Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo IPUSP
Relatório de Gestão 2012-2016
Relatório de Gestão 2012-2016
Diretor: Gerson Yukio Tomanari Vice-Diretora: Maria Isabel da Silva Leme
Gerson Yukio Tomanari (Diretor) Maria Isabel da Silva Leme (Vice-Diretora)
Relat처rio de Gest찾o 2012-2016
Instituto de Psicologia da Universidade de S찾o Paulo S찾o Paulo 2016
Reitor
Marco Antonio Zago
Vice-Reitor
Vahan Agopyan
Pró-Reitor de Graduação
Antonio Carlos Hernandes
Pró-Reitor de Pós-Graduação
Carlos Gilberto Carlotti Junior
Pró-Reitor de Pesquisa
José Eduardo Krieger
Pró-Reitor de Cultura e Extensão Universitária
Marcelo de Andrade Romero
Instituto de Psicologia Diretor
Gerson Yukio Tomanari
Vice-Diretora
Maria Isabel da Silva Leme
Chefe do Depto de Psicologia da Aprendizagem, do Desenvolvimento e da Personalidade
Ana Maria Loffredo
Chefe do Depto de Psicologia Clínica
Gilberto Safra
Chefe do Depto de Psicologia Experimental
Emma Otta
Chefe do Depto de Psicologia Social e do Trabalho
Belinda Piltcher Haber Mandelbaum
Presidente da Comissão de Pesquisa
Maria Lívia Tourinho Moretto
Presidente da Comissão de Pós-Graduação
Alessandro de Oliveira dos Santos
Presidente da Comissão de Graduação
Márcia Helena da Silva Melo Bertolla
Presidente da Comissão Coordenadora do Curso de Licenciatura
Mirella Gualtieri
Presidente da Comissão de Cultura e Extensão
Leila Salomão de La Plata Cury Tardivo
Presidente do Comitê de Ética em Pesquisa com Humanos
Helena Rinaldi Rosa
Presidente do Comitê de Ética em Pesquisa com Animais
Christina Joselevitch
Presidente da Comissão de Convênios Nacionais e Internacionais
Christina Joselevitch
Assistência Acadêmica
Cynthia Regina B. Braga Mannini
Assistência Administrativa
Adriana Aparecida Pavaneli
Assistência Financeira
Claudenia Diniz da Silva Lima
Assistência Técnica de Direção
Sonia Regina Pereira Piola Luque
Serviço de Biblioteca e Documentação
Aparecida Angélica Zoqui Paulovic Sabadini
Centro Escola do Instituto de Psicologia
Maria da Conceição Coropos Uvaldo
Catalogação da publicação Biblioteca Dante Moreira Leite Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo Universidade de São Paulo. Instituto de Psicologia Relatório de gestão 2012-2016 -- São Paulo : IPUSP, 2016. 226 p.: il. ISBN: 978-85-86736-66-7 1. Universidade de São Paulo. Instituto de Psicologia 2. Administração pública 3. Relatórios I. Título. LB2321
Sumário Apresentação . ...........................................................................................................................................................9 Sobre o IPUSP..........................................................................................................................................................11
PARTE 1 1. Gestão participativa e eficiência administrativa......................................................15 1.1. Opinião externa .........................................................................................................................................15 1.2. Reestruturações .........................................................................................................................................16 1.3. Valorização dos recursos humanos.............................................................................................20 1.4. Infraestrutura ...............................................................................................................................................21 1.5. Criação e modernização de auditórios.....................................................................................22 1.6. Finanças.............................................................................................................................................................23
2. Transparência.........................................................................................................................................27 2.1. Congregação..................................................................................................................................................27 2.2. Reuniões regulares com alunos ....................................................................................................28 2.3. Comunicação interna .............................................................................................................................28 2.4. Comunicação institucional.................................................................................................................29 2.5. Ouvidoria .........................................................................................................................................................30
3. Fortalecimento acadêmico e institucional....................................................................35 3.1. Internacionalização..................................................................................................................................35 3.2. Incentivo à pesquisa ...............................................................................................................................37 3.3. Reestruturação da Comissão de Pesquisa ............................................................................38 3.4. Ética em pesquisa .....................................................................................................................................39 3.5. Divulgação e difusão científicas.....................................................................................................40 3.6. Valorização da graduação...................................................................................................................41 3.7. Criação do Museu de Psicologia.....................................................................................................42 3.8. Coordenação técnica da Biblioteca Virtual em Saúde - Psicologia (BVS-Psi)........43 3.9. Projeto “A Glette, o Palacete e a Universidade de São Paulo” ................................43 3.10. Pós-Graduação ........................................................................................................................................44 3.11. Professores eméritos...........................................................................................................................46 3.12. Centro de Pesquisa Aplicada em Bem-Estar e Comportamento Humano...........46
6
4. Papel social da universidade pública................................................................................. 49 4.1. Ampliação do acesso ............................................................................................................................. 49 4.2. Criação do Centro Escola do Instituto de Psicologia (CEIP) ..................................... 50 4.3. Cultura e Extensão: inserção na realidade............................................................................. 52 4.4. Impactos na sociedade ....................................................................................................................... 54
PARTE 2 1. Diretoria....................................................................................................................................................................61 2. Vice-Diretoria......................................................................................................................................................75 3. Setores acadêmico-administrativos...........................................................................................81 4. Comissão de Graduação....................................................................................................................... 163 5. Comissão de Pós-Graduação........................................................................................................... 173 6. Comissão de Pesquisa............................................................................................................................ 191 7. Comissão de Cultura e Extensão Universitária............................................................ 201 8. Corpo Discente............................................................................................................................................... 209 9. Servidores Técnico-Administrativos....................................................................................... 217
Apresentação
Relatório de Gestão 2012-2016
T
emos a satisfação de apresentar à comunidade o relatório da gestão da Diretoria do Instituto de Psicologia (IPUSP) no período de 2012 a 2016. É a síntese de um conjunto de ações e conquistas que muito nos orgulha, não apenas pela importância e extensão das realizações, mas, sobretudo, porque foram ações que só puderam acontecer por contarem com a motivação e o compromisso de alunos, docentes e funcionários que acreditaram em nossos valores e partilharam deles com muita dedicação à nossa Instituição. Nesse período de gestão, as relações humanas foram centrais para a vida institucional. Daí decorreram todos os nossos esforços para implementar uma gestão em que a comunidade tivesse sido permanentemente convidada a dialogar e a participar das decisões do Instituto, muitas vezes diretamente, muitas vezes por meio de seus representantes em colegiados ou nas inúmeras comissões que foram constituídas no período. A instituição a que dedicamos grande parte da nossa vida precisa ser igualitária e justa, precisa se apoiar em regramentos claros e coletivamente definidos que evitem arbitrariedades e casuísmos. Somos servidores públicos e devemos honrar as nossas funções e os nossos compromissos sociais. É nossa obrigação atingir eficiência acadêmica, administrativa e financeira, zelando ao máximo pelo bem público. Por meio de constante diálogo e plena transparência de informações, construímos um ambiente sereno, de muita confiança, fértil para o fortalecimento do IPUSP nos aspectos administrativos e acadêmicos, plenamente reconhecidos pela avaliação institucional da Universidade de São Paulo. Ações que visaram a estreitar a interlocução do IPUSP com os órgãos centrais da USP, com as outras Unidades da Universidade e, sobretudo, com a comunidade externa à USP foram perseguidas dia após dia de gestão. O que somos hoje no IPUSP devemos a uma longa trajetória de vida institucional. Agradecemos aos nossos mestres pelas melhores bases intelectuais e institucionais que nos legaram. Foi sobre essas bases que pudemos avançar e estabelecer condições para que novos e promissores passos sejam dados. Desejamos muito sucesso à nova gestão do IPUSP. Gerson Yukio Tomanari (Diretor - 2012 /2016) Maria Isabel da Silva Leme (Vice-diretora 2012/2016)
Seção de Serviços Gerais
Serviço de Apoio Acadêmico
Seção de Veículos
Setor de Manutenção
Setor de Segurança
Serviço de Expediente, Arquivo e Prot.
Serviço de Pessoal
Assistência Administrativa
Serviço de PósGraduação
Serviço de Graduação
Assistência Acadêmica
INSTITUTO DE PSICOLOGIA ORGANOGRAMA
Seção de Licitação e Contratos
Seção de Convênios e Contratos
Serviço de Tesouraria
Serviço de Contabilidade
Serviço de Materiais
Assistência Financeira
Setor de Disseminação Científica
Seção de Preservação Histórica
Setor de Base de Dados
Seção de Biblioteca Virtual
Seção de Acesso à Informação
Setor de Aquisição e Intercâmbio
Seção de Tratamento da Informação
Seção Técnica de Informática
Assistência Técnica de Direção
Serviço de Biblioteca e Documentação
DIRETORIA
Serviço de Apoio Institucional
Serviço de Atendimento Psicológico
PST
PSE
PSC
PSA
Sobre o IPUSP
O
IPUSP tem como missão formar profissionais comprometidos com as realidades social, econômica e ambiental do país, que possam desempenhar papel de liderança e inovação na geração e disseminação de conhecimento, produção científica de ponta e alto padrão de atendimento à comunidade, visando à melhoria da qualidade de vida do ser humano, por vezes atuando em políticas públicas em saúde e educação. Sua proposta educacional, marcada pela pluralidade epistemológica, é caracterizada por projetos pedagógicos historicamente consolidados, intrinsecamente vinculados à produção de conhecimento e à formação de recursos humanos para o país. Visa a formar psicólogos com nível de excelência, habilitados para a atuação profissional e capazes de desenvolver ações de prevenção, promoção, proteção e reabilitação da saúde psicológica e psicossocial ancoradas numa perspectiva científica e ética, atendendo as demandas sociais da realidade brasileira. O Instituto de Psicologia da USP (IPUSP) foi criado pelo Decreto Estadual nº 52.326 de 1969 – 12 anos depois do curso de Psicologia – e entrou em funcionamento em 1970. Em uma área total de 13.770 m2, organiza-se em quatro departamentos: Psicologia da Aprendizagem, do Desenvolvimento e da Personalidade; Psicologia Clínica; Psicologia Experimental; e Psicologia Social e do Trabalho; além da Biblioteca Dante Moreira Leite e do Centro Escola do Instituto de Psicologia (CEIP). Oferece três modalidades de graduação: bacharelado, licenciatura e formação de psicólogo. E possui cinco programas de Pós-Graduação: Psicologia Escolar; Psicologia Experimental; Psicologia Clínica; Psicologia Social e do Trabalho; e Neurociências e Comportamento. Fazem parte da do IPUSP atualmente 407 alunos de graduação, 569 alunos de pós-graduação, 60 pós-doutorandos, 88 docentes e 157 servidores técnico-administrativos.
A Grande Onda de Kanagawa Katsushika Hokusai,1830
15
1. GESTÃO PARTICIPATIVA E EFICIÊNCIA ADMINISTRATIVA Um dos princípios que guiou a gestão do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IPUSP) no período de 2012 a 2016 foi o da participação da comunidade nas decisões da Diretoria. No modelo de gestão participativa que foi consolidado, a tomada mais democrática de decisões e a real colaboração entre os diversos setores, tanto administrativos como acadêmicos, que compõem o IPUSP, levaram a melhorias de eficiência.
1.1. Opinião externa O relatório da Comissão Permanente de Avaliação da USP para o período de 2010 a 2014 elogia o modelo de gestão participativa do IPUSP. Segundo o texto, as metas da gestão e os procedimentos adotados para atingi-las têm sido “amplamente discutidos”, o que gera “benefícios evidentes” para o funcionamento eficiente da Unidade: melhor identificação de problemas, que são resolvidos com agilidade e eficácia, muitas vezes a partir de iniciativas inovadoras.
“A busca permanente para ampliar a participação da comunidade interna nos processos de discussão e tomada de decisões tem gerado efeitos positivos no funcionamento acadêmico e administrativo.” CPA/USP, Relatório 2010-2014
Em relação à gestão, a CPA destaca, nas palavras da Profa. Dra. Marilza Cunha Rudge, Vice-Reitora da Universidade Estadual Paulista: 99 A institucionalização da gestão participativa, com engajamento da comunidade interna. 99 A transparência nas informações. 99 Procedimentos claros, divulgados a toda a comunidade para o funcionamento eficiente, justo e igualitário dos processos internos. 99 O Conselho Gestor e seu caráter articulador e propositivo. 99 O Conselho Acadêmico, fundamental para a troca de informações entre os colegiados acadêmicos, permitindo que a sintonia entre eles leve, cada vez mais, à elaboração de políticas mais claras e eficientes. 99 A priorização do contato com a comunidade externa, com a consolidação e ampliação dos serviços psicológicos, dos serviços de biblioteca e documentação, da organização de eventos e da difusão dos conhecimentos produzidos pelo Instituto para as comunidades acadêmica e não acadêmica. 99 A avaliação positiva das iniciativas por parte dos diversos representantes do IPUSP ouvidos pela Comissão.
16
1.2. Reestruturações “Os representantes discentes da graduação na Congregação puderam participar de discussões e votações importantes para o Instituto, como a votação (que resultou favorável em consenso) pela instauração do curso noturno de Psicologia.”
O IPUSP estimulou a participação direta na gestão, com a realização de plenárias e reuniões abertas a toda a comunidade interna. Apesar do caráter não deliberativo, esses encontros nortearam e alimentaram a discussão colegiada, principalmente nas reuniões da Congregação.
A institucionalização da gestão participativa se deu também com o favorecimento da participação indireta, o que só foi possível com reestruturações organizacionais. Assim, foram criados novos órgãos que permitem e estimulam o intercâmbio de inRepresentantes Discentes formações, a troca de ideias, a democratização das decisões e da Graduação e Centro Acadêmico Iara Iavelberg. uma maior representatividade dos diversos setores do IPUSP. Além disso, o Conselho Técnico Administrativo (CTA) foi ampliado, tanto em representatividade quanto em termos das funções que deve exercer.
1.2.1 Ampliação do CTA A partir de outubro de 2015, o Conselho Técnico Administrativo (CTA) passou a ter uma composição ampliada. Como uma das principais ferramentas da gestão participativa, foi instituída uma alteração no artigo 6º do Regimento do Instituto de Psicologia – alteração esta aprovada pela Congregação e pelo Conselho Universitário – e o CTA deu voz a setores que antes “A incorporação de uma não estavam representados: o corpo discente de pós-graduação, cadeira para represeno Centro Escola do Instituto de Psicologia (CEIP) e o Serviço de tante da pós-graduação no CTA mostrou-se imBiblioteca e Documentação Dante Moreira Leite. portante para o coletivo de estudantes, que incluiu no debate a cessão de uma sala que fosse um ambiente de trabalho e reunião exclusivo para o corpo discente da pós.” Representantes Discentes da Pós-Graduação
Nova composição do CTA: 99Diretor 99Vice-Diretor 99Chefes de Departamentos (PSA, PSC, PSE e PST) 99Representante discente da graduação 99Representante discente da pós-graduação 99Coordenador executivo do Centro Escola do Instituto de Psicologia 99Chefe do Serviço de Biblioteca e Documentação Dante Moreira Leite 99Representante dos servidores técnico-administrativos
17
1.2.2. Criação do Conselho Acadêmico O Conselho Acadêmico foi instituído no início de 2015 para atuar como instância de pactuação e troca de informações entre as diversas comissões acadêmicas do IPUSP. Seu grande objetivo é constituir um fórum em que as comissões acadêmicas, estatutárias e não estatutárias, possam discutir e propor projetos acadêmicos à Congregação do IPUSP, além de analisar e aperfeiçoar permanentemente o funcionamento das atividades acadêmicas em andamento. De 23 de fevereiro de 2015 (quando ocorreu sua primeira reunião) até abril de 2016, o Conselho Acadêmico reuniu-se oito vezes. O regulamento para o Programa de Pós-Doutorado do IPUSP foi seu primeiro produto; apresentado na 449ª sessão da Congregação, em 22 de fevereiro de 2016, recebeu aprovação unânime dos congregados. O Conselho Acadêmico também promoveu o Programa de Monitoria de Graduação, e iniciou a atualização e/ou elaboração dos regulamentos internos das Comissões Acadêmicas do Instituto. Composição do Conselho Acadêmico: 99 Diretor 99 Vice-Diretor 99 Representantes das Comissões Acadêmicas (Graduação; Pós-Graduação; Pesquisa; Cultura e Extensão; Comitês de Ética; Licenciatura; e CCNInt) 99 Representantes discentes da graduação e pós-graduação 99 Representantes dos funcionários 99 Apoio: Assistência Acadêmica e Serviço de Apoio Acadêmico
1.2.3. Criação do Comitê Gestor O Comitê Gestor foi criado para que todos os setores de apoio à Direção trabalhem juntos no planejamento e desenvolvimento das questões fundamentalmente administrativas do IPUSP. Em reuniões mensais, as ações e metas são amplamente discutidas para que as decisões sejam eficientes, em termos tanto financeiros (com o uso racional do dinheiro público) como de funcionamento institucional. Raras ou inexistentes são as decisões administrativas que não envolvam mais de um setor do IPUSP. No Comitê Gestor, todos sentam-se à mesa para compartilhar informações, tomar decisões, planejar e avaliar ações.
“O trabalho conjunto do Comitê Gestor foi muito produtivo e proporcionou o interesse de todas as áreas, promovendo discussões e trocas permanentes de ideias com a administração.” Assistência Administrativa
O trabalho colaborativo do Comitê Gestor resultou no Plano de Metas Administrativo, subdividido em planejamento administrativo institucional, gestão de re-
18
cursos humanos e planejamento urbano. Além disso, o Comitê produziu manuais das áreas administrativa e financeira, entre outros, a fim de instruir os funcionários sobre a realização de procedimentos conforme a legislação vigente.
1.2.4. Criação da Comissão Assessora de Recursos Humanos Outra mudança aprovada pelo modelo participativo foi em relação aos servidores do IPUSP. Com a criação da Comissão Assessora de RH, demandada pelos próprios funcionários, buscou-se promover a abordagem colaborativa no diagnóstico e na solução de problemas envolvendo servidores da Unidade. Com isso, a Administração de Recursos Humanos do Instituto ganhou uma ferramenta participativa para promover o cuidado com as condições de trabalho dos funcionários.
1.2.5. Criação do Núcleo de Publicações do IPUSP O Núcleo de Publicações do IPUSP foi instituído em setembro de 2012 como grupo assessor da Diretoria, da Congregação e do Conselho Técnico Administrativo (CTA). De caráter não deliberativo, ele congrega os editores de todas as publicações periódicas do Instituto. Seu objetivo maior é racionalizar a administração dos periódicos, por meio de um melhor gerenciamento de seus recursos financeiros e humanos. Isso tem sido feito em reuniões mensais, a partir da análise conjunta de questões como planejamento, política editorial e práticas de publicação. Entre 2012 e 2015, foram realizados dez procesConvidados do Núcleo de Publicações sos licitatórios (pregões) para serviços como Antônio Virgílio Bastos, professor de Psicologia redação, impressão, encadernação, digitalizaOrganizacional e do Trabalho da Universidade Federal ção e marcação, sempre em cumprimento às da Bahia e coordenador da Área de Psicologia da CAPES. Falou sobre o “Papel das publicações científicas normas de uso dos recursos financeiros. no futuro da pós-graduação no Brasil”. André do Nascimento Serradas, bibliotecário chefe da Seção de Apoio ao Credenciamento de Revistas USP, do Departamento Técnico do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP (SIBI), e membro da Comissão de Credenciamento do Programa de Apoio às Publicações Científicas Periódicas da USP. Esclareceu dúvidas sobre políticas de utilização de verbas e editoração na USP; assessorou o planejamento e análise de convênios entre o IPUSP e periódicos de outras instituições acadêmicas e científicas.
Além do desenvolvimento dos periódicos existentes, a criação e a reativação de outras publicações também estão na pauta. Ao Núcleo compete, ainda, analisar e avaliar as solicitações de uso do International Standard Book Number (ISBN) do IPUSP, o que confere agilidade, precisão e clareza na certificação das publicações produzidas por docentes e alunos.
19
Composição do Núcleo de Publicações do IPUSP: 99 Diretor 99 Editores das publicações: o Psicologia USP
o Estilos da Clínica
o Cadernos de Psicologia Social do Trabalho o Transformações (alunos) o psico.usp
99 Docentes que integram o corpo editorial dos demais periódicos do IPUSP 99 Docentes do IPUSP indicados pela Congregação 99 Representante da Biblioteca Dante Moreira Leite 99 Assistência Técnica de Direção, representando a Comissão Assessora de Eventos e Publicações, a quem cabe a coordenação do Núcleo.
1.2.6. Criação da Comissão Assessora de Eventos e Publicações (CAEP) Criada em outubro de 2013, a Comissão Assessora de Eventos e Publicações (CAEP) é coordenada pela Assistência Técnica de Direção e conta com dois funcionários técnico-administrativos. Suas atividades são realizadas em constante interlocução e colaboração com docentes, alunos, Assistências da Direção, Seção Técnica de Informática e Serviço de Apoio Institucional. A CAEP centraliza as demandas dos eventos realizados nas dependências do IPUSP – Auditório Carolina Bori e Auditório Aurora Furtado –, dando suporte mais
VII Congresso Interno do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
20
eficaz a docentes, alunos e funcionários na organização e coordenação de eventos acadêmico-científicos e institucionais. Também lhe compete auxiliar o Núcleo de Publicações, coordenando a parte operacional referente às políticas editoriais dos periódicos do IPUSP, assim como, a critério da Direção do Instituto, elaborar e organizar publicações institucionais (como o e-book em homenagem ao Professor Emérito Walter Hugo de Andrade Cunha, a ser lançado em maio de 2016). No período de janeiro de 2014 a março de 2016, foram realizados mais de 350 eventos no IPUSP. Entre as ações da CAEP, estão: serviços técnicos de audiovisual; criação de cartazes e banners; elaboração de anais; implantação de sistema de inscrições on-line; listas de presença; emissão de certificados eletrônicos (com certificação da USP). A Comissão também é responsável por administrar os auditórios, bem como avaliar e propor as adequações necessárias em termos de espaço físico, equipamentos e mobiliário.
1.3. Valorização dos Recursos Humanos A gestão participativa, por si só, é uma grande promotora da valorização das pessoas que trabalham no Instituto de Psicologia da USP. Além disso, a Assistência Administrativa, agora com o apoio colaborativo da Comissão Assessora de Recursos Humanos (ver item 1.2.4. Criação da Comissão Assessora de RH), promoveu mudanças nesse sentido: Comissão de Treinamento e Capacitação de Funcionários Instituída em abril de 2013, a comissão estabeleceu uma política institucional de concessão de verbas para treinamento dos funcionários do IPUSP, por meio da Portaria 40, publicada em 16 de julho de 2013.
99 Instituição de mensagem de boas-vindas aos funcionários novos, e de mensagem de agradecimento e homenagem aos que se aposentaram ou saíram. 99 Reorganização envolvendo transferências de servidores e mudanças de local de trabalho para que as necessidades da instituição fossem mais bem atendidas. 99 Revisão de procedimentos em prol do melhor funcionamento do Instituto, para que os servidores tenham seus direitos preservados e seus deveres, cumpridos.
Já a Assistência Técnica da Direção coordenou a elaboração do Plano de Requerimento Institucional para o Aumento de Vagas de Docentes e o Plano de Expansão de Vagas de Funcionários Técnico-Administrativos para o período de 2012 a 2014. Os dois planos foram resultado de um processo colaborativo, que envolveu a Direção, os
21 Departamentos (PSA, PSC, PSE e PST), as Assistências, as Comissões Acadêmicas e os Setores Administrativos. Por fim, os planos foram aprovados pelo Conselho Técnico Administrativo (CTA) por unanimidade. A partir de análises e discussões conjuntas, otimizaram-se os recursos humanos já existentes e estabeleceram-se prioridades para a abertura de vagas. Assim, a ampliação se deu de forma realista, respeitando as necessidades específicas do Instituto e as diretrizes da USP.
1.4. Infraestrutura O bom funcionamento administrativo e a eficiência financeira do IPUSP também dependem de sua infraestrutura. O planejamento, definido com ampla participação, possibilitou diversas melhorias em 2015 e início de 2016: 99 Reforma dos banheiros dos Blocos A e B. 99 Colocação de forros no interior do Bloco B. 99 Retirada dos anteparos nas janelas do Bloco B. 99 Reforma dos balcões de atendimento nos Blocos D e F, atendendo à legislação vigente. 99 Manutenção de para-raios (Projeto IEE). 99 Reforma dos telhados dos Blocos B e D. DD Reforma do Biotério. DD Construção de auditório e sala de reuniões do Museu de Psicologia.
Sala de aula reformada no Bloco Didático
22
DD Compra e instalação das portas dos Blocos A e C. DD Reforma da Sala 12 do Bloco G (Comissão de Pesquisa). DD Troca do piso da copa do Bloco F. DD Criação da sala de alunos de pós-graduação (Bloco G, piso térreo). DD Criação do miniauditório para defesas e teses (Sala 18, Bloco G). O Plano de Metas também estabeleceu ações para os próximos anos, dentro das possibilidades financeiras do IPUSP: 99 Reforma dos telhados dos blocos: A, C, F e G. 99 Pintura de todos os Blocos do IPUSP. 99 Ampliação dos blocos B e C. 99 Reforma do forro do Bloco D. 99 Projeto de reurbanização do IPUSP. 99 Troca e reestruturação do telhado do corredor principal. 99 Ampliação da cobertura entre o corredor principal e os Blocos G e F, e entre o Bloco D e o estacionamento. 99 Reforma da parte elétrica dos Blocos A, D e F. 99 Reforma do sistema de para-raios.
1.5. Criação e modernização de auditórios Auditórios foram criados (a Sala 18, no Bloco G, e o Auditório Maria Amelia Matos, na Biblioteca) e outros foram equipados para eventos, aulas, conferências, defesas de dissertações e teses. Três novos equipamentos de videoconferência foram adquiridos – além da doação de um aparelho pela Pró-Reitoria de Graduação –, destinados aos auditórios Carolina Bori, Aurora Furtado e Maria Amélia Matos e ao auditório do Departamento de Psicologia Clínica. A transmissão de eventos e reuniões em tempo real pelo IPTV foi um recurso incentivado e utilizado cada vez mais.
Auditório Aurora Furtado, que recebeu equipamento de videoconferência
23
1.6. Finanças A gestão participativa resultou na definição de novos procedimentos fundamentais para a gestão financeira eficiente, transparente e igualitária do IPUSP. O Conselho Técnico Acadêmico (CTA) passou a analisar anualmente as Diretrizes Orçamentárias da Universidade e tornou-se responsável pelo planejamento do orçamento do Instituto, definindo as prioridades nos gastos. Também a execução orçamentária passou a ser acompanhada de perto pelo CTA, com a análise mensal por parte de seus membros. Procedimentos mais eficientes para realização de despesas na Unidade – tais como verbas de treinamento de funcionários, requisições de compras e almoxarifado, pagamento de diárias e passagens, entre outras – foram estabelecidos com clareza. A regulamentação dos novos procedimentos foi publicada nas seguintes Portarias: 06/2016 (sobre requisições de compras e contratação de serviços); 08/2016 (requisições de almoxarifado); e 50/2016 (pagamento de auxílios financeiros). Os processos de pagamento de monitorias, bolsas e pró-labore foram reorganizados. Com a exclusão de etapas burocráticas desnecessárias e a simplificação dos fluxos, os pagamentos ficaram mais rápidos e transparentes.
1.6.1. Controle de gastos Em 2014, a Universidade de São Paulo entrou em um período de rígido controle de gastos e, por isso, adotou uma série de medidas emergenciais que tiveram impacto direto e imediato na gestão do Instituto de Psicologia. Essas medidas incluíram uma redução de 35% no orçamento em relação ao ano anterior e o cancelamento das verbas contingenciadas do Grupo de Projetos Especiais. Diante dessa realidade, o Conselho Técnico Administrativo (CTA) decidiu priorizar, em 2014, a execução de despesas essenciais para o funcionamento do IPUSP. Entre as ações adotadas, houve a redução da equipe de serviços terceirizados e o uso da videoconferência nas defesas de dissertações e teses (ver item 1.4. Infraestrutura) para corte de custos com passagens aéreas e hospedagem de professores convidados. Em 2015, a austeridade financeira prosseguiu. O IPUSP, então, cancelou pregões que estavam no cronograma – por exemplo, o da construção da cabine acústica para o Auditório Carolina Bori. Para 2016, o CTA decidiu por unanimidade interromper o pagamento de pró-labore a participantes de bancas de mestrado e doutorado. Graças às alternativas encontradas, sempre com a colaboração de alunos, docentes e funcionários, o Instituto conseguiu equalizar os recursos do orçamento e das despesas de modo a preservar suas atividades.
24
Pessoas que atravessam uma ponte em arco (Ariwara-no Narihira) Katsushika Hokusai, 1835-36
27
2. TRANSPARÊNCIA O princípio da transparência é inerente ao conceito de gestão participativa e, por isso, fundamentou a gestão 2012-2016 do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IPUSP). Coincidentemente, essa diretriz correspondeu a uma nova exigência legal: a Lei 12.527, que entrou em vigor em maio de 2012 e regulamenta o direito de todo cidadão ao “A transparência acesso à informação pública. fortaleceu as relações e provocou naturalmente a participação da comunidade nas ações administrativas.”
Ao longo desses quatro anos, a transparência – acadêmica, administrativa e financeira – foi materializada em uma série de ações práticas, visando não só a aumentar o acesso às informações, como também a torná-las mais compreensíveis. Assim, novas ferramentas de comunicação foram criadas, o website do IPUSP foi reformulado para que mais informações sejam publicadas na internet e o diálogo entre os vários setores do Instituto tem sido estimulado.
2.1. Congregação Enquanto colegiado máximo do IPUSP, a Congregação e suas decisões são cruciais na implantação da transparência. Entre 2012 e 2014, as reuniões da Congregação tornaram-se mais frequentes (ver tabela ao lado). Além disso, as sessões da Congregação agora devem ser gravadas e transmitidas, desde que haja possibilidade técnica, pelo Internet Protocol Television (IPTV), de acordo a Portaria 04/2016. A fim de reforçar ainda mais a transparência no colegiado, a Assistência Acadêmica empenhou-se em tornar seu funcionamento compreensível a todos e, em conjunto com o então representante discente da graduação, elaborou o Manual do Congregado.
Assistência Administrativa
A Congregação teve uma agenda mais intensa de reuniões ordinárias e extraordinárias: Período
Número de reuniões Ordinárias
Extraordinárias
Maio a dezembro 2012
5
1
Janeiro a dezembro 2013
10
4
Janeiro a dezembro 2014*
9
-
Janeiro a dezembro 2015
10**
Janeiro a abril 2016
4**
*Ano com paralisação, devido à greve na USP **Incluindo uma sessão solene para entrega de título de Professor Emérito
28 2.2. Reuniões regulares com alunos A comunicação direta com o corpo discente mostrou-se imprescindível para que a gestão atuasse aberta e colaborativamente. Assim, foi estabelecida uma agenda regular de reuniões com os alunos da graduação e da pós-graduação, nas quais a gestão pôde compreender melhor suas reivindicações e melhorar sua relação com eles. Os resultados do diálogo aberto entre alunos e administração foram automáticos: mudanças no funcionamento do bloco de aulas e conservação do patrimônio do IPUSP; melhoria na relação dos alunos com a equipe de vigilância; e criação da horta dos alunos; entre outros.
2.3. Comunicação interna 2.3.1. IPComunica O principal veículo de comunicação do Instituto é o e-mail institucional IPComunica (ipcomunica@usp.br). Durante a gestão, ele foi usado como importante ferramenta de transparência, divulgando constantemente à comunidade interna e externa, bem como aos meios de comunicação social, as informações acadêmicas, administrativas, sociais e culturais do IPUSP. Dada sua relevância, foi criada uma portaria que normatiza a difusão de mensagens pelo ipcomunica@ups.br, a ser analisada e aprovada pelo Conselho Técnico Acadêmico (CTA).
2.3.2. Zeladoria do IP Foi criado pela Assistência Administrativa o e-mail Zeladoria do IP, que tem sido um canal para direcionamento de reclamações, críticas, sugestões e elogios à administração. Essa ferramenta tem ajudado o setor a conhecer mais profundamente os problemas enfrentados por alunos, docentes e funcionários, o que possibilita soluções mais ágeis e efetivas.
2.3.3. Murais digitais O Serviço de Apoio Institucional incluiu murais digitais em seu plano de comunicação em 2011. A ferramenta tecnológica, que utiliza o software Ximbo e é administrada via internet, permite maior flexibilidade e rapidez na comunicação direta com todo o público interno. Mural Digital instalado na entrada do Bloco G
29
Em 2015, quando foi implantado um projeto de expansão dos murais digitais, outros três aparelhos foram instalados nos Blocos A, B e F e estão em vias de entrar em funcionamento. Com isso, totalizam-se cinco aparelhos, que fortalecem ainda mais a comunicação e a transparência no IPUSP.
2.3.4. Dante Comunica A Biblioteca Dante Moreira Leite também teve participação ativa na construção da transparência, com a publicação de informações (tais como novas aquisições e agenda de eventos) no site e nas redes sociais da entidade na internet. E, a fim de aprimorar ainda mais sua comunicação, a Biblioteca criou, em abril de 2015, o Dante Comunica, que passou a centralizar os comunicados enviados a seus funcionários.
2.4. Comunicação institucional 2.4.1. Site Está em andamento a reformulação do site do IPUSP na internet. Esse trabalho colaborativo conta com a participação de diversos setores (Assistência Administrativa, Serviço de Apoio Institucional/IP Comunica e Seção Técnica de Informática). O site adotará um novo conceito, posto que trará uma interface visual clara e confortável construída para facilitar o acesso às informações pela sociedade como um todo, sem deixar de lado os ambientes direcionados ao público acadêmico interno.
2.4.2. Facebook O Facebook é um veículo cada vez mais importante de comunicação e não foi ignorado pelo IPUSP, que ganhou sua página oficial (fanpage) em março de 2014: facebook.com/IPUSP. Layout criado para o novo site do IPUSP
30
Administrada pelo setor de comunicação do Serviço de Apoio Institucional, a página é voltada para alunos de graduação e pós-graduação, professores e instituições de ensino (da USP e de outras instituições), bem como para jornalistas e o público geral. O conteúdo inclui avisos, lançamentos, agenda e cobertura de eventos, matérias da imprensa na área de psicologia, entrevistas e citações de professores em artigos e reportagens, blogs de professores etc. A presença no Facebook permite, ainda, que o IP Comunica monitore a internet, identificando as menções ao IPUSP, a seus alunos e a seus professores. Curtidas no Facebook: Período
Número de curtidas
2014
10.018
2015
15.021
2016*
16.308
*Até 21 de março de 2016
O Facebook tem se mostrado uma rede social de grande alcance. Até março de 2016, a página do IPUSP já ultrapassava a marca de 16 mil “curtidas”. A maioria dos “fãs” está no Brasil, mas países como Peru, Angola, Portugal, Estados Unidos, Colômbia, Argentina, México, Chile e Espanha também figuram entre as pessoas que curtiram a página.
2.4.3. Assessoria de imprensa A assessoria de imprensa do IPUSP, coordenada e realizada pelo Apoio Institucional, atua na divulgação acadêmica e científica do IPUSP a fim de alavancar a relevância do Instituto e favorecer suas relações com a sociedade. Além de divulgar os avanços nas pesquisas do IPUSP, o serviço faz a ponte entre jornalistas e professores, técnicos e pesquisadores de graduação, pós-graduação, cultura e extensão – que, tornando-se referência em diversos assuntos tratados pela imprensa, elevam a importância acadêmica e social do Instituto. Em média, são realizados 60 atendimentos à imprensa por mês. Com o objetivo de facilitar e agilizar esses atendimentos, o IP Comunica alimenta constantemente um banco de dados de pesquisadores e professores. Em março de 2016, havia 958 nomes/ contatos cadastrados.
2.5 Ouvidoria A Ouvidoria, um canal independente de resolução de problemas, tem o intuito de promover a harmonia e a transparência no IPUSP. Exercendo a função entre 2013 e 2016, o ouvidor Yves de La Taille vivenciou uma série de dificuldades e buscou mitigá-las com ações e propostas. A primeira ação foi criar, já em 2013, uma página específica para a Ouvidoria no site do Instituto na internet, que deixa mais claras as reais funções do canal e informa como o usuário deve proceder. Em 2014, foi criado o canal “Fale Conosco” no site, como tentati-
31
va de reduzir os contatos para informações gerais que chegam indevidamente à Ouvidoria. A fim de propiciar os atendimentos presenciais, foi destinada à Ouvidoria uma sala na Biblioteca. Apesar de todos os esforços, La Taille avalia que a Ouvidoria ainda não faz parte da cultura do IPUSP. Em vista dessa realidade, mudanças começaram a ser esboçadas no início de 2015 pelo próprio ouvidor e por representantes discentes. Entre as propostas, estão: 99 Maior divulgação da existência e do papel da Ouvidoria para a comunidade interna. 99 Possibilitar que a Ouvidoria seja a primeira instância acionada em determinados casos (atualmente, é a última instância para resolução de problemas, o que não favorece a harmonia entre os membros do IPUSP). 99 Atribuir um papel mais ativo à Ouvidoria, que pode propor atividades atinentes a temas relevantes para a comunidade do Instituto. 99 Criação de um conselho multidisciplinar, cuja composição deve ser renovada a cada dois anos, para assessorar o ouvidor na resolução de problemas.
33
The Katakura Tea Plantation in Suruga Province Katsushira Hokusai, 1830-33
34
35
3. FORTALECIMENTO ACADÊMICO E INSTITUCIONAL A gestão 2012-2016 trabalhou com a meta de fortalecer o Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IPUSP) como uma das mais relevantes instituições acadêmicas e científicas na área de Psicologia. Segundo parecer da Comissão Externa, assinado por Ana Maria Jacó-Vilela, Professora Associada da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Jean-Émile Gombert, Professor da Universidade de Rennes, e Oswaldo Hajime Yamamoto, Professor Titular da Universidade Federal do Rio Grande do Norte: “A comissão destaca e reconhece o lugar ímpar que o Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IPUSP) ocupa na história e no cenário da Psicologia brasileira. As metas traçadas são compatíveis com a missão institucional e perfeitamente contempladas no período objeto desta avaliação. O expressivo número de intercâmbios interinstitucionais mantidos pelo IPUSP, adicionado aos esforços visando incrementar a internacionalização que estão sendo empreendidos nos últimos anos, progressivamente o colocam como uma referência de qualidade no âmbito nacional e internacional. Tal destaque se deve à qualidade das diversas atividades acadêmicas desenvolvidas pelo IPUSP, a saber o ensino graduado e pós-graduado, o trabalho de pesquisa e os serviços que são ofertados à sociedade”.
3.1. Internacionalização 3.1.1. CCNInt A Comissão de Cooperação Nacional e Internacional (CCNInt) foi criada em 2008 com o objetivo de implementar a política de internacionalização da Reitoria da USP. Por meio dessa comissão, o IPUSP tem trabalhado para estabelecer convênios acadêmicos com outras instituições que institucioO trabalho da CCNInt nalizem a mobilidade e a colaboração internacionais. levou a um aumento de 50% na mobilidade
estudantil de graduação A CCNInt empenhou-se principalmente nas iniciativas voltadas ao entre 2008 e 2016. incremento da mobilidade internacional discente de graduação, como seminários de apresentação da Comissão e suas atividades a alunos de graduação brasileiros e estrangeiros, a tutoria dos estudantes estrangeiros no Brasil e o estabelecimento de convênios de cooperação acadêmica que permitam mobilidade.
3.1.2. Mobilidade discente na graduação Entre maio de 2012 e dezembro de 2015, o IPUSP enviou 84 alunos brasileiros ao exterior. Destes, 76 viajaram por meio de convênios – sendo que a maioria (41) foi por convênios firmados durante a gestão 2012-2016. Os outros oito estudantes foram para o exterior por iniciativas individuais.
36
nária da s, funcio e a P . A a Dalva SP junto ternacional U IP o n eiros ção In s estrang uipe de Coopera Estudante eq
Os diferentes programas de bolsas (como bolsa-mérito USP e Santander) beneficiaram 51% dos graduandos brasileiros que viajaram para fora. Também foram recebidos estudantes estrangeiros de graduação: 84 (25 via convênios e 59 por iniciativas individuais) para semestre acadêmico; 19 para estágio de pesquisa (30% deles via convênio, 70% por iniciativas individuais e com financiamento externo); e outros quatro para cursar a graduação no IPUSP pelo Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G), inciativa do Ministério da Educação que oferece formação superior a estrangeiros de países em desenvolvimento.
3.1.3. Mobilidade discente na pós-graduação Entre maio de 2012 e dezembro de 2015, 23 alunos estrangeiros iniciaram pós-graduação no IPUSP, 87% com bolsas de agências nacionais de financiamento; mais da metade deles é da América do Sul. Três estudantes do IPUSP concluíram dupla-titulação no exterior (dois na França e um na Austrália), e outros dez estão com a dupla-titulação em andamento (todos na Europa). Quanto aos estágios-sanduíche no exterior, 43 estudantes de pós-graduação e sete pós-doutores realizaram atividades de pesquisa em instituições estrangeiras, 80% com financiamento de agências nacionais. A maior parte desses estágios foi realizada na Europa e América do Norte.
37
3.1.4. Mobilidade docente O IPUSP recebeu, entre maio de 2012 e dezembro de 2015, 142 docentes dos seguintes países: França (25%), Itália (20%), Estados Unidos (18%) e Portugal (12%). Esses docentes ministraram 70 disciplinas de pós-graduação, além de participar em 99 atividades relacionadas à pesquisa, como reuniões de colaboração, palestras e congressos. Os docentes do IPUSP realizaram, no mesmo período, 169 visitas ao exterior.
3.1.5. Publicações internacionais Em 2013, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) aprovou o projeto “Internacionalização da Produção em Pesquisa do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo: Apoio à Publicação em Periódicos de Grande Impacto e Seletiva Política Editorial”, destinando recursos para a tradução de artigos científicos a serem submetidos a revistas internacionais. 71% dos artigos do A execução do projeto de internacionalização contou com o apoio da Biblioteca Dante Moreira Leite, que avaliou a normalização – que é o primeiro item avaliado para aceitação dos textos em publicações internacionais – de 53 manuscritos encaminhados pela Comissão de Pesquisa entre 2014 e março de 2016.
PPG-PSE e 87% dos produzidos no PPG-NeC foram publicados em periódicos internacionais. Fonte: Comissão de PósGraduação
3.2. Incentivo à pesquisa A gestão, na figura da Comissão de Pesquisa, buscou incentivar e fortalecer as atividades de pesquisa do IPUSP, formando pesquisadores e docentes com atuação protagonista e visão crítica dos fundamentos teóricos, éticos e metodológicos. Além de valorizar a produção de conhecimento relevante para a sociedade, também promoveu a perspectiva interdisciplinar do conhecimento e o engajamento com uma política científica articulada com a resolução de problemas. Entre as metas atingidas pela Comissão no período de 2012 a 2016, estão:
Incentivo à publicação Durante a gestão, 259 estudantes e pesquisadores da USP e outras instituições participaram do curso “Artigo científico: dos fundamentos à submissão”, oferecido pela Biblioteca Dante Moreira Leite. Ao todo, foram ministradas 24 sessões do curso.
99 Aumento da captação de recursos junto às agências de fomento. Atualmente, 29 docentes do IPUSP têm bolsa produtividade em pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Nos últimos quatro anos, dez projetos de docentes receberam auxílio do CNPq e 19, da FAPESP. Além disso, em 2012 e 2013, nove projetos foram beneficiados com Recursos Complementares para Apoio à Pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa – Projeto 1 (suspenso pela Reitoria em 2014).
38
Programa de Aperfeiçoamento de Ensino (PAE) O IPUSP incentiva seus pós-graduandos – bolsistas ou não bolsistas pelo PAE – a participarem como monitores de grupos de pesquisa. A prática tem se mostrado útil tanto para a capacitação em docência como para o incentivo à pesquisa de qualidade.
99 Estímulo ao pós-doutoramento. A Comissão de Pesquisa e o Conselho Acadêmico elaboraram o novo Regulamento de Pós-Doutorado do IPUSP, aprovado em fevereiro de 2016 pela Congregação. Entre outras medidas, o novo regulamento estabelece que o procedimento de ingresso no pós-doutorado inclui, além da apresentação do projeto de pesquisa a ser desenvolvido, um plano de atividades acadêmicas – o que estimula a participação efetiva dos pós-doutorandos na vida acadêmica do Instituto. Ao todo, 103 pós-doutorados foram geridos pela Comissão de Pesquisa nesses quatro anos, sendo que 59% deles contaram com bolsas de agências de fomento como FAPESP e CNPq.
99Incentivo à pré-iniciação científica. Docentes e pesquisadores foram estimulados a participar do Programa de Pré-Iniciação Científica, que visa a despertar o interesse de alunos do Ensino Médio da rede pública pela pesquisa científica. Durante a gestão, 168 projetos foram desenvolvidos, a maioria com bolsa concedida pelo CNPq e pela Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo (FUSP).
99 Incentivo à iniciação científica. Anualmente, a Comissão de Pesquisa apresenta o Programa de Iniciação Científica aos alunos de graduação e incentiva que eles participem nas disciplinas optativas de fomento à pesquisa (Trabalho de Pesquisa em Psicologia; Treino de Pesquisa em Psicologia; Prática de Pesquisa em Psicologia). Além disso, divulga o Simpósio Internacional de Iniciação Científica e Tecnológica da USP (SIICUSP), reforçando o convite aos graduandos. A inclusão dos pós-doutorandos como orientadores de iniciação científica também tem se mostrado eficaz para atrair graduandos à área de pesquisa. Durante a gestão, 168 projetos de iniciação científica contaram com bolsa, a maior parte concedida pela Reitoria, seguida pelo CNPq e pelo convênio com o banco Santander.
3.3. Reestruturação da Comissão de Pesquisa A Comissão de Pesquisa do IPUSP implantou, com apoio da Direção, um processo de reestruturação de suas atividades e seus processos. Nesse contexto, foram contratados mais uma secretária (totalizando duas) e um funcionário qualificado para gerir o trabalho de Apoio a Projetos de Pesquisa, que foi fundamental para a construção de propostas e a viabilização de trabalhos científicos. Coroando essa reestruturação, a Comissão passou a contar, em 2015, com um espaço físico mais adequado ao apoio à pesquisa. Desde então, os trabalhos, reuniões e atendimentos a docentes e pesquisadores são realizados na sala 12 do primeiro piso do Edifício Prof. César Ades, Bloco G.
39 3.4. Ética em Pesquisa O desenvolvimento de pesquisa no Instituto de Psicologia da USP é amparado por dois órgãos independentes de caráter consultivo, educativo e deliberativo: o Comitê de Ética em Pesquisa com Humanos e o Comitê de Ética em Pesquisa com Animais, que garantem a qualidade da produção científica e fortalecem o nome do IPUSP na comunidade acadêmico-científica.
3.4.1. Comitê de Ética em Pesquisa com Humanos O Comitê de Ética em Pesquisa com Humanos foi recredenciado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) em abril de 2012. Em agosto do mesmo ano, passou a utilizar a base nacional unificada de pesquisas envolvendo humanos Plataforma Brasil (com recredenciamento em julho de 2015). Sendo assim, é ligado diretamente ao Conselho Nacional da Saúde (CNS), vinculado ao Ministério da Saúde. O Comitê tem desempenhado um importante papel educativo no que se refere à pesquisa. Além de reuniões abertas e oficinas, esse trabalho inclui: 99 O projeto de extensão “Levantamento sobre questões e dilemas éticos em pesquisa com seres humanos em psicologia”, que mapeou os dilemas éticos enfrentados pelos pesquisadores do IPUSP. O trabalho foi realizado em 2013 e 2014 e envolveu dois alunos de graduação, um mestrando e dois doutorandos. 99 Os Fóruns de Ética em Pesquisa na Psicologia, abertos à comunidade científica e disponibilizados no YouTube e no IPTV. Desde 2013, esses eventos têm discutido as questões éticas da área e contribuído para a produção de conhecimento sobre cuidados éticos nas pesquisas com seres humanos em Psicologia. Entre agosto de 2012 e março de 2016, foram avaliados 519 projetos de pesquisa. Além disso, o Comitê também atende pesquisadores para fornecer orientações relativas à ética – nesse mesmo período, foram registrados 65 atendimentos.
3.4.2. Comitê de Ética em Pesquisa com Animais Entre maio de 2012 e abril de 2016, foram avaliados 32 projetos, envolvendo 11 pesquisadores principais e 42 colaboradores (pós-graduandos, docentes e pesquisadores de pós-doutorado e iniciação científica). A maioria dos projetos foi do próprio IPUSP, mas também foram avaliadas pesquisas da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP-USP), do Instituto de Ciências Biológicas (ICB-USP), do Instituto de Química (IQUSP) e da Universidade de Oxford (em parceria com o IPUSP).
40
Os pedidos envolveram diferentes espécies animais: camundongos, cães, macacos-prego, peixes dourado, pombos, preás, quatis, ratos e ratos-de-espinho. Ao todo, foi aprovado o uso de 933 animais para diferentes projetos de pesquisa.
3.5. Divulgação e difusão científicas 3.5.1. Periódicos científicos O Instituto de Psicologia da USP patrocina e gerencia seis revistas científicas, todas editadas por docentes da Unidade: 99 TransFormações em Psicologia 99 Imaginário 99 Cadernos de Psicologia Social e do Trabalho 99 Revista de Etologia 99 Estilos da Clínica 99 psico.usp
3.5.2. Criação da revista de difusão científica “psico.usp” Lançada em 2015, a revista psico.usp é a mais nova publicação do IPUSP. Trata-se de uma iniciativa pioneira por ter como objetivo a difusão para a sociedade não acadêmica das realizações do Instituto – tanto os trabalhos e resultados de pesquisa, como também os serviços e atividades de formação oferecidos ao público externo, entre outros temas. Para tanto, adota layout atraente e linguagem acessível, respeitando a diversidade teórica, epistemológica e metodológica que caracteriza a psicologia. Para alavancar o alcance da publicação, o IP Comunica do Serviço de Apoio Institucional criou um website (com 20.879 visitas até o dia 22 de março de 2016) e uma página no Facebook (1.159 curtidas até 22 de março de 2016) exclusivos – além da divulgação pelos canais de comunicação do IPUSP e em folders impressos. O primeiro número da psico.usp foi lançado em 30 de abril de 2015, com uma tiragem impressa e a versão on-line disponibilizada na íntegra e gratuitamente.
41
Alunos e docentes na retomada dos Encontros Didáticos com a Comissão de Graduação do IP em 25 de fevereiro de 2013
3.6. Valorização da Graduação 3.6.1. Encontros Didáticos e Seminários de Graduação Em 2013, a Comissão de Graduação retomou – a partir de uma demanda dos próprios estudantes – os Encontros Didáticos que eram realizados na década de 1990, com a participação de alunos, professores e funcionários. Naquele ano, houve dois Encontros Didáticos no primeiro semestre e dois no segundo; em 2014 (ano da greve), ocorreu um Encontro Didático no primeiro semestre; e, em 2015, o Encontro foi substituído pelos Seminários de Graduação. Esses eventos foram criados como um espaço público e aberto de debate, que resulta em melhorias reais no funcionamento e nos cursos do Instituto de Psicologia da USP – e, portanto, em sua consolidação como uma das principais instituições de graduação em Psicologia do Brasil. Neles, são tratados temas como: recomendações ao cotidiano de sala de aula; atribuições de docentes e estudantes; reorganização de horários; avaliação das disciplinas; interdepartamentalidade; troca de experiências e ideias entre professores; entre outros.
3.6.2. Permanência estudantil e monitoria na graduação Nesta gestão, foi desenvolvido um extenso trabalho para a definição de novas diretrizes para as atividades de monitoria no IPUSP – um esforço conjunto da Direção, da Assistência e da Comissão de Graduação, com análise pela Comissão Assessora do Conselho Técnico Administrativo (CTA). Na data deste relatório, a Portaria que trata essas mudanças estava sendo adequada para, em seguida, ser analisada pela Comissão de Graduação. De qualquer forma, ela conferirá à monitoria um
“O aluno do IPUSP tem à disposição dois programas de monitoria, com a destinação de bolsas semestrais aos selecionados. Um deles é o Programa de Estímulo ao Ensino de Graduação (PEEG), da Pró-Reitoria de Graduação; e o outro é a Monitoria do IPUSP. Ambos permitem ao aluno desenvolver atividades de monitoria em disciplinas de graduação nas diferentes habilitações. A monitoria também possibilita articulação da graduação com a pós-graduação (por meio do Programa de Aperfeiçoamento de Ensino, PAE), enriquecendo a atividade, na medida em que as disciplinas congregam monitores desses diferentes níveis de formação. Essa atividade é bastante concorrida e muitos alunos exercem a monitoria sem a bolsa, como monitores ‘voluntários’.” Luiz Bevilacqua, Professor Titular da UFRJ (CPA)
42
caráter de inclusão social e permanência estudantil, pois a destinação da bolsa será prioritária para estudantes com maior pontuação na classificação socioeconômica – obtida a partir da avaliação anual feita pela Superintendência de Assistência Social da USP, que já aceitou essa atribuição. Outra mudança importante é que o processo de apreciação e coordenação da monitoria – antes descentralizado – agora será feito pela Comissão de Graduação. No âmbito burocrático, os bolsistas de monitoria já estão experimentando melhorias implantadas pela Assistência Financeira. Seu Serviço de Tesouraria simplificou o processo de pagamento: antes, o pagamento passava por quatro setores e envolvia impressão de cheques para recolhimento no guichê da tesouraria; hoje, é creditado diretamente na conta corrente do aluno cadastrado.
3.6.3. Acompanhamento curricular Em 2013, a Comissão de Acompanhamento Curricular, que funcionara entre 1997 e 2004, foi reativada. Composto por docentes de cada departamento e por representantes da Comissão de Graduação e do corpo discente, o grupo começou seu trabalho fazendo uma análise profunda da estrutura curricular do Instituto de Psicologia da USP. A fim de conhecer as demandas e opiniões da comunidade interna, a Comissão realizou uma ampla pesquisa de opinião, que mostrou uma insatisfação do corpo discente com o currículo, considerado fragmentado e departamentalizado. Ao mesmo tempo, a existência de disciplinas interdepartamentais foi apontada como positiva. A Comissão também participou de um Encontro Didático em que foram apresentados o Projeto Político Pedagógico e propostas de articulação entre as disciplinas, e organizou dois Encontros da Graduação para debater o tema. Paralelamente, a Comissão de Acompanhamento Curricular analisou as disciplinas e elaborou um estudo sobre as ligações entre obrigatórias, eletivas e optativas. O relatório que resultou desses debates e estudos foi encaminhado aos departamentos no final de 2015, que apresentarão seu parecer sobre a metas estabelecidas.
3.7. Criação do Museu de Psicologia Em 19 de outubro de 2015, a Congregação aprovou a transformação do Centro de Memória do IPUSP – que desde 2001 trabalhava para resgatar e preservar a memória do Instituto – no Museu de Psicologia. Em fevereiro de 2016, o projeto foi aprovado pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP (PRCEU-USP), o que garantirá a aquisição de mobiliário e equipamentos iniciais para o Museu.
43
Antes mesmo de receber o apoio da PRCEU, a Biblioteca Dante Moreira Leite contou com Reserva Técnica da FAPESP para construir, no piso superior da Biblioteca, um auditório e uma sala de reuniões para o Museu de Psicologia, cujas obras foram concluídas em janeiro de 2016. Com o Museu e suas novas salas, o IPUSP busca cumprir a meta de melhorar sua estrutura de apoio à pesquisa e ao ensino.
3.8. Coordenação técnica da Biblioteca Virtual em Saúde – Psicologia (BVS-Psi) O Instituto de Psicologia da USP e o Conselho Federal de Psicologia (CFP) são parceiros desde 2000 na gestão da Biblioteca Virtual em Saúde – Psicologia (BVS-Psi), cuja coordenação técnica é realizada pela Biblioteca Dante Moreira Leite. Em dezembro de 2015, essa cooperação foi finalmente formalizada, com a assinatura de um convênio oficial assinado pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP (PRCEU-USP). Segundo os gestores da BVS-Psi, a ferramenta é “considerada um marco na gestão da informação na área da Psicologia, tanto no Brasil quanto na América Latina [...] e o convênio entre o CFP e o IPUSP garantirá a modernização, evolução e ampliação da mais importante fonte de informação da Psicologia no Brasil”.
3.9. Projeto “A Glette, o Palacete e a Universidade de São Paulo” O Instituto de Psicologia participou das comemorações do 80º aniversário da USP, em 2014, com o lançamento do livro “A Glette, o Palacete e a Universidade de São Paulo”. Patrocinada pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da Universidade de São Paulo (PRCEU-USP) e editada pelo antigo Centro de Memória do IPUSP, a obra é fruto de pesquisa realizada por membros do IPUSP, com organização de César Ades (in memoriam), Aparecida Angélica Zoqui Paulovic Sabadini, Carlos Ribeiro Vilela, Neuza Guerreiro de Carvalho e Viktoria Klara Lakatos Osorio. O livro – que faz um interessante retrato da época em que a antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL) da universidade funcionava em um palacete localizado na Alameda Glette – ganha destaque por sua importância e qualidade, e também pela repercussão que ganhou no meio acadêmico e na imprensa.
