PT na Câmara - Seis meses de Governo Bolsonaro

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Edição Especial Seis meses de governo Bolsonaro Ano: XXIV Nº 6663


Artigo

“O Brasil está prestes a mergulhar no colapso” Foto: Lula Marques

Em seis meses, Bolsonaro investiu pesado

servadora, e é contra a cultura e a educação. A tragédia anunciada veio logo após a na destruição do Estado, colocando em prática um projeto de retrocesso social, desnacionalização posse. Bolsonaro adotou medidas que deram inída economia e aniquilação da soberania nacional. cio ao crescimento da crise iniciada após o Golpe É um governo de pequenas causas e imenso des- de 2016, ampliando a violência contra os pobres, monte e que precisa ser enfrentado diariamente. negros e minorias, acabou com a política de reaO PT tem estado vigilante, não só no Parlamento, juste real do salário mínimo, extinguiu secretarias mas nas comunidades, nas ruas e junto aos mo- e ministérios relevantes e desmantelou políticas vimentos sociais para resistir e denunciar todo o públicas, atingindo três áreas essenciais: Educadescalabro que vem ocorrendo. Conscientizar a ção, Meio Ambiente e Segurança Pública, fora a população é a principal ferramenta para que se ofensiva criminosa para vender a Petrobras. Bolsonaro é um presidente que gosta da consiga frear o desmonte e minimizar o fato de a violência e estimula a intolerância, e encontrou oposição ser minoria no Congresso. Na economia, Bolsonaro aprofundou a no falso discurso antipolítico a saída para encobrir seu desgoverno. As invespolítica neoliberal, que emtidas contra as instituições, purra o País para a recessão. “O retrocesso não apoiando ataques pela interSem plano para impulsionar a será tolerado e net e atos pelo fechamento atividade econômica, o País Congresso e a Suprema caminha para o precipício e o PT estará nessa luta do Corte são um exemplo. O o caos social, com quase 14 ao lado do povo” País está sob comando de milhões de desempregados um presidente que pode nos e grande parte da população levar à ‘idiocracia’, como esem empregos precários, explosão da dívida pública, queda dos investimentos e paralisação da má- creveu o jornal francês Le Monde. E Bolsonaro agora sonha com a reeleição, quina administrativa. A Reforma da Previdência não ataca privilégios, mas o bolso do aposentado mas depois dessa destruição, que está levando o País a um cenário de meados do século 20, pensa e retira direitos da maioria pobre da população. O País está prestes a mergulhar no colap- que vai enganar o povo brasileiro de novo. Não so, alimentado pelo presidente que ignora ideias vai. É preciso estar atento e forte para resistir às e projetos, expondo a incompetência de sua ges- ofensivas contra o Estado Democrático de Direitão. Bolsonaro banalizou o cargo de presidente to. A oposição está se unindo para alertar a poda República, não só por sua verborragia, mas pulação, que já começa a se dar conta de que foi por defender absurdos como redução da punição ludibriada nas eleições. O retrocesso não será topara infrações na carteira de motorista, ou por se lerado e o PT estará nessa luta ao lado do povo ater a coisas menos importantes, como o fim do brasileiro, onde sempre esteve, para enfrentar a do Estado. horário de verão e da tomada de três pinos e as destruição Deputada Gleisi Hoffmann (PR) bijuterias de nióbio. Ele se vale de uma pauta conpresidenta nacional do PT 2


