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Editorial
Palavra do Provincial SOMOS CONTINUADORES DA OBRA DA REDENÇÃO!
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este mês celebramos os 287 anos da Congregação Redentorista. Muitas pessoas nos perguntam o que significa “C.Ss.R.”, sigla que colocamos após o nosso nome. É a sigla de “Congregação do Santíssimo Redentor” (Congregatio Sanctissimi Redemptoris), a nossa Família Redentorista. Este elemento quer significar nossa pertença jurídica e, sobretudo, espiritual ao instituto religioso. Mas nem sempre foi assim... Santo Afonso e seus companheiros missionários fundaram a Congregação no dia 9 de novembro de 1732, memória da dedicação da Basílica Papal do Santíssimo Salvador. Desta forma, o primeiro grupo, reunido sob o títu-
lo de “Congregação dos Missionários do Santíssimo Salvador”, esforçava-se para amparar as necessidades espirituais e pastorais que sofriam os pobres das regiões rurais daquele tempo. No dia 25 de fevereiro de 1749, o papa Bento XIV aprovou o novo instituto e as suas constituições. Por questões jurídicas, o nome oficial foi alterado para “Congregação do Santíssimo Redentor”, pois, naquele tempo, já havia um grupo religioso reunido sob o título de “Santíssimo Salvador”. De “Santíssimo Salvador” para “Santíssimo Redentor”, a Congregação foi compreendendo seu carisma, espiritualidade e missão. Nossa família, por vocação, é uma expressão da identidade
Expediente: Coordenação: Pe. Nelson Antonio Linhares, C.Ss.R. Jornalista Responsável: Brenda Melo - MTB: 11918 Projeto gráfico: SM Propaganda Ltda Impressão: W Color Indústria Gráfica Tiragem: 1.800 exemplares
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missionária da Igreja. O Redentorista não vive para si e para os seus, mas doa-se a serviço do Reino, sobretudo aos mais abandonados, cuja evangelização é sinal da obra missionária (cf. const. 4). Nossa missão deriva e se nutre da prática missionária de Jesus (cf. Lc 4, 16-19). Portanto, nosso nome, ou seja, nossa identidade deve estar
intimamente associada à identidade e à missão do Redentor. Os Missionários Redentoristas devem cultivar em suas vidas os mesmos sentimentos e ações que moviam Jesus (cf. Fl 2,5): ser discípulos missionários, continuadores da obra da Redenção. Pe. Nelson Antonio Linhares, C.Ss.R. padrenelsonantonio pe.nelsonantonio
CELEBRAÇÕES DO MÊS DE NOVEMBRO
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Patrono: Santo André, Apóstolo Virtude: Oração
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Aniversário natalício 05/11- Ir. Aníbal de Assis, C.Ss.R. 12/11 - Pe. Lúcio Marcos Bento, C.Ss.R. 19/11- Pe. Mauro Carvalhais de Oliveira, C.Ss.R. Ordenação Presbiteral 06/11 - Pe. Edson Alves da Costa, C.Ss.R. 15/11 - Pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R. 16/11 - Dom Vicente de Paula Ferreira, C.Ss.R. 20/11 - Pe. Vanderlei Santos de Souza, C.Ss.R. 22/11 - Pe. Fagner Dalbem Mapa, C.Ss.R. 28/11 - Pe. José Cláudio Teixeira, C.Ss.R. Memória Redentorista 1º/11 - Inauguração da Casa de Retiros São José 06/11 - Memória dos Beatos espanhóis 09/11 - Fundação da Congregação Redentorista (1732) 30/11 - Inauguração do Convento de Santo Afonso, no Rio de Janeiro
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Entrevista
Jubileu de Prata de Profissão Religiosa Pe. José Cláudio Teixeira, C.Ss.R. “O Redentorista deve estar pronto para qualquer obra”. Foi esta frase que motivou o Pe. Cláudio a entrar na Congregação do Santíssimo Redentor e que move sua caminhada como Missionário Redentorista há 25 anos, que serão completados no dia 8 de dezembro.