44
Lançamento do livro “A Glette, o Palacete e a Universidade de São Paulo”.
3.10. Pós-graduação A Pós-Graduação do Instituto de Psicologia da USP tem tido forte empenho na articulação com outras instituições de ensino e com a sociedade, o que contribui para a qualidade e o impacto de seus programas – e, consequentemente, para o fortalecimento institucional do IPUSP.
PPG-PSC: tem orientadores em outros programas do próprio IPUSP, na USP/Leste, na FFLCH-USP, na PUC-SP e na PUC-CAMPINAS. Além disso, nesses quatro anos o PPG-PSC teve relações acadêmicas e de pesquisa com doutores de 63 instituições nacionais. PPG-PST: promove o intercâmbio institucional constantemente, como participação em comissões científicas e organizadoras de eventos científicos nacionais e internacionais; pareceres para revistas científicas nacionais e internacionais (da área e também de outras com as quais as linhas de pesquisa fazem interface); e acolhimento de docentes estrangeiros visitantes. PPG-PSE: mantém extensa rede de colaboração com diversas universidades brasileiras (UFRN, UFPA, UERJ, UESC e UFMG) e com outras unidades da USP (ICB, IB, FFLCH, IG, FMVZ). Também colabora na Rede Instituto Brasileiro de Neurociências (IBN-Net), que reúne 11 instituições brasileiras de ensino superior tem intercâmbio com diversas instituições brasileiras e estrangeiras no âmbito dos Projetos do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia sobre Comportamento, Cognição e Ensino (INCT-ECCE), do Instituto do Milênio e pelo Projeto PROCAD.
45
PPG-NeC: tem ampla rede de colaboração (por exemplo, com a EEFE-USP e a FMUSP). À comunidade externa, oferece �������������������������������������������������������������� atendimentos vinculados às pesquisas translacionais dos diversos laboratórios, como forma de apoio e promoção social. Muitos desses laboratórios tornaram-se centros de referência para a realização de atendimentos de alta especialidade, vinculados e originados nas pesquisas de pós-graduação. PPG-PSA: conta regularmente com docentes de universidades estrangeiras, que ministram disciplinas e supervisionam seminários de pesquisa (como é o caso da interlocução com a Universidade Paris 7, parte de projeto interdepartamental entre PPG-PSC e PPG-PST). Participa do Programa Nacional de Cooperação Acadêmica (CAPES), buscando contribuir para a melhoria da qualidade na educação pública. Pós-Graduação premiada Alguns prêmios e homenagens de destaque concedidos a professores e alunos. Programa
PPG-PSC
PPG-PST
PPG-PSE
PPG-NeC
PPG-PSA
Destaques Homenagem da Associação Brasileira de Medicina Psicossomática ao Prof. Avelino Luiz Rodrigues 54º Prêmio Jabuti para o Prof. Christian Dunker (1º lugar na categoria Psicologia e Psicanálise) Prêmio CAPES de Tese 2012 para Profa. Claudia Oshiro Clemente (orientação da Profa. Sonia Beatriz Meyer) Prêmio Destaque Tese USP (menção honrosa) Prêmio Averroes da Cinemateca Prêmio Brenda Lee do Programa Estadual DST/AIDS da Secretaria de Estado da Saúde São Paulo (2013) Prêmio Jabuti pela coautoria de livro (Categoria Ciências Humanas) Homenagem da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e FUNDAP Prêmio Loba Romana (Ano Brasil-Itália) Diploma de “Reconocimiento por desempeño profesional en benefício de la Orientación en América Latina”, da Red Latinoamericana de Profesionales de la Orientación Academy Member of the Association for the Social Sciences and Humanities in HIV-ASSHH, da Association for the Social Sciences and Humanities in HIV Prêmio Enduring Programmatic Contribution for the Development of Behavior Analysis 2013, da Society for the Advancement of Behavior Analysis (SABA), em parceria com a Association for Behavior Analysis International (ABAI) Silver Medal da Association for Research in Vision and Ophthalmology 2014 para Profa. Dora Ventura Prêmio da Sociedade Brasileira de Neurovisão 2014 para Profa. Dora Ventura Prêmio Teses Destaque USP 2013 Prêmio Jovem Cientista 2014 (1º lugar) Prêmio Lamas de Mérito Técnico e Científico de 2014 Capa da Revista FAPESP Professor Honorário, Universidad Autónoma del Peru, 2013
46 3.11. Professores Eméritos A promoção do Instituto de Psicologia da USP enquanto uma das mais renomadas instituições de ensino e pesquisa na área no Brasil beneficia-se do reconhecimento e da valorização de sua história. Assim, os Professores Eméritos ganham destaque na gestão 2012-2016, quando foram concedidos títulos a Prof. Dr. Walter Hugo de três professores: Prof. Dr. Walter Hugo de Andrade Cunha, Profa. Dra. Andrade Cunha Maria Helena Souza Patto e Profa. Dra. Sylvia Leser de Mello. Recebeu o título de Professor Emérito em 26 de março de 2015. Para junho de 2016, está previsto o lançamento do e-book produzido elo IPUSP em homenagem ao Professor. Profa. Dra. Maria Helena Souza Patto Recebeu o título de Professora Emérita em 16 de março de 2016. Profa. Dra. Sylvia Leser de Mello Recebeu o título de Professora Emérita em 15 de junho 2016.
Evento de outorga do título de Professor Emérito ao Prof. Dr. Walter Hugo de Andrade Cunha, em 26 de março de 2015
3.12 Centro de Pesquisa Aplicada em Bem-Estar e Comportamento Humano Em 2016, foi lançado o Centro de Pesquisa Aplicada em Bem-Estar e Comportamento Humano, com sede no IPUSP e chefiado pela professora Titular Emma Otta, do PSE. A proposta do Centro é realizar estudos multidisciplinares, a fim de gerar novos conhecimentos, conceitos, metodologias, tecnologias, ações de educação, desenvolvimento de indicadores e a estruturação de uma base sólida para avaliação e promoção do bem-estar da população brasileira. Formado por uma rede de pesquisadores da USP, Unifesp e Mackenzie, o Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) receberá financiamento através da parceria FAPESP-Natura, sendo o primeiro na área de Humanidades criado a partir do modelo de financiamento compartilhado entre uma empresa privada e a Fundação.
Evening Cherry at Nakanocho in the Yoshiwara, Hiroshige, (1834-35)
49
4. PAPEL SOCIAL DA UNIVERSIDADE PÚBLICA A Comissão Externa cita, em seu parecer de setembro de 2015, iniciativas e propostas recentes do Instituto de Psicologia da USP que compõem um dos princípios que orientaram a gestão 2012-2016: a universidade pública autônoma e que impacta positivamente a sociedade. Entre a ações destacadas como positivas nesse sentido, a comissão elenca a ampliação do acesso de estudantes ao Instituto; a construção do Centro Escola do Instituto de Psicologia (CEIP); e os programas de monitoria oferecidos aos alunos da Unidade.
4.1. Ampliação do acesso
Identidade de gênero Desde janeiro de 2016, está em análise uma proposta de Portaria Interna feita pela Diretoria que dispõe sobre o reconhecimento institucional da identidade de gênero dentro do IPUSP. O projeto propõe: 99 Uniformizar as práticas institucionais internas, de modo a reconhecer e adotar, além da identificação civil, o nome social, mediante solicitação da pessoa interessada. 99 Incluir o campo “nome social” nos documentos internos, sobre os quais o IPUSP possui autonomia. 99 Padronizar a emissão de documentos oficiais do Instituto, garantindo a referência do nome social concomitantemente ao civil. 99 Regulamentar a identificação dos banheiros de acordo com a identidade de gênero de cada pessoa.
O relatório assinado por Luiz Bevilacqua, Professor Titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro, para a Comissão Permanente de Avaliação menciona o aumento na procura pela graduação em Psicologia da USP, com a proporção de candidatos por vaga saltando de 26 para 49 entre 2010 e 2014. Já o parecer da Comissão Externa destaca “as iniciativas para democratizar o acesso do estudante à instituição”, tais como a adoção do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para ingresso na universidade, o que chama de “ações afirmativas” e a proposta de abertura do curso noturno no Instituto de Psicologia da USP (esta última considerada “bastante oportuna e necessária”). O IPUSP aderiu ao Sistema de Seleção Unificada (SiSU) em 2016, com 30% das vagas de ingresso ao curso de graduação de Psicologia destinadas a alunos de escola pública. Em consonância com a Lei Federal n° 12.711 de 2012, foi definida a reserva de vagas para autodeclarados pretos, pardos e indígenas, de acordo com a proporção dessa população no Brasil estimada pelo último censo demográfico do IBGE. Em síntese, das 70 vagas para ingressantes no curso de Psicologia: 99 O IPUSP passa a oferecer 49 vagas a serem preenchidas integralmente pela FUVEST. 99 21 vagas serão preenchidas pelo SiSU a partir das notas do ENEM. Os 21 ingressantes pelo SiSU virão necessariamente de escolas públicas. 99 Dos 21 ingressantes pelo SiSU, oriundos de escola pública, 11 terão se declarado Preto, Pardo ou Indígena (PPI).
50
A meta do IPUSP é chegar a 50% das vagas destinadas a alunos de escola pública pelo SiSU a partir do vestibular de 2017. A criação do curso noturno era uma reivindicação antiga, surgida no início dos anos 1990, e foi apresentada por esta gestão por enxergar a necessidade de incluir estudantes que, por questões econômicas, não podem frequentar o curso diurno e de ampliar o número de vagas, que é o mesmo desde a fundação do Instituto de Psicologia. Em 20 de maio de 2013, a Congregação aprovou a reativação da proposta e nomeou uma Comissão Assessora para elaborar o projeto do curso noturno – composta por um representante dos funcionários, um do corpo discente de graduação e outro de pós-graduação, cinco representantes do corpo docente e um da Direção, além da colaboração da Comissão de Graduação e de cinco graduandos voluntários. Durante cerca de dois anos, a comissão empenhou-se em elaborar a proposta do curso, consultando as demandas de todos os setores envolvidos e definindo princípios de operacionalização, Projeto Pedagógico, carga horária, duração, recursos humanos e físicos necessários. A proposta foi discutida entre o final de 2014 e o primeiro semestre de 2016, em quatro reuniões abertas a toda a comunidade do IPUSP. As sugestões colhidas durante essas reuniões estão sendo implementadas para que a proposta seja, por fim, submetida à Congregação e à Pró-Reitoria de Graduação.
4.2. Criação do Centro Escola do Instituto de Psicologia (CEIP) Em 23 de abril de 2014, a Portaria 36/2014 criou oficialmente o Centro Escola do Instituto de Psicologia (CEIP) como “um serviço que inte“Os distintos serviços e gra Ensino, Pesquisa e Extensão, ligado à Diretoria do Institulaboratórios inseridos no to de Psicologia da Universidade de São Paulo”, que passaria CEIP oferecem práticas a funcionar de acordo com princípios e regimento próprios. profissionalizantes A medida respondeu a antigos anseios de professores, alu(estágios) que são nos e pesquisadores do IPUSP e foi construída em um longo essenciais à formação dos alunos. Sempre processo participativo e democrático. supervisionadas por docentes, [essas práticas] constituem atividades que aprimoram a formação dos estudantes e, ao mesmo tempo, se configuram em serviços à comunidade.” Comissão de Cultura e Extensão Universitária
As origens do CEIP estão no Centro de Atendimento Psicológico (CAP), que fora criado em 1998 em uma tentativa de reorganizar os serviços prestados pela Unidade aos públicos interno e externo. Previamente à instauração do CEIP, a Comissão Coordenadora do CAP liderou um intenso trabalho para promover melhorias estruturais no Bloco D. Esses esforços foram acompanhados de um debate coletivo sobre inserção institucional, estrutura administrativa e formas de gestão, o que resultou em propostas concretas para o regimento do novo CEIP.
51
Homenagem a todos que ajudaram na criação do CEIP.
52
O CEIP é um órgão ligado à Direção, mas administrado democraticamente por um Conselho Gestor próprio e autônomo, que tem assento no Comitê Gestor (ver item 1.2.3. Criação do Comitê Gestor) do IPUSP e no Conselho Técnico Administrativo (ver item 1.2.1. Ampliação do CTA). O Conselho Gestor do CEIP é composto por: 99 4 representantes docentes (um de cada departamento) 99 4 representantes dos servidores técnico-administrativos que atuam no CEIP (eleitos pelos seus pares) “Coube à gestão que agora finda possibilitar a criação de um projeto histórico de luta e um anseio de muitos docentes, funcionários e alunos, de grande parte da comunidade do IPUSP: a criação do Centro Escola do Instituto de Psicologia (CEIP)” Centro Escola do Instituto de Psicologia
99 1 representante discente da graduação 99 1 representante da pós-graduação 99 1 representante da comunidade (algo inédito nos colegiados do Instituto de Psicologia)
Objetivos do CEIP, de acordo com a Portaria 36/2014: 99 Oferecer à sociedade serviços de Psicologia nas esferas de saúde, do trabalho, da educação e outras áreas emergentes de pesquisa e de atuação; 99 Propiciar espaço de estágio para estudantes; 99 Oferecer espaço para o desenvolvimento de pesquisas e de novas modalidades de práticas nas áreas de conhecimento dos diversos ramos de Psicologia; 99 Constituir um centro de formação e aperfeiçoamento para profissionais de áreas afins.
4.3. Cultura e Extensão: inserção na realidade A Comissão de Cultura e Extensão é a principal ponte entre o Instituto de Psicologia da USP e a comunidade externa. Sendo assim, tem trabalhado nos últimos anos para desenvolver uma política cultural e de extensão inserida na realidade, meta que será mantida nos próximos anos. As ações de cultura e extensão são articuladas com as ações de ensino e pesquisa do Instituto, e envolvem professores, alunos e pesquisadores em atividades prioritariamente gratuitas. Os benefícios são usufruídos pelos dois lados: ao mesmo tempo em que a universidade se insere na realidade e amplia a formação dos alunos, a comunidade externa tem acesso ao saber acadêmico e a oportunidade de participar da vida universitária.
4.3.1. Cursos de atualização e aperfeiçoamento Os cursos de atualização e aperfeiçoamento foram priorizados pela Comissão de Cultura e Extensão em detrimento dos de especialização por serem abertos e oferecidos gratuitamente às comunidades interna e externa.
53
Os programas de atualização têm grande diversidade e abrangem diversas áreas da Psicologia – como ciência e, em especial, como profissão. São eventos, conferências, mesas redondas, cursos de curta duração e grupos de estudos direcionados a estudantes e profissionais de Psicologia e áreas afins. Diversos cursos de atualização foram criados durante a gestão 2012-2016, tais como: 99 Psicologia e relações étnico-raciais (a partir de 2014) 99 A clínica dos vínculos na abordagem psicanalítica: violência, drogadição, adoção, marcas corporais (2013) 99 Dialogando com o trabalho: o que a Psicologia tem a ver com isso? (2013) 99 O atendimento psicossocial a famílias (2015)
Entre os cursos de aperfeiçoamento do período, destacam-se: 99 Gestión de carrera laboral (IPUSP e Centro de Posgrados y Formación Permanente de La Facultad de Psicología de La Universidad Católica del Uruguay, 2014) 99 Orientação à queixa escolar (2015) 99 Prática psicológica em instituições (2015) 99 Redes de Formação de Educadores (2015)
4.3.2. Atividades relacionadas à Educação Básica A partir do envolvimento de alunos e professores em atividades como trabalhos voltados aos educadores (supervisão, discussão e assessoria), estágios em escolas da rede pública, projetos voltados a estudantes do Ensino Médio e iniciativas que abrangem famílias ou educação de adultos, o IPUSP busca contribuir para a melhoria da Educação Básica. Nos últimos quatro anos, esses programas e projetos se desenvolveram muito. Entre os destaques, estão: 99 Parcerias com o Ensino Médio (2013) 99 Parceria da Escola de Aplicação da Faculdade de Educação da USP (até 2014) 99 Projetos de pré-iniciação científica com alunos de ETECs do Vale do Ribeira (2013)
4.3.3. Textos e material didático Outra atividade de cultura e extensão que impacta escolas e a comunidade externa em geral é a produção de extenso material ligado à Psicologia. Além de cadernos e livros digitais e impressos, também são disponibilizados na internet vídeos de eventos e de entrevistas concebidas por docentes.
54
A grande novidade do período foi o lançamento da revista psico.usp (ver item 3.5.2. Criação da Revista “psico.usp”), pioneira em apresentar temas acadêmicos de maneira atraente ao público leigo.
4.4. Impactos na sociedade Experiências de Turismo de Base Comunitária no Vale do Ribeira: um estudo psicossocial Com verba das próreitorias de Pesquisa e de Cultura e Extensão, da CAPES e do CNPq, trata-se de um projeto coletivo desenvolvido em comunidades indígena, caiçara e quilombola na Região do Vale do Ribeira, em São Paulo. Os pesquisadores publicaram artigos nas revistas “Pesquisa FAPESP” e “Bulletin de Psychologie”.
Além das atividades de cultura e extensão diretamente voltadas ao público externo, o Instituto de Psicologia da USP prioriza os projetos de pesquisa que afetam positivamente a sociedade, por meio das diretrizes de sua Comissão de Pesquisa. Assim, os projetos de pesquisa têm contribuído para a construção e revisão de políticas públicas e científicas, a inovação tecnológica, o desenvolvimento da cultura e o conhecimento, principalmente nas áreas de saúde, bem-estar, comportamento humano, educação, diagnóstico e tratamento clínico do sofrimento psíquico, atenção psicossocial, direitos humanos, psicologia comparada, etologia, análise experimental do comportamento e neurociências. O diálogo com a sociedade e contribuição para mudanças sociais também são um foco nos programas de pós-graduação, como mostram os exemplos a seguir: PPG-NeC: são oferecidos atendimentos à comunidade vinculados aos temas trabalhados; muitos de seus laboratórios tornaram-se referência em suas respectivas especialidades.
Formatura dos alunos que participaram do projeto “Experiências de Turismo de Base Comunitária no Vale do Ribeira: um estudo psicossocial”.
55
PPG-PSA: participa do Programa Nacional de Cooperação Acadêmica (CAPES), buscando contribuir para a melhoria da qualidade da educação pública. PPG-PSC: várias pesquisas geraram novas modalidades de atendimento à população, como é o caso da experiência pioneira de implantação de um serviço de psicologia clínica no Centro de Referência do Idoso da Zona Norte de São Paulo. PPG-PST: os ministérios do Esporte e da Justiça contaram recentemente com a assessoria fornecida pelo programa, que também produziu o material de informação e orientação profissional desenvolvido para o Plano Nacional de Qualificação, do Ministério do Trabalho e Emprego.
56
57
3
2
1
8 4
5
6
7 11
9
10
14
12
13
15
Na foto, os filhos da comunidade IP, nascidos durante a gestão 2012-16: 1. Leonardo (Adriana Aparecida Pavaneli); 2. Gábor (Alessandra Piccolo Garcia); 3 Augusto e Noemi (Eduardo Makoto Okamura); 4. Alice (Alexandre Marcone Moura Dantas); 5. Laura (Caio Lunardi); 6. Lara (Cristiane Oliveira Polato; 7. Miguel (Aline Maria Frascareli); 8. Mayara (Cynthia Regina Borges Braga Mannini); 9. Luana (Camila Pascucci Perillo); 10 Gabi (Joana Darc de Lima Barbosa); 11. Vitor e Enzo (Rosiani Pereira da Silva); 12. Pedro (Flavia Rodrigues Pinto Ribeiro); 13. Tom (profa Paula Debert) 14. Caio (Maria Cecília Rodrigues de Freitas); 15. Arthur (Ari Bismark Aliaga Betti).
Parte 2 A segunda parte deste Relatório de Gestão 2012-2016 é composta pelos relatos de cada setor ligado diretamente à Direção do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.
A segunda parte deste Relatório de Gestão 2012-2016 é composta pelos relatos de cada setor ligado
1. DIRETORIA 1.1. Apresentação O Instituto de Psicologia (IPUSP) tem como missão formar profissionais com excelência, detentores de uma formação diversificada e abrangente, sob sólidas bases conceituais e metodológicas. Profissionais comprometidos com as realidades social, econômica e ambiental do país, que possam desempenhar papel de liderança e inovação na geração e disseminação de conhecimento, produção científica de ponta e alto padrão de atendimento à comunidade, visando à melhoria da qualidade de vida do ser humano, por vezes atuando em políticas públicas em saúde e educação. Norteia-se, em suas ações, por respeito ao cidadão, profissionalismo, transparência, pluralidade de pensamento. O IPUSP foi criado em 1969, 12 anos depois do curso de Psicologia, então sediado na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. É formado pela Biblioteca Dante Moreira Leite, pelo Centro Escola do Instituto de Psicologia (CEIP) e por quatro departamentos: 99Departamento de Psicologia da Aprendizagem, do Desenvolvimento e da Personalidade (PSA); 99Departamento de Psicologia Clínica (PSC); 99Departamento de Psicologia Experimental (PSE); 99Departamento de Psicologia Social e do Trabalho (PST).
Em um conjunto de sete edificações, totalizando uma área construída de 13.770,71 m2, o IPUSP conta, no primeiro semestre de 2016, com: 99 88 docentes; 99 157 servidores técnico-administrativos; 99 407 alunos matriculados no curso de graduação em Psicologia; 99 569 alunos nos cinco programas de pós-graduação, mestrado e doutorado.
Subjacente a tais condições de organização, infraestrutura e recursos humanos, o IPUSP caracteriza-se pela pluralidade epistemológica, conceitual e metodológica, que se reflete na marcante diversidade interna de campos e formas de atuação acadêmico-profissional. Essa pluralidade é a maior riqueza da Unidade – que, bem gerenciada, permite vislumbrarmos o IPUSP, em médio e longo prazos, como uma instituição solidamente pública, reconhecida nacional e internacionalmente pela excelência na formação profissional, produção de conhecimento e prestação de serviços em Psicologia. O IPUSP caminha na direção de:
61
62 99 Aprimorar sua capacidade de formação profissional qualificada; 99 Atuar na liderança da produção de conhecimento científico; 99 Interferir em políticas públicas; 99 Promover a consolidação de uma forma de gestão interna democrática, transparente e participativa; 99 Difundir conhecimento psicológico à sociedade não acadêmica; 99 Atender às demandas da realidade social do país; 99 Disponibilizar inovação e tecnologia sociais para a sociedade; 99 Ampliar o acesso de estudantes menos favorecidos socialmente ao ensino superior público; 99 Consolidar as relações com instituições nacionais e internacionais, com vista ao fortalecimento de intercâmbios de pesquisa e de formação estudantil.
Proposta Educacional A formação educacional oferecida pelo IPUSP é caracterizada por projetos pedagógicos historicamente consolidados, intrinsecamente vinculados à produção de conhecimento e formadores de recursos humanos para o país. Os pilares de formação são os cursos de graduação e de pós-graduação. O curso de graduação em Psicologia, criado em 1957 na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, tem por objetivo formar psicólogos com uma visão abrangente da Psicologia, sensível e crítica à realidade social do país, construída com base na pesquisa, no ensino e na extensão universitária. Visa a formar psicólogos com nível de excelência, habilitados para a atuação profissional e capazes de desenvolver ações de prevenção, promoção, proteção e reabilitação da saúde psicológica e psicossocial, ancoradas numa perspectiva científica e ética, bem como de atender às demandas sociais da realidade brasileira. Tem destaque, no projeto pedagógico, a sólida e diversificada formação teórica do aluno, vinculada intrinsecamente à produção de conhecimento, por meio de atividades curriculares e extracurriculares de iniciação científica. O curso tem duração total de cinco anos, com aulas em período integral. O aluno ingressa na carreira de psicólogo e pode complementar sua formação por meio da Licenciatura e/ ou do Bacharelado. Este último forma o aluno para pesquisa e pós-graduação. A Licenciatura forma professores, que se destinam ao ensino de nível médio e técnico, dentro da política institucional de fortalecer e valorizar o papel do professor de Psicologia como agente de mudanças do sistema de ensino brasileiro. Por fim, a formação do psicólogo permite ao graduado atuar profissionalmente, com registro no conselho regulador, em diversas áreas e especializações que demandam análise, avaliação, prevenção e outras intervenções em processos psicológicos e psicossociais. Em nível de pós-graduação, o IPUSP mantém cinco programas, todos com mestrado e doutorado. São eles:
63 99 Programa em Psicologia Clínica (MS desde 1975, DR desde 1982); 99 Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano (MS desde 1970, DR desde 1974); 99 Psicologia Experimental (MS desde 1970, DR desde 1974); 99 Psicologia Social (MS desde 1976, DR desde 1989); 99 Neurociências e Comportamento (MS e DR desde 1992)
Objetivos dos programas de pós-graduação: 99 Fortalecer a investigação teórica e a pesquisa em temas de fronteira, com perspectiva interdisciplinar; 99 Incentivar o desenvolvimento de novas modalidades de intervenção nas áreas de aplicação da psicologia; 99 Formar novos pesquisadores e docentes qualificados para difundir e multiplicar esse conhecimento em outros centros do país, de modo a enfrentar os desafios da sociedade brasileira.
O IPUSP está comprometido com a consolidação e o aumento da excelência dos programas de pós-graduação, ampliando oportunidades de formação de recursos humanos em áreas de fronteira do conhecimento psicológico e de inovações para a profissão.
1.2. Gestão O IPUSP, em conformidade com seu regimento interno e com o Estatuto e o Regimento da Universidade de São Paulo, organiza-se acadêmica e administrativamente em colegiados. 1.2.1. Congregação O órgão colegiado máximo da Unidade é a Congregação, composta por Direção (diretor e vice-diretor), presidentes das comissões estatutárias, chefes de departamento, representantes eleitos entre suas categorias (auxiliar de ensino, doutores, associados e titulares), servidores técnico-administrativos e estudantes (graduação e pós-graduação). Na Congregação, são analisadas questões que levam à definição de posicionamentos da Unidade e ao estabelecimento de políticas de ações e metas. Deliberações da Congregação têm produzido mudanças acadêmicas expressivas, tais como: 99 Criação do Centro Escola do Instituto de Psicologia (CEIP), em substituição ao antigo Centro de Atendimento Psicológico (CAP); 99 Execução do projeto de implantação do curso noturno de Psicologia; 99 Destinação de 30% das vagas anuais do curso de graduação a alunos oriundos de escola pública, das quais 50% a alunos pretos, pardos e indígenas (PPIs), nacionalmente selecionados por meio do Sistema de Seleção Unificada (SiSU).
64 1.2.2. Conselho Acadêmico Visando a proporcionar condições para que assuntos acadêmicos sejam compartilhados entre todas as comissões acadêmicas e com a Direção, foi criado o Conselho Acadêmico do IPUSP. Deste, fazem parte os quatro presidentes de comissão estatutária, o coordenador da CoC-Licenciatura, o presidente do Comitê de Ética em Pesquisa com Humanos (CEPH), o presidente do Comitê de Ética em Pesquisa com Animais (CEPA), o presidente da Comissão de Cooperação Nacional e Internacional (CCNInt), a representação de alunos de graduação e pós-graduação e a Direção. O Conselho Acadêmico mantém um calendário mensal de reuniões e dedica-se a uma agenda de discussões e trabalho que compartilha projetos acadêmicos de natureza transversal, de forma consistente e articulada, entre as distintas instâncias acadêmicas. Para citar alguns exemplos, o Conselho Acadêmico trata de temas como as relações que devemos estabelecer entre a graduação, a pós-graduação e o pós-doutoramento; a inserção da pesquisa nos diversos níveis de formação; a internacionalização; a ética no ensino e na pesquisa; entre outros. Esse trabalho de gestão e administração articuladas traz benefícios evidentes ao funcionamento do IPUSP, como o aprofundamento na discussão de temas; a identificação de problemas e a adoção de ações corretivas com agilidade e eficácia; o surgimento de iniciativas inovadoras e o desenvolvimento de projetos integrados da Unidade. Enfim, permite a elaboração de verdadeiras políticas institucionalmente definidas de ação. 1.2.3. Gestão participativa A gestão do IPUSP pauta-se pela busca permanente da ampliação da participação da comunidade interna nos processos de discussão e tomada de decisões, gerando efeitos extremamente positivos nos funcionamentos acadêmico e administrativo da Unidade. Uma das formas pelas quais amplia-se a participação da comunidade interna nos processos decisórios são as comissões de trabalho dedicadas a tarefas específicas e pontuais sobre temas de interesse institucional. Entre elas, podemos citar as comissões assessoras da Congregação para: 99 Estudo da viabilidade do curso noturno; 99 Análise de questões ligadas à política de ações inclusivas; 99 Apoio às publicações do IPUSP; 99 Estudo dos convênios nacionais, visando ao estabelecimento de políticas dirigidas ao fortalecimento de relações institucionais no país; 99 As relações conflituosas entre professor e aluno.
Há também as comissões assessoras do CTA para: 99 Promover reflexões internas acerca de diversidade de gênero; 99 Para questões de recursos humanos.
65 Por fim, as comissões assessoras da Comissão de Graduação para: 99 Acompanhamento curricular; 99 Revalidação de diplomas e títulos de Bacharelado e Psicólogo.
Comunicação e transparência Papel importante de comunicação e diálogo com a comunidade é o IP Comunica, canal de divulgação, da gestão para a comunidade, de informações e comunicados institucionais, tanto por meio de mensagens eletrônicas como de outros recursos (Facebook, por exemplo). No sentido inverso – da comunidade para a gestão –, o IPUSP possui uma Ouvidoria para acolher queixas, reclamações, denúncias, assim como a Zeladoria, para acolher manifestações acerca da manutenção da infraestrutura da Unidade. Na linha da gestão participativa, a Diretoria tem mantido reuniões mensais com representantes de alunos de graduação, que representam o Centro Acadêmico Iara Iavelberg, a Associação Atlética e demais agrupamentos estudantis. Esses encontros regulares têm gerado um dos mais importantes avanços no processo de gestão do IPUSP, na medida em que a Diretoria e os alunos têm trabalhado juntos em prol de objetivos comuns, sempre guiados por informações claras e ações transparentes. Outro recurso muito bem-sucedido tem sido a realização de reuniões abertas, para as quais todos os docentes, servidores e alunos são convidados a participar. Para exemplificar, foram realizadas reuniões abertas com a comunidade para discutir temas como: 99 Estudo de viabilidade do curso noturno; 99 Projeto de construção de quiosque de alimentação no IPUSP; 99 Questões relacionadas à greve em 2014; 99 Manutenção da vinculação do Hospital Universitário à USP; 99 Projeto de reformulação do website; 99 Alterações nos regimes de contrato docente.
1.3. Orçamento O IPUSP realiza a gestão de seus recursos orçamentários e extraorçamentários norteado pelo sistema financeiro da Universidade e pelas normas e diretrizes legais. Com base nas Diretrizes Orçamentárias anuais aprovadas pelo Conselho Universitário, o IPUSP, uma unidade de despesa, tem conhecimento do seu orçamento anual. Adicionalmente, ao longo do ano, o IPUSP recebe recursos extraorçamentários das seguintes origens: 99 Receita própria, em razão da locação de espaços para os serviços de alimentação e reprografia;
66 99 Fundação de Apoio à USP (FUSP), em razão do recolhimento de taxas administrativas de projetos; 99 CAPES, em razão dos Convênios Proap/Proex.
No início de cada ano, a Assistência Financeira apresenta ao CTA o orçamento e o planejamento anuais. Nas reuniões mensais desse colegiado, são apresentadas as planilhas com os saldos atualizados do orçamento, os novos pedidos de compras e a relação das compras concluídas no mês anterior, bem como os relatórios de entradas e saídas do Setor de Almoxarifado, os relatórios do Setor de Patrimônio referentes às baixas e incorporações e a relação dos pregões realizados e em andamento. Todos os trabalhos da área financeira ficam documentados em processos próprios e estão à disposição de qualquer cidadão que tenha interesse em consultá-los, bem como auditorias da Universidade e do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. No ano de 2014, houve significativos cortes nos orçamentos das Unidades, contingenciamento de verbas e liberações parciais. Diante disso, o IPUSP passou a enfrentar restrições financeiras. Para readequar o planejamento orçamentário, foram priorizadas as compras e contratações de serviços essenciais. As aquisições com valor inferior a R$ 8.000,00 são realizadas por empenho ordinário seguindo a seguinte sistemática: funcionários do setor de compras elaboram as requisições segundo informações dos solicitantes recebidas entre os dias 1º e 10 de cada mês. As requisições são autorizadas pelas chefias dos departamentos, aprovadas na reunião do CTA e atendidas no mês seguinte ao do encaminhamento da solicitação. As aquisições e contratações com valor superior a R$ 8.000,00 anuais são atendidas pelo Setor de Licitações e Contratos por meio de pregões. A Diretoria investe no aumento do número de pregões, visando maior economia de recursos. Por exemplo, equipamentos de informática e materiais de escritório são concentrados em dois pregões anuais. De a 2010 a 2013, passamos de quatro para 25 pregões anuais. Em 2014, em razão de uma longa greve, tivemos uma interrupção nessa curva crescente. O planejamento para a utilização dos recursos orçamentários busca priorizar as despesas essenciais à manutenção da Unidade, seguindo política rigorosa de redução de custos e economia de gastos. Nas execuções financeiras por empenho ordinário, as reduções de custos ocorrem nas cotações de compras e contratações de serviços. A cada compra, é feita a cotação com, no mínimo, três fornecedores, de modo que a aquisição seja sempre efetuada pelo fornecedor que apresente a menor cotação. Nos pregões, a redução de custo dá-se com os lances que cada empresa tem de ofertar, de modo que são adquiridos bens e serviços de fornecedores com maior agilidade, competitividade e, principalmente, redução de custos. Na rotina da instituição, tem-se incentivado o uso de videoconferências para participação de professores em reuniões, encontros, defesas de dissertações e teses, gerando economia com passagens aéreas e pagamento de diárias. A frota de veículos foi reduzida e otimizada. Por força contratual, houve redução no número de funcionários contratados para segurança e limpeza.
67 Por se tratar de uma instituição pública, o IPUSP entende que não deve gerar receita própria extraorçamentária por meio de seus serviços à comunidade; portanto, não cobra pelos atendimentos clínicos que oferece no Centro Escola.
1.4. Sustentabilidade A Unidade participa de programas da Universidade, tais como o Programa de Uso Racional de Água (PURA) e o Programa de Uso Racional de Energia (PURE), desenvolvidos para a conscientização e a racionalização no uso de água e energia elétrica nas Unidades da USP. Outras medidas sustentáveis são o recolhimento e descarte apropriado de lâmpadas fluorescentes e resíduos químicos pela Prefeitura do Campus e/ou empresas por ela contratadas. Temos o serviço de recolhimento de reciclados, que ocorre duas vezes por semana pela Prefeitura do Campus, e a Comissão IP Recicla, que orienta a comunidade interna sobre o descarte de materiais de consumo. Recentemente, foi estabelecido, pela Unidade, o controle na distribuição de materiais de escritório, buscando otimizar a utilização e evitar o desperdício.
1.5. Sistemas de informação O IPUSP tem à sua disposição dois grupos de sistemas informatizados. No primeiro estão os sistemas administrativos – os principais são o Marte, para organização de dados de recursos humanos; o Mercúrio, para a gestão de recursos financeiros; e o Tychos, para o gerenciamento de políticas de gestão. Entre os sistemas acadêmicos, temos diferentes sistemas para diferentes níveis, sendo os principais o Júpiter (Graduação), o Janus (Pós-Graduação), o Atena (Pesquisa) e o Apolo (Cultura e Extensão). Os sistemas informatizados têm sido de extrema valia ao Instituto, pois possibilitam o registro de informações de forma eficiente e com fácil recuperação, otimizando o trabalho, facilitando a integração com os usuários e prevenindo erros. Embora muito úteis, os sistemas têm algumas limitações que poderiam ser melhoradas. O IP, inclusive, encaminhou algumas dessas sugestões à Comissão Permanente de Avaliação em 2015.
1.6. Infraestrutura O IPUSP possui um Plano Diretor da Área Física integrado ao Plano Diretor da USP. Atualmente dispomos de 13.770,71 m2 de área construída, distribuída em sete edifícios. De modo geral, essa infraestrutura atende às demandas de administração, ensino, pesquisa e prestação de serviços. Entretanto, há necessidade de ampliação ou reforma para dar conta do crescimento da Unidade e, sobretudo, para atingir muitas das metas estabelecidas. Em 2011, foram entregues 660 m2 para Laboratórios Didáticos. O projeto executivo de ampliação do edifício da Biblioteca – que ocupa 2.170 m2 e é referência no Brasil e no exterior – está aprovado e aguarda a obtenção de recursos para ser licitado.
68 Em 2013, o plano orçamentário da Universidade destinou recursos para a ampliação do edifício didático. Para idealizar o espaço e planejar sua construção, foi constituído um Grupo de Trabalho formado por alunos, docentes e funcionários, incumbido de organizar, planejar e propor melhorias nesse bloco. Por meio de um Programa da Pró-Reitoria de Graduação, o edifício foi reformado, tendo sido renovados o telhado, os forros termoacústicos, a rede elétrica e iluminação, e feitas a ampliação da rede de internet e a reforma completa do auditório. Também em 2013, o planejamento orçamentário da USP destinou recursos para a modernização audiovisual, obra necessária para acolher em maior completude as atividades de ensino, incluindo as de pós-graduação. No entanto, esses recursos foram contingenciados em 2014. Em relação ao edifício do Centro Escola, um Grupo de Trabalho da Diretoria, entre 2012 e 2013, dedicou-se a planejar a reforma. Porém, os recursos do orçamento destinados a ela foram igualmente contingenciados. Para atender à necessidade de alimentação e objetivando a melhoria da convivência e integração da comunidade interna, a Diretoria realizou, em 2014, discussão pública sobre a construção de um quiosque de alimentação, em substituição à lanchonete – que apresentava reiteradamente baixos indicadores de adequação sanitária. Aos alunos da pós-graduação, foi destinado um espaço de convivência. Para suprir as condições adequadas de funcionamento dos biotérios, um projeto executivo foi elaborado. Os recursos obtidos para a contratação da obra foram contingenciados em 2014; por essa razão a obra foi providenciada com recursos externos. Ademais, foram reformados os telhados de alguns edifícios e a rede elétrica do Bloco A, e um auditório foi construído no piso superior da Biblioteca.
1.7. Servidores técnico-administrativos O IPUSP está inserido no Programa de Progressão na Carreira de Servidores TécnicoAdministrativos da USP. Nesta gestão, foi criada a Comissão Assessora de Recursos Humanos, vinculada ao CTA, para desenvolver um sistema de avaliação continuada dos servidores e sua adequação ao local de trabalho. O IPUSP busca de forma constante qualificar os servidores da Unidade, promovendo um nível mais elevado de formação acadêmica e profissional. Há dotação orçamentária especificamente destinada ao aprimoramento dos servidores técnico-administrativos. Por meio desses recursos, cujo uso é regulamentado pela Portaria IP 40/2013, foram oferecidos, por exemplo: 99 Treinamento interno dos funcionários para inserção de informações no site; 99 Curso técnico de secretariado para o exercício desta função; 99 Curso de especialização em atividades de gestão (Escola USP de Gestão); 99 Curso de formação técnica no uso da ferramenta didática Moodle.
69 Os cursos à distância oferecidos pela Universidade são amplamente divulgados, e diversos funcionários aprimoram-se desta forma. Recentemente, a USP promoveu estágios no exterior visando ao aprimoramento de servidores. No IPUSP, a CCNInt beneficiou-se desse importante programa. O IPUSP está inserido no sistema de avaliação e progressão funcional na carreira dos servidores. No ano de 2011, foi implementada, por meio da Resolução USP-5.912/2011, uma nova carreira para os funcionários da USP, acompanhada dos critérios mínimos para sua progressão. Desde então, foram concluídas duas edições, uma em 2012 e outra no início de 2013. Foram criados comitês de análise nas Unidades, contemplando as particularidades de cada uma. No IPUSP, o Comitê de Análise foi o condutor de todo o processo, sempre com a supervisão e apoio do CTA. Nas duas primeiras edições, o programa permitiu 124 movimentações na carreira (61 e 63, em 2012 e 2013, respectivamente), contemplando 100 funcionários (cerca de 63% do corpo de servidores do Instituto).
1.8. Docentes Houve significativa renovação no quadro docente do Instituto, que conta hoje com 88 docentes ativos, a maioria atuando concomitantemente em pesquisa, ensino (graduação e pós-graduação) e extensão. No período avaliado, 19 docentes, distribuídos entre os quatro departamentos, foram contratados. Destes, nove possuíam doutorado ou pósdoutorado. No mesmo período, 11 docentes se aposentaram e dois faleceram. De acordo com a política da Universidade, a Unidade contrata apenas docentes em Regime de Dedicação Integral à Docência e à Pesquisa (RDIDP). Atualmente, apresenta 80% de docentes em RDIDP em seu quadro; em 2010 o percentual era de 73%. Igualmente, no que diz respeito à titulação mínima, é requisito da USP o ingresso de doutores na carreira docente, que hoje compreendem cerca de 99% dos docentes do quadro, dado que permanece inalterado desde 2010. Entre aqueles que já eram contratados em 2010 e continuaram até 2014, podemos verificar que 11 passaram de doutores a associados, sete foram de associados a titulares e três passaram pelos dois concursos, indo de doutores a titulares no período. Para efeito de contraste, 31 se mantiveram doutores, nove associados e seis titulares. Novidade importante ocorrida no período avaliado foi a implementação da carreira horizontal para o corpo docente. O Conselho Universitário, no ano de 2011, instituiu a Comissão Central de Avaliação para Progressão de Nível na Carreira Docente (CCAD) e as Comissões de Avaliação Setorial (CAS), que sistematizaram e aplicaram as normas do processo de avaliação para a progressão dos docentes para os níveis de Professor Doutor 2 e Professor Associado 2 e 3. Foram concluídas três edições da progressão horizontal da carreira. No IPUSP, 34 docentes foram contemplados (20 professores doutores passaram para o nível 2 da carreira e 14 professores associados progrediram horizontalmente – dois professores foram para o nível 3 e 12, para o nível 2). Temos que ressaltar a crescente colaboração dos professores seniores, docentes aposentados que continuam contribuindo com o Instituto. O professor sênior pode ser
70 autorizado a continuar ou a figurar como colaborador nas atividades de ensino, pesquisa e extensão; coordenador acadêmico de projetos de educação, de investigação, de inovação e de criação humanística. A Unidade, em suas esferas de competência e no limite de suas possibilidades, permite ao professor sênior o uso do endereço institucional e de instalações, bens e serviços necessários e/ou convenientes para o desenvolvimento das atividades previstas. O IPUSP conta, atualmente, com 13 professores seniores; em 2010, tínhamos seis docentes nesta condição. O crescente interesse dos docentes aposentados pelo programa traz ganhos ao Instituto, na medida em que possuem grande experiência e expressão nos respectivos campos de atuação. Para adequar o perfil dos novos docentes contratados em RDIDP às necessidades da Unidade, a Congregação do IPUSP tomou importantes decisões no período, a saber: 99 Os departamentos que assim o desejarem podem exigir o projeto de pesquisa do candidato no processo seletivo; 99 A análise do projeto de pesquisa como parte integrante do processo seletivo é realizada pela Comissão Julgadora por seu mérito: pertinência à área definida no edital, e relevância científica e social da proposta; 99 Foi estabelecido elenco de situações para identificar potenciais conflitos de interesses entre candidatos e membros indicados para integrar as bancas; 99 Com vistas a ampliar a transparência da seleção, as comissões julgadoras devem elaborar justificativas individuais para as notas, em detrimento da justificativa geral que era feita habitualmente.
É oportuno destacar, ainda, o Plano de Requerimento Institucional (PRI) apresentado pela Unidade para o período de 2012 a 2014. Nele, o IPUSP apresenta um plano de expansão em continuidade ao seu plano de metas anterior, considerando seu histórico de maturidade científica, objetivando ampliar suas atividades de pesquisa e intervenção em zonas de fronteira, além de acompanhar o desenvolvimento que ocorre internacionalmente, oferecendo esse conhecimento aos alunos de graduação e de pós-graduação, por meio da ampliação e criação de novas áreas de conhecimento e atuação. A seguir, arrolamos as 20 áreas de conhecimento e atuação destacadas no PRI, que ampliam linhas de trabalho já existentes ou trazem novas perspectivas para o IPUSP: 99 Análise Quantitativa de Comportamentos Complexos; 99 Pesquisa Conceitual e Histórica em Análise do Comportamento; 99 Cognição e Comunicação; 99 Tomada de Decisões em Animais e Humanos; 99 Neuropsicologia Experimental; 99 Genética dos Sistemas Sensoriais; 99 Psicologia Cultural;
71 99 Psicologia e Direito; 99 Psicologia Jurídica; 99 Psicologia, Violência e Direitos Humanos; 99 Psicologia Social e Política; 99 Psicologia Social e Problemas Contemporâneos; 99 Curso de Formação de Professores de Psicologia; 99 Clínica e Processos Institucionais em Saúde Mental; 99 Neuropsicologia Clínica; 99 Educação Inclusiva; 99 Educação Inclusiva: deficiência auditiva; 99 Intervenções clínicas em grupo; 99 Fenomenológico-Existencial Gestalt-Terapia; 99 Aconselhamento Psicológico e Avaliação Psicológica.
Em razão de ajustes orçamentários realizados pela USP, o PRI das Unidades está suspenso e deverá ser retomado tão logo os desafios orçamentários sejam superados. Indicadores de qualidade Temos buscado respeitar a especificidade de cada departamento no que tange à maior ou menor inserção dos docentes nas diferentes atividades, sem com isso desvalorizar os critérios de avaliação adotados pela Universidade. Porém, consideram-se importantes, no IPUSP, os seguintes indicadores da qualidade do trabalho docente. Em primeiro lugar, valoriza-se a participação regular do docente na formação dos alunos, tanto em nível de graduação quanto de pós-graduação. Vale ressaltar que tal participação pode ocorrer de acordo com o projeto acadêmico de cada departamento, via ministração de disciplinas, orientação de iniciação científica ou supervisão de estágio. Além da inserção na formação dos alunos, são consideradas relevantes a produção de pesquisas que resultem em produção e divulgação do conhecimento em publicações científicas, ou outras modalidades de aplicação, como modelos de intervenção adequados às demandas da sociedade. Ainda na parte relativa à produção do conhecimento, são consideradas relevantes a participação e coordenação em projetos de pesquisa em convênios com outras instituições acadêmicas, valorizando-se principalmente os interinstitucionais e internacionais; a participação em grupos de pesquisa ou trabalho em associações científicas ou agências financiadoras, como CAPES e CNPq, bem como obtenção de financiamentos junto a agências de fomento referentes a pesquisa, ensino ou extensão.
72 Quanto à divulgação do conhecimento produzido, valoriza-se ainda a participação e organização de eventos científicos, editoria de revistas científicas e atividades de assessorias ad hoc (e.g., parecerista, participação em conselhos editoriais, comitês científicos de eventos, comissões de avaliação e órgãos de fomento). No que diz respeito à extensão, é valorizada a participação em bancas e em discussões relacionadas à elaboração e avaliação de políticas públicas. O engajamento institucional é avaliado pela participação em comissões estatutárias e/ou órgãos de representação internos ou externos à Unidade e pela ocupação de cargos administrativos. Finalmente, distinções como prêmios recebidos como resultados das atividades didáticas, de pesquisa e de extensão são valorizados. Avaliação No funcionamento da Universidade, a rotina de acompanhamento das atividades docentes cabe aos departamentos. Dessa forma, os Departamentos possuem diferentes concepções e sistemáticas de avaliação. No período, houve departamentos que buscaram se aperfeiçoar via consultoria junto a professores estrangeiros. Nesse sentido, foram aconselhadas e adotadas iniciativas como realização de seminários para discussão de pesquisas, reuniões coletivas/grupais de alguns docentes com alunos da pós-graduação e cooperação entre colegas em atividades de docência e pesquisa. Valoriza-se a avaliação feita pelos alunos sobre as disciplinas e as atividades de supervisão. O recredenciamento trienal do docente na pós-graduação é outra oportunidade aproveitada pela Instituição para avaliar seus docentes em termos do desempenho nas aulas, o trabalho de orientação e publicações. O mesmo ocorre na ocasião de tramitação dos processos institucionalizados, como os pedidos de realização de exercício simultâneo de atividades de extensão e assessoria. Em suas reuniões, os departamentos costumam discutir, em relação aos seus objetivos, os pareceres emitidos por pareceristas ad hoc sobre atividades dos docentes em período probatório, ou interessados no exercício simultâneo de outras atividades. Na mesma perspectiva, são discutidos a avaliação por pares de credenciamento para a pós-graduação; pedidos de criação e de reformulação de disciplinas de graduação e de pós-graduação; propostas de criação de Laboratórios e de Serviços, de cursos e de demais tipos de atividades de extensão; pedidos de recredenciamento para ministrar aulas na pós-graduação; pedidos e credenciamento de docentes colaboradores para aposentados. Aproveita-se, ainda, para realizar uma reflexão sobre as potencialidades e dificuldades a partir da autoavaliação e da avaliação interna interpares, promovida por meio dos pareceres regulares e dos que são produzidos por demanda de setores externos (CPA, CAPES, CNPq, Pró-Reitorias, CERT). Apoio pedagógico e aprimoramento docente O IPUSP implementa várias iniciativas e atividades que cumprem a função de apoiar o trabalho pedagógico docente. Constituem bons exemplos desse tipo de iniciativa as
73 reuniões que a CG tem promovido semestralmente para planejamento e avaliação das atividades letivas, vistas não só como uma forma de apoio ao trabalho docente, mas ainda como oportunidades de avaliação e crítica. Também os encontros didáticos, promovidos pela CG, são valorizados como estímulo ao intercâmbio entre docentes. Igualmente valorizados são os simpósios, promovidos pela Pró-Reitoria de Graduação, que abordaram temas tais como inovações em laboratórios de ensino, desafios e inovações na docência na USP. Esses seminários contribuem para o aprimoramento do projeto pedagógico da graduação, da metodologia de ensino, da utilização de tecnologias de informação e comunicação. Além dessas iniciativas das instâncias da graduação, deve ser mencionado o importante apoio pedagógico propiciado pelos materiais e cursos elaborados pela Biblioteca do IPUSP sobre temas como normas de citações bibliográficas, uso da biblioteca, material didático disponível no IP, confecção e envio de artigos para revistas científicas e redação de artigos em inglês. Seminários semestrais realizados no âmbito dos departamentos constituem iniciativas de apoio – importante oportunidade não só de aprendizagem para os alunos, mas de reflexão sobre a própria prática para os docentes. A exigência de um perfil docente específico para os atendimentos clínicos supervisionados implica, além da capacidade pedagógica, a habilidade de transmitir seus conhecimentos, experiência e domínio da situação clínica para favorecer o processo formativo dos alunos por meio da supervisão, o que leva os docentes a manter inserção e contato com centros de pesquisa e de formação. Ademais, projetos de cooperação nacional e internacional têm sido oportunidades para os docentes ampliarem seus conhecimentos didáticos com vistas à aplicação nas disciplinas, atividades de extensão e formação em pesquisa. Assim, tem sido incentivado o intercâmbio dos docentes com instituições acadêmicas nacionais e internacionais, para o aprimoramento e a articulação entre docência, pesquisa e extensão. Outra iniciativa é a ministração interdepartamental de disciplinas, o que propicia oportunidade de planejamento conjunto e de avaliação constante de resultados. A presença de bolsistas do Programa de Aperfeiçoamento de Ensino (PAE) nas disciplinas de graduação é outra iniciativa que contribui não só para a formação desses alunos, mas também para o aperfeiçoamento didático dos docentes das disciplinas, em virtude das informações que trazem de suas observações das aulas e de seus contatos com os alunos de graduação. A Comissão de Graduação tem como prática convidar os novos docentes para apresentar o funcionamento da graduação na Unidade e responder a eventuais dúvidas acadêmicas e administrativas, favorecendo sua integração ao conjunto de procedimentos, normas, metas e demais questões institucionais. Além disso, os departamentos mantêm práticas que favorecem essa integração – como a realização de reuniões mensais em que os novos docentes, ao participar das discussões sobre as atividades de graduação, pós-graduação e extensão, têm favorecida a compreensão do projeto acadêmico e científico daquela instância.
74 O novo docente também é estimulado a se integrar nos laboratórios e núcleos de pesquisa do departamento e participar das atividades de pesquisa e extensão ali realizadas. Além disso, a inserção em disciplinas, com acompanhamento de colegas mais experientes, favorece a integração do recém-contratado ao projeto pedagógico do departamento, assim como sua inserção na pós-graduação. A maioria dos departamentos estimula a inserção em comissões estatutárias (como suplente ou membro efetivo), como Conselho Departamental, Comissão de Pesquisa, Extensão, Graduação e Pós-Graduação, fato que favorece a integração do novo docente à Instituição. Tratando-se do aprimoramento docente, considerado essencial no IPUSP, são estimuladas as parcerias com docentes de outras instituições brasileiras ou do exterior, o que contribui para a evolução tanto científica como pedagógica do docente – avançando, consequentemente, o projeto acadêmico e científico da Unidade. Para efetivar essas parcerias, são estimulados o estabelecimento de convênios que institucionalizam a colaboração em pesquisas e cursos e a participação em bancas, o que tem ocorrido com frequência nos últimos cinco anos, graças ao suporte prestado pela comissão de cooperação internacional. A participação em eventos nacionais e internacionais e os estágios de pós-doutoramento no Brasil ou no exterior também são apoiados, pela concessão dos afastamentos necessários e aprovação dos pedidos de financiamento. Na mesma perspectiva, o aperfeiçoamento via estágio pós-doutoral é estimulado também no âmbito dos departamentos, pela colaboração dos colegas que assumem as atribuições do docente, principalmente no que se refere à carga didática e à representação institucional. Participação institucional A representação em comissões e órgãos colegiados é estimulada na Unidade e em todos os departamentos, com o cuidado de manter o equilíbrio entre as diversas atividades para não sobrecarregar o ingressante. A participação é considerada uma forma produtiva de inserção, pois, além de prover informações sobre as diversas atividades da Unidade e dos departamentos (favorecendo os ajustes necessários), promove a visão das especificidades dessas questões pelos outros departamentos, ampliando e complexificando a perspectiva sobre como lidar com as diversas demandas institucionais. Assim, de modo geral, todos os docentes participam das várias instâncias institucionais dos departamentos e da Unidade – e, mesmo da Universidade, como Conselhos de Ética de outras Unidades, o Hospital Universitário e órgãos como o Instituto de Estudos Avançados. Os docentes estão inseridos em diferentes laboratórios e núcleos de pesquisa, associações que favorecem a realização das metas tanto da Unidade como dos departamentos. É notável a inserção de mais da metade dos docentes em grupos de trabalho da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação (ANPEPP). Vale destacar ainda a participação dos docentes em programas de pós-graduação de outras unidades e órgãos públicos (como serviços de atendimento à família, conselhos editoriais de periódicos científicos e conselhos consultivos).
75
2. VICE-DIRETORIA 2.1. Apresentação A Vice-Diretoria do Instituto de Psicologia da USP retomou seu papel ativo na gestão da Unidade, liderando a discussão de importantes questões tanto acadêmicas como administrativas. Assim, foi responsável, entre outras atividades, por conduzir três comissões instauradas para tratar de assuntos específicos e relevantes: a proposta do curso noturno no IPUSP, o acompanhamento curricular, e a regulamentação de concessão de verbas para treinamento e capacitação de funcionários.
2.2. Curso noturno Uma iniciativa significativa desta gestão foi a reativação da proposta de implantação do curso noturno no IPUSP. Para tanto, a proposta de reativação foi submetida à Congregação, que a aprovou em 20 de maio de 2013 e nomeou, na mesma ocasião, a comissão encarregada de elaborar o projeto de implantação. A comissão foi constituída pelos seguintes representantes: 99 Direção: Professora Titular Maria Isabel da Silva Leme 99 Funcionários: Fábio Oliveira, substituído pela suplente Anete Aparecida de Souza Farina, quando foi aprovado em concurso para professor doutor no Departamento de Psicologia Social e do Trabalho 99 Discente da graduação: Claudio Kazuo Akimoto 99 Discente da pós-graduação: Sandro Mazzio 99 Departamento de Psicologia Clínica: Professora Titular Maria Abigail de Souza e Professor Francisco Baptista Assumpção Junior (suplente) 99 Departamento de Psicologia Social e do Trabalho: Professor José Moura Gonçalves Filho (sem suplente) 99 Departamento de Psicologia Experimental: Professora Doutora Patrícia Izar e Professor Associado Marcelo Costa (suplente) 99 Departamento de Psicologia da Aprendizagem: Professora Associada Marilene Proença Rebello de Souza (sem suplente, por pertencer ao mesmo departamento que a representante da Direção)
A comissão contou com a colaboração da então presidente da Comissão de Graduação, Professora Doutora Ianni Scarcelli, por ocasião da discussão da carga horária, e da atual presidente da comissão, Marcia Bertolla. E ainda com a colaboração voluntária de cinco alunos da graduação: Tomás Piazun, Fernanda Braga, Sofia Coelho, Amanda Brunelli e Rodolfo Maia.
