Editorial
Palavra do Provincial PROCLAME A PALAVRA!
C
aros confrades, formandos, MLR, Jumire, colaboradores da Província de RJ-MG-ES e leitores do Akikolá, Setembro é o mês da Bíblia. Na verdade, todo mês devia ser Mês da Bíblia; todo dia devia ser Dia da Bíblia. Este mês foi escolhido pela Igreja porque no dia 30 de setembro é dia de São Jerônimo (340dC - 420dC). Ele foi um grande biblista e foi ele quem traduziu a Bíblia dos originais (hebraico e grego) para o latim, que naquela época era a língua falada no mundo e usada na liturgia da Igreja. A Bíblia serve de “alimento espiritual” para a Igreja e para o povo de Deus na sua caminhada em busca de construir um mundo melhor. “Toda Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para argumentar, para corrigir, para educar conforme a justiça” (2Tm 3,16). A Bíblia foi escrita por pessoas chamadas e escolhidas por Deus e que foram inspiradas através do Espírito Santo. Ela revela o projeto de Deus para o
mundo; serve para que todos possamos crescer na fé e levar uma vida de acordo com o projeto de Deus. Por isso, ela é a grande “Carta de Amor” de Deus à Humanidade. A Palavra de Deus nos revela o rosto de Deus e seu mistério. Ela é a história do Deus que caminhou com seu povo e do povo que caminhou com seu Deus. Mais do que história, a Bíblia é portadora de uma mensagem. Ela é capaz de denunciar e anunciar. Ela denuncia as injustiças, os pecados, as situações desumanas, de pobreza, exploração e exclusão em que vivem tantos irmãos nossos, pois estas situações são contrárias ao projeto de Deus. Mas a Bíblia é, sobretudo, um livro de anúncio. Ela proclama a boa notícia vinda de Deus: Ele nos ama e nos quer bem! Ele é o Deus que caminha conosco, que está ao nosso lado e nos dá força e coragem! Foi Deus que enviou ao mundo seu Filho Jesus Cristo. Ele veio nos trazer a Boa Notícia do Reino; veio nos trazer a Salvação, o perdão dos pecados. É através
Expediente: Coordenação: Pe. Nelson Antonio Linhares, C.Ss.R. Jornalista Responsável: Brenda Melo - MTB: 11918 Projeto gráfico: SM Propaganda Ltda
02
Akikolá
da fé em Jesus Cristo que nos tornamos filhos de Deus. Mas, esta Palavra precisa ser acolhida, meditada, guardada no coração e vivida. A Palavra de Deus deve ser o nosso alimento de cada dia, o sustento para a nossa vida. É necessário tirá-la de nossas gavetas e torna-la uma leitura diária.
Aproveite este mês para crescer no amor a esta Palavra. Dedique tempo a Ela. E torne-se um proclamador da Palavra! Acolha meu abraço e a bênção, Pe. Nelson Antonio Linhares, C.Ss.R. padrenelsonantonio pe.nelsonantonio
CELEBRAÇÕES DO MÊS DE SETEMBRO
p
Patrono: São Mateus, Evangelista Virtude: Mortificação
p
Aniversário natalício 1º/09 - Diác. Robson Araújo dos Santos, C.Ss.R. 11/09 - Pe. André Luiz Bastos, C.Ss.R. 16/09 - Ir. Pedro Magalhães Gomes, C.Ss.R. 18/09 - Ir. Afonso Cupertino de Barros, C.Ss.R. 22/09 - Pe. Rodrigo Costa Silva, C.Ss.R. Ordenação Presbiteral 08/09 - Pe. Sérgio Luiz e Silva, C.Ss.R. 29/09 - Pe. Alessandro Ferreira Moreira, C.Ss.R. Memória Redentorista 09/09 - Morte do Pe. Francisco Lohmeyer, um dos pioneiros da Fundação Redentorista Holando-Brasileira 11/09 - Memória da Beata Maria C. Crostarosa, O.Ss.R. 12/09 - Nascimento do Beato Januário Sarnelli 12/09 - Inauguração do Convento Redentorista de Campos dos Goytacazes (RJ) 14/09 - Morte da Beata Maria Celeste Crostarosa 15/09 - Beatificação de Santo Afonso pelo Papa Pio VII 18/09 - Início oficial da Comunidade Redentorista de Curvelo - MG 21/09 - Ordenação do Beato Gaspar Stanggassinger 26/09 - Memória do Beato Gaspar Stanggassinger 27/09 - Nascimento de Santo Afonso (1696, em Marianella, Itália) 28/09 - Inauguração oficial da Rádio Educadora (1968) 29/09 - Falecimento do Pe. Paulo van Wayernburg, 2º Reitor da Comunidade da Glória e Superior da Missão HolandoBrasileira.
