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Editorial
Palavra do Provincial POR UMA PRIMAVERA BÍBLICA Caros leitores e leitoras do AKIKOLÁ, Família Redentorista, A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), ciente de que a Bíblia precisa ser mais valorizada pelos fiéis católicos, desde 1971, adotou o mês de setembro como “Mês da Bíblia”. A proposta é aproveitar o mês para incentivar os fiéis a ler, estudar, guardar no coração, anunciar e viver a Palavra de Deus. A escolha deste mês é devido à festa de São Jerônimo, que foi tradutor e exegeta da Bíblia. Para ele, “ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo”. A Bíblia é um dos livros mais conhecidos do mundo. Mas, precisa ser mais lida e vivida! Precisamos rezar com a Bíblia, fazer a leitura orante: ler, meditar, rezar, contemplar. A meditação diária da Palavra
transforma a vida, o comportamento, a realidade. A Palavra de Deus encontra sua expressão privilegiada na Bíblia, mas ela não se reduz à Bíblia, pois Deus fala na vida de cada um e nos acontecimentos de hoje. Mas é a partir da Bíblia que temos uma chave segura para saber ouvir e interpretar o que Deus nos fala. Experimente você também. O principal interesse de Deus é falar com você. Ele deseja instruir, quer conduzir ao conhecimento da verdade. Por isso, esteja atento(a), fique alerta; mantenha-se numa atitude de acolhida. Dedique tempo a esta Palavra! Que neste mês, a Palavra de Deus possa nos converter ao verdadeiro sentido da vida que está revelado em Jesus Cristo, ápice da
Expediente: Coordenação: Pe. Nelson Antonio Linhares, C.Ss.R. Jornalista Responsável: Brenda Melo - MTB: 11918 Projeto gráfico: SM Propaganda Ltda Impressão: Gráfica América Tiragem: 2.000 exemplares
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Revelação. N’Ele, Deus nos diz tudo o que tem para revelar, Ele é o caminho, a verdade e a vida! Oxalá aconteça uma Primavera Bíblica em sua vida! E brotem muitas flores de fé, caridade, fraternidade e amor aos irmãos!
Acolha meu abraço amigo e a bênção, Pe. Nelson Antonio Linhares, CSsR padrenelsonantonio pe.nelsonantonio
CELEBRAÇÕES DO MÊS DE SETEMBRO
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Patrono: São Mateus, Evangelista Virtude: Mortificação
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Aniversário natalício 01/09 - Fr. Robson Araújo dos Santos, C.Ss.R. 11/09 - Pe. André Luiz Bastos, C.Ss.R. 16/09 - Ir. Pedro Magalhães Gomes, C.Ss.R. 18/09 - Ir. Afonso Cupertino de Barros, C.Ss.R. 22/09 - Fr. Rodrigo Costa Silva, C.Ss.R. Ordenação Presbiteral 08/09 - Pe. Sérgio Luiz e Silva, C.Ss.R.
Memória Redentorista 09/09 - Morte do Pe. Francisco Lohmeyer, um dos pioneiros da Fundação Redentorista Holando-Brasileira (+1908) 11/09 - Memória da Beata Maria Celeste Crostarosa 12/09 - Nascimento do Beato Januário Sarnelli 14/09 - Morte da Beata Maria Celeste Crostarosa (+1755) 15/09 - Beatificação de Santo Afonso pelo Papa Pio VII (1816) 18/09 - Início oficial da Comunidade Redentorista de Curvelo - MG (1906) 21/09 - Ordenação do Beato Gaspar Stanggassinger 26/09 - Memória do Beato Gaspar Stanggassinger 27/09 - Nascimento de Santo Afonso (1696, em Marianella, Itália) 28/09 - Inauguração oficial da Rádio Educadora (1968)
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Entrevista
Grupo de Intercessão Santo Afonso Marta Alves Gomes Na entrevista deste mês, conversamos com Marta, integrante do Grupo de Intercessão Santo Afonso, em Juiz de Fora (MG). Juntamente com outros leigos, ela se dedica quinzenalmente a rezar pelas Vocações Redentoristas. Certa de que é pela força da oração que se chega mais perto de Deus, Marta fala sobre a história e o propósito do grupo, inspiração para os dias atuais.
