PUC Notícias - #568

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Jornal da Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Goiânia, agosto de 2015 - Ano 25 N. 568

JORNADA DA CIDADANIA

PUC GOIÁS E ARQUIDIOCESE DE GOIÂNIA SE UNEM PARA REALIZAR EVENTO QUE OFERECE SERVIÇOS GRATUITOS EM DIVERSAS ÁREAS.

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Pesquisa: despreparo no atendimento a mulheres. Qual o verdadeiro papel da avaliação? Agosto de 2015 | 568

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Carta do Reitor | EDUCAÇÃO

Expediente

BEM-VINDO, A CASA É SUA!

INSTITUIÇÃO JURIDICAMENTE MANTIDA PELA SOCIEDADE GOIANA DE CULTURA - SGC

Ao longo de sua jornada de quase 56 anos, a PUC Goiás se fez casa de professores, alunos e funcionários que, aqui, constroem e compartilham boa parte de suas vidas e do seu conhecimento. Como em todas as casas, nos lares acolhedores de nossas famílias, aqui também gostamos de receber visitas, que se somam ao nosso dia a dia e que nos ajudam a forjar quem somos. Em alguns momentos, entre eles os festivos, vimos nossos espaços e ambientes acadêmicos se encherem de gente disposta a compartilhar. A partilha, que faz parte de nosso cotidiano, nessas ocasiões especiais se faz ainda mais forte e intensa. Nesses dias nossa casa está preparada para uma grande festa, um momento ímpar de participação e de solidariedade, quando receberemos milhares de pessoas, vindas de várias partes de Goiânia, Aparecida de Goiânia e das cidades vizinhas, buscando oportunidades de cidadania, cultura e lazer. Atendendo a esses anseios e praticando sua missão essencial, enquanto instituição

PUC Notícias - Jornal da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, produzido pela Divisão de Comunicação Social - Dicom/GR Tel.: 3946-1010 Diretora: Carla Oliveira (GO n. 1076 JP) Redação: Belisa Monteiro (GO n. 2343 JP), Diene Batista, Luisa Dias (GO n.01181 JP), Péricles Carvalho (GO n.9684295) e Roldão Barros (GO n.3260 JP) Diagramação: Adriano Abreu Fotografias: Ana Paula Abrão, Wagmar Alves e Weslley Cruz Impressão: Gráfica da PUC Goiás

católica e comunitária, de colocar o conhecimento a serviço da vida e, com isso, disponibilizar seus dons, individuais e coletivos, para servir o próximo, a PUC Goiás e a Arquidiocese de Goiânia realizam a Jornada da Cidadania, evento gestado ao longo de todo o ano e que reúne quatro eventos já tradicionais em Goiânia: a Feira da Solidariedade, a Semana de Cultura e Cidadania, a Semana do Folclore e os Jogos Universitários. De 20 a 22 de agosto, o Centro de Convenções PUC, localizado no Câmpus II, no Jardim Mariliza, receberá milhares de pessoas numa verdadeira jornada de solidariedade e de cidadania. Com o apoio de muitos parceiros e graças ao trabalho intenso de docentes, funcionários e estudantes, ofereceremos serviços nas mais diversas áreas: saúde, educação, justiça, lazer, empreendedorismo e tantos outros.

Estamos prontos para recebê-los! Sejam muito bem-vindos, a casa é sua!

ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR DA PUC GOIÁS GRÃO-CHANCELER: Dom Washington Cruz, CP REITOR Prof. Wolmir Therezio Amado VICE-REITORA Profa. Olga Izilda Ronchi PRÓ-REITORA DE GRADUAÇÃO Profa. Sônia Margarida Gomes Sousa PRÓ-REITORA DE EXTENSÃO E APOIO ESTUDANTIL Profa. Márcia de Alencar Santana PRÓ-REITORA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA Profa. Milca Severino Pereira PRÓ-REITORA DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL Profa. Helenisa Maria Gomes de Oliveira Neto PRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO Prof. Daniel Rodrigues Barbosa PRÓ-REITOR DE COMUNICAÇÃO Prof. Eduardo Rodrigues da Silva PRÓ-REITOR DE SAÚDE Prof. José Antonio Lobo CHEFE DE GABINETE Prof. Lorenzo Lago

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Wolmir Therezio Amado

Associação Brasileira das

Associação Brasileira Associação Brasileira dasdas Universidades Comunitárias Universidades Comunitárias Universidades Comunitárias

