Akikolá - Março/2016

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Editorial

Palavra do Provincial SÃO CLEMENTE MARIA HOFBAUER

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o dia 15 de março, a Igreja celebra São Clemente Maria Hofbauer, um dos santos redentoristas. Sua presença é muito significativa na história dos Redentoristas, pois ele expandiu a Congregação do Santíssimo Redentor para além das fronteiras italianas, e hoje, ela está presente em todos os continentes.

mãe, D. Maria Steer, exemplar dona de casa, educou profundamente os seus filhos na fé cristã. Mais tarde, o próprio São Clemente afirma: “Do que sou hoje, devo à minha mãe”.

São Clemente ficou órfão de pai quando tinha 7 anos. Sua mãe o levou diante de um crucifixo e lhe disse: “Meu filho, a partir de agora, é Ele o teu pai. Cuida São Clemente nasceu em de andar sempre pelos caminhos Tasswitz, na Morávia (República que são do seu agrado”. Ele, ainTheca), aos 26 de dezembro de da muito novo, teve que traba1757. Sua família era simples. lhar para ajudar no sustento da O seu pai, Pedro Paulo, exercia família. Foi padeiro, empregado a profissão de açougueiro e sua doméstico, operário e sacristão. Expediente: Coordenação: Pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R. Jornalista Responsável: Brenda Melo - MTB: 11918 Projeto gráfico: SM Propaganda Ltda Impressão: Gráfica América Tiragem: 2.000 exemplares

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Desde cedo, tinha o desejo de ser padre. Mas por causa da pobreza teve que superar muitas dificuldades. Foi eremita por duas vezes. Ao conhecer as obras de Santo Afonso, ficou entusiasmo por sua Congregação. Tornou-se Redentorista no dia 19 de março de 1785. Dez dias depois, foi ordenado presbítero. Dedicou sua vida trabalhando entre os mais abandonados. Fundou orfanatos, onde cuidava das crianças, oferecendo alimento, formação espiritual e estudos. Também trabalhou dizia: “devemos aprender a pregar o Evangelho de modo semmuito com a juventude. pre novo”. São Clemente morreu no dia 15 de março de 1820, deixando o testemunho de um missionário Pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R. Superior Provincial atento aos sinais dos tempos. Ele

Aniversariantes Março 06/03 .... Pe. Waldo José Pignaton, C.Ss.R. 09/03 .... Pe. Mário Antônio de Freitas, C.Ss.R. 12/03 .... Fr. Jonas Pacheco Machado, C.Ss.R. 21/03 .... Pe. José Marques da Rocha, C.Ss.R.

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Dom Lelis Lara, C.Ss.R.

Entrevista

Recentemente, Dom Lara celebrou 70 anos de Profissão Religiosa na Congregação Redentorista e 90 anos de idade. Motivos não faltam para comemorar e dar graças a Deus pelo dom da vida! Nessa perspectiva, o bispo emérito de Itabira - Coronel Fabriciano compartilha com os leitores do AKIKOLÁ um pouco de sua caminhada.

Como o senhor avalia o seu tempo de bispado? Eu fui ordenado bispo no dia 2 de fevereiro de 1977, há 39 anos, portanto. Desses 39 anos, 19 eu passei como Bispo Auxiliar de Dom Mário Teixeira Gurgel na Diocese de Itabira – Cel. Fabriciano. Durante 6 anos fui Bispo Diocesano na mesma diocese. Há 14 anos sou Bispo Emérito. Avaliação de todo o meu episcopado: Durante 19 anos fui Bispo Auxiliar. É muito raro um bispo permanecer tanto tempo como Auxiliar! O meu caso foi diferente. Dom Mário me perguntou se eu aceitaria ser seu Auxiliar. Eu respondi que estava à disposição da Igreja. Então ele pediu ao Papa que me nomeasse e fui nomeado seu Auxiliar. Daí em diante, cada vez que o Núncio Apostólico pensava em me transferir, eu respondia: “Tudo bem, contanto que se dê um Auxiliar a Dom Mário”. E fui ficando... o Sr. Núncio me ofereceu as Dioceses de Irecê (BA), onde eu seria o 1° Bispo, Bragança Paulista (SP), Nova Iguaçu

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(RJ) e, por último, Joinville (SC). Dom Mário era muito frágil. Os problemas da Diocese, sobretudo no Vale do Aço, eram muito complexos. Dom Mário ia ao Vale do Aço só em caso de necessidade. Eu era como que o “Bispo”. Ele “assinava em baixo”. Éramos como que duas pessoas em uma. Ele me chamava de seu Cirineu. Os meus 6 anos de Bispo Diocesano devem-se somar aos 19 anos de Auxiliar. Hoje, como bispo emérito, quais são suas atribuições? O Bispo Emérito pelo Direito Canônico não tem nenhuma atribuição específica: não é membro da CNBB. Sendo religioso, não é obrigado aos compromissos da comunidade nem à vida comum. Tem direito de morar em qualquer casa do seu instituto religioso. O Bispo Emérito não é de nenhuma diocese. O nosso Bispo Diocesano Dom Marco Aurélio me concedeu as faculdades de Vigário Geral.

