Pug Times Magazine #1 - Português

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ABRIL DE 2016 - ANO 1 / EDIÇÃO 01 WWW.PUGTIMESMAGAZINE.COM PUGTIMESMAGAZINE@GMAIL.COM

E mais

A Medicina Tradicional Chinesa e os Pugs Pugs e alterações de deambulação dos membros pélvicos

CRIAR PUGS:

SERÁ QUE É PARA MIM? Criar Pugs é um desafio. Você está disposto?

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EDITORIAL

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á pensávamos em voltar escrever sobre os Pugs, pois se passou um bom tempo desde que lançamos o livro de memórias de nosso canil. Escrever outro livro, como me sugeriu um amigo? Talvez, mas, diante de tantas mensagens recebidas pelo Facebook com pedidos de ajuda, a revista se apresentou como uma opção mais objetiva, onde poderíamos falar a muitas pessoas, de forma periódica. Entendemos que conhecimento deva ser compartilhado, principalmente aquele aprendido na criação e no convívio de tantos anos com a raça. Vamos falar do que tem dado certo e do que tem falhado com nossos Pugs. Temos o privilégio de acompanhar o nascimento, a infância, a idade adulta e a fase reprodutiva de inúmeros cães. Assistimos também ao envelhecimento e à morte de todos os que viveram em nossa casa.

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Mesmo que a verdade não seja algo absoluto e invariável, acreditamos, que, pela estrada percorrida, tenhamos algo de útil a oferecer a proprietários e criadores iniciantes. Estes terão uma atenção especial em nossa revista, pois sabemos o quanto é difícil começar a criar uma raça tão cheia de peculiaridades. Devemos ter instalações específicas para criar? Como montar um plantel? Como entender de pedigrees? Deve-se usar a monta natural ou inseminar? E na hora do parto, como intervir? Como cuidar dos filhotes e lidar com os problemas que surgirem? Para os proprietários as dúvidas não são menores, e o conhecimento das particularidades da raça previne situações de risco a que estão expostos os Pugs, pelas suas características. Como saber se essa é a raça ideal para si? Como escolher um filhote saudável e um criador sério? Como cuidar bem de seu Pug?


ÍNDICE

RAÇA PUG

CRIADOR INICIANTE CRIAR PUGS:

SERÁ QUE É PARA MIM? A Medicina Veterinária e a Medicina Tradicional Chinesa - que tanto bem tem feito a nossos cães - vão estar representadas em artigos escritos por vários profissionais de saúde com experiência na raça.

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M E D I C I N A O R I E N TA L A MEDICINA TRADICIONAL

CHINESA E OS PUGS

EXPERIÊNCIAS DE CRIADORES

ENTREVISTA COM: ROSEMARY ROBLES (POCKET PUGS)

Vamos conhecer estórias de experiências interessantes, de situações difíceis ou engraçadas que nossos leitores tenham vivido com seus pugs. Teremos uma sessão onde criadores de Pugs reconhecidos em todo o mundo nos darão a honra de falar de sua vivência. Na sessão de cartas do leitor, ele vai expor suas dúvidas e dar sugestões para temas futuros. Nos classificados, os anunciantes poderão publicar a foto de seu Pug ou divulgar seu trabalho como criadores e expositores. Os veterinários e clínicas terão sessão específica para seus anúncios, e os prestadores de serviço, como petshops e outros, também contarão com seu espaço em nossa revista. Assim esperamos ser de utilidade a muitos, e talvez, como acréscimo de algum detalhe, aos que já têm experiência na arte de criar ou de conviver com esses pequenos seres tão especiais como os Pugs.

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M E D I C I N A O C I D E N TA L

PUGS E ALTERAÇÕES DE DEAMBULAÇÃO NOS MEMBROS PÉLVICOS CO M O L I DA M O S COMO LIDAMOS COM

PROBLEMAS DA MARCHA

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EDITORIAL

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M U I TO P R A Z E R , M R . P U G APRESENTAÇÃO DA

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ACO N T EC E U CO M I G O

POR SILVIA TEIXEIRA (CANIL AVENGAR)

C A R TA S D O L E I T O R DÚVIDAS DOS LEITORES ESCLARECIDAS

POR CRIADORES EXPERIENTES

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EXPEDIENTE Editora e diretora: Angela Nabuco Foto capa: Bibbo Camargo Fotos: Todas a fotos de cães são de propriedade do Canil Nabuco, ou enviadas e autorizadas por seus proprietários. Matérias: Angela Nabuco e Dr William Costa Estellai Consultores: Dra. Ana Paula Daibert e Dr. William Costa Estellai Colaboraram nesta edição: Dra Ana Paula Daibert, Rosemary Robles, Silvia Teixeira, Dra Alice Boing, Marilei Saldanha, Dr Thiago Vaz Lopes e Dra Priscila Cesário Vieira Tradução: Ramon Xavier Monteiro Direção de arte, diagramação e ilustração: Inhamis Studio Anúncios, sugestões e reclamações: pugtimesmagazine@gmail.com

Que sejamos merecedores dessa raça tão encantadora, que modificou a nossa vida e que certamente tem modificado ou ainda irá modificar a de todos vocês.