Reitor da Pontíficia Universidade Católica de Goiás Presidente do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras

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Associação Brasileira das Universidades Comunitárias

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Associação Brasileira das Universidades Comunitárias

Programe-se

POLÍTICAS EDUCACIONAIS

UNATI

Docentes e pesquisadores da PUC Goiás participam, nos dias 25 e 26 de agosto, do I Colóquio Internacional Educação e Sociedade com o tema Finalidades educativas escolares e internacionalização das políticas educacionais. O evento, promovido pelo Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação, será na Escola de Formação de Professores e Humanidades e no Auditório da Área 4. A abertura será feita pelo doutor Yves Lenoir, da Faculdade de Educação de Sherbrooke, do Canadá, com discussão sobre As finalidades educativas escolares e as didáticas das disciplinas. Quais as relações numa sociedade utilitarista?

O Programa de Gerontologia Social e a Universidade Aberta à Terceira Idade realizam, no dia 24 de agosto, encontro informativo com os idosos às 14 horas, no Auditório 1 da Área 2. O evento é o momento de apresentação do programa da Unati para este segundo semestre, as modalidades de oficinas oferecidas, os professores e as atividades previstas.

ENCONTRO DE DIRIGENTES Nos dias 31 de agosto e 1º de setembro, no Auditório da Área 4, será realizado o XII Encontro Nacional de Dirigentes de Graduação com o tema Tempo de Mudanças no Ensino de Graduação. O evento é uma promoção conjunta da Fundação Nacional de Desenvolvimento do Ensino Superior Particular (Funadesp), da Rede de Dirigentes de Graduação das IES Particulares (Rede DGP) e da PUC Goiás.

QUALIDADE DO AR

INCLUSÃO

O curso de Engenharia Ambiental da PUC Goiás promove, nos dias 15 e 16 de setembro, no Auditório 1 da Área 2, o Seminário Qualidade do Ar: Controle, Monitoramento e Efeitos sobre a Saúde. O evento será aberto, às 19 horas, com palestra do engenheiro especialista Luiz Antônio Germano da Silva sobre a Influência dos poluentes antrópicos na formação da deposição ácida. Mais informações: 3946-1287.

A comunidade está convidada a participar da caminhada pela inclusão da pessoa com deficiência, iniciativa do Programa de Referência em Inclusão Social (Pris) em parceria com a Apae Goiânia, no dia 25 de agosto. A concentração será às 9 horas no anel interno da Praça Universitária com programação até 11h30.

Cobertura completa das atividades no site do PUC Notícias.

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Fazer Ciência | PESQUISA | Por Péricles Carvalho

VIOLÊNCIA DE GÊNERO

Pesquisa revela que profissionais que trabalham nas unidades de saúde desconhecem temas básicos relacionados ao atendimento de mulheres vítimas de violência

Analisar o perfil das unidades de saúde goianas em relação à atenção dada às mulheres vítimas de violência foi tema de uma ampla pesquisa promovida pelo Programa Interdisciplinar da Mulher – Estudos e Pesquisa (Pimep) da PUC Goiás. O estudo intitulado Atenção às mulheres em situação de violência nas unidades de saúde em Goiás foi conduzido pela coordenadora do programa, professora Gabriela Alvarenga, e pelo estudante de Enfermagem, Leandro Alves. A pesquisa concluiu que falta conhecimento por parte dos profissionais que realizam atendimentos nas unidades de saúde em relação à temática e isso tem implicações no serviço oferecido às mulheres. “Quando a pessoa não tem conhecimento e trabalha com saúde pública, acaba não oferecendo o serviço correto e não realiza o atendimento à mulher vítima de violência da maneira adequada”, explica a coordenadora do Pimep. DESCONHECIMENTO DO SISTEMA É no atendimento primário às mulheres que as notificações dos casos de violência são preenchidas pelos profissionais de saúde e é neste momento que a mulher recebe informações a respeito de serviços disponíveis a elas. A notificação é então encaminhada para o distrito regional de saúde e os dados são lançados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). De acordo com Leandro Alves, este é um procedimento compulsório de extrema impor-