Governo Bolsonaro

Um País sem rumo e sem esperança A marca dos seis meses do governo de ex-

Logo no primeiro dia de governo, Bolsonaro assinou decreto para desvalorização do salário trema direita de Jair Bolsonaro é a pior possível: um País sem rumo e sem esperança, com o caos mínimo, interrompendo política adotada por Lula. instalado em todas as áreas – da saúde à educa- Sem essa política de valorização adotada por Lula, ção, do meio ambiente aos direitos trabalhistas o salário mínimo hoje estaria na casa dos R$ 500. e sociais - e o desalento que contamina o povo Bolsonaro mentiu que faria uma “nova política”, brasileiro diante de uma política econômica que mas ocupou seu Ministério com nomes comprosó faz o desemprego crescer, privilegiando os in- metidos com a Justiça e até com laranjas. Apreteresses das elites nacionais, dos banqueiros e do sentou uma proposta de “reforma” da Previdência que mantém privilégios, prejudica os pobres, capital estrangeiro. O Brasil e o mundo estão estarrecidos com as mulheres e os trabalhadores rurais. Quando parlamentar agiu como vira-latas um governo que virou manchete de jornais por ter relações com assassinos, milicianos e trafican- e prestou continência à bandeira dos Estados Unites. São seis meses de retrocessos generalizados dos e, como presidente, consolidou a submissão promovidos por um governo eleito com base em aos interesses de Washington, onde visitou e assimentiras e que prima por continuar a destruir nou acordos que só interessam àquele país. Seus direitos históricos do povo brasileiro. Mas o “feitos” são o aumento do desemprego, cortes povo começa a acordar. É a pior avaliação de um no orçamento da Educação e da Ciência e Tecnologia, ataques aos povos presidente eleito desde a reindígenas e liberação de “São seis meses de democratização. O presidente-capitão retrocessos generalizados” mais de 200 venenos (proibidos nos EUA e Europa). governa para poucos, e seu Desmantela as políticas de governo tem marcas de morpreservação da Amazônia, estimula grupos ecote. Usa e abusa das redes sociais para atacar continuamente seus adversários, e mesmo “alguns nômicos que atuam na destruição do meio amaliados”, estimulando o ódio e a violência – basta biente, além de perseguir os movimentos sociais. A Bancada do PT, juntamente com outros discordar de sua política ou de seus descalabros. O decreto das armas, um prêmio para os fabricantes, partidos de oposição, tem resistido. Unidos com traficantes e milícias, vai agravar os índices de vio- os movimentos sociais, populares e sindicais, com lência em um país que vive um cotidiano de guerra o apoio de milhões de brasileiros que têm ido às civil nas periferias das grandes cidades. O presiden- ruas do País contra os retrocessos, enfrentamos te e seus filhos não fazem questão de esconder o presidente que quer agir como ditador. Diante do estelionato eleitoral promovido por Bolsonaro, suas relações com as milícias do Rio de Janeiro. Em pleno século 21, Bolsonaro é uma espé- cabe a nós da oposição fortalecer a luta para imcie de Átila, o huno: quer destruir todas conquis- pedir os desmandos do atual governo e derrotar tas civilizatórias, com uma agenda medieval que as pautas retrógradas do governo no Congresso. coloca em xeque a cidadania, a soberania nacional e os avanços que conquistamos em décadas.

