Akikolá - Novembro/2016

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Editorial

Palavra do Provincial

Congregação Redentorista em Capítulo Geral

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o período de 31 de outubro a 25 de novembro de 2016, acontece na cidade de Pattaya, Tailândia, Sudeste da Ásia, a fase canônica do XXV Capítulo Geral Redentorista. O Capítulo Geral é uma grande assembleia com representantes de todas as províncias e vice-províncias do mundo. É um acontecimento da máxima importância na vida de uma congregação, pois é o órgão supremo de seu governo interno. O capítulo geral redentorista acontece de seis em seis anos. Dos vinte e quatro capítulos gerais, apenas dois foram realizados fora da Itália: Brasil (1991) e Estados Unidos (1997).

O Capítulo Geral tem como objetivo, entre outros, avaliar a caminhada da Congregação, para verificar se ela está sendo fiel à sua missão na Igreja e no mundo, e ao mesmo tempo, oferecer diretrizes concretas para possibilitarem, aos missionários redentoristas, viverem com autenticidade o carisma estabelecido por Santo Afonso: Evangelizar os pobres e mais abandonados. Na fase canônica do capítulo geral serão eleitos o Superior Geral, o Vigário Geral e os Conselheiros Gerais. Eles formam o Governo Geral da Congregação Redentorista. Durante o capítulo geral,

Expediente: Coordenação: Pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R. Jornalista Responsável: Silvia Carvalho - MTB: 5.917 Projeto gráfico: SM Propaganda Ltda Impressão: Gráfica América Tiragem: 2.000 exemplares

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estão reunidos mais 100 missionários redentoristas, de 82 países. Da Província do Rio de Janeiro participam: Pe. Américo de Oliveira, superior provincial; Pe. José Raimundo Vidigal, convocado para ser tradutor, Irmão Pedro Magalhães, nomeado como representante dos irmãos redentoristas da América Latina e Caribe, e Pe. Carlos Viol, Econômo Geral da Congregação.. Nós, capitulares, contamos com as orações de todos os leitores do Akikolá, para que nossas buscas e decisões sejam de acordo com a vontade de Deus. Pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R. Superior Provincial

Oração pelo XXV Capítulo Geral

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ai Misericordioso, que por amor nos deu o seu Filho Jesus Cristo, nosso Redentor; derrame seu Espírito Santo sobre nossa Congregação que se prepara para o Capítulo Geral, sobre nossas comunidades e sobre cada um de nós. Que nossas buscas e decisões sejam de acordo com a sua Vontade para uma maior fidelidade à nossa missão: o anúncio do Evangelho nas urgências pastorais aos mais abandonados, especialmente os pobres. Que Maria, Mãe do Perpétuo Socorro, Santo Afonso, os Santos, os Beatos e os Mártires da Congregação, velem para que se renove em todos os redentoristas o chamado a serem apóstolos fortes na fé, alegres na esperança, fervorosos na caridade e inflamados no zelo. Mãe do Perpétuo Socorro, roga por nós! Santo Afonso, roga por nós!

Aniversariantes

Novembro 05/11 – Ir. Aníbal de Assis, C.Ss.R. 12/11 – Pe. Lúcio Marcos Bento, C.Ss.R. 19/11– Pe. Mauro Carvalhais de Oliveira, C.Ss.R.