Conte-nos sobre a história do Grupo de Intercessão Santo Afonso. Na Província Rio-Minas-Espírito Santo, a pedido do então Provincial, Pe. Dalton Barros, foram criados grupos de intercessão por toda a Província, formados por leigos, para rezar pelas Vocações Redentoristas. E assim, há 17 anos atrás, em 22 de junho de 2002, fizemos o primeiro encontro do Grupo de Intercessão Santo Afonso, em Juiz de Fora (MG).
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O objetivo do nosso grupo é rezar por toda a Igreja, pelo Papa Francisco, mas, principalmente, pelas Vocações Redentoristas, pelos padres e irmãos da Congregação, pelos vocacionados e por toda a Província. Nosso primeiro orientador espiritual foi o Pe. Nelson Antônio Linhares, na época, formador da Comunidade Vocacional Santo Afonso. Ao longo dos anos, muitos padres passaram pelo grupo e nos ajudaram nessa tarefa. Hoje, nosso diretor espiritual voltou a ser o Pe. Nelson. Na medida do possível e de sua disponibilidade, ele está conosco nas reuniões e orações e nos proporciona encontros de formação. Com que frequência o grupo se encontra e como é a dinâmica das reuniões? O grupo se reúne de 15 em 15 dias, aos sábados de manhã, geralmente na capela do Provincialado, que fica nas imediações da Igreja da Glória, em Juiz de Fora (MG). Fazemos orações espontâneas e também usamos um livro específico de intercessão pelas Vocações Redentoristas. Fale sobre a importância de rezar pelas Vocações Redentoristas. É muito importante! Estamos sempre pedindo a Deus pelo surgimento de novas vocações, pela perseverança dos seminaristas e dos padres redentoristas na missão de evangelizadores. O grupo de vocês é um exemplo inspirador. Deixe um recado para os leigos para que possam, em suas paróquias e santuários, criar também iniciativas como essa. Que os leigos, em suas paróquias e santuários, possam também formar grupos de intercessão e através da oração em comum, pedir ao Senhor da Messe para que continue enviando jovens dispostos a abraçar com amor e coragem a vida religiosa. Brenda Melo Juiz de Fora, MG
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Formação
A Bíblia é a Palavra de Deus semeada
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hegando ao mês de setembro, deparamo-nos com o chamado da Igreja para voltar à fonte da Palavra que nos anima ao longo do ano, a fim de Nela encontrarmos luzes para nosso caminho. A Sagrada Escritura é uma fonte inesgotável de entendimento de nossa caminhada, nos desafios que se apresentam no aqui e agora. Ao contemplarmos, à luz da fé, a caminhada histórica de seus integrantes, percebemos o testemunho de fé envolvente que foram provocados a dar, conscientes de seu tempo histórico e muitas vezes surpreendidos pelo apelo divino. Compreendemos que a ação de Deus se dá pelo ressoar em nossa vida, de seus impulsos ao nos constituirmos comunidades de partilha de vida, de ação em prol do bem estar de todos e crescimento da consci-
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ência de nossa divina condição humana, gestando a experiência da espiritualidade, onde o sagrado rompe com as barreiras e penetra em nossa carne humana, em diversos momentos, inspirando, conquistando e promovendo o diálogo que abre as mentes e corações para o algo mais, que deve alimentar as nossas esperanças. Meditando a palavra de Deus, compreendemos ainda que a nossa participação na sociedade, como fiéis seguidores e seguidoras de Jesus Cristo, deve se manifestar em compromisso real com os valores do Reino, na construção de uma sociedade mais justa e solidária, onde ninguém precise pedir para obter seus direitos, pois serão respeitados e ninguém precise ser coagido a cumprir seus deveres, porque eles serão acolhidos na fidelidade ao bem comum.