tância, previsto por lei. “É a partir dele que são pensadas as políticas públicas para cada região”, explica o pesquisador. Em boa parte dos questionários aplicados durante a pesquisa, os profissionais de saúde mostraram desconhecimento em relação ao processo de notificação. Muitos responderam que as fichas são encaminhadas ao Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam) enquanto a sigla correta do sistema é Sinan. “Apesar dos profissionais alegarem que realizam a notificação compulsória, essa informação fica incoerente frente ao apontamento errado sobre o sistema no qual é realizado o procedimento”, ressalta Leandro. A falta de informação a respeito do funcionamento do próprio sistema de saúde pública resulta em erros no atendimento. Outro fator que dificulta o acolhimento é que, em sua maioria, os profissionais desconhecem locais específicos para encaminhamento das mulheres em situação de violência e não têm percepção acerca da importância do tema para a saúde pública. A pesquisa também testou o conhecimento dos profissionais em relação à Lei Maria da Penha. Os resultados mostram que todos os entrevistados sabem da existência da lei, porém esse ainda é um conhecimento fragmentado, que precisa ser aprofundado. Investir em capacitação e cursos de formação é uma maneira de reverter a situação e dar suporte para que o profissional de saúde possa desempenhar suas atividades de modo satisfatório. De acordo

com a pesquisa, “as capacitações e os cursos de formação, embora fundamentais, ocorrem com baixa frequência no Estado, principalmente no interior, o que pode justificar o despreparo dos profissionais para o acolhimento, atendimento, encaminhamento e notificação na situação de violência doméstica”. PROJETO MAIOR A pesquisa desenvolvida pela professora da PUC Goiás e coordenadora do Pimep, Gabriela Alvarenga, e pelo estudante de Enfermagem, Leandro Alves, faz parte de um projeto maior intitulado As políticas públicas em Goiás na efetivação da Lei Maria da Penha e envolve diversos estudantes e professores da universidade. O projeto está inserido no Pimep e no Núcleo de Investigação sobre Gênero (NIG) da universidade e trabalha temas relacionados a estudos feministas e de gênero. No ano passado, foi publicado um livro com uma coletânea de artigos a respeito da aplicação da Lei Maria da Penha em Goiás. Para a professora Gabriela Alvarenga, é importante ter a consciência de que o aluno é o centro de tudo e que é a partir do ensino, da pesquisa e da extensão que é possível propor mudanças. “Pra nós que estudamos gênero, feminismo e questões da mulher, é muito importante envolver os alunos nessa discussão”, diz ela, que complementa afirmando que é a passagem desse conhecimento e a pesquisa que garantirá a efetivação dos direitos já conquistados e garantirá que outros sejam conquistados.

Pesquisa realizada em 13 unidades de saúde de Goiânia e 48 unidades de saúde no interior. Todos os profissionais entrevistados atuam há pelo menos 5 anos em unidades de saúde pública. Encaminhamento de vítimas de violência de gênero ocorre em 84,6% dos casos em Goiânia e em 77,1% dos casos no interior. Não há um fluxograma claro destes encaminhamentos. Realização da notificação: Embora a maioria dos profissionais afirme realizar o preenchimento das notificações, há confusão em relação ao sistema no qual o documento deve ser submetido, o Sinan. Falta de percepção dos profissionais a respeito da importância do tema para a saúde pública.

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Especial | CIDADANIA | Por Belisa Monteiro | Fotos: Dicom