C O N TAT O

Angela Nabuco Editora

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MUITO PRAZER, MR. PUG

MUITO PRAZER, MR. PUG Escrever sobre Pugs é um prazer. Escrever para aqueles que os amam é prazer ainda maior, certeza de ser compreendido. PO R A NGEL A NABUCO

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alo dos que convivem com um ou mais deles – difícil ter somente um. Daqueles que digitam no computador com seu Pug dormindo ao colo, e de vez em quando pisando no teclado, sem a menor cerimônia, e talvez tendo outros espalhados pelo cômodo, de onde podem ver seu dono, mantendo-o sob controle. Falo daqueles que dormem embalados pelo infalível ronco de seus Pugs, soltando pelos nos lençóis. Os anjos de quatro patas posicionados onde melhor lhes aprouver: seja bem no meio da cama, empurrando quem está

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dormindo, aos poucos, para a beirada, seja no meio das pernas ou sobre o travesseiro do dono, formando com o próprio corpo uma espécie de coroa ao redor da cabeça de seu humano, uma auréola de santidade para aquele que, completamente rendido, está irremediavelmente refém de sua sedução. Me refiro àqueles que presenciam a expressão de espanto e tristeza de seus Pugs quando estes são impedidos de lhes acompanhar por todos os cômodos da casa. Dos que recebem um olhar de indignação quando - suma desfeita - vão para a rua, deixando os pobres cães


de seus humanos, para trás. E dos que assistem a grande alegria deles ao retornarem à casa, já completamente perdoados de sua grave falta. Falo também dos que se atrevem a criá-los com responsabilidade, cuidando dia e noite das ninhadas, enquanto as fêmeas dormem tranquilas, sem se preocuparem com seus bebês. Dos que choram as inevitáveis perdas relacionadas à reprodução dos Pugs, amando e respeitando seus cães, e colocando com critério os filhotes em lares responsáveis e amorosos. Daqueles que aceitam o grande desafio que isso representa, e do qual falaremos incansavelmente. Esse fascínio pelos Pugs é tão antigo quanto a raça, há mais de dois mil anos entre nós, nascida na remota China e criada para conviver com a dinastia Ming. Desde sempre, um cão para poucos, que nunca teve de lutar pela sobrevivência. A garantia de continuidade da raça não estava no instinto, por exemplo, na capacidade da fêmea de parir sozinha e cuidar de sua cria, pois o dono assumiria esse papel. Ou na sua habilidade de caçar, desenvolvendo dentes afiados para triturar a carne, pois o alimento viria preparado, em tigelas de rara beleza. Ou na prontidão de montar guarda na porta da casa em troca dos restos da comida, já que a ele cabiam as cores vermelha e dourada das almofadas chinesas. Sua garantia de

e o cumpre à risca, acompanhando-o como uma sombra.

MUITO PRAZER, MR. PUG

A raça fez um juramento de jamais se afastar

sobrevivência estava na capacidade de seduzir. Um cão de companhia por excelência, que deveria se especializar na arte de encantar seus donos e fazê-los sentir como os mais notáveis e amados habitantes da Terra.

O Pug saiu da China e viajou pelo mundo nos barcos dos holandeses, expandindo o seu reinado pelos países da Europa, de forma especial na Inglaterra e França. Seguiu como um cão de companhia da nobreza, encantando Maria Antonieta, e se impondo a Napoleão como o senhor do castelo. 5


MUITO PRAZER, MR. PUG

Para acentuar o seu aspecto exótico e exclusivo, o Pug foi bastante modificado com o passar do tempo, através de seleção genética, pagando um preço alto, em termos de saúde, por essas mudanças. O focinho se tornou mais e mais achatado, o que lhe dificultou a respiração e tornou seus olhos mais expostos a ferimentos. O rabo se enrolou, ganhando o formato de uma rosquinha, curvado de forma aderida sobre o dorso encurtado, o que lhe rendeu alguns problemas na coluna de vértebras espremidas. As pernas ficaram mais curtas, com ossatura bastante larga e possante. O corpo se tornou quadrado, forte e compacto, o que justificou o conceito de multum in parvo, que em latim significa muito em pouco, em alusão ao seu tamanho pequeno e sua estrutura poderosa.

Sua garantia de sobrevivência estava na capacidade de seduzir.

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A raça fez um juramento de jamais se afastar de seus humanos, e o cumpre à risca, acompanhando-o como uma sombra. Mira-o com os olhos grandes e expressivos, a cabeça se inclinando para um lado e para o outro, como a tentar compreender o que lhe é dito. Essa cabeça redonda, sem focinho, à semelhança de uma mão fechada em punho, é uma das possíveis explicações de ser chamado de Pug, numa alusão à palavra pugnus, também do latim, de mesmo significado. Conhecido em diferentes países como Carlino, Mops ou Carlin, o Pug enfeita o mundo em duas variedades: o negro sólido ou as muitas variações do bege, com a máscara e as orelhas negras. Quaisquer outras colorações denotam miscigenação com outras raças e devem ser severamente evitadas, e esses cães nunca usados como reprodutores ou matrizes. A pelagem é sedosa, curta e densa que ele deixará cair por onde passa, se o dono se furtar a escová-lo diariamente, como uma punição por tão grave esquecimento. Há que se limpar


Mr. Pug pode viver em espaços pequenos, embora isso não seja tão desejável pela sua tendência a ganhar peso. Bon vivant que é, costuma apreciar a arte de comer bem e muito, e nesse requisito é preciso resistir à tentação de lhe fazer todas as vontades, pois a obesidade vai cobrar a ele um tributo alto na saúde delicada. Viver com um Pug é algo muito peculiar, um aprendizado em muitos sentidos. Seja na disciplina de seus cuidados diários ou na adaptação da casa para suas necessidades, tais como um piso antiderrapante para protegê-los dos problemas articulares, ou propiciar-lhes um lugar fresco e arejado, já que o calor representa uma séria ameaça à sua sobrevivência. O aprendizado inclui a compreensão de suas enormes necessidades emocionais, da sua carência de atenção e companhia, não o deixando sozinho por um dia inteiro.

