PUC VC #02 by PUC Goiás

#Comportamento

#Carreira

Adereços étnicos ganham a cabeça e o corpo das mulheres.

Já pensou em ser piloto de avião? Saiba o que essa profissão ofecere.

Página 4

Página 14

PUBLICAÇÃO DA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS | GOIÂNIA, SETEMBRO DE 2014 | N. 02

Edição n.2 www.puc.vc

Pontifícia Universidade Católica de Goiás

puc vc

Expediente Puc Vc - Jornal da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, produzido pela Divisão de Comunicação Social - Dicom/GR Tel.: 62 3946.1010

Edição Carla Oliveira {GO n. 1076 JP} Redação Belisa Monteiro Carla Oliveira Diene Batista Larissa Andrade Luisa Dias Péricles Carvalho Roldão Barros João Barbosa {Estagiário}

#Comportamento

6 #DiárioDeBordo

8 #PeloMundo

Projeto Gráfico e Diagramação Roni Carvalho Fotografia Umaitá Pires Wagmar Alves Weslley Cruz

Impressão Gráfica da PUC Goiás {62 3946.1828}

14 #Carreira

#Capa

16 #Pesquisa

Administração Superior Grão-Chanceler Dom Washington Cruz, CP Reitor Prof. Wolmir Therezio Amado Vice-reitora Profa. Olga Izilda Ronchi Pró-Reitoria de Graduação Profa. Sônia Margarida Gomes Sousa Pró-Reitora de Extensão e Apoio Estudantil Profa. Márcia de Alencar Santana Pró-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa Profa. Milca Severino Pereira Pró-Reitora de Desenvolvimento Institucional Profa. Helenisa Maria Gomes de Oliveira Neto Pró-Reitor De Administração Prof. Daniel Rodrigues Barbosa Pró-Reitor de Comunicação Prof. Eduardo Rodrigues da Silva Chefe de Gabinete Prof. Lorenzo Lago

#setembro #2014 #puc.vc

Roteiro cultural

Conﬁra os principais eventos programados para setembro - Página 19

Opinião

Novidades e mudanças permeiam nossa rotina Chegamos à segunda edição do PUC VC com o sentimento de profunda alegria e satisfação pelos resultados alcançados. Vimos essa publicação, pensada e produzida especialmente para você, ganhar os corredores de nossa universidade e a atenção de nossos alunos. Neste novo número, fizemos um mergulho em temas que permeiam nosso dia a dia e que nos impõem o desafio da atualização e do

discernimento. Neste sentido, preparamos uma matéria especial sobre as mudanças que as novas formas de se comunicar – sobretudo no meio virtual - acarretam à língua e à escrita e o exercício diário que devemos fazer para adequar a linguagem ao público e meio que desejamos comunicar. Visite também o site puc.vc e confira versões com ampliação de conteúdo ou imagem.

Wolmir Therezio Amado Reitor da PUC Goiás

Pontifícia Universidade Católica de Goiás

puc vc

#Atualidades

Aluna de Jornalismo ganha prêmio do Estadão

Curta Encontro comemora Dia do Estudante Representantes dos Centros Acadêmicos e das Atléticas dos cursos da PUC Goiás foram homenageados durante comemoração pelo Dia do Estudante, em encontro realizado no dia 2 de setembro, no Plenário da Reitoria. Eles foram agraciados, em nome dos demais acadêmicos da universidade, com medalhas de honra ao mérito.