Como o senhor percebeu sua vocação à vida religiosa e por que escolheu a Congregação Redentorista? Foi na década de 80, em João Monlevade (MG), minha terra natal. Naquele tempo, os grupos de jovens tinham uma força bonita na vida da Igreja. Então, participando da Pastoral da Juventude e com uma família muito religiosa, foi crescendo o desejo de ser padre. Ainda não sabia a diferença entre religioso e padre secular. Conheci Dom Lara, C.Ss.R., bispo auxiliar, e também a revista de São Geraldo. Foi nela que encontrei o endereço dos Redentoristas. Escrevi para Juiz de Fora (MG), Comunidade Vocacional de Santo Afonso. Padre Dalton Barros, C.Ss.R. respondeu a carta convidando-me para o Encontro Vocacional. Na carta ele dizia: “O Redentorista deve estar pronto para qualquer obra”. Gostei! Fui bem acolhido. Também na Comunidade Santo Afonso éramos
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uma turma muito boa. Levávamos a sério o lema: “Florescer e crescer como gente”. Fale sobre a alegria de celebrar 25 anos como Missionário Redentorista! É muita, até porque as frentes de trabalho em que passei foram muito boas. Como diácono, vivi no Rio de Janeiro (Paróquia Santo Afonso), um ano de padre no Jardim Leblon,
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em Belo Horizonte (MG), e 9 anos na formação na Casa de Filosofia (Comunidade Vocacional São Clemente). Quando falo da formação sinto que foi um tempo de aprendizado e acolhida por parte dos formandos. Gostei muito da tarefa de ser formador. Depois, fui para Cariacica (ES) e Coronel Fabriciano (MG), duas paróquias em que a gente aprende a ser missionário. Em Cariacica, os confrades em que morei foram muito bons. Padre José Wilker, C.Ss.R., Padre Maikel Dalbem, C.Ss.R. e Irmão Raoni. Fizemos uma boa aliança de trabalho. Em Fabriciano, morei 8 anos. Lá muita coisa boa vivi. Paróquia dinâmica que coloca o missionário em missão! Também uma boa parceria com os confrades. Hoje estou na Paróquia São José, em Belo Horizonte, coração da cidade. Paróquia quase santuário. Dá gosto de trabalhar! Nestes 25 anos uma coisa posso dizer: muito trabalho e muitas conquistas. Bençãos de Deus! Alegro-me também por ter como companheiro jubilar o Padre José do Carmo Zambom, C.Ss.R. que também leva muito a sério sua vocação.
desafio. O mundo é outro. Por causa da busca da subjetividade, cada um quer ser sujeito melhor do que o outro (característica do nosso tempo). Poucos jovens querem abraçar a vida religiosa e viver em comunidade. Isso enfraquece as Congregações. Então, vamos unir forças e reconfigurar a Congregação Redentorista para ser mais missionária e com o coração mais ousado. Uma só coisa não podemos esquecer: somos filhos de Santo Afonso e o distacco ainda deve falar mais forte em nossa vocação.
Vocação
(Pe. José Cláudio Teixeira, C.Ss.R.)
Construção de um caminho. Des-construção. Ouvidos atentos à voz de Deus. Aprender a ver nas entrelinhas da vida O chamado O nosso próprio caminhar.
Como o senhor avalia o processo de reestruturação pelo qual a Congregação está passando? Com um olhar de esperança! É uma nova porta que abre para a Congregação. A vida religiosa hoje é um
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Brenda Melo Juiz de Fora, MG
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Formação
Congregação Redentorista: 287 anos de vida e história
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oje contemplemos uma árvore que um dia foi semente no sentido aristotélico de potência e ato. Ela se chama Congregação Redentorista, que foi plantada desde 09/11/1732, em Scala/Itália, pelo próprio Deus, jardineiro e agricultor, e Madre Celeste, visionária e mística, sob o cultivo de Afonso, trabalhador e missionário, juntamente com os primeiros padres Vicente Mannarini, Pedro Romano, João Batista Donato, João Mazzini e o leigo Silvestre Tosquez, os quais participaram da eucaristia, presidida por Dom Falcoia para incendiar os corações consagrados no desejo de evangelizar os mais pobres. Posteriormente, ingressaram os padres César Sportelli e Vítor Curzio, impossibilitados de participarem inicialmente. Neste contexto histórico, destaco três fatos impactantes vinculados ao nascedouro da família redentorista em pleno Século XVIII: “1) A visão de Madre Celeste, comunicada a Dom Falcoia em outubro de 1731, véspera da Festa de São Francisco de Assis, sobre ter visto Jesus Cristo conversando com esse Santo, reformador da igreja e pobre, e Afonso, desapegado e intuitivamente pastoralista, para a criação de uma nova socie-