MUITO PRAZER, MR. PUG

O aprendizado inclui a compreensão de suas enormes necessidades emocionais, da sua carência de atenção e companhia, não o deixando sozinho por um dia inteiro.

as suas orelhas, as inúmeras rugas da testa e a dobra que se debruça acima do nariz. Há que se examinar a derme sensível e sujeita a afecções, escondida sob o seu espesso casaco de peles. Diariamente, enquanto ele se delicia.

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MUITO PRAZER, MR. PUG

Discernir quando atendêlo e quando negar suas exigências, fazendo-o de forma doce, embora firme. Conhecer-lhes o temperamento exclusivista e ciumento, principalmente quando vários deles dividirem a mesma casa, como a manifestação do grande amor que nos devotam, e lidar com isso sem deixar de atender aos seus clamores por atenção, à moda das crianças humanas.

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Mas o maior aprendizado na convivência com eles vai muito além disso. É o de abandonarmos a vida em desabalada correria dos dias de hoje, e nos deixar levar, pelo menos por algumas horas do dia, a viver plenamente: descansar, dormir bem, comer com prazer ao lado dos que amamos, incluídos nesses, naturalmente, os nossos Pugs. São os nossos mestres do carpe diem e do amor incondicional, com quem temos tanto a aprender.


SERÁ QUE É PARA MIM? Criar Pugs é um desafio. Sempre pergunto aos que me pedem dicas para começar: Você está disposto? PO R ANGEL A NABUCO

CRIADOR INICIANTE

CRIAR PUGS:

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abemos que todo criador é de alguma forma insano. Tem um parafuso a mais, ou a menos, é um ser incomum que não pode pretender ser compreendido por qualquer mortal. Para tanto, vai precisar de outro criador, que fale a mesma língua, alguém que tenha as mesmas obsessões, todas derivadas da busca pela perfeição da raça que cria.

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CRIADOR INICIANTE

E para criar Pugs, além das obsessões habituais, vai ser preciso uma disponibilidade muito grande, sendo exclusiva no mínimo nas 3 primeiras semanas de vida da ninhada (sugiro tirar férias do trabalho nesse período). Vai precisar também de um coração forte para as inevitáveis perdas, e mais uma determinação invejável que só poderão vir de um imenso amor pela raça.

COMO SERIA A ROTINA DE UM CRIADOR DE PUGS? Suas fêmeas entrarão no cio a cada 6 meses em média, e deverão estar preparadas para a maternidade: bem alimentadas com ração super-premium, vacinadas, vermifugadas e nunca acima do seu peso normal. O período fértil, também chamado estro, tem que ser bem monitorado, pois varia de fêmea para fêmea, podendo começar a partir do sétimo dia do cio. Nesta fase o sangramento diminui ou para, e quando ela está receptiva para o macho, virando o rabinho para o lado, está determinado o primeiro dia de cruza. Há Pugs fêmeas que nunca vão aceitar o macho, aquelas dominantes, que mordem seu pretendente assim que ele tenta colocar as patas sobre o seu dorso. Há criadores que usam a dosagem hormonal para determinação do início do período fértil, o que pode ser ainda de maior ajuda nos casos dessas Pugs meio feministas, zelosas do seu lugar de dominância. Para isso, o criador vai depender de um veterinário especialista em reprodução.

E ELES CRUZAM SOZINHOS? Geralmente não. Muitas vezes não conseguem, ou somente têm sucesso depois de se cansarem excessivamente.

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• A gestação dura em media 58 a 62 dias, na dependência também do número de filhotes. • A alimentação deve ser trocada assim que se tenha a confirmação da gestação. • Com a proximidade do parto ela não pode ser deixada sozinha até que nasçam os bebês. O criador nunca deverá deixar o macho e a fêmea no cio juntos todo o tempo, mas somente na hora da cruza. Ele pode não aguentar o esforço contínuo na tentativa de cruzarem. Conheço casos de machos que morreram dessa forma. O ideal é chamar o seu veterinário para fazer a inseminação artificial, ou alguém com experiência no procedimento, que é simples e seguro, pois previne o desgaste de muitas tentativas e insucessos, com o casal arfando sem parar, exaustos, e o criador também. A inseminação também evita que possíveis doenças da fêmea passem para o macho, no caso de cruzas fora do canil. Aqui fazemos a cruza por três dias consecutivos, sem intervalos, sempre nos horários mais frescos do dia, e nunca depois da alimentação dos Pugs. A gestação dura em média de 58 a 62 dias, na dependência também do número de filhotes. Essa deverá ser uma época tranquila para a Pug. Nada de viagens e caminhadas com ela neste período. Assim que tenha a confirmação da gestação, o criador deverá trocar a alimentação para ração especifica de gestantes, (ou para a ração de filhotes). Isso garante a ingestão de cálcio e evita a eclâmpsia. A partir


Há também as possibilidades duras de se enfrentar: a perda de um ou mais filhotes ou da sua fêmea querida.”

