Abril 2017 jornal do partido socialista de guimarães

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GUIMARÃES MERECE JORNAL DO PARTIDO SOCIALISTA DE GUIMARÃES - ABRIL 2017

INFOMAIL

«Guimarães é um exemplo admirável em todo o país» ANTÓNIO COSTA «Domingos Bragança sabe interpretar particularmente bem aquilo que é hoje ser autarca», afirma o Secretário-Geral do Partido Socialista ALMOÇO COMEMORATIVO DO 25 DE ABRIL

BALANÇO DE UM CICLO

JOSÉ MARTINS 24 ANOS LIGADO À JUNTA DE CREIXOMIL

PS APRESENTA CANDIDATOS ÀS 48 FREGUESIAS E UNIÃO DE FREGUESIAS DO CONCELHO

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OPINIÃO

OPINIÃO

OPINIÃO

Manuel Ferreira

Jorge do Nascimento Silva

Manuel Freitas Mendes

AGRICULTURA E SUSTENTABILIDADE EM GUIMARÃES

UM OLHAR SOBRE A CULTURA EM GUIMARÃES

GUIMARÃES COM DESPORTO PARA TODOS

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GUIMARÃES MERECE

PARABÉNS GUIMARÃES

OPINIÃO

por MANUEL FERREIRA

AGRICULTURA E SUSTENTABILIDADE EM GUIMARÃES Há cerca de quatro anos, aquando da Tomada de Posse como Presidente da Câmara de Guimarães para o Mandato em curso, o Presidente Domingos Bragança fez, recordo-me bem, um interessante discurso que, a meu ver, foi muito para além de “frases comuns” que, nestas circunstâncias, é costume escutar. Recordo-me precisamente que, nesse discurso, em género de “Mensagem para um Programa de Mandato”, o Presidente Domingos Bragança, abordando, naturalmente, as suas apostas para as novas dinâmicas de desenvolvimento que queria imprimir para o Município, deu um relevo muito especial a um programa de desenvolvimento do “Mundo Rural”, focando, com ênfase, a necessidade de se promover, com qualidade, a agricultura e a sustentabilidade no Município de Guimarães.

JANEIRO 2017 | Guimarães conquistou três distinções nos “Green Project Awards”, prémio que reconhece projetos que promovam o desenvolvimento sustentável

Como me parecia que o resto do seu discurso era, naturalmente, o normal, a verdade é que registei, com muito agrado, a aposta que, então, o Presidente Domingos Bragança pretendia fazer, em novas dinâmicas de desenvolvimento, muitas vezes esquecidas, na revitalização da agricultura, como forma de preservar a Natureza e, designadamente, como uma aposta focada na sustentabilidade, da Natureza, e, claro, na sobrevivência das Pessoas, uma vez que, como todos sabemos, sem agricultura não teríamos os produtos da terra, necessários a vida humana. Confesso que, desde então, me mantive atento a este importante objetivo de desenvolvimento, então, proclamado pelo nosso Presidente Domingos Bragança. E tenho constatado que, por diversas outras vezes, o escutei em várias das suas intervenções a abordar este assunto, como tem acontecido, na verdade, em reuniões do Conselho Consultivo para a Candidatura de Guimarães a Capital Verde Europeia 2020, e, também, noutras circunstâncias, designadamente, aquando da constituição da Brigada Verde de Fermentões, em cerimónia a que presidiu e em que eu mesmo pude participar.

