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Familiares vão acompanhar por SMS o percurso dos doentes no Hospital
O Hospital Senhora da Oliveira iniciou um projeto informático que permite o envio de mensagens para o telefone de referência de contacto do doente. Assim, após a admissão no Serviço de Urgência, são enviadas pelo menos cinco mensagens com indicações acerca dos procedimentos em curso.
Num primeiro momento, o familiar de referência é informado automaticamente da presença do utente no Serviço e que se encontra em observação Clínica. De seguida, todas as vezes que o doente realize exames, como análises, Tac, ou outros é enviado um novo SMS para o número do familiar para que este seja atualizado dos procedimentos realizados. Neste caso, quatro horas após a realização dos exames é enviado um novo SMS a informar que o doente continua em reavaliação clínica. Por fim, caso o doente tenha alta, ou seja, transferido para o internamento ou outro hospital, O Município de Guimarães iniciou esta terça-feira, 12 de janeiro, a colocação de ecopontos em várias escolas do concelho onde devem ser depositadas máscaras tendo em vista a sua valorização. As máscaras e outro material de proteção contra a pandemia devem ser colocados em ecoponserá enviada também esta informação. Em todos os casos, sendo necessária informação adicional, um profissional de saúde poderá entrar em contacto direto com a família. Este sistema é, segundo fonte hospitalar “importantíssimo para que os familiares tenham a noção de como decorre o processo do seu familiar e evita que se desloquem sem necessidade ao Hospital, evitando aglomerados desnecessários”, pode ler-se numa nota enviada ao Mais Guimarães. O Hospital faz saber também que, na Unidade de internamento Covid OBS, “além da informação diária do médico, tos próprios ou no lixo comum e nunca nos ecopontos de reciclagem. Desta forma, esta iniciativa decorre no âmbito do projeto “Recolher e Valorizar”, através da recolha de máscaras em contexto escolar e a sua valorização em novos produtos. Este é um projeto integrado, está disponível um Tablet que permite realizar videochamadas com os doentes, que apresentem condições para tal depois de um agendamento entre os agregador e multidisciplinar que também engloba a empresa TO-BE-GREEN e o CVR-Centro para a Valorização de Resíduos, que terão a responsabilidade de, a partir das máscaras recolhidas, criar novos produtos feitos à base de fibras têxteis ou valorizá-las em placas poliméricas e briquetes. • familiares e o Enfermeiro responsável da Unidade.” “Tudo isto trás conforto e retira alguma ansiedade ao doente e aos seus familiares”, finaliza a Estavam inscritos 1.786, no entanto, não compareceram nas urnas 185 eleitores. Na Câmara Municipal de Guimarães funcionaram quatro secções de voto, duas no balcão único, uma na antiga entrada do edifício Municipal e outra na Biblioteca mesma nota. O lema desta iniciativa do Hospital Senhora da Oliveira Guimarães é “Tratar, Humanizar, Colaborar”. •
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Colocados ecopontos nas escolas para recolha e valorização de máscaras Voto antecipado: 1.601 já votaram em Guimarães
©Direitos Reservados
Raul Brandão. Como em outros locais do país, entre o meio da manhã e o meio da tarde geraram-se filas, nessa altura, houve eleitores que tiveram que esperar cerca de uma hora para exercerem o seu direito
de voto. •
Retrato de Perfil
Fernandinha por Rui Dias
Nome Fernanda Teixeira Data de Nascimento 1 de junho de 1929 Natural de Guimarães Profissão Vendedora de fruta
No passado dia 14 de janeiro, os Serviços de Ação Social da Universidade do Minho (SASUM) reuniu com a Comissão de Residentes das duas residências de Guimarães e também com a Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho), no sentido de apresentar soluções para as infraestruturas e para os problemas existentes nos quartos e espaços partilhados.