Deputado Paulo Pimenta (RS) líder do PT na Câmara

Foto: Lula Marques

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Artigo

Seis meses de desgoverno Bolsonaro O

Foto: Gabriel Paiva

Brasil vive sil e sim em favorecer os hoje um dos piores bancos que já lucram R$ momentos da sua his69 bilhões com a crise tória diante da incomeconômica no Brasil. petência de Jair BolA verdade é que esse sonaro (PSL). Em seis governo Bolsonaro não meses, o governo foi tem projeto para desenincapaz de gerar davolver a economia e nem dos positivos e a cada para gerar empregos. dia se agrava a crise Diante do viés antinapolítica, econômica e cional, Bolsonaro abriu social. Bolsonaro só também ofensiva conage em duas direções: tra o patrimônio naciosubordinar o Brasil nal. Está a todo vapor a aos EUA e alimentar venda de subsidiárias sua guerra ideológida Petrobras. Empresas ca, dividindo o povo e como Casa da Moeda, estimulando a radicaDataprev, Serpro, Corlização, tentando imreios já estão na mira por uma agenda ultraconservadora para desviar das privatizações. as atenções para os crescentes casos de corrupO marco da sua gestão até agora foi acação no seu clã. bar com o horário de verão. Retrocedeu em Cadê o Queiroz? Essa é a pergunta de mi- conquistas ao aprovar a liberação de 239 agrolhões de brasileiros. O ex-assessor e motorista da tóxicos antes proibidos e colocar fim na multa família Bolsonaro, Fabrício Queiroz, segue sem para quem for flagrado com criança em veículo explicar como movimentou R$ 7 milhões em três sem cadeirinha. Bolsonaro tenta a todo custo enanos. Acusado de fazer parte de milícias, Queiroz tregar a demarcação de terras indígenas para os administrava, no gabinete do senador Flávio Bol- ruralistas e segue lutando para autorizar, de forsonaro, um esquema de caixinha, quando funcio- ma indiscriminada, o porte e a posse de armas, já nários repassam parte do salário. assinou sete decretos. Enquanto o governo Mesmo nesse cenátenta abafar escândalos e trario de caos, o PT garantiu “Enquanto o governo palhadas, a economia segue boas vitórias. Aprovamos no fundo do poço. O gás de tenta abafar escândalos proposta que prevê que cozinha, a luz, a água e a gao passageiro poderá dese trapalhadas, solina, gastos que impactam pachar uma mala de até diretamente o bolso do traba23 quilos nos voos domésa economia segue lhador, não param de aumenticos de forma gratuita e, tar. A taxa de desemprego em consonância com as no fundo do poço” aumentou 12,7% - já são 13,4 reivindicações das ruas, milhões de desempregados! conseguimos recompor A produção industrial registrou queda de 2,2%, a no Orçamento da União recursos para educação, inflação subiu, investimentos caíram e há previsão Minha Casa Minha Vida, obras de Transposição de recuo do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019. do Rio São Francisco e bolsas de doutorado. E Bolsonaro parece um robô que repete que conseguimos barrar o avanço da Reforma da Prea Reforma da Previdência é a única solução para vidência - estamos há seis meses na resistência aquecer a economia, mas não sabe explicar como democrática contra a retirada de direitos. Nós, da esse milagre ocorrerá. Nunca se viu na história oposição, seguiremos trabalhando para impedir do Brasil um presidente tão dedicado a agradar os desmandos desse governo e para garantir meo mercado financeiro e os banqueiros. Não é com lhores condições de vida para nosso povo. outro objetivo que o ministro da Economia, PauDeputado Carlos Zarattini (PT-SP) lo Guedes, quer concluir a todo custo a Reforma da Previdência. Não pensam em alavancar o Bralíder da Minoria no Congresso Nacional 4


Bolsonaro adota política externa subalterna aos interesses estrangeiros consequências negativas Em meio ao desmonte da di- possíveis deste acordo, pois ainda não se sabe

Fotos: Gustavo Bezerra

plomacia brasileira patrocinado pelo governo Bolsonaro, que adotou uma se foram levados em conta os intepolítica externa subalterna aos inte- resses de todos os segmentos soresses estrangeiros, em especial dos ciais dos Estados-partes. “Se foi mal Estados Unidos, os parlamentares negociado, pode prejudicar a agriculdo PT na Câmara que participam do tura familiar, o agronegócio brasileiParlamento do Mercosul (Parlasul) ro, a indústria nacional e causar mais atuaram unidos em defesa da inte- desemprego e recessão”, avaliou. O deputado Arlindo Chinaglia gração regional. Integrados à Bancada Pro- observou que o governo Bolsonaro gressista do Parlasul, os deputados é totalmente incongruente, pois duArlindo Chinaglia (PT-SP), Odair rante a campanha eleitoral do ano Cunha (PT-MG) e Zeca Dirceu (PT-PR) passado e ao longo do primeiro sedefenderam em diferentes momen- mestre deste ano, tanto o presidentos o papel estratégico do Mercosul te da República como o ministro da para a economia do Brasil e dos par- Economia, Paulo Guedes, trataram o Mercosul com desdém. “Como é ceiros que integram o bloco. Zeca Dirceu, num momento um governo que tem uma política de em que o governo Bolsonaro exe- destruir todas as conquistas que tivecrava o Mercosul, defendeu o bloco mos ao longo de décadas e não deu nenhuma not´cia e manifestou prepositiva para o povo É injustificável ocupação com as brasileiro até o monegociações com o segredo mento, curiosamena União Europeia, te agora saúda o concluídas no fim nas negociações acordo com a União de junho. Uma entre o Mercosul Europeia como se proposta de declaração de sua e a União Europeia fosse a redenção do Brasil”, disse. Chinaautoria foi aprovada em junho, na qual o Parlasul apon- glia observou que o acordo UE/Merta preocupação com o acordo entre cosul deve ser mais bem avaliado pelos respectivos Parlamentos, à luz os dois blocos. Segundo Zeca Dirceu, as dos interesses nacionais. Para Odair Cunha, o acordo negociações entre o Mercosul e a União Europeia são realizadas sob com a UE deverá ser uma das princium segredo inexplicável e injustificá- pais pautas do Parlasul neste segunvel, o que aumenta o receio de possí- do semestre. “A política externa do veis consequências negativas para as governo Bolsonaro é atrasada e segue uma concepção entreguista que populações do Mercosul. A Proposta de Declaração, leva o País a uma situação colonial”, que também será debatida nas pró- disse. Ele qualificou como uma das ximas sessões, tem o objetivo de de- maiores fake news do governo Bolclarar que o Parlamento do Mercosul sonaro a apresentação da conclusão e os Parlamentos nacionais dos Esta- do acordo com os europeus. Para dos-partes tenham acesso irrestrito ele, enquanto o Brasil teve governos a todas as informações sobre o que que defendiam interesses nacionais, o acordo não foi fechado, pois era lefoi negociado entre as duas partes. Zeca Dirceu alertou sobre as sivo à soberania nacional.