FEVEREIRO 2017 | Garrafa amiga do ambiente da Vimágua, que promove o consumo de água da rede pública, foi distinguida com um “iF Design Award 2017”

Evidencio tudo isto porque, a meu ver, tem havido um fio condutor, no trabalho que a Câmara Municipal tem vindo a dar a estes temas da sustentabilidade, com algumas interessantes iniciativas que, por sua vez, tem constituído uma importante oportunidade para motivar Cidadãos, nomeadamente os jovens, e algumas Organizações das Comunidades Locais. Registo, entre outras iniciativas da Câmara Municipal: 1. A dinamização que tem vindo a ser dada ao Laboratório da Paisagem, como espécie de âncora para uma estratégia de desenvolvimento sustentável; 2. As iniciativas respeitantes à candidatura de Guimarães a Capital Verde Europeia 2020, que têm vindo a ser o motor de algumas iniciativas promovidas por Cidadãos e Organizações Locais; 3. A decisão de criação de uma “Incubadora de Base Rural”, para incentivar a “Agricultura Biológica”; 4. A criação de um “Banco de Terras”, motivando jovens empreendedores para desenvolverem projetos inovadores; 5. O recente lançamento de um “Concurso de Ideias” que, a meu ver, pode vir a motivar os jovens a apresentar iniciativas inovadoras, nomeadamente no domínio da agricultura e da sustentabilidade. E permito-me registar, também, algumas iniciativas provenientes de Organizações Locais, nomeadamente, entre outras: 1. O Programa lançado pela Junta de Freguesia de Fermentões, com a “Plataforma Estratégica Fermentões 2030”, com iniciativas diversas, nomeadamente as do Museu de Agricultura de Fermentões, as da Brigada Verde, e o Programa da ECO FAMILY “Fermentões promove a Biodiversidade”, iniciado com um projeto interessante, a “Escola Bio”, na EB1 do Motelo; 2. O Programa “Empreendedorismo Inclusivo”, lançado pela SOL DO AVE – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Vale do Ave; 3. A “Feira da Terra”, em São Torcato, iniciativa da ADCL – Associação para o Desenvolvimento das Comunidades Locais; 4. As iniciativas da Eartship Biotecture Portugal, com iniciativas em Santiago de Candoso, como tivemos a oportunidade de escutar, um dia destes, na sessão sobre o OPP – Orçamento Participativo Portugal. Para concluir, permito-me sugerir que, a partir da experiência que já possuem Organizações Locais, nomeadamente a Casa do Povo de Fermentões, a Associação SOL DO AVE e a ADCL, entre outras, certamente, seja possível lançar uma iniciativa para que, em cada Freguesia, possa haver um “Jovem Agente de Desenvolvimento Local, na base de um Programa de Desenvolvimento Sustentável para o Município de Guimarães. Estou disponível para colaborar como Voluntário, claro. Manuel Ferreira (Coordenador do Museu da Agricultura de Fermentões )

MARÇO 2017 | “Eco-Parlamento” com Menção Honrosa no Prémio de Boas Práticas de Participação da Rede de Autarquias Participativas

ABRIL 2017 | Prémio da União Europeia para o Património Cultural/Prémios Europa Nostra atribuído a programa de mestrado coordenado em Guimarães


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UNANIMIDADE E ACLAMAÇÃO NA INDICAÇÃO DE DOMINGOS BRAGANÇA À CÂMARA DE GUIMARÃES E JOSÉ JOÃO TORRINHA À ASSEMBLEIA MUNICIPAL A Comissão Política Concelhia do Partido Socialista aprovou por unanimidade e aclamação a designação de Domingos Bragança como candidato do PS à Presidência da Câmara Municipal de Guimarães e de José João Torrinha como candidato a Presidente da Assembleia Municipal de Guimarães nas Eleições Autárquicas 2017. Na reunião com uma elevada adesão e altamente participada pelos membros que fazem parte da Comissão Política, foi também aprova-