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Entrevista

Entrevista

Padre Nelson Antonio Linhares, C.Ss.R

No dia 12 de outubro de 2016, o Missionário Redentorista Pe. Nelson Antonio Linhares, C.Ss.R. celebrou suas Bodas de Prata Sacerdotais, na pequena e acolhedora Rio Piracicaba (MG). Uma linda festa que reuniu familiares, amigos de perto e de longe e os confrades da Província do Rio. Nesta entrevista, ele conta um pouco da sua infância e do seu chamado para seguir o Redentor. Como foi a infância do menino Nel- Como foi seu contato e sua formason Antonio? ção com os Redentoristas? Nasci numa família humilde e muito ba- Quando me formei no 1º grau, motalhadora. Somos quatro filhos, sendo rava em minha cidade o Pe. José de dois casais. Vim ao mundo em Sabará, Castro, um missionário redentorista porque era onde a parteira de minha que havia sofrido um acidente e esmãe morava. Mas cresci numa outra tava num período de recuperação. cidade mineira, bem pequena, muito Ele era deficiente físico e começou religiosa e acolhedora chamada Rio a ajudar o Pe. Levy na Paróquia São Piracicaba. Meus pais educaram os fi- Miguel. Ao saber do meu desejo em lhos com valores religiosos e humanos. ser padre, ele me convidou para parDesde cedo, frequentei a catequese, ticipar de um estágio vocacional em tornei-me coroinha, cantei no coral das Juiz de Fora. Imediatamente aceitei crianças. Mais tarde participei do gru- a proposta e segui rumo ao enconpo de adolescentes e da Sociedade tro, dando um passo concreto para São Vicente de Paulo (vicentinos). Des- realizar o meu desejo vocacional. Ao de cedo trabalhei com meu pai numa final deste estágio, em dezembro de gráfica e com minha mãe numa pape- 1980, fui aceito. Em 31 de janeiro de laria, o que forjou em mim um caráter 1981 comecei meu caminho na Code responsabilidade e compromisso. munidade Vocacional Santo Afonso. Em 1988, emiti meus votos tempoComo nasceu a vocação? rários na Igreja São José. Fui ordeEm meio a tudo isso, pelo testemunho nado Diácono por Dom Serafim Fersobretudo da minha mãe, fui introduzi- nandes, no Bairro Jaqueline e morei, do no mistério da fé e meu coração foi em 1991, na Igreja São José. No dia sendo tocado por uma experiência de 12 de outubro, às 17h, fui ordenado Deus intensa. Alegrava-me participar sacerdote pelas mãos de Dom Lélis da Eucaristia, ser Igreja e evangelizar. Lara, Bispo Redentorista emérito de Fui sendo tomado por um ardor muito Itabira/Coronel Fabriciano. Um dia grande e... a vocação foi nascendo, muito importante e uma festa inessendo cultivada pouco a pouco. quecível!

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Conte-nos sobre sua caminhada sacerdotal. Minha 1ª paróquia foi Nossa Senhora das Neves, em Presidente Kennedy, no Espírito Santo, participando de uma equipe missionária com Pe. Oliveira e Pe. Waldo, (92/93). Depois, fui transferido para Coronel Fabriciano, em MG, como formador do SPES (Pré-Noviciado - 94 a 96). Também como formador fui para Juiz de Fora, assumir a CVSA (aspirantado, 2º grau, 97 a 2002). Após esta experiência, trabalhei no Rio de Janeiro, na Paróquia Santo Afonso, como pároco e como vigário (2003 a 2008). Depois fui transferido para Campos dos Goytacazes (RJ), como Reitor do Santuário N. Sra. do Perpétuo Socorro, (2009 a 2014). Atualmente, sou pároco na Igreja São José, no Centro de Belo Horizonte (2015 a 2018). Qual a sua avaliação desta longa caminhada? Lembro-me da música: “Penso que cumprir a vida seja simplesmente compreender a marcha, e ir tocan-