Com a proximidade do parto, começa uma especial convivência do criador e sua pug. Ela não vai mais ser deixada sozinha até que nasçam os bebês. Ele vai desmarcar toda a sua programação e ficar à disposição da sua garota. Vai levá-la para o seu quarto ou vai passar a dormir no canil, junto com ela.

CRIADOR INICIANTE

“A seguir o filhote será apresentado à mamãe Pug. Se o criador tiver sorte, ela poderá se interessar por ele e lambê-lo, facilitando a sua respiração.

dos 15 dias de gestação, ela poderá fazer o ultrassom, que vai indicar se está prenhe, não sendo exato para determinação do número de filhotes. Para isso, o exame indicado é o Rx, que só poderá ser feito a partir dos 40 dias de gestação. Nem o ultrassom nem o Rx são exames obrigatórios. Nós aqui não os utilizamos como rotina, preferindo deixar as gestantes mais quietas.

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A fêmea de início vai cavar no ninho, vai parar de comer (o que nem sempre acontece), a temperatura corporal vai baixar aos 36,5 a 37 graus Celsius, vai eliminar fezes amolecidas, e por fim começar a arfar. As contrações virão em aumento gradativo de frequência. A cesariana pode ocorrer? Sim, devendo ser evitada, e jamais indicada pela comodidade do proprietário ou do veterinário. Anestesia é sempre um risco para qualquer Pug, e deve ser sempre a do tipo inalatória. Mas não se deve deixá-la sofrer num trabalho de parto excessivamente prolongado, já que a condição respiratória do Pug não é das melhores. A cesariana também estará indicada quando ela não entra em trabalho de parto, mesmo depois de terminado o prazo máximo da gestação, para que a vida da fêmea e a dos bebês não seja ameaçada. O veterinário da confiança do criador deverá estar a postos para avaliar essa necessidade e intervir com a cesariana na hora certa, caso necessário.

ELAS PAREM SOZINHAS? Não. Instinto é algo que os Pugs conhecem pouco, comparado a outras raças. Elas não rompem a bolsa com os dentes, e, se não ajudado, um filhote só sobreviverá se a bolsa se romper sozinha, na hora de passar pelo conduto apertado da vagina. Elas também não cortam o cordão umbilical, que deverá ser cortado e amarrado pelo criador. Após o nascimento, o criador deverá limpar o filhote com uma toalha macia embebida em água morna, fazendo movimentos sempre de trás para frente, para favorecer a expulsão de


CRIADOR INICIANTE líquido das vias respiratórias, enquanto mantém o filhote com a cabeça mais baixa que o corpo, para liberar os pulmões de algum líquido que tenha aspirado. Importante também limpar suas narinas com algodão umedecido, para liberá-las do muco e do líquido amniótico. A seguir ele será apresentado à mamãe Pug. Se o criador tiver sorte, ela poderá se interessar por ele e lambê-lo, facilitando a sua respiração. Depois, colocar o bebê para mamar, estimulando as contrações do útero para o nascimento do próximo bebê, pela produção de ocitocina. Antes do parto, uma caixa com aquecimento deverá estar pronta à espera da ninhada. O ideal é deitá-los sobre uma almofada térmica forrada com uma pequena toalha, e dotada de controle de temperatura através de um termostato. Eles deverão permanecer aí, na dependência da estação do ano e o local, pois a temperatura corporal precisa ser mantida. Outro forte motivo para deixá-los separados das mães é porque elas às vezes se deitam displicentemente sobre seus filhotes ou pisam neles. Para prevenir esse desastre, eles deverão serão colocados com ela somente na hora de mamar, de 2 em 2 horas incialmente, noite e dia. Confiei em pouquíssimas fêmeas durante todos esses anos de criação para deixá-las sozinhas com a ninhada, sem supervisão.

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CRIADOR INICIANTE

Se você está disposto a criar a raça, a ponto de abrir mão de tantas coisas por ela, siga adiante. Nem todas as Pugs lambem os bebês, como estímulo para fazerem xixi e cocô. Caso não o façam, o criador vai passar um algodão umedecido, delicadamente, como estímulo, até que cresçam e consigam fazer isso sozinhos. Elas nem sempre se deitam para amamentar por conta própria, e precisam da presença do criador enquanto o fazem, para não se levantarem, deixando a ninhada sozinha ou pisando neles ao sair. Uma Pug minha chegava ao ponto de se deitar de bruços para que os filhotes não tivessem acesso às suas mamas. Os bebês vão crescendo, cada dia mais lindos, mas novos desafios se apresentam. Aspirar o leite durante as mamadas é bastante comum. O filhote poderá desenvolver pneumonia, e nesse caso, deverá receber tratamento com antibióticos, sob indicação do veterinário, naturalmente. O criador, mesmo exausto, deverá pesar a ninhada diariamente para saber se estão ganhando peso. Um filhote que chora tem algo de errado. Os bebês saudáveis, alimentados, aquecidos adequadamente, de intestinos e bexiga vazia, dormem quietinhos, o sono dos justos, enquanto o criador tem suas olheiras se aprofundado e se tornando mais escuras dia a dia. Há também as possibilidades duras de se enfrentar: a perda de um ou mais filhotes ou da sua fêmea querida. A experiência do criador diminui esses riscos, mas não exclui essa triste possibilidade.