Governo agendou Eleições Autárquicas para o próximo dia 01 de outubro

do, por unanimidade e aclamação, a atribuição de um voto de louvor ao mandato de quatro anos de António Magalhães enquanto Presidente da Assembleia Municipal. Domingos Bragança está a cumprir o seu primeiro mandato como Presidente da Câmara Municipal de Guimarães. É Presidente da Comunidade Intermunicipal do Ave (CIM); Membro do Conselho Geral da Associação Nacional de Municípios Portugueses; Membro do Conselho Consultivo do Tribunal Judicial da Comarca de Braga; Membro do Conselho Consultivo da EEUM - Escola de Engenharia da Universidade do Minho; Membro da Assembleia Geral do Eixo Atlântico; Membro do Conselho Diretivo da AMAVE; e é Membro do Conselho Executivo do Quadrilátero Urbano. Licenciou-se em Economia pela Universidade de Coimbra, sendo especialista nas áreas da consultoria eco-

nómica e financeira e elaboração de projetos de investimento de criação ou expansão de empresas na área industrial, enquadrados nos apoios da União Europeia. A sua reputação de economista foi consolidada pela prestação de serviços nesta área a dezenas de empresas do nosso concelho e de concelhos vizinhos. Durante oito anos, na qualidade de Vice-Presidente da Câmara Municipal, foi o responsável pelas Obras Públicas, Freguesias, Finanças Municipais, Património e candidaturas a apoio dos Fundos da União Europeia. José João Torrinha, de 42 anos, exerce a profissão de advogado, reside na freguesia de São Sebastião e é atualmente o líder parlamentar do PS na Assembleia Municipal de Guimarães, cargo que exerce desde 2013, depois de ter iniciado o percurso de deputado municipal em 2009.

Com uma forte ligação associativa a instituições de Guimarães, foi membro da direção do “Convívio - Associação Cultural e Recreativa” durante quatro anos (98-00 e 2009-2010), os últimos dos quais como Presidente, sendo atualmente Presidente do Conselho Fiscal. É também membro da Direção da Muralha - Associação para a Defesa do Património. Entre 1999-2001, integrou o Conselho Fiscal da Cooperativa “Povo de Guimarães” e, durante dois anos (2001-2003), foi Presidente do Conselho Fiscal da Associação de Apoio à Criança. Ainda nesta instituição exerceu o cargo Vice-Presidente da Direção (2004-2009). Vogal da Delegação de Guimarães da Ordem dos Advogados durante três anos (2002-2004), José João Torrinha é igualmente membro da direção da Associação dos Antigos Estudantes de Guimarães – “Velhos Nicolinos”, desde 2011.


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GUIMARÃES MERECE

ANTÓNIO COSTA «Guimarães é um exemplo admirável em todo o país» > O Secretário-Geral do Partido Socialista, António Costa, projeta o novo ciclo de governação, fala sobre os projetos de Guimarães, o trabalho desenvolvido por Domingos Bragança, as Eleições Autárquicas de outubro próximo, entre outros assuntos. Como vê hoje Guimarães? Guimarães sabe trazer para o berço da Portugalidade a universalidade da cultura europeia, dando a conhecer muitos projetos, fazendo também da sua cidade e do seu concelho o berço da dinâmica de novas ideias. Depositária da nossa história, é um exemplo admirável em todo o país. Tem a ambição de, agora em 2020, voltar a ser uma Capital Europeia. Qual é a sua opinião? Esta é uma ambição da maior importância. Se há grandes desafios

que a Humanidade vai enfrentar ao longo deste século, o mais decisivo de todos, porque tem a ver com a sobrevivência da própria espécie, está relacionado com as alterações climáticas. Ganhar ou perder este desafio passa pela nova atuação dos governos das cidades.

«Guimarães candidatar-se a Capital Verde Europeia é um excelente exemplo» No trabalho de candidatura a Capital Verde Europeia 2020, Guimarães implementou um plano de ação para tornar o concelho mais verde e mais sustentável, onde todos os projetos são pensados tendo em conta esse desígnio. Guimarães candidatar-se a Capital Verde Europeia é um excelente exemplo. Este projeto europeu comum pode e deve ser partilhado por todos: pelos países, pelas cidades, pelas empresas e pelos cidadãos. Este novo paradigma de vida, como diz o Domingos Bragança, implica o envolvimento de todos nós.