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dade de missionários; 2) A estafa de Afonso por causa dos excessos de trabalhos em Nápoles, seguida do retiro em Scala fez com que enxergasse os cabreiros, camponeses abandonados; 3) A decisão de Afonso, mesmo relutando interiormente a esse papel de fundador, após discernimento e oração, em aceitar como vontade de Deus essa missão de continuar o Redentor”. A regra primitiva e o instituto foram aprovados em 1749 pelo Papa Bento XIV , onde todos os atos eram previamente marcados com forte senso de obediência aos superiores e cumprimento das normas comunitárias. Já a nova regra e vigente sob o frescor do Vaticano II têm como marca a obediência dialogada e consenso pastoral e comunitário para garantir a fidelidade e criatividade na missão. Transcrevo-lhe parte da Carta de Afonso ao Papa Bento XIV : “Por haver se dedicado vários anos às Santas Missões
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[...], o suplicante constatou o grande abandono em que se encontrava o povo pobre, principalmente, aquele das montanhas [...]. Portanto, associou-se desde 1732 aos mencionados padres, seus companheiros, sob a direção espiritual de Dom Falcoia [...] para se dedicar a ajudar, por meio das missões, instruções e outros exercícios, os pobres do campo. [...]. Tantas vezes, com efeito, eles não contam com ninguém que lhes administre os santos sacramentos e lhes anuncie a Palavra de Deus. Chega-se ao ponto de que, muitos, por falta de operários apostólicos, morrem sem mesmo conhecer os primeiros mistérios da fé, porque há poucos padres que dispõem de tempo para o cuidado dos pobres [...]”.
cultuava a dor, dificultava o acesso à comunhão dos fiéis e cultuava o pecado. Existia também forte descaso aos mais abandonados que eram ignorados por parte da igreja e sociedade, além da tensão entre o rigorismo e laxismo na moral, que foram rebatidos com o antídoto do “equiprobabilismo”, ou seja, “do mais possível, justo e equilibrado” entre a lei e liberdade, o real e ideal na vida cristã. Conclui-se que no espírito do fundador devemos ir preferencialmente ao encontro dos mais abandonados. A proximidade com o povo tem a marca redentorista da acolhida e hospitalidade, simplicidade pessoal e zelo pastoral. A reestruturação em curso nas unidades redentoristas e no governo geral, surgida na década de 90 para o ano de 2022, almeja priorizar a missão e solidariedade nas comunidades para a retirada do comodismo pastoral e conventual, deslocando-lhes as periferias existenciais e urbanas, onde nascemos e ainda estão os destinatários desprovidos de socorros espirituais.
Eis outro texto bíblico fundante que marcou o início da vida pública de Jesus em Nazaré e sua relação íntima com o nascimento dessa Congregação em Lc 4,18-19, que explícita essa opção fundamental pelos mais abandonados. Nessa linha da consciência e conversão, Afonso combateu o jansenismo que negava o amor e
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1 MEULEMEESTER, M. Historie Sommaire de la Congrégation du T.S. Rédempteur. Louvain: Imprimerie St. Alphonse, 1950, Pág. 21-62. 2 REY-MERMET, T. Afonso de Ligório, uma opção pelos abandonados. Aparecida: Ed. Aparecida, 1984, Pág. 463-467. 3 Ibidem, Pág. 455.
Pe. José Geraldo de Souza, C.Ss.R. Rio de Janeiro, RJ
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Espiritualidade
Laudato Sí Capítulo VI: Educação e Espiritualidade Ecológicas
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o mês passado terminamos nossa reflexão sobre o capítulo V da Encíclica Laudato Sí de Papa Francisco, ficando somente o último capítulo, o VI, para assim encerrarmos nosso estudo sobre todo o documento. Ainda inserido em um contexto de decisões e propostas para um caminho de vida e ação integrado, o presente trecho vem intitulado como “Educação e Espiritualidade Ecológicas”. Como sempre fazemos, é interessante apreender o esquema sobre o qual o capítulo vem estruturado.