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Setembro: mês da Bíblia Desde 1971, o mês de setembro é dedicado a esta volta ao tesouro da fé, que é a Palavra. Em toda a Igreja, somos convidados, a cada ano, a abrirmos uma janela de compreensão desta carta de amor à humanidade. Este ano nos é proposta a leitura, estudo e meditação da Primeira Carta de São João, que dá continuidade à meditação sobre a Vida em abundância e o amor que deve sustentar as nossas relações. Nestes tempos em que a cultura do ódio parece ser imperativo até mesmo entre os cristãos, somos convidados a buscar na Palavra de Deus, através da Primeira Carta de São João, uma cultura de amor, que prevaleça e sustente atitudes, pensamentos e palavras que gerem Vida em todos os lugares. Os subsídios para este estudo podem ser acessados via
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texto base lançado pela CNBB, onde temos boas orientações, situando a carta no contexto histórico, literário e teológico, que muito contribuem para nossa vivência hoje daquilo que nos foi transmitido. VIVAMOS E CRESÇAMOS EM COMUNIDADE EM TORNO DA PALAVRA DA VIDA! Pe. Vanderlei Santos de Sousa, C.Ss.R. Juiz de Fora, MG
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Espiritualidade
Laudato Sí Algumas linhas de orientação e ação Estamos chegando quase ao final de nossa jornada através da bela Cara Encíclica Laudato Sí de Papa Francisco. Hoje falaremos um pouco sobre o V capítulo deste interessante documento. Durante os meses passados, recebi de alguns leitores perguntas para serem tratadas nesta coluna. Espero que, terminando o assunto presente, possamos dedicar algumas linhas às perguntas que nos foram feitas.
Estrutura do V Capítulo
2. O diálogo para novas políticas nacionais e locais; 3. Diálogo e transparência nos processos decisórios; 4. Política e economia em diálogo para a plenitude humana; 5. As religiões no diálogo com as ciências.
Como podemos notar em uma análise ainda superficial, existe uma palavra que se repete em todos os títulos e que é de fundamental importância: diálogo. Inserida no contexto de um capítulo práticos, onde se busca 1. O diálogo sobre o meio am- tecer algumas linhas de ação, biente na política internacio- este termo nos dá o “tom” a ser seguido. Sendo assim, temos nal;
O presente capítulo está formulado em 5 pontos que compreende o trecho que vai do número 163 ao 201. Em seguida, podemos ver os títulos dos pontos específicos tratados:
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Espiritualidade
que compreender primeiro o que A diversidade destes interloseja diálogo. cutores vai além do âmbito da fé, encontrando seu lugar na política, na economia e nas ciDiálogo, escuta entre ências, com indivíduos e grupos duas ou mais partes que, inclusive, não professem a fé católica. Assim, compreende Diferente de um monólogo, que o problema não deve estar o diálogo supõe duas ou mais restrito ao âmbito eclesial, mas partes que sejam diversas e que sim, que este vem a tocar toda mutuamente aceitem escutar- a humanidade. Em meio a esta -se reciprocamente. Já de saí- diversidade, a fé cristã-católica da, temos o reconhecimento da pode, a partir de um bela e bem validade dos dois interlocutores embasada leitura da Teologia da na diversidade dos argumentos. Criação, oferecer aos demais inSendo assim, o documento de terlocutores elementos de granPapa Francisco propõe, não so- de importância. mente aos fiéis católicos, mas a todos os interlocutores possíveis, abrir um espaço para o en- Um diálogo político amplo: do âmbito internacional riquecimento mútuo. Portanto, não se trata apenas de ensinar, ao local mas também de aprender com a diversidade. Papa Francisco reconhece que o problema ecológico diz respeito a uma gama vastíssima de interesses políticos que compreende a unidade de decisões e proposições de todas as nações, como habitantes desta terra, que extra-
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pola os limites nacionais, bem como os Estados e as realidades locais. Do ponto de vista internacional, há que se reconhecer que muita coisa já fora realizada como, por exemplo, a instituição de pactos e acordos internacionais para a redução de emissão de poluentes em toda a biosfera. No ano de 1992, em nosso querido Brasil, se realizou uma das mais importantes reuniões internacionais sobre o meio-ambiente, chamada de Eco-92. Diversas são as propostas que ali foram formuladas e que, ainda hoje, estão em estado de implementação. Contudo, há que se perceber que muita coisa ainda precisa ser feita. Indo um pouco além do que fora escrito nos documentos, os dados mais recentes sobre a poluição e aquecimento global se mostram ainda mais inquietantes e graves. Chamo a atenção para um dado apenas publicado, que versa sobre o utilizo dos recursos