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do em frente”... Este itinerário de fé e paixão me ensinou a compreender a marcha da vida, das pessoas. Aprendi que é preciso “tocar em frente”, ou seja, seguir adiante, acreditar no futuro, caminhar com alegria e otimismo, enfrentar os desafios. Cair e levantar. Errar e amadurecer. Avalio como um processo de aprendizado, crescimento e amadurecimento humano e espiritual. Em cada comunidade em que vivi, seja com os confrades redentoristas, seja com os leigos e leigas, aprendi a conviver com as diferenças e respeitar as pessoas. Nunca esqueci que minha missão é anunciar o Evangelho com ardor. O que o senhor diz para quem deseja ser padre no mundo de hoje? Eu digo que vale a pena dedicar a vida ao anúncio da boa nova de Jesus como religioso ou sacerdote. O mundo em que vivemos, com tantas inovações tecnológicas, descobertas científicas e novidades para o consumo, ainda não aprendeu a lição mais importante e simples de Jesus: AMAIVOS UNS AOS OUTROS!!! Essa é a missão do sacerdote: lembrar ao mundo que só o amor realiza, liberta e traz a felicidade tão procurada. E... a fonte do amor é JESUS! Para seguir essa vocação é fundamental abrir-se ao chamado de Deus, sendo disponível aos seus apelos. Ele continua chamando hoje, mas muitos corações jovens, fascinados pelos modismos mundanos, têm medo de responder e preferem se fechar ao chamado!

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Pe. José Marques da Rocha, C.Ss.R. 21.03.1928 22.10.2016

E, aos que a certeza da morte entristece, a promessa da imortalidade consola. Senhor, para os que creem em vós, a vida não tirada, mas transformada.

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(Prefácio dos Fiéis Defuntos)

o dia 24 de outubro, familiares, amigos e confrades deram o último adeus ao Pe. José Marques da Rocha, C.Ss.R. O Missionário Redentorista morreu no Hospital São Francisco de Assis, às 20h30 do dia 22 de outubro, aos 88 anos, vítima de falência múltipla de órgãos. As últimas homenagens a Pe. José Marques aconteceram na Igreja Santo Afonso, no Rio de Janeiro, onde viveu por muitos anos. Uma Missa de Despedida foi celebrada na noite do dia 23, presidida pelo Pároco, Padre Luís Carlos de Carvalho, C.Ss.R. No início da madrugada de 24 de outubro, o corpo chegou à Igreja da Glória, em Juiz de Fora (MG), onde houve Celebração Eucarística às 7h. O velório se estendeu até 11h, quando foi realizada a Missa de Exéquias, presidida pelo Superior Provincial, Pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R. Na homilia, Pe. Dalton Barros de Almeida, C.Ss.R. destacou a bondade e exaltou o trabalho desenvolvido pelo Pe. Marques, principalmente na

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Catequese e na Casa da Convivência Mãe do Belo Amor, fundada por ele na capital fluminense, e voltada para o atendimento de pessoas com necessidades especiais. No final, emocionou a todos, colocando flores sobre o caixão do amigo de tantos anos. Logo após a Missa, o caixão foi levado em procissão até o Cemitério Redentorista, onde foi sepultado. Uma vida dedicada ao próximo Pe. José Marques da Rocha, C.Ss.R. nasceu em 21 de março de 1928 em Entre Rios de Minas, Minas Gerais. Na Congregação Redentorista fez os votos temporários em 2 de fevereiro de 1949, os votos perpétuos em 12 de abril de 1952 e ordenou-se sacerdote em 2 de fevereiro de 1955. Atuou como professor e sócio do Juvenato, em Congonhas, entre 1956 e 1960, foi Vigário cooperador no Rio, professor no Estudantado da Floresta em 1965, Pároco da Igreja de Santo Afonso por 9 anos e Vigário cooperador

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na Igreja da Glória por 3 anos. Residia há muitos anos na Igreja Santo Afonso, onde exerceu os cargos de Coadjutor, Ecônomo, Reitor, Pároco e Vigário. Pe. Marques trabalhou em prol da

construção, manutenção e organização da Casa da Convivência Nossa Senhora Mãe do Belo Amor, voltada para portadores de necessidades especiais e seus familiares.

“Pe.