A estrutura O presente capítulo se apresenta então dividido em 9 pontos que en-
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globam os números 202 a 246, situado como conclusão do documento Laudato Sí: 1. Apontar para outro estilo de vida; 2. Educar para a aliança entre a humanidade e o ambiente; 3. A conversão ecológica; 4. Alegria e Paz; 5. Amor civil e político; 6. Os sinais sacramentais e o descanso celebrativo; 7. A Trindade e a relação entre as criaturas; 8. A Rainha de toda a criação; 9. Para além do sol. É interessante perceber como Papa Francisco quis articular duas realidades, Educação e Espiritualidade, que, em raiz se encontram muito próximas, mas que nossa cultura das últimas décadas, principalmente quando viemos a enfatizar fortemente a educação como apreensão de uma técnica, tende a separar. Viver e crescer em uma espiritualidade e ser educado para a vida ocupam espaços símiles na construção do ser humano. Trata-se de um aprendizado global e integrador.
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Um novo estilo de vida em comunhão De modo geral, o documento termina confirmando o mesmo tom que manifestou durante todo o seu tecido textual: é preciso reconhecer nossos excessos e abrir mão de visões por demais reduzidas da vida e da realidade para, assim, viver em profunda comunhão integradora com toda a Criação, gerando mais e mais vida. A dimensão e a preocupação ecológicas passam a ser assim compreendidas no âmbito geral do discurso social como extremamente necessárias para que a vida possa ainda continuar existindo em nosso planeta. Denuncia-se, desta maneira, visões reduzidas da realidade que se baseiam apenas em rentabilidade e busca de crescimento material. Uma visão utilitarista da relação homem-natureza-cultura não pode mais encontrar espaço entre nós. Do ponto de vista mais particular, ou seja, quando falamos de nossa fé e espiritualidade cristãs, se descortina um vasto e interessante campo de reapropriação e releitura da relação Criador-criatura, de certo modo esquecida e minimizada nos últimos tempos, recolocando o homem como um servidor de toda uma realidade que ele recebeu de seu Criador como dom a ser multiplicado e respeitado. No âmbito da dignidade,
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toda a realidade criada se encontra no mesmo patamar e, em seu interior, o homem com sua especificidade. Como uma via de mão dupla, o homem cuida do criado e, ao mesmo tempo, é pelo criado cuidado.
Um esforço urgente de conversão Tendo reaberto este espaço de comunhão, percebemos quão urgente é necessária uma verdadeira conversão. Uma constante e verdadeira metanóia, que em grego quer significar mudança de pensamento e de postura diante das coisas da vida. Na vivência da espiritualidade, supõe um constante exercício de aprendizagem e desenvolvimento do discernimento que, por sua vez, compreende um amplo diálogo com todas as dimensões e atores presentes no jogo da grande comunidade humana. Recoloca-se, desta forma, uma dimensão importantíssima da fé
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Espiritualidade
cristã: a dimensão social. Trata-se do sereno reconhecimento de que nossas vontades individuais não são supremas, mas somos chamados e reconhecer a existência de um outro (toda a realidade criada), amado tanto quanto eu, consolidando-se em uma vivência co-responsável da vida.