www.provinciadorio.org.br
contato@provinciadorio.org.br
03
Entrevista
Uma viagem ao universo bíblico Pe. José Raimundo Vidigal, C.Ss.R.
Em seu mais recente livro “Caminhar com Jesus na Terra Santa”, da Editora Santuário, Pe. Vidigal apresenta os lugares históricos da Palestina e região e divide com os leitores suas experiências. É sobre esse novo projeto que o Missionário Redentorista fala nessa entrevista exclusiva ao Akikolá!
Como surgiu a ideia de escrever o livro “Caminhar com Jesus na Terra Santa”? A inspiração me veio de uma palavra de Jesus que está em Mc 5,19. Jesus havia dado a um doente o benefício da cura e este queria ficar com Ele, mas recebeu a proposta: “Vai para casa, para junto dos teus e anuncia-lhes tudo o que o Senhor fez por ti”. Tomei para mim esta frase e senti que tenho uma dívida para com o Povo de Deus. Preciso transmitir o que Deus me fez ouvir e ver, refletir e viver quando vivi na Terra Santa e quando depois a visitei em romaria. Embora certas experiências sejam difíceis de comunicar, com certeza muita gente poderá crescer no conhecimento e no amor da Palavra de Deus ao me acompanhar por aquele chão sagrado. O que os leitores podem esperar da obra? Cada lugar bíblico vai deixando em nós a sua mensagem. E em nossas visitas, os personagens bíblicos con-
04
tinuam a nos falar. Espontaneamente, brotam em nosso coração uma prece, um hino, pois a gente quer responder com a oração àquilo que estão dizendo. Meu livro é a soma de tudo isto: viagens, descobertas, notícias, memórias, surpresas, reflexões sobre os fatos e lugares da revelação judaica e cristã. Venha comigo, venha escutar o que a Terra Santa tem a nos dizer. Neste convite a uma viagem ao universo bíblico, o senhor apresenta os lugares históricos da Palestina e região, destaca alguns eventos e também apresenta descobertas. Poderia citar uma curiosidade mencionada no livro?
Akikolá
No meu tempo de seminário, ouvi de um pregador de retiro a seguinte frase, atribuída a Charles de Foucauld (1858-1916): “No deserto, a Verdade nos empolga”. Três coisas eu descobri no deserto que me impressionaram: a maravilha de um céu estrelado, tão claro que parecia iluminar a terra; o profundo silêncio que reina no alto do Monte Sinai, quando a natureza parece calar-se, para nos deixar ouvir somente a Voz que falou a Moisés; e depois, a surpresa de um oásis – choupanas e palmeiras em volta de uma lagoa – que faz o deserto ganhar vida num encantador contraste. A Terra Santa é como uma Bíblia aberta, que nos revela traços marcantes da história de Jesus. Como o senhor retrata a importância desse lugar sagrado em sua obra? Depois de uma visita à Terra de Jesus, o peregrino costuma retornar radiante, dizendo que sentiu uma real transformação em sua vida. A história bíblica, e principalmente as páginas do Evangelho ganham novo sentido, um sabor de realismo. Personagens e lugares se tornam íntimos, como velhos conhecidos. E tem aquela emoção, simplesmente indescritível que se sentiu nos lugares santos, emoção que acompanha a gente por toda a vida. Especialmente neste mês em que celebramos o “Mês da Bíblia”, de que forma podemos ler, refletir e viver a Palavra de Deus mais intensamente, a fim de nos converter-
provinciadorio