Acadêmicos marcam presença em congresso de Direito

Foi por meio de uma publicação da professora Noêmia Félix nas redes sociais que a acadêmica de Jornalismo, Sarah Teófilo tomou ciência do 2º Prêmio Tetra Park de Jornalismo Ambiental e resolveu se aventurar. Com uma reportagem sobre iniciativas de fazendeiros goianos que contribuem para a preservação do Cerrado, ela foi a grande vencedora desse concorrido prêmio promovido pelo jornal O Estado de S. Paulo, em conjunto com a Semana Estado de Jornalismo. O anúncio da premiação foi realizado no dia 22 de agosto, em São Paulo. Seis finalistas participaram da etapa final com um júri formado por jornalistas

do Estadão, um acadêmico e uma representante da Tetra Pak. Além do desafio de escrever uma narrativa informativa e clara, a estudante precisou editar o vasto material apurado. “A matéria deveria ter no máximo 3 mil caracteres. Sem me atentar para isso, fui escrevendo, e ao final já havia escrito 15 mil”, relata. Ela também dá dicas aos jovens que almejam aventurar-se nas pautas da vida: “confie em si mesmo e dê o seu melhor. Preste atenção nas palestras, pois além de interessantes, podem ajudar bastante na hora de escolher a pauta e elaborar a matéria”, complementa.

@pucgoias Thaynara Kran twitter.com/thay_gyn @pucgoias Gostei muito do PUC VC, é muito interessante e de bom aproveitamento todas as matérias contidas nele.

Isabella Naves fb.com/iiisanaves A matéria e, principalmente as fotos, sobre grafite em Goiânia ficaram bem bacanas. Gostei. #pucgoias #pucvc

#setembro #2014 #puc.vc

Compartilhe! Siga nossos perfis nas redes sociais, mande sua mensagem, comente, sugira pautas ou marque a hashtag @pucgoias. Sua sugestão pode virar notícia no PUC VC e seu comentário publicado aqui ou no site.

Conecte-se Fb.com/pucgoias twitter.com/pucgoias instagr.am/pucgoias puc.vc

Mais de 1,3 mil alunos da PUC Goiás participaram, nos dias 28 e 29 de agosto, do IV Congresso Ícones do Direito, realizado no Teatro Rio Vermelho. O evento, fruto de uma parceria entre o Instituto Ícones de Ensino Jurídico e a Escola de Direito e Relações Internacionais da universidade, reuniu cerca de 2,5 mil pessoas.

Jogos Universitários Goianos ( Jugs) Estudantes de vários cursos da PUC Goiás disputaram, na última semana de agosto, a 50° edição dos Jogos Universitários Goianos (Jugs), nas modalidades basquete e handebol masculino e futsal e vôlei masculino e feminino. A segunda etapa dos jogos foi realizada nos dias 6 e 7 de setembro, com a disputa de modalidades individuais.

Lafcar tem nova diretoria A nova diretoria da Liga Acadêmica de Fisioterapia Cardiorrespiratória (Lafcar) tomou posse durante a realização de seu segundo curso introdutório, nos dias 25 e 26 de agosto. A acadêmica Fernanda Cristina de Oliveira assumiu a presidência da Liga.

Dia da Engenharia de Produção mobiliza acadêmicos Idealizado pelos estudantes da PUC Goiás, o Dia da Engenharia de Produção foi realizado no dia 22 de agosto com a participação de 200 acadêmicos. A programação foi pautada por palestras, oficinas e simulações envolvendo softwares de produção.

fb.com/pucgoias

twitter.com/pucgoias

4 Moda étnica em alta

texto: Larissa andrade e joão barbosa| fotografia: Umaitá pires

#Comportamento

#setembro #2014 #puc.vc

Moda étnica em alta

texto: larissa andrade e joão barbosa | fotografia: Umaitá pires

Turbantes e lenços voltam a fazer a cabeça das mulheres A maneira de se vestir diz muito mais sobre a personalidade, as preferências e as referências de cada pessoa do que se pode imaginar. Nas ruas ou nas passarelas, adereços, cores e símbolos de etnias que preservaram traços marcantes de sua história e de suas tradições têm inspirado coleções de marcas famosas no mundo da moda. Recentemente um acessório típico da cultura oriental voltou a ganhar destaque entre grifes e celebridades: o turbante. A empresária e professora de moda, Lorena Cantanhede, ressalta que antes de ser um adereço fashion, os turbantes têm sua origem, anteriores mesmo a Maomé, como símbolo religioso, de consciência espiritual, já que, para a cultura oriental, é na cabeça que ocorrem as decisões do bem ou do mal. “O adereço assume várias funções, servindo, também, para representação de status na Índia e até mesmo instrumento para carregar o bebê no corpo na África.”, destaca Lorena. O estilista Paul Poiret foi o responsável por lançar a moda, na década de 1930, quando se inspirou no orientalismo para sua coleção. As princi-

