AGUALVA-CABRITO-BASE DAS LAJES, no Diário Insular

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JORNAL DIÁRIO INSULAR | FUNDADO EM 1946 | Jornal Diário | Terceira - Açores | Ano LXIX | N.º 21546 | PREÇO 0,60 EUROS | DIRECTOR JOSÉ LOURENÇO | www.diarioinsular.com

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Voos baixo custo “em breVe” na terceira [página 05]

DIÁRIO INSULAR

sáB | 11.07.15

NORTE-AMERICANOS PAGAM CABRITO DURANTE DÉCADAS

Força Aérea recebeu 20 milhões de renda

PS/Agualva quer saber qual o uso dado aos milhões de euros recebidos pela Força Aérea Portuguesa pelo arrendamento de 27 hectares no Cabrito, para fins militares da Base das Lajes. [12] TERCEIRA MANTÉM CONDIçõES DA IlhAS DE COESãO

Alargados os programas Estagiar L e T

O Governo Regional decidiu alargar os programas Estagiar L e T em todas as ilhas. A Terceira vai manter os estágios de dois anos, tal como nas ilhas de coesão. [07] ENTREvISTA A CARlOS MElO BENTO

Povoamento inicial determina falares ilhéus Melo Bento aborda em “Origens Geográficas dos Açores” a relação entre o local de origem dos povoadores e as ilhas onde se fixaram com os diferentes falares ilhéus. [02 e 03] PUB.


|12| RegIãO

11.jul.2015 DIÁRIO INSULAR

PS/AGuAlVA QuER SABER QuAl A FINAlIDADE DAS VERBAS ANGARIADAS DuRANTE VÁRIAS DÉCADAS

Força Aérea recebe milhões em renda norte-americana A zona do Cabrito, perto da Agualva, possui instalações militares dos EUA que valeram um total de 25,7M$ à Força Aérea, denuncia o PS/Agualva. A Força Aérea Portuguesa (FAP) recebeu, entre os anos de 2004 e 2012, cerca de 25,7 milhões de dólares pelo “arrendamento” feito pelo Governo norte-americano às instalações dos Cinco Picos, no Cabrito, para lá situar o “Agualva Munitions Storage Annex” da Base das Lajes, onde há quem suspeite que “nos paióis subterrâneos, mesmo que temporariamente”, estiveram armazenadas “armas nucleares”. A denúncia é feita pelo PS/Agualva no âmbito do documento “Dinâmica do Mundo Rural” que estuda o impacto, para aquela freguesia, da redução do contingente militar norte-americano na Base das Lajes e apresenta “um conjunto de 12 ideias que poderão servir de suporte aos vários eixos e medidas constantes no Plano de Revitalização Económica da Ilha Terceira”. O documento adianta mesmo, com base nos dados dos vários “Base Structure Reports” anuais publicados pelo Departamento de Defesa dos EUA que DI confirmou, que “para os cerca de 27 hectares de terreno e infra-estruturas no Cabrito, no ano fiscal de 2004 existiu uma rúbrica de 8.2 $M, em 2008 foi de 8.9 $M, no ano fiscal de 2010 foi de 7.7$M e mais recentemente, em 2012, de 0.9$M, o que totaliza 25,7$M em oito anos fiscais, que correspondem a um valor superior a 20 milhões de euros” recebidos pela FAP. O “Agualva Munitions Annex Lajes Field Return”, assim referido no documento do PS/Agualva, continuou então a ser uma fonte de receitas para a FAP apesar de “estas instalações encontrarem-se desativadas muito antes de 2004”, desde “outubro de 1994”, sendo “do desconhecimento geral a finalidade dessa verba” paga pelos norte-americanos. O documento adianta então ser necessário, por respeito ao direito de conhecimento dos açorianos, “solicitar informação oficial à Força Aérea Portuguesa sobre a finalidade dos

CABRITO Força Aérea Portuguesa recebeu mais de 20 milhões de euros em oito anos fiscais pelas instalações militares PublicidAde

25,7 milhões de dólares imputados ao ‘Agualva Munitions Annex Lajes Field Return’, da ‘Air Force’” e “se estes foram na verdade aplicados, e de que forma, para os fins previstos”. RADIAÇÃO E SECRETISMO

Além do “Agualva Munitions Annex Lajes Field Return”, também existiu durante décadas na freguesia, na Ribeira das Pedras, o U.S. Naval Security Group Activity (NSGA), “sede da Estação Recetora mais sensível do meio do Atlântico” e na qual “poucos tinham o privilégio de entrar”. Incidindo sobre os perigos de radiação a que estiveram sujeitos os cidadãos da freguesia durante décadas, o PS/Agualva adianta mesmo que “agualvenses e antigos trabalhadores que assistiram, recordam ter visto ‘indivíduos com fardas semelhantes às que se usam para retirar o mel das colmeias’” nessas zonas “arrendadas” pelos norte-americanos. Sobre este assunto, o PS/Agualva urge para que haja um estudo para se “perceber se os agualvenses e terceirenses estiveram ou estão permanentemente expostos a radiação” e acrescenta ser necessário envolver o Centro de Oncologia dos Açores no “levantamento dos doentes com cancro” e suas famílias para aferir possíveis relações “de lesões por exposição a radiação”.

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