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Entre os 30 e 40 dias de vida, começa a introdução da papinha para os bebês. A essa altura, a mãe precisa descansar, e o criador também, pois ele já ostenta a face dos zumbis. Vermifugar, vacinar, mantê-los num piso drenante, limpo e aderente, serão algumas das suas funções nessa fase. As unhas deverão estar sempre aparadas, desde os primeiros dias de vida, para prevenir que machuquem as tetas da mãe e que firam os olhos uns dos outros nas brincadeiras, já que Pugs não têm o focinho longo para protegê-los.

A essa altura, o canditato a criador já percebeu que será pai e mãe da ninhada, até que estejam criados. Depois virá a difícil seleção dos futuros proprietários (se ele deixar algum filhote sair de sua casa). Os seres amados seguirão para seus novos lares, e ele ficará se perguntando: serão queridos e cuidados como um Pug necessita? Se você está disposto a criar a raça, a ponto de abrir mão de tantas coisas por ela, siga adiante: posso dizer que muitas aventuras aguardam você. E que muito, muito amor você vai receber em troca!


A MEDICINA TRADICIONAL CHINESA E OS PUGS

M E D I C I N A O R I E N TA L

FreeImages.com/dcubillas

P O R D R . W I L L I AM COSTA EST EL LA I

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eu primeiro contato com a raça Pug se deu assim que me formei em Medicina Veterinária. Era um animal idoso que precisava de acupuntura. Como padrão típico da raça, demonstrava um temperamento forte, muito determinado, mas ao mesmo tempo muito carinhoso com as pessoas com as quais ele convivia e gostava. Mesmo sofrendo com a idade avançada e com as patologias de coluna, ele ficava zangado quando, entre uma agulha e outra, eu dava atenção para outro Pug da casa. A “Aprendi na impressão que eu tinha era que ele pensava: “A sessão de convivência com a acupuntura é minha; você está aqui por minha causa!” raça que o Pug é Quando a atenção era novamente voltada para ele, me muito emocional e olhava com doçura. Logo na sequência veio outro Pug da casa, esse com a personalidade mais marcante que precisa expressar este conheci. Depois, vários outros. modo característico

de ser.” Aprendi na convivência com a raça que o Pug é muito emocional e precisa expressar este modo característico de ser. Caso contrário, esta “frustração” irá causar problemas, podendo se transformar em doença, em menor ou maior grau. No dia-a-dia de convivência com eles isto ficava cada vez mais claro para mim. Comecei a destacar para meus clientes que todas as pessoas que participavam direta ou indiretamente da vida dos Pugs deviam dar atenção especial à parte emocional deles. Este foi o primeiro passo em direção à saúde. 15


M E D I C I N A O R I E N TA L

T EO RIA DOS 5 ELEMENTO S

FOGO Coração /Intestino Delgado

TERRA Baço/Pâncreas

MADEIRA Fígado/ Vesícula Biliar

ÁGUA Rim/Bexiga

METAL Pulmão /Intestino Grosso

CORPO E MENTE A Medicina Tradicional Chinesa ensina a tratar o indivíduo, não a doença. Isto significa conhecer melhor, dentro da raça, cada indivíduo, bem como suas necessidades emocionais e físicas. Corpo e mente caminham juntos também nos animais. As caminhadas e os exercícios ao ar livre, ao sol, respirando ar puro e a interação com a natureza proporcionaram uma qualidade de vida enorme para os meus pacientes Pugs. Particularmente me preocupo muito com os sentimentos dos meus pacientes. Os chineses antigos afirmavam que as doenças vêm através de sentimentos “mal resolvidos”, e que as emoções merecem a mesma atenção que o corpo físico. Sentimentos ruins muito intensos, ou brandos de longa duração, se transformarão em doenças como conhecemos no Ocidente. A Medicina Tradicional Chinesa visa manter ou restabelecer o equilíbrio; o desequilíbrio é doença. Animais com problemas

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emocionais podem ser tratados com acupuntura, fitoterapia, massagens e exercícios. Para não adoecerem é importante cuidar da alimentação, do local onde vivem, etc. Novamente: conhecer muito bem as características da raça, do indivíduo e saber suas necessidades emocionais e físicas é de fundamental importância para se ter saúde e qualidade de vida. Uma situação muito particular me fez adicionar a dietoterapia e fitoterapia chinesas em uma casa que tinha vários Pugs. Isto se deu após o proprietário perder mais um animal com problemas no fígado, o que estava se tornando uma constante em seus Pugs idosos. A penúltima a sofrer foi uma fêmea que ficou internada algum tempo, e mesmo após tratamentos exaustivos, transfusão de sangue, ao final veio a óbito, como outros antes dela. Animais sentem muito a falta dos donos e da casa deles. Me pareceu que os Pugs sentiam mais, ficavam muito abalados quando precisavam ser afastados