Um chamado a uma vida sacramental Os sacramentos, sinais eficazes da graça divina agindo em nós, não se resumem a simplesmente uma realidade privada, mas também expressão a grandeza do Mistério Divino presente no mundo. Aprender a contemplar a beleza, desde os escritos cristãos mais antigos, se configurou como uma forma de reconhecer e render graças ao Criador por sua bondade e beleza. A beleza da criação, para nós cristãos, ganha relevos ainda mais importantes quando reconhecemos que, em meio a esta realidade, Deus se encarnou. Papa Francisco afirma: Os sacramentos constituem um modo privilegiado em que a natureza é assumida por Deus e transformada em mediação da vida sobrenatural. Através do culto, somos convidados a abraçar o mundo num plano diferente. A água, o azeite, o fogo e as cores são assumidas com toda a
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sua força simbólica e incorporam-se no louvor. A mão que abençoa é instrumento do amor de Deus e reflexo da proximidade de Cristo, que veio para Se fazer nosso companheiro no caminho da vida. A água derramada sobre o corpo da criança baptizada, é sinal de vida nova. Não fugimos do mundo, nem negamos a natureza, quando queremos encontrar-nos com Deus. (LS 235)
Maria e José, exemplos de cuidado
Os números 241 e 242 nos reservam dois grandes exemplos de cuidado com o dom de Deus. Maria, Mãe e Rainha, e José, homem justo, provedor da família de Nazaré. Dois aspectos a serem integrados na vida de cada um de nós: a ternura e a força que cuidam e são capazes de frutificar em vida. Para finalizar, duas belíssimas orações:
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Oração pela nossa terra Deus Onipotente, que estais presente em todo o universo e na mais pequenina das vossas criaturas, Vós que envolveis com a vossa ternura tudo o que existe, derramai em nós a força do vosso amor para cuidarmos da vida e da beleza. Inundai-nos de paz, para que vivamos como irmãos e irmãs sem prejudicar ninguém. Ó Deus dos pobres, ajudai-nos a resgatar os abandonados e esquecidos desta terra que valem tanto aos vossos olhos. Curai a nossa vida,
para que protejamos o mundo e não o depredemos, para que semeemos beleza e não poluição nem destruição. Tocai os corações daqueles que buscam apenas benefícios à custa dos pobres e da terra. Ensinai-nos a descobrir o valor de cada coisa, a contemplar com encanto, a reconhecer que estamos profundamente unidos com todas as criaturas no nosso caminho para a vossa luz infinita. Obrigado porque estais connosco todos os dias. Sustentai-nos, por favor, na nossa luta pela justiça, o amor e a paz.
Oração cristã com a criação Nós Vos louvamos, Pai, com todas as vossas criaturas, que saíram da vossa mão poderosa. São vossas e estão repletas da vossa presença e da vossa ternura. Louvado sejais! Filho de Deus, Jesus, por Vós foram criadas todas as coisas. Fostes formado no seio materno de Maria, fizestes-Vos parte desta terra, e contemplastes este mundo com olhos humanos. Hoje estais vivo em cada criatura com a vossa glória de ressuscitado. Louvado sejais! Espírito Santo, que, com a vossa luz, guiais este mundo para o amor do Pai e acompanhais o gemido da criação, Vós viveis também nos nossos corações a fim de nos impelir para o bem. Louvado sejais! Senhor Deus, Uno e Trino, comunidade estupenda de amor infinito, ensinai-nos a contemplar-Vos na beleza do universo, onde tudo nos fala de Vós. Despertai o nosso louvor e a nossa gratidão
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por cada ser que criastes. Dai-nos a graça de nos sentirmos intimamente unidos a tudo o que existe. Deus de amor, mostrai-nos o nosso lugar neste mundo como instrumentos do vosso carinho por todos os seres desta terra, porque nem um deles sequer é esquecido por Vós. Iluminai os donos do poder e do dinheiro para que não caiam no pecado da indiferença, amem o bem comum, promovam os fracos, e cuidem deste mundo que habitamos. Os pobres e a terra estão bradando: Senhor, tomai-nos sob o vosso poder e a vossa luz, para proteger cada vida, para preparar um futuro melhor, para que venha o vosso Reino de justiça, paz, amor e beleza. Louvado sejais! Amém. Pe. Maikel Pablo Dalbem, C.Ss.R. Roma, Itália
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Redentoristas
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Padre Freitas: o bom filho de Santo Afonso
Pe. Mário Antônio de Freitas, C.Ss.R. faleceu no dia 9 de outubro de 2019, aos 85 anos de idade, vítima de choque séptico e infecção do trato urinário. Sua vida foi marcada pela oração, simplicidade, disponibilidade e desapego. Dedicou boa parte de seu tempo à escuta das confissões, como bom filho de Santo Afonso, principalmente atendendo inúmeras pessoas que sempre o procuravam. Na Congregação Redentorista, foi professor do Juniorato e destacou-se pelo trabalho junto à Liga Católica Jesus, Maria, José. Na Arquidiocese de Juiz de Fora, fez parte da equipe do Tribunal Eclesiástico e foi membro do Conselho de Formação, colaborando como diretor espiritual no Seminário Santo Antônio. Pe. Freitas nasceu em Congonhas (MG), no dia 09 de março de 1934. Desde pequeno falava em ser padre. Durante a formação na Congregação Redentorista, seus formadores o viram como portador de um gênio bom, bastante acanhado, piedoso e cheio de boa vontade: um bom missionário! Padre Freitas fez os primeiros votos na Igreja da Glória, no dia 25/01/1954, e os votos perpétuos no Seminário da Floresta, no dia 21/04/1957. Foi ordenado sacerdote na Igreja da Glória, em 02/02/1959, por dom Geraldo Maria de Morais Penido. Após a ordenação, residiu nos seguintes lugares: Curvelo (1960); Três Corações (1960); Congonhas Matriz (1960); Coronel Fabriciano (1961); Campos dos Goytacazes (1962-64); Igreja da Glória – Juiz de Fora (1965-1967); Congonhas (1968); Curvelo (1969-1975); São José, Belo Horizonte (1976-78); Campos (1979); Igreja da Glória (19801990); São José (1991-1994); Rio de Janeiro (1994-1996); São José, BH (1997-1999); Igreja da Glória (2000-2019). Na Igreja da Glória, viveu 31 dos 60 anos de vida sacerdotal. No mesmo convento encerrou sua jornada com prova de perseverança, fidelidade e dedicação constante à oração. Nossa eterna gratidão pela presença amiga e colaboração com a nossa Província. Descanse em paz, Pe. Freitas!