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renováveis de nosso planeta. Em um cálculo realizado por especialistas, a cota que poderíamos usar, segundo a capacidade do planeta Terra de se renovar, para este ano de 2019 já terminou no final de julho. Em palavras muito simples, seria como em sua casa, quando a compra que você fez para passar o mês terminou por volta do dia 14. Você ainda tem em média 16 dias para viver e não tem dinheiro para comprar novas coisas. A solução seria, em muitos casos, pegar um empréstimo que já comprometeria os seus ganhos do próximo mês. No caso da despensa de casa, sempre se pode dar um jeitinho, mas no caso do planeta, as consequências nem sempre tem solução imediata ou satisfatória. Em âmbito particular e local, Papa Francisco chama a atenção para as populações pobres e minoritárias presentes nos diversos países e que, por consequência do atual sistema capitalista, são
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as que mais sofrem com os efeitos de uma utilização irresponsável dos bens, baseada no “mais ter”. O problema de políticas baseadas em resultados, principalmente econômicos, imediatos, levam a uma ruptura dos limites de uma sociedade que busque sua sanidade. A busca do bem comum supõe, já de saída, a imposição de certos limites que respeitem a vida em todas as suas manifestações. A construção em âmbito local de um plano estratégico de poder míope, ou seja, que não dê conta da globalidade do problema, pode acarretar em uma cultura de morte e desvalorização da vida de muitos. Para além de visões reduzidas da realidade, é preciso pensar de modo mais amplo. Para além da conquista de coisas e espaços, é preciso pensar no tempo necessário para a vida e na sustentabilidade das ações. Quando faltam as grandes metas, os
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valores e uma compreensão alargada e humanista, até mesmo os melhores e mais lógicos sistemas tendem a ruir1.
Para o próximo mês Encerramos por aqui a reflexão deste mês. Ainda temos mais três pontos neste capítulo para serem estudados. Espero por vocês e recomendo vivamente a leitura da carta encíclica. Um abraço e até mais! _________ 1
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Pe. Maikel Pablo Dalbem, C.Ss.R. Roma, Itália
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Redentoristas
Encontro de Formação e Integração dos Redentoristas RJ-SP-BA
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os dias 5 a 8 de agosto, foi realizado o 2º Encontro de Integração entre as Unidades Redentoristas do Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia. O evento aconteceu na Casa de Retiros São José, em Belo Horizonte (MG), com a participação de cerca de 50 confrades das três unidades, que vivenciaram
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dias de estudos, partilhas, orações e confraternização. Os Redentoristas refletiram sobre as conclusões da Assembleia da Conferência, realizada no México, e estudaram sobre o cuidado com a homilia, assessorados pelo padre orionita Antônio Sagrado Bogaz, que trabalhou o tema: “A arte da homilia: aspectos
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teológicos, didáticos e pastorais”. Os participantes também tiveram um momento especial com o padre Isaías Nascimento, que apresentou seu livro “Dom Brandão: um pastor com cheiro de ovelhas”. O sacerdote é um grande conhecedor da história de vida e luta de Dom José Brandão de Castro, Redentorista da Província do Rio e primeiro bispo da Diocese de Propriá, em Sergipe, onde atuou por 27 anos juntos aos mais pobres e marginalizados. Em virtude do centenário de nascimento de Dom Brandão, completado no dia 24 de maio de 2019, foi lançada a Exposição “Dom José Brandão: um fiel seguidor de Santo Afonso”, na Igreja São José, onde, à
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noite, o Provincial do Rio de Janeiro, pe. Nelson Antônio Linhares, C.Ss.R., presidiu a missa. No último dia do encontro, foi realizada a partilha dos grupos com as considerações finais dos Superiores Provinciais do Rio de Janeiro, de São Paulo e da Bahia. A missa de encerramento ocorreu às 10h30 e foi presidida pelo padre Arcanjo, da Província de São Paulo. As três Unidades Redentoristas vêm promovendo eventos de estudos e integração, em sintonia com a reestruturação da Congregação. Já foram realizados encontros em Aparecida (SP), este em Belo Horizonte (MG) e o próximo deve acontecer na Bahia, em novembro desse ano.
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Aconteceu na Província
Encontro Nacional dos Irmãos Redentoristas - 12 a 16/08 - Porto Alegre (RS)
Setenário e Festa da Glória - 11 a 18/08 - Juiz de Fora (MG)
Encontro Vocacional Redentorista - 15 a 18/08 - Juiz de Fora (MG)
Romaria da Liga Católica ao Santuário de Aparecida - 24 e 25/08 - Aparecida (SP)
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