76 É importante apresentar, antes da descrição das atividades desenvolvidas, um breve histórico da implantação do curso noturno no Instituto de Psicologia, seguido por uma breve análise dos motivos julgados pertinentes pela comissão para sua implantação. Histórico A primeira proposta de um curso noturno foi feita em 1991, quando a Pró-Reitoria de Graduação da Universidade de São Paulo, então presidida pelo Prof. Celso de Rui Beisiegel, solicitou avaliação quanto ao interesse da Unidade em um curso nesse período. O pedido foi encaminhado à Comissão de Graduação, que, em ofício de 26 de junho de 1991 endereçado à Congregação do IP, manifestou-se contrária à criação do curso, argumentando que a formação exigia dedicação dos alunos em período integral, e que a adequação a essa exigência aumentaria a formação em alguns anos. A proposta de curso noturno foi retomada no ano seguinte, sob gestão da nova direção, que constituiu um grupo para estudar a viabilidade de implantação. Nos meses de novembro e dezembro de 1992, foi organizado e realizado o 1º Simpósio de Reestruturação do curso de Graduação em Psicologia, que subsidiou o “Relatório do Grupo de Trabalho encarregado de pensar a implementação do curso de graduação no período noturno”. Esse documento foi a primeira manifestação favorável ao curso noturno. Vale lembrar que os trabalhos do GT foram cada vez mais assinalando a necessidade de reestruturação curricular, percebida como condição para o progresso na proposta do noturno. As iniciativas para reestruturar o currículo de Psicologia no IP foram crescentemente absorvendo os docentes mais envolvidos com a proposta do noturno, que passaram a se reunir cada vez menos até, finalmente, encerrarem a discussão. Três anos depois, em 27 de maio de 1996, sob a direção do Prof. Lino de Macedo, o processo ligado ao curso noturno foi reconsiderado pela Comissão de Graduação, que decidiu discuti-lo, em seu mérito e viabilidade, somente após a conclusão dos trabalhos de reestruturação curricular. Assim, a discussão sobre a implantação do curso noturno de Psicologia no IPUSP ficou suspensa desde 1996, sendo retomada apenas em 2012, em reunião ordinária da Congregação – que, como já relatado acima, constituiu a presente comissão em 2013, após aprovar a continuação da proposta. Motivação Os motivos que levaram a atual gestão a propor a implantação do curso noturno foram além da evidente necessidade de incluir na Unidade estudantes que precisam frequentar esse período por questões econômicas: a necessidade de ampliar o número de vagas, o mesmo desde a fundação do Instituto de Psicologia. O aumento no número de vagas propiciaria um melhor aproveitamento do espaço físico, ocioso no período noturno. Ainda, alguns estudos mostram que o Ensino Superior realizado no período noturno, além de pouco pesquisado, demanda condições de ensino e aprendizagem específicas, que também precisam ser mais investigadas, o que é considerado missão da universidade pública.
77 Entre as questões não investigadas ainda, destaca-se a ausência de caracterização da população estudantil em termos de nível socioeconômico, sexo, faixa etária, ocupação e outros aspectos. Em virtude das condições de estudo menos favoráveis desses estudantes – por exemplo, escassez de tempo para se dedicar ao estudo no contraturno e conciliação do trabalho com as exigências acadêmicas (como estágios diurnos) –, é necessário investigar o ensino de estratégias de estudo que garantam a eficiência da aprendizagem. Ainda a respeito das condições menos favoráveis de vida da população estudantil que estuda no noturno, também precisam ser mais investigadas estratégias referentes à motivação apontadas pelos estudantes como importantes nesse sentido. Verifica-se, então, a necessidade de investigar como o processo ensino-aprendizagem na universidade pode ser aprimorado de modo a atender as necessidades do aluno que frequenta o período noturno, o que o Instituto de Psicologia tem todas as condições de realizar, em virtude de sua tradição e de suas condições consolidadas de pesquisa, além das linhas de investigação na área de aprendizagem. Proposta Do segundo semestre de 2013 ao final de 2015, a Comissão Assessora da Congregação dedicou-se a elaborar a proposta do curso, consultando as necessidades de todos os setores envolvidos. A partir dessas concepções, definiu princípios de operacionalização, Projeto Pedagógico, carga horária, duração e recursos humanos e físicos necessários para a efetiva implantação. A proposta foi discutida entre o final de 2014 e o primeiro semestre de 2016 em quatro reuniões abertas a toda a comunidade do IPUSP, que colocou suas dúvidas e sugestões de mudanças – que estão sendo implementadas antes da submissão final à Congregação e à Pró-Reitoria de Graduação.
2.3. Comissão de Acompanhamento Curricular A atual gestão reativou em 2013 a Comissão de Acompanhamento Curricular que fora criada em 1997 pela Comissão de Graduação do IPUSP para proceder à reestruturação curricular – na época, denominada Comissão Ampliada de Reestruturação Curricular. Esta comissão permaneceu ativa até 2004, pouco após completar seus trabalhos com a elaboração da Proposta de Reestruturação Curricular do Curso de Graduação. Após a reativação, prevista no Projeto Político-Pedagógico/Currículo, a comissão foi composta pelos seguintes membros: 99 Departamento de Psicologia da Aprendizagem, do Desenvolvimento e da Personalidade: Maria Isabel da Silva Leme (efetivo) e Rogerio Lerner (suplente); 99 Departamento de Psicologia Clínica: Ana Maria Aguirre (efetivo) e Leila Tardivo (suplente); 99 Departamento de Psicologia Experimental: Paula Debert (efetivo) e Marcelo Benvenutti (suplente);
78 99 Departamento de Psicologia Social e do Trabalho: Maria Ines Fernandes (efetivo) e José Moura Gonçalves Filho (suplente); 99 Representante da Comissão de Graduação: Professora Ianni Scarcelli e Marcia Bertolla; 99 Representantes Discentes: Tiago Luzzi Galvão (2014), Hudson Silva (2015), Tomás Piazun (2016).
A Comissão começou suas atividades no segundo semestre de 2013, com reuniões mensais realizadas às segundas-feiras. Inicialmente, discutiu suas atribuições e as expectativas da comunidade a respeito delas. Também iniciou a análise da estrutura curricular, buscando esclarecimentos em relatos históricos e no exame de questões da política institucional e da política educacional nacional. Verificou-se grande variedade de posições em relação ao currículo e à formação em geral, e, em virtude dessa diversidade, a Comissão deliberou realizar uma pesquisa para verificar a percepção da comunidade do IPUSP sobre a formação. Foi elaborado um questionário para pesquisar as mudanças vistas como necessárias e, ainda, quais os procedimentos para implementá-las. Verificou-se insatisfação do corpo discente com o currículo, considerado fragmentado pelo fato de as disciplinas obrigatórias não apresentarem coesão nem continuidade – e até, representando pouco avanço em relação ao currículo que veio substituir. Outro aspecto apontado foi a sobrecarga representada pela departamentalização do currículo. Apontou-se, ainda, que a atribuição de horas-trabalho encontram-se subestimadas, necessitando correção. Um aspecto positivo assinalado foi a existência de disciplinas interdepartamentais, cuja oferta poderia ser expandida. Sugeriu-se também que as ementas fossem revistas e elaboradas conjuntamente. A Comissão participou do Encontro Didático realizado no final do semestre, que abordou temas de grande importância para o acompanhamento curricular, notadamente a apresentação do Projeto Político Pedagógico e de propostas de articulação entre as disciplinas. Na discussão sobre o Projeto Político Pedagógico, foram analisadas mudanças necessárias na estrutura curricular e alguns temas – como os pontos de insatisfação dos alunos, entre os quais a repetição de conteúdos e textos no currículo e a didática dos professores. Foram apresentadas propostas como aumento de disciplinas interdepartamentais; reorganização de alguns horários; permanência de todos professores da disciplina ministrada em conjunto em todas as aulas; avaliação das disciplinas por escrito ou fórum no fim do curso. Nos períodos subsequentes, a Comissão organizou dois Encontros da Graduação para discussão da formação no IPUSP. Em suas reuniões mensais, analisou as disciplinas do currículo e verificou que nem todas estão correspondendo ao programa proposto. Foi elaborado um estudo sobre as ligações entre obrigatórias, eletivas e optativas livres a fim de apontar pontos positivos e lacunas. A partir desse estudo, foi elaborado um relatório, encaminhado no final do ano para ser discutido nos departamentos juntamente com o pedido de elaboração de um parecer baseado em uma análise das metas especificadas ao final do relatório, a saber:
79 99 Análise dos conteúdos das disciplinas para fundamentar a continuidade e o aprofundamento das disciplinas eletivas em relação às obrigatórias; 99 Análise do conteúdo das disciplinas para consubstanciar a discussão sobre o perfil delas previsto no projeto pedagógico, abrangendo temas e tópicos especiais, bem como novas áreas de pesquisa; 99 Análise do conteúdo das disciplinas para identificar eixos temáticos e distribuição na grade curricular.
2.4. Comissão de Treinamento e Capacitação de Funcionários Em abril de 2013 a Diretoria do IPUSP, com o intuito de estabelecer uma política institucional para a concessão de verbas de treinamento para funcionários, compôs a comissão encarregada de estudar a questão e elaborar uma portaria que a regulamentasse. Foram nomeados para compor a comissão os professores Maria Isabel da Silva Leme e Marcelo Afonso Ribeiro e a Sra. Angelica Sabadini, vice-diretora da Biblioteca. A Comissão elaborou uma minuta de portaria que foi encaminhada em maio de 2013 ao Conselho Técnico Administrativo (CTA), que apresentou sugestões que foram incorporadas na regulamentação. Em julho do mesmo ano, a Assistência Financeira emitiu parecer favorável à portaria, que foi publicada em 11 de julho 2013 sob o número Portaria 40 de 16/07/2013. Resumidamente, a portaria estabelece os critérios de concessão – como despesas que poderão ou não ser custeadas, tempo de serviço no IPUSP para pleitear verba, relação com a área de atuação e atribuições do solicitante e sua chefia para organização do trabalho durante o curso. A parte relativa à solicitação estipula os prazos, número de concessões e documentos necessários, bem como parecer técnico sobre aspectos formais. A parte relativa à concessão descreve as regras para tal, como número de pedidos atendidos no período, disponibilidade de verba e proporção a ser destinada a cada pedido, necessidade do setor, apresentação de trabalho, continuidade de cursos, e treinamentos da USP. Finalmente na última parte, que dispõe sobre as normas, definem-se as obrigações do servidor, como elaboração de relatório após a atividade, prestação de contas e, quando aplicável, multiplicação dos resultados de cursos e eventos para a comunidade do IP. A portaria teve boa receptividade na comunidade.
80
81
3. SETORES ACADÊMICO-ADMINISTRATIVOS 3.1. Assistência Acadêmica 3.1.1. Apresentação A Assistência Acadêmica assessora a Diretoria do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IPUSP). A ela compete, entre outras atribuições: 99 Assessorar a comunidade acadêmica no que se refere aos assuntos acadêmicos, conforme estabelecido no Estatuto e Regimento da Universidade; 99 Organizar as reuniões da Congregação e do Conselho Acadêmico e providenciar os encaminhamentos; 99 Assessorar e supervisionar os serviços de Graduação, Pós-Graduação e Apoio Acadêmico; 99 Quando solicitado, assessorar as comissões de Graduação, Pós-Graduação, Pesquisa e Cultura e Extensão Universitária, e organizar e executar as atividades dos concursos docentes da Unidade; 99 Organizar o processo eleitoral de escolha de representante docente e não docente nos colegiados do IPUSP e da USP; 99 Organizar a solenidade de colação de grau; 99 Organizar o processo seletivo de monitoria na Unidade; 99 Emitir relatórios e pareceres pertinentes à área acadêmica.
Equipe administrativa 99 Assistente Acadêmica: Cynthia Regina Borges Braga Mannini 99 Assistente Acadêmica Substituta: Joana Darc de Lima 99 Auxiliar Administrativo: Maria Betânia Grangeiro da Costa
3.1.2. Princípios No período da gestão da Diretoria 2012-2016, a Assistência Acadêmica baseou sua atuação nos princípios de gestão apresentados pelo Prof. Dr. Gerson Yukio Tomanari durante o segundo debate dos candidatos à direção do IPUSP, que ocorreu em meados de março de 2012. Na oportunidade, foram apresentados princípios norteadores para o mandato, dentre os quais se destacam, no âmbito acadêmico: 99 Valorização dos colegiados. Frisou-se o necessário aprofundamento das questões e dos argumentos na Congregação, que seriam somados a consultas públicas, com discussões ampliadas. 99 Ações contínuas objetivando o aumento da transparência. 99 Fortalecimento dos canais de comunicação.
82 99 Compromisso com a autonomia da universidade pública (autogestão administrativa e acadêmica). 99 Transparência (acadêmica, financeira e administrativa) das informações e das ações. 99 Diálogo amplo, permanente e sistemático (intra e entre categorias). 99 Fortalecimento do papel dos representantes no Instituto e fora dele. Retirar a votação do âmbito pessoal e passar para a representação de categoria. 99 Busca da eficiência administrativa. 99 Integração das comissões acadêmicas. 99 Defesa de um trabalho da Diretoria junto com a Comissão de Graduação em acompanhamento do currículo, projeto de estágio, estudo de egressos e curso noturno.
3.1.3. Atuação para valorização dos colegiados e da representação “Uma multidão de homens é transformada em uma pessoa quando é representada por um só homem ou uma só pessoa, de maneira que tal seja feito com o consentimento de cada um dos que constituem essa multidão. Porque é a unidade do representante, e não a unidade do representado, que faz com que a pessoa seja uma. E é o representante o portador da pessoa, e só de uma pessoa. Esta é a única maneira pela qual é possível entender a unidade de uma multidão.” Thomas Hobbes
Este item objetiva apresentar novas práticas de representação e funcionamento dos colegiados no Instituto de Psicologia da USP, com olhar nas questões atuais sem perder de vista a cultura da instituição. Para alcançar tais objetivos, apresentaremos ações que foram implementadas/experimentadas ao longo da gestão que teve início em maio de 2012. Com essas ações, o colegiado e seus membros ganharam qualidade na apreciação dos assuntos que lhes foram submetidos. As deliberações na Universidade de São Paulo se dão, na grande maioria das vezes, pelos seus órgãos colegiados, e no IPUSP não seria diferente. Ocorre que, nesta gestão, questões que poderiam ser deliberadas exclusivamente pela Diretoria foram encaminhadas para apreciação do colegiado. Representatividade Nessa lógica de encaminhamento de questões importantes que tocam a vida do Instituto aos colegiados, ganhou importância o trabalho dos representantes. As vontades das categorias são defendidas por meio de seus representantes nesses colegiados, o que está estabelecido no Estatuto da Universidade. Ponderou-se que uma democracia plebiscitária, que seria entendida como a soma das vontades individualmente, não seria o melhor caminho para a defesa dos interesses do bem público. Defendemos que, nos colegiados, há a possibilidade de uma construção argumentativa mais densa a partir das opiniões apresentadas. O que se critica, e procura-se corrigir na medida das possibilidades estatutárias, é uma possível sub-representação de determinadas categorias que, apesar da possibilidade de expressar opinião, supostamente teriam pouca força no momento das deliberações.
83 As normas que definem a estrutura, a composição e os procedimentos decisórios dos colegiados da Universidade de São Paulo estão expressos no conjunto normativo da USP1. Dessa forma, uma ampliação dos assentos também se dá por esta via. Nesse tocante, foi aprovada pelo Conselho Universitário (CO) nossa proposta de alteração do regimento interno do IPUSP para ampliação do Conselho Técnico Administrativo (CTA). Temos hoje um favorecimento da participação indireta, por meio de representantes. E, para além disso, nesta gestão a participação direta foi fomentada pela realização de plenárias e reuniões abertas, chamadas pela Diretora com convite a toda a comunidade. Num contexto em que os diversos grupos do Instituto de Psicologia podem ter concepções distintas de interesse público, ainda que seja este o objetivo, coube à Diretoria garantir a diversidade e pluralidade desses discursos. Compreendeu-se que essas diferenças tiveram espaço para manifestação e influência nas decisões, por meio dessas reuniões públicas. Interessa destacar que, no ano de 2012 (a contar da posse no mês de maio), foram cinco reuniões ordinárias da Congregação e uma extraordinária. No ano de 2013, foram dez reuniões ordinárias e quatro extraordinárias (tradicionalmente, a Congregação não se reúne no mês de dezembro, fato que ocorreu no ano de 2013). Em 2014, o ano foi atípico e a USP enfrentou longo período de greve, com paralisação de grande parte das atividades institucionais; ainda assim, foram nove reuniões ordinárias. Em 2015, a Congregação se reuniu em dez oportunidades. Os números mostram que, em comparação com os anos anteriores, o colegiado se reuniu um maior número de vezes. Nota-se que a Diretoria entende que é possível uma combinação de formas de participação direta e indireta. Da forma indireta, há a participação de representantes nos colegiados. A participação direta foi fomentada pela Diretoria por meio da realização de reuniões públicas e plenárias que, apesar do caráter não deliberativo, nortearam e alimentaram a discussão colegiada. Novas possibilidades de participação e a experiência do Conselho Gestor no Centro Escola do Instituto de Psicologia O Centro Escola do Instituto de Psicologia (CEIP) é ligado à Direção e teve seu regimento aprovado em 2014 após longo processo de construção, envolvendo o debate sobre inserção institucional, estrutura administrativa e formas de gestão. Entre os objetivos do CEIP, está o de oferecer à sociedade serviços de Psicologia na esfera da saúde. O órgão deliberativo do CEIP é o Conselho Gestor, que possui em sua composição a participação de um membro da comunidade, algo inédito nos colegiados do Instituto de Psicologia. A Constituição de 1988 alterou a configuração do desenho institucional de importantes áreas. Notadamente, destaca-se a área da saúde, com previsão de participação da comunidade nos processos decisórios que envolvem as políticas públicas2. Nesse sentido, 1 www.usp.br/normas 2 Apesar de a CF/88 prever que a participação da comunidade constitui uma das diretrizes que organizam o sistema de saúde, somente com a edição das leis 8.080 e 8.142 em 1990, a participação da comunidade foi regulamentada.
84 vem ao encontro do espírito constitucional a inclusão da participação de um membro da comunidade no órgão deliberativo no Conselho Gestor do CEIP. Como ainda é algo novo, não temos como avaliar como esse novo desenho institucional contribuirá de fato para uma participação mais efetiva e autônoma da comunidade na produção das políticas públicas, muito embora seja este o desejo dos que participaram da criação do Regimento Interno do CEIP (aprovado nesta gestão). O Conselho Gestor também inova ao prever uma participação paritária entre docentes e funcionários. Consolidação do Conselho Acadêmico A Direção do Instituto de Psicologia instituiu o Conselho Acadêmico no início de 2015. A Assistência Acadêmica atuou ativamente na consolidação desse novo colegiado, com a formalização de sua composição e de suas reuniões. Desde sua primeira sessão, que ocorreu em 23 de fevereiro de 2015, o Conselho Acadêmico se reuniu oito vezes. O Conselho Acadêmico é composto por: Direção e Vice-Direção; representantes das Comissões Acadêmicas (Graduação; Pós-Graduação; Pesquisa; Cultura e Extensão; Comitês de Ética; Licenciatura e CCNInt); representantes discentes de graduação e pósgraduação; e representantes dos funcionários. O Conselho conta, ainda, com o apoio da Assistência Acadêmica e do Serviço de Apoio Acadêmico. O colegiado tem se revelado de fundamental importância, pois atua como instância de pactuação e troca de informações entre as diversas comissões acadêmicas, bem como estabelece acordos acerca de questões operacionais relativas às diversas comissões. Entende-se pactuação como negociação das comissões para um melhor funcionamento das atividades acadêmicas do Instituto. O primeiro produto do Conselho Acadêmico foi apresentado na 449ª sessão da Congregação, ocorrida em 22 de fevereiro de 2016. Trata-se de Regulamento para o Programa de Pós-Doutorado do IP, que foi aprovado pela unanimidade dos congregados. Fortalecimento do Serviço de Apoio Acadêmico O Serviço de Apoio Acadêmico, criado em abril de 2011 com a reestruturação do organograma do IP, abrange atualmente as seguintes comissões acadêmicas: Pesquisa, Cultura e Extensão, Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos, Comitê de Ética em Pesquisa com Animais e Comissão de Convênios Nacionais e Internacionais. A Direção do IPUSP nomeou, em fevereiro de 2015, uma nova chefia para o Serviço de Apoio Acadêmico. A chefia, além de atuar na administração executiva dessas comissões, também é responsável por conduzir o plano de trazer ao Instituto uma ampla discussão internacional sobre o papel da análise de dados de pesquisas em Psicologia. Esse projeto visa a identificar possíveis problemas e propor soluções que possam contribuir para o desenvolvimento dos trabalhos científicos do IPUSP – reforçando a necessidade de
85 interlocução entre as metodologias de pesquisa e a análise dos dados, bem como discutir a apresentação e a interpretação de resultados. Nesta gestão, a Comissão de Pesquisa, conjuntamente com a Diretoria, iniciou um processo de reestruturação da Secretaria da Comissão de Pesquisa, que conta agora com a colaboração de dois novos funcionários. Além dos recursos humanos, a secretaria da Comissão de Pesquisa também conta com novo espaço físico para a realização de suas atividades. Ações implementadas para ampliação da representação nos colegiados do IPUSP Com relação à representação discente, frisa-se que temos dois grandes grupos que compõem o corpo discente do Instituto de Psicologia: os alunos do curso de graduação e os alunos de pós-graduação (stricto sensu). O Regimento Interno do IPUSP previa assento para um representante discente no Conselho Técnico Administrativo (CTA), sem especificar se o aluno seria de graduação ou pós-graduação. Ora, esses dois grandes grupos do corpo discente possuem experiências e necessidades por vezes muito distintas, de modo que havia grande dificuldade em compor os interesses e eleger apenas um único representante dos dois grupos de alunos. Considerando a possibilidade de ampliação do CTA – prevista nas normas da USP –, a Direção do Instituto propôs a ampliação do colegiado de forma a garantir também a participação do coordenador executivo do Centro Escola do Instituto de Psicologia (CEIP) e da Chefia do Serviço de Biblioteca e Documentação Dante Moreira Leite. Após aprovação pela Congregação do IPUSP, a 970ª reunião do Conselho Universitário (realizada em 13 de outubro de 2015) aprovou a proposta de alteração do artigo 6º do Regimento do Instituto de Psicologia que amplia a composição do Conselho Técnico Administrativo. O CTA conta, agora, com um representante discente de pós-graduação, o coordenador executivo do CEIP e a chefia do Serviço de Biblioteca e Documentação Dante Moreira Leite, além dos assentos já previstos no Regimento Interno do IPUSP. Com isso, o Conselho Técnico Administrativo (CTA) está assim composto: 99 Diretor 99 Vice-Diretor 99 Chefes de Departamentos 99 Representante discente da graduação 99 Representante discente de pós-graduação 99 Coordenador executivo do Centro Escola do Instituto de Psicologia 99 Chefia do Serviço de Biblioteca e Documentação Dante Moreira Leite 99 Representante dos servidores técnico-administrativos
86 3.1.4. Transparência A gestão 2012-2016 da Diretoria do IPUSP teve como diretriz o estímulo à transparência. Essa diretriz vem ao encontro de um clamor público pelo acesso às informações públicas, que culminou na promulgação da Lei 12.527/11. A chamada Lei de Acesso à Informação Pública, que entrou em vigor em maio de 2012, regulamenta o direito de todo cidadão ao acesso à informação pública. Em síntese, torna o acesso à informação regra e o sigilo, exceção. O desafio da Assistência Acadêmica tem sido transformar essa diretriz em ações que possibilitem o acesso amplo às informações de que detém guarda. Nesse sentido, a Assistência Acadêmica atua em duas frentes: (1) deixar a maior quantidade de informações acessíveis à população, e (2) tornar as informações compreensíveis ao público em geral. A Assistência Acadêmica tem como meta o aprimoramento da entrega dessas informações. Somos adeptos do princípio da transparência ativa, que prevê, por exemplo, a publicação de informações na internet. Nesse sentido, aproveitamos a reformulação do website do Instituto de Psicologia para modernizar nossa área nele a fim de aprimorar a gestão das informações. Manual do Congregado A Assistência Acadêmica do IPUSP entende que somente a disponibilização de dados não reforça automaticamente a transparência: não basta a informação estar visível, ela deve ser compreensível. Assim, foi elaborado – em conjunto com o represente discente da graduação, Thiago Luzzi – um manual da Congregação. Pretendeu-se, com isso, tornar compreensível a todos o funcionamento do colegiado. O manual da Congregação será divulgado no novo site que o Instituto irá implementar. Transmissão e gravação das sessões da Congregação do IPUSP pelo IPTV A Diretoria do Instituto de Psicologia da USP, objetivando promover a transparência e a máxima divulgação de informações de interesse público, com base em deliberação da Congregação de 22/02/2016 e no artigo 243-A do Regimento Geral da USP, baixou a Portaria 04/2016, que prevê a transmissão e gravação das sessões da Congregação, sempre que houver possibilidade técnica, pelo Internet Protocol Television (IPTV). 3.1.5. Projetos em andamento Novas diretrizes para atividades de monitoria no Instituto de Psicologia A Direção do IPUSP desenvolveu trabalho, em conjunto com a Assistência Acadêmica e a Comissão de Graduação, para a definição de novas diretrizes para o desenvolvimento das atividades de monitoria no Instituto de Psicologia. O trabalho também contou com importante colaboração de Comissão Assessora do CTA na análise das monitorias. Entre as alterações que a portaria produto desse trabalho provoca, está o caráter de permanência estudantil que a bolsa de monitoria passa a ter. Em consonância com a política
87 de inclusão social da USP e do IPUSP, as bolsas serão destinadas prioritariamente a estudantes com maior pontuação na classificação socioeconômica – auferida por processo de avaliação realizado anualmente pela Superintendência de Assistência Social da USP (SAS). Outra diretriz importante é a apreciação e coordenação da monitoria pela Comissão de Graduação. Atualmente o processo é descentralizado: a seleção cabe aos Departamentos e, em nenhuma ocasião, a Comissão de Graduação participa do processo. No momento, a Portaria está sendo submetida a adequações para posterior análise da Comissão de Graduação. A SAS já foi consultada a respeito da possibilidade de realização da análise socioeconômica e aceitou prontamente tal atribuição. Proposta para nova tramitação dos convênios nacionais no IPUSP Atualmente, o Instituto de Psicologia conta com dois órgãos internos com competência para estabelecer convênios nacionais: a CCNInt e o Setor de Convênios. A Comissão de Convênios Nacionais e Internacionais (CCNInt) foi criada em 2008 pela Portaria 102, de 03/11/2008 (publicada no Diário Oficial de 05/11/2008). Um de seus objetivos é estabelecer parcerias nacionais por meio de convênios. A comissão é subordinada ao Serviço de Apoio Acadêmico e à Assistência Acadêmica. Já o Setor de Convênios foi criado na última atualização do organograma, em 2010, e está subordinado à Assistência Financeira. Internamente, a competência do convênio entre esses dois setores se dá pela necessidade ou não de prestação de contas financeiras. Dito de outra forma: se o convênio envolver prestação de contas, é administrado pelo Setor de Convênios; se for estritamente acadêmico, sem envolvimento de recursos financeiros, a administração é feita pela CCNInt. Na proposta de novo funcionamento, o Setor de Convênios Nacionais terá dupla função: formalizar convênios e acompanhar convênios que envolvam prestação de contas. Competirá ao Setor de Convênios organizar e disponibilizar documentos às instituições interessadas em estabelecer convênios com o Instituto de Psicologia. Em se tratando de convênio acadêmico, caberá à respectiva comissão acadêmica analisar o mérito e acompanhar a execução do convênio. Também caberá ao Setor de Convênios o acompanhamento da execução de convênios com recursos financeiros, para prestação de contas. A proposta foi finalizada e será submetida ao Conselho Acadêmico e, posteriormente, à Congregação.
88 3.2. Assistência Administrativa 3.2.1. Apresentação A Assistência Administrativa responde, diretamente à Diretoria, pela administração da Unidade. Sua principal atribuição é o planejamento, execução e coordenação das atividades diárias do Instituto em conjunto com a Assistência Financeira. Equipe 99 Assistente Administrativo: Adriana Aparecida Pavaneli 99 Secretária: Luzia Franco do Nascimento - Secretária 99 Auxiliar de Serviços Gerais: Elineide Portela de Oliveira 99 Serviço de Pessoal: Dinorá da Silva Ferro (chefe administrativo) e Rosana Talarico (técnico administrativo) 99 Serviço de Expediente: Rubens Fonseca Leitão (chefe adm.), Jaime Araújo Gonçalves (auxiliar de laboratório), Joana D’Arc H. de Andrade (aux. adm.) e Jorge Luis de Azevedo (motorista) 99 Seção de Veículos: Marcos Antonio Ferraz Santo (chefe de Seção), Josué Souza Freitas (motorista) e Sidney D. Favorito Jr. (motorista) 99 Seção de Serviços Gerais: Sergio Eduardo Silva (chefe de Seção) 99 Setor de Segurança: Francisco Santos de Melo (encarregado de Setor); vigias: Carlos Robério S. da Silva, Carlos Roberto Bernardes, Claudio Roberto F. da Silva, Edilson Monteiro Pinheiro, Fernando Freski Rigo, João da Silva, José Eduardo Aranha, Luis Fernando Conceição, Manoel José dos Santos, Paulino dos S. Gonzaga, Roberto da Silva Ferreira 99 Setor de Manutenção: Antonio Carlos Corrente (encarregado de Setor), Antonio Gomes Ribeiro (técnico de manutenção/obras) e Sidnei Camargo Luccas (técnico de manutenção/obras)
3.2.2. Cooperação com a Assistência Financeira A administração do IPUSP passou por uma grande transformação a partir da renovação das Assistências Financeira e Administrativa, em 2013. Novas assistentes foram indicadas para esses cargos e, em consequência dessa mudança, uma nova forma de funcionamento foi implementada na rotina de trabalho dessas Assistências no IPUSP. O trabalho passou a ser cooperativo entre as áreas: seus colaboradores passaram a dividir responsabilidades e a discutir e estabelecer objetivos e metas de curto e médio prazo, uma vez que o apoio da área financeira é essencial para que a Administração alcance seus objetivos. Essa nova forma de funcionamento e organização do trabalho passou, em pouco tempo, a gerar resultados nitidamente positivos para o Instituto. Várias demandas administrativas, de manutenção predial e contratação de serviços foram colocadas em dia. Diversas melhorias puderam ser estabelecidas, principalmente no que se refere aos serviços periódicos do IPUSP.
89 Serviços periódicos: 99 Jardinagem: 4 vezes ao ano; 99 Limpeza das caixas d’agua: 2 vezes ao ano (contrato da Prefeitura para 2016); 99 Limpeza de calhas e telhado: 2 vezes ao ano; 99 Controle de pragas (dedetização e desratização): 2 vezes ao ano; 99 Poda de árvores: 2 vezes ao ano (Prefeitura do Campus); 99 Remarcação das sinalizações de estacionamento: 1 vez ao ano; 99 Troca de gás de cozinha: 3 vezes ao ano; 99 Troca de filtros e revisão dos bebedouros: 2 vezes ao ano; 99 Manutenção de para-raios: 1 vez ao ano; 99 Limpeza de calhas: 3 vezes ao ano; 99 Manutenção preventiva dos elevadores (contratos dos Blocos A, B, C, D, F e G): mensal.
3.2.3. Gestão participativa Outro aspecto positivo e, sem sombra de dúvida, um grande marco da gestão foi a promoção de um estilo de administração dinâmico e democrático, que valoriza as pessoas que fazem parte dela. Do ponto de vista organizacional, podemos dizer que se trata de um modelo de “gestão participativa”, um processo de administração que cria compromisso e cumplicidade entre os envolvidos. Muitos foram os momentos em que a instituição abriu oportunidades de discussão de ideias e demonstrou respeito pela opinião alheia, aceitando as experiências vivenciadas e promovendo o diálogo aberto e franco, sem que o nível hierárquico prevalecesse ou que os diversos assuntos fossem tratados com imposição de vontade. Podemos destacar o sucesso dessa experiência participativa no IP com a criação da Comissão Assessora de RH, em trabalho conjunto com a Administração. Essa parceria passou a ter importante papel na administração de recursos humanos do IPUSP, buscando diagnosticar problemas que envolvam os servidores e cuidando da saúde profissional deles. Também foi criado pela Diretoria o Comitê Gestor do Instituto – a união de todos os setores de apoio da Direção em prol do desenvolvimento e planejamento da Unidade. As reuniões mensais do Comitê Gestor proporcionam a troca de ideias e a participação de todos os membros nas decisões de assuntos e metas que envolvem as diversas áreas. Nessas reuniões, as questões são avaliadas sempre priorizando o uso racional do dinheiro público e as limitações da máquina pública; a participação de todos é muito importante e valiosa, nunca se desviando das metas e sempre mantendo a preocupação com os recursos financeiros e humanos e visando à melhoria do funcionamento institucional.
90 Esse trabalho conjunto foi muito produtivo e proporcionou o interesse de todas as áreas, promovendo discussões e trocas de ideias permanentemente com a Administração. Resultado desse trabalho interligado e cooperativo entre as áreas foi a criação de um Plano de Metas Administrativo, que se baseou em três grandes temas de trabalho: Planejamento Administrativo Institucional, gestão de recursos humanos e planejamento urbano do IP. Esse trabalho conjunto originou, ainda, a criação de manuais das áreas administrativa e financeira, entre outras, com o objetivo de instruir os funcionários quanto aos procedimentos e funcionamento dessas áreas conforme as leis vigentes. O CTA do IPUSP sofreu algumas mudanças no que se refere à organização e ao funcionamento, com a instauração de uma Portaria que determina procedimentos para seu funcionamento. Essa Portaria é um documento norteador administrativo que estabelece regras, tais como quando a pauta é fechada e qual o prazo para os Departamentos e Serviços solicitarem inclusão de matérias, entre outros pontos importantes. Na linha do engajamento das pessoas com a instituição, o número de membros do CTA foi ampliado: passaram a ter representatividade a chefia da Biblioteca, a coordenadora do Centro Escola do Instituto de Psicologia (CEIP) e um representante dos alunos de pós-graduação. Essa ampliação foi devidamente regularizada no Regimento da Unidade. A gestão também estabeleceu uma agenda mensal de reuniões com os alunos de graduação e pós-graduação. Essas reuniões foram muito importantes para troca de informações, melhor compreensão quanto às reinvindicações dos alunos e, principalmente, para aprimorar e acirrar a relação alunos/administração. Grandes parcerias surgiram dessa abertura de comunicação; os resultados puderam ser notados automaticamente, principalmente no funcionamento do Bloco de Aulas e na conservação do patrimônio do Instituto, na relação entre alunos e vigilância, no Centro Acadêmico e na criação da horta dos alunos. 3.2.4. Transparência Além da abertura de diálogo com a comunidade do IP na tomada de decisões e da reorganização administrativa, a gestão também incentivou a comunicação dos eventos administrativos via IPComunica, canal de informação sobre as ações da Administração para toda a comunidade IP. A transparência fortaleceu essa ligação e provocou naturalmente a participação da comunidade nas ações administrativas. Buscando melhorar a prestação de serviços e o funcionamento da Unidade, a Administração criou o “Zeladoria do IP”, um e-mail institucional que serve como canal de reclamações, críticas, troca de opiniões, sugestões e elogios. Esse canal tem nos ajudado imensamente a tratar e conhecer os mais diversos problemas do Instituto, e a solucioná-los com maior eficiência. O site da Administração também passou por modificações e está em fase final de atualização, disponibilizando informações, manuais e formulários de interesse da comunidade. Considerando a necessidade de tornar público o quadro de funcionários e o organograma do IPUSP, a Assistência Administrativa, com a colaboração da Seção Técnica de Informática, criou um link no site do Instituto em que apresenta a atual estrutura organizacional e seus respectivos atores.
91 3.2.5. Estrutura O Instituto de Psicologia da USP possui serviços terceirizados de portaria (controladores de acesso), na guarita do Bloco D (vigilante) e na limpeza (auxiliares de limpeza), que são essenciais ao funcionamento da Unidade. Porém, esses serviços passaram por grandes dificuldades, especialmente nos últimos dois anos, tendo em vista a crise financeira da Universidade. Houve várias reduções no quadro de funcionários terceirizados, hoje operando em número reduzido. Ainda assim, os serviços terceirizados têm atendido as demandas a contento, se considerarmos a real situação; esses resultados positivos são fruto do corpo a corpo da Administração com os funcionários, da dedicação e atenção aos profissionais para que mantenham o espírito de equipe e da cooperação dos envolvidos, sem deixar de lado as dificuldades que enfrentam em seu árduo trabalho. No que se refere à estrutura do IPUSP, algumas obras importantes foram executadas entre 2015 e 2016, como: 99 Reforma dos banheiros dos Blocos A e B; 99 Reforma dos balcões de atendimento nos Blocos D e F (atendimento da legislação vigente); 99 Manutenção de para-raios (Projeto IEE); 99 Reforma dos telhados dos Blocos B e D; 99 Reforma do Biotério; 99 Construção do Auditório da Biblioteca; 99 Compra e instalação das portas dos Blocos A e C; 99 Reforma da sala 12 (Comissão de Pesquisa); 99 Troca do piso da copa do Bloco F; 99 Criação da sala de alunos de pós-graduação (Bloco G, piso térreo); 99 Criação do mini-auditório para defesas e teses (Sala 18, Bloco G).
Juntamente com a Assistência Financeira, a Administração traçou um plano de obras para os próximos anos, respeitando as dificuldades financeiras. São elas: 99 Reforma dos telhados dos Blocos A, C, F e G; 99 Pintura de todos os blocos do IPUSP; 99 Ampliação dos Blocos B e C; 99 Reforma do forro do Bloco D; 99 Projeto de reurbanização do IP; 99 Troca e reestruturação do telhado do corredor principal; 99 Ampliação da cobertura entre o corredor principal e Blocos G e F, e Bloco D e estacionamento;
92 99 Reforma da parte elétrica dos Blocos A, D e F; 99 Reforma do sistema de para-raios.
Muitas foram as preocupações da Administração nesta gestão, mas a questão de segurança no trabalho e do trabalhador foi um dos pontos mais importantes. Com a colaboração da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e do Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho do Hospital Universitário (SESMT-HU), os sistemas de incêndio foram vistoriados e as adequações possíveis foram realizadas. Além disso, um projeto de segurança foi elaborado pela Superintendência de Segurança do Campus para implementação na Unidade, e o projeto de reforma da parte elétrica no Bloco A foi encaminhado à Superintendência do Espaço Físico (SEF), com pedido de ajuda financeira para execução prioritária (tendo em vista a precariedade das instalações elétricas que vem de longa data). Por fim, equipamentos de segurança (EPIs) foram comprados para uso dos funcionários da Manutenção. Hoje, a CIPA acompanha e faz a manutenção dos extintores, hidrantes, mangueiras de gás e uso de EPIs, entre outras coisas, trabalho que é realizado em conjunto com a Administração. 3.2.6. Alimentação e uso do espaço Tratando-se de alimentação no IP, o Restaurante do IP – uma demanda antiga – teve seu projeto reavaliado e retomando. Contudo, em função das dificuldades orçamentárias e considerando o comércio já existente, o projeto foi suspenso até que a Unidade decida sobre ele. Uma novidade bem aceita pela comunidade como opção de alimentação no IP foi a feira de food trucks, realizada em 9 de abril e 4 de dezembro de 2015 em parceria entre a Administração e o Setor de Eventos. O objetivo da feira foi testar a viabilidade de se construírem quiosques de alimentação na Unidade ao invés de um restaurante. O projeto de construção de quiosques – ou uma “praça de alimentação” – resolveria o problema de alimentos no IP, mas ainda está sendo avaliado pela Reitoria e pela Prefeitura em função do orçamento restrito. A Diretoria e a Administração trabalharam para regularizar a situação dos comerciantes do corredor do IP, com a formalização de um Termo de Permissão de Uso do Espaço que assegurasse legalmente a permanência desses comerciantes no IPUSP. Para serem regularizados, foi imprescindível que os comerciantes atendessem às exigências do serviço de vistoria alimentar da Prefeitura do Campus e da Vigilância Sanitária do munícipio de São Paulo; por não atender às normas sanitárias, a lanchonete instalada no corredor central foi fechada em junho de 2015. A Administração também regularizou, via Termos de Permissão de Uso do Espaço, todas as entidades sediadas no IPUSP, tais como a Associação de Psicologia de São Paulo, a Associação Brasileira de Editores Científicos de Psicologia, a BVS-Psi e o Cursinho, entre outras.
93 3.2.7. Combate à dengue Tendo em vista a epidemia de dengue que assombra a todos nos últimos anos, a Administração trabalhou em parceria com a comissão de combate à dengue da Prefeitura do Campus e promoveu, em junho de 2015, vistorias para prevenir possíveis criadouros do mosquito. Também foi realizada uma palestra para instruir as pessoas de como o mosquito se reproduz e o que fazer para se prevenir contra ele. Em 2015 uma comissão de combate à dengue foi instalada no IP para cuidar dessa questão e vem trabalhando com o apoio da Administração. 3.2.8. Recursos humanos Nos últimos anos, foram realizadas mudanças no sentido de valorizar os servidores e aproximá-los da Administração, como: mensagens de boas-vindas aos funcionários novos no IPUSP e de agradecimento e homenagem àqueles que se aposentaram ou saíram do Instituto. Entre outras ações, a Administração do IP conseguiu alguns funcionários sem permuta para atuar em serviços na Unidade. Na ocasião do PIDV, a Administração organizou uma despedida aos servidores que estavam se desligando, um evento sensível e de muita gratidão e saudade daqueles que finalizaram sua vida profissional no IP; esse evento mostrou-se importante para a manutenção da saúde emocional da instituição. Hoje o Instituto sofre com a falta de recursos humanos em diversas áreas de atuação. De certa forma, esse problema é recorrente na história da Unidade – problema que muitas vezes se replicou e mudou servidores de setor/serviço, sem modificar a função pela qual foram contratados, causando desvios de função. A condição desses servidores foi corrigida pela Administração oficialmente e via processo, mantendo-se somente algumas situações pontuais, a serem definidas pela Reitoria para que a tramitação seja concluída. Nesse cenário desafiador de falta de pessoal, aumento significativo das demandas e respeito à vontade dos servidores, a Unidade passou por modificações nos setores e muitas áreas foram reorganizadas com a ajuda da Administração – com a transferência de servidores entre áreas e até mesmo mudança de local trabalho. Essas mudanças foram tratadas com cuidado pela Administração – pois, muitas vezes, os problemas estão velados pela rotina –, sem deixar de atender às necessidades institucionais. A Administração procura revisar os procedimentos em prol do melhor funcionamento da Unidade. Busca estabelecer um jeito simples e eficiente de trabalho, em que serviços e servidores andem de mãos dadas, comprometidos com o aprimoramento do Instituto. Enfim, que os servidores tenham seus direitos preservados e seus deveres, cumpridos.
94 3.3. Assistência Financeira 3.3.1. Apresentação A Assistência Técnica Financeira assessora a Diretoria do Instituto de Psicologia em todos os assuntos diretamente ligados à área financeira. Recebe e avalia todos os pedidos de compras de materiais ou serviços de acordo com os critérios estabelecidos para a aquisição. Observa o cumprimento das normas e disposições legais pertinentes às atividades da área financeira, supervisiona e coordena a elaboração de relatórios financeiros e responde pelos serviços de: contabilidade, tesouraria, Serviço de Materiais (compra, almoxarifado e patrimônio), Serviço de Licitações e Seção de Convênios. Equipe 99 Claudenia Diniz da Silva Lima 99 Caio Lunardi 99 Claudio Watanabe 99 Cicera Eloi dos Santos Andrade 99 Vânia Maria Ogeda da Silva 99 Rogério de Souza 99 Manoel Carlos Ramos da Silva 99 José Carlos da Silva 99 Otacilio Gustavo Monezzi 99 Ari Edson Dario Ferreira 99 Alexandre Marcone Moura Dantas 99 Paulo Gomes Santiago 99 Maria Cecília Rodrigues de Freitas 99 Jorge Reis Rodrigues 99 Zulmira Pessoa Alves Parras 99 Heliana de Oliveira Doria Xavier 99 Luis Cambraia Karat Gouvêa da Silva
3.3.2. Melhorias nos processos de trabalho Atualmente, a Universidade de São Paulo conta com duas ferramentas de sistema financeiro: Mercúrio Web, utilizada por todos os funcionários para executar ações, como solicitar diárias, requisitar material de almoxarifado e fazer pedidos de compras; e Mercúrio Recad, utilizado apenas pelos funcionários da área financeira.
95 A Direção trabalhou para que procedimentos da área financeira fossem aperfeiçoados e falhas fossem corrigidas, gerando maior eficácia na conclusão dos processos. Nesse sentido, alguns procedimentos foram alterados, buscando sempre a melhoria contínua de processos. Seguem alguns exemplos de processos melhorados. Requisição de compra e/ou contratação de serviços Todo processo inicia-se no sistema Mercúrio Web, com a elaboração da requisição de compra, que exige uma gama de informações sobre as características do bem a ser adquirido ou contratado. Muitas requisições, quando encaminhadas ao Serviço de Materiais, apresentavam falhas nas informações prestadas, tais como características não compatíveis e ausência de dados fundamentais. Quando percebidas tais falhas, a requisição era devolvida para correção e o processo, reiniciado; quando não percebidas, o resultado era uma compra errada. Com o intuito de aperfeiçoar o procedimento de compras do Instituto de Psicologia da USP, decidiu-se que o Serviço de Materiais ficaria encarregado por elaborar todas as requisições. Os pedidos devem ser encaminhados para o e-mail requisicao-ip@usp.br, entre os dias 1º e 10 de cada mês. Após a elaboração da requisição, ela é devolvida para ciência do interessado e conferência das características do bem a ser adquirido ou serviço a ser contratado. Em seguida, as requisições são analisadas em conjunto com o CTA, e as compras são realizadas de acordo com a disponibilidade orçamentária e as prioridades definidas por esse colegiado. Sempre que possível, as aquisições ocorrem dentro do mesmo mês. Os procedimentos internos para requisições de compra de bens e contratação de serviços estão definidos na Portaria 06/2016. Requisição de almoxarifado As requisições de almoxarifado são elaboradas pelos interessados e encaminhadas para autorização no Sistema Mercúrio Web. Em seguida, são encaminhadas ao Serviço de Almoxarifado para conclusão do processo. Anteriormente, o requisitante encaminhava seus pedidos, apenas no período de 1º a 20 de cada mês. Também não estava definido o prazo de entrega dos materiais solicitados – falha esta que, eventualmente, causava transtornos aos requisitantes. Buscando-se melhorar essa rotina, decidiu-se que a Assistência Financeira aprova semanalmente, sempre às sextas-feiras, as requisições recebidas durante a semana e que o material é entregue na segunda-feira seguinte. A Portaria 08/2016 dispõe sobre os procedimentos internos para requisições de almoxarifado do IPUSP.
96 Passagens aéreas Por sugestão do Diretor, Prof. Gerson Yukio Tomanari, foi realizado um pregão centralizado pelo Serviço de Compras da Reitoria, com adesão de várias unidades da USP, para a contratação de serviços de emissão de bilhetes aéreos. Esse pregão já foi concluído e, assim, passamos a adquirir as passagens aéreas através da empresa vencedora do processo licitatório. Além da economicidade alcançada com o pregão, todo o fluxo de compra direta de passagens individualizadas (três orçamentos, montagem de processo, empenhamento e pagamento) foi eliminado; consequentemente, o processo de compra de passagens aéreas tornou-se mais ágil e eficiente. A Portaria 50/2016 dispõe sobre o uso dos recursos financeiros do IPUSP para pagamento de auxílio financeiro (diária, ajuda de custo a colaboradores eventuais, pró-labore e transporte). Pagamento de monitorias O Serviço de Tesouraria do IPUSP também passou por transformações significativas. Do ponto de vista burocrático, foram eliminadas e substituídas inúmeras etapas dos fluxos de processos. Isso pode ser facilmente observado no pagamento de monitorias e de bolsas de projetos. Se antes o pagamento passava por quatro setores diferentes (acadêmico, pessoal, tesouraria e contabilidade) e envolvia um difícil trabalho de impressão de cheques e pagamento pessoal no guichê da tesouraria, hoje os pagamentos são creditados diretamente na conta corrente dos alunos cadastrados. Assim, do ponto de vista microestrutural, podemos observar medidas que dinamizaram e trouxeram celeridade aos processos de pagamento. Pagamento de pró-labore Mudanças na dinâmica dos pagamentos de pró-labore também foram implantadas. Etapas desnecessárias do pagamento, geração de folhas sobressalentes e acúmulo dispensável de despachos foram eliminados. Isso resultou em maior rapidez e eficiência, gerando menos resíduos. De acordo com decisão de março de 2016, permanece o pagamento de pró-labore a membros participantes de concursos, processos de avaliação institucional e palestras. Entretanto, baseado no orçamento de 2015 e 2016, o CTA decidiu suspender o pagamento a membros participantes de bancas de mestrado e doutorado. Boleto bancário Outro grande marco da gestão foi a preocupação com a receita interna, tanto do ponto de vista legal quanto do fluxo dos processos. Sempre preocupada com a legitimidade jurídica, a gestão buscou, junto à Procuradoria Geral, esclarecimentos e recomendações para adequar todas as possibilidades de construção de receita interna à legislação vigente.
97 Além disso, os últimos anos foram acompanhados pela intensificação do debate sobre a utilização do instrumento “boleto bancário”. Além de dinamizar o pagamento, diminuir resíduos e economizar tempo e recursos humanos, essa digitalização do pagamento traz mais segurança aos servidores envolvidos, que outrora faziam o transporte de valores em espécie para depósito no banco. Essa ferramenta já está sendo utilizada pelo IPUSP para receber o valor do contrato de concessão de espaço de reprografia. Ainda em 2016, será utilizada também para pagamento de inscrição de alunos especiais. Correios Em 2012, foi dado início ao contrato com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, na modalidade de inexigibilidade de licitação. A cada ano, o contrato é renovado por um período de 12 meses e reajustado de acordo com a legislação vigente. Em 2016, a Reitoria elaborou uma licitação com adesão das unidades que manifestaram interesse na centralização desse contrato. Manutenção dos elevadores dos blocos do IPUSP Em 2013, tiveram início os contratos de manutenção para todos os elevadores dos blocos do Instituto: 99 28/05/2013 – firmado contrato com a empresa Elevadores Zenit Ltda. Eireli, para manutenção do elevador instalado no Bloco G. 99 01/04/2014 – firmado contrato com a empresa Bass Elevadores Ltda., para manutenção dos elevadores instalados nos Blocos A, B e C. 99 23/01/2015 – firmado contrato com a Empresa Elevadores Villarta Ltda., para manutenção do elevador instalado no Bloco F. 99 Em 2015, a empresa Otis perdeu a inexigibilidade para contratação de seus serviços. Portanto, realizamos um processo licitatório para atender à demanda do Bloco D, em que empresa Basic Elevadores Ltda.
3.3.3. A crise financeira Em 2014, o cenário financeiro apresentado pela Universidade de São Paulo foi bem diferente dos anos anteriores. Estava instaurada, na USP, uma grave crise financeira. A Divisão Financeira da Reitoria adotou uma série de medidas emergenciais, que surpreendeu e impactou de imediato a gestão financeira das Unidades. Começamos aquele ano com muitas dificuldades, pois ainda não conhecíamos a dimensão exata da crise e as informações oficiais não eram suficientes para sanar as dúvidas de nossos alunos, docentes e funcionários.
98 O Conselho Técnico Administrativo (CTA) do Instituto reuniu-se extraordinariamente para discutir sobre as principais medidas orçamentárias impostas pela Reitoria e decidir quais ações o IPUSP deveria executar de imediato. Foram apresentadas, pela Direção e pela assistente financeira, as principais mudanças orçamentárias determinadas até aquele momento, conforme descrito abaixo: 99 Redução de 35% do orçamento em relação ao ano anterior; 99 Repasse de 6% da economia orçamentária de 2013, NAP e receita própria; 99 Emissão de empenho com estimativa mensal para pagamento dos contratos de limpeza, vigilância e portaria; 99 Emissão de empenho para diárias, a ser reforçado de acordo com a necessidade; 99 Cancelamento da liberação das verbas contingenciadas do Grupo de Projetos Especiais para: Projeto I e Auxílio Novos Docentes (Pró-Reitoria de Pesquisa); auxílio a docentes e alunos (Pró-Reitoria de Pós-Graduação); Verbas Pró-Eve, Pró-Int e Pró-Lab (Pró-Reitoria de Graduação).
Norteado pelas restrições orçamentárias, o CTA decidiu priorizar, para aquele ano, apenas a execução de despesas essenciais para o funcionamento do Instituto. A decisão do CTA foi acatada plenamente pela área financeira. Em 2014, aconteceram apenas duas sessões de pregão. A videoconferência, até então não utilizada nas defesas de dissertações e teses, passou a ser um recurso cada vez mais comum, resultando em economia com passagens aéreas e hospedagem dos professores convidados. A Divisão Financeira da Reitoria, de acordo com as novas deliberações orçamentárias, passava as instruções para as Unidades sobre as liberações das contingenciadas e os ajustes nos quadros de funcionários dos contratos terceirizados, tais como: 99 Devolução em três parcelas da receita própria contingenciada, (1ª parcela em março/abril de 2014, 2ª em outubro/novembro de 2014 e 3ª em março/abril de 2015); 99 Devolução de 6% do saldo orçamentário contingenciado de março/abril de 2014, e o restante a definir; 99 Do Grupo Projetos Especiais, liberação de um terço do valor em março/abril; 99 Submissão dos demais Projetos Especiais à análise da COP; 99 Redução de quadro dos contratos terceirizados.
Em 2015, o orçamento do IPUSP teve as mesmas dificuldades do ano anterior. A gestão orçamentária daquele ano ocorreu de forma mais organizada, foram estabelecidas as prioridades e executadas algumas obras importantes para o Instituto. O Plano de Metas da área financeira foi sendo cumprido de acordo com o cronograma estabelecido. Entretanto, em setembro de 2015, o Departamento de Finanças da Reitoria implementou um novo contingenciamento de verba, justificado pelo desempenho econômico de 2015 – consequência da queda de arrecadação do ICMS. O valor contingenciado foi de 20% do orçamento do ano de 2015, correspondendo à importância de R$ 381.653,00.
99 Em razão do orçamento, alguns pregões previstos para o final daquele ano tiveram de ser cancelados, como, por exemplo a construção da cabine acústica do Auditório Carolina Bori. Frente ao plano orçamentário apresentado para 2016, o CTA constatou a necessidade de ajustar as despesas da Unidade, uma vez que o desembolso para a realização das despesas fixas comprometia quase todo o orçamento do ano. Por unanimidade, decidiu-se interromper o pagamento de pró-labore a membros participantes de bancas de mestrado e doutorado, decisão que possibilitará uma economia de recursos de aproximadamente R$ 140.000,00. O gráfico abaixo representa o orçamento do IPUSP no período de 2012 a 2016, e torna evidente a queda do orçamento e o congelamento dos valores a partir de 2014. A pequena elevação em 2015 justifica-se pela devolução do saldo não utilizado em 2014 e que foi destinado à contratação de obras em 2015.
A Diretoria, o CTA e a Assistência Financeira, desde o início da crise, buscaram alternativas para superar os desafios, encontrando soluções na gestão dos recursos financeiros da Unidade para que alunos, funcionários e docentes não fossem prejudicados na realização de suas atividades. Foi imprescindível para a área financeira contar com a colaboração de todos, alunos e docentes, que foram afetados diretamente pelo encerramento de todos os programas de auxílio a estudantes e de mobilidade, bem como pelo contingenciamento de verbas de projetos e premiações.