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Akikolá
Doutor em Teologia Moral
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om tese defendida na Academia Alfonsiana, em Roma (Itália), no dia 25 de setembro, o Redentorista da Província do Rio e colaborador da coluna de Espiritualidade do Akikolá, Padre Maikel Dalbem, C.Ss.R., é o mais novo doutor em Teologia Moral. O sacerdote está em Roma desde 2016 estudando e preparando o Doutorado, cuja tese recebeu o título de “Uno e complexo: o ser humano como agente moral. Uma leitura de confronto entre textos de Santo Tomás de Aquino e Michel Henry”. “Foi uma discussão sobre a possível contribuição da fenomenologia à Teologia
Moral fundamental. Para tanto, confrontei dois modelos representativos, o clássico Santo Tomás de Aquino e o fenomenólogo pós-moderno Michel Henry, sobre um argumento pouco valorizado quando falamos da composição do ente/sujeito: o corpo”, explicou Pe. Maikel. Estiveram presentes na apresentação do trabalho os Padres Carlos Viol, C.Ss.R. e Flávio Leonardo, C.Ss.R., da Província do Rio, além de confrades da comunidade local, entre eles, o Vigário Geral, Pe. Pedro Lopes, C.Ss.R., e os Conselheiros Gerais, Padres Rogério Gomes, C.Ss.R. e Alberto Esseveri, C.Ss.R.
MÁRTIRES DE CUENCA No dia 6 de novembro a Congregação Redentorista recorda a memória litúrgica de seis beatos Redentoristas de Cuenca (Espanha): Padres Javier Gorosterratzu Jaunarena, Ciriaco Olarte Pérez de Mendiguren, Miguel Goñi Áriz, Julián Pozo Ruiz de Samaniego, Pedro Romero Espejo e o Irmão Victoriano Calvo Lozano, que morreram em decorrência da perseguição religiosa durante a Guerra Civil Espanhola, entre 1936 e 1939. Os religiosos sofreram de perto o martírio por não renegarem a fé cristã. Os mártires de Cuenca foram beatificados no dia 13 de outubro de 2013, em Tarragona, na Espanha.
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Aconteceu na Província
Reunião da Equipe de Reconfiguração da nova Província RJ-SP-BA 02/10 - Aparecida (SP)
Missa de Exéquias do Pe. Mário Antônio de Freitas, C.Ss.R. 10/10 - Juiz de Fora (MG)
Encontro de Familiares da Comunidade Vocacional São Clemente 11 a 13/10 - Juiz de Fora (MG)
Aniversário de 97 anos do Pe. José Luciano Jacques Penido, C.Ss.R. 18/10 - Rio de Janeiro (RJ)
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Aconteceu na Província
Tríduo e Festa de São Geraldo 17 a 20/10 - Curvelo (MG)
Semana Missionária Vocacional Redentorista 20 a 26/10 - Timóteo (MG)
Ordenação Presbiteral do Pe. Rodrigo Costa, C.Ss.R. 26/10 - Timóteo (MG)
Primeira Missa celebrada pelo Pe. Rodrigo Costa, C.Ss.R. 27/10 - Coronel Fabriciano (MG)
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