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Em dezembro de 2015, o senhor completou 90 anos de idade e comemorou com o lançamento de seu livro sobre Direito Canônico e da obra “Dom Lara: Vida de Amor, Testemunho de Caridade”, da jornalista e escritora Margarida Drumond. Como foi essa celebração?

Celebrando 70 anos de Profissão Religiosa na Congregação Redentorista, qual é o sentimento mais forte que marca sua trajetória? O sentimento mais forte é que SOU REDENTORISTA. Por isso é que voltei para morar no convento, sendo que, como Bispo Emérito, poderia morar em qualquer lugar, a expensas da Diocese. Além disso, eu devo toda a minha formação à Congregação, a quem sou eternamente grato. Por tudo isso dou graças a Deus e peço que Deus abençoe todos os meus confrades e a todos que me fizeram algum bem. Glória a Deus!

Fiquei profundamente emocionado. Agradeci muitíssimo a Deus e à Mãe de Deus a vida e tudo o que sou e tenho. Agradeço muito a todo o povo pelo carinho e amor. No dia da festa, especialmente na hora da missa solene ao som do órgão, eu estava “anestesiado”, por isso, de muita coisa não me lembro. O senhor tem um gosto especial pelas artes, mais especificamente pela música. Fale um pouco sobre esse dom.

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Entrevista

Esta questão da música, creio que primeiro há uma espécie de “genética”, principalmente do lado da minha mãe que é de Itapecerica (MG) onde “todo o mundo” é músico! Depois, na minha infância com os franciscanos em Divinópolis... vivia num ambiente impregnado de música... As missas dominicais cantadas em puro canto gregoriano... Os clérigos franciscanos holandeses, excelentes organistas... Aos 10 anos eu já sabia todas as missas de cor... No juvenato redentorista em Congonhas, aos 13 anos ouvi pela primeira vez a 8ª Sinfonia de Beethoven, o que me marcou para o resto da vida.

Brenda Melo Juiz de Fora, MG

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Vocação

Nosso processo formativo

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empre houve uma clara consciência da necessidade de uma boa formação, pois “o vigor da Congregação para continuar a sua missão apostólica depende do número e da qualidade dos candidatos que queiram incorporar-se à comunidade redentorista” (C. 79). Nosso processo formativo busca desenvolver a pessoa de forma integral, por isso trabalha as diversas dimensões da pessoa: Dimensão Humana, que busca o crescimento no aspecto físico, emocional e psicológico. Tal dimensão bem trabalhada possibilita uma abertura maior para o amor para com os outros, como também entrega e sacrifício pessoal, autenticidade e liberdade, habilidades para tomar decisões e disponibilidade para servir desinteressadamente. A Dimensão Espiritual, para os Redentoristas, é ao mesmo tempo origem e fruto da missão, pois aprofunda a capacidade para caminhar nos mesmos passos do Cristo Redentor, desenvolve o

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gosto pela oração, amadurece o espírito de fé, esperança e caridade, dá uma maior consciência da necessidade da missão, possibilita uma flexibilidade e criatividade no apostolado. Dimensão Comunitária, que desenvolve as capacidades de relação interpessoal necessárias para viver e trabalhar numa comunidade apostólica. O trabalho feito nessa dimensão busca aprimorar as qualidades necessárias para a vida em comum: caridade fraterna, abnegação de si, disponibilidade para todos, trabalho em equipe, sinceridade de coração. A Dimensão Acadêmica busca aperfeiçoar a pessoa nas ciências humanas e sagradas, necessárias para a nossa vida e trabalho. É uma dimensão importante, pois ajuda a entender a realidade, possibilitando ao Redentorista ter instrumentos para evangelizar as culturas. Já a Dimensão Pastoral visa um desenvolvimento das habilidades para exercer o apostolado, especialmente entre os mais