Uma cooperação onde o comportamento individual influencia o global… Sem dúvida! É fundamental que se perceba que a questão não é termos mais ou menos Europa! A questão é termos uma Europa melhor, mais útil aos cidadãos no seu dia a dia, com mais segurança, mais desenvolvimento e melhores condições para enfrentarmos em conjunto desafios civilizacionais como o controlo das alterações climáticas.

«Quero saudar o Domingos Bragança por saber interpretar particularmente bem aquilo que é hoje ser autarca» Esta é também uma oportunidade para os cidadãos refletirem? É uma oportunidade de reflexão daquilo que queremos ser no nosso futuro e nas próximas décadas. Quero saudar, por isso, o Domingos Bragança por saber interpretar particularmente bem aquilo que é hoje

ser autarca numa cidade como Guimarães. É certamente resolver os problemas do dia a dia que preocupam os cidadãos e as cidadãs da sua cidade, mas também é muito mais. Um trabalho mais amplo e mais alargado… Tive oito anos a experiência de Presidente de Câmara e sei bem que a primeira missão de um Presidente é preocupar-se com os buracos da calçada, o candeeiro que tem a lâmpada fundida, as árvores que são necessárias podar, essa, é a primeira preocupação. Mas, hoje, um Presidente de Câmara não pode ser só o curador da qualidade da pequena obra do espaço público. Hoje, o Município tem de ser o representante catalisador de um desenvolvimento integrado de uma região. Sem se limitar, somente, às suas linhas geográficas? Uma cidade como Guimarães, que deu ao país aquilo que o país é, tem de ter a ambição de se afirmar à escala europeia, tal como se afirmou como Capital Europeia da Cultura.


OPINIÃO

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por JORGE DO NASCIMENTO SILVA

UM OLHAR SOBRE A CULTURA EM GUIMARÃES

«É uma honra ter autarcas que servem tão bem as suas pessoas» O que é essencial para termos um Estado mais moderno e dinâmico? Apostar na descentralização. Portugal é dos países que tem maior grau de centralização em toda a União Europeia. A melhor forma de prestarmos homenagem aos 40 anos do Poder Local democrático não é só condecorar, abraçar e felicitar aqueles que exerceram funções. A melhor forma é mostrar confiança na capacidade das freguesias e dos municípios. Para darmos um passo em frente neste capítulo, atribuímos mais competências e mais meios para servir ainda melhor as suas populações e as suas terras. Eu acredito na capacidade das freguesias, dos nossos autarcas… Que abrangência têm estas medidas de descentralização? Reforçar as políticas ao nível regional, através da aproximação das CCDR aos autarcas e às populações. É fundamental que as dinâmicas de desenvolvimento territorial e regional estejam cada vez mais próximas das pessoas, das empresas e dos autarcas. É por isso que a partir do próximo ano as CCDR deixarão de ser nomeadas pelo Governo e passarão a ser eleitas em cada uma delas pelo conjunto dos autarcas de cada uma das regiões, de forma a que respondam perante os autarcas e sirvam efetivamente o desenvolvimento das populações e não sejam um órgão avançado do Estado. O objetivo é aproveitar plenamente os recursos… …os recursos, o potencial e a capacidade de investimento de cada região. Assim, teremos maior eficácia em aproveitar o dinheiro que a União Europeia nos disponibiliza para pôr cada vez mais ao serviço das populações e do seu desenvolvimento no período pós-2020. Temos de pensar no futuro. Apresentamos ao país uma agenda para a década que não se esgota nesta legislatura, pelo contrário, tem uma perspetiva de médio prazo. Temos, felizmente, condições de estabilidade em articulação com outros órgãos de soberania, na capacidade de diálogo com os parceiros sociais, Presidentes de Câmara… O país não pensa agora no conflito e na trica, mas está concentrado em fazer o que falta fazer rumo ao futuro. «As maiores felicidades e um excelente trabalho» A pedra angular da reforma do Estado é a descentralização? E este é o ano para ser feita! No próximo dia 01 de outubro, teremos Eleições Autárquicas e, quando os cidadãos elegerem os novos autarcas, estão a eleger um novo ciclo que começa com novos poderes e novos meios. Esta reforma é para ser feita com todos, com um acordo político muito alargado para que todos possamos servir melhor o poder local democrático ao longo do próximo mandato. Qual o papel das Eleições Autárquicas 2017 para o futuro do país? É uma honra para o PS ter autarcas que servem tão bem as suas pessoas e representam da melhor forma o seu país. Desejo aos autarcas das freguesias de Guimarães as maiores felicidades e um excelente trabalho. Se assim acontecer, vamos trazer para o quotidiano dos nossos cidadãos aquilo que são os grandes valores construídos ao longo da História.