100 Diante de todas as restrições orçamentárias impostas pela crise, a gestão 2012-2016 conseguiu equalizar as entradas e saídas, de modo a preservar a normalidade possível da receita desta Unidade. 3.3.4. Convênios O Instituto de Psicologia, na gestão do Professor Gerson Tomanari, recebeu a título de convênio o montante de R$ 2.421.095,00. Desse montante, R$ 312.941,00 são de origem da FAPESP; R$ 1.377.100,00, de origem da CAPES; R$ 244.200,00, do Conselho Federal de Psicologia; e R$ 486.854,00 são do Fundo Nacional de Saúde. Os recursos da FAPESP são parcelas anuais denominadas Reserva Técnica para Infraestrutura Institucional de Pesquisa. Houve melhora no sistema de execução: anteriormente, todas as etapas passavam pela Diretoria para aprovação e, posteriormente, os gastos eram executados. No sistema atual, a Direção delegou autonomia para que os coordenadores e a Seção de Convênios trabalhem juntos na execução do convênio. Os recursos da CAPES são repassados por meio do Convênio PROAP aos programas de Pós-Graduação do IPUSP. Entre as melhorias implantadas, estão a gestão centralizada na Seção de Convênios; o novo modelo para aquisição de passagens aéreas, que proporcionou às Unidades trabalhar em conjunto com a operadora de turismo; e, por fim, a execução de todas as transações através do SICONV (Sistema de Convênios do Governo Federal). Importante destacar que a adaptação ao novo sistema (SICONV) foi bem difícil no primeiro ano, mas que as dificuldades vêm sendo superadas. O convênio firmado entre o Instituto de Psicologia e Conselho Federal de Psicologia tem como objeto a coordenação técnica e gestão da Biblioteca Virtual em Saúde – Psicologia (BVS-Psi). Já o convênio firmado entre o Instituto de Psicologia e o Fundo Nacional de Saúde tem como objeto produzir material didático com boas práticas de prevenção a DST/Aids desenvolvidas por organizações governamentais e não governamentais (ONGs) em âmbito nacional. 3.3.5. Conclusão Mesmo diante de um cenário financeiro tão complicado, com contingenciamento de verbas, restrições orçamentárias, suspensão de programas de auxílio a alunos e docentes e redução no quadro de funcionários das empresas terceirizadas, aprendemos que os desafios podem ser superados e nos trazem aprendizados. O apoio de órgãos de fomento, como CAPES, CNPq e FAPESP, e o convênio firmado com o Conselho Federal de Psicologia foram fundamentais para a execução de atividades no Instituto neste período de crise. O reflexo da queda do orçamento impactou diretamente a realização das atividades da área financeira. Por exemplo: o Setor de Licitações e Contratos, que apresentava progressão
101 no número de pregões realizados em 2012 e 2013 (dez e 25 pregões, respectivamente), em 2014 teve condições de concluir apenas dois. Apesar das dificuldades financeiras enfrentadas, conseguimos melhorar muitos procedimentos na rotina de trabalho, elevar a qualidade do atendimento a alunos (ao creditar o pagamento em sua conta) e eliminar burocracias (ao emitir boleto bancário para recebimento de valores). A proatividade de questionar procedimentos e buscar informações junto à Reitoria e em outras unidades foi o início de transformação em alguns processos. Muitas das mudanças aconteceram porque alguns funcionários da área financeira desempenharam um papel fundamental na realização dessas conquistas. Evidentemente, trabalhar na área financeira não nos permite grandes inovações, pois seguimos leis e normas. Muitas das mudanças são propostas e impostas pela Divisão Financeira da Reitoria, e adaptar-se a um novo sistema também requer interesse, compreensão e dedicação. 3.3.6. Agradecimentos Agradeço a todos os funcionários da área financeira, pela colaboração e pelo desempenho em cada atividade. Em especial, agradeço ao ex-funcionário José Gil dos Santos, que trabalhou por 33 anos como responsável pelo setor de almoxarifado do IPUSP, e saiu em 2015, por ocasião do Programa de Incentivo à Demissão Voluntária (PIDV). Por fim, agradeço à Direção do Instituto, pela confiança e por todo o trabalho realizado em conjunto. Claudenia Diniz da Silva Lima, Assistente Financeiro do IPUSP
102 3.4. Assistência Técnica de Direção 3.4.1. Apresentação A Assistência Técnica de Direção atua como assessora da Diretoria do Instituto de Psicologia da USP na organização, no planejamento e na execução de projetos institucionais. Na gestão do Diretor Prof. Dr. Gerson Yukio Tomanari, esta Assistência foi responsável pela coordenação na elaboração do Plano de Requerimento Institucional para Aumento de Vagas de Docentes e do Plano de Expansão de Vagas de Funcionários TécnicoAdministrativos do IPUSP previstos para o período 2012-2014 – encaminhados à Reitoria em outubro de 2012 e março de 2013, respectivamente. Esses planos resultaram de estudos e planejamentos estratégicos concebidos a partir da história do IPUSP, de seus quadros de docentes e de funcionários técnico-administrativos, e das metas que visam à excelência deste Instituto em ensino, pesquisa e extensão. O processo de elaboração dos relatórios contou com a participação ativa do IPUSP por meio da Direção, dos Departamentos (PSA, PSC, PSE e PST), das Assistências, das Comissões Acadêmicas e dos Setores Administrativos. Os relatórios foram aprovados pelo Conselho Técnico Administrativo (CTA) por unanimidade. As diversas análises e discussões conjuntas estabeleceram prioridades para as solicitações recebidas dos diversos setores e departamentos, tanto para vagas de docentes quanto para as de funcionários técnico-administrativos. Assim, resultaram num esforço conjunto e compartilhado no sentido de otimizar os recursos humanos já existentes, considerando a ampliação do quadro de servidores (docentes e técnico-administrativos) de forma realista, com base nas necessidades do Instituto e em consonância com as diretrizes da Universidade. O período de 2012 a 2016 foi marcado por várias outras iniciativas de sucesso implementadas pela Diretoria do IPUSP. Equipe 99 Sônia Regina P. Piola Luque – Coordenação 99 Idalina de Fátima Vale de Nogueira – Secretária 99 Gilberto Carvalho – Responsável pelo Audiovisual e Agendamento 99 Gerson da Silva Mercês – Responsável pelas Publicações e Artes Gráficas
3.4.2. Núcleo de Publicações A criação e consolidação do Núcleo de Publicações do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, em setembro de 2012, é um excelente exemplo disso. O Núcleo de Publicações do IPUSP foi criado como grupo assessor da Diretoria, da Congregação e do CTA, de caráter não deliberativo e com o objetivo de congregar os editores de periódicos do Instituto de Psicologia a fim de permitir a troca de experiências e o melhor
103 gerenciamento dos recursos financeiros e pessoais necessários para o aperfeiçoamento desses periódicos – contribuindo, assim, para racionalizar a administração dos periódicos publicados no IPUSP. Ademais, propicia aos editores a oportunidade de analisar e discutir, de forma conjunta e com o apoio da Diretoria e da Congregação, as questões referentes ao planejamento, à política editorial e às práticas de publicação, visando tanto ao desenvolvimento dos periódicos existentes como à criação e reativação de outros. O Núcleo é formado pelo Diretor do IPUSP; pelos editores representantes dos periódicos reconhecidos como pertencentes ao Instituto (Revista Psicologia USP, Estilos da Clínica, Cadernos de Psicologia Social do Trabalho, Revista Transformações [alunos] e revista psico. usp); por docentes do IPUSP que integram o corpo editorial dos demais periódicos do Instituto; por docentes do IPUSP indicados pela Congregação para coordenar os trabalhos do Núcleo de Publicações; por um representante da Biblioteca do IPUSP; e pela Assistência Técnica de Direção, representando a Comissão Assessora de Eventos e Publicações. Atualmente, o Núcleo encontra-se sob a coordenação da Profa. Dra. Briseida Dôgo de Resende (PSE), com suplência da Profa. Maria Júlia Kovács (PSA). Nas reuniões mensais desses três anos e meio, tivemos a presença de alguns convidados, como o Sr. André do Nascimento Serradas, bibliotecário chefe técnico da Seção de Apoio ao Credenciamento de Revistas USP, do Departamento Técnico do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP (SIBiUSP), e membro da Comissão de Credenciamento do Programa de Apoio às Publicações Científicas Periódicas da USP. Serradas esclareceu dúvidas importantes sobre políticas de utilização de verbas e editoração na Universidade de São Paulo e nos assessorou no planejamento e análise de convênios entre o IPUSP e periódicos de outras instituições acadêmicas e científicas. Tivemos também a presença de Antônio Virgílio Bastos, Professor de Psicologia Organizacional e do Trabalho da Universidade Federal da Bahia e que atualmente é coordenador da área de Psicologia da CAPES. Em uma reunião com os membros do Núcleo de Publicações, o Professor falou sobre o “Papel das publicações científicas no futuro da pós-graduação no Brasil”. Ao Núcleo também compete analisar e avaliar as solicitações de uso do prefixo editorial ISBN (International Standart Book Number) do Instituto de Psicologia da USP, agilizando e regulamentando, de forma mais clara e precisa, a pertinência e a certificação das publicações produzidas por docentes e alunos do IPUSP. A consolidação do Núcleo de Publicações – que possui um Regimento Interno aprovado pela Congregação do Instituto – também tornou possível que a Diretoria e os editores dos periódicos pertencentes ao IPUSP e credenciados no SIBi (Revista Psicologia USP, Estilos da Clínica e Cadernos de Psicologia Social do Trabalho) acompanhem a utilização dos recursos destinados às edições de acordo com os critérios aprovados pela USP. Nesse contexto, no período de 2012 a 2015, foram realizados dez (10) pregões para serviços diversos para esses periódicos, tais como: editoração, tradução, revisão de textos e resumos, normalização de textos, impressão e encadernação de periódicos, digitalização e marcação. Desta forma, foi garantido o cumprimento das normas vigentes na utilização dos recursos da Universidade.
104 3.4.3. Comissão Assessora de Eventos e Publicações (CAEP) Outra iniciativa desta gestão foi a criação da Comissão Assessora de Eventos e Publicações (CAEP), em outubro de 2013. A CAEP atua sob a coordenação da Assistência Técnica de Direção e conta com a participação de dois funcionários técnico-administrativos (que prestam o apoio operacional necessário), em contínua interlocução com docentes, alunos, Assistências (Administrativa, Acadêmica e Financeira), Seção Técnica de Informática e Serviço de Apoio Institucional. A CAEP foi criada para centralizar, em um único setor, as demandas dos organizadores de eventos realizados nos auditórios Carolina Bori (e vão livre do Bloco G) e Aurora Furtado. Sua função é apoiar o trabalho de docentes, alunos e funcionários, auxiliando na coordenação ou organizando e coordenando eventos de caráter acadêmico-científico, por solicitação da Diretoria do Instituto. Entre os eventos realizados sob a CAEP, estão: VII Congresso Interno, Congresso Interno de Psicologia, cerimônia de outorga de título de Professor Emérito ao Prof. Dr. Walter Hugo de Andrade Cunha (26 de março de 2015) e cerimônia de outorga de título de Professora Emérita à Profa. Dra. Maria Helena Souza Patto (16 de março de 2016), entre outros. Anteriormente à criação da CAEP, os organizadores de eventos de pequeno, médio e grande portes (como palestras, videoconferências, simpósios, seminários, aulas abertas e congressos) precisavam recorrer a vários profissionais de diferentes setores, para solicitação dos diversos serviços necessários à realização. A CAEP, com o apoio da Seção Técnica de Informática, passou a centralizar os serviços técnicos de audiovisual necessários. Também foi responsável pela elaboração de cartazes, banners de divulgação e anais, pela implantação do sistema de inscrições online, pelas listas de presença e pelos certificados eletrônicos com certificação da USP aos participantes e organizadores dos mais de 350 eventos ocorridos no IPUSP no período de janeiro de 2014 a março de 2016. À Comissão Assessora de Eventos e Publicações compete, ainda, administrar, avaliar e propor a adequação dos auditórios acima mencionados, no que diz respeito ao espaço físico, equipamentos e mobiliário necessários para a segurança e o sucesso dos diversos eventos aqui apresentados.
Cerimônia de outorga de título de Professor Eméritode aooutorga Prof. Dr. Walter Hugo de Andrade Cunhaao Cerimônia de título de Professor Emérito Prof. Dr. Walter Hugo de Andrade Cunha
105
Cerimônia de outorga de título de Professora Emérita à Profa. Dra. Maria Helena Souza Patto
VII Congresso Interno, Auditório Carolina Bori, Bloco G
VII Congresso Interno, Auditório Carolina Bori, Bloco G
Auditório Carolina Bori, Bloco G
Apresentação de Pôsteres no VII Congresso Interno, uso do vão livre do bloco G
Presença de foods trucks em eventos no Instituto de Psicologia
106 3.5. Serviço de Biblioteca e Documentação 3.5.1. Apresentação As atividades da Biblioteca do Instituto de Psicologia da USP tiveram início em janeiro de 1972, logo após a criação do próprio IPUSP (em 16 de dezembro de 1969, pelo Decreto Estadual 52.326, que entrou em vigor em 1970). Em 1985, a Biblioteca teve suas instalações reformadas e ampliadas e, em 1995, passou a contar com prédio próprio, ocupando área de 2.170 m2. Em 2006, a Biblioteca passou a ser oficialmente denominada Biblioteca Dante Moreira Leite.
Entrada principal da Biblioteca Dante Moreira Leite (2012)
Estrutura organizacional e missão Classificada como Serviço (Serviço de Biblioteca e Documentação), está diretamente subordinada à Direção do IPUSP. Conta com a Comissão de Biblioteca e tem como missão “coordenar ações para seleção, reunião, organização e disseminação da informação em Psicologia no Brasil e na América Latina, enquanto apoio ao ensino, pesquisa, extensão e práticas profissionais; contribuindo para a geração, preservação e visibilidade do conhecimento na área” (apresentação Biblioteca, www.ip.usp.br/portal). Para desempenhar sua função, a Biblioteca conta com direção (chefia técnica), secretaria e quatro seções em sua estrutura organizacional: 99 Seção de Tratamento da Informação 99 Seção de Preservação Histórica 99 Seção de Acesso à Informação 99 Seção de Biblioteca Virtual
107 Recursos humanos, materiais e espaço físico A Biblioteca conta com uma excelente equipe de trabalho para desempenhar com qualidade e competência suas atividades. Temos profissionais com mestrado, em vias de finalizar o doutorado e especialistas. Com relação aos recursos materiais e ao espaço físico, no andar térreo da Biblioteca contamos com salão de estudos, salas de estudo em grupo, acervo de livros, computadores para acesso às bases de dados, videoteca, balcão e setor de atendimento ao usuário. No piso superior temos uma sala de capacitação equipada com computadores e projetor multimídia, auditório com computador, televisor e aparelho de videoconferência, salas para realização dos trabalhos administrativos, acervo de teses e periódicos, salas e auditório do Museu de Psicologia. Equipe Seção Biblioteca Tratamento da Informação Aquisição e Intercâmbio
Cargo Chefia Secretária Bibliotecária Chefe Técnico Doc. Informação Bibliotecária
Nome Aparecida Angélica Zoqui Paulovic Sabadini Helina Alves de Araujo Elaine Cristina Domingues Martins Lucia Margarete Gil Cristiane de Almeida Camara
Bibliotecária responsável
Teresa Cristina de Oliveira Peres
Técnico Doc. Informação Bibliotecária Chefe Acesso à Bibliotecária Informação Auxiliar Doc. Informação Bibliotecária Chefe Preservação Técnico Doc. Informação Histórica Auxiliar Doc. Informação Disseminação Bibliotecária responsável Científica Técnico Doc. Informação Bibliotecária Chefe Biblioteca Virtual Bibliotecária Técnico Doc. Informação Técnico Doc. Informação Base de Dados Auxiliar Doc. Informação
Tatiana Carvalho de Freitas Lilian Leme Bianconi Silvana Amélia Xavier de Aguiar Bonifácio Flavio Hermes dos Santos Aline Maria Frascareli Vanessa Cristine de Oliveira Martins Wanderley Correia de Moraes Maria Marta Nascimento Renato dos Passos Carla Cristina do Nascimento Ana Rita Junqueira Linguanotto Roseni Vieira Gomes da Silva Sandra Teixeira Alves Nilza Ventura da Silva
3.5.2. Coordenação técnica da BVS-Psi No dia 19 de janeiro de 2016, o IPUSP e o Conselho Federal de Psicologia (CFP) comemoraram, no Auditório Carolina M. Bori do Instituto, a formalização do convênio para a gestão técnica da Biblioteca Virtual em Saúde - Psicologia (BVS-Psi). O projeto é desenvolvido em parceria pelas duas instituições desde 2000, e a coordenação técnica é realizada pela Biblioteca. Em dezembro de 2015, foi possível oficializar essa
108 cooperação com um convênio institucional, assinado pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP (PRCEU-USP). Segundo os gestores da BVS-Psi, a ferramenta é “considerada um marco na gestão da informação na área da Psicologia tanto no Brasil quanto na América Latina [...] e o convênio entre o CFP e o IPUSP garantirá a modernização, evolução e ampliação da mais importante fonte de informação da Psicologia no Brasil”. 3.5.3. Museu de Psicologia Em 19 de outubro de 2015, por ocasião da 448ª reunião da Congregação do Instituto, foi aprovada a criação do Museu de Psicologia. A proposta de criação do museu foi apresentada pelo diretor do IPUSP, Prof. Dr. Gerson Yukio Tomanari, e pela então coordenadora do Centro de Memória do IPUSP (CM-IPUSP), a chefe técnica Aparecida Angélica Z. Paulovic Sabadini. O Museu de Psicologia nasceu a partir dos trabalhos e do acervo do CM-IPUSP. O CM-IPUSP fora criado em 6 de novembro de 2001, durante a gestão do Prof. César Ades, com o objetivo de resgatar e preservar a memória da Psicologia na Universidade de São Paulo. Durante a 448ª reunião da Congregação, foi apresentada uma síntese das principais atividades desenvolvidas pela equipe do CM ao longo desses anos, que justificaram o pedido de transformação do Centro em Museu. Projeto contemplado pela PRCEU-USP Logo após a criação do Museu de Psicologia, apresentamos um projeto à PRCEU-USP para criar condições de infraestrutura para o museu. A proposta, elaborada pelo Prof. Dr. Gerson Yukio Tomanari e por Aparecida Angélica Z. Paulovic Sabadini, foi contemplada em fevereiro de 2016 e garantirá a aquisição de novos equipamentos e mobiliário para melhor funcionamento e acomodação de seu acervo. Construção de auditório e sala de reunião Em janeiro de 2016, as obras de construção de um auditório e uma sala de reunião para o Museu de Psicologia, no piso superior da Biblioteca, foram finalizadas. Os novos espaços foram construídos a fim de melhorar a estrutura de apoio à pesquisa e ao ensino no IPUSP. O projeto, elaborado pela Direção do Instituto em parceria com a Biblioteca, foi aprovado pelo Conselho Técnico Administrativo (CTA) em 2012 e realizado com o apoio do IPUSP e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) – Reserva Técnica. 3.5.4. Participação no CTA Em outubro de 2015, foi aprovada pelo Conselho Universitário da USP a proposta da Direção do Instituto de Psicologia de alterar o artigo 6º do Regimento do IPUSP, ampliando a composição do Conselho Técnico Administrativo (CTA).
109 Nessa ampliação a chefia técnica da Biblioteca passou a integrar a composição desse colegiado. Assim, foi com alegria que recebemos a notícia e agradecemos à Direção do IPUSP pelo reconhecimento e pela oportunidade de contribuir com a tomada de decisões na Unidade. 3.5.5. Comemorações “80 anos da USP” Com o lançamento do livro A Glette, o Palacete e a Universidade de São Paulo, em dezembro de 2014, o Instituto de Psicologia participou das comemorações dos “80 anos da USP”. A obra foi editada pelo então Centro de Memória do IPUSP (atual Museu de Psicologia) e teve grande repercussão na USP e na comunidade externa. Outra contribuição da Biblioteca para o IPUSP em relação a homenagens foi a participação no livro USP 80 Anos (2015), com o capítulo “O Instituto de Psicologia da USP: Conhecimento e Práticas Irradiam sua História”. 3.5.6. Avaliações institucionais Em 2015, recebemos duas comissões de avaliação que visitaram o Instituto. Em agosto, recepcionamos a Comissão de Avaliadores do Conselho Estadual de Educação (da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo) e, em setembro, a Comissão de Avaliação da USP. A equipe recebeu com alegria o parecer da Comissão de Avaliação da USP, que destacou a qualidade do corpo técnico e a excelência do acervo e dos trabalhos realizados. 3.5.7. Principais realizações e atividades Acervo É de conhecimento que o acervo da Biblioteca do IPUSP é considerado o mais completo e representativo da área na América Latina. Composta por livros, periódicos científicos, dissertações e teses, testes psicológicos, anais de congressos, filmes e folhetos, entre outros materiais, a Biblioteca é a depositária nacional da produção em Psicologia. No período de 2012 a 2015, a Biblioteca adquiriu 2.415 livros nacionais e 632 livros estrangeiros, com verbas repassadas pela Reitoria da USP e doações. Assim, foram incorporadas 3.047 obras à coleção.
Volumes acrescentados ao acervo de livros da Biblioteca do IPUSP (2012 a 2015)
110 No acervo de teses, foram incorporadas 441 dissertações e teses, todas defendidas no IPUSP. Na videoteca, foram inseridos 211 filmes (DVDs). A coleção de periódicos é composta por 917 títulos, dos quais 118 são correntes e renovados anualmente. No período em questão, foram incorporados 1.389 fascículos à coleção. A Biblioteca contribui com a alimentação de importantes bases de dados. Assim, todas as obras (livros, teses, periódicos, DVDs, testes) inseridas no acervo da Biblioteca são cadastradas no Banco de Dados Bibliográficos da USP (DEDALUS) e as teses, disponibilizadas tanto na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD) como na BVS-Psi. A preservação do acervo é de suma importância, considerando o valor das obras que o compõem. De 2012 a 2015, foram encadernados 381 livros e 62 teses, com a verba de preservação repassada pelo Sistema Integrado de Bibliotecas da USP (SIBiUSP). Acesso à informação O serviço de comutação bibliográfica permite acesso a documentos de acervos de bibliotecas do Brasil e do exterior. Graças à representatividade de nosso acervo no período de 2012 a 2015, atendemos a 878 pedidos (artigos de periódicos, partes de livros, teses) para diversos usuários no país e no exterior. Atendimento ao usuário Sempre prezamos pelo atendimento ao usuário, e uma das marcas da Biblioteca é o atendimento personalizado. Durante todo o expediente, em esquema de rodízio, um bibliotecário fica disponível exclusivamente para orientação aos usuários, esclarecendo dúvidas como pesquisa no catálogo on-line, renovação ou reserva on-line, acesso a bases de dados, normalização de trabalhos etc. O atendimento on-line (chat), em tempo real, também é um serviço diferencial que facilita o esclarecimento de dúvidas dos usuários da USP e do público externo, independentemente de sua localização. Em 2014, a Biblioteca disponibilizou um novo serviço para devolução de materiais: a “caixa de devolução” permite a devolução dos materiais 24 horas por dia, sem que o usuário precise comparecer ao balcão. Entre 2012 a 2015, realizamos 58.645 empréstimos e atendemos a 23.400 usuários no setor de referência. Nesse período, registramos a frequência de 138.565 usuários (USP e externos). Produção técnico-científica do IPUSP A Biblioteca é responsável por coletar, processar e cadastrar a produção acadêmica do IPUSP no DEDALUS. No período de 2012 a 2015, foram cadastrados 1.308 trabalhos, de acordo com a tabela abaixo. 2012
2013
2014
2015
Total
387
364
310
247
1.308
Informações extraídas do DEDALUS (março de 2016).
111 Produção acadêmica dos funcionários da Biblioteca A equipe da Biblioteca também contribui com a geração de conhecimento científico. No período de 2012 a 2015, publicamos dois artigos em revistas estrangeiras, três em revistas nacionais, três capítulos de livros e um trabalho em anais de congresso. Em 2014, destacamos nossa participação na organização do livro A Glette, o Palacete e a Universidade de São Paulo. Publicações da Biblioteca Com o objetivo de criar um canal de difusão de informações para a comunidade IPUSP, foi criado em 2011 o Boletim Informativo da Biblioteca Dante Moreira Leite do Instituto de Psicologia da USP. Em abril de 2015, a equipe do Boletim reformulou a publicação, que passou a contar com novo layout, capas, ficha catalográfica, comissão editorial, organização dos textos em seções e informações aos colaboradores. Outras publicações que editamos eletronicamente são os manuais de orientação para padronização de trabalhos acadêmicos. Em 2013, disponibilizamos uma nova versão do manual de normalização, de acordo com o manual de publicação da American Psychological Association. Curso sobre o artigo científico e treinamentos Objetivando orientar e instruir autores de artigos científicos, oferecemos 24 cursos denominados “Artigo científico: dos fundamentos à submissão”, com um total de 259 participantes (comunidade USP e instituições externas), no período de 2012 a 2015. O curso também foi oferecido durante o VI Congresso Norte Nordeste de Psicologia (Belém/ PA, 2012) e o Congresso Brasileiro de Psicologia Ciência e Profissão (São Paulo/SP, 2014). Em 2015, ministramos vários treinamentos, via Skype, para professores, alunos e bibliotecário da Universidade Pedagógica de Moçambique. Disciplina sob a responsabilidade da Biblioteca A Biblioteca coordena e ministra, desde 2009, a Disciplina optativa PST 3475 – Trabalho Científico em Psicologia: da Fundamentação Teórica à Formatação, incluída na grade curricular do curso de graduação, com 90 horas. No período de 2012 a 2015, contamos com 26 alunos. Aulas ministradas em disciplinas de graduação e pós-graduação Participamos, quando convidadas pelos docentes, com aulas/palestras/cursos sobre artigo científico, fontes de informação, gerenciadores de referências, fator de impacto etc., em disciplinas da graduação e pós-graduação do IPUSP. Nos últimos quatro anos, ministramos 22 aulas para 403 alunos.
112 Principais eventos organizados pela Biblioteca Dentre os vários eventos (lançamentos de livros e debates, entre outros) que organizamos, destacamos três que aconteceram periodicamente nesses anos: Recepção aos Calouros, Semana do Livro e da Biblioteca e Visitas Orientadas. Comunicação e Divulgação A Biblioteca utiliza diversos recursos para ampliar a disseminação da informação entre os funcionários e as comunidades interna e externa à USP. Destacamos: Dante Comunica, boletim interno, criado em abril de 2015, com o objetivo de centralizar os comunicados enviados aos funcionários da Biblioteca; site da Biblioteca; redes sociais; e promoção de ciclos de debates sobre diversidade e exibição de filmes. Os recursos de comunicação – como lista de novas aquisições, agenda de eventos, murais e o e-mail – também foram amplamente utilizados pela Biblioteca como meio de levar a informação à comunidade. Sistema de Gestão Baseado em Qualidade (SDG) No período de 2004 a 2006, a Biblioteca participou do projeto Sistema de Gestão Baseado em Qualidade (SDG), implantado pelo SIBiUSP. Em 2015, uma das metas da Biblioteca foi retomar algumas das técnicas do SDG e, em setembro, realizamos o “Dia da Bermuda”. A ação é parte do Programa 5S, programa de gestão da qualidade empresarial desenvolvido no Japão que visa a aprimorar aspectos como organização, limpeza e padronização. Apoio às publicações editadas pelo IPUSP A Biblioteca sempre apoiou as publicações do Instituto e, desde 2012, participa do Núcleo de Publicações. Além disso, é responsável pela indexação das revistas Psicologia USP, Estilos da Clínica, Cadernos de Psicologia Social do Trabalho e Revista de Etologia nas bases Index Psi Periódicos e LILACS. Para a Psicologia USP, contribuímos com as atividades da revista desde sua criação, em 1992. Destacamos nossa participação nas reuniões da comissão executiva, normalização, organização de lançamentos, elaboração das normas editoriais, solicitações de indexações em bases de dados, contatos/reuniões com a equipe do portal SCiELO e projetos, entre outras. Em 2013, a Biblioteca passou, também, a gerenciar o perfil da revista em rede social e o sistema eletrônico de submissão de artigos (ScholarOne). Do segundo semestre de 2013 a março de 2016, foram tramitados no sistema 517 manuscritos. Na tabela abaixo, apresentamos o número de artigos publicados no periódico entre 2012 e 2015.
113
Tipo de manuscrito
2012
2013
2014
2015
Total
Artigo original
32
23
23
29
107
Editorial
4
3
3
3
13
Resenha
1
2
2
3
08
Artigo de dossiês + apresentação
0
0
6
20
26
Artigo especial
0
1
0
0
1
Total
37
29
34
55
155
Total geral
37
66
100
155
358
Informações extraídas do relatório do Setor de Disseminação Científica da Biblioteca do IPUSP
Apoio ao Projeto de Internacionalização da Produção do IPUSP No período de 2014 a março de 2016, recebemos da Comissão de Pesquisa do Instituto 53 manuscritos para elaboração de pareceres referentes a normalização. A atividade faz parte do projeto de internacionalização da produção do IPUSP, coordenado pela Comissão e que disponibilizou aos alunos, professores e funcionários do Instituto verba (recurso FAPESP) para tradução de artigos científicos a serem submetidos em revistas internacionais. A primeira etapa da tramitação para aceitação dos originais em revistas científicas é o parecer referente à normalização. Apoio às atividades do IPUSP realizadas nas dependências da Biblioteca Os espaços da Biblioteca, equipados com projetores, computadores e televisores, são utilizados para diversas atividades do IPUSP. Para ilustrar esse significativo uso, a partir de 2015 coletamos os dados da agenda eletrônica indicados na tabela abaixo. Ressaltamos que, do total de 326 atividades, 72 foram agendas da própria Biblioteca e 254 foram atividades de outros setores do IPUSP. Auditório (filmes, aulas, defesas de teses, qualificações, videoconferências)
144
Sala de Capacitação (cursos, aulas, reuniões presenciais e on-line)
126
Sala do Centro de Memória do IPUSP (reuniões)
40
Salão de Estudos “Lígia A. Amaral” (eventos diversos, exposições)
16
Total
326
Informações extraídas dos relatórios mensais da Biblioteca do IPUSP.
3.5.8. Coordenação de projetos Coordenação Técnica da BVS-Psi A BVS-Psi (www.bvs-psi.org.br) reúne um conjunto de fontes de informação especializadas e visa a assegurar o controle da produção nacional em diversos suportes. Sua sede e
114 coordenação técnica estão localizadas na Biblioteca Dante Moreira Leite. É mantida pelo trabalho cooperativo da Rede Brasileira de Bibliotecas da Área de Psicologia (ReBAP), que conta com 184 bibliotecas cooperantes. A tabela abaixo mostra o número de registros inseridos nas principais fontes de informação da BVS-Psi no período 2012-2015. 2012
2013
2014
2015
Total
Index Psi Periódicos
3.989
2.831
1.351
2.326
10.497
LILACS (Psicologia)
1.812
1.712
1.012
1.832
6.368
Index Psi Teses
382
237
73
149
841
Index Psi Livros (*)
109
91
31
71
302
Eventos de Psicologia
135
146
171
207
659
Terminologia
39
76
19
21
155
6.466
5.093
2.657
4.606
18.822
Total
Informações extraídas do Google Analytics.
Coordenação do PePSIC Coordenado pela Biblioteca, o Portal de Periódicos Eletrônicos em Psicologia (PePSIC, http://portal.pepsic.bvsalud.org) publica revistas em formato eletrônico. O portal assegura o acesso aberto aos textos completos, dá visibilidade à produção gerada no Brasil e na América Latina e promove citações cruzadas entre os países da região, além de reunir revistas de Psicologia dos portais SciELO latino-americanos. Atualmente, conta com 159 títulos de revistas e ocupa a 40ª posição entre os portais de acesso aberto do mundo. Abaixo, tabela com informações sobre o crescimento do portal no período 2012-2015. 2012
2013
2014
2015
117
133
134
159
Fascículos
1.663
2.151
2.412
3.001
Artigos
22.105
28.563
31.993
39.313
Citações
477.220
635.940
730.761
913.698
Títulos
Informações extraídas do Google Analytics
115
Total de acessos ao PePSIC. Informações extraídas do Google Analytics
Coordenação das Atividades do Centro de Memória do IPUSP Desde a criação do Centro de Memória do IPUSP (CM-IPUSP), em 2001, a Biblioteca sedia e coordena os trabalhos de preservação da memória institucional. No período de 2012 a 2015, além dos trabalhos de manutenção e atualização do site (http://citrus.uspnet.usp.br/centrodememoriaip), e de seleção e inclusão de materiais no acervo, destacamos a organização das exposições: Walter Hugo de A. Cunha (2015), O Legado de Fred Keller (2013) e 20 Anos do Programa Universidade Aberta à Terceira Idade (2013). Em 2012, produzimos um vídeo em homenagem ao criador do Centro de Memória, Professor César Ades. No início de 2015, a família Ades doou parte do acervo do docente para o então CM-IPUSP, atual Museu de Psicologia. Projetos contemplados pela PRCEU-USP e FAPESP Em 2012, com o apoio da direção do IPUSP, tivemos dois projetos contemplados pela PRCEU-USP: 33 Publicação do livro A Glette, o Palacete e a Universidade: Histórias da FFCL da USP na Alameda Glette 33 Organização e Digitalização do Acervo Fotográfico do Centro de Memória do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
Ainda em 2012, foram efetuadas as compras referentes ao projeto de Modernização do Centro de Memória do IPUSP, realizado com repasse de verba da Reserva Técnica FAPESP em 2011. Assim, adquirimos novos equipamentos e mobiliário para o CM, beneficiando seus usuários e funcionários. 3.5.9. Participação em cursos e eventos Visando ao aprimoramento profissional, a equipe da Biblioteca participa de cursos e eventos nas áreas de Psicologia, Biblioteconomia e publicações científicas. Nos
116 eventos científicos, participamos como ouvintes e também apresentando trabalhos e coordenando mesas, entre outras atividades. Em 2015, participamos ativamente do XXVI Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação, com coordenação de mesa e moderação de 24 trabalhos. 3.5.10. Participação de funcionários em comissões do IPUSP No período de 2012 a março de 2016, destacamos nossas colaborações em 16 comissões/ comitês/núcleo do Instituto, descritas na tabela abaixo. Comissões, Comitês, Núcleo – IPUSP
Ano/Período
N. Func.
Comissão de Gênero
2016-
1
Comitê Gestor
2015-
1
Comissão Reformulação do site do IPUSP
2015-
3
Comissão Organizadora do VII Congresso Interno
2015
2
Comissão Organizadora Prof. Emérito Walter Hugo
2015
1
Comissão Assessora para Recursos Humanos
2014-
1
Comissão de Combate à Dengue
2014-
1
Comissão interna “USP 80 Anos”
2014
1
Comissão Organizadora Cerimônia de Outorga do nome “César Ades” ao Bloco G
2013
1
2012-2013
2
Núcleo de Publicações
2012-
1
Comissão Científica do VI Congresso Interno
2012
1
Comissão Organizadora do VI Congresso Interno
2012
2
Comissão de Informática
2010-
1
2010-2015
2
1992-
1
Comissão de Avaliação de Carreira
Comissão Executiva do Centro de Memória Comissão Executiva da revista Psicologia USP
Destacamos, também, a participação de uma funcionária no CTA como representante dos funcionários não docentes, nos anos 2013 a 2014, e a participação de outra funcionária no Comitê de Análise da Carreira para os Servidores Técnico-Administrativos da USP, em 2012 e 2013. 3.5.11. Biblioteca na mídia Com a repercussão do livro A Glette, o Palacete e a Universidade de São Paulo, editado pelo então Centro de Memória do IPUSP, os organizadores participaram, em dezembro
117 de 2014, do programa Livros, da Univesp TV. O Jornal da USP (abril de 2015) e a revista Pesquisa FAPESP (março de 2015) publicaram uma linda matéria e uma bela resenha sobre a publicação, respectivamente. Participamos, também, de uma entrevista no programa Pesquisa Brasil, da Rádio USP, em outubro de 2015. Em março de 2015, a Biblioteca participou do programa Desafio Profissão, da TV PUC-SP, falando sobre a profissão de bibliotecário. 3.5.12. Projetos colaborativos com o SIBiUSP A Biblioteca participa atualmente de dois projetos do SIBiUSP: 99 Grupo DiTeses II, com o manual Diretrizes para apresentação de dissertações e teses da USP 99 Grupo Vocabulário Controlado da USP
3.5.13. Sede da ABECiPsi A sede da Associação Brasileira de Editores Científicos de Psicologia (ABECiPsi, www. abecipsi.org.br), desde sua criação, em 2006, encontra-se na Biblioteca. Nos últimos quatro anos, a Biblioteca participou da Diretoria da ABECiPsi em duas gestões (20122014; 2014-2016). Nesse período, contribuímos com todas as atividades da diretoria, e destacamos nossa participação na organização de um simpósio, dois cursos sobre artigo científico e um encontro de editores da área de Psicologia. 3.5.14. Agradecimentos O presente texto apresenta uma síntese das atividades desenvolvidas na Biblioteca Dante Moreira Leite do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IPUSP), no período de 2012 a março de 2016. Embora resumido, retrata o trabalho em equipe desenvolvido nesses quatro anos. Nesse contexto, muitas pessoas compartilharam das responsabilidades e das atividades desenvolvidas pela Biblioteca. Assim, registramos nossos sinceros agradecimentos a toda a equipe da Biblioteca, em especial a Maria Imaculada C. Sampaio, diretora da Biblioteca no período de 1999 a 25 de fevereiro de 2015; ao Professor Gerson Yukio Tomanari, Diretor do IPUSP, pelo constante apoio, incentivo, colaboração e atenção aos projetos da Biblioteca; às Assistências do Instituto; e a todos os funcionários, docentes e alunos do IPUSP que de alguma forma nos ajudaram.
118 3.6. Seção Técnica de Informática 3.6.1. Apresentação A informática do Instituto de Psicologia da USP possui uma Seção Técnica, com as seguintes atribuições: 99 Implementação da política de informática e do Plano Diretor de Informática estabelecidos pela Comissão de Informática; 99 Projeto, gerência, configuração e segurança da infraestrutura da rede de dados, telefonia IP e telefonia estruturada interna; 99 Suporte e orientação a seus usuários no uso racional e adequado dos recursos e ferramentas de informática; 99 Gerência, configuração e segurança dos servidores de rede; 99 Suporte técnico em hardware e software; 99 Suporte técnico em atividades com utilização de recursos informatizados; 99 Gerência e manutenção de serviços WEB; 99 Desenvolvimento, gerenciamento e manutenção de sistemas; 99 Elaboração de projetos na área de informática; 99 Transmissões em videoconferências e IPTV.
Equipe 99 Katia Cristina Pinto, analista de sistemas - Chefe de Seção; 99 Eduardo Makoto Okamura, técnico em informática; 99 Rodrigo Marinangeli de Vasconcellos, técnico em informática (audiovisual); 99 Sidney Terlizzi, técnico em informática.
Comissão de Informática Os projetos e prioridades são estabelecidos pela Comissão de Informática, composta por um representante de cada Departamento, um funcionário do Serviço de Biblioteca e Documentação e um funcionário da Seção de Informática. A composição atual (maio de 2016) conta com os seguintes representantes: Departamento de Psicologia da Aprendizagem, do Desenvolvimento e da Personalidade
Sandra Dias dos Santos (efetivo)
Departamento de Psicologia Clínica
Profa. Dra. Sonia Beatriz Meyer (efetivo) Profa. Dra. Léia Priszkulnik (suplente)
Departamento de Psicologia Experimental
Prof. Dr. Eduardo Benedicto Ottoni (efetivo) Profa. Dra. Miriam Garcia Mijares (suplente)
119
Departamento de Psicologia Social e do Trabalho
Rosangela Serikaku Sigaki (efetivo) Sonia Maria Alavarces (suplente)
Seção de Informática
Katia Cristina Pinto (efetivo) Eduardo Makoto Okamura (suplente)
Serviço de Biblioteca e Documentação
Lilian Leme Bianconi (efetivo) Aline Maria Frascareli (suplente)
A Comissão reúne-se bimestralmente, na primeira segunda-feira do mês, exceto em casos extraordinários. Entre suas funções, estão elaborar o Plano Diretor de Informática e acompanhar sua implementação e deliberar sobre assuntos de informática que envolvam o Instituto, definindo diretrizes e planos de ação. 3.6.2. Capacitação da equipe técnica A capacitação e atualização da equipe técnica são uma preocupação constante, visto que a informática é uma área extremamente dinâmica e seus profissionais precisam estar aptos a implementar as novas soluções determinadas pela Superintendência de Tecnologia da Informação – órgão responsável por definir estratégias e planejar atividades de modo a atender às demandas administrativas e acadêmicas da Universidade de São Paulo. A equipe deve também manter-se alinhada à missão e às metas da Unidade. Durante esse período a equipe participou dos seguintes eventos: Reuniões conjuntas para determinação de estratégias centralizadas promovidas pelos órgãos centrais da Universidade (junho/2012, setembro/2012, março/2013, abril/2013, junho/2015) Inglês para Relações Internacionais - módulo 4 (junho/2012) IPv6 Básico (setembro/2012) Katia Cristina Pinto
ComTycho Day Inteligência Corporativa (agosto/2012) VI Congresso Interno do Instituto de Psicologia (outubro/2012) Inglês para Relações Internacionais - módulo 5 (dezembro/2012) Apresentação dos módulos de serviços HP (fevereiro/2013) Encontro dos Servidores do IP (novembro/2013) Treinamento HP - L1 e L2 (julho/2014) WordPress (novembro/2015)
Eduardo Makoto Okamura
IPv6 Básico (agosto/2012)
Rodrigo Marinangeli de Vasconcellos
Treinamento em Audiovisual - Senac (agosto/2012)
Sidney Terlizzi
11º Encontro de Gestão de Informática da USP
Inglês para Funcionários - Centro de Línguas (2º semestre/2013)
120 3.6.3. Assessoria A Seção de Informática atende os equipamentos da Unidade e equipamentos auxiliares que estejam sendo utilizados dentro de suas dependências. O atendimento envolve detecção de problemas, solução quando possível ou encaminhamento a órgãos competentes, instalação e configuração de softwares, periféricos e rede. As assessorias ocorrem via telefone, com deslocamento dos profissionais da Seção aos locais onde estão instalados os equipamentos ou com deslocamento dos equipamentos até a Seção. A tabela abaixo fornece uma visão do número médio de assessorias com deslocamento de funcionário até o local de instalação da máquina, não fornecendo dados sobre as assessorias telefônicas nem atendimentos realizados diretamente na Seção. Desde abril de 2010 a Informática trabalha com o sistema informatizado de chamados. Porém, ainda hoje, as assessorias são solicitadas pessoalmente ou por telefone. Em média, apenas 40% dos chamados são registrados no sistema. Ano
Nº de Assessorias
2012
404
2013
412
2014
388
2015
478
Assessorias registradas no sistema
3.6.4. Servidores e Serviços Centralizados A Seção Técnica de Informática administra atualmente dez máquinas servidoras localmente e cinco máquinas servidoras na Nuvem USP. Diferentes serviços rodam alocados nessas máquinas: 99 Serviço WEB – onde estão alocadas as informações de acesso público; 99 Serviço FTP – área para a troca e armazenamento de arquivos. Este servidor está subdividido em uma área de acesso público e uma área de acesso privado aos usuários da Unidade; 99 Sistema de Chamados – chamados técnicos para a Informática e Serviços Gerais; 99 Sistema de Atendimento Clínico – controle e gerenciamento de clientes da Clínica Psicológica Durval Marcondes; 99 Sistema do Serviço de Aconselhamento Psicológico – controle e gerenciamento de clientes do Serviço de Aconselhamento Psicológico; 99 Sistema de Reserva de Salas – reserva de salas de uso coletivo; 99 Sistema de Agenda – agenda de trabalho do Serviço Técnico de Informática;
121 99 Sistema do Comitê de Ética em Pesquisas com Animais – revisão de protocolos de pesquisa e emissão de pareceres sobre ética em pesquisas que utilizam modelos animais; 99 Repositório de Arquivos do Departamento de Psicologia Clínica – servidor de arquivos de uso coletivo do Departamento de Psicologia Clínica; 99 Serviço de Autenticação de Usuários Wireless – autenticação de usuários para utilização da rede Wireless da USP dentro das dependências do IPUSP; 99 Serviço de Backup – backup das informações e serviços hospedados nas máquinas servidoras do IPUSP; 99 Serviço Digital Signage – serviço de sinalização digital para o projeto de TV Minuto; 99 Lime Survey – sistema de aplicação de questionários on-line do Nepaids; 99 Sistema de Fornecedores – banco de dados de fornecedores da área financeira; 99 Testes de funcionamento de novos serviços.
3.6.5. Sistemas Está sob a responsabilidade da Seção de Informática o desenvolvimento e/ou acompanhamento de instalação e gerenciamento dos sistemas nos servidores centralizados do IPUSP, promovendo a atualização do sistema, segurança, backup e adaptações necessárias a seu funcionamento adequado, bem como a elaboração de treinamentos e manuais de utilização. Nesta gestão, contamos com a instalação e disponibilização dos seguintes sistemas: 99 Sistema de Sorteios do Departamento de Psicologia Clínica – desenvolvido pela Seção com o objetivo de selecionar os supervisores segundo a preferência dos alunos, distribuindoos de forma igualitária entre os supervisores disponíveis no semestre (fevereiro/2013); 99 Sistema de atendimento do Serviço de Atendimento Psicológico – desenvolvido pelo Departamento de Informática em conjunto com as psicólogas e com a Informática da Unidade, destina-se ao acompanhamento de atendimento dos clientes do serviço (janeiro/2014); 99 Sistema de Veículos – desenvolvido pela Seção para controlar a solicitação e utilização da frota de veículos pela Assistência Administrativa e chefia do serviço (fevereiro/2014); 99 Sistema de Certificados On-Line – desenvolvido pela Seção Técnica de Informática, em fase de finalização, foi implantado no IPUSP para geração automática de certificados dos cursos e eventos realizados pela Comissão Assessora de Eventos e Publicações, pelos departamentos e laboratórios da Unidade (maio/2014); 99 Sistema CEUA – desenvolvido por terceiros e utilizado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Animais, revisa protocolos de pesquisa e emite pareceres sobre ética em pesquisas que utilizam modelos animais (outubro/2014).
3.6.6. Treinamentos e material didático A Seção de Informática desenvolve material didático e de referência destinado aos diversos usuários da Unidade que utilizam recursos e serviços de informática. Também ministra cursos e palestras sobre os recursos disponíveis, conforme a necessidade.
122 Entre 2012 e abril de 2016, foram desenvolvidos os seguintes materiais e serviços: 99 Apostila de utilização do Sistema de Sorteios desenvolvido para o Departamento de Psicologia Clínica (setembro/2013); 99 Apostila de Treinamento Básico em Informática, destinada aos funcionários de nível básico e terceirizados (março/2014); 99 Apostila de utilização do sistema de clientes do Serviço de Aconselhamento Psicológico (fevereiro/2014); 99 Treinamento sobre o sistema do Serviço de Aconselhamento Psicológico, destinado às psicólogas e docentes que utilizariam o sistema (outubro/2014); 99 Apostila da nova configuração do e-mail USP para Outlook – passo a passo para a reconfiguração do e-mail USP atendendo às novas normas de segurança estabelecidas pela STI-USP (março/2014); 99 Palestra sobre a utilização do sistema de clientes do Serviço de Atendimento Psicológico, para os alunos ingressantes (fevereiro/2016).
3.6.7. Atualização de hardware Anualmente, a Comissão de Informática realiza um levantamento das necessidades de recursos de informática na Unidade e, a partir dos resultados obtidos e da verba disponível, estabelece as prioridades de atendimento segundo os seguintes critérios: 1. Equipamentos de uso administrativo; 2. Equipamentos de uso coletivo; 3. Equipamentos de pesquisa e docentes. Os equipamentos substituídos retornam à Seção de Informática para realocação, em caso de possibilidade de uso, ou aproveitamento de peças, em caso de baixa. Ano
Aquisições Microcomputadores / notebooks e tablets
Monitores
2012
105
76
2013
25
8
2014
11
12
2015
64
44
Equipamentos de Informática adquiridos - Fonte: Sistema de Patrimônio
Visando a equipar as salas de uso coletivo com recursos interativos, foram adquiridas seis lousas digitais, destinadas à Biblioteca, ao Departamento de Psicologia Clínica, ao Departamento de Psicologia Social e do Trabalho, à Diretoria, ao Bloco de Aulas e ao Bloco de Atendimento.
123 3.6.8. Videoconferências, IPTV e gravações Uma videoconferência é uma comunicação em tempo real entre grupos de pessoas, independentemente de suas localizações geográficas, com áudio e vídeo simultaneamente. Esses sistemas permitem que se trabalhe de forma cooperativa, compartilhando informações e materiais de trabalho sem a necessidade de locomoção geográfica. O IPTV realiza a transmissão em tempo real, e a complementação em gravações permite que as informações fiquem disponíveis, democratizando o conhecimento. Esses recursos diminuem gastos com viagens e tempo de deslocamento a outras localidades, sem, no entanto, perder a dinâmica e a qualidade das comunicações. Ano
Nº de Serviços
Tempo (horas)
2012
88
524
2013
100
480
2014
70
309
2015
115
532
Videoconferências, IPTV e Gravações
Para atender à demanda crescente, foram adquiridos três novos equipamentos de videoconferência, além de um doado pela Pró-Reitoria de Graduação. Esses equipamentos foram destinados ao auditório do Departamento de Psicologia Clínica e aos auditórios Carolina Bori, Aurora Furtado e Maria Amélia Matos. 3.6.9. Auxílio em eventos A Seção de Informática participou de comissões organizadoras de diferentes eventos, elaborando inscrições, listas de participação e certificados, além do auxílio técnico na utilização de equipamentos. Esse serviço hoje é gerenciado pela Comissão Assessora de Eventos e Publicações, criada nesta gestão. Eventos destacados: 99 Semana da Psicologia da USP (setembro/2013) 99 Colóquio Científico Internacional: Paisagem, Imaginário e Narratividade (outubro/2013) 99 VI Congresso Interno da Psicologia (outubro/2013) 99 Seminário de Pesquisa Formas Cultas / Formas Desviantes (maio/2014) 99 VII Congresso Interno do IPUSP (outubro/2015)
3.6.10. Projetos Diversos projetos foram desenvolvidos para adequar a estrutura aos novos serviços e demandas, dentro os quais:
124 99 Finalização da reformulação da infraestrutura de cabeamento e racks das redes dos blocos A e C, iniciadas na gestão anterior, para categoria 6 (agosto/2012); 99 Reformulação das redes dos Blocos B, D, E – infraestrutura de cabeamento e racks atualizada para categoria 6 (maio/2013); 99 Reformulação da infraestrutura de cabeamento e racks das redes dos Blocos F e G – projeto aprovado, porém não implementado devido à restrição orçamentária (abril/2013); 99 Construção da sala de backbone da Unidade, com transferência do equipamento de borda para gerenciamento local (outubro/2012); 99 Atualização de todos os switches dos blocos reformados, totalizando 25 equipamentos com 516 portas ativas (julho/2013); 99 Atualização das infraestruturas de cabeamento de audiovisual dos auditórios Carolina Bori e Aurora Furtado (setembro/2015); 99 Desenvolvimento do website da Cooperação Internacional, em português, inglês e espanhol, em parceria com a Superintendência de Comunicação Social e o antigo Departamento de Informática da USP (novembro/2013); 99 Criação do website da revista psico.usp – criação de layout, organização dos dados da revista digital utilizando o CMS Joomla 3.4 (abril/2015); 99 Reformulação do website do IPUSP visando uma interface visual clara e confortável, de fácil navegação e voltada aos diferentes públicos internos e externos à Universidade (fevereiro/2015); 99 Cobertura wireless de toda a área interna e externa do Instituto de Psicologia, em parceria com a Superintendência de Tecnologia da Informação (setembro/2015); 99 Instalação de microcomputadores em todas as salas do Bloco de Aulas (março/2016).
3.6.11. Conclusão Todas as ações foram elaboradas de forma consciente e estruturada, dentro das limitações de recursos, buscando alternativas que pudessem fornecer o melhor custo-benefício e preservar o acesso à informática como ferramenta de trabalho essencial às atividades administrativas, de ensino e de pesquisa da Unidade. Agradecemos todo apoio e incentivo recebidos da Diretoria na gestão do Prof. Dr. Gerson Yukio Tomanari.
125 3.7. Serviço de Apoio Institucional 3.7.1. Apresentação O principal objetivo do Serviço de Apoio Institucional é estruturar as atividades de comunicação no Instituto de Psicologia (IP Comunica) de modo que a sociedade conheça, participe e usufrua das ofertas de ensino, pesquisa e serviços da Unidade. Tal perspectiva condiz com o compromisso da universidade de incluir a população e a mídia no debate de temas de ciência, tecnologia e inovação. Entre as atribuições do IP Comunica, estão: 99 Divulgação de eventos; 99 Produção de notícias; 99 Registro fotográfico dos acontecimentos e eventos do IP; 99 Atendimento à imprensa; 99 Produção de agenda videográfica para os murais digitais; 99 Manutenção da fanpage do IPUSP no Facebook; 99 Atendimento à comunidade e aos visitantes; 99 Atualização de conteúdo do site institucional; 99 Produção editorial de uma revista de divulgação científica para leigos (psico.usp); 99 Gerenciamento do e-mail ipcomunica@usp.br.
Entre os anos de 2012 e 2016, avanços importantes foram feitos para o estabelecimento das atividades de comunicação no Instituto de Psicologia, que estão apresentadas neste documento. Equipe: Islaine Maciel (funcionária) e Anátale Garcia, Aryanna Oliveira, Carolina Sasse, Fernanda Giacomassi e Natália Belizário (estagiárias). 3.7.2. Assessoria de imprensa O serviço de assessoria de imprensa do IPUSP dá suporte a profissionais dos veículos de comunicação – jornais impressos, emissoras de televisão e rádio, sites e empresas de assessoria de comunicação – a fim de manter em evidência os avanços das pesquisas da Unidade. Esses profissionais procuram o Instituto de Psicologia para solicitar a indicação de professores, técnicos e pesquisadores de graduação e pós-graduação para comentar os mais variados assuntos e situações cotidianas que envolvam a Psicologia e a Unidade. Em média, são 60 atendimentos mensais. Assim como os jornalistas contam com o serviço de assessoria de imprensa do IPUSP, o IP Comunica pode contar com esses profissionais no levantamento e na captura de matérias e entrevistas – a assessoria de imprensa funciona como agente principal para a atualização de conteúdo do item “IP na Mídia” do site do IP.
126 Em 1998, foi criado um banco de dados dos pesquisadores e professores, com as palavraschave e telefones e e-mails para contato. Até 22 de março de 2016, estavam 958 especialistas. 3.7.3. E-mail institucional O ipcomunica@usp.br é um canal de comunicação institucional do IPUSP (entre funcionários, estudantes e docentes do Instituto e a sociedade). Por esse e-mail, são difundidas à comunidade interna e externa e aos meios de comunicação as informações acadêmicas, administrativas, sociais e culturais da Unidade. Foi criada uma portaria que normartiza a difusão de mensagens pelo e-mail institucional ipcomunica@usp.br. Falta a aprovação do documento pelo CTA. 3.7.4. Portal do IP A atribuições da equipe de comunicação em relação ao portal do Instituto de Psicologia na internet são: gestão de conteúdo; produção de matérias para a homepage e páginas de notícias, eventos e galerias de fotos; manutenção do banco de eventos. O IP Comunica participou da comissão de reformulação do novo site. A administração e a criação do conteúdo do novo site passaram a ser de responsabilidade do IP Comunica, para atrair o público externo (com textos informativos em linguagem clara, objetiva e formal); manter a qualidade das informações; dar visibilidade às realizações da Unidade; e manter a conexão do site do IP com suas redes sociais. 3.7.5. Eventos Divulgação dos eventos no IPUSP O IP Comunica divulga todos os eventos que acontecem no IPUSP, com informações básicas (tema, contexto, datas, espaço, responsáveis e contato) publicadas no portal do IP, no Facebook e nos murais digitais (entrada dos Blocos A, B, C, F e G), além de difundidas via e-mail às comunidades interna e externa e à mídia. As fontes de informação para essa divulgação são: sistema de reservas de sala; secretárias de Departamento; laboratórios; professores; serviços de pós-graduação e graduação; comissões; Diretoria e Assistências. Ano
Nº de eventos divulgados
Nº de defesas divulgadas
2012
130
139
2013
146
143
2014
90*
160
2015
132
144
*Em 2014, houve redução das atividades por conta do período de greve.
Cobertura de eventos e pesquisas – notícias Matérias sobre as repercussões desses eventos são produzidas e divulgadas no site e no Facebook.