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abandonados e pobres. O fim apostólico da Congregação perpassa toda a formação. Assim, essa dimensão quer suscitar um profundo amor pelos mais abandonados, promover experiência em pastorais que ajudem os candidatos a ampliar suas capacidades para assumir responsabilidades. Essa formação leva o aspirante a dar o justo valor não só à própria cultura, mas a todas, para poder buscar o diálogo com elas e poder transmitir o Evangelho sempre de forma inculturada. É também uma preocupação da

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nossa formação formar para um estilo de vida mais simples, sem ostentações, como um sinal de desprendimento pelo Evangelho. O processo formativo deve ajudar a não se deixar seduzir pelo materialismo da nossa época e estimular a um compromisso de serviço aos pobres. A formação se dá durante toda a vida e é de extrema importância, pois somos seres em evolução; não existe um momento em que poderíamos dizer que já estivéssemos prontos. Pe. Fagner Dalbem Mapa, C.Ss.R. Juiz de Fora, MG

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VIII. O CREDO: Desceu à mansão dos mortos A mansão dos mortos Talvez seja este o artigo mais difícil do Credo. Não aparece no Símbolo Niceno-constantinopolitano, talvez pela dificuldade que já apresentava no passado. Após afirmar que Jesus foi crucificado, morto e sepultado, o Símbolo Apostólico afirma que Jesus desceu à mansão dos mortos ou aos infernos. Descer ad ínferos, em latim, significa descer ao mais baixo. A esse significado mais rudimentar se somou a ideia mitológica segunda a qual há no profundo da terra um lugar de condenação. A condenação concebida como abaixamento a um lugar mais profundo na terra provavelmente influenciou a perspectiva hebraica da situação dos defuntos, que viveriam no Sheol (Hades em grego) que, nesse caso, nada tem a ver com lugar de condenação e castigo. Ali estariam apenas as sombras dos mortos, tanto dos justos

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quanto dos injustos. Os restos mortais ficariam no túmulo e os “restos espirituais” vão para o Sheol. Nesse lugar não há obra ou pensamento de sabedoria (cf. Ecl 9,10). Talvez esta mentalidade esteja atrás das palavras de Pedro sobre Jesus em sua primeira carta: “E no Espírito ele foi anunciar a salvação também aos espíritos que aguardavam na prisão” (1Pd 3,19), ou seja, no Sheol. Pedro não fala de inferno onde estariam os condenados, mas de cárcere onde permanecem os que morreram no dilúvio por causa de seu pecado. Mais tarde a palavra inferno foi compreendida como lugar de castigo. E assim surgiu uma lenda segundo a qual Jesus Ressuscitado desceu aos infernos para manifestar sua vitória sobre o pecado e a morte e até mesmo para resgatar os que estavam condenados. A descida aos infernos se tornou, portanto, uma visita real de Jesus a um lugar de

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to. Sabemos que ele assumiu a figura de Servo (cf. Fl 2,7), foi solidário com nosso pecado (cf. 2Cor 5,21), se fez por nós maldição (cf. Gl 3,13). O abaixamento de Jesus, messias Filho de Deus, chegou até à “condição dos mortos”. Ele participa do destino do ser humano que inclui a morte. A oração de Jesus na cruz segundo Marcos talvez nos ajude a entender em que consiste a morte: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” (Mc 14,34). A morte significa solidão radical, abandono total. Aquele momento em que o ser humano se sente absolutamente só e abandonado. Ninguém pode esDesceu à mansão tar com ele na morte. Ele morre dos mortos só sem que possa experimentar Resta-nos agora a pergunta, a solidariedade alheia em seu fundamental para entender este morrer pessoal e único. artigo do Credo: o que queremos dizer quando falamos que Jesus desceu à mansão dos mortos (aos infernos)? Não se trata, evidentemente, de uma descida a um local de condenação. A descida de Jesus à mansão dos mortos revela até que ponto chegou seu aniquilamen-

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condenação para salvar os que ali estavam. O Credo, no entanto, não está afirmando que Jesus Ressuscitado foi a um lugar de castigo para resgatar possíveis condenados. O Credo fala apenas de uma descida à mansão dos mortos, ou seja, o que nada tem a ver com um lugar geograficamente situado. Mansão dos mortos se compreende no Credo como “situação dos mortos”. Jesus desceu “à condição dos mortos”, enquanto Filho encarnado que realmente experimentou a morte como todo ser humano.