#setembro #2014 #puc.vc

pais adeptas de Poiret foram Simone de Beavouir, Greta Garbo e Carmen Miranda. Nos anos de 1950 e 1960, o acessório pode ser visto em desfiles de marcas famosas, como Chanel e Prada. Segundo a blogueira de moda e estudante do curso de Jornalismo da PUC Goiás, Bianca Sales, o turbante, assim como o lenço, estão voltando com força total para a cabeça e o guarda -roupa da mulher moderna. “Quando surgiram, os lenços e turbantes eram usados principalmente no verão. Mas, devido a grande variedade de tamanhos, formas e estampas, ele vem sendo usado em qualquer estação”, explica a blogueira. Atualmente os lenços mais usados são os compridos, os quadrados e os triangulares. Com essa gama tão grande de escolhas, combinam com calças, vestidos e até com tomara que caia. Mas Bianca alerta que, por serem acessórios que chamam muito a atenção, o segredo é se atentar para as combinações de cores e estampas nas roupas. “Usar um lenço neon com uma blusa rosa é totalmente inviável. São cores fortes demais, que juntas acabam com o look. Para usar um lenço com mais detalhes, o ideal é usar peças de cores neutras”, explica a estudante Leia mais no site www.puc.vc

Diário de bordo

texto: carla oliveira | fotografia: weslley cruz

#DiárioDeBordo

Bio Diego José Fernandes 22 anos Medicina 12º Módulo Prouni

Diego José Fernandes Curiosidade e gosto pela investigação despertaram vocação para a Medicina

#setembro #2014 #puc.vc

Diário de bordo

texto: carla oliveira | fotografia: weslley cruz

Diego é um curioso nato. Ainda criança ficava intrigado e queria saber como um médico, depois de uma conversa e alguns exames, podia ter respostas para perguntas tão difíceis. Nas consultas, sempre ganhou da mãe em número de questionamentos. Curiosidade que cresceu com ele e o levou a decidir o caminho de uma vida inteira. Aos 14 anos, Diego José Fernandes, nascido em Uruana, firmou pé que queria cursar Medicina. Também queria encontrar respostas para perguntas difíceis. Repostas que podem salvar vidas. Começava ali a sua trajetória em busca do sonho de tornar-se médico. Foi estudar na vizinha Ceres e durante três anos percorreu os 40 quilômetros que separam as duas cidades. Em 2009, trilhou os 180 km de Uruana a Goiânia para ingressar no curso de Medicina da PUC Goiás.

“Com a convivência intensa, aprendi a me relacionar melhor com as pessoas, a entender que são diferentes e a valorizar mais as amizades.” Diego José Fernandes - Estudante de Medicina

#setembro #2014 #puc.vc

Hoje com 22 anos e no 12º módulo, Diego se desdobra para concluir o curso. A rotina é atribulada. Começa às 6 da manhã e não tem hora certa para terminar. Multiplica-se para cumprir as atividades diárias na Santa Casa, onde faz internato; concluir o TCC, que discute casos de suicídio na Grande Goiânia; além das providências para formatura, e, é claro, a vida fora da faculdade. Com a rotina corrida e a dedicação em tempo integral, os laços criados na sala de aula se estreitaram e colegas de