127 Já a cobertura das pesquisas realizadas no IP é feita desde 2008, quando matérias passaram a ser redigidas por estagiários dos cursos de Jornalismo e Letras da USP. Em 2013 e 2014, o IP Comunica contou com uma equipe de quatro estagiários por semestre. Outros veículos que colaboram com matérias sobre o que é realizado no IPUSP são a Ano
Nº de matérias publicadas no site do IPUSP
2012
27
2013
99
2014
34
2015
63
Agência USP de Notícias; a Agência Universitária de Notícias/ECA; o USP Online; e o Jornal da USP. Fotografia O IP Comunica documenta e registra as imagens dos eventos, defesas e reuniões. Essas imagens são publicadas no site e no Facebook do IP, além de servirem para ilustrar matérias e notas. 3.7.6. Murais digitais Os murais digitais do IPUSP fazem parte do plano de comunicação do Serviço de Apoio Institucional/IP Comunica. Em 2016, está sendo implantado o projeto de expansão com mais três aparelhos nos Blocos A, B e F, que em breve entrarão em funcionamento. Para a programação, será utilizado o software Ximbo, que administra via internet todos os aparelhos. 3.7.7. Facebook Lançado em 14 de março de 2014, o perfil do IPUSP no Facebook visa a multiplicar informações de interesse da Unidade e monitorar a internet para localizar menções à instituição, seus alunos e professores. Entre as mídias sociais, o Facebook tem se mostrado a ferramenta de maior alcance. Conteúdo: avisos, lançamentos, eventos, matérias da imprensa de relevância das áreas, citações de professores em artigos, blogs de professores, entrevistas. Público-alvo: alunos de graduação e de pós (internos e externos à USP), jornalistas, professores, instituições de ensino e sociedade em geral. www.facebook.com/IPUSP Informações de 23 de março de 2016. Ano
Nº curtidas
2014
10.018
2015
15.021
2016 (até 23 de março)
16.038
128
129
130
131 3.7.8. Revista on-line psico.usp é a revista on-line sobre pesquisas do Instituto de Psicologia da USP. O primeiro número da psico.usp foi lançado em 30 de abril de 2015, e o segundo número está previsto para 6 de maio de 2016. Trata-se de uma publicação on-line, voltada para a divulgação científica da produção das pesquisas realizadas no IPUSP e destinada às comunidades interna e externa. Fazem parte do projeto editorial textos com linguagem de fácil entendimento, formal e objetiva, que permita a compreensão por parte de um público amplo e diversificado. Nos textos, são observados e destacados os seguintes aspectos: 99 Explicação da natureza do trabalho acadêmico; 99 Especificação dos objetivos da pesquisa; 99 Os procedimentos e o processo para a conclusão da pesquisa; 99 A relevância do trabalho realizado.
n.1, abril 2015
n.2, maio 2016
Para a concepção desse projeto, o IP Comunica passou a contar em sua equipe com estagiários dos cursos de Jornalismo, Letras e Produção Audiovisual, por meio do Programa de Estágios da Universidade de São Paulo. Esta é uma oportunidade que o IP Comunica oferece aos estudantes para desenvolverem na prática habilidades específicas de seus cursos. Para cada editoria (Sociedade, BIO, Saúde, Educação, Arte&Cultura), há uma matéria principal e duas notas (que façam referência ao tema da editoria). Para a matéria de capa, há no mínimo cinco grandes textos envolvendo o tema. Além das editorias, a psico.usp conta com as seções: 99 Mural do IP: abre a revista com as notícias mais recentes;
132 99 Aconteceu no IP: duas notas em cada edição; 99 Lançamentos de livros; 99 Commentor: a cada número, um colunista diferente fala sobre um tema de forma coloquial; 99 Perfil: a cada número, é apresentada a trajetória acadêmica de um professor, em dois formatos (vídeo e texto); 99 Psico-HQ: quadrinhos e ilustrações fornecidos pela comunidade do IP; 99 Outro Olhar: registros feitos na unidade fornecidos pela comunidade do IP.
A publicação é editada no InDesign, programa da Suite Adobe, que permite a inserção de links, imagens e vídeos. A plataforma on-line a ser utilizada para hospedagem da revista será o Issuu (onde o armazenamento e a visualização são gratuitos). Foi criada uma identidade visual própria, e a revista conta com site e página no Facebook específicos. A divulgação é feita pelos canais do IPUSP e por meio de folder impresso. A revista psico.usp foi reconhecida como publicação seriada pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), que atribuiu ao periódico os números de ISSN (International Standard Serial Number) para publicação impressa (2447-7095) e on-line (2447-7109). O ISSN é um número de identificação internacionalmente reconhecido, que serve como parâmetro para o controle de qualidade de revistas científicas e se enquadra nos critérios de indexação em bases de dados nacionais e internacionais. Site: www.ip.usp.br/revistapsico.usp O site da revista teve, de 30 de abril de 2015 a 22 de março 2016, 20.879 acessos. Facebook: www.facebook.com/revistapsico.usp Informações de 22 de março de 2016
133
134
3.7.9. Infraestrutura A equipe do IP Comunica passou a contar com estagiários dos cursos de Jornalismo, Letras e Produção Audiovisual, pelo Programa de Estágios da Universidade de São Paulo. Esta é uma oportunidade que o IP Comunica oferece aos estudantes para desenvolverem na prática habilidades específicas de seus cursos.
135 3.8. Serviço de Atendimento Psicológico / CEIP 3.8.1. Apresentação Coube à gestão que agora finda possibilitar a criação de um projeto histórico de luta e um anseio de muitos docentes, funcionários e alunos, de grande parte da comunidade do IPUSP: a criação do Centro Escola do Instituto de Psicologia (CEIP). A busca de uma maior integração entre os Serviços, Laboratórios e pesquisas realizados no Bloco D do IPUSP, tendo como atores destacados os membros e assessores da Comissão Coordenadora do Centro de Atendimento Psicológico (CC-CAP), foi entendida e apoiada pela Diretoria e pelo Conselho Técnico Administrativo (CTA), criando uma comissão interdepartamental composta por: Profa. Adriana Marcondes Machado (PSA), Profa. Leia Priskulnik (PSC), Profa. Mirela Gualtieri ( PSE), Prof. Marcelo Afonso Ribeiro (PST), Maria da Conceição Uvaldo (representante dos funcionários). Após seis meses de discussão e pesquisa, a comissão propôs uma nova forma de funcionamento, com a criação de um Conselho Gestor composto por quatro representantes docentes, sendo um de cada departamento; quatro representantes dos servidores técnico-administrativos que atuam no CEIP, eleitos pelos seus pares; um representante discente da graduação; um representante discente da pós-graduação; e um representante da comunidade. Ressalta-se aqui um importante avanço que é a representação de toda a chamada “comunidade CEIP”, ou seja, de todos os que trabalham, estagiam e utilizam a clínica escola – uma ideia sempre debatida, reivindicada e que agora existe pela Portaria 36 de 23 de abril de 2014, publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo, inclusive devidamente acrescida no organograma da instituição. Esta portaria dispõe sobre o regimento do CEIP e apresenta seus objetivos: 99 Oferecer à sociedade serviços de Psicologia nas esferas de saúde, do trabalho, da educação e outras áreas emergentes de pesquisa e de atuação; 99 Propiciar espaço de estágio para estudantes; 99 Oferecer espaço para o desenvolvimento de pesquisas e de novas modalidades de práticas nas áreas de conhecimento dos diversos ramos de Psicologia; 99 Constituir um centro de formação e aperfeiçoamento para profissionais de áreas afins.
O CEIP constitui-se, desta forma, como um centro de formação em Psicologia, um lugar permanente de trabalho e reflexão no desenvolvimento de uma Psicologia com responsabilidade na transformação da realidade social brasileira, em direção à superação das desigualdades e injustiças sociais – contribuindo, desse modo, para a melhoria de vida de todos os indivíduos. O CEIP é um projeto em andamento, com grandes desafios e dificuldades já enfrentados e outros a serem enfrentados. Todas as ações realizadas foram apoiadas pela Diretoria e pelos órgãos competentes da Unidade, mobilizaram e mobilizam toda a comunidade do CEIP, fortalecendo a proposta e o objetivo a ser alcançado: ser referência em serviços de atendimento e práticas em Psicologia, seja pela qualidade do que é oferecido à comunidade, seja pelos modelos, inovações e conhecimentos desenvolvidos.
136 3.8.2. Conselho Gestor e representatividade Ressaltamos o apoio, esforço e comprometimento pessoal do diretor Prof. Dr. Gerson Tomanari e da vice-diretora Profa. Dra. Maria Isabel Leme para essa concretização. A eleição de um Conselho Gestor do CEIP e o convite para ter assento no Conselho Gestor e no CTA (e posterior referendo do Conselho Universitário dessa participação), foram ações fundamentais para essa nova forma de organização e sistematização das iniciativas de extensão do IPUSP. No gerenciamento dos projetos do CEIP, o Conselho Gestor passa a ter autonomia administrativa, além de funcionar como interlocutor entre a Direção e as áreas Financeira e Administrativa. Constituiu-se como primeiro Conselho Gestor: 99 Representantes docentes PSA: Maria Luiza Sandoval Schimidt (titular) e Adriana Marcondes Machado (suplente); 99 Representantes docentes PSC: Marcia Bertolla (titular) e Cristian Ingo Dunker (suplente); 99 Representantes docentes PSE: Marcelo Fernando da Costa (titular) e Fernando César Capovilla (suplente); 99 Representantes docentes PST: Wellington Zangari (titular) e Marcelo Afonso Ribeiro (suplente); 99 Funcionários: Maria da Conceição Uvaldo (titular) e Fátima Tereza Gonçalves (suplente); Gustavo Carneiro da Silva (titular) e Luiz Cambraia da Silva (suplente); Paulo César de Paiva (titular) e Francisco Rodrigues de Araújo (suplente); Selene Onila Thomaz Passos (titular) e Marcelo Labaki Agostinho (suplente); 99 Representante discente pós-graduação: Dodi Leal; 99 Representantes discentes graduação: Murilo Silva Zambolin (titular) e Pedro Luiz de Bastos Ferreira (suplente).
Além dos professores, funcionários e alunos, o Conselho contará também com um representante da comunidade, ainda não escolhido. O Conselho reúne-se, a princípio, mensalmente, mas logo passa a ter reuniões quinzenais, sendo uma reunião somente do Conselho Gestor para discutir e deliberar ações e providências a serem tomadas; e outra aberta à comunidade do CEIP, buscando a abertura para o levantamento de problemas e sugestões para o bom funcionamento, bem como de novas ideias, pesquisas e propostas. A revisão do regimento interno feito pela Procuradoria Geral levou à necessidade da eleição de um coordenador do CEIP, a fim de representar o Conselho Gestor no Conselho Gestor do IPUSP e no CTA. Foi eleita a psicóloga Maria da Conceição Uvaldo. Essa representação possibilitou, além de uma maior visibilidade para o CEIP, uma maior compreensão dos processos administrativos e burocráticos da Universidade, facilitando uma maior integração do Centro Escola à administração do IPUSP.
137 3.8.3. I Congresso do CEIP Ressalte-se aqui o incentivo constante da Diretoria, que sempre deixou claro que o CEIP deve ser central na vida acadêmica e institucional do IPUSP. Para tanto, e buscando sempre a participação de todos para que o CEIP possa de fato ser uma construção coletiva, organizou-se o I Congresso do Centro Escola do Instituto de Psicologia, proposta prontamente apoiada e viabilizada pela Diretoria. Esse Congresso consistiu em um espaço privilegiado de debate, sugestões e propostas, que passam agora por sistematização e aprofundamento pelos grupos de estudo formados. Em reunião do dia 25 de maio de 2015, o Conselho Gestor sugeriu a realização de um congresso para debater o projeto do CEIP e propor algumas linhas de funcionamento e prestação de serviços, no ensino e na pesquisa. O Congresso foi organizado em três momentos: Em um primeiro, a comissão organizadora, composta por quatro membros do Conselho Gestor, recebeu propostas elaboradas por coletivos interessados no projeto do CEIP (serviços, laboratórios, equipes de responsáveis por atividades de extensão, grupos de alunos de graduação e pós-graduação, docentes coordenadores de disciplinas, entre outros) ou por pessoas individualmente. Foram propostos os seguintes temas, em torno dos quais as propostas se articularam: 99 Entrada dos usuários no CEIP (porta única, plantão, triagem, acolhimento, recepção); 99 Integração dos serviços e laboratórios (interna e na rede, no território) e divulgação; 99 Atividades de ensino e pesquisa ligadas à prestação de serviço; 99 Temas e áreas de atuação que podem ser introduzidos no CEIP; 99 Espaços do CEIP (ocupação uso de salas, mobiliário).
Numa segunda fase, a comissão organizadora, em colaboração com a comissão coordenadora de grupos de trabalho, fez a sistematização das propostas recebidas por temas, construindo uma publicação que serviu de base para que os participantes se preparassem para as discussões e deliberações Congresso. O terceiro momento foi a realização do Congresso propriamente dito, marcado para os dias 3 e 4 de novembro de 2015, reservando o primeiro dia para os debates em quatro grupos de trabalho temáticos, os quais produziram sínteses apresentadas no segundo dia, numa plenária geral de caráter propositivo. A participação no Congresso foi bastante significativa e levou à criação de dois grupos de trabalho: acolhimento e espaço físico. Esses grupos, que ainda estão em funcionamento, já sugeriram e colocaram em andamento projetos, como a informatização de agendamentos de salas e a revitalização dos saguões. 3.8.4. Funcionamento Duas equipes ligadas ao Conselho Gestor são propostas no Regimento do CEIP, uma administrativa e outra composta de profissionais de psicologia, psiquiatria e assistência social (chamada equipe multiprofissional).
138 A equipe administrativa hoje é composta pelos funcionários Paulo César de Paiva e Moisés Soares. Já a equipe multiprofissional é composta apenas pela assistente social Selene Tomaz. Ressalta-se que as dificuldades econômicas e a consequente restrição de contratações impediram que a equipe pudesse ser composta integralmente – tanto o Conselho Gestor como a Assistência Administrativa e o diretor pessoalmente empenharam-se para a transferência de um psiquiatra alocado na Superintendência de Saúde (SAS-USP), que acabou não se concluindo. Uma das maiores reinvindicações da comunidade do CEIP refere-se às reformas e à melhor manutenção do prédio. A reforma do telhado do bloco foi realizada. Contudo, por problemas na execução, administração e vistoria da obra, ela acabou prejudicando salas e equipamentos de duas alas – um momento de difícil administração de conflito. Ainda assim, as dificuldades vividas levaram a aprendizados importantes não apenas da comunidade CEIP, mas também e principalmente da administração do IPUSP. 3.8.5. A construção de um centro escola: da CC-CAP ao CEIP Texto elaborado por integrantes da CC-CAP A Comissão Coordenadora do Centro de Atendimento Psicológico (CC-CAP) do Instituto de Psicologia foi instituída pelo Conselho Técnico Administrativo (CTA) no ano de 1998, com representantes dos quatro departamentos, de estudantes da graduação e da pósgraduação, e funcionários da recepção do Bloco D, quando da constituição do então Centro de Atendimento Psicológico (CAP) do Instituto. O Centro formou-se como tal em um trabalho conjunto de busca de reorganização e aproximação dos serviços existentes à época (fins de 1990) em um único local no terreno do Instituto. Eram serviços que, devido a questões históricas, durante um longo período permaneceram distribuídos em diferentes “barracões” da USP. Após um período inicial, passou também a congregar alguns laboratórios do IP que ainda estavam em outros “barracões” e novos laboratórios que passaram a ser criados. A constituição e permanência da CC-CAP durante todo esse período pautou-se por um conjunto de preocupações no sentido de aproximar as necessidades do CAP aos demais setores do IPUSP, à Direção do Instituto e ao CTA, além dos departamentos e grupos representados, tendo como norte buscar constituir e fomentar a relevância dos espaços coletivos e compartilhados no CAP e a responsabilidade de todos por seu uso e cuidado. A Comissão encarregou-se, até novembro de 2014: a) da zeladoria do Bloco (atenção à manutenção das instalações e da construção predial, estudo da criação da recepção, acompanhamento das reformas etc.); b) da seleção e do treinamento de funcionário para a implantação das atividades de recepção, quando da abertura de vaga para esse posto; c) do acompanhamento e da interlocução constantes com o trabalho realizado na recepção do Bloco e suas interfaces com os diferentes serviços e atividades realizados nele; d) da atenção ao regimento interno existente (aprovado pelo CTA em sessão de 04/06/2001 e alterado em seu artigo 2.2 na sessão de 11/08/2008); e) da liderança de grupos de trabalho que direcionaram para a criação do CEIP e seu atual regimento.
139 No período de 2012 a 2014, durante esta gestão, destaca-se ainda um conjunto de atividades e ações que traduz, sob certa perspectiva, um contexto mais amplo referente ao CAP, seu futuro, e ao próprio Instituto e à Universidade. Dentre essas atividades, eram realizadas reuniões semanais dos integrantes da Comissão, sistematizadas e registradas em ata disponível para consultas, em que eram discutidos e encaminhados questões de estrutura e funcionamento do CAP, temas relacionados ao CAP e solicitações diversas que demandavam intermediação da Comissão. Além disso, eram elaborados documentos e cartas, e redigidos informes e outros materiais para ampla divulgação no CAP e no IP, por escrito e pela internet. Nelas também se organizavam campanhas educativas, tais como temas relacionados a acessibilidade, utilização de espaços comuns, uso da copa, campanha contra a dengue etc. Também coube à Comissão apresentar o CAP na recepção de calouros e estudantes da graduação; conversar com o Centro Acadêmico Iara Iavelberg e o Cursinho da Psico, ambos do Instituto, a partir de pedidos de seus integrantes; orientar, quando necessário, a comunidade do IP (professores, funcionários e estudantes de graduação e pós, inclusive de especialização, ex-alunos etc.) sobre o funcionamento do CAP. Preocupada também com questões estruturais e de infraestrutura e tendo como atribuição cuidar das áreas comuns do CAP, a Comissão realizava reuniões periódicas com a Direção e outros setores do Instituto (e, posteriormente, com o Conselho Gestor do IPUSP). Elaborou e apresentou em 2012, para esta Direção, um levantamento realizado continuamente sobre: problemas estruturais do Bloco D; questões de infraestrutura (inclusive mobiliário e equipamentos); necessidades de manutenção predial e reparos; urgências com relação a questões de saúde ambiental e dos trabalhadores (as) do CAP, inclusive de setores terceirizados (limpeza e portaria); problemas de segurança contra incêndio; questões de acessibilidade; necessidade de contratação de pessoas; entre outros. Reiterou-se, à época: a CC-CAP como comissão de referência para o estabelecimento de prioridades com relação ao cuidado com o prédio e ao uso dos espaços coletivos do mesmo; a importância de conversas conjuntas para definição de ações de planejamento e acompanhamento dos cronogramas dessas ações (inclusive obras externas e internas); a necessidade de avisos, com antecedência, dos cronogramas de obras e eventuais mudanças, para comunicação a quem trabalha e utiliza o Bloco; a importância da garantia de uma agenda com ações cotidianas e planejamento, anteriores a ocorrências de emergência; e uma rotina de interlocução da administração com a comissão e o CAP. Como encaminhamento dessas questões, foi formado um Grupo de Trabalho do Bloco D, que será tratado em seguida. Em 2013 e 2014, redigiu documentos específicos, entregues ao Conselho Gestor do IP, com detalhamento das atribuições, especificidades e necessidades relativas ao trabalho de recepcionista e dos vigias do Bloco D (então CAP), além de participar de um conjunto de reuniões junto à Direção para lidar com essas questões. Salienta-se, ainda, o papel de mediação tanto frente a solicitações conflitantes com relação ao funcionamento do CAP (internas e externas ao IP) como entre pedidos de diferentes setores, departamentos, serviços e laboratórios do então CAP.
140 Com o intuito de fomentar conversas e debates coletivos (alguns deles já presentes no cotidiano do CAP e do IP, outros que circulavam em encontros e reuniões coletivas específicas), a respeito de temas e questões importantes para o dia a dia do Centro e para seus projetos futuros, a CC-CAP organizou reuniões ampliadas no CAP. Alguns dos temas que circulavam eram: relação entre formação e extensão; papel da pesquisa; formação em serviço e o trabalho de supervisão realizado pelos psicólogos do IPUSP; atendimentos de urgência; relação do CAP com outros serviços e instituições públicas; demandas não atendidas pelo CAP; o lugar nevrálgico da recepção em um centro como o nosso; o impacto das terceirizações no cotidiano do Centro e na vida desses trabalhadores e trabalhadoras; mudanças na universidade e desdobramentos sobre o CAP e seu futuro; dentre outros. Foram também realizados encontros para debater as mudanças do regimento do Centro e seu novo nome (que passou a ser CEIP) e algumas linhas fundamentais e necessárias ao regimento, inclusive relativas a seus princípios. Incluem-se, nesse processo, conversas e debates sobre as eleições de representantes de funcionários no futuro Conselho Gestor do CEIP, e sobre a constituição do Conselho e os necessários encaminhamentos (junto com a comissão que tratava do CEIP) para a Congregação. Tudo isso em interlocução com o setor acadêmico do IP. Nessas reuniões ampliadas, dentre outros aspectos, buscou-se também compreender as necessidades e demandas acerca de contratação de equipe mínima para o futuro Centro Escola do Instituto de Psicologia (CEIP), e a definição dialogada das atribuições necessárias para as vagas dos profissionais dessa equipe. Foi considerado aquilo que seria comum a todos da equipe e as especificidades relacionadas a cada papel e inserção no Centro, quando da formação do CEIP. Assim, foi possível à CC-CAP sistematizar material para formulário de solicitação para contratação (DRH) de assistente social, psicólogo e psiquiatra. Com a aprovação do CEIP e a composição de seu Conselho Gestor, a CC-CAP encerrou suas atividades, tendo em vista que esse Conselho assumiria também as funções exercidas pela Comissão. A partir da experiência de 16 anos, foi possível perceber a importância da CC-CAP como comissão que teve como uma de suas especificidades um lugar de fronteira no Instituto entre as questões administrativas, técnicas e acadêmicas. A Comissão buscou, ainda, contribuir com um conjunto de debates, inclusive éticos e político-institucionais, a respeito de um centro que congrega diferentes serviços, laboratórios e departamentos e diversas perspectivas teórico-metodológicas e linhas de atuação, em um campo de confluências e tensões entre formação, extensão e pesquisa. Participou também dos debates e embates sobre os dilemas e questões a respeito da inserção e participação institucional e social do CAP e do futuro Centro Escola do Instituto. 3.8.6. A experiência do Grupo de Trabalho do Bloco D (GT do D) – 2012 a 2014 Texto elaborado por integrantes do Grupo de Trabalho do Bloco D (GT do D) A partir de solicitação da Diretoria do IPUSP, no fim de 2012, e de experiência anterior do Grupo de Trabalho do Bloco B (GT do B), foi realizada pela então Comissão Coordenadora do Centro de Atendimento Psicológico (CC-CAP) uma reunião aberta no CAP convidando estudantes de graduação e pós-graduação, funcionários e professores a participarem da
141 formação de um Grupo de Trabalho (GT) responsável por retomar encaminhamentos e dar prosseguimento a uma reforma do Bloco D. A partir dessa reunião, foi possível levantar um grupo de pessoas interessadas em participar diretamente do GT, bem como outras que poderiam colaborar nesse processo. Esse grupo formado contou com os seguintes integrantes do Bloco D: Débora Amaral Audi, Fátima Tereza Gonçalvez, Heloisa Antonelli Aun, Marcelo Lábaki Agostinho, Maria Gertrudes Vasconcelos Eisenlohr, Maria Luiza Dias Sacco, Paula Fontana Fonseca, Paulo César de Paiva, Selene Onila Thomaz Passos, Sonia Maria Alavarces, Tania Maria Ferreira de Andrade Silva, Tatiana Freitas Stockler das Neves e Walkiria Duarte. São funcionários de diversos serviços e laboratórios do Bloco D, vinculados a diferentes departamentos do Instituto. O GT do Bloco D passou, então, a ser formado por essas pessoas, pelo diretor do IPUSP e, em um primeiro momento, pelas assistências Administrativa e Financeira. Em um segundo momento, com a reorganização ocorrida no IPUSP, passou a ser composto por integrantes do Bloco D acima elencados e pelo Comitê Gestor do Instituto. A partir de 2013, o GT do Bloco D realizou reuniões periódicas na Diretoria para definição de seu papel e de quais trabalhos passaria a se ocupar. Essa definição era fundamental tanto para a interlocução entre seus integrantes como para evitar sobreposição de papéis em relação à CC-CAP e aos setores administrativo e financeiro. Os integrantes do Bloco D reuniram-se também semanalmente no então CAP (hoje CEIP), estabelecendo formas de organização para levantar histórico de demandas e encaminhamentos já feitos e de novas necessidades e questões em relação à infraestrutura do Bloco. Elaboraram-se resumos das reuniões e comunicações contínuas por e-mail e telefone. Salienta-se que um conjunto importante de levantamentos a respeito dessa necessária reforma e demais encaminhamentos já havia sido feito sistematicamente pela CC-CAP em suas diversas composições e em diferentes anos, o que propiciou uma base fundamental de partida para esse trabalho. Nessa época, os então integrantes da CC-CAP fizeram parte do GT, o que auxiliou conversas e trocas de experiências. Alguns pontos que possibilitaram repensar o projeto para o Bloco D foram: 99 Comprometimento e engajamento sustentado ao longo dos anos pelas trabalhadoras e trabalhadores que realizam atividades no Centro; 99 Discussão presente no Bloco sobre a prestação de um serviço de qualidade, tendo em foco tanto a formação dos estudantes de Psicologia como a comunidade atendida nos serviços, laboratórios e pesquisas; 99 Diversos encontros, debates e reuniões com participação de diferentes funcionários, professores e estudantes desde o fim da década de 1990, em que se debruçaram sobre as atividades realizadas no Centro; os princípios da universidade pública; a questão da extensão-formação-pesquisa; a diversidade de campos de atuação e aportes teóricometodológicos em Psicologia e as possibilidades e limites de suas interlocuções; a inserção institucional e os contextos sociais, políticos e históricos relacionados ao CAP; dentre outros; 99 Aprovação do novo regimento do antigo CAP e atual CEIP. Esse regimento contou com trabalho da Comissão Assessora formada por professores, funcionários e alunos, bem
142 como com discussões com a comunidade do CAP e do IP, realizadas em reuniões abertas, conselhos de departamento e Congregação. Entendemos que essa ampla discussão, que contou também com o trabalho realizado por mais de dois anos pela Comissão Integrada, embasam o novo projeto do CEIP.
Foram realizados ainda trabalhos de campo, com incursões aos diversos locais do Bloco D e conversas com seus vários integrantes para levantamento de: aspectos históricos, necessidades percebidas, sugestões e propostas. As incursões cobriram inclusive áreas pouco observadas e atores que costumavam ter pouca voz no conjunto da comunidade do IPUSP, como as trabalhadoras e os trabalhadores terceirizados. Foram debatidos e pensados aspectos tanto em relação às salas de uso comum, às salas de serviços e laboratórios e à recepção como às salas de apoio às trabalhadoras da limpeza, aos trabalhadores da vigilância e da portaria e ao trabalhador da fotocopiadora. Foram considerados também os locais de convivência já existentes, os locais que poderiam receber novas ocupações e os locais de circulação, banheiros etc. Para estabelecimento do projeto de reforma, deu-se relevo aos princípios que norteavam tanto a história do Bloco D como sua atual configuração, e o que se vislumbrava como projeto para o Bloco que se iria conformar como futuro CEIP. São eles: 99 Propiciar condições adequadas de trabalho (tanto em relação aos contratados pela Universidade como aos terceirizados); 99 Acolher e estar atento à diversidade da população que procura o Centro como uma instituição pública e gratuita; 99 Promover a convivência entre as pessoas que trabalham e utilizam o Centro; 99 Favorecer o compartilhamento dos espaços de uso comum e coletivo entre estudantes, funcionários e docentes que atuam no Centro; 99 Manter diálogo sobre planejamento das obras, de modo a respeitar o funcionamento do Centro (possibilidades de trabalhos conjuntos; cronograma de obras efetivo, enviado com antecedência, que priorize períodos de recesso ou férias de janeiro).
Nas reuniões do GT na Diretoria, foi possível retomar processos e encaminhamentos realizados na administração e no setor financeiro e trazer à cena a importância do que se gostaria de projetar como possibilidades do Bloco. A concepção construída durante o processo do GT do Bloco D deu suporte ao desenho proposto em relação ao Bloco, compreendido tanto em suas especificidades como em relação a sua inserção no IPUSP. A partir desse momento inicial, foi elaborado o texto “GT do Bloco D – sistematização de trabalho realizado para reunião na Diretoria do dia 14/05/2013”. Nele, foram elencadas prioridades acerca do espaço interno e externo (arredores) do Bloco, fundamentais e necessárias para possibilitar as condições propícias de seu funcionamento, organizadas da seguinte maneira: 1) Avaliação estrutural; 2) Implementação de novos espaços; 3) Adequação dos espaços atuais; 4) Manutenção predial preventiva. A partir desse material, foram organizados subgrupos com atividades específicas, definidas conjuntamente em reuniões gerais do GT. Dessas atividades e seus desdobramentos, foi confeccionado novo material, intitulado “Detalhamento do Projeto do Bloco D”. Foi
143 possível aqui identificar novas necessidades de interlocução, tanto internamente no IPUSP e na USP como em relação a outras instituições e profissionais. Durante esse longo e dialogado processo, foi preciosa a participação dos integrantes da manutenção do IPUSP, os senhores Antonio Carlos Corrente, Antonio Gomes Ribeiro, Carlos Nicolau Anacleto, Gilberto Silva de Jesus e Sidnei Camargo Luccas, que trouxeram conhecimentos acumulados em relação aos blocos e ao tema da reforma e um conjunto de questões norteadoras para elaborar possíveis encaminhamentos. Em reuniões entre integrantes do Bloco D e da manutenção, foi possível também identificar uma série de condições necessárias ao Setor da Manutenção para realização de seu trabalho de forma mais adequada, incluindo processos de trabalho, equipamentos, materiais e ferramentas. Tais demandas foram conversadas em reunião conjunta de todo o GT (incluindo Conselho Gestor) e a equipe do Setor de Manutenção em dezembro de 2013. Foi ainda elaborado o material “Detalhamento de proposta de projeto conjunto equipe manutenção e Grupo de Trabalho (GT) do Bloco D”. Com o levantamento realizado, fez-se necessária a consulta a outras instituições, como o Corpo de Bombeiros, e a interlocução com outras instituições da Universidade, como a SEF. Destaca-se em especial o papel fundamental de equipe do Programa USP Legal, que realizou gratuitamente levantamento e laudo acerca da acessibilidade relativa ao Bloco D, considerando tanto o espaço interno do Bloco como suas cercanias, mobilidade e acessos ao transporte público. A acessibilidade foi aqui compreendida em sua maneira mais ampla e a partir do público que frequenta o Bloco D, além de quem nele trabalha. Para tanto, contamos também com a colaboração de Flávio Ribeiro, integrante do Bloco D, por seus conhecimentos relacionados à questão da deficiência. Dá-se relevo às conversas ocorridas com profissionais de arquitetura e engenharia para compreender em quais concepções e modelos de construção e projeto arquitetônico se assentava o desenho atual do Bloco, suas limitações, problemas e possibilidades. A partir desses encontros, frisou-se o necessário acesso às plantas do Bloco e o contato com os documentos de processos e requerimentos relacionados a ele (laudos específicos do Bloco D; laudos e check lists gerais do IPUSP; PPRA; vistorias SEF; documentos produzidos pelas CIPAs do IP; vistorias e laudos SESMT da USP; etc.), reforçando a relevância da interlocução entre setores e instituições e da pesquisa documental. Aspectos desse processo e das questões e propostas levantadas pelo GT do Bloco D foram levados pela Diretoria a reuniões do Conselho Técnico Administrativo (CTA) do IPUSP. Foi ainda confeccionado um cronograma físico, constantemente atualizado, com etapas e atividades necessárias para finalização do projeto, além do quadro de reuniões específicas e gerais do GT. Foram redigidas cartas, solicitações e outros documentos. A partir de desenho do projeto no decorrer de 2013, parte dos integrantes do Bloco D realizou extensa pesquisa, levantamento e descrição de materiais, mobiliário e serviços necessários, além de consultas e orçamentos que dessem a devida dimensão e qualidade do projeto e os valores envolvidos. Tal pesquisa teve como horizonte a possibilidade de interlocução com outros setores e instituições públicas; a reforma de materiais; a adoção de soluções criativas e coletivas; a democratização das decisões.
144 Também foi pesquisado um conjunto de ideias e projetos possíveis, em especial para áreas de uso comum e de convivência, incluindo a copa e a praça em frente à entrada principal. Pensou-se, ainda, em locais de transição e conversa entre os lugares de convivência, os locais de trabalho e os frequentados pelo público, tais como saguões e jardins internos, cuja ocupação poderia combinar diferentes usos e práticas. A constituição e o processo de trabalho do GT deram-se no calor dos debates a respeito da configuração do futuro CEIP e dos princípios e atividades debatidos no novo regimento interno do Bloco, por um lado, e, por outro, em um contexto de reflexões e considerações em relação a todo o Instituto (necessidade de reocupar espaços comuns como praças, corredores, locais de alimentação e demais lugares de convivência). Definido, então, o projeto, foram muito importantes a conversa e a troca com o Setor de Compras tanto para definição de encaminhamento do projeto arquitetônico (à época já em vias de solicitação de verba e trâmites devidos para possibilitar contratação) como em relação aos demais pedidos e requerimentos (mobiliário, equipamentos etc.). Entretanto, apesar de todos os esforços do conjunto do GT do Bloco D para a construção desse projeto e do envolvimento de outros setores, grupos e instituições, o mesmo teve que ser suspenso por tempo indeterminado a partir de política adotada pela Reitoria em 2014 de corte e suspensão de gastos na Universidade. Em 2014 e 2015, após a mudança do Centro de Atendimento Psicológico (CAP) para o que passou a ser o Centro Escola do Instituto de Psicologia (CEIP), esse conjunto de trabalhos realizados, seus relatórios e encaminhamentos foram compartilhados com integrantes do Conselho Gestor do CEIP e participantes do Congresso do CEIP. Para experiências futuras, ressaltamos importância que a memória e história locais e institucionais tiveram na reflexão e definição do projeto do Bloco D – incluindo a interlocução com seus atores locais, parte dos quais deu grande contribuição e atualmente não está mais na Universidade.
145 3.9. CCNInt 3.9.1. Histórico Os intercâmbios com instituições nacionais e estrangeiras estão na origem histórica do Instituto de Psicologia da USP. Os docentes pioneiros na idealização do IPUSP tiveram formação em universidades do exterior, assim como professores estrangeiros foram parte fundamental no estabelecimento da Unidade. Ainda hoje, vários de nossos docentes possuem formação e/ou estágios de aperfeiçoamento fora. Assim, diferentes formas de intercâmbio são uma característica fundamental do IPUSP, e fortalecê-las cada vez mais constituiu uma meta desta gestão. De modo geral, as relações externas mais preponderantes do IPUSP possuem duas origens: (i) iniciativas individuais de nossos docentes, tradicionalmente incentivadas pela Unidade, e que resultam em mobilidade bilateral discente e docente e em publicações conjuntas; (ii) relações estabelecidas por convênios acadêmicos entre instituições de ensino, por meio dos quais promovem-se intercâmbios de estudantes e pesquisadores, com a finalidade de estreitar as relações interinstitucionais e colaborações acadêmicas. Embora a maior parte da mobilidade docente e discente pertença ainda à primeira categoria, o estabelecimento de convênios interinstitucionais teve grande impulso após a criação da Comissão de Cooperação Nacional e Internacional (CCNInt), em 2008, levando a um aumento de 50% na mobilidade estudantil de graduação e à implementação e administração dos processos de dupla-titulação da Unidade. O intuito da CCNInt é implementar a política de internacionalização da Reitoria. Embora houvesse, antes de sua criação, atividades de intercâmbio estudantil e docente em todos os departamentos, bem como delegações de universidades estrangeiras em missão no IPUSP e professores visitantes, essas atividades não faziam parte de um projeto institucional global. Após a criação da CCNInt, seguiu-se um período de estabelecimento de convênios de cooperação internacional visando principalmente a incrementar a já existente mobilidade discente e docente, bem como implementar a dupla-titulação de alunos de pós-graduação. Desde sua criação, a CCNInt já recebeu 38 delegações estrangeiras e fechou 51 acordos de cooperação acadêmica, levando a um aumento da mobilidade internacional 3.9.2. Internacionalização em números Convênios de mobilidade discente No período englobado por este relatório, 30 convênios de cooperação acadêmica foram firmados entre o IPUSP e IES estrangeiras (seis resultantes de visitas de delegações estrangeiras e 24 resultantes de iniciativas individuais de docentes) em 16 países (45% dos quais na Europa e 49% na América Latina). Estes acordos possibilitaram a vinda de 21 estudantes de graduação estrangeiros para semestre acadêmico no IPUSP e a ida de 41 estudantes de graduação brasileiros para semestre acadêmico nas instituições conveniadas. Mobilidade discente de graduação Embora a mobilidade acadêmica de graduação, principalmente de brasileiros indo ao exterior, tenha se beneficiado de acordos internacionais firmados pela CCNInt, também
146 houve significativa mobilidade não relacionada a convênios. De 2012 a 2016, o IPUSP enviou 84 alunos brasileiros de graduação ao exterior (76 via convênios com IES estrangeiras e oito por iniciativas individuais) e recebeu 84 estudantes estrangeiros para semestre acadêmico (25 via convênios e 59 por iniciativas individuais). O maior incentivo para a mobilidade dos brasileiros são os diferentes programas de bolsas, como bolsa-mérito USP e Santander; 51% dos graduandos brasileiros em mobilidade foram beneficiados. No período, recebemos também 19 estudantes estrangeiros de graduação para realização de estágios de pesquisa, 30% dos quais via convênios e 70% via iniciativas individuais e com financiamento externo. Por fim, quatro estudantes cursam atualmente a graduação no IPUSP através do PEC-G, programa federal que oferece formação de nível superior a nacionais de países em desenvolvimento. Mobilidade discente de pós-graduação Com relação à mobilidade discente de pós-graduação, 23 alunos estrangeiros iniciaram seus estudos de pós-graduação no IPUSP de 2012 a 2015, 87% com bolsas de agências nacionais de financiamento. Mais da metade dos estudantes estrangeiros matriculados em nossos programas de pós-graduação advém da América do Sul. Três estudantes do IPUSP concluíram dupla-titulação no exterior (dois na França e um na Austrália), e outros dez estão com a dupla-titulação em andamento (todos na Europa). A realização de estágios-sanduíche no exterior é frequente; nesta gestão, 43 estudantes de pósgraduação e sete pós-doutores realizaram atividades de pesquisa em IES estrangeiras, 80% com financiamento de agências nacionais. A maior parte desses estágios foi realizada em instituições na Europa e América do Norte. Mobilidade docente O IPUSP recebeu, de maio de 2012 a dezembro de 2015, 142 docentes, a maioria da França (25%), Itália (20%), EUA (18%) ou Portugal (12%). Esses docentes ministraram 70 disciplinas de pós-graduação, além de participar em 99 atividades relacionadas à pesquisa, como reuniões de colaboração, palestras e congressos. Nossos docentes realizaram, no mesmo período, 169 visitas ao exterior. 3.9.3. Desdobramentos e diagnósticos Nesses anos de estabelecimento e consolidação de atividades, a CCNInt empenhouse principalmente em desenvolver iniciativas voltadas ao incremento da mobilidade internacional discente de graduação, como seminários de apresentação da Comissão e suas atividades aos alunos de graduação brasileiros e estrangeiros; tutoria dos estudantes estrangeiros no Brasil; e estabelecimento de convênios de cooperação acadêmica que permitam mobilidade. Os seminários têm como finalidade colocar o aluno de graduação em contato com as possibilidades que a Universidade e o IPUSP oferecem em termos de mobilidade internacional, e têm surtido efeito positivo; grande parte dos alunos que se inscreveram nos editais de mobilidade da CCNInt compareceu em algum momento a um desses seminários. Alunos brasileiros que usufruíram dessa possibilidade e os estudantes estrangeiros no IPUSP também participam destes encontros e dividem suas experiências.
147 O programa de tutoria foi estabelecido para fornecer ao estudante estrangeiro recémchegado subsídios para aproveitar ao máximo seus estudos no IPUSP. Através dele, cada aluno recebe como tutor um docente do IPUSP, que o orienta principalmente quanto a disciplinas a cursar e leituras extras para cobrir lacunas de formação. No tocante aos convênios propriamente ditos, podemos dizer, com os dados disponíveis, que o número total de convênios cresceu 15% ao ano no período. Embora uma das atividades institucionalmente priorizadas tenha sido o recebimento de delegações estrangeiras, esta não demonstrou ser efetivamente frutífera em termos de incremento na mobilidade estudantil: apenas cerca de um terço das delegações recebidas resultou em convênios de cooperação e, destes, beneficiaram-se apenas oito alunos de graduação do IPUSP e sete alunos de graduação estrangeiros de um total de 168 estudantes em mobilidade internacional no período (101 com convênio). Esses números sugerem que, embora receber delegações estrangeiras seja uma atividade diplomaticamente interessante em tempos de globalização, em termos práticos o estabelecimento de acordos cooperativos é mais frutífero quando motivado por interesses acadêmicos genuínos de ambas as partes. 3.9.4. Estratégias e metas A principal estratégia da CCNInt tem sido seguir a política de internacionalização da Reitoria da USP, no sentido de estabelecer convênios visando às mobilidades docente e discente e à dupla-titulação de pós-graduação. A criação de novas estratégias e sua avaliação dependem crucialmente, portanto, de uma maior integração do fluxo de informações no IPUSP e na USP em geral. Lembrando que a realização de metas é em grande parte condicionada ao aporte de verbas, destacamos as seguintes atividades como prioritárias para os próximos cinco anos: 99 A realização anual de Seminários de Internacionalização do IPUSP, eventos nos quais discentes e docentes da Unidade, bem como representantes das comissões estatutárias, da Agência USP de Internacionalização, da CAPES e do CNPq se reunirão para avaliar e discutir os rumos do processo de internacionalização no IPUSP e na USP como um todo; 99 A organização de atividades para recepção e acompanhamento de intercambistas, que incluiriam a formação de grupos de alunos do IPUSP responsáveis pela instalação do aluno estrangeiro e apresentação da Universidade, sob supervisão da CCNInt; 99 A reorganização do site da CCNInt do IPUSP, incluindo as informações necessárias para o futuro aluno tanto em termos acadêmicos quanto culturais (MAC, orquestra da USP, CoralUSP, CEPEUSP etc.) e práticos (transporte, acomodação, saúde e alimentação); 99 O assessoramento à CG e à CPG sobre questões acadêmicas envolvendo intercambistas; 99 O auxílio à Administração da Unidade, no sentido de facilitar o fluxograma e a coleta de informações relativas à internacionalização; 99 A intensificação do intercâmbio acadêmico nos convênios de cooperação já existentes, uma vez que vários deles ainda se encontram inativos em termos de mobilidade discente e docente e em termos de produção conjunta;
148 99 Coletar sistematicamente dados relativos a todos os processos que envolvam internacionalização, para facilitar e auxiliar a análise de estratégias; 99 Aumentar a oferta de disciplinas de graduação e pós-graduação em línguas estrangeiras, para atender à demanda crescente de intercambistas cuja língua-mãe não é o vernáculo.
Para os próximos dez anos, pretendemos: 99 Construir o perfil dos intercambistas egressos da graduação e pós-graduação, para avaliar o impacto de sua estada no IPUSP ou em IES conveniadas no seu desempenho acadêmico, profissional e social; 99 Criar estatísticas de colaboração com o exterior, na forma de produção acadêmica de docentes e discentes, para avaliar o sucesso das estratégias de internacionalização da Unidade e auxiliar na criação de novas estratégias; 99 Aumentar o número de convênios de dupla-titulação; 99 Criar o duplo-diploma de graduação em colaboração com IES estrangeiras, permitindo ao aluno de graduação do IPUSP que curse no exterior parte do percurso acadêmico e possibilitando, assim, uma formação diferenciada e válida fora do território nacional; 99 Realizar sistematicamente contatos e visitas a IES estrangeiras de interesse para as áreas de conhecimento do IPUSP, para a proposição de atividades de cooperação e/ou convênios.
Além do número de alunos, docentes e servidores indo e vindo ano a ano, propomos os seguintes critérios para avaliação do impacto das iniciativas de internacionalização dentro e fora do IPUSP: 99 O coeficiente de rendimento escolar dos alunos de graduação do IPUSP antes e depois do período de intercâmbio, usando como grupo controle os colegas de sala que não realizaram atividades no exterior; 99 O número de publicações (resumos publicados em anais, textos completos publicados em anais, artigos publicados em revistas indexadas, capítulos de livros e livros) de docentes do IPUSP em conjunto com colaboradores de IES estrangeiras; 99 O fator de impacto dos artigos publicados em conjunto com colaboradores estrangeiros; 99 As viagens de nossos docentes ao exterior para apresentação de trabalho em congressos internacionais ou visitas acadêmicas a IES estrangeiras; 99 As visitas de docentes estrangeiros ao IPUSP para apresentação de trabalho e colaborações em pesquisa; 99 Prêmios e títulos internacionais obtidos por discentes, docentes e servidores do IPUSP; 99 A contabilização de quais mobilidades e produções advêm de convênios de cooperação formais redigidos e administrados pela CCNInt; 99 A contabilização de financiamentos e colaborações em pesquisa envolvendo discentes e docentes do IPUSP e de IES estrangeiras.
149 3.10. Comitê de Ética em Pesquisa com Animais 3.10.1. Apresentação Composição do Comitê de Ética em Pesquisa com Animais (CEUA), gestão 2013-2015: 99 Presidente: Maria Helena Leite Hunziker (psicóloga) 99 Vice-presidente: Christina Joselevitch (médica veterinária) 99 Membro externo: Jackson Cioni Bittencourt (médico) 99 Membro biólogo: Eduardo Benedicto Ottoni (biólogo) 99 Membro de SPA: Solange Formiga Albuquerque (analista de sistemas) 99 Membro discente: Einat Hauzman (bióloga) 99 Secretária: Arlete A. Mendes de Almeida 99 Suplente docente: Miriam Garcia Mijares (psicóloga) 99 Suplente externo Marcelo A. B. V. Guimarães (médico veterinário) 99 Suplente veterinário: Mauro Lantzman (médico veterinário) 99 Suplente biólogo: Briseida Dôgo de Resende (bióloga) 99 Suplente de SPA: Heloísa Celentano Rissete (biomédica) 99 Suplente discente: Flávio Theodoro da Silva (psicólogo)
Composição do CEUA, gestão 2015-2017: 99 Presidente: Christina Joselevitch (médica veterinária) 99 Vice-presidente: Miriam Garcia Mijares (psicóloga) 99 Membro docente: Maria Helena Leite Hunziker (psicóloga) 99 Membro biólogo: Daniela Maria de Oliveira Bonci (bióloga) 99 Membro de SPA: Solange Formiga Albuquerque (analista de sistemas) 99 Membro discente: Aline Goto (bióloga) 99 Secretária: Arlete A. Mendes de Almeida 99 Suplente veterinário: Mauro Lantzman (médico veterinário) 99 Suplente docente: Marcelo Fernandes Costa (ortóptico) 99 Suplente docente: Jackson Cioni Bittencourt (médico) 99 Suplente biólogo: Briseida Dôgo de Resende (bióloga) 99 Suplente de SPA: Heloísa Celentano Rissete (biomédica) 99 Suplente discente: Ricardo Tiosso Panassiol (psicólogo e advogado)
150 Responsáveis técnicos: 99 Responsável técnica, Biotério do Departamento de Psicologia Experimental: Camila Mota Mendes (médica veterinária) 99 Coordenadora, Biotério do Departamento de Psicologia Experimental: Daniela Maria de Oliveira Bonci (bióloga)
Treinamento Tradicionalmente, o CEUA conta com cursos e treinamentos oferecidos por outras unidades da Universidade de São Paulo (Instituto de Ciências Biomédicas, Instituto de Química e Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia). Após a reforma do Biotério do Departamento de Psicologia Experimental, a entrada se dá através de porta dotada de fechadura biométrica, e o acesso às instalações é permitido apenas mediante apresentação de certificado de treinamento. Estamos, atualmente, em processo de elaboração de um curso de treinamento. Fiscalização Em 16 de novembro de 2015, recebemos a visita da Dra. Vânia Gomes de Moura Mattaraia, conselheira do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA), e de oficiais do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMVSP), que consideraram as instalações adequadas para a manutenção animal – o CRMV-SP emitiu Auto de Infração pela ausência de responsável técnico veterinário na ocasião da visita, mas a situação junto à entidade foi regularizada em dezembro de 2016. 3.10.2. Números Durante o período da atual gestão, 32 projetos foram avaliados pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Animais. Esses trabalhos envolveram 11 pesquisadores principais e 42 colaboradores, entre alunos de pós-graduação, outros docentes e pesquisadores de pósdoutorado e iniciação científica. Os pedidos vieram em sua maioria do próprio Instituto, mas também da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP-USP), do Instituto de Ciências Biológicas (ICB-USP), do Instituto de Química (IQUSP) e da Universidade de Oxford (em uma pesquisa em parceria). Os pedidos envolveram diferentes espécies animais: camundongos, cães, macacos-prego, peixe-dourado, pombos, preás, quatis, ratos e ratos-de-espinho. Ao todo, foi aprovado o uso de 933 animais para os diferentes projetos de pesquisa.
151 3.11. Comitê de Ética em Pesquisa com Humanos 3.11.1. Apresentação O Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (CEPH-IPUSP) tem papel consultivo, educativo e deliberativo. Foi criado em 2002 para proteger o bem-estar das pessoas em geral envolvidas nas pesquisas, em sua integridade e dignidade. Obteve novo credenciamento pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) em 3 de abril de 2012, contando com o apoio essencial da Diretoria do IPUSP para sua adequada implantação e seu bom funcionamento. Passou a receber e realizar seus trabalhos de apreciação ética de projetos de pesquisa conduzidos predominantemente no IPUSP por meio da Plataforma Brasil a partir de agosto de 2012. Seu recredenciamento por mais três anos foi aprovado em 1º de julho de 2015. Faz parte, portanto, do sistema nacional CEP/CONEP, sendo ligado diretamente ao Conselho Nacional de Saúde/Ministério da Saúde. Possui Regimento Interno próprio, e seu colegiado é multidisciplinar e voluntário, devendo trabalhar de modo independente e imparcial para o cumprimento de seus objetivos. No decorrer do período desta gestão, realizou uma série de atividades no âmbito de suas funções. Em relação a seu caráter deliberativo, apreciou centenas de projetos de pesquisa. No que diz respeito a seu papel consultivo, esteve disponível para orientações aos pesquisadores e participantes de pesquisa, sempre que solicitadas. Quanto a seu papel educativo, realizou oficinas, levantamento de demandas em termos dos temas e dilemas éticos da comunidade de pesquisadores do IPUSP, fóruns de discussão e palestras em disciplinas específicas. Tem sido referência para outras unidades da USP e de outras instituições que trabalham para constituir seu próprio Comitê de Ética. O CEPH-IPUSP se fez presente também em eventos locais, promovidos pela Reitoria e pelo Conselho de Ética da USP, pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Direção da FFLCH, além de eventos nacionais promovidos pelo Sistema CEP/CONEP, Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia (ANPEPP), Sociedade Brasileira de Psicologia (SBP) e Fórum dos Portadores de Patologias do Estado de São Paulo (FOPPESP), participando ativamente da construção e do aperfeiçoamento dos referenciais para a ética em pesquisa com seres humanos no Brasil. Colegiado Na gestão de 2012 a 2015, o Colegiado contou com oito titulares e seis suplentes, incluindo representantes de outras Unidades da USP, representante discente (necessariamente um doutorando) e representante dos usuários, conforme estabelece a norma operacional MS/CNS nº 001/2013. Todos os membros do Colegiado têm igual status na relatoria e na apreciação dos projetos de pesquisa encaminhados ao CEPH. Dado o grande número de projetos a serem analisados, com muita demanda de trabalho, todos foram relatores de vários projetos e participaram das reuniões em que são concluídos os pareceres, no decorrer das duas gestões.