A Teoria dos Cinco Elementos (ou Cinco Movimentos, como preferem alguns autores) faz uma relação direta entre fisiologia e patologia do indivíduo com o meio que ele vive. Sugeri então uma técnica de tonificar o Elemento Terra através da comida. Os chineses dizem que, quando estão em dificuldade, os demais Elementos recorrem à Terra. Terra é o centro. Então foi oferecido a esse Pug papa de arroz, batata-doce, músculo bovino, todos muito bem cozidos, acrescidos de doses de Ginseng, em substituição à ração. Com três dias de alimentação natural e fitoterapia ele estava ótimo, cessada a diarréia de 45 dias ininterruptos, anteriormente sem sucesso com nenhum tratamento ou ração terapêutica. Assim, a partir de outubro de 2011 todos os Pugs desta casa passaram a comer comida natural, seguindo os princípios da dietoterapia chinesa. Porém, o mais surpreendente ainda estava por vir. Era um Pug de 11 anos que há dois apresentava problemas no fígado, com alterações importantes confirmadas por exames de sangue sucessivos. Comia ração específica para problemas hepáticos e tinha todo suporte que a clínica médica veterinária podia disponibilizar, porém sem melhora, com evolução lenta e progressiva da doença.

Este caso foi acompanhado por exames de sangue, ultrassonografias e aspectos clínicos do animal, e se transformou em meu trabalho de conclusão de curso na pós-graduação de Acupuntura Veterinária.

A PREVENÇÃO COMO ALVO Agora a tríade estava formada: acupuntura, fitoterapia e dietoterapia, que formam a base da Medicina Tradicional Chinesa, estavam presentes no tratamento de meus pacientes Pugs, sendo utilizado com sucesso também em outras raças. O resultado da mudança de perspectiva de cuidar da saúde através da Medicina Tradicional Chinesa, tratando o indivíduo e não a doença, tem sido um sucesso. A prevenção é o alvo principal, baseado em cada indivíduo, levando em conta também o seu lado emocional, e recorrendo à medicina veterinária ocidental em casos pontuais. Esta mudança de foco proporcionou uma maior expectativa de vida aos muitos Pugs que acompanho, pois a cada ano eles vivem mais e melhor. Quantidade e qualidade!

FreeImages.com/Moses Wong

de seus donos, portanto isso deveria ser evitado ao máximo. Assim, quando um quinto paciente Pug começou a apresentar os sinais clínicos de diarréia e emagrecimento, me perguntei o que a Medicina Tradicional Chinesa poderia fazer por ele. Segundo os antigos chineses existem Cinco Elementos na natureza, que formam a base do mundo material e estão em constante movimento: Fogo, Terra, Metal, Água e Madeira.

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Depois de dois meses de dietoterapia chinesa e um mês de fitoterapia chinesa, o fígado deste Pug idoso voltou a funcionar de forma normal, com cura clínica e laboratorial, vivendo saudável por mais 4 anos, e vindo a óbito por outra causa.

E a maior “incoerência” pela visão Ocidental é que eles estão ficando mais velhos e tomando menos remédios! William Costa Estellai Médico Veterinário – CRMV/MG 10356 Pós-graduado em Acupuntura Veterinária Juiz de Fora – MG w.estellai@hotmail.com 17


DE CRIADORES EXPERIÊNCIAS 18

ROSEM A RY RO B L E S Pocket Pugs, Sacramento, California, EUA Rosemary está envolvida no mundo dos Pugs desde 1980. Produziu 44 campeões AKC desde que começou a criar em 1999. Além disso, Rosemary foi proprietária e fechou o campeonato de 13 Pugs de outros canis. Seu programa de criação deu frutos como o ganhador do Pug Dog Club of America National Speciality de 2001, o Campeão Mundial Júnior no Brasil em 2004, cinco vencedores de Best In Show dentre todas as raças, alguns ganhadores de Exposições Especializadas da raça Pug, vários Melhores de Raça e vencedores de Grupo. Seu canil está registrado no AKC sob o nome “Pocket”, tendo sido agraciada com o título de Breeder-of-Merit. Rosemary ganhou o premio AKC Gold Bred-by-Exibitor, por exibir e ganhar títulos de Campeonato na classe especializada para criadores que expõe seus cães.

MINHA EXPERIÊNCIA COMO CRIADORA DE PUGS 1. HÁ QUANTO TEMPO VOCÊ CRIA PUGS E POR QUE ESCOLHEU A RAÇA? Eu vi meu primeiro Pug na televisão ganhando o Westminster Dog Show em 1981, e contatei o criador local no dia seguinte. Comprei um Pug pet e fui apresentada às pomposas exposições caninas. Comecei expondo os Pugs da minha mentora Marianne Stanley (Full Moon Pugs). Este foi meu primeiro passo como apresentadora. Já tinha tido três Pugs antes de criar meu primeiro Pug em 1999, o BISS Pocket’s in The Park (Parker), que ganhou em 2001 o Pug Dog Club of America na categoria de Criadora, proprietária e apresentadora. Depois disso me tornei fanática pelos Pugs.