turma se transformaram em amigos da vida. Compartilham não só os livros, as dúvidas e as aulas. Dividem as próprias dores, os anseios, as dificuldades e também as alegrias. Com a convivência intensa, Diego aprendeu lições que não estão nos livros de Medicina: conviver melhor com as pessoas, entender que são diferentes, valorizar mais as amizades. E é com os amigos que ameniza a saudade dos pais, que continuam a morar na casa de 21 anos atrás, e dos finais de semana na chácara da família. Tem a sorte de contar com a companhia da irmã, em casa e na Medicina. Ela cursa o 6º módulo do curso. Mas no caminho que escolheu, ele, que gosta de encontrar respostas, nem sempre deu aquelas que gostaria. Precisou dizer o que preferia não falar para pacientes para os quais não havia muita esperança. Lembra de momentos que gostaria de esquecer, mas que como médico sabe que serão mais frequentes do que deseja. “Um paciente sofreu uma parada cardíaca na enfermaria, no momento da visita, quando a família estava lá. Foi desesperador”, recorda. E é justamente da dor alheia que Diego quer cuidar. Para isso, quer especializar-se em Neurologia Clínica e atuar na investigação da dor crônica. Continua curioso e quer usar esse gosto pela investigação para amenizar o sofrimento de outras pessoas

passaporte para o intercâmbio

texto: diene batista | fotografia: arquivo

#PeloMundo

Passaporte para o intercâmbio Domínio de língua estrangeira é fundamental para quem sonha em estudar fora do Brasil Há pouco mais de um mês, a estudante de Direito da PUC Goiás, Bárbarah Magalhães, realiza o que ela classifica como um sonho de infância: estudar em outro país. O Chile foi o destino escolhido pela jovem, atraída, sobretudo, por uma facilidade proporcionada pela Universidade Católica do Norte (UCN): a instituição não exige a comprovação de fluência na língua espanhola. Passada a euforia inicial, Bárbarah admite que foi corajosa ao enfrentar esse desafio. “Aqui, aprendemos ‘chileno’, pois falam muito rápido, mas aos poucos vou conhecendo a língua”, relata, em entrevista concedida ao PUC VC por e-mail. Em terras chilenas, a estudante terá a oportunidade de ampliar seus conhecimentos: ela está frequentando as aulas de francês, oferecidas pela própria UCN.

Inglês

#setembro #2014 #puc.vc

Espanhol

English

Español

Exame de proﬁciência TOEFL , IELTS, First Certificate e CPE Países com convênios Canadá, Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia

Exame de proﬁciência DELE Países com convênios México, Colômbia, Peru, Bolívia, Argentina, Chile e Espanha

passaporte para o intercâmbio

texto: diene batista | fotografia: arquivo

China

A goiana também confia na interação com outros intercambistas para aprender suas primeiras palavras em outros idiomas, como o alemão. “Convivo com intercambistas de todo mundo”, diz. Ela vê a interação cultural como um dos pontos positivos da experiência e garante: quer repetir a dose até o final da graduação, dessa vez com uma viagem para a Europa. Academia

Capital: Pequim

Nem sempre dá para contar com o conhecimento acumulado sobre uma língua, sobretudo quando o intercâmbio tem fins acadêmicos. Professora de Inglês na PUC Idiomas, Karina Salomão frisa que esse ambiente exige um bom desempenho na compreensão oral, além do domínio da variedade formal da língua.

Língua oficial: Chinês

Mas calma! Karina lembra que muitas universidades no exterior oferecem cursos para que os intercambistas aprimorem o conhecimento linguístico. “Muitas vezes isso acontece antes que o aluno possa começar seus estudos específicos em sua área”, explica. Foi o caso da estudante de Arquitetura e Urbanismo da PUC Goiás, Camilla Bueno. Há um ano, ela vive na China. Os primeiros 12 meses foram dedicados ao aprendizado do mandarim, o idioma oficial do país. Só agora ela iniciará os estudos específicos de sua área. Testes Quem escolheu uma instituição que exige a comprovação de proficiência, precisa ficar atento. Os testes – e o desempenho satisfatório - variam de acor-

Área: 9 596 961 km² Fuso: +11 horas Site: br.china-embassy.org/por/

do com o país e com a universidade selecionados. No caso dos Estados Unidos, pontua Karina, o mais comum é o TOEFL, cujo preço gira em torno de R$ 550. “Para os alunos do Ciência sem Fronteiras, essa prova é diferenciada. A pontuação é determinada pela universidade e pode variar”, pontua.