152 Composição do Colegiado 2012-2015: Departamento/Área
Representantes
PSA PST
Titular: Fraulein Vidigal de Paula (coordenadora) Suplente: Marcelo Afonso Ribeiro
PSE
Titular: Danilo Silva Guimarães Suplentes: Mirella Gualtieri (pediu desligamento) e José de Oliveira Siqueira (findou mandato)
PSC
Titular: Isabel Cristina Gomes (vice-coordenadora) Suplente: Márcia Helena da S. Melo Bertolla
Faculdade de Direito USP
Titular: Ana Elisa Liberatore Silva Bechara Suplente: Gustavo Ferraz de Campos Mônaco
Escola de Enfermagem USP
Titular: Maria Alice Tsunechiro Suplente: Isabel Cristina Bonadio
Faculdade de Educação USP
Titular: Cássia Geciauskas Sofiato Suplentes: Claudemir Belintane (pediu desligamento) e Flávia Inês Schilling (findou mandato)
Representante dos usuários
Cássia Schiffer Rogero
Representantes discentes IPUSP
Miriam Damazio e Diana Catalina Serrano Ramos
Composição do Colegiado na gestão de 04/04/2015 a 04/04/2018, contando com nove titulares e sete suplentes. Departamento/Área PSA PSE PSC PST Faculdade de Direito USP Escola de Enfermagem USP
Faculdade de Educação USP Ciências Humanas (FFLCH-USP) Representante dos usuários Representante discente IPUSP
Representantes Titular: Helena Rinaldi Rosa (coordenadora) Suplente: Fraulein Vidigal de Paula Titular: José de Oliveira Siqueira (vice-coordenador) Suplente: Danilo Silva Guimarães Titular: Maria Abigail de Souza Suplente: Isabel Cristina Gomes Titular: Marcelo Afonso Ribeiro Suplente: Sandra Maria Patrício Ribeiro Titular: Gustavo Ferraz de Campos Monaco (associado) Suplente: Helena Regina Lobo da Costa (associada) Titular: Maria Alice Tsunechiro Suplente: Isabel Cristina Bonadio (pediu desligamento) e Maria do Perpétuo Socorro de Sousa Nóbrega (continuação do mandato) Titular: Cássia Geciauskas Sofiato (pediu desligamento) Suplente: Flávia Inês Schilling (pediu desligamento) Titular: João Paulo Cândia Veiga (continuação do mandato) Suplente: Ana Paula Magalhães Tacconi Cássia Schiffer Rogero Diana Catalina Serrano Ramos (mandato até abril/2016)
153 3.11.2. Funcionamento O CEPH-IPUSP é secretariado por uma servidora exclusiva e dispõe de uma secretaria independente, devidamente equipada para garantir o sigilo das informações e documentação sob sua guarda, bem como a assistência ao colegiado, pesquisadores e participantes. Além do funcionamento interno, a secretaria atende ao público das 9h às 12h e das 14h às 16h, presencialmente, por telefone e por e-mail. Seu Colegiado se reúne ordinariamente uma vez por mês, e em caráter extraordinário quando necessário, na sala de Capacitação da Biblioteca do IPUSP. As reuniões ocorrem de porta fechada na sala de Capacitação, com duração estimada de quatro horas. São discutidos os projetos submetidos para apreciação do CEPH, a partir dos pareceres iniciais emitidos por cada relator das diversas versões de projeto, notificações, emendas, relatórios finais ou parciais. São discutidos também temas e demandas pertinentes à ética na pesquisa com seres humanos, bem como denúncias ou irregularidades encaminhadas ao CEPH. A média de presença dos membros nas reuniões é de 75%. Número de reuniões por ano a partir da Plataforma Brasil Ano
Nº de reuniões
2012 (a partir de agosto)
6
2013
14
2014
11
2015
12
2016 (até março)
2
3.11.3. Atendimentos Foram realizados por meio da secretaria do CEPH atendimentos à comunidade, de pesquisadores bem como de participantes, além de demandas de outros CEPHs e instituições que buscam entre outras demandas, ajuda para implantar seus próprios CEPHs. Ano
Nº de atendimentos registrados
2012 (a partir de agosto)
28
2013
61
2014
34
2015
59
2016 (até março)
23
154 Além disso, coordenadora, vice-coordenador e mesmo outros membros realizam orientações, em especial aos pesquisadores, sobre procedimentos e princípios éticos na pesquisa. Uma vez os projetos submetidos à Plataforma Brasil, a secretária tem dez dias para realizar a checagem dos protocolos pertinentes aos projetos; nova conferência no prazo de dez dias é realizada pela secretária quando o pesquisador reencaminha a documentação, caso o projeto tenha sido devolvido com problemas. A partir do momento em que é aceita a integralidade dos documentos e a Coordenação indica o relator, passa a contar o prazo de 30 dias para que o relator emita o parecer inicial, a ser apresentado e discutido na reunião subsequente do Colegiado – após a qual, é emitido o parecer consubstanciado para o pesquisador. Esse parecer pode aprovar o projeto, não aprová-lo ou deixá-lo pendente, até que questões e recomendações sejam respondidas pelo pesquisador, que dará início a novo processo quando submeter novamente seu projeto. O mesmo ocorre com notificações e emendas ao projeto enviadas pelo pesquisador. Pode-se observar que, ao longo da consolidação do CEPH-IP, tem havido reconhecimento crescente da importância da contribuição do Comitê para o refinamento dos cuidados em relação aos participantes de pesquisas, por parte dos pesquisadores. A demanda de apreciação também é determinada em parte devido à solicitação das revistas científicas que as pesquisas tenham aprovação por um Comitê de Ética. Cada projeto é submetido várias vezes, para apreciação de suas diversas versões. Ano
Nº de projetos submetidos
2012 (a partir de agosto)
33
2013
166
2014
119
2015
184
2016 (até março)
17
3.11.4. Projeto de Extensão do CEPH-IPUSP Financiador: Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP 99 2013 – 2014: Levantamento sobre questões e dilemas éticos em pesquisa com seres humanos em psicologia
Esse projeto de extensão teve por finalidade contribuir para o avanço na produção de conhecimentos e procedimentos que possam se tornar referência para o IPUSP e para o país na abordagem de cuidados éticos na pesquisa com seres humanos em Psicologia, considerando a diversidade e as peculiaridades deste campo do conhecimento, e em suas interfaces com outras áreas. Tratou-se de um levantamento sobre a formação para
155 ética em pesquisa e os dilemas éticos da comunidade de pesquisadores do IPUSP (alunos de graduação e pós-graduação, funcionários técnicos, pós-doutorandos, além dos docentes), o qual servirá como ponto de partida para a organização de fóruns mensais de discussão, abertos à nossa comunidade e áreas afins da USP, pelos próximos dois anos. Partiremos do mapeamento dos dilemas enfrentados por nossos pesquisadores, das questões que gostariam de ver discutidas e dos caminhos da formação para a abordagem dessas questões em sua formação. Este projeto foi uma iniciativa ligada ao Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (CEPH-IPUSP), credenciado pelo Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP). Alunos envolvidos: Graduação: (2) / Mestrado acadêmico: (1) / Doutorado: (2). Integrantes: Fraulein Vidigal de Paula (coordenadora) / Ligia Mitsuko Furusawa (integrante) / Miriam Damásio (integrante) / Plínio Oshiro (integrante bolsista) / Tales Areco (integrante bolsista). 99 2013 – Atual: Fóruns de Ética em Pesquisa na Psicologia
Os Fóruns de Ética, abertos à comunidade, são momentos de discussão dos dilemas e questões dos pesquisadores, com o objetivo de contribuir para o avanço na produção de conhecimentos na abordagem de cuidados éticos na pesquisa com seres humanos em Psicologia, considerando a diversidade e as peculiaridades desse campo do conhecimento, e em suas interfaces com outras áreas. Os Fóruns têm recebido público diverso, da comunidade IPUSP, bem como de outras unidades da USP e de outras universidades. Foram filmados e disponibilizados pelo YouTube e IPTV. Alunos envolvidos: Graduação: (2) / Doutorado: (1). Integrantes: Fraulein Vidigal de Paula (coordenadora) / Ligia Mitsuko Furusawa (integrante) / Miriam Damásio (integrante) / Plínio Oshiro (integrante) / Tales Areco (integrante). 3.11.5. Eventos promovidos Relacionamos a seguir os Fóruns, reuniões abertas e oficinas promovidos pelo CEPHIPUSP: 99 Junho de 2013, das 14h às 17h: Encontro no IPUSP; em pauta, a minuta para Regulamentação de Ética em Ciências Humanas. 99 26/09/2013, das 18h às 20h: apresentação na Semana de Psicologia – IPUSP do I Fórum sobre Questões Éticas em Pesquisa com Seres Humanos – CEPH. Profa. Maria Isabel da Silva Leme e Profa Fraulein Vidigal de Paula. 99 30/09/2013, das 13h às 17h: I Oficina do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos, para explanação dos procedimentos de submissão de projetos de pesquisa para apreciação ética. Profa. Fraulein Vidigal de Paula e Silvia A. Sochiarelli. 99 17/10/2013, das 13h30 às 15h30: II Fórum sobre Ética em Pesquisa com Seres Humanos em Psicologia, com o tema “Concepção e princípios norteadores da ética em pesquisa com humanos”. Profa. Fraulein Vidigal de Paula e Prof. Yves de la Taille. 99 07/11/2013, das 13h às 15h: III Fórum sobre Ética em Pesquisa com Seres Humanos em Psicologia, com o tema “Concepção e princípios norteadores da ética em pesquisa
156 com seres humanos”. Debate coordenado pela Profa. Fraulein Vidigal de Paula a partir da apresentação do Prof. Dalton Luis de Paula Ramos, docente titular da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo e membro titular da CONEP. 99 11/04/2014, das 13h às 15h30: IV Fórum sobre Ética em Pesquisa com Seres Humanos em Psicologia, com o tema “A ética na pesquisa em Ciências Humanas e Sociais”, debate coordenado pela Profa. Fraulein Vidigal de Paula e desenvolvido pela Profa. Maria Luisa Sandoval Schimidt e pelo Prof. João Paulo Cândia Veiga, da FFLCH. 99 30/05/2014, das 13h às 15h30: V Fórum sobre Ética em Pesquisa com Seres Humanos em Psicologia, com o tema “Termo de Consentimento Livre e Esclarecido: sob o ponto de vista do pesquisador e do participante da pesquisa”. Debate coordenado pela Profa. Fraulein Vidigal de Paula e desenvolvido pela Profa. Ana Maria de Barros Aguirre (Departamento de Psicologia Clínica IPUSP) e Sra. Cássia Schiffer Rogero (presidente da Associação Brasileira de Enfermidades Raras – FEBER, membro do Fórum dos Portadores de Patologias do Estado de São Paulo – FOPPESP e Delegada Nacional da Saúde). 99 14/08/2015, das 13h30 às 16h, no Auditório Aurora Furtado, sala 20 do Bloco B do IPUSP: VI Fórum de Ética em Pesquisa em Psicologia, com discussão e sistematização das sugestões da comunidade do IPUSP para as especificidades éticas das pesquisas nas Ciências Humanas e Sociais. Coordenado pela Profa. Helena Rinaldi Rosa e Profa. Fraulein Vidigal de Paula. 99 31/03/2016, das 13h30 às 16h30: II Oficina do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos: explanação das funcionalidades da Plataforma Brasil para submissão de projetos de pesquisa que contam com a participação de seres humanos. Coordenada pela Profa. Helena Rinaldi Rosa e explanada por Silvia A. Sochiarelli (secretária do CEPH-IPUSP)
O CEPH-IP também esteve presente em eventos promovidos por outras instituições, com a participação e representação de sua coordenação, ou demais membros e secretaria. Entre os destaques, estão: 99 Fraulein Vidigal de Paula, Cássia Schiffer Rogero e a secretária Silvia Aparecida Sochiarelli participaram da oficina para Capacitação dos Comitês de Ética em Pesquisa com Seres Humanos do Estado de São Paulo, promovido nos dias 13 e 14/10/2014 pela CONEP no Hospital Sírio Libanês (SP). 99 O vice-coordenador Prof. José de Oliveira Siqueira representou o CEPH-IPUSP, nos seguintes eventos: Reunião Conjunta da Câmara de Pesquisa e Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário da USP sobre o tema “Discussão a respeito do Projeto de Lei Nº 200 do Senado Federal sobre Pesquisa Clínica”, realizada em 05/10/2015 (segunda-feira) a partir das 9h no Anfiteatro do HU/USP (2º andar); 4º Encontro de Ética em Pesquisa (ENCEP), nos dias 15 e 16 de outubro de 2015,em Brasília (DF), para debater sobre o PLS 200/2015, coordenado pelo presidente da CONEP, Dr. Jorge Alves Almeida Venancio; Discussão sobre as minutas de Resoluções Complementares a Resolução do CNS nº 466/2012; processo de acreditação dos Comitês de Ética em Pesquisa com Seres Humanos e Comissão Nacional de Ética em Pesquisa; Ética das Pesquisas nas Ciências Sociais e Humanas e de outras que se utilizam de metodologias próprias destas áreas; Especificidades Éticas das Pesquisas de Interesse Estratégico para o SUS. 99 Participação do Prof. Marcelo Afonso Ribeiro no Encontro Extraordinário dos Comitês de Ética em Pesquisa com Seres Humanos promovido pela CONEP em Brasília (DF) – Carta Circular nº 64/CONEP/CNS/GB/MS, datada de 18 de maio de 2012.
157 33 Participação da Profa. Fraulein Vidigal de Paula e da representante dos usuários Sra. Cássia Schiffer Rogero no Encontro Extraordinário dos Comitês de Ética em Pesquisa com Seres Humanos e no 1o Encontro Nacional de Representantes de Usuários do Sistema CEP/ CONEP, promovido pela CONEP nos dias 17, 18 e 19 de novembro de 2014 em Atibaia (SP). 33 Participação da Secretária do CEPH-IPUSP, no dia 16 de fevereiro de 2016, que representou o CEPH-IPUSP no encontro realizado na sala de eventos do IEA, para discussão sobre a Legislação da Ética em Pesquisa em Seres Humanos: Projeto Lei do Senado nª 200/2015.
Temos também nos manifestado contra o Projeto de Lei do Senado Federal (PLS) 200/2015, que propõe mudanças nas regras da ética em pesquisa clínica com seres humanos, e a favor da Minuta da Resolução da Ética em Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais (CHS), elaborada pelo GT de CHS da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP). 3.11.6. Análise do fluxo da apreciação ética de projetos pelo CEPH: um recorte temporal Realizamos uma análise da demanda ao CEPH-IP via Plataforma Brasil, no período de maio/2015 a fevereiro/2016, a fim de conhecermos melhor essa demanda e responder melhor a questões pertinentes ao funcionamento do CEPH-IP. Foram aprovados 134 projetos de pesquisa (N) no referido período, que foram colocados em planilha Excel e submetidos às análises apresentadas a seguir. I) Tempo, em dias, entre a submissão e a aprovação final do projeto (N= 119): média de 85,84, média aparada de 77 dias:
II)
Tempo, em dias, entre o primeiro envio ao relator e a emissão do parecer (média = 27,89) e entre o último envio ao relator e a emissão de seu parecer (média = 22,84). Esses tempos são adequados para o funcionamento do CEPH e em conformidade com o estabelecido nas regulamentações.
III) Número de versões para aprovação do projeto: média = 2,03.
158
Diagrama de pontos (dotplot): distribuição do número de versões
Entendemos que os dados apresentados ilustram a demanda ao CEPH-IPUSP ao longo da gestão apreciada no presente relatório e permitem vislumbrar o trabalho intenso e volumoso que estamos realizando.
159 3.12. Ouvidoria Relatório redigido por Yves de La Taille, que ocupou a posição de ouvidor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo entre 2013 e abril de 2016. 3.12.1. Apresentação A primeira ação da Ouvidoria, com o apoio da Direção, foi criar uma página no site do IPUSP que explicasse a função da Ouvidoria e apresentasse a forma de entrar diretamente em contato com ela. A Diretoria do IP colocou à disposição da Ouvidoria uma sala na Biblioteca, onde o ouvidor poderia encontrar-se com pessoas que assim desejassem. Pelo fato de, nas primeiras mensagens dirigidas à Ouvidoria, serem frequentes perguntas de ordem geral, foi criado no site do IPUSP um link “Fale conosco”. Todavia, permanece até hoje um grande número de pedidos de informações gerais e de ajuda.
Ouvidor Yves de La Tailleaaaaaaa
Formulário - clique aqui
A Ouvidoria acolhe dos membros da comunidade manifestações a respeito de questões, reclamações, conflitos e outros problemas não solucionados pelos canais regulares de atendimento, analisando-os e procurando atuar na busca de soluções apropriadas para cada caso. A Ouvidoria também pode receber reclamações e denúncias vindas de membros externos à comunidade, que digam respeito aos serviços que a instituição presta. ATENÇÃO: A Ouvidoria do Instituto de Psicologia NÃO INFORMA sobre serviços prestados pelo IPUSP nas suas variadas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Tais informações deverão ser procuradas no site do Instituto de Psicologia da USP, nele escolhendo o serviço sobre o qual se quer informações. 3.12.2. Números Ao todo, no período em tela, houve 112 contatos com a Ouvidoria. Contatos não pertinentes às atribuições da Ouvidoria 99 Dos 112 contatos, 73 (mais de metade, portanto) não diziam respeito à tarefa da Ouvidoria. 99 Destes 73 contatos, 49 foram relacionados a informações diversas (inscrição em disciplinas, transferência de alunos, cursos de especialização etc.)
aaa
160 99 Destes 73 contatos, 23 foram relacionados ao que pode ser chamado de pedidos de ajuda (problemas com membros da família, problemas psicológicos pessoais, pedidos sobre atendimento clínico etc.). 99 A Ouvidoria respondeu a todos esses 73 contatos dando as coordenadas para que o solicitante pudesse contatar o serviço competente.
Contatos pertinentes às atribuições da Ouvidoria 99 19 contatos foram para reclamações diversas (por exemplo, problemas no site do IP, problemas com a água dos bebedouros, falta de iluminação e segurança, não atendimento de telefone por parte do IP etc.). Sublinhe-se que tais reclamações foram todas encaminhadas pela Ouvidoria e foram resolvidas. 99 Destaque-se que, entre as reclamações, 15 foram sobre a entrega de diplomas e certificados. Também foram resolvidas. 99 Houve apenas quatro contatos de denúncia (uma sobre docente não respeitando o RDIDP, duas sobre seleção de pós-graduação e uma sobre bolsas para alunos da graduação). 99 Finalmente, houve três ocorrências de conflitos entre membros da comunidade IPUSP.
3.12.3. Avaliação e propostas O aluno de graduação Thiago E. Luzzi Galvão apresentou à Congregação uma proposta intitulada “Canais institucionais de comunicação e resolução de conflitos dentro da comunidade IPUSP”, na qual é citada possível atuação da Ouvidoria. Então, o convidei para uma reunião juntamente – por conselho da Profa. Maria Isabel da Silva Leme – com a aluna Denise Harumi, membro da diretoria do Centro Acadêmico, para avaliar e discutir o papel da Ouvidoria do IPUSP. A reunião ocorreu em 6 de fevereiro de 2015. A constatação que se impôs foi a de que a Ouvidoria do IPUSP é pouco conhecida pela comunidade do Instituto. Como ouvidor, pude confirmar que, nos dois anos de minha atuação, realmente foram poucas as vezes em que uma solicitação partiu de um membro do IP – sendo que nenhuma veio de um aluno seja de graduação, seja de pós-graduação. Pode-se dizer que a Ouvidoria (ainda) não faz parte da cultura institucional do IPUSP. Isso se deve, pelo menos em parte, a sua recente criação (uma página da Ouvidoria no site da Unidade foi criada apenas em 2013). Decorreu desta constatação a necessidade de maior divulgação da existência e do papel da Ouvidoria. Mas que papel é esse? Na página da Ouvidoria no site do IPUSP, lê-se: “1) A Ouvidoria acolhe dos membros da comunidade manifestações a respeito de questões, reclamações, conflitos e outros problemas não solucionados pelos canais regulares de atendimento, analisando-os e procurando atuar na busca de soluções apropriadas para cada caso. 2) A Ouvidoria também pode receber reclamações e denúncias vindas de membros externos à comunidade, que digam respeito aos serviços que a instituição presta.”
161 A descrição feita no site corresponde ao papel oficial das Ouvidorias na USP. Minha prática como ouvidor do IPUSP mostra que, na maioria dos casos, a Ouvidoria é acionada pelas razões apresentadas no item 2. Aproveito para comentar que, logo que a página da Ouvidoria foi criada, chegavam a ela muitos pedidos de informação a respeito de serviços da instituição (por exemplo, se existe tal ou tal curso, se há atendimento psicológico, quando é o período de seleção da pós-graduação etc.). Como o papel da Ouvidoria não é o de prestar informações (mas, quando possível, eu as prestava para que o solicitante não fosse desprezado), criou-se em 2014 uma nova página no site do IP intitulada “Fale Conosco”, fato que fez com que o número de pedidos de informação à Ouvidoria diminuísse substancialmente. Portanto, a participação da Ouvidoria em casos de conflito interno é, até o presente momento, praticamente nula. Ora, um dos resultados de nossa reunião foi justamente propor que a Ouvidoria tivesse papel mais importante e ativo na vida institucional do IPUSP. Dito de outra forma, ela teria de ser mais acionada pela comunidade do Instituto. Há mais. Está escrito no site do IPUSP que a Ouvidoria pode ser acionada quando de problemas não solucionados pelos canais regulares de atendimento. Pensou-se que a Ouvidoria poderia ser acionada até antes que determinados problemas fossem encaminhados às instâncias já constituídas, como conselhos de departamento, CG, CPG, Congregação, assembleias etc. Lembrou-se que todas essas instâncias têm, como característica comum, a de serem institucionalmente deliberativas. Pensou-se que talvez fosse bom para a busca da harmonia desejada entre os membros do IPUSP que certos temas fossem primeiramente discutidos numa instância não institucionalmente deliberativa. Ora, as reuniões propostas pela Ouvidoria não são institucionalmente deliberativas (no sentido de que decisões por ventura tomadas no nível da Ouvidoria devem ser ratificadas em outro nível), o que pode facilitar o diálogo e a conciliação – sem a pressão de oficializar uma decisão (pressão esta que incontornavelmente existe quando se participa de uma reunião que deverá institucionalmente decidir alguma coisa). Acrescente-se que também foi pensada a possibilidade de a Ouvidoria propor, mesmo que não acionada por membros da comunidade, atividades atinentes a temas relevantes para a comunidade do IPUSP. Finalmente, uma vez aceita essa presença mais ampla da Ouvidoria (não apenas como último recurso, como consta no site do IPUSP), seria desejável que a pessoa responsável por ela pudesse contar com a ajuda de terceiros. Para tanto, foi proposta a criação de um Conselho Assessor da Ouvidoria, composto de voluntários que o ouvidor convidaria para equacionar o encaminhamento a ser dado a temas específicos. A lista dessas pessoas poderia ser renovada a cada dois anos. Finalizo desejando à pessoa que me substituirá felicidade na sua empreitada.
163
4. COMISSÃO DE GRADUAÇÃO 4.1. Apresentação Período: junho/2011 a março/2016 Presidentes e suplentes: Profas. Dras. Ianni Regia Scarcelli / Paula Debert (junho/2011 a maio/2015) e Márcia Melo Bertolla / Ianni R. Scarcelli (junho/2015-atual) Tendo em vista esse período de quatro anos e nove meses, vimos em nome da Comissão de Graduação (CG) fazer uma análise de algumas das ações e percepções que tivemos nesse tempo de trabalho no Instituto de Psicologia da USP (IPUSP) e na Pró-Reitoria de Graduação junto ao Conselho de Graduação (CoG). No que se refere ao IPUSP, muitas demandas chegaram até nós pautadas em entendimentos diversos sobre as competências da CG. Buscamos acolhê-las, porém considerando sempre as atribuições da Comissão definidas pelo Regimento Geral da USP, pelas Resoluções do CoG e pelo Regimento do Instituto de Psicologia. Competências atuais da CG 99 Aprovar os programas de ensino, disciplinas ou módulos, e zelar por sua execução; 99 Propor à Congregação, ouvidos os Colegiados envolvidos, o projeto pedagógico dos cursos da Unidade; 99 Coordenar as contribuições dos Departamentos no que diz respeito às disciplinas ou módulos e à integração dos currículos; 99 Submeter à Congregação propostas de criação ou extinção de cursos ou habilitações, ouvidos os Colegiados envolvidos; 99 Preparar e acompanhar o processo de reconhecimento e de renovação de reconhecimento de cursos, junto à Pró-Reitoria de Graduação, seguindo os procedimentos e os prazos por ela estabelecidos; 99 Implementar projetos especiais, definidos pelo CoG, para a melhoria das condições do ensino de graduação; 99 Promover e coordenar análises periódicas das normas e diretrizes do vestibular para seus cursos, a serem encaminhadas aos órgãos competentes; 99 Estabelecer critérios pedagógicos para a coordenação dos estágios, sua supervisão e a avaliação do mérito acadêmico; 99 Promover e coordenar o processo de análise e avaliação dos cursos de sua competência; 99 Propor, à Congregação, os critérios para transferência; 99 Coordenar os processos de transferência, conforme a legislação vigente; 99 Aprovar pedidos de reativação de matrícula, indicando as adaptações curriculares necessárias;
164 99 Emitir parecer circunstanciado sobre pedidos de revalidação de diplomas, encaminhando-o à Congregação; 99 Verificar a adequação dos meios para a execução dos programas das disciplinas ou módulos; 99 Exercer as demais funções que lhe forem conferidas pelo Regimento Geral da USP e pelo Regimento da Unidade.
Tais competências referem-se a aspectos específicos para o funcionamento do curso na Unidade e outras relacionadas aos projetos definidos pelo CoG. Além disso, considerando que este órgão central da Universidade é composto principalmente por presidentes de CGs, há possibilidade de atuarmos na definição das políticas ligadas à graduação na USP. Consideradas essas competências, estão representadas, no diagrama abaixo, as frentes de trabalho nas quais estão envolvidas a CG do IP.
4.2. Atividades Atividades rotineiras da Comissão e do Serviço de Graduação A parte superior do diagrama refere-se às atividades rotineiras da Presidência, da Comissão e do Serviço de Graduação, referentes às demandas internas e externas, tais como: 99 À Comissão, cabe deliberar sobre assuntos que se relacionam às competências mencionadas. 99 À Presidência, cabe encaminhar as deliberações da Comissão e representar a Comissão na Congregação da Unidade e a Unidade no Conselho de Graduação. Neste âmbito, os presidentes eleitos pelo CoG compõem Câmaras: Câmara de Avaliação (CA), Câmara Curricular e do Vestibular (CCV) e Comissões Assessoras do Conselho. O IP ocupou assento na CCV por três anos, na gestão da Profa. Ianni Scarcelli (e foi esta Câmara que elaborou a proposta de Regimento do CoG que está em discussão). 99 Ao Serviço de Graduação, compete tratar dos aspectos administrativos e burocráticos necessários, tanto relativos a essas competências quanto a todas as atividades que se referem ao funcionamento do curso de graduação (como matrículas, trancamentos, desligamentos, convênios etc.).
165 Atividades internas ao IP Algumas rotinas da Secretaria de Graduação do IP foram implementadas há vários anos e se institucionalizaram no sentido de tornar viável a realização de tantas tarefas de características muito diversas – considerando os limitados recursos para essa execução, com destaque à falta de pessoal. Dadas essas condições, trabalhamos nos últimos anos considerando essa experiência acumulada pela Secretaria, mas buscando compreender como foram estabelecidos as regras e fluxos para encaminhamentos de situações específicas. Nem sempre foi possível identificar quando e como foram feitas tais definições, mas o fato de podermos juntos (membros da Comissão e secretárias do Serviço) desnaturalizar certos procedimentos tem trazido possibilidades de agilizar o trabalho e desburocratizar ações. Propostas em desenvolvimento: 99 Revisão e/ou criação de procedimentos e ações que não estão especificados em Estatutos, Regimentos, Portarias ou Resoluções da USP, bem como ampla divulgação dessas deliberações. Na gestão atual, está em elaboração o Regimento da CG do IPUSP, a partir das deliberações da Comissão e do Regimento do CoG, em processo de finalização. 99 Reformulação das condições de trabalho e do fluxo de serviços da Secretaria de Graduação, considerando as considerações e propostas das secretárias. Essa reformulação requer também apoio de estruturas do IP e contratação de serviços externos. Atualmente, têm ocorrido reuniões regulares entre a presidente e as secretárias, ocasião em que são discutidas a agenda do serviço e as formas de organização das funcionárias para executála – tomando em consideração as funções e características de cada uma que podem contribuir para o melhor andamento do serviço.
4.3. Projetos especiais Além do conjunto grande de atividades requeridas para manutenção do curso de graduação, são frequentes as demandas que chegam da Pró-Reitoria de Graduação para serem encaminhadas nas Unidades. Na gestão da Professora Telma Zorn (pró-reitora de Graduação), durante mandato do Professor João Grandino Rodas, foram frequentes a criação de novos projetos e a definição de que fossem implementados pela Unidade. Para relembrar alguns: 99 Programa Ensinar com Pesquisa 99 Bolsa PEEG – Programa de Estímulo ao Ensino de Graduação (Monitoria) 99 Programa Pró-Ensino (incentivo a docentes e discentes para produzirem materiais didáticos para a graduação) 99 Pro-Ed (Programa de Recuperação de Espaços Didáticos) 99 Pró-Inovalab (Programa de Incentivo a Laboratórios Inovadores) 99 Renovalab (Programa de Renovação de Instrumentos para Laboratórios Didáticos) 99 Tutoria Científico-Acadêmica
166 A cada novo programa, eram lançados editais que deveriam ser divulgados nas Unidades, cabendo às CGs fazer a seleção e ao Serviço de Graduação, encarregar-se de toda a parte burocrática administrativa – algo extremamente trabalhoso porque se tratava de competição entre alunos e professores. Em alguns deles, foi possível fazer proposições no âmbito do CoG. Importante ressaltar que, com esses projetos, iniciamos no âmbito da CG uma discussão acerca de como proceder diante de projetos que não tinham surgido a partir de uma demanda de nosso curso – seja pelo projeto pedagógico, seja pelo perfil de alunos do IP. Algumas dessas demandas apenas encaminhávamos ao conjunto de docentes e discentes (Ensinar com Pesquisa, PEEG, Renovalab, por exemplo). Para outras, seguíamos os trâmites propostos pela Pró-Reitoria de forma mais ativa (por exemplo no caso do Pro-Ed, ocasião em que, com recursos financeiros adicionais e apoio da Diretoria do IPUSP, propusemos e acompanhamos toda a reforma do Bloco B). Destaque deve ser feito aos projetos que conseguimos recriar, de acordo com as características do curso de Psicologia, e manter mesmo após a desativação dos programas, como é o caso do Pró-Inovalab e da Tutoria Científico Acadêmica. 99 O Pró-Inovalab diz respeito a um edital que lançava o financiamento para Laboratórios Inovadores voltados à graduação, e que se fundamentava na competição entre docentes. No IPUSP, sugerimos que as propostas fossem unificadas em um só projeto, sem que perdessem sua singularidade, pois essa seria a inovação do nosso curso: fazer frente às fragmentações próprias do campo da Psicologia, buscando identificar diferenças, consonâncias e divergências num debate solidário que agregasse os quatro Departamentos. 99 O Programa de Tutoria Científico-Acadêmica foi lançado como Programa de Permanência Estudantil, cujos alunos do primeiro ano contemplados com bolsas em função de sua condição socioeconômica poderiam acompanhar as atividades de um docente e ser por ele acompanhados em suas questões em relação ao curso. Sem retirar o característica de apoio à permanência, estendemos a proposta a todos alunos do primeiro ano, considerando que participar dos grupos dos docentes e ter maior familiaridade com a vida universitária deveria ser algo propiciado a todos. O Programa, no âmbito da Pró-Reitoria de Graduação, teve duração de dois anos e, no início da nova gestão, foi desativado. Considerando os resultados positivos que tivemos no Instituto – pois, além de possibilitar a participação de todos os alunos, incluímos estudantes de outras Unidades –, definimos, em reunião pública no Seminário de Avaliação e Perspectivas do Programa de Tutoria Científica realizado no IP, continuar com o Programa e buscar outras condições para mantê-lo. E é o que vem sendo feito. As bolsas do PEEG (monitoria), com concordância da Pró-Reitoria, foram destinadas aos alunos que solicitaram auxílio-permanência no ano de 2015.
O intuito de relatar os encaminhamentos desses Programas, além de publicizar essas iniciativas já muitas vezes discutidas e/ou encaminhadas na e pela Congregação, é explicitar o posicionamento assumido pela CG de que a política universitária deve ser feita a partir das Unidades. Entendemos que programas e deliberações que nos chegam sem nossa interferência nos fóruns representativos da Universidade (como é o caso do Conselho de Graduação e do Conselho Universitário) devem ser problematizados e reorientados de acordo com as necessidades do curso e da Unidade.
167 Demandas desse tipo continuam e continuarão ocorrendo. No mandato atual, do Professor Antonio Hernandes, vários dos programas acima foram extintos ou agrupados em uma nova modalidade, como é o caso do Programa Unificado de Bolsas de Estudos para Estudantes de Graduação, lançado recentemente. Se, por um lado, um programa unificado de bolsas pode possibilitar o fortalecimento do Projeto Pedagógico de nosso curso (pois possibilita uma proposta de distribuição de bolsas a partir de uma definição política que fortaleça nosso Projeto Pedagógico), por outro lado, os termos do edital parecem incentivar a concorrência entre projetos dos professores e não contribuir para lidarmos com a fragmentação do curso. Propostas em desenvolvimento 99 Implantar e implementar o Laboratório Interdepartamental, apresentado no Edital PróInovalab e que objetiva apoiar o desenvolvimento de atividades teórico-práticas ligadas ao curso de graduação em Psicologia e fortalecer o diálogo e a integração entre teorias e práticas em Psicologia; 99 Dar continuidade ao Programa de Tutoria Científico-Acadêmica, cujo Seminário de Avaliação da Edição 2014/2015 ocorreu no dia 25 de maio de 2015. Um novo Seminário, com a participação dos alunos ingressantes no Programa em 2015 já está previsto.
4.4. Comissões vinculadas à CG No diagrama, estão citadas as duas comissões ligadas à Comissão de Graduação: a CoC Licenciatura e a Comissão de Avaliação e Acompanhamento da Estrutura Curricular. Membros da CG participam das reuniões das duas comissões. 99 CoC Licenciatura. Trata-se de um órgão consultivo e deliberativo da CG do IPUSP e tem como atribuição principal coordenar a elaboração, implementação e permanente avaliação do Projeto Político Pedagógico da habilitação em licenciatura do IP. 99 Comissão de Acompanhamento e Avaliação da Estrutura Curricular. O Projeto Pedagógico do Curso de Psicologia contempla a criação de uma Comissão Permanente de Análise, Avaliação e Aprimoramento Curricular, partindo-se do princípio de que um currículo deve ter agilidade e vitalidade para ser capaz de ressoar os movimentos da instituição na qual está inserido. Essa Comissão, que foi entendida como núcleo permanente de análise, reflexão e avaliação sistemáticas voltado ao desenvolvimento e aprimoramento constantes do Projeto Pedagógico, foi reinstalada em 2014 a partir de proposta feita nos Encontros Didáticos, e vem se reunindo mensalmente. Em 2014, para que se institucionalizassem os trabalhos da Comissão, a coordenação foi feita inicialmente pela presidência da CG. Em março de 2015, a Comissão, com apoio da CG, organizou o II Seminário da Graduação na primeira semana de aula (que, naquele semestre, substituiu os Encontros Didáticos). No final de 2015, a Comissão de Graduação encaminhou aos quatro Departamentos e aos alunos um relatório preliminar, elaborado em parceria entre Comissão de Acompanhamento e CG, para subsidiar as discussões do currículo, que passaram a ocorrer de forma sistemática nos Departamentos. Os resultados dessas discussões devem chegar oficialmente à CG em maio de 2016.
168 4.5. Demandas direcionadas à CG Na parte direita do diagrama, consta um item denominado “Demandas”: solicitações que chegaram à CG que não estão relacionadas diretamente a suas competências. São demandas formais para compor comissões criadas no IPUSP, tais como: Comissão PAE, Comissão de Convênios, Colegiado Acadêmico, Comissão de Curso Noturno, Comissão de Infraestrutura etc. Outras demandas dizem respeito a pedidos de alunos e professores sobre questões específicas que ocorrem nas disciplinas e em sala de aula, mediação de conflitos e situações que envolvem a relação entre comissões. Em relação a isso, foi decisão da CG ouvir e pensar junto com os solicitantes formas de encaminhamentos, já que muitas dessas solicitações não podem ser atendidas por não fazerem parte das competências da Comissão. O aceite deliberado pela CG no sentido de buscar encaminhar essas demandas caracterizouse também como possibilidade de compreender aspectos da vida institucional que frequentemente não têm visibilidade ou possibilidade de expressão. Tais situações foram importantes também para indicar caminhos na condução de questões sobre o que é de competência da CG – por exemplo, buscar caminhos para efetivação do Projeto Pedagógico e instalar fóruns que permitam a circulação de aspectos da vida institucional a partir do diálogo entre alunos, professores e funcionários. Dessas demandas e das atividades rotineiras da CG, principalmente aquelas que exigem ações da Comissão por deliberação da Pró-Reitoria de Graduação, depreenderam-se algumas ações que hoje podem ser consideradas como sendo os projetos da gestão atual da CG. Vale ressaltar que a decisão da Comissão pela continuidade desses projetos na gestão em curso foi precedida por ampla discussão entre seus membros sobre o modo de funcionamento que até então vinha ocorrendo na CG e que ia na linha do funcionamento das demais comissões estatutárias e regimentais da Unidade. O ponto-chave da discussão foi a centralização dos projetos da Comissão na figura do(a) presidente, limitando as possibilidades de execução e ampliação e prejudicando a regularidade desses projetos. Como resultado, a Comissão decidiu que cada projeto teria um coordenador, escolhido dentre seus membros, e desde então isso está em vigor. Essa visão de gestão mais participativa, compartilhada pelos membros da Comissão, parece estar promovendo maior articulação entre os integrantes e maior apropriação das questões pertinentes à CG por parte deles.
4.6. Projetos da CG Conforme mencionado acima, as ações que se caracterizam como projetos podem ser ampliadas no contexto do IP. 4.6.1. Inovalab A proposta de criação de Laboratório Interdepartamental de Práticas para o Ensino da Graduação foi elaborada a partir de edital lançado em 2011 pela Pró-Reitoria de Graduação. Tem o objetivo, entre outros, de oferecer experiências de ensino/aprendizagem a partir das diversas abordagens em Psicologia e mediadas por professores de diferentes Departamentos
169 em conjunto, que estimulem o desenvolvimento de competências múltiplas e enriqueçam os processos formativos dos alunos. Justifica-se essa criação com o fato de o Projeto Pedagógico do Curso de Graduação de Psicologia ter como princípio contemplar a diversidade de modelos teórico-práticos que caracterizam os campos de conhecimento e atuação em Psicologia. Sua estrutura curricular prevê que as disciplinas obrigatórias apresentem temas, conceitos e métodos específicos de uma certa abordagem teórica, aprofundando a compreensão de uma certa matriz epistemológica, mas pretende igualmente estimular momentos de diálogo e de articulação entre as diversas formas de pensar e fazer Psicologia. Este princípio do projeto pedagógico pretende enfrentar dois problemas ligados à formação dos alunos dentro de um campo diversificado e heterogêneo: o dogmatismo, forma pela qual as correntes são apresentadas como verdades absolutas; e o ecletismo, forma de apresentação em que as diferenças epistemológicas e práticas são negligenciadas. Após a implementação da nova estrutura curricular ocorrida em 2004, observamos a necessidade de ampliação dos espaços de articulação dos diferentes saberes e práticas em torno de disciplinas e projetos de pesquisa e extensão. Pretende-se que esse laboratório possa desenvolver projetos que resultem na elaboração de abordagens integradoras dos fenômenos investigados, de forma a contribuir na formação dos alunos de graduação, a partir da ampliação de diálogo entre as diferentes linhas de pesquisa e possibilitando uma forma de produção do conhecimento baseada no reconhecimento de contradições, limites e sínteses e no intercâmbio das contribuições realizadas por elas. Além disso, a criação de um laboratório de práticas em que diferentes orientações teóricas da Psicologia colaborem com o objetivo de expor o aluno a um processo formativo amplo e compreensivo se justifica pela oportunidade que esse novo ambiente traz para a formação dos atuais alunos – eles próprios inovadores e imbuídos do caráter multidisciplinar de sua área de atuação. Nessa perspectiva, a proposta está em consonância com os fundamentos do projeto pedagógico, que enfatiza uma formação crítica, consistente, interdisciplinar e plural. Atualmente as maneiras de operacionalizar essa formação no nível da graduação ainda apresentam fissuras e fragmentações. A elaboração desse projeto contou com a contribuição de membros da CG e, principalmente, de professores do PSA, PSC, PSE e PST que se dispuseram a participar. 4.6.2. Programa de Tutoria Científico-Acadêmica Voltado a alunos do primeiro ano de graduação, contempla demandas antigas relativas ao curso de Psicologia e vem alcançando bons resultados: (1) na vida universitária dos estudantes, a partir da possibilidade de acompanharem projetos aos quais não teriam acesso se não houvesse o Programa e, ao mesmo tempo, serem acompanhados no que se refere à sua vida acadêmica e sociocultural-afetiva; (2) no trabalho dos docentes, que se mobilizam e partilham experiências tanto no acolhimento dos estudantes quanto no encontro com os outros colegas professores; (3) na organização institucional, pela possibilidade de agregar experiências já desenvolvidas no IP desde a década de 1980; (4) pelo caráter de política afirmativa e de permanência no curso, ao apoiar financeiramente estudantes em condição socioeconômica desfavorável.
170 4.6.3. Encontros Didáticos O projeto foi criado a partir de uma demanda dos estudantes para que fossem retomados os encontros que eram organizados pela CG na década de 1990. Foram retomados no primeiro dia de aula de 2013, com a participação de alunos, professores e funcionários. Ocorreram dois Encontros em cada semestre de 2013; um no primeiro semestre de 2014 (devido à greve, não aconteceu no segundo semestre); em 2015, ocorreu o I Seminário de Graduação, nesse momento substituindo o Encontro do primeiro semestre. As propostas de encaminhamento nos Encontros se deram em três perspectivas: 33 Recomendações ao cotidiano de sala de aula: dialogar considerando a expectativa da turma em relação à disciplina; trazer informações que possibilitem esclarecimentos acerca da dinâmica da disciplina: (a) clareza dos métodos de avaliação de nota e frequência; (b) clareza no cronograma e datas; (c) devolutiva das provas com comentários e discussão; buscar a presença de todos os envolvidos nas disciplinas ministradas em conjunto; avaliação das disciplinas, seja por escrito, fórum no fim do curso ou fórum durante o curso. 33 Especificidades do Encontro Didático e atribuições de docentes e estudantes, em conjunto com a CG: ser o espaço público e aberto do debate e do encaminhamento de ações sobre as aulas, a formação da graduação e o currículo; organizar e deflagrar fóruns sobre temas/ objetos afins, por exemplo o com tema “todos que estudam criança”, ou “todos que têm relação próxima com a biologia” etc.; reorganização de horários (o que não se confunde com tirar o curso da condição de integral); mudanças de funcionamento de disciplinas (por exemplo, pedido para que Neurociências seja dividida em dois semestres). 33 Sugestões gerais: criação de mais disciplinas interdepartamentais (interdepartamentalidade); troca maior entre professores para que possam participar das disciplinas dos colegas sempre que puderem contribuir com a pesquisa; realização de dois Encontros Didáticos por semestre (um no primeiro dia de aula, para apresentação e discussão das disciplinas, e outro no final para avaliação das atividades semestrais à luz do Projeto Político Pedagógico do curso); realização de reuniões específicas de professores (Reuniões de Planejamento) que possibilitem avançar na articulação programática horizontal e longitudinal entre disciplinas.
Alguns desses assuntos foram discutidos no Encontro de fevereiro de 2016, com a participação de 17 professores que ministram aulas neste semestre, quatro psicólogas que participam de disciplinas e cinco alunos, representantes de suas turmas. 4.6.4. Planejamento semestral O planejamento semestral foi um encaminhamento dos Encontros Didáticos. No segundo semestre de 2013, um Encontro Didático com a presença de 21 professores ligados aos quatro Departamentos do IPUSP abordou vários assuntos. Destacaram-se os seguintes aspectos relacionados ao curso de graduação: princípios do Projeto Político Pedagógico; avaliação do atual currículo e comparações com o currículo anterior; relação de alunos e professores com o curso; expectativas e encaminhamentos. A sugestão para novo mandato é que sejam retomados esses encontros com periodicidade semestral.
171 4.6.5. Conclusão Ao longo do período aqui destacado, é possível constatar que a Comissão de Graduação esteve aberta para transitar por diferentes frentes de trabalho: internas e externas à Unidade, de competência oficializada e de demandas espontâneas e institucionais. Registramos, neste breve balanço, ao elencar as diversas atividades realizadas e os fóruns nos quais estamos participando, a delimitação de diferentes dimensões de problemas específicos à CG e de problemas gerais, que dizem respeito ao Instituto de Psicologia e à USP como instituição que agrega todas essas frentes.
172
173
5. COMISSÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO 5.1. Apresentação O Instituto de Psicologia da USP mantém cinco Programas de Pós-Graduação, com uma diversidade de linhas de pesquisa que caracteriza cada um deles e os distingue entre si.
Programa
Nota CAPES
Linhas de pesquisa Desenvolvimento Humano e Aprendizagem
Programa de PósGraduação em Psicologia Escolar e Desenvolvimento Humano (PPG-PSA)
Desenvolvimento Humano e Avaliação Psicológica 4
Desenvolvimento Humano e Saúde Instituições Educacionais e Formação do Indivíduo Psicologia Escolar e Educacional
Programa de PósGraduação em Psicologia Clínica (PPG-PSC)
Investigações em Psicanálise 4
Práticas Clínicas: Fundamentos, Procedimentos e Interlocuções Problemas Teóricos e Metodológicos da Pesquisa Psicológica
Programa de Psicologia Experimental (PPG-PSE)
7
Análise do Comportamento Sensação, Percepção e Cognição Comportamento Animal Etologia Humana Desenvolvimento e Plasticidade
Programa de Neurociências e Comportamento (PPGNeC)
4
Neurotransmissores e Comportamento Sensação, Percepção e Movimento História, Filosofia e Educação em Neurociências Epistemologia e Psicologia Social
Programa de PósGraduação em Psicologia Social (PPG- PST)
Processos Psicossociais Básicos 4
Psicologia do Trabalho e das Organizações Psicologia Social de Fenômenos Histórico-Culturais Específicos Psicologia Social, Saúde Coletiva e Política
174 Equipe 99 Ari Bismack Aliaga Betti – Chefe de seção 99 Ronaldo Correa de Assis – Técnico administrativo 99 Gustavo Carneiro da Silva – Técnico administrativo
5.2. Inovação O PPG-PSC procurou ampliar as perspectivas clínicas e investiu no desenvolvimento da terapia comportamental, da Clínica do Self, entre psicologia clínica e literatura russa e com a filosofia fenomenológica, na interlocução da psicanálise com a medicina, na psicanálise de família e na interlocução com a área da saúde e do direito, na interlocução da psicanálise com a filosofia. O PPG-PSE, o PPG-PST e o PPG-NeC buscam igualmente realizar mudanças mais processuais do que estruturais, baseadas na constante reformulação das disciplinas, no intenso intercâmbio internacional, na coletivização das ações de pesquisa e ensino em nível pós-graduado e no estabelecimento do perfil do egresso em excelência em docência e pesquisa. O PPG-PSA busca a redefinição das linhas de pesquisa e o estabelecimento de novas delimitações da área de concentração.
5.3. Mudanças e flexibilização na estrutura curricular Em 2013, o Regimento da Pós-Graduação da USP e os regulamentos dos Programas de Pós-Graduação foram reformulados. Essa reformulação concedeu aos Programas maior autonomia para fazer mudanças e alterações em suas estruturas curriculares. Nos Programas do IPUSP, o currículo do aluno é montado com a supervisão direta do orientador. De modo geral, as Comissões Coordenadoras de Programas de Pós-Graduação (CCPs) reveem as disciplinas periodicamente. O recredenciamento obrigatório de todas as disciplinas a cada cinco anos é outro momento de revisão de todas as ementas e fundamental para a aprovação de seu recredenciamento nos programas. Disciplinas novas são frequentemente criadas. Por exemplo, o PPG-PSC incorporou no currículo disciplinas que objetivam auxiliar no desenvolvimento dos projetos de pesquisa dos alunos, bem como uma disciplina obrigatória, ministrada pela primeira vez em 2015 para os alunos de doutorado e que versou sobre Epistemologia em Psicologia Clínica. No PPG- PST, um ponto importante é a prática comum de ministrar disciplinas em conjunto, com dois ou três docentes simultaneamente em sala de aula, para a vivência concreta da interdisciplinaridade, da discussão científica e da ética do convívio acadêmico. O PPG-PSE, o PPG-NeC e o PPG-PSC diminuíram o número mínimo de créditos exigidos para o mestrado e aumentaram a exigência para o doutorado.
175 O PPG-NeC reclassificou suas disciplinas obrigatórias, ampliando o leque de opções em cada módulo temático (Comportamento, Neurofisiologia, Neuropsicofarmacologia e Neuroanatomia – ao longo do percurso acadêmico, o estudante precisa realizar uma disciplina em cada módulo). Houve mudanças importantes no PPG-PSA. Uma das iniciativas foi tornar obrigatória ao menos uma disciplina metodológica, entre as várias oferecidas pelo Programa a cada semestre. Várias dessas disciplinas são oferecidas por duplas de docentes de diferentes Departamentos e/ou Unidades da USP, que trabalham juntos em sala de aula. O Programa valoriza que sejam oferecidas aos alunos disciplinas que enfoquem as diversas metodologias e as diferentes abordagens teóricas que podem ser utilizadas nas pesquisas em Psicologia. No período, foram criadas 27 disciplinas, das quais cinco foram oferecidas por pós-doutorandos e seus supervisores.
5.4. Articulação com outras Unidades, instituições e setores produtivos da sociedade Esta é uma característica de todos os Programas de Pós-Graduação de nosso Instituto. O PPG-PSC tem orientadores em outros Programas de nossa unidade, como PPG-PSA e PPG-NeC; na USP/Leste; na FFLCH USP; na PUC-SP; e na PUC-CAMPINAS. No período, tivemos relações acadêmicas e de pesquisa com doutores de 63 instituições nacionais. O PPG-PST vem realizando constante agenda de ações de intercâmbio institucional, como a participação em comissões científicas e/ou organizadoras de eventos científicos nacionais e internacionais; pareceres para revistas científicas nacionais e internacionais, na área e de outras com as quais as linhas de pesquisa fazem interface; e acolhimento de docentes estrangeiros visitantes no Programa. O PPG-PSE mantém extensa rede de colaboração de pesquisa com UFRN, UFPA, UERJ, UESC e UFMG. Também há colaborações com outras Unidades da USP: ICB, IB, FFLCH, IG, FMVZ, além da Rede Instituto Brasileiro de Neurociências (IBN-Net), que reúne 11 instituições de ensino superior brasileiras (UFPA, UFRGS, UFSM, UFSC, UFF, UFRJ, UNIR, UFPE, UFPR e PUCRGS). Há ainda no Programa Grupo de Estudos e Pesquisas em nível de Pós-Doutorado com FIOCRUZ, PUC-RIO, UFMG, UnB, Unisinos, PUC-SP, UNIMARCO, Sedes Sapientiae, ESPM e UNIP. O PPG-PSE tem intercâmbio com diversas instituições do país e do exterior, no âmbito dos projetos do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia sobre Comportamento, Cognição e Ensino (INCT-ECCE), do Instituto do Milênio e pelo Projeto PROCAD. No PPG-NeC, a rede de colaboração é ampla, por exemplo com a Escola de Educação Física e Esportes e a FMUSP. Há integração com a sociedade por meio do oferecimento de atendimentos à comunidade vinculados às pesquisas translacionais dos diversos laboratórios, como forma de apoio e promoção social. Muitos destes laboratórios tornaram-se centros de referência para a realização de atendimentos de alta especialidade vinculados e originados nas pesquisas em nível de pós-graduação.
176 O PPG-PSA tem, no âmbito internacional, a presença regular de docentes de universidades estrangeiras, no oferecimento de disciplinas e supervisão de seminários de pesquisa, como é o caso da interlocução com a Universidade Paris 7, parte de um projeto interdepartamental entre PPG-PSC e PPG-PST. No âmbito nacional, o PPG-PSA participa do Programa Nacional de Cooperação Acadêmica (CAPES), que integra a UNIR, USP e UEM, buscando contribuição para a melhoria da qualidade da educação pública, em sintonia com as prioridades do PNPG 2011-2020.
5.5. Readequação de linhas e projetos de pesquisa O PPG-PSC tem buscado readequar suas linhas e seus projetos de pesquisa de modo a produzir novas modalidades de atendimento clínico, em diálogo interdisciplinar: 99 Investigações em Psicanálise, visando ao estudo teórico ou clínico do campo psicanalítico, tais como a metapsicologia, o método psicanalítico e a psicanálise no campo social; 99 Práticas clínicas: fundamentos, procedimentos e interlocuções, visando a estudos críticos, interdisciplinares e geradores de modalidades clínicas de diagnóstico e tratamento dos problemas psíquicos, de personalidade e do comportamento humano, levando em conta a promoção, a prevenção e a reabilitação da saúde.
No PPG-PST, as readequações em seus 11 laboratórios visam a dar suporte ao trabalho continuado de pesquisa, formação, extensão e inovação. Em busca da pluralidade e atendendo às demandas sociais, o processo de consolidação deste Programa vem se concretizando por meio de atualizações como: a necessária e crescente articulação com a graduação e a extensão; o crescente movimento de internacionalização focado nos convênios com universidades estrangeiras; e a criação de uma quinta linha de pesquisa (Psicologia Social, Saúde Coletiva e Política). O PPG-NeC constantemente revê suas disciplinas no sentido de ampliar os horizontes da formação básica e aplicada, buscando inserir assuntos que instigam a inovação em pesquisa. Nos últimos anos, foram revistas as disciplinas para uma nova reclassificação quanto à sua afiliação ou não aos módulos obrigatórios do Programa, e está em andamento processo para criação da área História e Filosofia das Neurociências. Desde 2009, o PPG-PSA tem três novas áreas: Psicologia e Violência; Políticas Públicas em Saúde e em Educação; e Licenciatura. Essa perspectiva orientou a contratação de novos docentes para essas áreas, a criação de novas disciplinas e a implementação de novos projetos de pesquisa que, em articulação com a elaboração das dissertações e teses, contribuíram para a produção do Programa. As linhas de pesquisa do Programa estão em revisão, não só no sentido de que representem mais fielmente as especificidades dos campos de pesquisas existentes, como também de que se favoreça sua articulação de modo mais harmônico e consistente.
177 5.6. Renovação, reformulação e utilização de novas metodologias de ensino Fruto da renovação do Regimento da Pós-Graduação da USP, seguida pela reformulação dos regulamentos dos PPGs do IPUSP, novas práticas estão sendo incorporadas. Entre elas, está o desenvolvimento de programa para que os pós-doutores adquiram maior experiência de participação na vida acadêmica, por meio de seus três grandes eixos: pesquisa, docência e extensão. Assim, eles têm participado das atividades, inclusive das reuniões mensais de algumas CCPs, colaborado na organização de eventos, participado das supervisões dos atendimentos de clientes pelos alunos da graduação – possibilitando, assim, que alunos de graduação tenham melhores condições para o desenvolvimento de seus projetos de iniciação científica. Outra iniciativa é o oferecimento de disciplinas em língua estrangeira. Por exemplo, alunos da Chicago School for Professional Psychology realizaram no IPUSP duas disciplinas do PPG-PSC ministradas em inglês, e o PPG-NeC e PPG-PSE possuem disciplinas ministradas em inglês por docentes estrangeiros convidados, com oferecimento anual. Para todos os programas, o quadro de disciplinas sofre um processo contínuo de reformulação (inclusão, exclusão e atualização de conteúdo), refletindo o avanço científico das áreas. Para ser credenciada, a disciplina deve apresentar clareza e coerência de objetivos e conteúdo, coerente bibliografia básica de até seis indicações (podendo haver bibliografia complementar) e compatibilidade entre o conteúdo e as linhas de pesquisa da área de concentração dos Programas. Propostas de credenciamento e de recredenciamento de disciplinas são encaminhadas à CPG pelas CCPs, com parecer circunstanciado e aprovado pelas mesmas. No PPG-PSA, além das atualizações a cada cinco anos, há também projetos de confecção de materiais didáticos – como os filmes e documentários produzidos pelo Laboratório de Estudos sobre a Morte, entre outros – para utilização nas disciplinas de graduação e pósgraduação, que geram também pesquisas de iniciação científica, mestrados e doutorados.
5.7. Período de experimentação de novos docentes Estimulamos nossos docentes recém-contratados a ingressar nas atividades da pósgraduação. De maneira geral, há um cuidado especial com o início da inserção desses docentes em período de experimentação: 99 O docente ingressante deve primeiramente ministrar uma disciplina de pós-graduação que seja inovadora e contribua para as linhas de pesquisa do programa, após ser validada por parecer de um docente permanente do mesmo. 99 Na conclusão dessa disciplina, o docente deve solicitar seu credenciamento para orientação em nível de mestrado, desde que preencha os critérios estipulados nas normas de cada programa – critérios que incluem produção científica de qualidade, indexada e constante, a apreciação de suas atividades acadêmicas e de pesquisa nos últimos anos e suas possíveis experiências prévias em orientações de estágios, supervisões, iniciações científicas e trabalhos de conclusão de curso.
178 99 Após o sucesso na orientação de um aluno de mestrado, o docente poderá solicitar seu credenciamento pleno para incluir a orientação de doutorados.
Este processo de ingresso gradual na pós-graduação permite que nosso docente, principalmente o que está em estágio de experimentação, ao mesmo tempo em que participa das atividades formadoras de mestres e doutores, possa se organizar em termos de atividades acadêmicas e de pesquisa, para que suas atividades na pós-graduação contribuam para a geração e produção de conhecimento, assim como sua veiculação em periódicos indexados. Como uma regra geral em todos os nossos programas, o docente, primeiramente, oferece uma disciplina, por vezes em parceria com um docente permanente, reforçando a modalidade coletiva de trabalho docente que vem permeando a pós-graduação nos últimos anos, ao mesmo tempo em que vai estruturando seu projeto institucional de pesquisa e preparando futuras publicações para, finalmente, assumir a orientação de alunos.
5.8. Desempenho nas avaliações da CAPES Com relação ao desempenho de nossos PPGs nas duas últimas avaliações da CAPES, temos, em um extremo, o PPG-PSE (que recebeu nota máxima) e o PPG-PSA (cujas notas foram 4 nas avaliações de 2007-2009 e de 2010-2012). Programa
Avaliação 2007-2009
Avaliação 2010-2012
PPG-PSA
4
4
PPG-PSC
5
4
PPG-PSE
7
7
PPG-NeC
5
4
PPG-PST
5
4
O desempenho do PPG-PSC, do PPG-PST e do PPG-NeC caiu, de acordo com a avaliação da CAPES. Essa queda preocupa a instituição (tanto o IPUSP quanto a Pró-Reitoria de Pós-Graduação). O IPUSP busca analisar esse desempenho, que tem razões diversas e particulares em cada Programa.
5.9. Prêmios nacionais e internacionais Em todos os nossos PPGs, temos trabalhos de docentes e alunos premiados em eventos nacionais e internacionais em diversas categorias: Menção Honrosa, Auxílio Financeiro e Homenagens, entre outros.
179
Programa
Destaques Homenagem da Associação Brasileira de Medicina Psicossomática ao Prof. Avelino Luiz Rodrigues
PPG-PSC
54º Prêmio Jabuti para o Prof. Christian Dunker (1º lugar na categoria Psicologia e Psicanálise) Prêmio CAPES de Tese 2012 para Profa. Claudia Oshiro Clemente (orientação da Profa. Sonia Beatriz Meyer) Prêmio Destaque Tese USP (menção honrosa) Prêmio Averroes da Cinemateca Prêmio Brenda Lee do Programa Estadual DST/AIDS da Secretaria de Estado da Saúde São Paulo (2013) Prêmio Jabuti pela coautoria de livro (Categoria Ciências Humanas)
PPG-PST
Homenagem da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e FUNDAP Prêmio Loba Romana (Ano Brasil-Itália) Diploma de “Reconocimiento por desempeño profesional en benefício de la Orientación en América Latina”, da Red Latinoamericana de Profesionales de la Orientación Academy Member of the Association for the Social Sciences and Humanities in HIVASSHH, da Association for the Social Sciences and Humanities in HIV Prêmio Enduring Programmatic Contribution for the Development of Behavior Analysis 2013, da Society for the Advancement of Behavior Analysis (SABA), em parceria com a Association for Behavior Analysis International (ABAI)
PPG-PSE
Silver Medal da Association for Research in Vision and Ophthalmology 2014 para Profa. Dora Ventura Prêmio da Sociedade Brasileira de Neurovisão 2014 para Profa. Dora Ventura Prêmio Teses Destaque USP 2013
PPG-NeC
Prêmio Jovem Cientista 2014 (1º lugar) Prêmio Lamas de Mérito Técnico e Científico de 2014 Capa da Revista FAPESP
PPG-PSA
Professor Honorário, Universidad Autónoma del Peru, 2013
5.10. Teses e dissertações: impacto nacional e internacional Vários projetos de pesquisa desenvolvidos no PPG-PSC geraram novas modalidades de atendimento à população, como a experiência pioneira de implantação de um serviço de psicologia clínica no Centro de Referência do Idoso da Zona Norte de São Paulo; e caixa lúdica para idosos, permitindo a expressão simbólica de conteúdos do mundo interno. No PPG-PST, merecem destaque a produção de material instrucional, de informação e orientação profissional, para o Plano Nacional de Qualificação do Ministério do Trabalho e
180 Emprego (construção de material didático em três línguas – português, inglês e espanhol – “Aprimorando a divulgação do quadro dos direitos humanos e da vulnerabilidade social com base em tecnologias de promoção da saúde sexual e reprodutiva entre os jovens”); e assessoria ao Ministérios do Esporte e da Justiça. As resultantes do conhecimento gerado pelas teses e dissertações do programa concretizam um dos aspectos centrais do perfil dos egressos – como intérpretes da realidade psicossocial e assessores para construção de tecnologia social. No PPG-PSE e no PPG-NeC, avaliamos o impacto do conhecimento gerado por meio das publicações científicas, uma vez que nossas teses e dissertações devem, pelo regulamento, resultar em artigos científicos. A produção científica do PPG-PSE, em forma de artigos científicos publicados em periódicos, é muito bem qualificada. Cerca de 40% estão em revistas avaliadas como A1A2 pela CAPES, e outros 20% em revistas B1-B2. Grande parte da produção (71%) está em periódicos internacionais. A qualidade da produção científica do Programa revela-se também pelos índices de citação das publicações de seus docentes. Conforme o Google Citations, os docentes do programa têm um índice h médio de 14 (±7), índice i10 de 21 (±17) e número médio de citações de 912 (±806). O PPG-PSE tem um total de 13.688 citações; seis docentes do programa têm mais de 1.000 citações. De forma semelhante, no PPG-NeC a qualificação da produção é alta, preferencialmente em periódicos de circulação internacional e indexados em bases de dados de elevada conceituação, como ISI, Pubmed e PsycInfo. Do total de artigos científicos publicados, 87% foram em periódicos internacionais (12% com Fator de Impacto maior que 4, e 49% com FI maior que 2). Quarenta e nove por cento dos artigos publicados estão em revistas avaliadas como A1-A2 pela CAPES, e outros 18% em revistas B1-B2. O número total de citações dos docentes do PPG-NeC é 18.412. O PPG-PSA possui convênios e acordos de cooperação. As atividades de internacionalização promovem a melhoria dos índices de impacto quanto à produção científica dos docentes e discentes do programa, assim como revelam impacto qualitativo na formação dos discentes que usufruem de atividades em instituições estrangeiras, permitindo contatos acadêmicos e participação em redes de pesquisa.
