PT na Câmara - 24 de agosto de 2017

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Quinta - feira, 24 de agosto de 2017

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Ano: XXIV - Nº 6173

Câmara aprova proposta que moraliza Fundo de campanha GUSTAVO BEZERRA/PTNACÂMARA

plenário da Câmara aprovou ontem um destaque da Bancada do PT que retira da composição do Fundo de Financiamento da Democracia (FFD) o percentual de 0,5% das Receitas Correntes Líquidas (RCL). A proposta fazia parte do relatório da Reforma Política aprovado na comissão especial que debateu o assunto e destinava, segundo estimativas, R$ 3,6 bilhões para as eleições do próximo ano. Para o líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP) (SP), a rejeição desse percentual abre caminho para a criação de um fundo que garanta a realização de eleições livres da influência do poder econômico. “O que votamos foi a moralização do fundo. Defendemos um fundo que garanta a realização de eleições democráticas, livres e com custos baixos, e que seja definido pela Comissão de Orçamento de acordo com a realidade financeira do País. Não queremos tirar recursos da saúde, da educação e dos investimentos públicos. Temos que encontrar essas fontes de financiamento dentro da atividade política e reduzir os gastos para não termos campanhas milionárias como em 2014”, ressaltou. Antes da votação ser interrompida pelo presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM), para votar a medida provisória (MP 777/17) que altera a taxa de juros para a captação de empréstimos de empresas junto ao BNDES, houve a votação de dois requerimentos para “fatiar” e ordenar a sequência dos temas da Reforma Política. A proposta apresentada por Zarattini defendia primeiro a votação do

fundo das campanhas eleitorais e depois a do sistema eleitoral. Já o líder do PP, deputado Arthur Lira (AL), favorável ao “Distritão” e contra o financiamento público, defendeu a ordem inversa. Com 241 votos favoráveis e 209 contrários, a proposta de Lira foi vencedora. A inversão na ordem valerá quando a votação da reforma for retomada numa próxima sessão. Apesar do revés, o líder da Minoria, deputado José Guimarães (PT-CE) (PT-CE), observou que o número demonstra que os defensores do “Distritão” não têm os votos necessários para aprovar o sistema. “Eles tentaram votar primeiro o ‘Distritão’ para testar os votos que eles achavam que tinham. Mas o resultado demonstrou que eles não têm os 308 votos necessários para aprovar esse sistema. Foi uma vitória parcial, mas um passo importante para derrotar definitivamente o Distritão”, ressaltou. Mandatos tribunais – O plenário da Câmara também votou e rejeitou a fixação em 10 anos dos mandatos dos membros dos tribunais superiores, (PT-SP). Durante o debate, o relator proposta pelo relator Vicente Cândido (PT-SP) argumentou que a medida iria “oxigenar os tribunais ajustando a jurisprudência e a cultura jurídica do País à conjuntura do momento”. Atualmente não há mandato, e os membros de tribunais superiores se aposentam aos 75 anos. A proposta foi retirada do texto por iniciativa do Democratas. Comissão Especial – Na tarde de ontem, o PT também votou, na comissão especial da PEC 282/16, a favor do fim das coligações já nas eleições de 2018 e a favor da instituição da cláusula de desempenho. MARCELOCAMARGO/AGBRASIL

Fechamento: 23/8/2017 às 23h55


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