Marques foi um confrade comunicativo, questionador, criativo e alegre. Foi professor, psicólogo, fez o curso de Opinião e Relações Públicas. Amou intensamente a Congregação Redentorista. Teve profunda sensibilidade para com as pessoas mais necessitadas. Foi o idealizador e construtor da Casa da Convivência Mãe do Belo Amor, que acolhe e acompanha pessoas portadoras de deficiência intelectual. Fica o testemunho de um Missionário Redentorista valente. Que ele interceda a Deus pelas vocações redentoristas. Ao Pe. Marques, a nossa eterna gratidão!” Pe. Américo de Oliveira,C.Ss.R. - Provincial

aaaa aaaa “De mortuis nise bene, ou seja, sobre os mortos só se deve falar bem. Quando no Juvenato de Congonhas (MG), a minha fama de jogador de futebol era excelente, pois eu dava, na opinião do Pe. Marques, muitas caneladas, conforme a fama e não a realidade. Era o que ele dizia a respeito do atleta Luciano Penido. Todavia, a respeito dele consta que, ao chegar ao Juvenato de Congonhas, achou que a meninada era muito feia e, por isso, recebeu logo o apelido de “Jolie” (Bonito!). E assim, por toda a vida, foi um homem crítico, mas sempre com reta intenção.” Pe. Luciano Jacques Penido, C.Ss.R.

aaaa aaaa “Quando eu cheguei, em 2003, como Frater, na Comunidade Redentorista do Rio, fui muito bem acolhido por todos os confrades, especialmente pelo Pe. José Marques. Eu percebia e sentia que ele tinha um olhar de atenção e de carinho para comigo. Ele dizia que eu era muito introvertido e que precisava de me abrir mais. Ora, foi uma excelente observação para o meu crescimento. Sou grato a ele por isso. Dois outros detalhes importantes: no dia da minha Ordenação Presbiteral, 04/10/2003, em Divinésia (MG), ele estava como Provincial e deu um lindo testemunho. Aprendi com ele a estar presente, na alegria e na dor, na vida das pessoas que se doam pastoralmente na vida da Comunidade Paroquial. Ele sempre dizia isso: esteja presente...! Eu carregarei, mesmo com as imperfeições dele, uma boa recordação da personalidade do Pe. José Marques! Gratidão, confrade!” Pe. Mauro de Almeida, C.Ss.R.

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XVI. O CREDO: Creio na remissão dos pecados A remissão dos pecados O Espírito Santo garante a santidade da Igreja porque torna presente nela Jesus Cristo, no qual o Pai tudo criou e em quem o Espírito tudo santifica. Ele cria a comunhão dos santos, que só existe por causa da graça misericordiosa e perdoante de Deus. Esse artigo de fé do credo nasceu no contexto da prática batismal da Igreja primitiva. Por isso o Credo Niceno especifica: “Professo um só batismo para a remissão dos pecados”. O batismo, para os primeiros cristãos, marcava uma mudança radical de vida, uma transformação profunda, por isso havia, e ainda há, o catecumenato, longa preparação para o batismo, que exige conversão verdadeira a Cristo por iluminação do Espírito. O batismo se destaca como o grande sacramento do perdão e da misericórdia em vista da adesão sincera a Cristo. Jesus deixa aos seus seguidores o evangelho e, segundo Mateus, ordena aos apóstolos: “ide e ensinai a todas as nações; batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19). O batismo faz dos seres humanos membros da Igreja, corpo de Cristo e realiza sua filiação divina através do banho da regeneração (cf. Tt 3,5). Marcados em nome da Santíssima Trindade, os cristãos entram em comunhão com o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Através desse sacramento, participam do mis-