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Parlamentares do PT avaliam os retrocess Água não é mercadoria. Vamos combater mais essa tentativa de Bolsonaro de privatizar a água. O que defendemos é a universalização do acesso à água e ao saneamento, além de um melhor manejo das águas, para trazer benefícios à saúde, ao meio ambiente e para as habitações. A medida provisória 868 rasgava o que a legislação tinha de bom.

Afonso Florence (BA)

Se depender do presidente da República, Jair Bolsonaro e seus ministros, a tendência é ele nos aniquilar e retirar os nossos direitos. Eles estão prontos para anular decretos que criaram reservas extrativistas, quilombolas e de conservação. Estamos numa luta e vamos avançar. Ao longo da história foram conquistados muitos direitos, mas eles estão ameaçados por este governo.

Airton Faleiro (PA)

Até mesmo os defensores da Reforma da PrevidênO governo Bolsonaro é cia já começam a rever o discurso de que a proposuma ameaça para a saúde ta é a salvação da economia brasileira. Ministros pública do Brasil. Até agodo governo e articulistas na imprensa já dizem que ra não teve nenhuma ação a reforma não vai resolver o problema da econopositiva para o setor. Os mia e do desemprego. Ela recursos são menores este vai é aumentar a miséria e a ano. Fora isso, a mudança pobreza, porque as pessoas na regra de financiamento, vão trabalhar por mais tema partir da Emenda Constitucional que congelou po para receber uma aposeninvestimentos por 20 anos, já impacta a Saúde em tadoria menor. R$ 9 bilhões em 2019.

Alencar Santana (SP)

Alexandre Padilha (SP)

A Reforma da Previdência do governo Bolsonaro desenha um futuro trágico para os brasileirose brasileiras. Hoje, 82% dos idosos têm ao menos a Previdência como renda. Com a reforma, vamos ter até 80% de idosos com, no máximo, direito à assistência de R$ 400 por mês. Não podemos aprovar essa reforma que joga os trabalhadores rurais e urbanos na miséria.

O acesso à cultura é um direito constitucional. Estamos diante do cenário de cortes orçamentários, reorganização das estruturas dos órgãos públicos, da extinção do Ministério da Cultura e do impacto que a mudança traz ao trato do patrimônio histórico e cultural brasileiro, e a ausência da transparência sobre os canais de participação social, fundamentais na implementação das políticas públicas da cultura.

O presidente Jair Bolsonaro e sua equipe promovem a destruição dos direitos dos brasileiros e dos ativos da Nação; a violação da soberania nacional; e a disseminação da miséria e do ódio entre a população. Os povos do campo e das florestas estão acostumados a lutar por seus direitos e, certamente, não enfrentarão de forma passiva as ameaças do atual governo. Beto Faro (PA)

O Brasil estar na “lista suja” da Organização Internacional do Trabalho traz problemas comerciais, éticos e morais para o País. Se quisermos reverter esse quadro, precisamos revogar a Reforma Trabalhista que coloca o trabalhador numa condição análoga à escravidão. Mas não creio que Bolsonaro faça isso, pois suas posições e ações não são de valorização do trabalho.

Assis Carvalho (PI)

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Benedita da Silva (RJ)

Bohn Gass (RS)


sos dos seis meses de governo Bolsonaro Sob o pretexto de coibir fraudes, o governo Bolsonaro quer inviabilizar que assalariados rurais e da iniciativa privada tenham acesso a direitos como auxílio-doença, salário-maternidade e pensões. O governo coloca todos os sindicatos sob suspeita e dificulta a comprovação de regularidade dos trabalhadores que buscam se aposentar. Nós vamos lutar ainda para que os rurais não sejam prejudicados na Reforma da Previdência.