mos ao sentido mais profundo da vida revelado por Jesus Cristo? Abrir a Bíblia fazendo uma oração, como aquela de Samuel: “Fala, Senhor, teu servo escuta”. Criar um clima de fé e fazer como nas palavras do hino: “Deixa a luz do céu entrar, abre bem a porta do teu coração”. Ser perseverante na leitura, porque quanto mais se conhece, mais se ama a Palavra de Deus. Vários Santos mudaram de vida por causa de uma só frase que leram ou ouviram. Brenda Melo Juiz de Fora, MG
O livro “Caminhar com Jesus na Terra Santa” pode ser adquirido através do site da Editora Santuário: www.editorasantuario.com.br
provinciadorio
provinciadorio
05
Formação
Virtude do mês
MORTIFICAÇÃO Vida Cristã Redentorista
P
ara fortalecer e expressar a conversão, nós precisamos livremente praticar alguns exercícios de mortificação, não para nos castigar mas para superar o que nos impede de colocar nossos talentos a serviço das pessoas, para tornar nossas ações expressões de fé, esperança e caridade. A renúncia a certas coisas não é um castigo, mas oportunidade para vivermos uma verdadeira fraternidade. Todos nós temos nossos talentos e nossas limitações. A convivência do dia a dia e a renúncia a certas coisas nos tornam mais livres e disponíveis para contribuir para o bem de nossa comunidade e também para nossas atividades pastorais. Algumas penitências “corporais” nos tornam mais capazes de colocar a serviço das pessoas nossos talentos. Não há pessoa que não tenha algum talento para realizar-se como pessoa e para contribuir para
06
o bem da comunidade e para sua atuação pastoral. Não se trata de punir-se, mas de munir-se de talentos, de capacidades, para sua realização pessoal e para a prestação dos diversos serviços domésticos e pastorais. Que cada um coloque seus talentos a serviço e procure com tranquilidade superar suas limitações. Todos temos talentos e limitações. Ninguém é tão perfeito que não tenha algum defeito e ninguém é limitado que não tenha seus talentos. É na convivência que vamos superando nossos defeitos e contribuindo com nossos talentos.
Akikolá
Mortificação: fazer morrer em nós, com nosso esforço e com a graça de Deus, o que não contribui para a vida física e para a vida espiritual. “A mortificação cristã deve também ser tomada muito a peito pelos operários evangélicos, afim de auferirem frutos abundantes de seus trabalhos apostólicos. Por isso os membros desta Congregação esforçar-se-ão particularmente em mortificar seu interior, vencer suas paixões, abnegar-se em tudo a vontade própria, procurando comprazer-se, a exemplo do Apóstolo, nas dores,
nos desprezos e nas humilhações de Jesus Cristo”. (1927, “Constituições e Regras da Congregação do Santíssimo Redentor”. Aparecida do Norte). Pe. José Augusto da Silva, C.Ss.R. Belo Horizonte, MG
C
om o tema “Nossa vida nas mãos de Maria”, a 49ª Romaria Nacional Virtual das Ligas Católicas Jesus, Maria, José ao Santuário de Nossa Sra. Aparecida, aconteceu no dia 22 de agosto, abrindo as comemorações do Jubileu de Ouro da Romaria, que será celebrado em agosto de 2021. A Santa Missa foi presidida pelo Provincial dos Redentoristas do RJ-MG-ES, Pe. Nelson Antônio, C.Ss.R., e transmiti-
www.provinciadorio.org.br
da pela TV Aparecida. Liguistas de todo o país acompanharam a celebração. Estiveram presentes apenas três membros da Presidência da Confederação Nacional, cinco liguistas da Federação da Diocese de Franca (SP), que fez a peregrinação da Imagem de N. Sra. Aparecida de 2019 a 2020, e quatro liguistas da Federação da Diocese de Campos dos Goytacazes (RJ), que recebeu a Imagem e fará a peregrinação de 2020 a 2021.