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tério pascal de Cristo, são sepultados e ressuscitados com ele (cf. Rm 6,4; Ef 2,5-6). O batismo realiza na vida da pessoa o mistério pascal, fazendo os batizados passarem da morte e do pecado à verdadeira vida em Cristo. No início da Igreja, esse era o sacramento do perdão dos pecados. Quem buscava o batismo, se arrependia dos seus pecados, se convertia, recebia o perdão e sua vida se transformava. A experiência mostrou ao cristão, no entanto, que, mesmo depois do batismo, ele continuava necessitado de conversão e de perdão. Afinal, a conversão acontece no dinamismo da vida, sempre cheia de altos e baixos. Quando o batismo – possível somente aos adultos no início da Igreja – começou a ser conferido às crianças, por razões culturais e teológicas, ganhou força o sacramento da reconciliação, que renova a graça batismal através do perdão dos pecados cometidos depois do batismo. Mesmo assim, a Igreja jamais perdeu a convicção segundo a qual a existência cristã exige novo nascimento, garantido pelo batismo, porque “ser cristão é sempre o resultado de uma virada da existência humana que se afasta da autossatisfação da vida desatenta para converter-se. Nesse sentido, o batismo continua sendo o início de uma conversão que se estende pela vida afora, sendo o sinal básico da existência cristã, lembrado pela expres-

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A misericórdia de Deus A existência do pecado está atestada no Antigo Testamento: “Javé viu que a maldade dos homens se multiplicava sobre a terra e que todos os projetos do seu coração tendiam continuamente para o mal” (Gn 6,5-6). Os Salmos falam de um pecado que ultrapassa o povo de Israel: “não há quem faça o bem, nenhum sequer” (Sl 14,3). A história de Israel se caracteriza por uma aliança sempre rompida pelo povo e sempre restaurada por Javé. A pecaminosidade atinge a todos; nem mesmo os líderes mais admiráveis escapam: Abraão, Jacó, Moisés, Davi, Salomão. Criado à imagem e semelhança de Deus para estar em comunhão com ele, com os semelhantes e com as criaturas, o ser humano se afasta pelo fechamento em si mesmo. Todo pecado se resume na recusa da amizade com Deus e com os semelhantes, pela busca orgulhosa e egoísta dos próprios interesses. Pecar é se fechar para o amor a Deus e aos irmãos. O contrário do amor não é propriamente o ódio, mas o egoísmo. No Novo Testamento Jesus denuncia a atitude pecaminosa do ser humano (cf. Mt 7,11; 12,34.39.45). O pecado brota do coração, do núcleo

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mais profundo do ser. Os males vêm do interior (cf. Mc 7,20-23). João fala do pecado do mundo. Como estrutura cósmica criada por Deus, o mundo é bom, mas as opções históricas do ser humano o transformaram em um reino do pecado (cf. Jo 1,10-11). Sobre o acontecimento histórico da vinda de Jesus, o evangelista sentencia: “a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz, porque suas obras eram más” (Jo 2,19). Mas nenhum pecado é capaz de fazer Deus desistir do ser humano. Quando o povo exclama: “Javé me abandonou, o Senhor me esqueceu”. O Senhor responde: “Acaso uma mulher esquece seu bebê e deixa de comover-se pelo fruto de seu seio? Mesmo se as mulheres esquecessem, eu, porém, jamais te esquecerei. Eis que te gravei sobre a palma de minhas mãos” ( 49, 14-15). A eleição de Deus se revela dom absolutamente gratuito (cf. Dt 7,6-8; 9,4-6; 10,14-15). Trata-se de um amor que a Bíblia descreve de maneira comovedora (cf. Ez 16). Deus nunca deixa de amar o ser humano, porque sua essência é amor e sua onipotência se manifesta no amor e na misericórdia. Ele apenas não constrange o ser humano a amá-lo, respeita sua liberdade e, quando perdoa, perdoa não apenas um ato isolado de infidelidade, mas o ser humano cuja responsabilidade está implicada em seus atos. O ser humano, apesar do seu pecado, se encontra sempre sob o apelo de Deus para que se converta e encontre a verdadeira vida (cf. Jr 31,31-34; Ez 36,24-28). Tal

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são remissão dos pecados” (Ratzinger). A Igreja não nasce apenas do desejo de se agrupar em torno de Cristo e sua mensagem; ela nasce da graça de Deus que, ao entrar na vida dos seres humanos, provoca transformação e os integra a uma comunidade que também deve ser recebida como um dom.