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A descida aos infernos de Jesus significa que ele experimentou a nossa extrema solidão, pois, na sua Paixão, submergiu no abismo do abandono e da solidão. Como afirma Ratzinger (Bento XVI): “Onde já não se faz ouvir nenhuma voz, lá está ele. Com isto o inferno está vencido, ou melhor, a morte, que antes era o inferno, não existe mais. Morte e inferno deixaram de ser a mesma coisa, porque em meio à morte passou a existir a vida, porque agora o amor mora em seu meio. O único inferno que continua existindo é o fechamento voluntário de si próprio ou, como diz a Bíblia, a segunda morte (cf. Ap 20,14). A morte, porém, já não é o caminho para a solidão, pois as portas do sheol estão abertas”. Ela abre para a verdadeira vida da comunhão com Deus em Cristo pelo Espírito. A segunda morte permanece uma possibilidade para a liberdade humana, mas como algo que Deus não deseja, pois para todos ele quer a vida e a todos oferece sua misericórdia perdoante, esperando apenas que o ser humano se abra à sua graça.

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Talvez nessa perspectiva se possa compreender a passagem de Mateus segundo a qual, com a ressurreição de Jesus, os túmulos se abriram e os corpos de muitos falecidos foram vistos (cf. Mt 27,52). A passagem de Jesus pela morte, pela “situação dos mortos”, e sua ressurreição desde aí, abre as portas da morte para a verdadeira vida, desde que o amor se manifestou na morte, ela perdeu sua força. Jesus, após experimentar a situação real dos mortos (desceu à mansão dos mortos), marcada pela solidão e abandono, vista como o aniquilamento máximo do ser humano, venceu a morte com o seu amor extremo. Ele passou pela morte para que o ser humano chegue à verdadeira vida de Deus, pois ele reconciliou com o Pai a história e o universo inteiro. A possibilidade de salvação está agora aberta a todos. E a morte dos cristãos e também dos não cristãos, é participação na morte de Cristo. A vitória de Cristo chega aos confins do universo pelo Espírito Santo. Pe. Paulo Sérgio Carrara, C.Ss.R. Belo Horizonte, MG

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Mistério Pascal, Mistério da Misericórdia

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urante as exéquias de São João Paulo II, celebradas no dia 8 de abril de 2005, na Praça de São Pedro em Roma, o então cardeal Ratzinger apontou a misericórdia como a ideia-diretriz do falecido papa e disse: “Ele mostrou-nos o mistério pascal como o mistério da misericórdia divina”. Se o nome de Deus é Misericórdia, se a mensagem de Jesus é Misericórdia, se tudo n’Ele fala de misericórdia e n’Ele nada há que

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seja desprovido de compaixão, é na cruz que “a revelação do amor misericordioso atinge o seu ponto culminante. O perdão supremo oferecido a quem O crucificou mostra-nos até onde pode chegar a misericórdia de Deus. Na sua ressurreição, Cristo revelou o Deus do amor misericordioso. O Cristo pascal é a encarnação definitiva da misericórdia, o seu sinal vivo” (S. João Paulo II na Encíclica Dives in misericordia n. 8).

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Em muitos lugares dos evangelhos, lemos a expressão “comoveu-se”, “encheu-se de compaixão” referindo-se a Jesus; a expressão é usada também na parábola do bom samaritano e na do pai do filho pródigo. Misericórdia é o ato pelo qual Deus vem ao nosso encontro. Misericórdia é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado. Mas em nenhum momento a misericórdia divina foi tão grande como na “hora de Jesus”, quando Ele vivencia o maior dos amores dando a vida pelos irmãos. Antes de morrer, Ele ainda reza pelos seus algozes e abre as portas do paraíso ao ladrão arrependido. Nesta hora, o Pai não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por nós, de tanto que amou o mundo! A maior das misericórdias é um Deus morrer pelas suas criaturas! “O ponto culminante da ação misericordiosa de Deus se dá na Cruz e na Ressurreição de Je-

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sus Cristo. É esta totalidade do mistério pascal que nos revela a profundidade do amor misericordioso de Deus Pai por nós. Aliás, a liturgia da Igreja sempre soube cantar isso na Vigília Pascal, que felicita aquela noite chamando-a de ‘maravilhosa’ por merecer tão grande Redentor que recria tudo segundo o coração misericordioso de Deus. Naquela noite é derramada toda a misericórdia de Deus sobre nós, seus filhos e filhas. E ali se dá a comunicação mais profunda da totalidade do amor misericordioso do Pai por nós, por meio de seu Unigênito, Jesus Cristo, que é o toque do amor eterno que se debruça sobre a humanidade inteira, principalmente para com os últimos, como que num amor visceral por seus filhos” (Carta Pastoral de Dom Orani de 13.12.2015). Feliz Páscoa, meu irmão! Feliz Páscoa, minha irmã! Que o amor imenso de Cristo transforme nossas vidas!