Guimarães teve o mérito e o privilégio de ver inscrito o seu Centro Histórico na Lista de Bens Património Mundial, classificado como Bem único pelo Comité da UNESCO, em 13 de dezembro de 2001. Foi Capital Europeia da Cultura em 2012. É uma cidade de conhecimento, que acolhe um dos polos da Universidade do Minho, Instituição internacionalmente prestigiada que muito contribui para o desenvolvimento da cidade, do concelho e da região. O mundo reconhece o valor do nosso património, do investimento que tem sido feito na cultura, da simpatia das nossas gentes, e, por isso, nos visita com tanta frequência. O património material e imaterial tem contribuído para a formação da identidade da cidade e do concelho. Mas foi sobretudo “Guimarães Capital Europeia da Cultura 2012” que impulsionou o fenómeno da cultura local, deixando marcas na forma como as pessoas vivem e vibram com a vertente cultural. É algo que as aproxima, que as une em torno de uma vivência partilhada. A oferta cultural é elevada e diversificada encontrando-se os espaços onde decorrem os espetáculos frequentemente lotados. Há uma grande adesão e participação dos cidadãos. As pessoas querem fazer parte dos projetos. Assumem-nos como seus. Por outro lado, a qualidade e diversidade dos espetáculos que decorrem nos vários palcos da cidade atraem muitos visitantes. A Autarquia e nomeadamente o seu Presidente tem uma grande preocupação em manter este ambiente cultural atraente, vivo, convidativo, marcante, a envolver as pessoas, a levá-las a desfrutar de excelentes espetáculos culturais, tendo como palco as nossas ruas e as nossas praças, enquanto memórias vivas da nossa história. É vontade do Presidente do Município oferecer aos vimaranenses e às pessoas que nos visitam uma cidade continuamente animada por momentos de música, teatro, dança, poesia…, em locais carregados de história que atraem elevado número de pessoas, mormente aos fins de semana e em épocas convidativas. O nosso legado histórico e as nossas vivências de uma cidade histórica mas moderna e acolhedora quebram a apatia que se vislumbra nos centros de outras cidades. A política cultural do Município, creio bem, também se insere nesta filosofia de pensar a cultura local, de desenvolver um “sentimento de pertença” e uma “identidade partilhada”, como é comum e consensual afirmar-se. Dar vida e alma à cidade é devolvê-la aos cidadãos, é animá-la com as memórias do passado, é levar as pessoas a fruir do património material de mãos dadas com a cultura local nas suas diversas matizes, é oferecer uma cidade dinâmica e de qualidade a quem cá vive e a quem nos visita. Ao mesmo tempo, a ambição cultural leva às periferias espetáculos de qualidade e desenvolve o gosto pela cultura, aproximando-a das pessoas. O projeto ExcentriCidade cumpre este desígnio cultural envolver as pessoas, as instituições culturais, apostar nas “artes performativas “e nas “novas práticas culturais”… É também aqui, penso eu, que as associações culturais têm um espaço onde podem desenvolver projetos, animar o Centro Histórico, surpreender os nossos concidadãos e quem nos visita, como tem dito o Presidente da Câmara, por diversas vezes e em diversos contextos. É desejável que estes projetos cheguem às vilas e aldeias do concelho. É desejável e salutar um espírito de rede entre as associações, de colaboração recíproca, de partilha de palcos e de espaços, de complementaridade. A aposta das associações culturais deverá assentar no desenvolvimento das pessoas. Desta forma, o tecido associativo ficará mais forte e contribuiremos decididamente para que a cultura seja um “motor de desenvolvimento económico-social” do concelho de Guimarães e da identidade das suas gentes. Jorge do Nascimento Silva (Professor)