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conversão envolve o esforço humano, mas é sempre fruto da graça de Deus; cada pessoa conta com Deus para livrar-se de sua culpa (cf. Jr 2,22). O auge do amor de Deus ao ser humano se encontra na encarnação, vida, morte e ressurreição de seu Filho Jesus Cristo. “Deus tanto amou o mundo que lhe deu seu Filho unigênito, para que não morra quem nele crê, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16). Jesus anuncia o Reino, que é paz, justiça, fraternidade e misericórdia; pura graça cuja iniciativa vem somente de Deus. Tal graça é oferecida a todos, mormente aos pecadores. O ser humano permanece livre para aceitá-la, convertendo-se; ou recusá-la, persistindo no egoísmo. As parábolas da misericórdia revelam a predileção divina pelos pecadores. Jesus prefere os menos dignos de serem amados porque são os que mais precisam de seu amor. A salvação não se encontra na fuga e no desejo de uma vida emancipada e distante da casa paterna, mas no regresso humilde à casa do Pai, que, longe de humilhar o filho pecador, se alegra enormemente de poder perdoá-lo e tratá-lo com misericórdia, devolvendo-lhe a dignidade perdida: “Quando ainda estava longe, seu pai o avistou e, movido de compaixão, correu ao seu encontro, atirou-se-lhe ao pescoço e cobriu-o de beijos” (Lc 15,20). Jesus se comporta exatamente segundo o que ensina; une perfeitamente teoria e prática: ele come com os pecadores, gesto simbólico que significa comunhão de mesa e de vida. Tal gesto provocou reações

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contrárias (cf. Mc 2,15-16; Lc 15,2). Porém, assim é o Reino, feito de misericórdia e bondade: os pecadores são os preferidos; os últimos são os primeiros; os menores, os maiores (cf. Lc 9,48). O Reino é feito de debilidade, gratuidade, não de força, poder, sucesso, prestígio. O Papa Francisco tem insistido na misericórdia. Em seu livro-entrevista, “O nome de Deus é misericórdia”, exalta a misericórdia como o atributo mais próprio de Deus, sempre disposto a perdoar o ser humano quando nele encontra verdadeiro arrependimento. E sentencia: “A misericórdia será sempre maior do que qualquer pecado, ninguém pode impor um limite ao amor de Deus que perdoa. Se olharmos para ele, se apenas levantarmos o olhar humilde sobre o nosso eu e sobre nossas feridas e deixarmos pelo menos uma pequena abertura à ação da sua Graça, Jesus faz milagres também com nosso pecado, com aquilo que somos, com o nosso nada, com a nossa miséria” (Papa Francisco). E se somos perdoados, também não podemos negar o perdão a quem nos ofende, como rezamos no Pai-nosso: “Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”. A Pedro, que pergunta a Jesus se deve perdoar o irmão que peca contra ele até sete vezes, o Mestre responde: “Não apenas 7 vezes, mas 70 vezes 7 (cf. Mt 18,21-22), ou seja, assim como o de Deus, o perdão dos cristãos só é autêntico ser for inesgotável. Pe. Paulo Sérgio Carrara, C.Ss.R. Belo Horizonte, MG

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Encontro de familiares da CVSC

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ntre os dias 14 e 16 de outubro, no Seminário da Floresta, em Juiz de Fora (MG), aconteceu o Encontro de Familiares da Comunidade Vocacional São Clemente (CVSC). Contamos com a presença de familiares de todos nós, formandos, e do nosso formador, Pe. José Maurício, C.SS.R. Na sexta, acolhida na oração da noite. No sábado, pela manhã, oração do terço, palestra do nosso formador; palestra do Fr. Jonas Pacheco Machado, C.SS.R, e testemunho vocacional. À tarde, aconteceu uma conversa da nossa orientadora psico-