Pe. José Raimundo Vidigal, C.Ss.R. Campos dos Goytacazes, RJ

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Nos passos do Redentor Os jovens Vinícius Tinte Mendonça, Marcos Paulo Lopes de Rezende e Robson Araújo dos Santos deram mais um passo importante no processo de formação dentro da Congregação Redentorista. Em uma celebração eucarística emocionante, fizeram a Profissão Religiosa no dia 23 de janeiro, na Igreja da Glória, em Juiz de Fora (MG). A celebração foi presidida pelo Superior Provincial, padre Américo de Oliveira, C.Ss.R., e

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contou com a presença de diversos redentoristas da Província do Rio. O irmão Maciel (Província de São Paulo), os seminaristas das Comunidades Vocacionais Santo Afonso e São Clemente, missionários leigos, familiares e amigos juntaram-se à comunidade redentorista para render graças ao Redentor pela confirmação do “sim” dos neo-professos. Durante a celebração, os jovens confirmaram a vontade de continuar a caminhada na família Redentorista, através dos votos de castidade, pobreza e obediência por três anos. Conforme afirmou padre Américo durante sua homilia, a “Profissão Religiosa é um ponto de partida, a fim de alcançar o objetivo mais importante que é levar a todos a Copiosa Redenção”. O padre provincial lembrou ainda as características que devem se destacar em um Redentorista: caridade, zelo e disponibilidade para as coisas mais difíceis. E completou: - Não se esqueçam que o Redentorista é forte na fé e alegre na esperança. Os familiares de cada jovem participaram da celebração com o coração cheio de alegria. Os

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pais do neo-professo Vinícius Tinte, Rosilene Tinte e Hernandes Pereira, falam com orgulho do filho que, junto com os outros três, recebeu formação religiosa desde cedo. De acordo com eles, a presença constante de padres na casa da família colaborou na escolha do filho. O pai afirmou que Vinícius é bem centrado e apesar de alguns momentos de questionamento, persistiu na formação. A madrinha do neo-professo Marcos Paulo, Sônia Maria de Oliveira, não conseguiu conter as lágrimas durante a celebração. Ela conta que Marcos Paulo aprendeu a tocar violão, foi para o Grupo de Oração e não saiu mais. Tinha a ideia fixa de ser padre e não desistiu até conseguir entrar na Congregação Redentorista. “Foi a melhor coisa que aconteceu, a entrada dele para a vida religiosa deixou a família mais unida. Ele é muito carismá-

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tico, é tudo para a família” afirma, orgulhosa. Os jovens seguiram para a Comunidade Vocacional Dom Muniz, em Belo Horizonte (MG), para fazerem os estudos de Teologia. Durante este período, se preparam para a consagração definitiva, com os votos perpétuos. SM Propaganda Juiz de Fora, MG

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A visita canônica é a visita oficial que o Superior Provincial e um outro membro do conselho fazem à uma comunidade redentorista. No período de 23 a 25 de fevereiro, aconteceu a visita canônica à comunidade redentorista da Glória, em Juiz de Fora (MG). Os visitadores foram o padre provincial, Américo de Oliveira, C.Ss.R., e o conselheiro, padre José Cláudio Teixeira, C.Ss.R., que também desempenha a função de secretário do conselho provincial. Segundo o provincial, foi uma experiência muito rica, com partilhas profundas em nível comunitário e pessoal. “A visita foi uma experiência muito profunda. Foi a minha primeira visita canônica como provincial. Aconteceu na ‘casa mãe’, pois foi aqui o primeiro lugar que os Redentoristas chegaram ao Brasil. Por isso,

é uma comunidade muito significativa para a Província. Tivemos reuniões com os funcionários da casa e da Paróquia Nossa Senhora da Glória, com o conselho pastoral, os Missionários Leigos e a Juventude Missionária Redentorista. Visitamos, ainda, a Obra Social no Ambulatório da Glória”, declarou padre Américo. A visita se encerrou com a Celebração Eucarística na capela interna da comunidade, presidida pelo superior provincial.

Aconteceu na Província

Visita canônica à Casa Mãe

Dinâmica de carnaval As Comunidades Vocacionais Santo Afonso e São Clemente participaram de uma dinâmica de carnaval, de 05 a 09 de fevereiro, iniciada com a tradicional caminhada até o Seminário da Floresta, em Juiz de Fora (MG). Durante os dias de carnaval, os formandos tiveram atividades de oração, estudos e lazer.

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