Francês

#setembro #2014 #puc.vc

Curiosidades

Além do TOEFL, há ainda o TOEIC, direcionado para o mercado de trabalho. Com validade de dois anos, o teste custa cerca de R$ 200. Outros exames mais comuns são os IELTS e os exames da Cambridge, como o First Certificate e o CPE, o mais avançado, aceitos em instituições do Reino Unido, da Austrália e da Nova Zelândia. Nesse caso, o custo é um pouco mais elevado: média de R$ 600

Leia mais no site www.puc.vc

Italiano

País com maior população mundial, a China possui 1,3 bilhão de habitantes (2011) e abriga a maior construção do mundo: a Muralha da China, com 21.196 Km de extensão. Com tanta gente, o país é o campeão mundial em consumo de energia. O problema é que 70% dessa energia são produzidos por carvão mineral, altamente poluente. A culinária chinesa é um capítulo à parte. No cardápio, pratos como ensopado de cobra e de cachorro, barbatana de tubarão e sopa de ninho de andorinha.

Árabe

Français

Italiano

‫ﺓﻱﺏﺭﻉﻝﺍ‬

Exame de proﬁciência

TCF, DELF e DAL

Celi, CILS

Arabic Placement Exam

Países com convênios França, Bélgica e Canadá

País com convênio Itália

País com convênio Líbano

(realizado pela universidade de destino)

a m u m a r ia r c s i a u t r i v s t a h c o m o

Saiba c

xt r PĂŠ

s le ic

al rv

#setembro #2014 #puc.vc

11 texto: letícia santana | fotografia: Umaitá pires

m a linguage

so s i o m o c rópria e

ra i e n a m a influencia

A internet mudou a maneira como as pessoas se relacionam. É consenso entre os jovens que a comunicação ocorre mais no campo virtual do que em encontros pessoais. Nesse contexto, as conversas são limitadas ao menor número de caracteres e a simplificação da escrita criou uma linguagem cifrada, cheia de abreviações, neologismos e memes – é o chamado internetês. Mas qual é o impacto desta linguagem na escrita e como adequar as diferentes maneiras

#setembro #2014 #puc.vc

e v e r c s e ê c como vo de se comunicar a contextos específicos, como o acadêmico, sem cometer deslizes gramaticais? Essa é uma questão que preocupa linguistas e principalmente jovens, que se veem perdidos em meio à simplificação da internet e as difíceis regras gramaticais. De acordo com o professor da Universidade de Brasília (UnB), Marcos Bagno, autor de livros como Preconceito Linguístico – O que é e como se faz, a internet é um meio próprio de comunicação, e por isso mesmo tem seus próprios mecanismos.

vc tc assim tb?

texto: péricles carvalho | fotografia: weslley cruz

Nos chats, um acento ou um til faz toda a diferença e a omissão de recursos gráficos permite que a troca de informação seja feita de modo rápido, sem que a compreensão da mensagem seja comprometida. Bagno explica que essas construções são alternativas gráficas e que as mesmas não causam grandes impactos na língua portuguesa como um todo, até porque esse tipo de linguagem já era utilizado em telegramas, anúncios de classificados e outros meios que pediam uma simplificação da linguagem. A professora de Letras da PUC Goiás, Cida Borges, concorda com Bagno e diz que não se podem ignorar as novas maneiras de comunicação, mas é preciso ter cuidado e saber utilizá-las no contexto correto. “Essas mensagens cumprem suas funções no contexto em que se inserem, mas o grande problema é que os estudantes têm levado esse tipo de linguagem para o contexto acadêmico”, afirma.