DE BRAÇOS AB Jornada da Cidadania ocorre de 20 a 22 de agosto no Centro de Convenções PUC, localizado no Câmpus II da universidade. Em sua segunda edição, evento terá impacto e abrangência maiores. Casais que realizam o sonho do matrimônio, crianças com acesso a opções de lazer inexistentes em seus bairros, expedição de documentos gratuitos, exames médicos e diversas outras atrações compõem o cenário da 2ª Jornada da Cidadania, promovida pela PUC Goiás em parceria com a Arquidiocese de Goiânia. Neste ano, uma novidade: o evento será realizado no Centro de Convenções PUC, no Câmpus II da universidade (Jardim Mariliza), no limite do território entre Goiânia e Aparecida, de 20 a 22 de agosto. A Jornada agrega a Semana de Cultura e Cidadania, a Feira da Solidariedade, a Semana do Folclore e a recopa dos Jogos Universitários. A população contará com atendimentos gratuitos nas áreas jurídica, cultural, de saúde, consultoria em negócios e empreendedorismo, Vapt Vupt, INSS, atividades esportivas, oficinas, minicursos, visitas guiadas ao Memorial do Cerrado, entre outros. Um grande evento em um único espaço, mas com impacto e abrangência maiores. Neste ano, uma das novidades da Jornada será a Estação da Construção, que irá orientar o público sobre como construir a casa própria de forma sustentável e econômica. Na programação também recebe destaque a Feira da Solidariedade: um momento de comunhão, solidariedade e partilha que nasce de uma soma de iniciativas de duas instituições (PUC Goiás e Arquidiocese) para reafirmar o compromisso de levar uma mensagem evangelizadora e de ajuda ao próximo. O evento tem o intuito de divulgar e mostrar à comunidade os trabalhos filantrópicos realizados por suas entidades e organizações. Os artesanatos produzidos por voluntários e famílias atendidas nos centros de assistencial social vinculados à Arquidiocese ficarão disponíveis para aquisição a preços acessíveis. Serão expostos artesanatos, bijuterias, almofadas, bordados, bolsas, roupas, entre outras novidades. Concomitante às atividades da Feira ocorre uma programação religiosa com celebrações eucarísticas e adoração ao Santíssimo Sacramento. No dia 22 de agosto, último dia do evento, a grande atração será o tradicional casamento comunitário na Catedral Metropolitana de Goiânia, às 11 horas. Seis casais irão realizar o sonho de oficializar a união com tudo organizado pela universidade. A Jornada da Cidadania nasceu da Semana de Cultura e Cidadania da instituição que, em nove edições, já realizou 1.637.013 atendimentos gratuitos nas mais diversas áreas do conhecimento.


BERTOS PARA A COMUNIDADE SERVIÇOS

ATRAÇÕES

SAÚDE, JURÍDICO, ARTE E CULTURA, CONSULTORIA EM PEQUENOS NEGÓCIOS VAPT VUPT PARQUE DA CRIANÇA INSS PALESTRAS E MINICURSOS MEMORIAL DO CERRADO ATIVIDADES ESPORTIVAS, CULTURA E LAZER

FEIRA DA SOLIDARIEDADE JOGOS UNIVERSITÁRIOS SEMANA DE CULTURA E CIDADANIA SEMANA DO FOLCLORE

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A Jornada da Cidadania é o evento que mais representa a missão da universidade. Aqui temos uma comunidade a serviço de outras comunidades. Pró-reitora de Extensão e Apoio Estudantil, Márcia de Alencar

Mente vazia não produz nada. Preciso me ocupar com atividades produtivas, que fazem bem para mim e também para as pessoas. Maria Valdete, voluntária da Feira da Solidariedade

NOVIDADE ESTAÇÃO DA CONSTRUÇÃO


Em Foco MEDICINA

PRIMEIRA DÉCADA Uma série de eventos celebrou os 10 anos do curso de Medicina da PUC Goiás, nos dias 7 e 8 de agosto. Missa de ação de graças na Paróquia Universitária e sessão solene na Câmara Municipal de Goiânia abriram as comemorações. A programação teve ainda a conferência O que é tornar-se médico!, ministrada pelo prof. Celmo Celeno Porto. Também foi realizada a primeira edição do Encontro de Egressos do curso. Profissionais e autoridades que contribuíram para a fundação da graduação e com sua consolidação foram homenageados, durante o lançamento da revista Medicina 10 anos, elaborada pela Divisão de Comunicação Social (Dicom). Em uma década, quase 400 profissionais foram formados pela instituição.

SOCIEDADE

CAMINHADA ECOLÓGICA

A PUC Goiás prestou apoio técnico, científico e cultural à Caminhada Ecológica, realizada de 20 a 25 de julho, pelo jornal O Popular, do Grupo Jaime Câmara (GJC). Os 29 atletas - 25 homens e 4 mulheres - contaram com o apoio de uma equipe multiprofissional, com professores e alunos dos cursos de Enfermagem, Fisioterapia, Gastronomia e Nutrição da PUC Goiás, além da Cia de Dança Noah, da Coordenação de Arte e Cultura (CAC).

HOMENAGEM

MÉRITO CULTURAL

O reitor da PUC Goiás, prof. Wolmir Amado, recebeu o diploma de honra ao mérito cultural Carmo Bernardes, concedido pelo presidente da Editora Kelps, Antônio Almeida, no dia 7 de agosto. O documento é um reconhecimento aos projetos desenvolvidos pela universidade em defesa das culturas tradicionais.