Carlos Veras (PE)

O Brasil está vivo e as comunidades tradicionais querem seu espaço. Em Tocantins, temos oito nações indígenas abandonadas. A saúde indígena está em ruínas. Isso acontece não só no Tocantins, mas em todo o Brasil. Nós vimos que a questão do suicídio de índios começa pela falta de políticas públicas para acompanhar a nossa juventude, com o esfacelamento do CRAS.

Não é demais lembrar que antes de ser candidato à Presidência, Bolsonaro chamava o Bolsa Família de ‘Bolsa Vagabundo’. Fica claro que o atual governo é uma reedição dos governos de FHC, porém mais radical nos cortes de programas sociais e no impedimento de ascensão econômica e social dos pobres. É um governo pró-miséria. A população precisa reagir.

É preciso investigar as milícias, que estão muito próximas do núcleo que governa o Brasil hoje, porque todos nós sabemos da relação da família Bolsonaro com os milicianos. Inclusive o filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro, chegou a homenagear e a empregar pessoas relacionadas com a milícia. Nós não podemos mais conviver com essa proximidade macabra.

Não houve e não há qualquer indicação de atendimento das reivindicações dos povos indígenas por parte do governo Bolsonaro. Eles ouviram os protestos em relação à violência praticada contra os povos indígenas, como nos casos de invasão de terras por fazendeiros. Porém, não há compromisso algum de Bolsonaro para resolver essas demandas.

Célio Moura (TO)

Erika Kokay (DF)

Enio Verri (PR)

Frei Anastácio (PB)

O governo Bolsonaro coO momento que vivemos exige resistência e não loca o País diante de uma há ninguém que consiga nos inspirar mais que os perspectiva sombria que fapovos indígenas. São eles que nos inspiram a retalmente conduzirá ao emsistir aos retrocessos contra pobrecimento do povo. E a a democracia e contra os diação mais forte do governo reitos das minorias. Somos é a proposta de Reforma da essa pluralidade de corpos, Previdência, cujo caráter se rostos, visões de mundo que merece ser enaltecida e não revela essencialmente antipovo. Os brasileiros tetratada com desprezo e ódio. rão que trabalhar mais e ganharão menos.

Helder Salomão (ES)

Henrique Fontana (RS)

Os ataques à agricultura familiar demonstram que Bolsonaro está ao lado dos empresários e da concentração de renda, prejudicando pautas históricas beneficiando o agronegócio. Quem ataca o meio ambiente e quem explora a mão-de-obra escrava precisa ser denunciado. Lutaremos nas ruas, nos campos e no Parlamento contra as ações deste governo que prejudica o povo brasileiro, sobretudo os mais pobres.

João Daniel (SE)

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Os números no Brasil e no mundo comprovam o fracasso de uma política armamentista. Não faltam evidências de que mais brasileiros vão morrer. É triste termos um governo que privilegia o lucro das empresas de armas que financiaram sua campanha, ao custo da vida de brasileiros. É urgente que resistamos. Vamos, via Decreto Legislativo, suspender essa medida.

Jorge Solla (BA)

O governo vai colocar os pequenos municípios em colapso econômico, uma vez que grande parte do comércio tem como recurso circulante os benefícios da Previdência. Não podemos deixar essa reforma ‘pé na cova’ passar. Prejudica os mais pobres do País, e beneficia empresários e grandes corporações financeiras. As mudanças deveriam ser na retirada de privilégios dos que ganham muito.

José Airton Cirilo (CE)

O governo não tem centro político, não tem diálogo e não tem como construir uma base parlamentar que dê conta de uma matéria tão polêmica e grandiosa como é a Reforma da Previdência. Quer uma reforma para retirar os direitos dos de baixo, não trata da questão do teto salarial, não ataca os sonegadores. Não há uma linha na proposta para cobrar a dívida dos bancos e das grandes empresas sonegadoras.

José Guimarães (CE) Bolsonaro desconhece a realidade da Zona Franca de Manaus, da economia do Amazonas. Paulo Guedes falava que esses créditos dificultariam a solução do problema fiscal. Depois que a bancada do AM questionou esses números, que são irreais, eles reconhecem que haverá uma renúncia fiscal de R$ 27 bilhões a menos do que diziam antes. Inventaram uma dívida para prejudicar a Zona Franca e o Amazonas.