contato@provinciadorio.org.br
07
Redentoristas
Romaria da Liga Católica
Espiritualidade
Compêndio da Doutrina Social da Igreja II Princípios Permanentes Introdução
C
aríssimos: dando prosseguimento à exposição deste que, a meu parecer, figura entre os assuntos mais importantes a ser comunicado, estudado e meditado nos atuais tempos, passaremos à reflexão mais aprofundada sobre alguns pontos específicos do documento “Compêndio da Doutrina Social da Igreja”. Não excede recordar que a Doutrina Social da Igreja vai muito além deste singular documento, recolhendo textos pontifícios específicos iniciados com Rerum Novarum de Papa Leão XIII, até o mais recente Laudato Sí de Papa Francisco. O compêndio figura em sua importância de recolher de forma sistemática o ensi-
08
namento magisterial até São João Paulo II, sendo assim permanece como um bom lugar de introdução aos princípios básicos da Doutrina Social.
1. Princípios permanentes Os assim chamados princípios permanentes da Doutrina Social da Igreja recebem este nome por se tratarem de referências de “caráter geral e fundamental, pois que se referem à realidade social no seu conjunto: das relações interpessoais (...) às mediadas pela política, pela economia e pelo direito; das relações entre indivíduos ou grupos às relações entre os povos e as nações. Pela sua permanência no tempo e universalidade de significado, a Igreja os indica como primeiro e fundamental parâmetro de referência para a interpretação e o exame dos fenômenos sociais, necessários porque deles se podem apreender os critérios de discernimento e de orientação do agir social, em todos os âmbitos1”.
Akikolá
Dada a sua complexidade, embora possamos abordá-los de modo separado durante o estudo, tais princípios devem ser lidos sempre em sua totalidade e interconexão, conscientes que todos derivam do princípio maior que é a caridade, ou seja, da vivência concreta do amor oblativo fraternal. São quatro os princípios permanentes: a dignidade da pessoa humana, o bem-comum, a subsidiariedade e a solidariedade.
escravocratas, onde vemos esta divisão mais claramente, mas daquelas sutis que ainda hoje persistem em diversos âmbito, ainda que de modo velado. A este princípio é dedicado todo o terceiro capítulo do documento, dos números 105 a 159, e vem assim distribuído por temas: 1. Doutrina Social e seu princípio personalista 2. A pessoa como Imago Dei 3. A pessoa humana e seus vários perfis: a unidade da pessoa, a abertura à transcendência, a liberdade, a igualdade em dignidade e a sociabilidade. 4. Direitos humanos
2.1 Imago Dei
2. Dignidade da pessoa humana O presente princípio é o primeiro a ser trabalhado no interior do compêndio e aquele de caráter mais fundamental entre os quatro. Afirmar a dignidade humana em uma história como a nossa ocidental, é de essencial importância, uma vez que somos marcados por políticas passadas e recentes que afirmavam separações em grupos de suposta maior e ou menor dignidade. E quando retemos este dado, não estamos somente falando das práticas
provinciadorio
No centro deste princípio se encontra uma das afirmações teológicas mais antigas da nossa fé: o ser humano criado à imagem de Deus. O indivíduo: “...por ser à imagem de Deus, (...) tem a dignidade de pessoa: ele não é apenas uma coisa, mas alguém. É capaz de conhecer-se, de possuir-se e de doar-se livremente e entrar em comunhão com outras pessoas, e é chamado, por graça, a uma aliança com o seu Criador, a oferecer-lhe uma resposta de fé e de amor que ninguém mais pode dar em seu lugar2”. Aqui o aspecto interrelacional salta aos olhos3: como pessoa, úni-
provinciadorio
provinciadorio
09
Espiritualidade co e irrepetível4, o ser humano não é uma mônada fechada, mas chamado a se construir e construir o mundo em relação com o seu criador e com toda a criação. Diferentes sob diversos aspectos, todos os seres humanos, homens e mulheres, independente de sua etnia e origem5, são portadores da mesma dignidade, não podendo, de nenhuma forma, ser instrumentalizado6. No interior de sua liberdade de pessoa, é marcado também pelo pecado, ou seja, por esta capacidade de se fechar egoisticamente ao seu Criador e aos demais. “A consequência do pecado, enquanto ato de separação de Deus, é precisamente a alienação, isto é, a ruptura do homem não só com Deus, como também consigo mesmo, com os demais homens e com o mundo circunstante: «a ruptura com Deus desemboca dramaticamente na divisão entre os irmãos.”7 Contudo, o ser humano, homem e mulher8, é chamado sempre à reconciliação no seio da Trindade. Uma experiência salvífica em Cristo que é aberta a todos, isto é, de