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OS NOSSOS CANDIDATOS


ÀS FREGUESIAS DO CONCELHO

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ENTREVISTA

JOSÉ MARTINS Há mais de 24 anos ligado à Junta de Freguesia de Creixomil > Dedicou metade dos anos da sua vida à Junta de Freguesia de Creixomil, onde desempenhou funções diversas, desde deputado na Assembleia de Freguesia, vogal e Presidente nos últimos três mandatos ao serviço do Partido Socialista. Fala com «orgulho e prazer» da sua terra de sempre, cujas transformações estão à vista de todos. Como inicia a vida autárquica na Junta de Creixomil? A minha vida autárquica começa em 1993, quando fui convidado para integrar uma lista do PS à Junta de Creixomil e fui eleito deputado na Assembleia de Freguesia. Em 1995, derivado algumas demissões, passei para Presidente da Junta de Freguesia de Creixomil, até 1997. Aí, foi lançado o desafio para ser candidato nas Autárquicas pelo PS à Junta de Creixomil, sendo eleito pela primeira vez, concluindo o mandato até 2001. Depois, voltei a concorrer, mas per-

CRIAÇÃO DE PARQUE DE LAZER NA SENHORA DA LUZ

di essas eleições por 14 votos, permanecendo como vogal na Junta de Freguesia. Em 2005, voltei a recandidatar-me e, até hoje, estou na Junta como Presidente. Assistiu a uma transformação notável na Freguesia? Creixomil transformou-se por completo. Repare que, em 1997, quando assumi a Junta de Freguesia, tínhamos uma secretária com uma pequena mesa onde se reuniam cinco pessoas. A freguesia tinha uma enxada e nada mais, com terrenos cheios de silvas. Tudo foi transformado, não havia sede de junta, os terrenos não estavam pavimentados, faltava saneamento e até eletricidade. Sentíamos a falta de uma Casa Mortuária, sendo necessário as pessoas recorrer a São Lázaro para fazer o luto pelos familiares falecidos. Houve ainda a luta da Variante de Creixomil, além das inúmeras construções que vieram para a freguesia. Creixomil está, hoje em dia, já inserida num contexto urbano? Creixomil é uma freguesia 70% urbana e 30% rural. O paradigma mudou por completo. Basta vermos os exemplos das obras onde nasceram como o Multiusos, Piscinas, Pista de Atletismo Gémeos Castro e ainda o Hospital. Tudo isto eram quintas de

agricultores. Temos ainda a Horta Pedagógica, que nasceu no meio de uma quinta, e um número elevado de urbanizações construídas. Como é que a freguesia acompanhou esta transformação ou progresso? Creixomil passou a ser uma freguesia de serviços. Começa pelo comércio, com a inclusão da Rádio Popular, da Staples e os ‘stands’ que se estendem pela Rua dos Cutileiros, além do Tribunal Judicial de Varas de Competência Mista, o Hospital, as Finanças, o Mercado Municipal, o próprio GuimarãeShopping e ainda o Cemitério Municipal... tudo isto pertence a Creixomil. Por isso, a freguesia passou a ser uma terra de serviços e bastante urbanizada. Do rural, apenas mantém a Quinta da Honra, Quinta do Pinheiro, Quinta de Moucos... Perspetivava este crescimento urbanístico para a freguesia? Quando assumi a presidência da Junta de Freguesia, não estava à espera que tudo acontecesse de uma forma tão rápida. Nasci, cresci e sempre estive em Creixomil. Desde muito novo reparava que os meus amigos, os filhos de pais lavradores, queriam dar o salto e sair da freguesia. Imagine, por exemplo, o que hoje é o Salguei-