5.11. Mobilidade nacional e internacional de docentes e discentes O PPG-PSC recebeu dois professores visitantes, e quatro de seus 21 docentes trabalharam em orientação/coorientação com pesquisadores estrangeiros. Seis professores estrangeiros participaram de bancas no programa, e três do PSC participaram de bancas em outros países. O Programa teve, ainda, nove estagiários de doutorado-sanduíche enviados ao exterior. O PPG-PST realizou 12 projetos de pesquisa multicêntricos com cooperação internacional e seis com financiamento em áreas de vanguarda do conhecimento, com cinco alunos fazendo doutorado-sanduíche no período. Dentre as atividades realizadas, destacam-se:
181 99 Participação em 214 bancas em universidades brasileiras e estrangeiras (Colômbia, EUA e França); 99 Realização de aulas regulares e orientação de alunos de mestrado e doutorado em outros programas no Brasil (Faculdade de Saúde Pública-USP, ESALQ-USP, UNIR, UFSCar) e no exterior (Universidad del Valle – Colômbia; Université de Savoie – França; Birkbeck College – Inglaterra, entre outros); 99 Participação em simpósios e mesas redondas centrais de eventos científicos internacionais, como o Annual Conference da Academy of Management (EUA), o 9º Congresso Nacional de Psicologia da Saúde (Portugal), o Global Forum for Health Research (África do Sul), e a Conferência Inaugural da UNESCO Chair of Lifelong Guidance and Counseling (Polônia).
O PPG-NeC incentiva a mobilidade nacional e internacional. Todos os docentes do Programa apresentam intercâmbios nacionais e internacionais com instituições de excelência e, cada vez mais, discentes têm realizado missões de estudo e estágios nessas instituições parceiras. Tem sido cada vez maior a participação de docentes e, principalmente, discentes do PPG-PSE em estágios de pesquisa em instituições estrangeiras. Por exemplo, entre 2012 e 2015, 22 alunos fizeram estágio-sanduíche durante seu doutorado. Os dois programas do PSE recebem constantemente inúmeros professores visitantes que ministram cursos de pós-graduação. Esse tipo de intercâmbio tem contribuído para elevar o grau de internacionalização de nossas pesquisas e publicações. Essas diferentes oportunidades de mobilidade têm fornecido dinamismo aos dois programas e têm possibilitado aos alunos a oportunidade de conhecer outros centros de pesquisas, aprimorando a formação de nossos pesquisadores. No PPG-PSA, a mobilidade nacional e internacional gera também a melhoria dos índices de impacto relacionados à produção de docentes e discentes, devido ao aumento das coautorias e atividades em colaboração. Entre 2012 e 2015, foram 12 estágios de doutorado-sanduíche no exterior; 32 pós-doutoramentos; 66 participações em congressos no exterior e 62 no Brasil, com apresentação de trabalho; sete participações em revistas, entidades e associações científicas estrangeiras; e dez artigos em revistas internacionais.
5.12. Programa de Aperfeiçoamento de Ensino (PAE) A distribuição das bolsas do PAE aos estudantes é feita mediante processo seletivo amplamente divulgado por meio de Edital de Abertura de Inscrições, sendo a seleção dos candidatos feita de acordo com as normas estabelecidas nas Diretrizes do PAE/USP. O processo seletivo é conduzido no IPUSP pela Comissão Coordenadora do PAE, composta por um docente representante da pós-graduação e um docente da Comissão de Graduação, e aprovado pela Comissão de Pós-Graduação da Unidade. O resultado final é posteriormente encaminhado para ratificação da Comissão Central do PAE/PRPG/USP.
182 Os critérios utilizados na seleção são: 99 Candidatos que não tenham recebido bolsa anteriormente; 99 Doutorandos; 99 Distribuição equitativa entre os Departamentos, considerando a sequência na distribuição das disciplinas: disciplina obrigatória com estágio > disciplina obrigatória sem estágio > disciplina optativa com estágio > disciplina optativa sem estágio.
Havendo empate, a decisão é tomada por sorteio. O bolsista PAE deverá também cursar uma disciplina de preparação pedagógica, cujos conteúdo, carga horária e ministrante são da responsabilidade dos vários PPGs com o objetivo de oferecer práticas com vistas a sua formação didático-pedagógica. De forma geral, prioritariamente, alunos de doutorado que já tenham realizado o exame de qualificação são seguidos por alunos de doutorado que ainda não se qualificaram e estes, por alunos de mestrado. Isto se dá pelo fato de que os alunos de mestrado com bolsa da CAPES têm a obrigatoriedade de cursar a disciplina PAE e, apenas no doutorado, realizar o estágio docente, pelo qual a bolsa é concedida. No entanto, pode ocorrer de alunos de mestrado que já realizaram a disciplina optarem por cursar o estágio docente, por isso sua inclusão nos critérios de qualificação. A participação dos alunos de pós-graduação como monitores de grupos de pesquisa, dentro do PAE ou como voluntários, tem sido um facilitador adicional, com excelentes resultados para o desenvolvimento de todos os envolvidos. Pode-se considerar que os alunos PAE experimentam a atividade de orientação, bem como a de docência por meio da estratégia didática de aula participativa. Têm a oportunidade, também, de aprender a planejar uma disciplina e escolher a literatura adequada, contemplando tanto o conteúdo atualizado como a linguagem apropriada aos alunos da graduação. Independentemente da obrigatoriedade para bolsistas CAPES, os PPGs do IPUSP incentivam e sugerem fortemente a todos os seus alunos que se inscrevam na disciplina do programa e realizem esse estágio de docência, uma vez que a preocupação com a formação didática de docentes é uma constante. Relação entre demanda e cotas Entre o primeiro semestre de 2012 e o primeiro semestre de 2016, tivemos 301 alunos PAE nas diferentes disciplinas do Instituto. Destes, 263 como bolsistas e 38 voluntários. Os PPGs do IPUSP entendem a importância da formação em docência para os alunos e, por essa razão, além do PAE, a CPG incentiva a participação do aluno como voluntário em monitorias de disciplinas da graduação, como experiência didática complementar do aspecto docente da pós-graduação. Além disso, várias de nossas disciplinas contribuem para a formação docente, fazendo o aluno apresentar seminários de seus conteúdos.
183 5.13. Perfil dos egressos Os PPGs têm como meta geral, tanto para o mestrado como para o doutorado, o aprimoramento da atividade acadêmica em todos os níveis – pesquisa, docência e extensão. Buscamos formar alunos que não só desenvolvam competências como pesquisadores e habilidades como docentes de ensino superior, mas que sejam sensíveis às problemáticas contemporâneas. Isso tem levado ao desenvolvimento de pesquisadores e docentes doutores que pesquisam e trabalham a situação aplicada em diálogo contínuo com a sociedade. O esperado do egresso é um perfil de pesquisador-docente e profissional altamente qualificado, que consiga pôr em discussão a investigação do ser humano como ser histórico e inserido no espaço sociocultural, bem como participar da melhora na qualidade do ensino de graduação e de pós-graduação do país. O conjunto de disciplinas e atividades desenvolvidas ao longo do mestrado e do doutorado está destinado a gerar o egresso com perfil assinalado acima. Especificamente do aluno egresso do mestrado, espera-se que tenha as seguintes competências desenvolvidas: 99 Integridade e ética na pesquisa, produção e divulgação de conhecimento científico; 99 Domínio teórico de diferentes perspectivas metodológicas na pesquisa e condições de aplicação dos principais métodos de investigação na área de estudos escolhida; 99 Conhecimento dos principais aportes e construtos teóricos em sua área de estudos; 99 Produção de novos conhecimentos compatíveis com a realidade nacional, que visem a formular e executar projetos de intervenção profissional e de ciência básica, conforme o caso; 99 Habilidades para docência no ensino superior (modalidades de ensino, preparação de plano de aulas de ementas de disciplinas da grade curricular).
Já o aluno egresso do doutorado deve apresentar, além das já citadas, as seguintes competências desenvolvidas: 99 Capacidade reflexiva e crítica sobre a natureza do conhecimento psicológico, bem como condições de articulação teórica com outras áreas de conhecimento; 99 Sofisticação metodológica suficiente para se estabelecer como um pesquisador independente; 99 Domínio teórico aprofundado em sua área de estudos; 99 Produção de conhecimentos originais, compatíveis com a realidade nacional, que visem a formular, coordenar, avaliar e executar projetos de intervenção profissional, quando aplicável; 99 Habilidades avançadas na produção e publicação do conhecimento psicológico; 99 Domínio de instrumentos de pesquisa visando à atuação como pesquisador de alto nível na disseminação e produção do conhecimento, e como multiplicador e protagonista na produção e divulgação do conhecimento psicológico; 99 Aptidão para atuar em redes de pesquisa nacionais e internacionais.
184 5.14. Ementas e processos de ensino e aprendizagem das disciplinas A CPG do IPUSP busca oferecer disciplinas que são sempre renovadas, para que elas possam refletir o que vem sendo produzido e problematizado pelos pesquisadores dos Programas. Dessa forma, pretendemos que nossos alunos estejam sempre em contato com o que está sendo publicado e investigado no Brasil e no mundo. Em todas as disciplinas é exercitado o pensamento crítico, e frequentemente a redação de artigos como trabalho final. As disciplinas garantem o aprofundamento teórico e metodológico necessário à apropriação dos conhecimentos; e a participação nos grupos de pesquisa e de orientação cria oportunidades de discussão frente aos desafios encontrados nos diferentes campos de pesquisa. A escrita acadêmica é exercitada nos trabalhos finais das disciplinas e na escrita das dissertações e teses, com a supervisão do orientador e o compartilhamento nos grupos de orientação e pesquisa. O PPG-PST valoriza a autonomia dos alunos na construção de seu processo formativo e aboliu as disciplinas obrigatórias, passando a funcionar apenas com o oferecimento de disciplinas específicas, orientadas por três eixos transversais: Metodologia, Ética e Fundamentos Básicos da Psicologia Social. O escopo metodológico das disciplinas obrigatórias foi absorvido pelas disciplinas específicas. A formação metodológica do aluno é complementada pelas reuniões coletivas e individuais de orientação e, também, pela realização de disciplinas oferecidas pelos variados PPGs da USP, num incentivo para a prática da interdisciplinaridade. A competência em ensino, por sua vez, é favorecida pelo PAE e, principalmente, por atividades complementares realizadas em conjunto com os orientadores (por exemplo, a preparação e o acompanhamento das aulas e das orientações de iniciação científica, a participação nas aulas ministradas pelo orientador na graduação, sempre sob sua supervisão etc.).
5.15. Atuação profissional dos egressos Inúmeros egressos do PPG-PSC estão em centros de pesquisas e de pós-graduação no país. Esse Programa foi responsável pela formação de diversos pesquisadores do programa de pós-graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que é considerado um programa nota 5. Um levantamento em 2014 mostrou que, dos egressos, 224 trabalham em universidades de diferentes regiões do país, tanto em cursos de graduação quanto em cursos de pósgraduação; 59 egressos trabalham como psicólogos e como pesquisadores em instituições governamentais; 33 egressos, em cursos de especialização; 13, em centros de serviço e de pesquisa privados; e 23, em consultórios. Grande parte dos professores e pesquisadores em Psicologia que atuam nas universidades brasileiras é egressa do PPG-PSE. Ao longo de sua história, o Programa firmou sua importância na formação de recursos humanos que estão atuando em posições de destaque nas mais diferentes partes do país, tanto na graduação quanto na pós-
185 graduação. A maior parte de nossos ex-alunos atua como docente e pesquisador em universidades públicas de vários estados e regiões brasileiros e, em menor proporção, em universidades privadas também de diversas regiões do país. Uma proporção menor dos egressos do PSE atua fora do ambiente acadêmico, principalmente em clínicas particulares de atendimento psicológico, mas também em empresas de pesquisa de mercado e recursos humanos. Alunos titulados pelo PPG-NeC têm contribuído para disseminar a pesquisa em neurociências e comportamento. Vale a pena mencionar que oito egressos foram contratados como docentes pela USP; vários foram contratados por universidades federais e estaduais (UFABC, UFPE, UFPB, UnB, UFRN, UFPR, UFPA, UFAL, UFRB e UNESP). Em faculdades particulares, estão lecionando pelo menos 30 egressos do programa. Como se pode verificar na Plataforma Lattes, os egressos do PPG-PST têm contribuído para a política de ciência e tecnologia no Ensino Médio, na administração pública e em empresas. O programa formou 145 novos titulados desde 2012 até maio de 2016, que se encontram inseridos em universidades públicas, confessionais e privadas. Por outro lado, muitos dos nossos egressos atualmente trabalham em órgãos públicos, definindo a construção de políticas públicas. O PPG-PSA vem formando pesquisadores e docentes há 45 anos, o que o coloca em uma posição de destaque no que se refere à nucleação. Grande parte dos pesquisadores brasileiros na área de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano foram formados por esse programa. No período de 2012 a maio de 2016, foram 96 mestres e 89 doutores egressos. Cabe destacar que muitos destes desenvolvem atividades no setor público, nas áreas de Assistência Social, Justiça, Saúde, Educação Básica e Trabalho, para as quais o programa oferece contribuições consistentes. Atuações de destaque Oito egressos do PPG-PSC são bolsistas de Produtividade em Pesquisa do CNPq: 99 Claudia Figaro Garcia, responsável pelo eixo psicológico do Projeto Caminho de Volta: busca de crianças e adolescentes desaparecidos no Estado de São Paulo; 99 Iraní Tomiatto de Oliveira, Coordenadora do Curso de Psicologia da Universidade Anhembi-Morumbi; 99 Jônia Lacerda Felício, Coordenadora do Curso de Psicologia do Centro Universitário São Camilo (SP); 99 Isabel Maria Farias Fernandes de Oliveira, Coordenadora do PPG em Psicologia da UFRN; 99 Maíra Bonafé Sei, Diretora da Clínica Psicológica da UEL; 99 Giovana Veloso Munhoz da Rocha, Membro da International Association for Correctional and Forensic Psychology (EUA); 99 Ana Lydia Bezerra Santiago, Chefe do Departamento de Ciências Aplicadas à Educação da UFMG; 99 Thomaz Décio Abdalla Siqueira, Coordenador do Curso Educação Física da UFAM.
186 Emma Otta, César Ades e Gerson Tomanari, do PPG-PSE, exerceram a Diretoria do IPUSP; César Ades, também do IEA e fundador da Sociedade Brasileira de Etologia; Dora Ventura recebeu em 1998 a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico e é membro da Academia Brasileira de Ciências; Emmanuel Zagury Tourinho, Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UFPA e Coordenador de área (Psicologia) da CAPES (2008-2010); Paulo Rogério Menandro (UFES), coordenador de área Psicologia da CAPES até 2004; Deisy das Graças de Souza (UFSCar), coordenadora de área (Psicologia) na FAPESP até 2009; e Maria Stella Coutinho de Alcantara Gil, vice-reitora da UFSCar até 2009. César Ades foi docente do PPG-NeC e Dora Ventura, a idealizadora e fundadora deste programa, mantendo-se ainda hoje atuante. Luiz Henrique Mourão do Canto Pereira é Coordenador de Analistas em Ciência e Tecnologia da CAPES; Andrea Ferreira é Coordenadora do laboratório Edmond e Lily Safra do IINN (Natal); Maysa Alahmar Bianchin é Supervisora do Programa de Aperfeiçoamento em Terapia Ocupacional da FMRP; Marcelo Fernandes da Costa é Presidente da CPG do IPUSP; Christina Joselevitch é presidente da CCNint do IPUSP e tesoureira da Associação Brasileira Para Pesquisa em Visão e Oftalmologia. São Bolsistas de Produtividade em Pesquisa 23 egressos do PPG-NeC. Alguns egressos do PPG-PST ocupam cargos de destaque, como Pró-Reitoria de PósGraduação (Univalle/Colômbia), em Comitês de Ética (UFPR, Universidade Presbiteriana Mackenzie/SP e UNIBAN/SP). O programa formou cinco docentes da USP. Três egressos atuam como docentes no exterior, na Universidad del Valle e na Pontifícia Universidad Javeriana de Cali (ambas da Colômbia) e na Universidad Tecnológica Nacional (Uruguai). Em empresas privadas, dez egressos atuam como diretores da área de Recursos Humanos e Gestão de Pessoas. No período 2010-2014, alguns cargos ocupados por egressos do PPG-PSA foram: presidentes do Conselho Regional de Psicologia; presidente da ABRAPEE, Direção do Núcleo de Saúde da UNIR; e quatro editorias de periódicos da área.
5.16. Novos docentes e capacitação O IPUSP considera necessário que os docentes de uma forma geral e os novos docentes, em particular, sejam constantemente preparados para os desafios da docência na pósgraduação. Cada PPG define sua estratégia nesta perspectiva. Os Departamentos de Psicologia Clínica e Experimental solicitam que, a cada novo concurso para docente, um projeto de pesquisa seja apresentado pelos candidatos. Este é objeto de avaliação pelos membros da Banca do Concurso, assim como o Memorial e sua arguição, buscando ter uma análise da maturidade do candidato por meio de suas publicações e participação em grupos de pesquisas nacionais e internacionais, por sua experiência na docência e sua experiência em orientações de trabalhos acadêmicos. No PSE, os coordenadores do PPG-PSE e PPG-NeC mantêm uma relação próxima com os novos docentes, quanto à contribuição de suas linhas de pesquisa para um ou ambos os programas.
187 No PPG-PST, está em curso uma política de aproximação dos novos docentes à dinâmica e sistemática da pós-graduação realizada por meio de convite para participarem de reunião da CCP assim que admitidos no Departamento. Tal política visa a capacitar os novos docentes a respeito das atribuições e sistemáticas do Programa. Disciplinas da pósgraduação são ministradas por mais de um docente e projetos de pesquisa são realizados conjuntamente por mais de um pesquisador do Departamento. Essa política, de fato, é um desdobramento de uma terceira política ligada à capacitação docente, que tem como finalidade ampliar a participação de pesquisadores não contratados como docentes convidados, sempre em disciplinas coordenadas por docentes contratados e sempre que aqueles pesquisadores sejam considerados potencialmente importantes para o PPG. No âmbito do ensino do PPG-PSA, é incentivado que o docente mantenha participação na graduação e também na pós-graduação. O que define a escolha do novo docente é a área vinculada ao conjunto de disciplinas obrigatórias na graduação, por meio das quais ele é selecionado, mas também é visada a sua atuação futura na pós-graduação, não só em sua inserção nas linhas de pesquisa atuais, como também nas que poderão ser criadas.
5.17. Internacionalização Os PPGs estão constantemente buscando o fortalecimento da internacionalização. Há publicações conjuntas e organização de congressos, estimulando o intercâmbio de discentes-docentes. Alguns de nossos docentes ministraram cursos de pós-graduação em espanhol e inglês, participaram de bancas no exterior, visitaram centros internacionais e ofereceram seminários em universidades estrangeiras. A média de publicações internacionais por docente/ano é crescente. Possuímos projetos de pesquisa multicêntricos com cooperação internacional e 51 convênios internacionais em andamento. O fluxo de alunos e docentes tem sido intenso. Recepção dos estudantes estrangeiros O PPG-PSC tem recebido estudantes estrangeiros que participaram de disciplinas ministradas em inglês. Tendo em vista a questão da mobilidade internacional e que algumas vezes as disciplinas precisam ser ministradas fora do calendário habitual do programa, abrimos duas disciplinas que possibilitam a mobilidade de calendário e o oferecimento de conteúdos em língua estrangeira. O PPG-PSE recebe alunos principalmente da América Latina e da Espanha. Temos recebido muitas consultas de alunos estrangeiros interessados em vir ao programa, mas uma das barreiras é a necessidade de proficiência em língua portuguesa. O PPG-NeC acompanha o PPG-PSE no recebimento de alunos de países de língua espanhola e majoritariamente da América Latina. Alunos de outros países, como Inglaterra, Alemanha e Índia, têm nos procurado cada vez mais; porém, a necessidade de proficiência em língua portuguesa também é a maior barreira que eles enfrentam.
188 O PPG-PST está interessado na recepção de estudantes estrangeiros e tem estimulado tal recepção de modo sistemático por meio de uma política específica para essa finalidade. No período, o programa acolheu 34 docentes de IES estrangeiras para ministrar disciplinas e realizar seminários, conferências, reuniões de orientação, e para trabalhar em publicações conjuntas. Cinco alunos do programa viajaram em intercâmbio discente e nove alunos estrangeiros foram recebidos no programa. Há um monitoramento e acompanhamento desses alunos, que deverá ser aperfeiçoado pelo PPG-PSA e pelo IPUSP. Entendemos que é fundamental a apropriação do português e/ ou do espanhol por parte do aluno estrangeiro e, quando necessário, deve ser enfatizado e facilitado o acesso a cursos nessas línguas no âmbito da USP, como já ocorre. Ações de estímulo à realização de estágio no Brasil e no exterior Dentre as políticas concretas, procura-se convidar docentes e pesquisadores estrangeiros para ministrar disciplinas como professores convidados em nossos programas, para participar de reuniões de pesquisa em nossos laboratórios e para ministrar conferências. Assim, garante-se intensa interação entre os mesmos e os alunos de pós-graduação e de graduação. Estimula-se, portanto, o contato direto com pesquisadores estrangeiros para a realização de vínculos que permitam os estágios. Outras vezes, os docentes do IPUSP fazem essa mediação de modo direto, apresentando o interesse dos alunos em áreas específicas de pesquisa do visitante estrangeiro, o que aumenta as chances de realização dos estágios. Os docentes do IPUSP incentivam, ainda, seus alunos a participar de eventos no exterior e garantem, com recursos CNPq, CAPES e FAPESP, que vários deles tenham essa participação com custos mínimos. Da mesma forma, há o interesse em receber alunos de outras universidades, tanto do Brasil quanto do exterior. Além disso, a criação de intercâmbios acadêmicos e institucionais em nível nacional e, intensamente nos últimos anos, em nível internacional, tem aberto oportunidades concretas para que alunos de graduação e pós-graduação possam participar de cursos e projetos de pesquisa no exterior, alinhados a pesquisas já encaminhadas em seu curso no IPUSP. No período coberto por este relatório, 49 estudantes de pós-graduação e cinco pós-doutorandos do IPUSP realizaram estágio no exterior – um terço destes intercâmbios se deu em função dos convênios internacionais firmados por docentes do IPUSP.
189 5.18. Colaborações até 2015 Programa
Colaborações Parceria do Prof. Antúnez com a UFPA, PPG em Psicologia (Instituto de Filosofia e Ciências Humanas); Parceria do Prof. Antúnez com o Departamento de Otorrinolaringologia da UNIFESP; Programa de estímulo à mobilidade e ao aumento da cooperação acadêmica do PPG em instituições de ensino superior de Sergipe, Universidade Federal de Sergipe;
PPG-PSC
Parceria do Prof. Safra com o Laboratório de Análise de Processos em Subjetividade do PPG em Psicologia da UFMG; Programa “Atenção, Prevenção e Intervenção na Saúde da Criança” na Região do Butantã; Acordo de cooperação técnico-científica entre o Laboratório de Terapia Comportamental e o Instituto de Psiquiatria da USP; Parceria técnica do Laboratório Psicanálise e Sociedade financiado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos; Parceria do Laboratório Psicanálise Sociedade com a Casa do Migrante; Parceria do Laboratório Apoiar com a UFMG. Colégio Doutoral Internacional Tordesillas em Psicologia das Organizações, do Trabalho e dos Recursos Humanos, com Universidades da Espanha (Universidad de Sevilla e Universidad de Valencia), de Portugal (Universidade de Coimbra e o Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa de Lisboa) e do Brasil (USP e Universidade Mackenzie);
PPG-PST
Projeto de pesquisa multicêntrico “Formas organizativas de coletivos sociais e políticos em cidades latino-americanas” entre IPUSP, UNIVAP, UNITAU, Universidad Externado de Colombia, Universidad El Bosque, Universidad Pedagógica Nacional de Bogotá, UPAEP, Universidad de Talca, Benemérita Universidad Autônoma de Puebla e Universidad de Barcelona; Desenvolvimento de tecnologias e iniciativas inovadoras para a prevenção primária do HIV e do adoecimento pela AIDS, entre o NEPAIDS, a FMUSP e a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Participação de uma docente desde 2013 no Mestrado Profissional Interunidades em Formação Interdisciplinar em Saúde, da FOUSP; Participação, desde 2008, em projeto interdepartamental com a Université Paris Diderot, França;
PPG-PSA
Realização do primeiro levantamento sobre a atuação de psicólogos na rede pública de educação, envolvendo pesquisadores da UEM, UNIR, UFBA, UFU, UNIFESP, UNOCHAPECO, USP, UNICSUL, UMC, UNIP e UFMT; Projeto de pesquisa “Aspectos genéticos e relacionais articulados na etiologia e no curso de desenvolvimento das pessoas com transtornos de espectro do autismo”, realizado em serviços públicos de saúde e educação, vinculado à Secretaria de Saúde de Embu das Artes e suas 14 UBS, Centros de Atenção Psicossocial de SP, Ambulatório de Autismo do IPq/FMUSP, Departamento de Pediatria da UNIFESP e Hospital Universitário da USP; Inserção do Laboratório Interinstitucional de Estudos e Pesquisas em Psicologia Escolar (LIEPPE) no Grupo Interinstitucional Queixa Escolar (GIQE).
190
191
6. COMISSÃO DE PESQUISA 6.1. Apresentação A Comissão de Pesquisa do Instituto de Psicologia da USP visa, por meio do incentivo e do fortalecimento das atividades de pesquisa na Unidade, à formação de pesquisadores e docentes com atuação protagonista e visão crítica dos fundamentos teóricos, éticos e metodológicos da área em que atuam, valorizando, além da produção de conhecimento relevante para a sociedade, também a perspectiva interdisciplinar do conhecimento e o engajamento com uma política científica articulada com a resolução de problemas. Estimulamos a visibilidade das pesquisas apoiando a publicação de seus resultados, tanto em periódicos científicos nacionais e internacionais, como em outros veículos de divulgação, o que favorece o impacto do conhecimento produzido em nossa área. As principais áreas de atuação são: Psicologia Clínica, Psicologia Experimental, Psicologia Social e do Trabalho e Psicologia da Aprendizagem, do Desenvolvimento Humano e da Personalidade. Composição no período 2012-2016 Função
2012-2014
2014-2016
Presidente
Vera Silvia Facciolla Paiva (PST)
Maria Livia Tourinho Moretto (PSC)
Vice-presidente
Miriam Garcia Mijares (PSE)
Luís Guilherme Galeão da Silva (PST)
Membro docente efetivo
Maria Livia Tourinho Moretto (PSC)
Luciana Maria Caetano (PSA)
Membro docente efetivo
Pedro Fernando da Silva (PSA)
Marcelo Frota Lobato Benvenutti (PSE)
Membro docente suplente
Luís Guilherme Galeão da Silva (PST)
Daniel Kupermann (PSC)
Membro docente suplente
Marcelo Frota Lobato Benvenutti (PSE)
Vera Silvia Facciolla Paiva (PST)
Membro docente suplente
Daniel Kupermann (PSC)
Nicolas Gerard Châline (PSE)
Membro docente suplente
Adriana Marcondes Machado (PSA)
Fraulein Vidigal de Paula (PSA)
Linhas de pesquisa As principais linhas de pesquisa, de acordo com os Programas de Pós-Graduação da Unidade, são:
192 33 Desenvolvimento Humano e Aprendizagem 33 Desenvolvimento Humano e Avaliação Psicológica 33 Desenvolvimento Humano e Saúde 33 Instituições Educacionais e Formação do Indivíduo 33 Psicologia Escolar e Educacional 33 Investigações em Psicanálise 33 Práticas clínicas: fundamentos, procedimentos e interlocuções 33 Análise do comportamento operante 33 Bases neurobiológicas do comportamento 33 Comportamento animal 33 Processos cognitivos, afetivos e sociais no ser humano 33 Problemas teóricos da Psicologia 33 Epistemologia e Psicologia Social 33 Processos Psicossociais Básicos: as relações indivíduo/grupo 33 Psicologia do Trabalho e das Organizações 33 Psicologia Social de Fenômenos Histórico-Culturais Específicos 33 Psicologia Social, Saúde Coletiva e Política 33 Desenvolvimento e plasticidade 33 Neurotransmissores e comportamento 33 Sensação, percepção e movimento 33 História, Filosofia e Educação em Neurociências
Destacam-se o compromisso dos pesquisadores do IPUSP com a liderança na geração e disseminação de pesquisas relevantes e seus esforços para a formação de redes de pesquisa nacionais e internacionais. De modo geral, os projetos são desenvolvidos em parceria com segmentos representativos da sociedade, e os conhecimentos produzidos por meio de nossas pesquisas contribuem para a construção e/ou revisão de políticas públicas, políticas científicas, inovação tecnológica, desenvolvimento da cultura e conhecimento básico, especialmente nas áreas da saúde, bem-estar e comportamento humano, educação, diagnóstico e tratamento clínico do sofrimento psíquico, atenção psicossocial e direitos humanos, psicologia comparada, etologia, análise experimental do comportamento e neurociências. Metas 2012-2016 99 Incentivo à criação de redes de pesquisa na Unidade, núcleos de apoio à pesquisa, projetos temáticos e grupos de pesquisa cadastrados no Diretório de Grupos do CNPq.
193 99 Aumento da captação de recursos junto às agências de fomento, incentivando os professores a solicitar auxílio à pesquisa e estimulando a solicitação da bolsa de produtividade em pesquisa do CNPq. 99 Busca de novas parcerias, convênios e intercâmbios que propiciem estágios e atividades de pesquisa em cooperação. 99 Incentivo ao estágio docente em centros do exterior para pós-doutoramento. 99 Incentivo a docentes e alunos para maior participação no Programa de Pré-Iniciação Científica. 99 Incentivo a docentes e alunos para maior participação no Programa de Iniciação Científica. 99 Criação do Regulamento Interno para o Programa de Pós-Doutorado no IPUSP. 99 Aumento do número de pós-doutorandos com bolsa. 99 Criação de sistemas de informação sobre atividades de pesquisa na Unidade. 99 Atualização do site da Comissão de Pesquisa. 99 Melhoria da infraestrutura administrativa de pesquisa. 99 Implantação de “escritório de apoio” à pesquisa, como serviço oferecido pela Comissão de Pesquisa para a comunidade interna.
6.2. Grupos de pesquisa no diretório do CNPq No período, docentes do IPUSP lideram/participam de 35 grupos de pesquisa cadastrados no CNPq, sendo que sete foram criados após 2012 e os demais continuaram a atuar nesse período. O PSC tem atualmente 15 grupos de pesquisa; o PSA tem oito; e o PSE e o PST têm quatro cada. Ainda, existem dois grupos interdepartamentais, uma parceria do PSA com o PSE e outra do PSA com o PST.
6.3. Laboratórios de pesquisa no IPUSP No IPUSP há 51 Laboratórios de Pesquisa distribuídos pelos Departamentos, sendo: dez no PSA; 17 no PSE; 13 no PSC; e 11 no PST. Esses laboratórios desenvolvem atividades de pesquisa realizadas pelos docentes, alunos pesquisadores, pesquisadores colaboradores e pesquisadores visitantes, nos diversos níveis – pós-doutorado, doutorado, mestrado, iniciação científica e pré-iniciação científica.
194 Departamento
Laboratórios
Departamento de Psicologia da Aprendizagem, do Desenvolvimento e da Personalidade (PSA)
Laboratório de Estudos da Criança (LACRI) Laboratório de Estudos da Personalidade (LEP) Laboratório de Estudos do Imaginário (LABI) Laboratório de Estudos em Fenomenologia Existencial e Prática em Psicologia (LEFE) Laboratório de Estudos Sobre a Morte (LEM) Laboratório de Estudos sobre Desenvolvimento e Aprendizagem (LEDA) & Laboratório de Psicopedagogia (LaPp) Laboratório de Estudos sobre o Preconceito (LaEP) Laboratório Interdepartamental de Técnicas de Exame Psicológico (LITEP) Laboratório Interinstitucional de Estudos e Pesquisas em Psicologia Escolar (LIEPPE) Laboratório Interunidades de Estudo das Deficiências (LIDE)
Departamento de Psicologia Clínica (PSC)
Laboratório Casal e Família: Clínica e Estudos Psicossociais (LabCaFam) Laboratório CHRONOS: Centro Humanístico de Recuperação em Oncologia e Saúde Laboratório de Pesquisa sobre o Desenvolvimento Psíquico e a Criatividade em Diferentes Abordagens Psicoterápicas (LAPECRI) Laboratório de Pesquisas e Intervenção em Psicanálise (psiA) Laboratório de Psicanálise Jacques Lacan Laboratório de Saúde Mental e Psicologia Clínica Social Laboratório de Terapia Comportamental Laboratório Distúrbios do Desenvolvimento - PDD Laboratório Interdepartamental de Técnicas de Exame Psicológico (LITEP) Laboratório Interunidades de Teoria Social, Filosofia e Psicanálise (LATESFIP) Laboratório Prosopon Laboratório Psicanálise e Sociedade Laboratório Sujeito e Corpo (SUCOR)
Departamento de Psicologia Experimental (PSE)
Centro de Autismo e Inclusão Social (CAIS) Laboratório de Análise Biocomportamental (LaBC) Laboratório de Análise Experimental do Comportamento Laboratório de Análise Experimental do Comportamento Social e de Fenômenos Culturais Laboratório de Estudos de Operantes Verbais (LEOV) Laboratório de Etologia Cognitiva (LEC) Laboratório de Etologia, Ecologia e Evolução dos Insetos Sociais Laboratório de Interação Verbal e Construção de Conhecimento (LIVCC) Laboratório de Neuropsicolinguística Cognitiva Experimental (LANCE) Laboratório de Observação e Registro do Comportamento Humano Laboratório de Psicoetologia – Laboratório Walter Hugo Cunha Laboratório de Psicoetologia - Etologia Humana Laboratório de Psicofarmacologia Laboratório de Psicofísica e Eletrofisiologia Visual Clínica Laboratório de Psicofisiologia Sensorial Laboratório de Tecnologia de Informática para Capacitação e Reabilitação
195
Departamento de Psicologia Social e do Trabalho (PST)
INTER PSI - Laboratório de Psicologia Anomalística e Processos Psicossociais Laboratório de Epistemologia Genética e Reabilitação Psicossocial Laboratório de Estudos da Família, Relação de Gênero e Sexualidade (LEFAM) Laboratório de Estudos e Pesquisas sobre o Desenvolvimento dos Potenciais Humanos Laboratório de Estudos em Psicanálise e Psicologia Social (LAPSO) Laboratório de Estudos em Psicologia da Arte (LAPA) Laboratório de Estudos sobre o Trabalho e Orientação Profissional (LABOR) Laboratório de Memória e História Oral “Simone Weil” Laboratório de Psicologia Social da Religião Laboratório de Psicologia Sócio-Ambiental e Intervenção (LAPSI) Núcleo de Estudos para a Prevenção da AIDS (NEPAIDS)
6.4. Atividades (destaques) 99 Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID), aprovado pela FAPESP (Processo 2014/502825), sob coordenação da Profa. Emma Otta: Centro de Pesquisa Aplicada em Bem-Estar e Comportamento Humano. 99 Projeto de Pesquisa “Experiências de Turismo de Base Comunitária no Vale do Ribeira: um estudo psicossocial”. Com verba das Pró-Reitorias de Pesquisa e de Cultura e Extensão, da CAPES e do CNPq, trata-se de um projeto coletivo desenvolvido em comunidades indígena, caiçara e quilombola na Região do Vale do Ribeira em São Paulo. São produtos dessa pesquisa o artigo publicado na Revista da FAPESP “A emoção da estreia” e o artigo publicado no Bulletin de Psychologie “Recherche psychosociale dans des communautés traditionnelles: une analyse de l’expérience du programme de pré-initiation scientifique de l’ Université de São Paulo”. 99 Projeto de Pesquisa “Detecção precoce de riscos para transtornos do espectro de autismo com Indicadores Clínicos de Risco para o Desenvolvimento Infantil e intervenção precoce: capacitação de enfermeiros para o trabalho em unidades básicas de saúde”. Destacamos os seguintes artigos derivados da pesquisa: “Questionário de indicadores clínicos de risco para o desenvolvimento infantil: avaliação da sensibilidade para transtornos do espectro do autismo”. Audiology - Communication Research, 2014; “A Psicologia na articulação entre os âmbitos coletivo e psíquico: construção de uma Política Pública em Saúde de cuidado com o desenvolvimento”. Psicologia: Ciência e Profissão, 2013. 99 Núcleo de Estudos para a Prevenção da Aids (NEPAIDS). Além de formulador da resposta brasileira à Aids, contribui para a formulação de políticas no campo da saúde, da diversidade sexual e de gênero, e na introdução do tema do racismo na saúde coletiva. Reconhecido pelo quadro teórico-metodológico, ressalta-se no período sua coletânea de quatro livros “Vulnerabilidade e Direitos Humanos”, que será também publicada em espanhol e inglês, dedicada a transformar em material didático sua produção em ciência e tecnologia. Com foco na Psicologia, editou número bilíngue da Temas em Psicologia. 99 Projeto APOIAR: Atendimento Psicológico Clínico Individual e Grupal, que vem atender a grande demanda de atenção psicológica gerada pelo sofrimento humano causado pelas
196 condições da vida contemporânea. Desde 2004, realiza anualmente a Jornada Apoiar, que apresenta mostra dos trabalhos de pesquisa desenvolvidos. 99 54° Prêmio Jabuti - 1º Lugar na categoria Psicologia e Psicanálise para o livro “Estrutura e constituição da clínica psicanalítica: uma arqueologia das práticas de cura, psicoterapia e tratamento”, resultado da tese de livre-docência do Prof. Christian Dunker, 2012.
6.5. Núcleos e centros de pesquisa A contribuição dos Núcleos e/ou Centros de Pesquisa para o desenvolvimento acadêmico da Unidade se dá por meio da influência de suas iniciativas no que diz respeito tanto à pesquisa e produção de conhecimento, quanto à formação de recursos humanos. Está vinculado à Unidade o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia sobre Comportamento, Cognição e Ensino (INTC-ECCE), tendo a Profa. Deisy das Graças de Souza (UFSCar) como Coordenadora, e o Prof. Gerson Tomanari como coordenador do projeto na USP. No que diz respeito aos Núcleos de Apoio à Pesquisa (NAP) da Pró-Reitoria de Pesquisa, a Unidade conta com um NAP coordenado pela Prof. Marlene Guirado, cujo título é “Núcleo de Pesquisa em Psicologia e Instituições Sociais”. O NAP “Núcleo de Apoio à Pesquisa em Neurodesenvolvimento e Saúde Mental” conta com a participação do Prof. Rogério Lerner. E do NAP “Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e dos Conflitos” participam os Profs. Paulo Endo e Luís Guilherme Galeão Silva. O Núcleo de Estudos para a Prevenção da AIDS (NEPAIDS) congrega pesquisadores para analisar as tendências da epidemia e produzir pesquisas e tecnologias inovadoras de prevenção da infecção pelo HIV ou do adoecimento pela AIDS. Representado no IPUSP pela Profa. Vera Paiva, articula professores e pesquisadores de diversas unidades da USP e de outras universidades públicas e privadas, em colaboração com pesquisadores em diversos centros internacionais, Ministério e Secretarias da Saúde e Educação, FAPESP e CNPq, e fundações privadas. O Núcleo de Apoio à Pesquisa em Neurociência Aplicada (NAPNA), coordenado pela Profa. Christina Joselevitch, dedica-se ao estudo das bases cerebrais dos transtornos psiquiátricos e neurológicos e ao desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas para esses transtornos. O Núcleo congrega mais de 40 docentes da USP e líderes de pesquisa, os quais coordenam projetos temáticos abordando temas de Neurociência. Com relação a Centros de Pesquisa, a FAPESP aprovou o projeto de um Centro de Pesquisa Aplicada em Bem-Estar e Comportamento Humano (Processo 2014/502825), coordenado pela Profa. Emma Otta. Trata-se do primeiro CEPID na área da Psicologia, envolvendo pesquisadores da USP, da UNIFESP, do Instituto de Saúde e do Mackenzie. Há o Centro de Psicologia Aplicada ao Trabalho, coordenado pela Profa. Leny Sato (PST), que desenvolve pesquisas sobre trabalho informal, desemprego e organizações comunitárias e que tem prestado assessoria visando a diagnosticar problemas organizacionais e de gestão de recursos humanos.
197 Os demais Núcleos e/ou Centros de Pesquisa vinculados à Unidade são os 51 Laboratórios de Pesquisa distribuídos pelos quatro Departamentos, já mencionados acima.
6.6. Políticas de captação de recursos para pesquisa O IPUSP incentiva os docentes a captarem recursos por meio da submissão de projetos de pesquisa às agências de fomento à pesquisa. O principal indicador de sucesso é a análise comparativa do número de solicitações feitas com o número de solicitações atendidas, ao longo dos anos. Em abril de 2016, 29 docentes do IPUSP contavam com bolsa produtividade em pesquisa do CNPq: sete do PSA, seis do PSC, 13 do PSE e três do PST. No período de 2012 a 2016, 19 projetos de docentes receberam auxílio concedido pela FAPESP, sendo três em 2012; seis em 2013; seis em 2014; e quatro em 2015 (nenhum até abril de 2016). No mesmo período, dez projetos de docentes receberam auxílio concedido pelo CNPq: um em 2012; três em 2013; três em 2014; e três em 2015 (nenhum até abril de 2016). Até 2013, os docentes da Unidade também foram contemplados com Recursos Complementares para Apoio à Pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa – Projeto 1, que é um auxílio destinado aos docentes que submeteram projetos de pesquisa. Nove projetos foram beneficiados com esse auxílio no período, sendo quatro em 2012 e cinco em 2013. Em 2014, o Auxílio Projeto 1 foi suspenso pela Reitoria.
6.7. Política de incentivo à publicação O IPUSP incentiva a publicação de pesquisas em periódicos científicos de seletiva política editorial – levando em conta a classificação de periódicos da área de Psicologia da CAPES (http://qualis.capes.gov.br/webqualis/publico/pesquisaPublicaClassificacao.seam) – e em livros – de acordo com critérios da Área de Psicologia na CAPES para avaliação de livros (https://www.capes.gov.br/images/stories/download/avaliacao/Comunicado_02_2011_ Psicologia.pdf ). É valorizada a coautoria docente/docente e docente/discente. A Unidade também incentiva seus docentes a captarem recursos financeiros para as atividade-fim por meio da submissão das propostas às agencias de fomento à pesquisa. Para o apoio à publicação internacional, contamos com o uso da valor da “Parcela da Reserva Técnica Institucional para custos de infraestrutura institucional para a pesquisa”. Em 2013, a FAPESP aprovou o projeto “Internacionalização da Produção em Pesquisa do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo: Apoio à Publicação em Periódicos de Grande Impacto e Seletiva Política Editorial”, destinando para este fim o valor de R$ 102.673,00, administrado pela Comissão de Pesquisa. O Instituto de Psicologia, por meio de sua Biblioteca, oferece sistematicamente cursos de escrita científica, visando a organização do conteúdo e a maneira de apresentá-lo em artigos adequados ao modelo da comunicação científica.
198 A Unidade patrocina e gerencia, por meio do trabalho de seus docentes como editores chefes, seis periódicos científicos: “Psicologia USP”, revista “TransFormações em Psicologia”, “Imaginário”, “Cadernos de Psicologia Social e do Trabalho”, “Revista de Etologia” e “Estilos da Clínica”. A publicação mais recente é a revista psico.usp, que nasce como um canal do IPUSP com a sociedade não acadêmica. O intuito é a difusão dos trabalhos de pesquisa que produzimos em nossa instituição, buscando vencer o desafio de conseguir empregar uma linguagem acessível, com pleno respeito às diversidades teórica, epistemológica e metodológica que caracterizam a Psicologia. Divulgação da produção científica bibliográfica do IPUSP em periódicos e livros ANO
PSA
PSC
PSE
PST
TOTAL
2012
148
216
119
100
583
2013
138
149
122
79
488
2014
158
213
109
70
550
2015
83
188
132
52
455
Divulgação da produção científica em eventos ANO
PSA
PSC
PSE
PST
TOTAL
2012
130
132
92
97
451
2013
114
73
76
91
354
2014
91
109
82
74
356
2015
56
57
44
62
219
6.8. Programa de Pós-Doutorado O Programa de Pós-Doutorado da Comissão de Pesquisa do IPUSP é um programa de formação em pesquisa, que oferece ao doutor pesquisador oportunidades férteis para o exercício da pesquisa e amplia as possibilidades de ingresso e aperfeiçoamento nas atividades acadêmicas. Em função disso, consideramos fundamental a implementação de mudanças contempladas no Novo Regulamento de Pós-Doutorado no IPUSP, elaborado pela Comissão de Pesquisa em pareceria com o Conselho Acadêmico do IPUSP, e aprovado pela Congregação em fevereiro de 2016. Visando à participação efetiva do pós-doutorando, a partir do Novo Regulamento, o procedimento de ingresso no Programa inclui, além da apresentação do Projeto de Pesquisa a ser desenvolvido, um Plano de Atividades Acadêmicas, elaborado em conjunto pelo doutor candidato e seu supervisor. Este documento apresenta os meios pelos quais se darão as atividades acadêmicas de inserção e de colaboração do pós-doutorado no IPUSP.
199 Durante esta gestão, 103 projetos de pós-doutorados foram geridos pela Comissão de Pesquisa, sendo 16 em 2012; 29 em 2013; sete em 2014; 34 em 2015; e dez até abril de 2016. Destes projetos, 42 tiveram apoio de agência de fomento à pesquisa ao longo do período: 12 em 2012; 17 em 2013; quatro em 2014; e nove em 2015 (nenhum até abril de 2016). A maior parte dos pós-doutorandos recebeu bolsa da FAPESP, seguida pelo CNPq e por outras agências financiadoras. Constata-se, contudo, que a proporção de projetos sem bolsa é considerável (61 dos 103 projetos), representando 59% do total – o que indica com clareza a importância de investirmos mais na captação de recursos financeiros para os projetos de pós-doutorado da Unidade.
6.9. Programa de Iniciação Científica Consideramos a Iniciação Científica uma importante oportunidade de formação. A principal iniciativa para expandir o Programa do IPUSP se dá, especialmente, por meio da apresentação feita anualmente pela Comissão de Pesquisa aos alunos de graduação. Além disso, os alunos são incentivados a participar em disciplinas optativas cujo objetivo seja fomentar a pesquisa ao longo do curso: Trabalho de Pesquisa em Psicologia; Treino de Pesquisa em Psicologia; e Prática de Pesquisa em Psicologia. Outras iniciativas importantes de expansão do Programa foram a inclusão dos pósdoutorandos como orientadores de Iniciação Científica e o convite a todos os alunos da graduação para participação no Simpósio Internacional de Iniciação Científica e Tecnológica da USP (SIICUSP), que ocorre anualmente. Recebemos avaliações positivas de nossos alunos, que reconhecem a oportunidade de complementar sua formação acadêmica, aprimorando o conhecimento e o preparo para a vida profissional. No período, foram 168 projetos de Iniciação Científica com bolsa: 33 em 2012; 51 em 2013; 34 em 2014; e 45 em 2015. A maior parte dos alunos de iniciação científica recebeu Bolsa Institucional da Reitoria (RUSP), seguida pelo CNPq e pelo Santander, assim distribuídas ao longo do período: Bolsas de iniciação científica
2012
2013
2014
2015
RUSP – Institucional
18
28
17
00
CNPq - PIBIC
15
21
14
35 (inscritos) 15 vagas Bolsa Unificado
SANTANDER
00
02
03
00
200 6.10. Programa de Pré-Iniciação Científica O Programa de Pré-Iniciação Científica é uma iniciativa que visa a apoiar projetos de pesquisa que possibilitem despertar e incentivar o interesse de alunos da rede pública de ensino, mediante o acompanhamento de atividades e a convivência com os procedimentos e as metodologias adotadas em pesquisa científica. Oferece, assim, oportunidades de complemento da formação pessoal, aprimoramento de conhecimentos e preparo para a vida profissional ao aluno participante. No período de 2012-2016, foram 31 projetos de pré-iniciação científica com bolsa: 13 em 2012; 11 em 2013; dois em 2014; e cinco em 2015. A maior parte dos alunos de pré-iniciação científica recebeu bolsa do CNPq, seguida de bolsa da FUSP, assim distribuídas ao longo do período: 13 bolsas do CNPq em 2012; nove bolsas do CNPq e duas da FUSP em 2013; duas bolsas da FUSP 2014; e cinco bolsas do CNPq em 2015.
6.11. Melhoria da infraestrutura administrativa Em 2015, a Comissão de Pesquisa passou a funcionar na sala 12 do primeiro piso do Edifício Prof. César Ades, Bloco G, no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IPUSP). Isso representou um avanço importante no atendimento às necessidades de infraestrutura de pesquisa, possibilitando a ampliação e melhoria da estrutura de apoio à pesquisa no IPUSP, pois é um espaço mais adequado para a realização dos trabalhos, reuniões e atendimento aos docentes e alunos pesquisadores. Com o apoio da Diretoria do IPUSP, a Comissão de Pesquisa implantou o processo de reestruturação de suas atividades, fluxos e processos, passando a contar com mais uma secretária (são duas no total) e um funcionário qualificado para gerir o trabalho de Apoio a Projetos de Pesquisa, o psicólogo Vinicius F. David – o que favorece não apenas a discussão sobre metodologias de pesquisa e análise de dados, mas também possibilita o diagnóstico dos pontos problemáticos (desde a construção de projetos até a publicação dos trabalhos produzidos). A reestruturação favorece a construção de propostas e soluções viáveis para os possíveis entraves ao desenvolvimento dos trabalhos científicos do IPUSP.
201
7. COMISSÃO DE CULTURA E EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA Profa. Associada Leila Salomão de La Plata Cury Tardivo, presidente da CCEx
7.1. Apresentação A Comissão de Cultura e Extensão do Instituto de Psicologia da USP (CCEx/IPUSP), em conformidade com a USP, desenvolveu um conjunto de ações institucionais de médio e longo prazo, orientadas a um objetivo comum e articuladas com as ações de ensino e pesquisa. Assim, vem promovendo projetos, cursos, eventos, prestação de serviços e publicações. No IPUSP, promove-se a relação entre ensino, pesquisa e extensão universitária, que vem sendo fortalecida visando ao favorecimento da socialização do saber acadêmico e possibilitando a participação da comunidade na vida universitária. São oferecidos cursos que formam profissionais com maior capacitação – além de difusão cultural – e que permitem maior acesso ao conhecimento pelo público em geral. O IPUSP também vem estimulando e aumentando a participação de estudantes nos distintos projetos de extensão e cultura, de forma a ampliar sua formação, considerando o indispensável diálogo e intercâmbio entre a universidade e a sociedade. Dessa forma, são valorizadas atividades que, incluindo estudantes, ampliam a prestação de serviços à comunidade. Prioriza-se o caráter público e gratuito de todas as atividades, entre elas atendimentos, cursos e práticas, que se concretizam em distintos projetos e serviços desenvolvidos, assim como pelos laboratórios vinculados a cada departamento. Os docentes também são incentivados a desenvolver atividades de cultura e extensão e, quando se aplica, esse envolvimento é considerado positivamente nas avaliações. Composição Os membros representantes e suplentes dos Departamentos são indicados pelos respectivos Conselhos para mandatos de dois anos, podendo voltar a ser indicados. Os membros da Comissão elegeram os presidentes e vice-presidentes, seguindo o Regimento da USP. A partir de 2016, estes poderão ser indicados pelos membros, mas terão de ser eleitos pela Congregação.
202
Presidente Vice-Presidente
PSA
PSC
PSE
PST
Representante Discente
18/08/2010 a 18/08/2012
18/08/2012 a 18/08/2014
18/08/2014 a 18/08/2016
Yvette Piha Lehmann
Leila Salomão la Plata Cury Tardivo
Leila Salomão la Plata Cury Tardivo
Yvette Piha Lehmann
Arley Andriollo
Adriana Marcondes, Rogério Lerner (suplente)
Adriana Marcondes, Rogério Lerner (suplente)
Leila Salomão la Plata Cury Tardivo
Leila Salomão la Plata Cury Tardivo
Leila Salomão la Plata Cury Tardivo Henriette Tognette Penha Morato, Rogério Lerner (suplente) Leila Salomão la Plata Cury Tardivo, Elisa Maria Parahyba Campos (suplente) Nelson Ernesto Coelho Junior, Lívia Mathias Simão (suplente) Yvette Piha Lehmann, Belinda Piltcher Haber Mandelbaum (suplente) Fernando Horta, Wilbert Godoy (suplente)
Nelson Ernesto Coelho Junior, Eduardo Ottoni (suplente) Yvette Piha Lehmann, Belinda Piltcher Haber Mandelbaum (suplente) Roberto Rosa
Nelson Ernesto Coelho Junior
Arley Andriollo, Leny Sato (suplente) Hudson Henrique da Silva; Murilo Zambolim, Denise Sako (suplentes)
7.2. Principais atividades 7.2.1. Programa Aprender com Cultura Extensão Esse programa tem como objetivo central fomentar projetos na área de cultura e extensão desenvolvidos por alunos graduandos da USP e estreitar o relacionamento entre o corpo discente e a sociedade. Esse programa integra a Política de Apoio à Permanência e Formação Estudantil da USP. Em 2012, foram aprovados 11 projetos com 20 bolsistas; em 2013, foram aprovados 16 projetos com 27 bolsistas; em 2015, foram aprovados nove projetos com 19 bolsistas (em 2016 o programa não abriu as inscrições e deverá ser incluído no Programa de Bolsas Unificado).