10
caráter universal, não fazendo distinção. “A doutrina da universalidade do pecado, todavia, não deve ser desligada da consciência da universalidade da salvação em Jesus Cristo. Se dela isolada, gera uma falsa angústia do pecado e uma consideração pessimista do mundo e da vida, que induz a desprezar as realizações culturais e civis dos homens.”9 A profunda relação existente entre a inviolável subjetividade de cada pessoa e o aspecto social se manifesta no fato de que esta subjetividade se constrói e se mantém em contínua relação. Os atos cometidos por indivíduos singulares ressoam no contexto maior ratificando ou rompendo com estruturas que se criam no interior da história, sendo estas para o bem ou para o mal. Para o Compêndio, uma verdadeira mudança social passa pela sincera conversão dos indivíduos que a compõem na medida em que suas atitudes rompem e estabelecem novas estruturas relacionais conforme o “Reinado de Deus”10. Vale reforçar que, embora as mudanças sociais passem pela conversão das posturas de indivíduos singulares, isto não quer dizer que seja um processo intimista e/ou subjetivista. Como anteriormente lembramos, o conceito de pessoa como “imagem de Deus” supõe sempre “relação”. Não existe pessoa sem
Akikolá
relação. Tais relações levam à criação de estruturas nas quais estas pessoas em relação se realizam. Assim, a conversão pessoal leva à conversão das estruturas e a conversão das estruturas deve subentender inevitavelmente a conversão pessoal. Se isto não acontece, as mudanças são meramente figurativas e passageiras, não firmando-se no tempo. Trata-se de vias interconectadas de um mesmo caminho.
econômica, social, política e cultural que «são muitas vezes desprezadas e violadas. Estas situações de cegueira e injustiça prejudicam a vida moral e levam tanto os fortes como os frágeis à tentação de pecar contra a caridade...”12
2.2 Liberdade Chegamos a um ponto importante na compreensão desta antropologia do ser humano como “imagem de Deus”: a liberdade. Esta é inalienável e sinal visível desta filiação. “...A dignidade humana exige, portanto, que o homem atue segundo a sua consciente e livre escolha, isto é, movido e determinado por convicção pessoal interior, e não por um impulso interior cego, ou por mera coação externa”.11 Tal liberdade não é nunca ilimitada, mas sempre situada no interior de uma relação muito concreta, nos limites impostos pela própria vivência do amor-caridade. No interior deste contexto relacional, o bom exercício do livre-arbítrio pessoal está sempre conectado ao contexto mais amplo social: “O reto exercício do livre arbítrio exige precisas condições de ordem
www.provinciadorio.org.br
Teríamos ainda muito para dizer sobre este princípio, contudo, nos deparamos com os limites das páginas para a publicação. No próximo mês retomaremos a partir deste ponto. Até lá! ___________________ 1 CDSI, 161 2 CDSI, 108 et CIC, 357. 3 CDSI, 130. 4 CDSI, 131. 5 CDSI, 144-148. 6 CDSI, 133. 7 CDSI, 116. 8 Homem e mulher se completam mutuamente. CDSI, 147. 9 CDSI, 120. 10 CDSI, 134. 11 CDSI, 135 et GS, 17. 12 CDSI, 137
Pe. Maikel Pablo Dalbem, C.Ss.R. Roma, Itália
contato@provinciadorio.org.br
11
Redentoristas
Celebrando as Vocações! Semana Vocacional Redentorista Online Reinventar-se no caminho da Evangelização é um desafio diário, especialmente em tempos de pandemia. Para a Pastoral Vocacional da Província do Rio, o processo de despertar, cultivar e acompanhar as vocações precisa buscar aberturas dinâmicas e alternativas. Foi pensando nisso que o Promotor Vocacional, Diácono Robson Araújo, C.Ss.R., em conversa com o Superior dos Redentoristas do RJ-MG-ES, Pe. Nelson Antonio, C.Ss.R., promoveu a I Semana Vocacional Online. “‘Evangelizar de modo sempre novo!’”. Dado a tantos desafios que enfrentamos em nosso mundo nos dias atuais, a criatividade evangélica se faz necessária. A busca de vias alternativas que nos ajudam a trilhar caminhos vocacionais são bem-vindos. Foi a primeira vez que realizamos a Semana Vocacional Online em nossa Província. Temos o intuito de realizar novamente no ano que vem. Claro, vamos cada vez mais trabalhando para que possamos dinamizar esse momento especial de darmos destaque à vocação!”, afirmou o diácono.