Além dos prejuízos aos trabalhadores, a Reforma da Previdência de Bolsonaro também afeta a economia dos municípios do interior do País. Esse dinheiro (das aposentadorias) promove o consumo nos municípios mais pobres, principalmente no Norte e Nordeste do País. O deslocamento dessa renda, tirando do consumo, vai prejudicar as economias locais.

José Ricardo (AM)

Joseildo Ramos (BA)

Quero manifestar a minha indignação e a minha insatisfação com a onda de retrocessos, retirada de direitos e tentativas de privatização e ataque à soberania nacional. Os Correios, por exemplo, tem papel fundamental na integração regional. Vamos continuar trabalhando em defesa da estatal e de seus trabalhadores na construção de alternativas por um Correio público e de qualidade.

Leonardo Monteiro (MG) Libertação e resistência, em homenagem às mulheres que vieram antes de nós; que lutaram, morreram, renasceram em ideias e legado. Bolsonaro anunciou a regulamentação do ensino domiciliar. Criança precisa de escola e mães precisam deixar os filhos na escola para trabalhar. A mulher está sempre em posição de desigualdade do ponto de vista da economia e só vai piorar se não fizermos um esforço grande.

Luizianne Lins (CE) 8

Se o governo Bolsonaro não tem proposta política para resolver o problema da reforma agrária, nós não temos medo nem de gritos e muito menos de quem está de lua de mel com este governo. Estamos cansados de ver violência, de ver um governo que não sabe para onde vai. Queremos propostas concretas para o desemprego, para que o povo tenha escola e saúde.

Marcon (RS)


Os cortes na educação são um retrocesso. As universidades públicas são importantes para o desenvolvimento do País e também para a implementação de justiça social, dada à massiva participação de estudantes de camadas menos favorecidas da população. Com os cortes nas universidades e institutos federais, no ensino fundamental e infantil, os atuais gestores do Brasil vão produzir o desastre.

Margarida Salomão (MG)

Uma das principais missões é superar os estereótipos deturpados sobre o significado dos direitos humanos. Quem pode ser contra os princípios dos direitos humanos se eles significam o que construímos como civilização para superar a barbárie? Queremos não só tipificar os crimes de ódio e de intolerância, mas assegurarmos a criação de uma cultura de valorização dos direitos humanos.

A Reforma da Previdência é uma tentativa de acabar com os direitos da população mais simples. Mesmo com alterações no texto, a situação não ficou muito diferente e os prejuízos comprometerão a vida e o futuro da classe trabalhadora. A pressão da população nas ruas, e de nós, parlamentares da oposição, é essencial para que consigamos barrar os retrocessos.

Maria do Rosário (RS)

Marília Arraes (PE)

Quando um governo propõe a militarização da educação e ameaça a liberdade de ensino e aprendizagem, faz-se necessário se contrapor ao autoritarismo e reafirmar o direito à educação pública, gratuita, democrática, laica e de qualidade para todos. Não podemos admitir que um estudante negro seja impedido de acessar uma escola pública em razão do seu cabelo, por exemplo.

Natália Bonavides (RN) Bolsonaro comete crime ao fatiar e tentar vender a estrangeiros partes estratégicas da Petrobras. No mundo inteiro, as grandes empresas petrolíferas ou são empresas estatais ou empresas nacionais, e nós não podemos abrir mão da Petrobras, uma estatal de um País produtor de petróleo como o Brasil, que tem a segunda reserva de petróleo do mundo, o pré-sal.

Precisamos denunciar a falta de preocupação do governo Bolsonaro com a saúde humana, em nome dos predadores do agronegócio, que vêm na liberação de agrotóxicos uma forma de maximizar lucros. O Ministério do Meio Ambiente, que deveria zelar pelo patrimônio ambiental e a bancada ruralista atrasada, enxergam o meio ambiente como um impedimento para o desenvolvimento.

Nelson Pelegrino (BA) Desde o início do ano, 209 novos agrotóxicos foram liberados no País. Nenhuma atividade econômica, nem o aumento da produção de alimento pode justificar a doença das pessoas. É urgente barrar os projetos que estejam ligados ao ‘Pacote do Veneno’. É preciso mudar o jeito de produzir, dispensando o uso dos agrotóxicos, produzindo de maneira agroecológica e orgânica.