3. NA SUA OPINIÃO, QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS PROBLEMAS DE SAÚDE DA RAÇA? COMO VOCÊ OS PREVINE E COMO LIDA COM ELES? Como em todas as raças, Pugs tem problemas de saúde. O mais drástico é o PDE (Pug Dog Encefalite), que pode ser eliminado no seu programa de criação usando as ferramentas disponíveis hoje em dia. PDE é mortal para a raça e para os nossos Pugs. Usando os testes agora disponíveis para determinar as marcações de sua pug e saber as marcações dos machos que você usa para as cruzas. Claro que existem vários outros problemas, também severos para a raça, como hemivertebra, problemas cardíacos, doenças da patela, shunts hepáticos e patologias oculares. Como criador você precisa conhecer a sua linha de sangue e perguntar quais são os problemas do padreador que você está usando, se você procurar uma cruza

Siga em contato com os compradores dos seus filhotes para saber de algum problema de saúde que possa surgir. Você pode fazer testes, mas a maioria dos criadores dos Estados Unidos não testam além do PDE.

4. O QUE VOCÊ CONSIDERA MAIS PRAZEROSO E MAIS DIFÍCIL NA CRIAÇÃO DE PUGS? Criar Pugs não é para todas as pessoas. Você tem que cuidar deles com muito cuidado quando nascem. Mantê-los aquecidos, secos e alimentados. O controle da temperatura é bem importante e às vezes a fêmea não é uma boa mãe, então você tem que trabalhar ainda mais para mantê-los vivos. A melhor parte de criar é saber o quanto seus Pugs são amados como pets por proprietários que também os expõem. É receber fotos dos Pugs criados por você, enviadas por seus orgulhosos donos.

DE CRIADORES

Quem quiser expor seu próprio cão tem que trabalhar mais duro do que os handlers profissionais. Tem que estar preparado a exercer múltiplas funções, e estar de prontidão para quando o juiz olhar para seu cão. A maioria dos juízes só terá um minuto para dar uma olhada no seu cão, e nesse momento você precisa ter ele perfeito para se mostrar em sua melhor forma. Observar outros apresentadores e handlers profissionais, e praticar para ver o que funciona melhor com ele. Ver de que forma a posição da cabeça, a colocação dos pés e etc, irão contribuir para fazer com que o seu cão se mostre como o vencedor. Acreditar no seu cachorro e ter a confiança de que ele vai ganhar.

fora de seu canil. Com certeza você não deseja duplicar em cima de nenhuma falha.

EXPERIÊNCIAS

2. FALE-NOS DE SUA EXPERIÊNCIA COM AS EXPOSIÇÃO DE CÃES. O QUE VOCÊ RECOMENDARIA PARA ALGUÉM QUE DESEJA COMEÇAR A EXPOR SEU PUG?

5. O QUE VOCÊ RECOMENDARIA A UM CRIADOR INICIANTE? Se você é um criador principiante tem que aprender o máximo possível com seus mentores. Fazer muitas preguntas e aprender tudo o que você puder daqueles que tem experiência. Manter uma rede com outros criadores porque, depois de ter criado por tempo bastante, você vai ter visto tudo: o bom e o triste. Assim como criar Pugs não é para pessoas muito sensíveis, também não o é para um investidor que deseja ganhar dinheiro. Com todo o tempo e investimento que precisa para ser bem feito, criar em muitas das vezes pode deixar você no vermelho. Tenho que dizer que, desde que fiquei envolvida no mundo das exposições de cães, conheci e me tornei amiga de muitas pessoas nos Estados Unidos e no mundo. Esta paixão pelos Pugs me trouxe amizades para a vida toda, desde 1980.

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PUGS E ALTERAÇÕES DE DEAMBULAÇÃO NOS MEMBROS PÉLVICOS POR DRA ANA PAUL A DAI BERT

É Doenças de disco intervertebral, ou discopatias, são bastante frequentes em Pugs, bem como nas demais raças condrodistróficas.

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de amplo saber que Pugs podem apresentar uma série de condições patológicas ósseas e neurológicas que podem alterar a deambulação normal, ou seja, a maneira de caminhar, dos membros pélvicos. Boa parte dessas condições tem relação com o padrão condrodistrófico da raça. A condrodistrofia é uma condição na qual a cartilagem de crescimento dos ossos longos ossifica prematuramente, interrompendo o crescimento ósseo antes da maturidade e causando encurtamento dos membros. Além dos membros encurtados, as raças condrodistróficas frequentemente apresentam o canal vertebral mais estreito, além de alterações das cartilagens articulares, o que predispõe à doença articular degenerativa. Fatores desfavoráveis relacionados ao ambiente (fatores fenotípicos) como obesidade, crescimento rápido, pisos escorregadios e excesso de exercícios podem precipitar o aparecimento de sinais clínicos ou acelerar a progressão dessas doenças. Raças caninas condrodistróficas como o Pug e o Bulldog francês apresentam risco aumentado de uma deformidade da espinha vertebral denominada hemivertébra. O diagnóstico dessa doença é estabelecido através de avaliação radiográfica da coluna vertebral realizada por um médico veterinário. Muitas vezes os animais são portadores assintomáticos dessa condição,