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pedagógica Anna Paula com nossos familiares e, no início da noite, confraternização, com a presença da CVSA, do Ir. Pedro Magalhães, C.SS.R., do Fr. Jonas, C.SS.R., da Anna Paula e de Natan, seu esposo. No domingo, pela manhã, houve Solene Eucaristia de encerramento do encontro (em honra a São Geraldo) e avaliação, seguidas do almoço. Foi um encontro leve, de oração e formação, de confraternização e convivência, de estreitamento de laços entre nós, membros da grande família redentorista. Gleison Menezes e Lucas Lima Juiz de Fora, MG

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Tríduo e Festa de São Geraldo 2016

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e 13 a 16 de outubro, devotos de São Geraldo viveram dias intensos de alegria e celebração dentro do Tríduo e Festa do Padroeiro das Mães. Neste ano, houve ainda mais motivos para comemorar o Santo Irmão Redentorista: a conclusão dos trabalhos de restauração e pintura interna da Basílica de São Geraldo, em Curvelo (MG), e os 50 anos da elevação do Santuário à Basílica menor. O Tríduo e Festa de São Geraldo tiveram início no dia 13, com a celebração das 19h, na praça da Basílica, presidida por Dom Darci José Nicioli, C.Ss.R., Arcebispo Metropolitano de Diamantina. Em sua homilia, Dom Darci exortou aos fiéis que não fossem apenas adeptos de Cristo, e sim, discípulos, que servem ao Senhor. Ainda fez um breve resumo da história da Basílica de São Geraldo. Por fim, apresentou oficialmente o futuro Reitor da Basílica de São Geraldo, Pe. Edson Alves da Costa, C.Ss.R. Após a celebração, as tradicionais barraquinhas ofereceram aos presentes a saborosa comida típica mineira e música de qualidade. O segundo dia do Tríduo foi marcado pela Missa presidida pelo Arcebispo Emérito de Diamantina, Dom João Bosco Oliver. Já o terceiro dia do tríduo começou com a missa às 7h na Basílica. Pe. Edson Alves, C.Ss.R. presidiu a celebração. Em seguida, a praça da Basílica foi tomada por dezenas de crianças, vindas de diversos bairros da cidade,

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acompanhadas de seus pais, avós, tios e também catequistas, como o grupo de crianças da turma de catequese da comunidade São Jorge, no Bairro Guimarães Rosa. Os Fráteres Redentoristas, Jean Carlos, C.Ss.R., e Alessandro Ferreira, C.Ss.R., juntamente com os Jovens da JUMIRE (Juventude Missionária Redentorista) e o Pe. Vicente Ferreira, C.Ss.R., animaram as crianças com cânticos e brincadeiras, finalizando com um momento de oração e consagração. O nosso mascote Geraldinho participou da festa para a alegria das crianças. A manhã terminou com muita pipoca, balas, pirulitos e geladinho. As crianças ainda levaram para casa a revista do Geraldinho, que conta de maneira lúdica a história do Santo Irmão Redentorista. Dia de celebrar Um dia de muito calor, de fé, graças, agradecimentos e pedidos. Assim foi o domingo, 16 de outubro, dia de São Geraldo e encerramento do Tríduo e Festa em sua honra. Milhares de devotos e

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devotas do Santo Irmão redentorista enfrentaram altas temperaturas durante o dia, clima que não os impediou nem desmotivou de participarem de tão bela festa. Eles se agruparam sob as sombras de árvores, na tenda montada na praça e também no interior da Basílica. Como na Oitava, vieram prestigiar São Geraldo, pedir sua intercessão e agradecer as bênçãos recebidas. Ao longo da manhã foram celebradas missas às 5h, 7h e às 11h presidida pelo Reitor nomeado da Basílica, Pe. Edson Alves da Costa, C.Ss.R. e transmitida pela TV Horizonte. Irmão Alan Patrick, C.Ss.R., Missionário Redentorista da Província de São Paulo, animou as celebrações, que também tiveram a presença dos Fráteres Alessandro Ferreira, C.Ss.R., e Jean Carlos, C.Ss.R. Ao final das celebrações ocorreu um momento dedicado à juventude, seguido de uma oração vocacional e uma bênção especial. Às 15h, teve início a Missa de encerramento, presidida pelo Superior Provincial, Pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R. e transmitida pela TV Aparecida. Em sua homilia, além de destacar fatos importantes da vida de São Geraldo, ele enfatizou a conclusão da