12
O evento aconteceu de 17 a 21 de agosto, no instagram da Pastoral Vocacional, em formato de live. A cada dia, o Diác. Robson recebeu convidados em uma programação especial: Pe. Reinaldo Beijamim, C.Ss.R., Promotor Vocacional da Província de São Paulo; Pe. Rodrigo Costa, C.Ss.R., Missionário Redentorista da Província do Rio; Frátres Ítalo, C.Ss.R. e Vanderlê, C.Ss.R., da Vice-Província de Fortaleza, juntamente com a cantora Luciana Sacramento, de Belo Horizonte; e o Pe. Nelson Antonio, C.Ss.R. Além dos bate-papos sobre vocação e espiritualidade, também foi realizada a Hora Santa Vocacional, diretamente da Comunidade Vocacional Dom Muniz. O objetivo das lives foi dinamizar o mês vocacional, permitindo aos jovens vocacionados conhecer melhor o que é a vocação e o cha-
Akikolá
mado de Deus na vida de cada um. “A Semana Vocacional apresentou a nossa Congregação e de modo especial, a Província do Rio de Janeiro, convidando todo o povo de Deus a entrar no espírito vocacional. O chamado amoroso de Deus é universal!”, declarou Diác. Robson
I Semana Missionária Vocacional Redentorista: CVSC e Pré-Noviciado
Dentro do mês afonsiano e vocacional, inspirados pelo tema: “Se o coração não arder, os pés não caminham...” e o lema: “Porque me ungiu para Evangelizar os pobres.” (Lc 4,18), a Comunidade Vocacional São Clemente e o Pré-Noviciado, localizados em Juiz de Fora (MG), viveram um tempo oportuno para o aprofundamento da Espiritualidade Redentorista e do discernimento
provinciadorio
vocacional: a I Semana Missionária Vocacional Redentorista (SMVR). “Em tempos de pandemia, como nós não pudemos vivenciar a tradicional missão de Semana Santa nem poderíamos participar de uma Semana Missionária, surgiu o desejo de viver mais intensamente o mês do nosso Pai Fundador, Santo Afonso Maria de Ligório, como também, o ano jubilar do patrono de nossa casa, São Clemente. Através de um pouco do que seria uma SMVR, nos propusemos a viver a última semana de agosto em ritmo diferente, trazendo ao nosso cotidiano atividades própria da SMVR pois, a primeira missão do cristão inicia-se na própria casa”, afirmaram os formandos Luís Fernando (1º ano de Filosofia) e Vinícius Alencar (3º ano de Filosofia). Com a casa toda ornamentada com cartazes, frases e fitas, a Semana Missionária foi composta a cada dia por temas diversos, que são os mesmos que se dão na Semana Missionária realizadas nas paróquias. A programação foi composta por celebrações eucarísticas, Terço da Aurora, meditações de textos, momentos de partilha e espiritualidade, reflexões sobre a vida e a história dos Santos Redentoristas, celebração do Lucernário e a procissão do Cruzeiro. Foi um tempo oportuno de graça e aprofundamento na vocação, atendendo ao chamado do Redentor.
provinciadorio
provinciadorio
13
Homenagem
Padre Flávio Leonardo, C.Ss.R.