203
Número de projetos e bolsistas do Programa Aprender com Cultura e Extensão – IPUSP (de 2012 a 2015)
Importante observar que, em 2012 e 2013, houve um aumento de projetos propostos e aprovados nos quatro Departamentos; nos anos seguintes, (2014 e 2015) continuou havendo essa procura, porém houve redução nos projetos aprovados em toda a USP – mesmo assim, o IPUSP teve uma representação significativa nesse relevante programa, que traz aprendizado e favorece a permanência de estudantes de graduação na Universidade. Como ilustrações, alguns projetos e os professores que os propuseram e aprovaram: 99 Em 2012: Introdução à Editoração na Revista Psicologia USP (Profa. Ana Maria Lofredo); Plantão Psicológico à comunidade geral do HU/USP: prática em instituição em ação (Profa. Henriette Tognetti Penha Morato); Rede de atenção à pessoa indígena do IPUSP (Danilo Silva Guimarães); Revelando o Turismo de Base Comunitária e a Universidade de São Paulo para alunos de uma escola técnica do Vale do Ribeira/SP (Alessandro de Oliveira dos Santos). 99 Em 2013: Acompanhamento clínico-educacional de crianças com transtornos do desenvolvimento (Profa. Maria Cristina Machado Kupfer); Atenção Psicológica à comunidade do Departamento Jurídico do Centro Acadêmico XI de Agosto da Faculdade de Direito da USP (Profa. Henriette Tognetti Penha Morato); Conhecendo e ensinando: educação ambiental e caracterização do grupo de bugios do Parque CienTec (Briseida Dogo de Resende); Ateliê de Desenho com crianças em tratamento de saúde: Clínica e Arte (Andrés Eduardo Aguirre Antúnez); Indicadores de violência intrafamiliar em crianças de 4 a 6 anos de idade (Leila Cury Tardivo); Projeto de Orientação Profissional e Orientação de Estudos num Cursinho Comunitário Pré-Universitário (Prof. Marcelo Alfonso Ribeiro); Prevenção do HIV e promoção da saúde em uma comunidade na perspectiva dos Direitos Humanos (Vera Silvia Facciolla Paiva). 99 Em 2014: Atenção Psicológica à comunidade do Departamento Jurídico do Centro Acadêmico XI de Agosto da Faculdade de Direito da USP (Profa. Henriette Tognetti Penha Morato); Reconhecimento e Memória como formação da cidadania de Jovens na Zona Sul da cidade de São Paulo (Luís Guilherme Galeão da Silva). 99 Em 2015: Rede de Atenção à Pessoa Indígena (Prof. Danilo Silva Guimarães); Prevenção do HIV e promoção da saúde em uma comunidade na perspectiva dos Direitos Humanos: mitigação da opressão da sexualidade (Vera Paiva); Atendimento em Plantão Psicológico como Residência em Psicologia no Centro de Atendimento Psicológico (CAP) do IPUSP (Profa. Henriette Tognetti Penha Morato); Orientação profissional em Centros de
204 Juventude: aproximando a Universidade dos equipamentos da Proteção Social Básica do município (Bernardo Parodi Svartman); A educação de crianças imigrantes em uma escola pública municipal: contribuições da psicologia para a inclusão escolar (Lineu Norió Kohatsu); Reconhecimento e Memória como formação para o Direito à Cidade de Jovens moradores de ocupações irregulares em São Paulo (Luis Guilherme Galeão da Silva).
7.2.2. Projetos de fomento Esses projetos se inserem em um programa da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão que visa à integração entre pesquisa e extensão, sempre dentro das linhas de trabalho dos docentes e contando com bolsistas, que são alunos de graduação e pós-graduação. Nesse edital, também são apoiados eventos, palestras e mesas redondas. A Pró-Reitoria de Cultura e Extensão apoiou esses projetos com auxílio de transporte a professores visitantes e, quando se aplicava, bolsistas de graduação e de pós-graduação. Muitos desses projetos estão relacionados a propostas mais amplas, dentro das Linhas de Investigação dos Programas de Pós-Graduação, e também recebem apoio das agências de fomento. Em 2012, foram aprovados e apoiados com verba da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão (em cinco reuniões) 21 projetos; em 2013, foram 27 aprovados (em cinco reuniões); em 2014, foram três projetos (em duas reuniões); em 2015, foram nove projetos (em três reuniões).
Número de projetos aprovados no Edital Fomento e número de reuniões da PRCEU (de 2012 a 2016)
Durante esse período, houve uma demanda significativa de docentes, com inscrições e aprovações de projetos de fomento, como se observa nos anos de 2012 e 2013. Em 2014, o número de reuniões da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão em que são avaliados e aprovados esses projetos teve uma redução (de cinco para duas) e, com isso, os projetos aprovados também foram reduzidos. Em 2015 o número de reuniões passou a três; e, em 2016, sete projetos foram enviados à PRCEU. Como ilustrações, são citados alguns desses projetos:
205 99 2012: Psicologia e Povos indígenas: saberes e práticas em diálogo, Relatos Canibais: reflexões sobre a indianidade nos processos artístico-culturais e de subjetivação no Brasil (Danilo Silva Guimarães); Iniciação à atividade editorial (Gustavo Martineli Massola). 99 2013: Acompanhamento clínico-educacional de crianças com transtornos do desenvolvimento (Maria Cristina Machado Kupfer); Levantamento e organização de fórum de discussão: dilemas, questões e cuidados éticos na pesquisa com seres humanos no IPUSP (Fraulein Vidigal de Paula); Atendimento em Plantão Psicológico como Residência em Psicologia (Henriette Tognetti Penha Morato); Pesquisa e intervenção em psicanálise: desafios da clínica contemporânea (Daniel Kuperman). 99 2014: O mundo dos sentidos: Clube de ciências em Psicologia da Sensação e da Percepção (Marcelo Fernandes da Costa). 99 2015: Oficinas de expressão cultural com jovens Mbya Guarani (Danilo Silva Guimarães); Plantão Psicológico na Atenção Básica em Saúde (Maria Julia Kovacs); A clínica dos vínculos na abordagem psicanalítica: violência, drogadição, adoção, marcas corporais, (trans)sexualidade (Maria Inês Assumpção Fernandes).
7.2.3. Eventos, exposições e feiras Muitos dos eventos, exposições e feiras realizados no período tiveram apoio da PRCEU como atividades de fomento. Entre os destaques, estão encontros, mesas redondas e palestras: 99 Seminário: Fenomenologia da vida com Dr. Antunez e Profa. Florinda Martins (Portugal) (de 2010 a 2014); 99 As Jornadas APOIAR (desde 2002, Leila Cury Tardivo); 99 Apresentação do Instituto de Psicologia da USP na Feira de Profissões da USP; 99 Oficina: Organizando seus critérios de escolha (de 2010 a 2015, Yvette Piha Lehman); 99 Jornada de Psicologia Da Saúde, Psicossomática e Psico-Oncologia (de 2010 a 2015, Avelino Rodrigues); 99 XXXI Encontro Anual de Etologia – EAE (2012, Emma Otta); 99 Semana de Arte do IPUSP (2014, Laboratório de Estudos em Psicologia da Arte do IPUSP); 99 Workshop “A USP e as Ações para o Desenvolvimento Integral na Primeira Infância” (2015, Rogerio Lerner).
7.2.4. Cursos e programas de atualização No período, foram oferecidos cursos e programas de atualização pelos diversos Departamentos e Laboratórios do IPUSP. É importante verificar a diversidade dessas atividades, abrangendo distintas áreas da Psicologia como ciência e, em especial, como Profissão, e mantendo a unidade no que se refere à vocação do IPUSP, dentro da universidade pública, de oferecer à comunidade – tanto interna, como externa – esses programas. Foram desenvolvidos a partir de eventos, conferências, mesas redondas, cursos de curta duração, grupos de estudos para estudantes e profissionais da Psicologia e áreas afins, visando a atualizações em temas como psicoterapias de diferentes vertentes,
206 psicodiagnóstico, educação, família, desenvolvimento infantil e do adolescente, além de temas diretamente vinculados à realidade social. Todos tiveram caráter gratuito e foram abertos ao público interessado. Como ilustrações (entre outros): 99 Curso de Atualização “Processos de trabalho e práticas de trabalho em Saúde Mental”; 99 Psicologia e Relações Étnico-Raciais (a partir de 2014); 99 Curso de Atualização “Processos de trabalho e práticas de trabalho em Saúde Mental”, oferecido pelo Serviço de Aconselhamento Psicológico; 99 Minicurso do Centro de Psicologia Aplicada ao Trabalho – CPAT (2012); 99 A Clínica dos Vínculos na abordagem psicanalítica: violência, drogadição, adoção, marcas corporais (2013); 99 Dialogando com o Trabalho: o que a Psicologia tem a ver com isso? (2013); 99 VII Curso Introdutório para a Liga de Prevenção e Tratamento da Infecção pelo HIV/AIDS (2014); 99 O atendimento psicossocial a famílias (2015).
7.2.5. Cursos de aperfeiçoamento Dentro das propostas do Instituto de Psicologia, esses cursos vêm sendo implementados por docentes dos diferentes Departamentos. Citam-se alguns: 99 Orientação à Queixa Escolar, oferecido pelo Laboratório de Atendimento e Orientação à Queixa Escolar – LIEPPE (de 2011 a 2014); 99 Orientação Profissional e Carreira (de 2011 a 2014, Marcelo Ribeiro); 99 Gestión de carrera laboral (IPUSP e Centro de Posgrados y Formación Permanente de La Facultad de Psicología de La Universidad Católica del Uruguay, 2014); 99 Orientação à Queixa Escolar (2015, Marilene Proenca Rebello de Souza); 99 Prática Psicológica em Instituições (2015, Henriette Tognetti Penha Morato); 99 Redes de Formação de Educadores (2015, Marilene Proenca Rebello de Souza).
7.2.6. Cursos de especialização De 2010 a 2014, ocorreu uma diminuição desse tipo de curso no Instituto de Psicologia, fortalecendo a política de desenvolvimento de cursos gratuitos de aperfeiçoamento e de atualização. No período dessa gestão, podem ser citados: 99 Prática Psicológica em Instituições (de 2011 a 2013); 99 Psicoterapia Psicanalítica (de 1995 a 2013); 99 Terapia Comportamental e Cognitiva (a partir de 2008 passou a ser ministrado nas dependências do Hospital Universitário, Maria Martha Hübner).
207 Diversos cursos desse tipo desenvolvidos em anos anteriores apresentaram problemas no que se refere a documentos, prestação de contas e emissão de certificados. A maioria dos casos se refere a diferenças na forma de realização desses relatórios, e todos atualmente são inseridos no sistema Apolo (o que não era feito em anos anteriores). Na atual gestão, com o apoio da Direção, da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão e, quando o caso, da FUSP, vêm sendo realizados esses acertos pela Comissão de Cultura e Extensão Universitária e sua secretária, a funcionária Arlete Mendes. No momento, há poucas pendências. 7.2.7. Prática profissionalizante Os distintos Serviços e Laboratórios, em geral inseridos no CEIP do Instituto de Psicologia, oferecem práticas profissionalizantes na forma de estágios que são essenciais na formação dos alunos. Há ainda atividades desenvolvidas pelos Laboratórios por meio de convênios e parcerias. Sempre supervisionadas por docentes, essas atividades aprimoram a formação dos estudantes e, ao mesmo tempo, se configuram em serviços à comunidade. Há estágios na Clínica Psicológica Durval Marcondes, e outras como: 99 Acordo de Cooperação de Estágio com a Fundação José Luiz Egydio Setúbal (Maria Lívia Tourinho Moretto); 99 Parceria do Laboratório de Teoria Social, Filosofia e Psicanálise com o Campo Freudiano e com o Laboratório de Transtornos Somatoformes do Hospital das Clínicas da FMUSP; 99 Parceria do Laboratório de Saúde Mental e Psicologia Clínica Social com a Coordenadoria de Saúde Mental de Jandira (a partir de 2011, Leila Cury Tardivo); 99 Formação da Consciência Política em Jovens por Meio da Participação e da Cultura (Luis Guilherme Galeão da Silva, 2012); 99 Contribuições para a compreensão das relações de trabalho a partir de abordagens foucaultianas (Leny Sato, 2012); 99 Rede Sampa – Saúde Mental Paulistana: Programa de Educação Permanente (2014, Gustavo Massola); 99 Formação de profissionais para atuação intersetorial na promoção do desenvolvimento infantil, em Guarulhos (2013 a 2015, Rogerio Lerner).
7.2.8. Atividades relacionadas à Educação Básica O IPUSP como um todo se dedica à Educação Básica de forma direta ou indireta. Há diversas iniciativas de projetos e práticas diretamente relacionadas com a Educação Básica e seus atores. Assim, podem ser mencionados: trabalhos voltados aos educadores, como supervisão, discussão e assessorias realizadas por docentes do IPUSP; iniciativas que envolvem crianças da Educação Básica, a partir de estágios desenvolvidos por estudantes do IPUSP junto a escolas da rede pública de ensino; propostas desenvolvidas junto a estudantes do Ensino Médio; iniciativas que abrangem famílias ou educação de adultos; e outros.
208 Todas as atividades visam a contribuir para a melhoria da Educação Básica. Destaca-se que todos esses projetos e propostas de variadas atividades são desenvolvidos a partir de uma relação dialógica entre Universidade e a comunidade. No período de 2012 a 2016, esses programas e projetos se desenvolveram muito. Podem ser citados, entre outros: 99 Parcerias com o Ensino Médio (SOP-USP, LABOR-USP, 2013); 99 Parceria com a Escola de Aplicação da Faculdade de Educação da USP (até 2014, Marcelo Fernandes da Costa); 99 Trabalhos nas comunidades do Vale do Ribeira, com alunos das ETECs (projetos de préiniciação científica, 2013, Alessandro de O. Santos).
7.2.9. Assessoria e consultoria Os acordos e parcerias do IPUSP com organizações governamentais e não governamentais são um intercâmbio e diálogo cada vez mais desenvolvidos entre a Universidade e a sociedade, e foram mais implementados nesta gestão. Docentes do IPUSP participam de comitês e comissões de órgãos governamentais ou organizações privadas, especialmente na esfera da educação, da saúde e dos direitos humanos; integram grupos de trabalho e comissões sobre temáticas específicas, ligadas a entidades de classe (como CFP, CRP-SP e sindicatos); e assumem cargos em associações nacionais e internacionais. 7.2.10. Textos, material didático e outros produtos voltados à comunidade externa O IPUSP dedica-se a produzir materiais didáticos e outros produtos para a comunidade externa à Universidade. São difundidos vídeos de eventos realizados, cadernos, livros e entrevistas concebidas por docentes do IPUSP (que podem ser encontradas em veículos como o YouTube). Em destaque, o IPUSP concluiu o projeto da revista de difusão psico. usp, que apresenta matérias jornalísticas e que tem o público leigo como alvo.
7.3. Resultados e impactos Os resultados atingidos pelas atividades de Cultura e Extensão são computados do ponto de vista quantitativo (número de pessoas beneficiadas) e qualitativo (objetivos contemplados). Observa-se, nesse período, um aumento da dedicação a essas atividades, bem como a integração indispensável ao ensino e à pesquisa. Pode-se incluir, ainda, como resultados e benefícios a quantidade de estudantes envolvidos em todos esses projetos e programas, de forma que o IPUSP vem formando psicólogos cada vez mais inseridos na realidade social.
7.4. Metas É meta para os próximos anos manter e desenvolver uma política cultural e de extensão inserida na realidade. Pretende-se desenvolver mais programas de Educação Básica e atividades de residência, além da realização de Mestrado Profissional. Pretendemos também divulgar ainda mais as propostas de Cultura e Extensão da Unidade, buscando ampliar o reconhecimento e a importância das mesmas de forma integrada e articulada com a pesquisa e o ensino.
209
8. CORPO DISCENTE Relatório elaborado por estudantes que compõem dois dos coletivos de representação estudantil do IPUSP: o Coletivo de Representantes Discentes da Graduação e Pós-Graduação e o Centro Acadêmico Iara Iavelberg. Trata-se, portanto, de um documento que comporta diferentes narrativas e busca apresentar uma síntese da avaliação discente em relação ao período de gestão 2012-2016 do Instituto de Psicologia.
8.1. Coletivo de Representantes Discentes No período de 2012 a 2016, especialmente nos últimos anos, o corpo de representantes discentes do IPUSP tem crescido e se fortalecido. Nos anos de 2014 e 2015, houve um crescente processo de apropriação de diversos espaços de representação estudantil, nos âmbitos da graduação e da pós. Consolidou-se um grupo de representantes (Coletivo de RDs) que, desde então, se reúne mensalmente para refletir, discutir e propor ações concernentes à vida estudantil nos espaços institucionais do IPUSP. Nesse processo, tem-se buscado ampliar os meios de divulgação das informações dos colegiados decisórios para toda a comunidade discente, através de recursos como e-mail, grupos no Facebook e criação de um blog específico (https://rdspsicousp.wordpress. com/). Este último, além de facilitar a comunicação entre os RDs entre si e com as/os demais discentes, também propicia maior apropriação e acúmulo histórico das questões debatidas, ajudando a tornar a classe estudantil mais ativa e propositiva. Outro ganho produtivo na formação do Coletivo de RDs nesses últimos dois anos diz respeito à possibilidade de desenvolver ações conjuntas entre os segmentos de estudantes da graduação e da pós-graduação no IPUSP, de modo a aproximar e integrar esses dois grupos estudantis histórica e cotidianamente separados. Com isso, foi possível somar esforços em pautas unificadas, mas também obter apoio mútuo nas pautas específicas. 8.1.1. Graduação As experiências em graduação são amplas e comportam narrativas diversas. Dizemos que 2015 foi um ano mobilizante, na medida em que preencheu todas as lacunas em colegiados – conglomerando interessados, pessoas que já cumpriam função precedente de representação de turma e de articulação com a Instituição, além dos ‘’velhos de guerra’’, um grupo de menos de dez pessoas que sustentava os RDs desde meados de 2010. A continuidade de problemas e oportunidades suscitados pelas greves e paralisações de 2013 e 2014 foi motivação importante e merece menção. A representação cheia, então, indicou uma necessidade do aluno, esta categoria nominal e heterogênea, de ampliar seu contato e sua presença nos diversos colegiados e decisões do IP – conhecer o organograma básico de sua instituição e, mais importante, quem a sustenta e faz viver diariamente em termos de trabalho (docentes e funcionários). Separação esta não só geográfica, mas também numérica e representativa.
210 A reutilização do blog, criado em abril de 2011 pelo aluno Thiago Rizzi – um certo arquivo de experiências de ex-RDs –, pareada aos encontros coletivos em toda última segundafeira do mês, a revitalização do mural do Bloco B e a divulgação nas mídias sociais foram recursos para mediar angústias, dúvidas, depoimentos e decisões de um amplo grupo para um único breve e mensal encontro. Além dos “grandes colegiados” (CTA, Congregação, CG), também se aprendeu muito sobre dispositivos e espaços às vezes invisíveis aos grandes temas ou guarda-chuvas da vida universitária (a Biblioteca, as comissões de ética, a particularidade dos departamentos em pesquisa). As conclusões e ponderações ainda estão a ser escritas em forma de relatos individuais, que posteriormente serão agrupados. É consenso que ainda há muito a caminhar em discussões e encontros sobre os processos de decisão, indicativos numéricos e panorâmicos sobre a situação da infraestrutura atual (quadro de funcionários, serviços, laboratórios), rumos da universidade e da nossa Unidade enquanto única e pautadora de demandas específicas. Isso sem avaliar as dificuldades de costurar o espaço representativo ao restante da comunidade de alunos, um hiato que parece parear as discussões pulsantes e caóticas de nossa democracia num âmbito autárquico. Como tornar presente este espaço exíguo com tantas reuniões, pautas e decisões que ultrapassam o corpo do aluno? Na Congregação, os alunos de graduação se depararam com questões como o caso de conflito entre um professor e alunos de uma turma que se desentenderam a partir de uma situação que envolveu o professor e uma aluna. A aluna fora expulsa da aula e alguns colegas a acompanharam, indignados com a situação. A Ouvidoria do Instituto foi acionada, debates foram realizados e outras possíveis condutas antiéticas do professor foram postas em discussão. O caso foi discutido em reunião da Congregação para se decidir se haveria uma sindicância, que não ocorreu. Por meio da Ouvidoria, dos representantes discentes e da Vice-Diretoria, mais diretamente, tentou-se alcançar ambas as partes para estabelecer algum diálogo e oferecer algum cuidado possível. A Direção do Instituto emitiu uma carta lamentando o ocorrido e expondo os esforços que foram feitos no sentido de alcançar uma reparação a ambos os lados envolvidos na questão. A partir de um relato escrito pelo coletivo feminista do Instituto e lido na reunião da Congregação, foi decidido nessa instância abrir uma sindicância com a finalidade de apurar casos de assédio por parte de um aluno de outra Unidade contra alunas do IPUSP. O relato coletivo e relatos pessoais de alunas e de uma funcionária foram enviados à Procuradoria Geral da USP, que está tomando providências sobre o caso. Os representantes discentes puderam mediar o processo de comunicação das alunas que reivindicavam uma atitude da instituição e a Congregação. Além dessas situações, os representantes discentes da graduação na Congregação ainda puderam participar de discussões e votações importantes para o Instituto, como a votação (que resultou favorável em consenso) sobre a instauração do curso noturno de Psicologia e a criação de uma comissão – da qual fazem parte seis alunos da graduação – que avalia quais são as necessidades pedagógico-administrativas para que o curso possa ser, de fato, implementado.
211 Em setembro de 2015, houve a visita externa de avaliadores institucionais, visita esta que ocorre a cada cinco anos e que conta com profissionais especializados para entender quais as demandas de cada uma das Unidades e, a partir delas, elaborar um relatório que é direcionado à Reitoria. A partir da avaliação desse relatório pela Reitoria, há a possibilidade de alterações orçamentárias e administrativas no IP e, nesse ano, pudemos contar com a participação dos alunos em uma reunião exclusiva para ouvi-los e entender suas queixas e solicitações em relação ao curso atual. Um relatório oficial foi composto e, a partir dele, a administração da Unidade já vem tomando algumas medidas. O resultado da discussão dos alunos formou um relatório à parte, que também vem sendo analisado pela Diretoria visando à resolução de problemas que estejam ao alcance mais direto. Ressaltamos também que, em 2015, ambas as representantes discentes de graduação na Congregação (titular e suplente) participaram juntas da maior parte das reuniões (ainda que com direito a um só voto) – o que não costuma ocorrer – e que isso se deu com o apoio dos demais membros. O ano de 2016 se inicia de forma gradual, quieta. A paralisação realizada por discentes no final de 2015 – que resultou em documento encaminhado à comunidade, além de dois eixos de trabalho (acolhimento institucional e reforma curricular) – indica desafios massivos que precisam ser enfrentados e pensados com critério, estudo histórico e argumentação coerente. Cada vez mais, grupos de trabalho nascem a fim de compreender, em palavras simples, como é que viemos parar aqui. A renovação do site, nosso painel de discussão central, os debates sobre CEIP e extensão, o plano de gestão da nova Diretoria e outras conquistas são todos ventos de esperança num ano de desorganização e empobrecimento de discurso – e enrijecimento de discursos de ódio e de exclusão. Se há algum aprendizado, é aquele retomado na iniciação científica do criador do blog: o comum, as decisões consensuais em nossa instituição são produções tensas, efeito de mobilização e discussão inclusiva e ponderada. Ainda engatinhamos quanto à compreensão das “outras categorias” e em que podemos nos apoiar. O espaço representativo – em essência, vazio – pode ser fator de aposta para o aluno de locomover para além da sala de aula e começar a vivenciar o Instituto de Psicologia para além de seus retilíneos corredores. 8.1.2. Pós-Graduação No âmbito da pós-graduação, a organização de estudantes costuma ser mais difícil do que na graduação, devido às próprias características desse processo de formação, que pressupõe a dedicação integral ao desenvolvimento dos projetos individuais de pesquisa, e também devido ao perfil variado dos estudantes de pós, dos quais muitos precisam frequentar pouco a universidade. Contudo, de tempos em tempos, pequenos grupos de estudantes da pós conseguem se articular para ir além da discussão sobre seus próprios temas de investigação e pautar questões sobre a vida e o funcionamento institucional da pós-graduação no IPUSP e na universidade como um todo. Nos últimos três anos, a pós-graduação da Psicologia tem se fortalecido significativamente. A partir de uma organização pequena – mas de pessoas muito engajadas –, formou-se a partir de 2013
212 um grupo que ficou bastante forte e que contribuiu para se pensarem a organização e a divulgação das informações pertinentes aos interesses dos pós-graduandos enquanto um segmento específico dentro do Instituto. Desde então, esse grupo vem se organizando em diversas frentes. A mais tradicional é a comunicação pela lista de e-mails da pós (pospsicousp@yahoogrupos.com.br), à qual somou-se um grupo do Facebook (“Alunos da pós – Psico USP”). Além disso, nos últimos três anos consecutivos, foi feito um “café da manhã colaborativo” para recepção das turmas ingressantes na Aula Inaugural da Pós – espaço onde um grupo de RDs da pós pode se apresentar, divulgar informações (como um “Guia de apresentação” para alunos que não conhecem o campus e os serviços da USP) e convidar para participar dos encontros mensais específicos do grupo de estudantes da pós. Desse modo, avançou-se no sentido de integrar melhor as/os pós-graduandos e informá-los sobre direitos, oportunidades e possibilidades de melhorias para esse segmento no mundo institucional da USP. Outra forma de potencializar a organização na pós-graduação é precisamente a Representação Discente. Através das/os RDs nas Comissões Coordenadoras dos Programas (CCP) e demais colegiados (CPG, Congregação, Comitê de Ética em Pesquisa etc.), foi possível aproximar e articular as pautas próprias da pós-graduação, desenvolvendo os meios para reclamá-las nos respectivos espaços institucionais. Na esteira desse processo, durante esta gestão houve um avanço significativo para o corpo discente da pós-graduação: a incorporação de uma cadeira para representante da pós no Conselho Técnico Administrativo (CTA), que desde 2015 funciona de forma ampliada no IPUSP. Esse espaço mostrou-se importante para o coletivo de estudantes da pós, que pôde incluir, debater e aprovar no CTA a cessão de uma Sala da Pós-Graduação, equipada para tornar-se um ambiente de trabalho e reunião exclusivo para o corpo discente da pós (semelhante à Sala Pró-Aluno, da graduação). Essa reivindicação já era antiga e ainda está em processo de efetivação. O espaço físico só foi disponibilizado no final de 2015, e a autorização para equipar a sala foi feita pela Diretoria após reunião do CTA em fevereiro de 2016. Assim, a consolidação desse importante e inédito espaço requer e, ao mesmo tempo facilita, a integração e organização autônoma de estudantes da pós. A formação de um Coletivo de RDs da Pós representou um avanço significativo no processo de construção identitária do segmento de estudantes da pós-graduação, pois, uma vez que estudantes (em sua maioria bolsistas) passaram a se apresentar como RD nos diversos espaços da pós-graduação (aulas, grupos de estudos, eventos etc.), isso contribuiu para disseminar informações e para materializar a possibilidade de articular os interesses próprios desse segmento nos espaços institucionais do Instituto, como CPG, CCPs, CTA, Congregação etc. Um exemplo foi o período de três meses de greve em 2014, quando houve reuniões para discutir o lugar da pós-graduação na universidade, inclusive de forma articulada com entidades mais amplas, como a Associação de Pós-Graduandas/os (APG) e a Associação Nacional de Pós-Graduandas/os (ANPG). É claro que as características de organização da vida acadêmica na pós-graduação frequentemente dificulta a organização ampliada desse corpo estudantil, pois muitas vezes são estudantes que só frequentam a universidade
213 pontualmente. Mas, de modo geral, o Coletivo de RDs da Pós nesses últimos anos soube aproveitar o legado das gerações anteriores e conseguiu dar alguns importantes passos na direção de fortalecer a comunidade de pós-graduandas/os do IP-USP.
8.2. Centro Acadêmico Iara Iavelberg A avaliação do Centro Acadêmico quanto à gestão de 2012-2016 na Diretoria do Instituto de Psicologia não se atém apenas à narração da trajetória da categoria dos estudantes neste período, com suas realidades, enfrentamentos e conquistas, e se reafirma também como um posicionamento político da atual gestão do CA, construído a partir do projeto de Instituto e de universidade que abertamente defendemos, apoiados pela maioria dos estudantes do IP. A análise que fazemos desta gestão não é um destaque que termina em si mesmo. Atribuímos adjetivos ao período em questão conscientes do atravessamento de dimensões que não cabem em um recorte específico de tempo (2012-2016) e de espaço (o IP). Entendemos que só considerando as dimensões histórica e estrutural dos fatos vividos pelos estudantes é que nos apropriamos do momento e lugar da nossa fala. Nossa leitura é de que a gestão de 2012-2016 deu espaço para o estabelecimento de um clima mais democrático no Instituto de Psicologia, com maior recepção a diferentes falas entre as que constituem a realidade da Unidade. A abertura e o alargamento de canais de comunicação com a Diretoria foi uma conquista importante e valorizada pelos estudantes. Tais oportunidades de contato puderam se realizar de fato devido à postura dialogável da Diretoria nesses momentos. O resultado foi uma proximidade entre Diretoria e estudantes mais palpável do que em outros períodos da história recente do IP. Em termos concretos, o diálogo foi mantido através de reuniões entre a Diretoria e o CA, que passaram também a incluir outras entidades estudantis que, mesmo não tendo a representatividade formal do Centro Acadêmico, são essenciais à vivência estudantil, à mobilização e à ampliação de nossos espaços. Com periodicidade variável, tais reuniões foram chamadas tanto pelo CA, por vezes conjuntamente com outros grupos de estudantes, quanto pela Diretoria, a depender da ocasião. Os prazos de espera entre uma reunião e outra foram razoáveis, bem como a duração dos encontros. Nosso contato com as assistências Administrativa e Acadêmica, para lidar com questões mais pragmáticas de nossas demandas, se fortaleceu, bem como a troca direta de e-mails entre a Diretoria e o CA foi facilitada no último ano. Isso nos permite reconhecer a relativa autonomia que tivemos na composição desses espaços de diálogo e negociação, que fizeram diferença concreta para a movimentação de algumas pautas estudantis no Instituto. Ocupando e construindo esses canais menos burocratizados de comunicação, fazemos ainda outra tentativa de diminuir o abismo entre a fala do estudante e a escuta da Administração – abismo feito visível nos colegiados, onde a representação discente atua muitas vezes com nítidas dificuldades, dada a estrutura enrijecida de poder e de composição desses espaços oficiais de deliberação. Por tudo isso, marcamos a nossa posição de continuar construindo e fortalecendo o diálogo complementar às vias institucionais compulsórias.
214 A valorização que fazemos desse diálogo parte também da consciência de nossa situação no contexto da universidade como um todo. No período entre 2012 e 2016, vivemos a fase final da gestão Rodas na Reitoria, com a visibilização amplificada do descaso público da administração universitária com necessidades fundamentais de trabalhadores, estudantes e a sociedade que paga o ICMS; agora, com a gestão Zago, os planos do desmonte da universidade pública ficam mais evidentes a cada episódio de cortes de benefícios e garantias trabalhistas e da permanência estudantil, de fechamento de canais de diálogo e embrutecimento dos remanescentes, da escalada de repressão à manifestação e mesmo à vivência cotidiana de trabalhadores e estudantes, da negligência cínica às demandas dos movimentos antiopressões, e dos tantos outros elementos que compõem o quadro insustentável no qual nos encontramos hoje, mesmo com as resistências dos setores mais atingidos e as greves estudantil e dos trabalhadores em 2013 e 2014. Ainda que incipientes em alguns aspectos, os avanços que tivemos, no IP, na comunicação entre a comunidade estudantil e a direção chamam a atenção em um cenário quase uníssono de recuos e derrotas para os estudantes. Todavia, o caráter predominantemente ameno do diálogo conduzido – combinado ao ethos do Instituto de Psicologia, que frequentemente mostra aversão a qualquer forma mais combativa e assertiva de discussão, negociação e disputa de pautas – dificultou e continua a dificultar o modelo de ação adotado pelo nosso Centro Acadêmico, de novo consolidado nos últimos tempos na nossa atuação. Contribui, também, para um entendimento – por parte das três categorias, em intensidades diferentes – da realidade de suas vivências muito restrito ao próprio IP e a questões que são lidas como essencialmente locais. Subjacente a esse modo de funcionar do nosso Instituto, que assim se constitui há muito tempo, mas permaneceu como tal nestes últimos quatro anos, ocorre um silenciamento “polido” de falas e realidades que têm necessidades urgentes, nos âmbitos individual e coletivo, nos âmbitos político, social e das opressões de espécie, classe, raça, gênero e sexualidade. Ressaltamos que o IP não é uma ilha de amenidade no caos crescente da USP, como ficou nítido durante a greve de 2014, em que nosso instituto foi um dos mais mobilizados. Tanto é que foi em momentos como esse – isto é, de reconhecimento compartilhado pelos estudantes, funcionários e docentes (ou por CA e direção, no caso de um diálogo mais direto), de que estávamos completamente implicados e inseridos nestes fatores complicadores de toda a estrutura universitária – que foi possível converter parte do diálogo em encaminhamentos concretos. Há outras Unidades que sofreram mais com cortes em permanência, em bolsas de projetos de pesquisa e extensão e em estágios, e a atuação da diretoria do IP foi de se colocar ativamente contra esses recuos. Ainda assim, temos demandas concretas quanto ao aumento do número e do valor de bolsas e quanto à política vigente de estágios. Defendemos irrevogavelmente a adoção de cotas raciais e sociais para o ingresso na USP, luta que foi e é duramente reprimida pela Reitoria; consideramos, portanto, que a adesão ao Enem, travada em 2015 e já iniciada no ingresso de 2016, é insuficiente para o mínimo de justiça que o movimento negro pede em sua demanda por cotas. Dito isso, reconhecemos que a Diretoria do IP, dentro dos limites dessa situação estabelecida pela
215 Reitoria, articulou-se para destinar 30% das vagas do vestibular, o máximo possível, ao SiSU; sendo, dentre estas vagas reservadas, 52% para negros e indígenas que estudaram no ensino público (11 vagas). No entanto, mesmo que insuficiente, esta decisão aponta para uma lenta mudança no perfil dos estudantes do Instituto, que, como a maioria das unidades da USP, sobretudo em alguns campi, como o do Butantã, é marcadamente elitizado e distante da realidade da média da população. Isso se soma aos motivos que já possuíamos para colocar mais uma vez a pauta da permanência no foco do diálogo entre estudantes e Direção. Nos últimos anos, foram muitos os pedidos e negociações dentro dessa pauta, muitos deles registrados em atas de nossas reuniões semanais ou das reuniões do CA com a Diretoria. Uma, que se arrasta desde o início de 2015, é simbólica: a única impressora da Sala PróAluno, que, uma vez quebrada sem a possibilidade de conserto, nunca foi substituída. Na vivência cotidiana dos estudantes, que deve conter possibilidades realizáveis para que todos permaneçam na universidade, questões como essa, que parecem muito pequenas a alguns, são cruciais. São muitas as páginas de trabalhos da graduação que devem ser impressas por cada estudante, a cada semestre, por no mínimo cinco anos. Somandose dificuldade a dificuldade, que sempre atingem com impacto desproporcionalmente maior aquelas e aqueles que não pertencem aos grupos privilegiados que são maioria na USP, e inserindo-se na equação as formas singulares de sofrimento que emergem quando se é graduando de Psicologia – as quais muitas vezes não encontram acolhimento –, há um momento em que é chegada a hora de paralisar. E assim chegamos a um dos últimos episódios, em ordem cronológica, ocorridos durante a gestão 2012-2016, que terão marcado este período: a paralisação dos estudantes de 2015. Depois de consecutivas greves nos anos anteriores, e com a intensificação dos ataques aos trabalhadores e estudantes em 2015 não sendo respondida por grandes movimentos organizados destas categorias (o protagonismo da mobilização no ano passado foi inteiro de alguns fortes movimentos contra as opressões perpetuadas na USP, movimentos como a Ocupação Preta e os atos das mulheres por um projeto de segurança que não o da Reitoria – e ambos com presença de estudantes do IP), um mal-estar político e um esgotamento energético pesaram sobre nós nos últimos meses do ano. Mais do que isso, vimos um escancaramento das opressões produzidas e reproduzidas no Instituto; e um processo de individualização nociva, incidindo em algumas pessoas, das três categorias (mas sobretudo estudantes e funcionários), de um sofrimento psíquico que era – e é – acúmulo de tudo isso que forma a experiência de estudo e de trabalho no IPUSP. A paralisação se estendeu pela primeira metade de outubro e mobilizou profundamente muitos estudantes, professores e funcionários, com suspensão quase total das atividades acadêmicas de ensino, e algumas de extensão e pesquisa, para se falar sobre o sofrimento psíquico. Os coletivos antiopressões – sendo o Coletivo Feminista, surgido após a greve de 2014, e o Coletivo LGBT, formado no começo de 2015, e embriões de coletivos surgidos na própria paralisação, envolvendo raça e classe social – tiveram uma participação focal. O Centro Acadêmico buscou agir como um elemento de mobilização e, sobretudo, de organização, chamando as assembleias dos estudantes, articulando com os professores e
216 funcionários para a realização de uma assembleia das três categorias e se encarregando dos registros duradouros dos questionamentos e projetos que emergiram nesses dias. A Diretoria, depois de ter sido um dos pivôs no fato que levou à deflagração da paralisação, reconheceu a legitimidade desta e se propôs a uma postura de escuta. Escuta que encontrou muitos ruídos, gerados pelos falantes envolvidos, sobretudo nos primeiros dias. Mais tarde, acordos puderam se dar, ao menos no plano da compreensão do que estava tomando forma ali. E muito do que emergiu em outubro ainda está em aberto, buscando encaminhamentos, mais mobilização e mais aproximação. Em um espaço de síntese como este, é tarefa muito difícil dar conta de tratar com justiça de todas as diferentes forças e realidades que compõem o nosso Instituto, no olhar do CA Iara Iavelberg, e refletir com elas sobre um período de quatro anos. Entendendo que os trabalhadores, de quem nos consideramos aliados em nossas lutas, também têm seu espaço de fala na composição deste relatório, focalizamos em algumas realidades vividas pela ótica dos estudantes, vocalizadas por esta gestão de CA que não é e nem se pretende neutra. Apesar dos pontos dissonantes que trouxemos à tona, mais uma vez valorizamos os aspectos positivos que esta gestão soube fomentar e preservar até a sua conclusão, e defendemos o seu fortalecimento e extensão daqui em diante.
217
9. SERVIDORES TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS Relato de Maria Cecília Freitas (representante dos funcionários no CTA 2014-2016) e Selene Onila Thomaz Passos (representante dos funcionários na Congregação 2014-2016).
Durante a presente gestão, acompanhamos as seguintes mudanças: reorganização das Assistências Administrativa e Financeira; criação do Conselho Gestor do Instituto, com participação de funcionários das Assistências, Biblioteca, CEIP, Informática, Comunicação e convidados quando necessários; criação do Conselho Gestor do CEIP, com representantes docentes e funcionários eleitos pelos seus pares e indicados pela Congregação e CTA; criação da Comissão de Recursos Humanos, com representantes dos funcionários eleitos por seus pares e indicados pelo CTA; ampliação da representação de membros junto ao CTA, com participação dos coordenadores da Biblioteca e do CEIP. Como sugestões para a próxima gestão, consideramos que se fazem necessárias: uma mudança no Estatuto do Instituto, no item da composição do Conselho do Departamento, com a equiparação da representação dos funcionários, que deverão ser eleitos por seus pares; uma ampla discussão sobre a implantação do projeto do curso noturno, verificando a infraestrutura institucional, principalmente uma análise das condições do quadro de funcionários. Relato de Teresa Cristina de O. Peres (representante dos funcionários no CTA 2012-2013).
A minha participação na Comissão Técnica Administrativa do Instituto se deu no período de implantação do processo de avaliação de carreira da USP. Percebi, como represente dos funcionários, a preocupação desta gestão em manter um processo transparente e democrático. Aliás, esse foi o posicionamento do diretor e da vice-diretora durante toda a gestão – prova disso foram as várias comissões criadas no IPUSP visando à discussão dos assuntos administrativos e financeiros pelos pares, buscando uma melhor solução para os problemas existentes. Também acompanhei a aprovação do CTA na abertura de processos administrativos para esclarecer ocorrências por mim levadas ao colegiado referentes a queixas de funcionários sobre assédio moral. A presente gestão acatou com ética e responsabilidade as queixas, o que proporcionou a abertura de sindicância para apuração dos fatos. Também acompanhei as apresentações dos dados administrativos e financeiros que sempre compuseram a pauta do CTA. Sugestões para próxima gestão: 99 Manter a transparência; 99 Responder aos anseios dos funcionários que sofreram assédio, mantendo-os informados sobre o andamento dos processos; 99 Manter a Comissão de Recursos Humanos, inclusive proporcionando ao coordenador da CARH um lugar no CTA.
218
219
ÍNDICE Apresentação .......................................................................................................................................................................................................................9 Sobre o IPUSP..................................................................................................................................................................................................................... 11 PARTE 1 11 1. Gestão participativa e eficiência administrativa....................................................................................................... 15 1.1. Opinião externa ........................................................................................................................................................................................ 15 1.2. Reestruturações ........................................................................................................................................................................................ 16 1.2.1. Ampliação do CTA ................................................................................................................................................................................... 16 1.2.2. Criação do Conselho Acadêmico................................................................................................................................................... 17 1.2.3. Criação do Comitê Gestor................................................................................................................................................................... 17 1.2.4. Criação da Comissão Assessora de Recursos Humanos................................................................................................ 18 1.2.5. Criação do Núcleo de Publicações do IPUSP......................................................................................................................... 18 1.2.6. Criação da Comissão Assessora de Eventos e Publicações (CAEP)........................................................................ 19 1.3. Valorização dos Recursos Humanos............................................................................................................................................ 20 1.4. Infraestrutura .............................................................................................................................................................................................. 21 1.5. Criação e modernização de auditórios...................................................................................................................................... 22 1.6. Finanças........................................................................................................................................................................................................... 23 1.6.1. Controle de gastos................................................................................................................................................................................... 23 2. Transparência........................................................................................................................................................................................... 27 2.1. Congregação................................................................................................................................................................................................ 27 2.2. Reuniões regulares com alunos ..................................................................................................................................................... 28 2.3. Comunicação interna ............................................................................................................................................................................ 28 2.3.1. IPComunica................................................................................................................................................................................................... 28 2.3.2. Zeladoria do IP............................................................................................................................................................................................ 28 2.3.3. Murais digitais............................................................................................................................................................................................. 28 2.3.4. Dante Comunica ....................................................................................................................................................................................... 29 2.4. Comunicação institucional................................................................................................................................................................. 29 2.4.1. Site....................................................................................................................................................................................................................... 29 2.4.2. Facebook......................................................................................................................................................................................................... 29 2.4.3. Assessoria de imprensa......................................................................................................................................................................... 30 2.5. Ouvidoria ....................................................................................................................................................................................................... 30 3. Fortalecimento acadêmico e institucional...................................................................................................................... 35 3.1. Internacionalização................................................................................................................................................................................. 35 3.1.1. CCNInt............................................................................................................................................................................................................... 35 3.1.2. Mobilidade discente na graduação.............................................................................................................................................. 35 3.1.3. Mobilidade discente na pós-graduação....................................................................................................................................36 3.1.4. Mobilidade docente.................................................................................................................................................................................37 3.1.5 Publicações Internacionais..................................................................................................................................................................37 3.2. Incentivo à pesquisa ...............................................................................................................................................................................37 3.3. Reestruturação da Comissão de Pesquisa ...............................................................................................................................38 3.4. Ética em Pesquisa .....................................................................................................................................................................................39 3.4.1. Comitê de Ética em Pesquisa com Humanos.........................................................................................................................39 3.4.2. Comitê de Ética em Pesquisa com Animais.............................................................................................................................39 3.5. Divulgação e difusão científicas......................................................................................................................................................40 3.5.1. Periódicos científicos...............................................................................................................................................................................40
220 3.5.2. Criação da revista de difusão científica “psico.usp”...........................................................................................................40 3.6. Valorização da Graduação...................................................................................................................................................................41 3.6.1. Encontros Didáticos e Seminários de Graduação...............................................................................................................41 3.6.2. Permanência estudantil e monitoria na graduação..........................................................................................................41 3.6.3. Acompanhamento curricular............................................................................................................................................................42 3.7. Criação do Museu de Psicologia......................................................................................................................................................42 3.8. Coordenação técnica da Biblioteca Virtual em Saúde - Psicologia (BVS-Psi) .................................................43 3.9. Projeto “A Glette, o Palacete e a Universidade de São Paulo” ....................................................................................43 3.10. Pós-Graduação ............................................................................................................................................................................................44 3.11. Professores Eméritos................................................................................................................................................................................46 4. Papel social da universidade pública....................................................................................................................................49 4.1. Ampliação do acesso ..............................................................................................................................................................................49 4.2. Criação do Centro Escola do Instituto de Psicologia (CEIP) ........................................................................................50 4.3. Cultura e Extensão: inserção na realidade...............................................................................................................................52 4.3.1. Cursos de atualização e aperfeiçoamento ..............................................................................................................................52 4.3.2. Atividades relacionadas à Educação Básica ...........................................................................................................................53 4.3.3. Textos e material didático....................................................................................................................................................................53 4.4. Impactos na sociedade .........................................................................................................................................................................54 PARTE 2 1. Diretoria.........................................................................................................................................................................................................59 1.1. Apresentação................................................................................................................................................................................................59 1.2. Gestão................................................................................................................................................................................................................61 1.2.1. Congregação.................................................................................................................................................................................................61 1.2.2. Conselho Acadêmico...............................................................................................................................................................................62 1.2.3. Gestão participativa.................................................................................................................................................................................62 1.3. Orçamento......................................................................................................................................................................................................63 1.4. Sustentabilidade.........................................................................................................................................................................................65 1.5. Sistemas de informação....................................................................................................................................................................... 65 1.6. Infraestrutura............................................................................................................................................................................................... 65 1.7. Servidores técnico-administrativos............................................................................................................................................. 66 1.8. Docentes......................................................................................................................................................................................................... 67 2. Vice-Diretoria........................................................................................................................................................................................... 75 2.1. Apresentação............................................................................................................................................................................................... 75 2.2. Curso noturno............................................................................................................................................................................................. 75 2.3. Comissão de Acompanhamento Curricular........................................................................................................................... 77 2.4. Comissão de Treinamento e Capacitação de Funcionários....................................................................................... 79 3. Setores acadêmico-administrativos..................................................................................................................................... 81 3.1. Assistência Acadêmica.......................................................................................................................................................................... 81 3.1.1. Apresentação............................................................................................................................................................................................... 81 3.1.2. Princípios......................................................................................................................................................................................................... 81 3.1.3. Atuação para valorização dos colegiados e da representação................................................................................ 82 3.1.4. Transparência............................................................................................................................................................................................... 86 3.1.5. Projetos em andamento....................................................................................................................................................................... 86 3.2. Assistência Administrativa.................................................................................................................................................................. 88 3.2.1. Apresentação............................................................................................................................................................................................... 88 3.2.2. Cooperação com a Assistência Financeira.............................................................................................................................. 88 3.2.3. Gestão participativa................................................................................................................................................................................ 89
221 3.2.4. Transparência............................................................................................................................................................................................... 90 3.2.5. Estrutura.......................................................................................................................................................................................................... 91 3.2.6. Alimentação e uso do espaço.......................................................................................................................................................... 92 3.2.7. Combate à dengue.................................................................................................................................................................................. 93 3.2.8. Recursos humanos................................................................................................................................................................................... 93 3.3. Assistência Financeira............................................................................................................................................................................ 94 3.3.1. Apresentação............................................................................................................................................................................................... 94 3.3.2. Melhorias nos processos de trabalho......................................................................................................................................... 94 3.3.3. A crise financeira........................................................................................................................................................................................ 97 3.3.4. Convênios.................................................................................................................................................................................................... 100 3.3.5. Conclusão.................................................................................................................................................................................................... 100 3.3.6. Agradecimentos...................................................................................................................................................................................... 101 3.4. Assistência Técnica de Direção..................................................................................................................................................... 102 3.4.1. Apresentação............................................................................................................................................................................................ 102 3.4.2. Núcleo de Publicações....................................................................................................................................................................... 102 3.4.3. Comissão Assessora de Eventos e Publicações (CAEP)............................................................................................... 104 3.5. Serviço de Biblioteca e Documentação................................................................................................................................. 106 3.5.1. Apresentação............................................................................................................................................................................................106 3.5.2. Coordenação técnica da BVS-Psi.................................................................................................................................................107 3.5.3. Museu de Psicologia............................................................................................................................................................................108 3.5.4. Participação no CTA.............................................................................................................................................................................108 3.5.5. Comemorações “80 anos da USP”..............................................................................................................................................109 3.5.6. Avaliações institucionais...................................................................................................................................................................109 3.5.7. Principais realizações e atividades.............................................................................................................................................109 3.5.8. Coordenação de projetos.................................................................................................................................................................113 3.5.9. Participação em cursos e eventos..............................................................................................................................................115 3.5.10. Participação de funcionários em comissões do IPUSP................................................................................................116 3.5.11. Biblioteca na mídia................................................................................................................................................................................116 3.5.12. Projetos colaborativos com o SIBiUSP.....................................................................................................................................117 3.5.13. Sede da ABECiPsi....................................................................................................................................................................................117 3.5.14. Agradecimentos......................................................................................................................................................................................117 3.6. Seção Técnica de Informática........................................................................................................................................................118 3.6.1. Apresentação............................................................................................................................................................................................118 3.6.2. Capacitação da equipe técnica....................................................................................................................................................119 3.6.3. Assessoria....................................................................................................................................................................................................120 3.6.4. Servidores e Serviços Centralizados.........................................................................................................................................120 3.6.5. Sistemas........................................................................................................................................................................................................121 3.6.6. Treinamentos e material didático...............................................................................................................................................121 3.6.7. Atualização de hardware..................................................................................................................................................................122 3.6.8. Videoconferências, IPTV e gravações.......................................................................................................................................123 3.6.9. Auxílio em eventos................................................................................................................................................................................123 3.6.10. Projetos..........................................................................................................................................................................................................123 3.6.11. Conclusão....................................................................................................................................................................................................124 3.7. Serviço de Apoio Institucional......................................................................................................................................................125 3.7.1. Apresentação............................................................................................................................................................................................125 3.7.2. Assessoria de imprensa......................................................................................................................................................................125 3.7.3. E-mail institucional...............................................................................................................................................................................126 3.7.4. Portal do IP..................................................................................................................................................................................................126
222 3.7.5. Eventos..........................................................................................................................................................................................................126 3.7.6. Murais digitais..........................................................................................................................................................................................127 3.7.7. Facebook......................................................................................................................................................................................................127 3.7.8. Revista on-line...........................................................................................................................................................................................131 3.7.9. Infraestrutura............................................................................................................................................................................................134 3.8. Serviço de Atendimento Psicológico / CEIP........................................................................................................................135 3.8.1. Apresentação............................................................................................................................................................................................ 135 3.8.2. Conselho Gestor e representatividade................................................................................................................................... 136 3.8.3. I Congresso do CEIP.............................................................................................................................................................................. 137 3.8.4. Funcionamento....................................................................................................................................................................................... 137 3.8.5. A construção de um centro escola: da CC-CAP ao CEIP............................................................................................ 138 3.8.6. A experiência do Grupo de Trabalho do Bloco D (GT do D) – 2012 a 2014.................................................. 140 3.9. CCNInt............................................................................................................................................................................................................ 145 3.9.1. Histórico........................................................................................................................................................................................................ 145 3.9.2. Internacionalização em números............................................................................................................................................... 145 3.9.3. Desdobramentos e diagnósticos................................................................................................................................................ 146 3.9.4. Estratégias e metas............................................................................................................................................................................... 147 3.10. Comitê de Ética em Pesquisa com Animais......................................................................................................................... 149 3.10.1. Apresentação............................................................................................................................................................................................ 149 3.10.2. Números....................................................................................................................................................................................................... 150 3.11. Comitê de Ética em Pesquisa com Humanos..................................................................................................................... 151 3.11.1. Apresentação............................................................................................................................................................................................ 151 3.11.2. Funcionamento....................................................................................................................................................................................... 153 3.11.3. Atendimentos........................................................................................................................................................................................... 153 3.11.4. Projeto de Extensão do CEPH-IPUSP........................................................................................................................................ 154 3.11.5. Eventos promovidos............................................................................................................................................................................ 155 3.11.6. Análise do fluxo da apreciação ética de projetos pelo CEPH: um recorte temporal..........................................157 3.12. Ouvidoria..................................................................................................................................................................................................... 159 3.12.1. Apresentação............................................................................................................................................................................................ 159 3.12.2. Números...................................................................................................................................................................................................... 159 3.12.3. Avaliação e propostas......................................................................................................................................................................... 160 4. Comissão de Graduação............................................................................................................................................................... 163 4.1. Apresentação............................................................................................................................................................................................ 163 4.2. Atividades.................................................................................................................................................................................................... 164 4.3. Projetos especiais................................................................................................................................................................................... 165 4.4. Comissões vinculadas à CG............................................................................................................................................................. 167 4.5. Demandas direcionadas à CG....................................................................................................................................................... 168 4.6. Projetos da CG.......................................................................................................................................................................................... 168 4.6.1. Inovalab........................................................................................................................................................................................................ 168 4.6.2. Programa de Tutoria Científico-Acadêmica......................................................................................................................... 169 4.6.3. Encontros Didáticos............................................................................................................................................................................. 170 4.6.4. Planejamento semestral.................................................................................................................................................................... 170 4.6.5. Conclusão.................................................................................................................................................................................................... 171 5. Comissão de Pós-Graduação.....................................................................................................................................................173 5.1. Apresentação.............................................................................................................................................................................................173 5.2. Inovação........................................................................................................................................................................................................174 5.3. Mudanças e flexibilização na estrutura curricular...........................................................................................................174 5.4. Articulação com outras Unidades, instituições e setores produtivos da sociedade.................................................175
223 5.5. Readequação de linhas e projetos de pesquisa................................................................................................................176 5.6. Renovação, reformulação e utilização de novas metodologias de ensino....................................................177 5.7. Período de experimentação de novos docentes..............................................................................................................177 5.8. Desempenho nas avaliações da CAPES..................................................................................................................................178 5.9. Prêmios nacionais e internacionais............................................................................................................................................178 5.10. Teses e dissertações: impacto nacional e internacional..............................................................................................179 5.11. Mobilidade nacional e internacional de docentes e discentes..............................................................................180 5.12. Programa de Aperfeiçoamento de Ensino (PAE)..............................................................................................................181 5.13. Perfil dos egressos..................................................................................................................................................................................183 5.14. Ementas e processos de ensino e aprendizagem das disciplinas........................................................................184 5.15. Atuação profissional dos egressos..............................................................................................................................................184 5.16. Novos docentes e capacitação......................................................................................................................................................186 5.17. Internacionalização...............................................................................................................................................................................187 5.18. Colaborações até 2015........................................................................................................................................................................189 6. Comissão de Pesquisa.....................................................................................................................................................................191 6.1. Apresentação.............................................................................................................................................................................................191 6.2. Grupos de pesquisa no diretório do CNPq...........................................................................................................................193 6.3. Laboratórios de pesquisa no IPUSP...........................................................................................................................................193 6.4. Atividades (destaques)........................................................................................................................................................................195 6.5. Núcleos e centros de pesquisa......................................................................................................................................................196 6.6. Políticas de captação de recursos para pesquisa.............................................................................................................197 6.7. Política de incentivo à publicação..............................................................................................................................................197 6.8. Programa de Pós-Doutorado..........................................................................................................................................................198 6.9. Programa de Iniciação Científica..................................................................................................................................................199 6.10. Programa de Pré-Iniciação Científica .......................................................................................................................................200 6.11. Melhoria da infraestrutura administrativa............................................................................................................................200 7. Comissão de Cultura e Extensão Universitária..........................................................................................................201 7.1. Apresentação.............................................................................................................................................................................................201 7.2. Principais atividades.......................................................................................................................................................................202 7.2.1. Programa Aprender com Cultura Extensão..........................................................................................................................202 7.2.2. Projetos de fomento............................................................................................................................................................................204 7.2.3. Eventos, exposições e feiras............................................................................................................................................................205 7.2.4. Cursos e programas de atualização...........................................................................................................................................205 7.2.5. Cursos de aperfeiçoamento............................................................................................................................................................206 7.2.6. Cursos de especialização...................................................................................................................................................................206 7.2.7. Prática profissionalizante...................................................................................................................................................................207 7.2.8. Atividades relacionadas à Educação Básica.........................................................................................................................207 7.2.9. Assessoria e consultoria.....................................................................................................................................................................208 7.2.10. Textos, material didático e outros produtos voltados à comunidade externa...........................................208 7.3. Resultados e impactos.........................................................................................................................................................................208 7.4. Metas................................................................................................................................................................................................................208 8. Corpo Discente......................................................................................................................................................................................209 8.1. Coletivo de Representantes Discentes....................................................................................................................................209 8.1.1. Graduação....................................................................................................................................................................................................209 8.1.2. Pós-Graduação..........................................................................................................................................................................................211 8.2. Centro Acadêmico Iara Iavelberg................................................................................................................................................213 9. Servidores Técnico-Administrativos...................................................................................................................................217
Produção editorial Coordenação Prof. Dr. Gerson Yukio Tomanari
Organização Vinicius F. David
Editoração e revisão Mariana Leite (MTB 45.340/SP)
Projeto gráfico, arte final e produção gráfica Gérson Mercês
Colaboração Cynthia Regina Borges Braga Mannini Adriana Aparecida Pavaneli Claudenia Diniz da Silva Lima Sonia Regina Pereira Piola Luque Aparecida Angélica Zoqui Paulovic Sabadini Maria da Conceição Coropos Uvaldo Islaine Maciel Katia Cristina Pinto Christina Joselevitch Helena Rinaldi Rosa Marcia Helena da Silva Melo Bertolla Andrés Eduardo Aguirre Antúnez Maria Livia Tourinho Moretto Leila Salomão de La Plata Cury Tardivo Maria Cecília Freitas Selene Onila Thomaz Passos Coletivo de Representantes Discentes Centro Acadêmico Iara Iavelberg
Impressão TIKINET
Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo IPUSP
Relatório de Gestão 2012-2016
Relatório de Gestão 2012-2016
Diretor: Gerson Yukio Tomanari Vice-Diretora: Maria Isabel da Silva Leme