GRADUAÇÃO

ACOLHIDA MARCA CALOURADA Um tempo especial que deve ser aproveitado com intensidade e riqueza. Assim foi definida a jornada que os novos alunos da universidade começaram a trilhar nos dias 3 e 4 de agosto, durante a Calourada. A tradicional recepção aos alunos da PUC Goiás foi marcada pela mensagem de incentivo. No primeiro dia, os ingressantes receberam informações sobre o projeto pedagógico do curso e o processo de avaliação discente. No segundo, foram acolhidos pela Reitoria.

PNV

ANEC DESTACA TRABALHO

O trabalho desenvolvido pela professora do curso de Psicologia, Vera Morselli, no Programa em Nome da Vida (PNV), foi divulgado na edição de junho da Revista Informativa Educacional, da Associação Nacional de Educação Católica no Brasil (Anec), da qual a PUC Goiás faz parte. A entrevista com a professora foi tema da editoria de Boas Práticas, que divulga o trabalho diferenciado dos colaboradores das instituições católicas.

PUC VC

APLICATIVO PARA OS ALUNOS Foi lançado, no dia 4 de agosto, o aplicativo PUC VC, disponível gratuitamente na Google Play Store (Android) e que, em breve, estará também na App Store (iOS). O primeiro aplicativo da universidade foi desenvolvido pela Divisão de Comunicação Social (Dicom) em parceria com a Empresa Júnior do curso de Ciência da Computação, a Sephirot. O PUC VC é uma evolução natural do Manual do Aluno e oferece fácil acesso a informações que potencializam a vida acadêmica.

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REPRESENTATIVIDADE

PAZ EM CASA O reitor da PUC Goiás e presidente do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (Crub), prof. Wolmir Amado, participou no dia 3 de agosto da 2ª Semana Justiça Pela Paz em Casa, em Brasília. Na ocasião, ele assinou o Protocolo de Compromisso entre o Crub, entidades representativas e a vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia. O objetivo é levar a campanha Justiça pela Paz em Casa para diferentes espaços na luta contra a violência doméstica.

SOCIEDADE

GRADUAÇÃO

LEI MARIA DA PENHA

PRIMEIRA REUNIÃO

A PUC Goiás realiza atividades no âmbito do ensino, pesquisa e extensão para refletir sobre a Lei Maria da Penha, que comemorou nove anos no dia 7 de agosto. Entre as iniciativas, o recente convênio firmado entre o Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (Crub) e o Supremo Tribunal Federal (STF) para a campanha Justiça pela Paz em Casa e a publicação do livro As políticas públicas em Goiás na efetivação da Lei Maria Penha, fruto de um projeto de pesquisa que reuniu professores e estudantes do Programa Interdisciplinar da Mulher (Pimep), em parceria com o Ministério Público do Estado de Goiás.

A recém-implantada Escola de Ciências Exatas e da Computação realizou sua primeira reunião no dia 31 de julho, na Área 2, com a presença dos coordenadores e docentes dos cursos que compõem a Escola. Foi um momento para uma apresentação geral da escola e metas do semestre, além de uma homenagem aos coordenadores que marcaram a história do antigo departamento.

EXTENSÃO

COMITIVA DA PUC Depois de 17 dias no Pará, participando do Projeto Rondon, um grupo de professores e de estudantes da PUC Goiás retornou a Goiânia no dia 3 de agosto, após a imersão na realidade de Jacundá, cidade paraense que recebeu as ações da Operação Itacaiúnas. O grupo com sete acadêmicas voluntárias foi acompanhando pelos professores Sílvio José Queiroz, do curso de Enfermagem, e Adilson Alves da Silva, do curso de Pedagogia, e coordenador do Programa Educação e Cidadania (PEC). O grupo trabalhou junto à população local os eixos cultura, saúde, educação e direitos humanos e jurídicos. CAPELA SÃO JOSÉ

BENÇÃO DE DOM WASHINGTON

Sem esforço, fica uma lacuna que pode fazer falta no exercício profissional. A vida é um dom precioso e temos que aproveitá-la com toda intensidade. Reitor Wolmir Amado, durante a Calourada

É um momento de comemoração, mas de uma pausa para refletir, pois estamos trabalhando na adequação de um novo currículo, com uma proposta de acordo com as novas diretrizes do Ministério da Educação. Prof. Paulo Francescantonio, sobre os 10 anos do curso de Medicina

É uma vivência que não poderia acontecer em outro lugar do mundo. É uma comunidade carente de informação e de atenção e elas puderam dedicar o conhecimento e o olhar humano. Prof. Sílvio Queiroz, avaliando a experiência dos alunos da PUC no Projeto Rondon