Padre João (MG)

Nilto Tatto (SP) Temos em vigor no Brasil a Constituição Cidadã que abre espaços à participação da sociedade, ao exercício efetivo dos direitos e deveres da cidadania. Infelizmente, Bolsonaro vem acabando com a participação da sociedade nas ações do governo, ao contrário do que ocorria nos governos do PT, quando as conferências estaduais e municipais de saúde, educação e segurança alimentar representavam bem tudo isso.

Patrus Ananias (MG) 9


O governo Bolsonaro quer entregar a Eletrobras de mão beijada ao mercado, sejam as empresas de geração e transmissão de energia como a Chesf, a Cemig e outras. Essa onda de privatização por aqui vai atender aos interesses do capital internacional e prejudicar sensivelmente a população brasileira, principalmente a parcela mais pobre, que passará a pagar um alto custo pela tarifa de energia.

A cada nova revelação, mais provas daquilo que já sabíamos! O ministro Sérgio Moro (Justiça) é um juiz fake e Lula é preso político. Naquele PowerPoint da Lava Jato contra o ex-presidente, havia apenas convicções - um espetáculo ridículo, que nos inspirou a fazer algo sério, com as provas já reveladas pelo The Intercept Brasil contra o ex-juiz Sérgio Moro e a Lava Jato.

Precisamos de uma CPI para investigar o caso Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro e do então deputado Jair Bolsonaro, hoje presidente, flagrado pelo COAF movimentando recursos suspeitos. Necessitamos saber de onde vinham esses recursos, uma vez que existem suspeitas da relação do Queiroz com milícias do Rio de Janeiro, e cujos recursos administrados por ele abasteceram até mesmo a conta de Michelle Bolsonaro.

O Plano Nacional da Educação (PNE) não pode ser uma carta de boas intenções. Ou o governo cumpre o PNE ou compromete o futuro do Brasil. Nós temos muita luta para lutar. O que ficou claríssimo aqui é que o PNE é a maior e melhor lei aprovada para a educação brasileira. A sociedade brasileira tem que colocar ‘embaixo do braço’ esse instrumento do futuro da educação e do futuro do Brasil.

Paulão (AL)

Paulo Teixeira (SP)

Vivemos um momento delicado na educação brasileira. As conquistas dos governos Lula e Dilma estão sendo destruídas. Nenhum país avança sem investir na educação e sem respeitar os educadores. É fundamental a união entre as diferentes instituições para a continuidade do que já conquistamos e lutar por mais avanços. A educação é um direito de todos.

Professora Rosa Neide (MT) A política é de suma importância para garantir melhores condições de vida para as crianças do Brasil. Sei bem dos desafios como mãe, que sente na pele o que é ter um filho com autismo. Sei o quanto ainda precisamos avançar, o tanto que precisamos melhorar do ponto de vista das políticas públicas para bem atender crianças e adolescentes brasileiras.

Rejane Dias (PI) 10

Paulo Guedes (MG)

Pedro Uczai (SC)

Falaram tanto de drogas nas universidades públicas, mas onde as encontraram de fato, foi no avião reserva do presidente da República Jair Bolsonaro! Balbúrdia é esse governo! A apreensão ocorrida em Sevilha, na Espanha, é gravíssima e afeta a imagem do Brasil aos olhos do mundo. É o governo Bolsonaro nos fazendo passar ainda mais vergonha internacional!

Reginaldo Lopes (MG) Eles, do governo Bolsonaro, tentaram sepultar assuntos como o laranjal, mas as evidências são tão grandes que eles voltaram à tona. A situação é grave, generalizada, e demonstra que não se trata de um caso isolado de uso de ‘laranja’, nem é mais um ‘pé de laranja’, temos um imenso laranjal envolvendo a família Bolsonaro e o partido dele, o PSL.

Rogério Correia (MG)


Nosso grito de Lula Livre é um grito em defesa da democracia e da justiça, que no Brasil nos últimos anos tem sido seletiva e tendenciosa. Nós, da Bancada do PT na Câmara, temos denunciado esse comportamento da nossa justiça, que levou Lula à prisão sem crime e sem prova. O grito de Lula Livre é um grito em defesa da Constituição.

