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ANGOLA
4. Encantos de Angola veio como que um presente para mim, pois aprender e ensinar é algo extraordinário. “Dar de graça o que de graça recebeu”. Os locais onde estamos como frades menores em nome da Fundação Santa Mãe de Deus são espaços de irradiação do cuidado e solidariedade franciscana. Cantar e ensinar a vida de Francisco e Clara de Assis torna-se um desafio ético, moral e religioso, pois não só “de pão vive o homem, mas de toda a Palavra da boca de Deus”. O apelo franciscano é de transformação, de acolhimento, de fé, de esperança e de justiça social. Onde estamos oferecemos a graça dos sacramentos, a comunhão com as diversas entidades religiosas e a formação dos jovens que nos procuram para serem frades menores. É muita coisa! O canto me leva a pensar nas crianças que têm apenas uma refeição por dia, das mamas que carregam em suas cabeças kilos de coisas para venderem e sustentarem-se, dos casebres em forno sem condições de saneamento básico e de tantos jovens perambulando nas ruas sem nada fazer. Claro que onde eu estive não houve sequer uma queixa quanto a isso, mas eu vi essa realidade. Impressiona a dedicação dos frades, das irmãs religiosas, das mamas, catequistas e jovens que lutam para deixar isso mais bonito e possível de viver. É uma luta para sobreviver.
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5. Fui muito bem recebido em todos os cantos. O abraço, o sorriso estampado no rosto, a dança, a música, a comida e aquele “ muito obrigado, frei!” Encantos de Angola foi ensinar, aprender, rezar, conhecer, cantar e sorrir e esperar. Paz e bem!
Luanda, 2 de março de 2023