REQUALIFICAÇÃO DA SEDE DE JUNTA DE FREGUESIA

ral quando aquela zona era uma só quinta (a Quinta do Salgueiral). Perspetivava, por isso, que íamos assistir a uma grande mudança, mas nunca pensei que acontecesse de uma forma tão rápida. Quais as principais obras que destaca entre as que foram executadas pela Junta de Freguesia? A Casa Mortuária, a requalificação da sede da Junta, a criação do Parque de Lazer na Senhora da Luz, o Parque de São Miguel e a requalificação da rua dos Cutileiros que já iniciou, além das pavimentações de ruas e colocação de jardins. O projeto de requalificação da Rua dos Cutileiros é a obra que falta para finalizar este mandato? Sem dúvida. A rua dos Cutileiros é o centro da freguesia, serve de entrada para a cidade. Aqui, centravam-se as tradições todas de Creixomil, desde as cutelarias às tascas. A obra já está em execução. Este projeto consiste em alargar os passeios, criar zonas pedonais e esplanadas, criar um sentido único para o trânsito e uma recolha de lixo seletiva. Queremos que seja uma ligação muito próxima da cidade, onde levamos Creixomil à cidade ou trazemos a cidade a Creixomil.

CONSTRUÇÃO DA CASA MORTUÁRIA DE CREIXOMIL


Durante estes anos como foram as relações com as instituições da terra? Sempre tive uma boa relação com todas as instituições e apoiei todas sem exceção. Naturalmente, cada instituição tem a sua atividade e o seu projeto, mas sempre tive a preocupação em ajudar todas. Estamos a falar de uma terra muito voltada para o associativismo? É fruto dos jovens de Creixomil serem muito ativos e as coisas nascem com naturalidade, como aconteceu com ‘Os Piratas’, ‘Casa do Povo’, Heróis do Futebol Popular e as Lameiras. O teatro em Guimarães, por exemplo, começou a ser falado na Cruz de Pedra. Uma das coisas que consegui foi juntar todas estas associações em prol do bem comum, desfazendo algumas rivalidades. Isso resultou de um projeto recreativo e social assumido pela Junta de Freguesia designado ‘Noites de Verão’ e conseguimos juntar todas as associações neste projeto. E há o Dia de Creixomil, que se comemora em fevereiro… É outra iniciativa que assumimos em 2001 quando fomos alertados por um cidadão que concluiu, através de uma investigação, que existia um documento que demonstrava que Creixomil faz anos no dia 22 de fevereiro. E desde então, nessa data, comemoramos todos os anos o Dia de Creixomil com a envolvência de todas as associações. Iniciámos ainda o Passeio Sénior, pois sentimos a necessidade de fazer algo pelos nossos idosos. Realizamos o Passeio Sénior que resulta num convívio e passeio ao qual envolvemos a nossa comunidade sénior e onde se sente uma grande alegria em todos. Hoje em dia é possível confirmar estabilidade na Junta de Freguesia? Quando assumi o primeiro mandato (19922001) foi difícil, porque não tinha maioria absoluta e reconheço alguma ingenuidade no acordo político que existiu entre os partidos da oposição, mas sempre manifestei que o mais importante de tudo era trabalhar para Creixomil. Na altura, as condições eram escassas, sem arquivos e sem ficheiros. Entretanto, passei para vogal, cumpri sempre com a Junta e quando voltei a assumir a presidência da Junta de Freguesia as coisas correram sempre pelo melhor, primeiramente com um acordo com a CDU e, depois, com a maioria. Mas todas as votações foram sempre realizadas para bem de Creixomil. Houve sempre uma grande cordialidade com o professor Salgado Almeida e o Adão Martins e trabalhamos muito bem em prol da fregue-