WIKIONÁRIO aum, ñ, n - Que contém ou exprime negação O-N . NÃ ( R e l m a t q i v , o ) m A quele que, Ke m a queles q e ue. Qu i - (Adv.) Neste lugar. A este lug k A ar. Nest ui a ocasiã Aq o. r ) a l c B . a e t t e ( r e m c teclas. t r a l Tec racterísticas ou qualidades indicad Eh - Ca as pelos a djetivos É. k i d E x k i p F r e s s ã a o c relacionada di a a a conselh Fic os. ra a faculdade - PartiuFacul. tiu pa r a P pron. Emprega-se como segu nda pess ê - vc oa. Voc c e h d e gar os lábios a a Ato j b lguém ou jo a algum Bei a d a u ç ã a o S e c z o l n b ﬁ r m ação na in a z e l ternet. Be q - em razão de, pelo motivo p e u q de, visto Por que.

#setembro #2014 #puc.vc

Os estudantes do sétimo período de Arquitetura e Urbanismo da PUC Goiás, Samara Resende e Fernando Santana, concordam que grande parte das conversas entre amigos ocorre no Whatsapp. Para eles, a linguagem é marcada por abreviações e memes, em uma tentativa de simplificar a escrita e trocar mensagens de maneira mais rápida. “A criação dos chats mudou muito a maneira como me relaciono com meus amigos. Acabo passando muito tempo on-line conversando com quem está longe mesmo quando estou no mesmo ambiente que outros amigos”, disse Fernando. O uso dos populares memes também facilita a conversa on-line – Samara e Fernando afirmam que os memes são parte do cotidiano deles e costumam expressar sentimentos, críticas e ironia. São imagens que viralizam na rede com piadas e textos irônicos, geralmente reproduzindo fotos de celebridades ou cartoons. Para Cida Borges, esse tipo de linguagem é muito interessante porque consegue sintetizar um pensamento ou crítica. Bagno também afirma que essas variedades linguísticas são muito bem-vindas e ajudam a renovar a língua.

vc tc assim tb?

texto: péricles carvalho | fotografia: weslley cruz

Internetês X Norma culta Para Samara Resende, é preciso ter muito cuidado com a linguagem, principalmente em relação aos trabalhos acadêmicos e o mercado de trabalho. “Tenho sempre que reler os e-mails que envio para evitar que passe algum 'vc' ou qualquer outra abreviação que uso no Whatsapp”, disse ela, que confessou cometer alguns deslizes vez ou outra, tudo por “falta de atenção”, complementa. De acordo com a professora Cida, é comum que os alunos cometam tais erros. Com ampla experiência em bancas de vestibular, ela ressalta, que como esses jovens estão imersos na nova linguagem, acabam se confundindo e deixando passar expressões que são consideradas erradas no meio acadêmico. “O aluno sabe como dizer partiufacul do modo correto, mas muitas vezes a pressa e a falta de atenção resultam em erros”.

Oi td Joia? blz e vc? Bem tb, oq vai fazer no fds?

Tanto para Bagno quanto para Borges, o fato dos alunos confundirem as linguagens e não conseguirem se expressar de modo correto no meio acadêmico revela um problema muito mais sério do que a simplificação on-line da língua e está relacionado especificamente à deficiência do ensino básico da língua portuguesa. “A solução para esses problemas é sempre a mesma: letrar nosso povo”, afirma Bagno.

Como escrever melhor? É possível que você tenha chegado até o final do texto e se pergunte: como evitar o ínternetês e me adequar à linguagem acadêmica? Não há uma resposta única para isso, mas a professora Cida Borges, compartilha que estudantes e jovens em geral podem melhorar a escrita utilizando a própria internet como instrumento de pesquisa e aprendizado. Ela ressalta que o mundo on-line é rico em conhecimento e que, de certo modo, os recursos disponíveis são subutilizados. Outro ponto importante é perceber

#setembro #2014 #puc.vc

que apesar de não se tratar de uma linguagem errada, o internetês tem contexto próprio, assim como a norma culta. Ter sensibilidade e compreender em qual espaço deve-se utilizar cada linguagem é primordial para que os jovens aprendam a diferenciar os tipos textuais. E, por último, o mais importante: investir na leitura. “É preciso que a universidade trabalhe de modo a mudar essa mentalidade de que ler é chato. E por parte dos estudantes, é preciso se empenhar e desfrutar da leitura”, conclui a professora

