória”, desmembrado adrede para eles da Freguesia da Paróquia de Santo Antônio do Paraibuna, em Juiz de Fora. Com a chegada de mais 6 missionários: 3 padres e 3 irmãos-leigos, teve início a primeira “Domus Formata Redentorista” no Brasil, e se instalou a Missão Holândico-Brasileira no dia 26 de abril de 1894. A primeira “Santas Missões” foi pregada na capela de Nossa Senhora das Dores, no bairro Grama de Juiz de Fora, durante 8 dias, de 28 de julho a 04 de agosto do ano de 1895, pelos padres Francisco Lohmeyer e Afonso Matijsen.

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À direita, residência da comunidade da Glória, primeira casa redentorista no Brasil.

O sucesso foi tão grande que Dom Silvério pediu a mesma pregação para sua sede episcopal: Mariana. Ele mesmo seguiu os exercícios missionários. O êxito foi tão retumbante que Sua Excelência insistiu para que a 3ª “Santas Missões” fosse pregada em Ouro Preto, então capital do Estado. A estas seguiram-se outras centenas a tal ponto que os Redentoristas ficaram conhecidos pelo apelativo de “Os santos missionários”. Diante disso foi necessário assumirem paróquias, construírem conventos e santuários por estes “Pindoramas” em fora. Ah! Ia-me esquecendo que cuidaram também da mocidade visando a formação de seus futuros Missionários Redentoristas. Pois,

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dos mais de 1500 alunos que lhes passaram pelas mãos, 92 se tornaram Redentoristas, e os restantes, aproveitando da boa formação que tiveram, muitos se tornaram bons cristãos e ótimos cidadãos. Seria um nunca acabar se lhe contasse todas as minhas peripécias destes 125 anos. Tudo, porém, promanou da séria espiritualidade do Ideal Redentorista que alimentou meus missionários, fora e dentro de seus conventos. Se lhe agradar, venha para minha sombra e juntos viveremos mais 125 anos! Província Redentorista Jubilar do Rio de Janeiro, RJ-2600 Pe. Braz Delfino, C.Ss.R. Juiz de Fora, MG

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Mosteiro da Santa Cruz tem nova Abadessa: Madre Maria de Fátima, OSB No dia 9 de junho, a Madre Maria de Fátima Justiniano da Silva, OSB foi empossada como a terceira Abadessa do Mosteiro da Santa Cruz, em Juiz de Fora (MG). A Bênção Abacial foi conferida pelo arcebispo metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira, em Celebração Eucarística realizada na Capela do mosteiro e acompanhada por centenas de religiosos e leigos. A Santa Missa foi concelebrada pelo abade presidente da Congregação Beneditina do Brasil, Dom Filipe da Silva, OSB, pelos abades Dom Emanuel d’Able do Amaral, OSB e Dom Luiz Pedro Soares, OSB, por Dom Gregório Paixão, OSB, Dom Joaquín Pertíñez Fernández e pelo Dom Prior Cristiano Collart, OSB, além de dezenas de sacerdotes. Doze madres abadessas e duas madres prioresas também participaram da celebração, assim como as monjas beneditinas do mosteiro local e de outras partes do Brasil. Para Dom Gil, os mosteiros são como alicerces da Igreja. “A nossa Igreja Particular de Juiz de Fora tem essa grande bênção de Deus de ter um mosteiro tão bom, tão edificante, tão apreciado como o Mosteiro da Santa Cruz, das irmãs beneditinas. Então hoje nós estamos dando essa bênção abacial à nova madre, natural de Juiz de Fora, da Paróquia Santa Rita de Cássia do Bairro Bonfim”, afirmou o bispo. “Este mosteiro tem muito a marca da Madre Paula, como a mãe que geriu suas filhas para Deus. E hoje, com a sua partida, assume a Madre Maria de Fátima, que começa agora um tempo novo. Muda a abadessa, muda a forma de governo, mas o essencial permanece, que é justamente o mosteiro como o lugar de oração, de silêncio, de recolhimento, de acolhimento”, disse o abade presidente da Congregação Beneditina do Brasil, Dom Filipe, OSB. Fonte: Arquidiocese de Juiz de Fora

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Aconteceu na Província

Encontro Vocacional

Sete jovens participaram do primeiro Encontro Vocacional Redentorista de 2018, realizado no Seminário da Floresta, em Juiz de Fora (MG), de 31 de maio ao dia 03 de junho. Eles viveram dias de paz, seriedade, compromisso e profundidade. Além dos momentos orantes e conhecimento da história da Congregação, espiritualidade e carisma Redentoristas, os meninos foram conduzidos para um autoconhecimento e busca da motivação vocacional. Ao término do encontro, todos os vocacionados foram convidados para participar do próximo Estágio Vocacional Redentorista, em janeiro de 2019. Até lá, permanecem em acompanhamento e discernimento vocacional junto ao Secretariado Vocacional. Os vocacionados são das cidades mineiras de Bom Jesus do Galho, Coronel Fabriciano, João Monlevade, Riacho dos Machados e Uberlândia; e das cidades capixabas de Barra do São Francisco e Colatina. A equipe de Acompanhamento Vocacional foi composta pela psicóloga Andréia Espíndola, Pe. José Maurício de Araújo, C.SS.R., e Pe. Bruno Alves, C.SS.R., além do apoio do Ir. Pedro Magalhães, C.SS.R. para assuntos externos.

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