sia, sem nada a apontar. A Junta de Creixomil está estável, não tem qualquer dívida e paga a 30 dias. Criaram fontes próprias de receita para a Freguesia? As fontes de receita que temos resultam da Casa Mortuária, os atestados, a contribuição autárquica, a renda de uma antena que permitimos colocar no Parque da Senhora da Luz, além da receita do IMI. E não temos mais porque uma grande parte das estruturas que temos em Creixomil são geridas pelo Município. Por isso, somos uma freguesia que temos tudo... mas não temos receitas. Em Creixomil existe, por exemplo, o Cemitério Municipal e a oposição chegou a levantar a ideia de criar um novo cemitério na freguesia. Isso é uma utopia, pois esquece-se que os creixomilenses de gema, que estão cá desde sempre, já têm campa no cemitério e é natural que as pessoas que chegaram agora não têm. Além demais, onde é que seria possível arranjar espaço para criar o novo cemitério?

> Defendemos com muito

orgulho o Partido Socialista

Como foi o relacionamento com a Câmara Municipal ao longo destes anos de vida autárquica? Sempre tive um relacionamento cordial. Desde vereadores, funcionários e com os Presidentes António Magalhães e Domingos Bragança sempre tive um bom relacionamento. Só me deslocava à Câmara quando tinha necessidade e utilizei sempre os meios oficiais para comunicar. Como vê o futuro de Creixomil em termos partidários? Temos uma equipa muito boa em Creixomil para dar continuidade ao trabalho que tem sido feito e não tenho dúvidas que vamos ganhar as próximas eleições. Defendemos com muito orgulho o Partido Socialista e, tendo em vista o candidato que se perfila, face ao apoio que sempre recebemos do Dr. Domingos Bragança, tudo se conjuga para mais uma vitória do Partido Socialista na Junta de Creixomil. Já pensou como será a sua vida pública no futuro? Sou empresário e dedico-me à minha vida profissional. No entanto, irei continuar ativo nas associações, como no âmbito social. Irei estar sempre a defender Creixomil e a apoiar naquilo que for necessário.

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OPINIÃO por MANUEL FREITAS MENDES

GUIMARÃES COM DESPORTO PARA TODOS A prática da cultura física é fundamental nas sociedades de hoje, mas nos atletas do desporto adaptado ainda é maior. É uma expressão da sua superação física, da sua afirmação social, da sua força motivacional que lhes transmite legítimo orgulho e auto reconhecimento. Esta afirmação do desporto adaptado em Guimarães, onde deve ser realçada a expressão importante que constitui a participação dos atletas da CERCIGUI em competições nacionais e internacionais, também com títulos alcançados, é apenas uma das componentes da diversificação de modalidades que em Guimarães são nossa prática comum. O número de modalidades em que clubes vimaranenses participam em provas nacionais é elevado. Longe vão os tempos do exclusivo do futebol, apesar de continuarmos a ser um concelho com duas equipas na Liga Profissional e com recentes êxitos que marcam a história e afirmam o nosso orgulho de adeptos. O trabalho diário leva-nos a conquistar novos títulos. Em setembro do ano passado, foi com grande orgulho que, no Centro Cultural Vila Flor, fui homenageado pela conquista da Medalha de Bronze nos Jogos Paralímpicos que decorreram no Rio de Janeiro. Acredito que este êxito será muito estimulante para novas gerações de praticantes de desporto em Guimarães, um concelho eclético, com várias modalidades e que tem já um dos melhores índices de desporto informal do país. Para esta realidade desportiva muito tem contribuído a especial atenção da Câmara de Guimarães liderada por Domingos Bragança. A futura Academia de Ginástica, em construção e que será inaugurada ainda em 2017, o parque de Skates e o parque de patinagem que serão instalados no local das antigas piscinas do Vitória, são exemplo de inovação e de novas respostas para mobilizar novos praticantes. Somos um concelho onde a população gosta imenso de desporto, com rico e abrangente ecletismo, mas não estamos satisfeitos. Continuamos exigentes. Nos próximos anos temos que concretizar novos equipamentos em todo o território concelhio. Com o desporto, também se constrói a coesão territorial. Manuel Freitas Mendes Atleta Paralímpico



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