Ao Infinito e além

texto: belisa monteiro | fotografia: weslley cruz

#Carreira

Ao infinito e além Imagine sobrevoar a Cordilheira dos Andes, no Chile, com temperatura negativa e no dia seguinte avistar as praias do Rio de Janeiro, sob um calor de 35 graus?! Pousos e decolagens podem ser uma "rotina" inimaginável para outras profissões, no entanto são cenas cotidianas para um piloto. Com a duração de sete semestres, o curso de Ciências Aeronáuticas da PUC Goiás conta com um parque tecnológico composto por quatro simuladores de voo (Airbus A320, Caravan G-1000, Boing 1737 e um Caravan analógico), sem mencionar o laboratório de voo simulado e uma turbina de aeronave supersônica Mirage, cedida pela Base Área de Anápolis, exposta na Área 1 (Setor Universitário). Além de concluir todas as disciplinas exigidas, o acadêmico precisa computar 150 horas de voo para graduar-se. A brevê de piloto privado (autorização que o aluno possui para pilotar um avião monomotor visual) é conquistada quando o estudante conclui as suas primeiras 40 horas de voo. Informação importante: caso o estudante não tenha bons conhecimentos #setembro #2014 #puc.vc

em Inglês, a carreira literalmente não decola. Dedicação e responsabilidade também são competências humanas que precisam acompanhar a prática aeronáutica. Ressalva: as companhias áreas dão preferência aos pilotos graduados em universidades. A PUC registra 300 egressos atuantes em grandes companhias aéreas, inclusive nas internacionais, como Emirates, China e Catar. "Quando os nossos alunos escutam de um comandante ‘um dia estive sentado no seu lugar’, eles percebem que o sonho é possível", ressalta o coordenador do curso, prof. Raul Francé Monteiro, comandante com experiência de três décadas na prática aeronáuticas e há 15 anos à frente do curso. A presença das mulheres, na academia e no mercado aeronáutico, também tem sido notável. “Nossas alunas voam em todas as empresas grandes do Brasil. Isso é uma mudança de paradigma social muito importante”, relata o comandante.

Ao infinito e além

texto: belisa monteiro | fotografia: weslley cruz e arquivo pessoal

Profissão piloto “O escritório é pequenininho, mas a vista é inigualável. Muitas pessoas nos dizem que vemos em um único dia, o que elas não veem uma vida inteira”, conta o egresso Márcio de Sousa, atualmente copiloto de um Airbus A320 da TAM Linhas Aéreas. “Quem é piloto, já nasce piloto. Enquanto uns brincam de carrinho, outros brincam de avião”, pontua. Márcio, que trabalha na TAM há três anos e meio, viaja para diversos lugares do Brasil e da América do Sul. “É preciso ter raciocínio rápido e também trabalhar sob pressão”, aconselha. O salário médio de um copiloto da aviação comercial é de R$ 12 mil. Os profissionais cumprem uma carga horária de 44 horas semanais (cerca de três a quatro pousos por dia).

Marcio Souza, no Boeing 777 Gustavo Rodrigues - Estudante de Ciências Aeronáuticas

"Entrei aqui com a cara e a coragem". Foi assim que Nathália Cintra, acadêmica do 4º período e bolsista integral pelo Prouni, ingressou no curso: com um sonho a conquistar. Atualmente licenciada com a brevê de piloto privado, a jovem é técnica de laboratório concursada pela universidade e auxilia na montagem e programação dos simuladores de voo. Sua primeira viagem como passageira de um avião ocorreu após seu ingresso na universidade e as primeiras horas de prática aérea foram realizadas em um Cesnan 152. “Não há nenhuma restrição por ser mulher, os colegas me tratam de igual pra igual. Depois que você entra para aviação, você não consegue sair mais”, pontua. #setembro #2014 #puc.vc