restauração das pinturas internas da Basílica, que chegou em um momento singular para a história do templo: os 50 anos de elevação do Santuário de São Geraldo à Basílica menor. Após a Missa, a solene Procissão com o andor de São Geraldo percorreu as ruas do centro de Curvelo. Na conclusão da festa, Pe. Lúcio Bento fez os agradecimentos e apresentou novamente ao público presente o Reitor nomeado para a Basílica, Pe. Edson. Coube ao Pe. Vicente a oração final, que ele conduziu com um belo momento de prece e envio para o Pe. Américo, que no final do mês de outubro seguiu em viagem para o XXV Capítulo Geral da Congregação Redentorista, na Tailândia. Pe. Américo deu a bênção final com a relíquia de São Geraldo. Durante a festa, também foi lançado um selo comemorativo aos 60 anos de elevação do Santúario de São Geraldo à Basílica. José Veloso Curvelo (MG)

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Visita ao Noviciado

víncia”, destacou Pe. Américo. Ele também ressaltou a acolhida por parte dos noviços. “Foi muito gratificante também conviver com os demais noviços. Um grupo grande, animado e acolhedor.”

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ntre os dias 28 e 30 de setembro, o Superior Provincial, Padre Américo de Oliveira, C.Ss.R., e o secretário de Formação da Província do Rio, Padre José Maurício, C.Ss.R. estiveram em visita ao Noviciado Interprovincial Redentorista, na cidade de Tietê (SP). Neste noviciado reside João Paulo, noviço da Província do Rio. Além da convivência e partilha, houve conversas pessoais com o noviço e com o mestre, avaliando a caminhada. Padre Américo presidiu uma Celebração Eucarística, na qual o Padre José Maurício fez a reflexão. Também estes religiosos participaram de todas as programações destes dias do noviciado. “Foi muito bom. O nosso noviço, João Paulo, está num processo muito profundo de crescimento, animado e, se Deus quiser, em janeiro, teremos mais um irmão Redentorista na Pro-

Aqui sefaz a vontade de Deus

Organizada pelos Missionários Leigos Redentoristas - Unidade Curvelo (MG), a Coletânea reúne canções sobre São Geraldo e outros clássicos da música católica. ADQUIRA O SEU NA LOJINHA DA BASÍLICA DE SÃO GERALDO www.basilicasaogeraldo.org.br

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Dezenas de jovens da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, do Vale da Floresta, em Juiz de Fora (MG), se reuniram no Seminário da Floresta no dia 23 de outubro, para comemorar o Dia Nacional da Juventude (DNJ 2016). O encontro foi coordenado

pelo Frater Jonas Pacheco Machado, que ministrou a Celebração da Palavra, abrindo as atividades do dia, que ainda contou com palestra, exibição de vídeo, momento de louvor e Gincana Jovem. A animação ficou por conta do Ministério de Música Promessas.

Projeto ‘A Biblioteca vai até você’

No dia 30 de outubro, a Biblioteca Redentorista esteve presente na Obra Social Padre Nilton Fagundes Hauck, no Bairro Retiro, em Juiz de Fora (MG) levando o Projeto “A Biblioteca vai até você”. O objetivo é dinamizar o papel da biblioteca, propiciando que os livros infantis possam ser utilizados, e não apenas armazenados, incentivando assim a leitura e levando as crianças a serem leitores em potencial.

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Aconteceu na Província

Dia Nacional da Juventude


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