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Ensino | EDUCAÇÃO | Por Roldão Barros | Foto: Ana Paula Abrão

REPENSANDO O PAPEL DA AVALIAÇÃO

Tivemos uma inclusão muito acelerada nos cursos de graduação, mas não conseguimos fazer isso sem custos de qualidade

Conferencista propõe que processos avaliativos sejam parte da aprendizagem e não o foco principal no ensino superior brasileiro “Precisamos recolocar a avaliação em seu devido lugar”. Com constatações como esta, o professor dr. Ricardo Mariz, da Universidade Católica de Brasília (UCB), trabalhou a importância de repensar a avaliação no processo de aprendizagem. Na plateia, estavam professores que integram os Núcleos Docentes Estruturantes (NDE) dos cursos de graduação da PUC Goiás, coordenadores e diretores de Escolas da universidade, na abertura da 37ª Semana de Integração Acadêmica e Planejamento (Siap), evento que antecede o início das aulas. Além de fazer uma breve contextualização histórico do ensino superior no Brasil, que teve um aumento muito expressivo no número de estudantes nas últimas décadas, o professor apresentou os impactos disso nos processos de aprendizagem. “Tivemos uma inclusão muito acelerada nos cursos de graduação, mas não conseguimos fazer isso sem custos de qualidade”, constatou. Uma das consequências, segundo o conferencista, é que “esse aluno não é o ideal e nem tem como ser”, o que impossibilita falar de avaliação sem levar em consideração tal contexto.

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Ao mesmo tempo em que uma nova geração de alunos, com diferentes históricos educacionais e visões de mundo, ocupa os corredores das universidades, o mundo atual exige o que Mariz chama de “metas performáticas” em todos os espaços, inclusive no ensino superior. “Se não sou o melhor, tenho que parecer o melhor. Vamos ficando reféns disso”, explica. A consequência mais clara no contexto educacional seria, portanto, a avaliação como foco principal e não a aprendizagem. “A gente vive para o aluno aprender. A prova ocupou uma posição equivocada no processo”, reflete. Se estamos errando na hora de avaliar, qual seria, então, o lugar da avaliação? “Ela é um espelho daquilo que imaginei, como professor, estar acontecendo. Mostra o que preciso ajustar. Serve para que a gente levante questões como ‘Ele de fato sabia o que eu imaginava? No ritmo que eu imaginava?’”, problematiza. NOSSA REALIDADE Na PUC Goiás, desde 2012, todos os alunos de graduação fazem, a cada semestre, a chamada Avaliação Interdisciplinar (AI). Criada pelo Conselho Universitário da instituição, a avaliação se mostrou importante para diferentes dimensões: ao mesmo tempo que cria a cultura da avaliação com foco interdisciplinar e global da aprendizagem, trabalhando o ensino, mas também as habilidades e competências do aluno, faz com que os docentes repensem o papel da avaliação no dia a dia. “Os planos pedagógicos dos nossos

cursos, em sua maior parte, já fazem menção a essa interdisciplinaridade. Mas, claro, a maioria das aulas não é. O que a AI quer é ser esse elemento de indagação para que o curso possa se rever, rever o seu projeto, as próprias metodologias de ensino e de avaliação”, frisa a pró-reitora de Graduação, profa. dra. Sônia Margarida Gomes Sousa. A pró-reitora ainda destaca o que já foi possível aprender e trabalhar com a AI. Além da meta-avaliação que a instituição faz de si por meio dos resultados, da criação de matrizes de referências nos cursos de graduação e da reflexão, para os docentes, sobre as metodologias de ensino e avaliação, a prova traz como vantagem a possibilidade do aluno acompanhar o seu desenvolvimento ao longo da graduação, comparando os resultados obtidos com as médias da sua própria turma e de todo o curso, por meio do boletim individual de desempenho. Entre os novos desafios trazidos pela AI, a professora destaca a correção das provas, tendo em vista que “a AI não começa e nem termina no dia da prova”. O erro passa a ser, então, objeto de discussão na turma, fazendo com que a avaliação seja, de fato, elemento para a aprendizagem. O papel do erro também foi, sem coincidências, um dos destaques da fala do professor Ricardo. “O erro é mensageiro de alguma coisa. Do ponto de visto científico, aliás, o acerto é um erro que ainda não foi descoberto. No futuro, vamos descobrir que muitas das nossas verdades atuais não passam de erros que ainda não percebemos”, aposta.


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