A rua de Santa Maria está diferente, uma das suas referências mais importantes partiu no sábado, dia 16. Fernanda Teixeira, mais conhecida como Fernandinha da Fruta completava 92 anos no dia 1 de junho. Nascida em 1929, ali naquela mesma rua, enfrentou muitas dificuldades e nunca parou de trabalhar, até aos últimos dias da sua vida. A família era grande, como eram quase todas naquele tempo. A mãe fez 18 partos (mais coisa menos coisa, que a memória do irmão da falecida também já se vai desvanecendo), sobreviveram 10. As décadas de trinta e quarenta foram tempos de chumbo, primeiro a recessão depois a guerra, faltava quase tudo a todos, mas faltava ainda mais aos pobres. Em casa só entrava o salário do pai, trabalhador da construção civil. “Naquele tempo, quando chovia não trabalhava, quando não trabalhava não recebia”, conta José Pereira, irmão de Fernandinha. "Ela era a mais velha e foi como uma mãe para nós todos, ajudou a criar-nos”, lembra o irmão, 18 anos mais novo. O destino quis que não criasse filhos seus, embora tenha casado. Ajudou a criar os irmãos e mais tarde criou um sobrinho. O marido partiu há quase quarenta anos. Nunca mais quis nenhum homem. Percorreu sozinha o último troço da vida. Não se pode dizer que estivesse sozinha. Com banca montada na porta de casa, na rua onde nasceu, Fernanda tinha a companhia de todos os que por ali passavam. Desde que o Centro Histórico foi classificado como Património da Humanidade, em 2001 e mais tarde com a Capital Europeia da Cultura, em 2012, o número de visitantes aumentou e a Fernandinha continuou ali, uma testemunha do passado. “A primeira vez que vim a Guimarães parei lá para comprar fruta, estava um dia muito quente. Aquela senhora parecia tão genuína, tão diferente das outras lojas para turista”, conta Márcia, uma brasileira que se apaixonou por Guimarães e agora planeia mudar-se para a cidade. Fernanda nasceu na rua de Santa Maria, cresceu naquela que é uma das artérias mais antigas da cidade, casou com um homem daquela rua, ali fez vida e por ali findou os seus dias. Só as pedras são mais dali do que ela e nem todas. “A nossa mãe também já tinha nascido na rua, no número nove, onde a Fernanda nasceu. Quando fizeram a pousada, a Câmara realojou as famílias num bairro social, em Urgezes, mas a minha mãe estava desesperada. Chorava noite e dia com a ideia de sair daquela rua”, conta José Pereira. Vendo a mulher inconsolável, o pai de Fernandinha acabou por se decidir por outra casa na rua de Santa Maria. “O problema foi a renda. Na nova casa o senhorio pedia mil escudos (cinco euros), com compreensão acabou por se ficar nos 750 escudos, mesmo assim era muito mais que os seis escudos que pagávamos antes”, conta José Pereira. “O meu pai falou com todos nós, porque tínhamos de ajudar. Ficamos com a casa”. Aquela seria a residência de família onde Fernanda ainda viveu com o marido, até se mudar para o lugar onde ficou conhecida pela a sua banca à porta de casa. O irmão admira-a como “uma mulher de trabalho” que nunca parou. Nos melhores anos, terá ido uns dias à Póvoa do Varzim mas, o resto da vida consumiu-a na labuta. Nascida num meio muito pobre, não perdeu a noção de que há outros com mais dificuldades. Era a cozinheira da centenária Ceia de São Crispim, a consoada que a Irmandade de São Crispim e São Crispiniano oferece anualmente aos pobres da cidade. “Este ano não a deixei ir” – confessa o irmão – “estava já muito cansada. Mas, foi o primeiro ano que ela não foi”. Por todo o mundo há instantâneos da simpatia desta vimaranense. Mesmo sem falar inglês, estabelecia comunicação com os turistas que, encantados, lhe pediam para tirar uma fotografia. Os turistas vão e vêm, rostos anónimos. A Fernandinha partiu para sempre, mas deixou uma marca no coração da cidade. • No âmbito da necessidade de uma estrutura de apoio à confeção de refeições, foi apresentado o projeto para construção de uma cozinha no piso do rés-do-chão. Não obstante, a Comissão deixou no entanto a ressalva de que no futuro este serviço poderá ter de ser aumentado para suprimir o aumento da procura existente. Foi também apresentada a modernização do sistema de controlo de acesso à Residência O processo de recolha de votos dos idosos que vivem em lares e eleitores confinados que se inscreveram para votar nas eleições presidenciais iniciou esta terça-feira, 18 de janeiro, em Guimarães, através das Equipas dos Combatentes, não só para melhorar a segurança do edifício, mas também no sentido de aplicar o projeto financiado pelos Serviços de Ação Social da Universidade do Minho (SASUM) para uma melhoria digital. Temas como as problemáticas no uso corrente das residências, alimentação e internet foram também abordados na reunião, acabando os SASUM por abordar o investimento na ligação de rede
Recolha de votos nos lares já iniciou
© CMG
Multidisciplinares. Em Guimarães estão inscritos um total de 175 eleitores. O trabalho de recolher o boletim destes eleitores está a ser feito por equipas devidamente equipadas e com regras sanitárias estritas. • para uma melhor utilização da internet. A AAUMinho “continuará a desenvolver esforços no sentido de estar cada vez mais próxima das dificuldades relativas à temática do alojamento, procurando ser continuamente um agente promotor de soluções que visem minimizar este problema que tem vindo a ser constante ao longo dos últimos anos”, pode ler-se no seu website. •
Confinamento: Cemitérios Municipais encerrados
Os cemitérios municipais de Monchique e da Atouguia estão encerrados, durante o período de confinamento decretado pelo Governo. Desde sexta-feira, dia 15, os cemitérios só abrem portas para as cerimónias fúnebres. A decisão do Município só afeta os cemitérios de Monchique e da Atouguia. O funcionamento dos cemitérios das freguesias depende da decisão das Juntas de Freguesias. No confinamento de março do ano passado, todos os cemitérios foram encerrados e limitado o número de pessoas que podia assistir as exéquias. •