Rubens Otoni (GO) Houve um aumento de 35% da violência no campo em 2018 em relação a 2017. E esses conflitos atingem 4,6% do território nacional. A minha preocupação é como Bolsonaro está acabando com os conselhos, como vai tratar a questão indígena, quilombola e dos Sem-Terra? A tendência é aumentar ainda mais os conflitos. Esse governo não cuida das pessoas, por isso temos que lutar e derrotar o governo Bolsonaro nas ruas.

Valmir Assunção (BA)

Sobre a Reforma da Previdência, temos a alternativa de fazer o que países como Dinamarca, Nova Zelândia fazem: tornar a Seguridade Social obrigação do Estado ao instituir um modelo de financiamento baseado não nas contribuições dos trabalhadores, mas taxando as maiores rendas. Precisamos revisar os incentivos e criar empregos para garantirmos mais fonte de renda à Previdência.

Rui Falcão (SP) De acordo com a Reforma da Previdência de Bolsonaro, seria necessário ficar formalmente empregado por 40 anos para ter direito à aposentadoria integral. Ou seja, o aumento do tempo de contribuição vai prejudicar principalmente os trabalhadores mais pobres, que sofrem com a alta rotatividade de empregos e com as relações precárias de trabalho geradas pela Reforma Trabalhista e pela terceirização ilimitada.

Vander Loubet (MS)

O desemprego e o subemprego no Brasil são altos porque no governo de Jair Bolsonaro não existem políticas públicas de estimulo à geração de emprego, de renda. A equipe econômica, comandada pelo ministro Paulo Guedes, pensa somente em ações que reduzem o salário, cortar direitos e que em nada favorecem a criação de novos empregos e geração de renda no País.

O governo de Jair Bolsonaro, na sua sanha de desmontar o Estado brasileiro, impõe às universidades públicas e aos institutos federais um corte de recursos de aproximadamente 40% no orçamento. Isso fere de morte a educação pública, inviabilizando praticamente o funcionamento dessas instituições fundamentais e imprescindíveis para o desenvolvimento científico, tecnológico, econômico e social do nosso País.

Se os bancos públicos forem privatizados, quem vai fazer financiamento para agricultores pobres, para estudantes via FIES, ou para financiar casas populares para a população de baixa renda? Com certeza não serão os bancos privados, que trabalham com altas margens de lucro. Por isso não aceitaremos proposta alguma desse governo que pretenda privatizar os bancos públicos neste País.

Apesar de considerado revolucionário para o setor habitacional brasileiro, o Minha Casa, Minha Vida sofre cortes nos investimentos provocados pelo atual governo e já preocupa a construção civil. O MCMV não é apenas um projeto de um sonho de quem antes não tinha onde morar, mas é também um dos maiores vetores de desenvolvimento, geração de emprego e renda e garantia de um fluxo financeiro na construção civil.

Vicentinho (SP)

Zé Carlos (MA)

Waldenor Pereira (BA)

Zé Neto (SP)

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AGENDE-SE!

12 de julho: novo dia de luta contra a Reforma da Previdência

Foto: Lula Marques

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CUT e demais centrais – CTB, CGTB, CSB, CSP-Conlutas, Força Sindical, Intersindical, Nova Central, Pública e UGT – definiram que o próximo dia de luta dos trabalhadores e das trabalhadoras contra a Reforma da Previdência de Jair Bolsonaro (PSL) será em 12 de julho. Além do ato nacional em Brasília, contra o fim da aposentadoria, pela valorização da educação e por emprego, que será realizado em conjunto com a União Nacional dos Estudantes (UNE), as centrais orientam os trabalhadores e as trabalhadoras a se mobilizarem também em seus estados e cidades, coletando assinaturas para o abaixo-assinado contra a Reforma da Previdência, que será entregue ao Congresso Nacional no dia 13 de agosto. Foto: Lula Marques Foto: Manolo-Ramirez

Expediente Líder da Bancada: Deputado Paulo Pimenta (RS) Vice-Líderes: Deputados: Airton Faleiro (PA); Alexandre Padilha (SP); Enio Verri (PR); Erika Kokay (DF); Helder Salomão (ES); Marcon (RS); Maria do Rosário (RS); Marília Arraes (PE); Nilto Tatto (SP); Pedro Uczai (SC);Reginaldo Lopes (MG); Rogério Correia (MG); Rui Falcão (SP) e Zé Neto (BA) Equipe de Comunicação da Liderança do PT na Câmara - Jornalista responsável: Rogério Tomaz Jr. 12


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