O
Um sacerdote de grandes gestos!
Pe. Flávio Leonardo Santos Campos, C.Ss.R. faleceu repentinamente, aos 44 anos, vítima de um infarto. O confrade foi encontrado morto em seu quarto, no Convento Redentorista de Belo Horizonte (MG), na manhã do dia 31 de agosto. A Missa de exéquias aconteceu no dia 1º de setembro, na Igreja São José, seguida do sepultamento. Registramos aqui nossa homenagem a esse grande servo de Deus. Padre Flávio nasceu no dia 18 de agosto de 1976, em Congonhas (MG), a cidade dos Profetas, como se referia. Foi o primeiro filho do casal Nivaldo Pascoal Campos e Maria de Fátima dos Santos Campos, os quais sempre compartilham uma profunda fé católica. A religiosidade presente no interior de sua família e também em sua cidade, logo despertou sua vontade em ser padre. Esse chamado só tornou-se claro durante uma Semana Missionária Redentorista em Congonhas, por volta de 1991. Nesse momento, ele compreendeu que deveria seguir a vida religiosa. Logo, fez o Estágio Vocacional e iniciou sua formação na Congregação Redentorista em 1993, quando entrou para a Comunidade Vocacional Santo Afonso, em Juiz de Fora (MG). Em 1995, seguiu para a Comunidade Vocacional São Clemente, quando ingressou na faculdade de Filosofia da Universidade Federal de Juiz de Fora. Realizou sua Profissão Religiosa no dia 08 de dezembro de 1999, em Curvelo (MG). Em 2000, partiu para a Comunidade Vocacional Dom Muniz, em Belo Horizonte (MG), onde cursou Teologia na Faculdade Jesuíta. A sua ordenação presbiteral aconteceu no dia 21 de agosto de 2004, pela imposição das mãos de D. Lelis Lara. Ao longo de sua trajetória dentro da Congregação Redentorista, Pe. Flávio atuou como Vigário Paroquial em Cariacica (ES), entre 2004 e 2005. Nesta mesma comunidade, foi
14
Pároco entre 2006 e 2009, além de reitor entre os anos 2007 e 2009. Mudou-se para Juiz de Fora, onde atuou como Pároco, entre 2009 e 2011. No ano de 2012, Pe. Flávio mudou-se para Belo Horizonte, onde atuou como vigário paroquial, ecônomo da Comunidade São José, Secretário Provincial de Comunicação e, desde 2015, atuava como Secretário Administrativo da Província do Rio. A sua trajetória como Redentorista foi marcada pelo compromisso e seriedade com a economia da Província, pela solidariedade através da coordenação das obras sociais, pelo zelo com a Juventude e pelo cuidado e imenso carinho com o qual se empenhava na conservação da memória da Congregação. Homem simples, de poucas palavras mas de grandes gestos e enorme coração! Recentemente, podemos destacar o seu empenho em coordenar as reformas nas Casas de Retiros São José e Seminário da Floresta, o inventário dos bens religiosos da Província do Rio e a retomada da produção de cerveja artesanal no Convento da Glória. Os relatos dos seus formadores sempre mencionavam sua fé, lealdade, o jeito simples e cordial para tratar as pessoas. Descanse ao Senhor, Pe. Flávio!
Akikolá
Aconteceu na Província
Festa da Glória 16 de agosto | Igreja Nossa Senhora da Glória | Juiz de Fora (MG)
Aniversário do Pe. Braz Delfino, C.Ss.R. 14 de agosto | Convento da Glória | Juiz de Fora (MG)
Semana Vocacional Redentorista Online 17 a 21 de agosto
Visita do Ir. João Paulo, C.Ss.R. ao Noviciado Redentorista em Tietê (SP) 21 e 22 de agosto
www.provinciadorio.org.br
contato@provinciadorio.org.br
15