Ao lado da acadêmica, estava o jovem Gustavo Rodrigues, natural de Itaipé, Minas Gerais, que também é piloto privado e concilia o curso com aulas de Inglês e o trabalho voluntário no laboratório. A primeira viagem de avião ocorreu aos 13 anos de idade, num voo de São Paulo à Miami. “Se você comparar a quantidade de aviões que voam com o número de acidentes é um índice pequeno. É, de fato, o meio de transporte mais seguro”, analisa. A forma de ingresso na graduação em Ciências Aeronáuticas é pelo vestibular e, caso aprovado, o calouro deve apresentar o certificado médico aeronáutico no ato da matrícula, para comprovar se está apto para a atividade

Nathália Cintra - Estudante de Ciências Aeronáuticas Leia mais no site www.puc.vc

química mambembe

texto: Belisa Monteiro | fotografia: Wagmar alves

#Pesquisa

Química 11

Grupo

Ma M

Be M química

itinerante

Be puc

Como funciona o projeto? Quem participa? Quais os objetivos? Quem avista, de longe, a carreta do projeto Química Mambembe, do curso de licenciatura em Química da PUC Goiás, atenta-se para essa cena inusitada: os chapéus coloridos, brinquedos lúdicos, televisão e bonecos chamam a atenção do público, provando como essa área do conhecimento se faz presente da vida das pessoas. Para os alunos, é uma forma divertida de aprimorar o currículo e treinar habilidades para transmitir um conteúdo a públicos diversos. Para a população, é um alerta sobre o uso indevido dos produtos químicos. Engana-se quem pensa que esses cuidados básicos envolvem apenas a segurança do indivíduo: eles extrapolam os muros do lar, englobando a esfera econômica, social e ambiental. “Trabalhamos muito com a questão da compostagem: ensinamos como as pessoas podem usar resíduos de alimentos para produzir adubo. É um gesto simples que reduz em 60% o lixo que vai ser transportado para o aterro sanitário”, atenta a coordenadora do projeto, profa. Sandra Longhim. Ela socializou as experiências da pesquisa no Encontro Nacional do Ensino da Química, realizado em Ouro Preto, Minas Gerais, entre os dias 19 e 23 de agosto. Quando participam das feiras, os alunos montam e expõem um aquecedor solar, #setembro #2014 #puc.vc

que leva materiais como garrafas pet e caixa d'água, uma saída alternativa para quem quer economizar na conta de energia. “É um sistema barato que aquece a água, não sendo necessário utilizar a água do chuveiro, por exemplo”. Além de oferecer orientações, a equipe distribui manuais e utiliza ferramentas interativas para simplificar conceitos tidos como complexos. Por de meio de um simples aquecedor, a pessoa economiza cerca de 50 reais por mês. A equipe Mambembe participa onde é chamada: pecuária, semana de ciência e tecnologia, feiras de ciências

de escolas do interior, Jornada da Cidadania, entre outros. O projeto recebe recursos do Cnpq e, desde 2011, trabalha na divulgação da química como ciência, promovendo a inclusão e a sustentabilidade. Quem participa? Participam do projeto alunos de todos os períodos do curso de licenciatura em Química da universidade, incluindo os monitores e bolsistas do Programa de Iniciação à Docência (Pibid). “É uma forma diferenciada de formação de professores e é muito gratificante

química mambembe

texto: Belisa monteiro | fotografia: Wagmar alves

levar essa informação às pessoas”, diz Izabelle Linhares, 6º período, que já participou da Semana de Ciência e Tecnologia, Projeto Ciranda e outros eventos da universidade. Já a estudante Angélica Ramos, 7º período, que ingressou no projeto por meio do Pibid, destaca que a iniciativa aproxima alunos e professores. “É uma relação mais afetiva, pois vivenciamos nossas experiências juntamente com os estudantes”, ressalta. Cuidado! Tendo em vista a aplicabilidade dos conhecimentos químicos, aqui vai uma dica especial da profa. Sandra Longhim: a mistura de produtos de