não manifestando sintoma algum ao longo da vida. Contudo, alguns podem apresentar sinais muito severos como dor, incoordenação e até perda de movimentos. Pugs e raças caninas miniaturas apresentam alta incidência da doença de Legg-Perthes (Necrose Asséptica da Cabeça do Fêmur). A fisiopatologia dessa doença envolve redução do aporte sanguíneo (irrigação) para a cabeça do fêmur, culminando em alteração da anatomia da articulação do quadril, denominada articulação coxofemoral. A doença pode ser uni ou bilateral e o diagnóstico é obtido através de avaliação radiográfica da articulação acometida. O primeiro sinal clínico observado é dor e claudicação. Geralmente os sintomas aparecem precocemente (antes de um ano de idade) e o tratamento é cirúrgico, embora repouso e fisioterapia possam ser considerados antes da indicação de cirurgia. Os discos intervertebrais são estruturas cartilaginosas interpostas entre as vértebras que funcionam como verdadeiros amortecedores. Doenças de disco intervertebral, ou discopatias, são bastante frequentes em Pugs, bem como nas demais raças condrodistróficas. As discopatias ocorrem pela degeneração do disco intervertebral, culminando na extrusão do núcleo pulposo ou na protrusão do anel fibroso. A primeira condição é geralmente aguda e a segunda crônica, e os sintomas relacionam-se à compressão da


medula espinhal pelo disco intervertebral degenerado. A região da coluna vertebral mais acometida é a junção toracolombar, localizada aproximadamente no centro do tronco. Os principais sinais clínicos da discopatia toracolombar são dor, perda de propriocepcão (percepção de posicionamento corporal) e plegia (incapacidade de movimentação) dos membros pélvicos. O diagnóstico é estabelecido através de exames de imagem mais complexos (idealmente ressonância magnética) e o tratamento depende de uma série de fatores, podendo ser conservador ou cirúrgico. A displasia coxofemoral (DCF) é a causa mais comum de claudicação dos membros pélvicos em cães. Várias raças caninas são predispostas à essa doença, especialmente os Pastores Alemães e os Labradores. Estudos retrospectivos indicam que cerca de 62% dos Pugs apresentam algum grau de displasia coxofemoral. Alguns autores, inclusive, consideram essa condição como característica da raça. A DCF é uma doença genética caracterizada, inicialmente, pela frouxidão da cápsula articular da articulação coxofemoral. Dependendo das condições em que o animal é criado, a doença pode ficar estacionada nessa fase. Contudo, se fatores fenotípicos forem favoráveis, a doença progride e alterações ósseas passam a ser observadas como o alargamento do colo femoral, o achatamento da cabeça do fêmur e o rasamento do acetábulo. O primeiro sinal clínico observado pelos proprietários é relutância em se levantar e subir escadas. Nos Pugs geralmente os sinais clínicos aparecem a partir

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CERCA DE 62% DOS PUGS APRESENTAM ALGUM GRAU DE DISPLASIA COXOFEMORAL. ALGUNS AUTORES, INCLUSIVE, CONSIDERAM ESSA CONDIÇÃO COMO CARACTERÍSTICA DA RAÇA.

de 10 meses de idade, ao contrário do que ocorre em cães de grande porte, nos quais os sintomas podem se manifestar nos primeiros meses de vida. A doença pode evoluir para subluxação ou até mesmo luxação completa da articulação coxofemoral. O diagnóstico da doença é estabelecido por exames de imagem. Existem várias opções de tratamentos conservadores e cirúrgicos para a DCF. Dentre os tratamentos cirúrgicos preconizados, atualmente a implantação de prótese completa de quadril é a opção mais adequada, contudo, dependendo da idade do animal no momento do diagnóstico e da gravidade da doença, outras técnicas cirúrgicas podem ser indicadas. O ortopedista veterinário é o profissional mais indicado para selecionar o tratamento adequado para cada paciente.

Dra. Ana Paula Daibert Médica Veterinária - CRMV/MG 6732 Doutora em Cirurgia de Pequenos Animais

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COMO LIDAMOS COM PROBLEMAS DA MARCHA POR ANGEL A NAB U CO

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rimeiro ele começa a ficar mais tempo sentado, caminhando menos e evitando subir e descer degraus para se esquivar da dor. Em alguns casos, a dor pode vir em crises agudas, simulando uma síncope ou uma convulsão, principalmente quando a lesão atinge a coluna cervical. Dependendo da causa e da localização, a extremidade de uma das patas começa a se dobrar para trás e o cão não consegue mais pisar de forma correta, o que é chamado de perda de propriocepção. A tendência é que, na sequência, as outras patas apresentem a mesma dificuldade. Segue-se um andar cambaleante e descontrolado. Na medida em que o problema avança, ele não consegue mais segurar as fezes e a urina.

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POR QUE ISSO ACONTECE? Os Pugs são uma raça bastante modificada pelo homem, e as causas desses problemas são várias e oriundas de sua conformação corporal de condrodistrofia (um tipo de nanismo). O encaixe dos membros posteriores na bacia não é firme em grande parte dos Pugs, e sua coluna, situada num dorso encurtado, contém o mesmo numero de vértebras, agora espremidas num espaço menor, podendo comprimir e gerar alterações na medula espinhal ou em suas terminações nervos. Ambas as condições, dentre outras, incluindo más-formações, podem ocasionar quadros como os descritos acima.

O QUE FAZER? Sem demora, ao primeiro sintoma, levá-lo a um bom veterinário, especializado em ortopedia e neurologia, com experiência clinica e cirúrgica. Os exames para determinação do diagnóstico são o exame clínico, o Raio X, e em alguns casos a mielografia, um exame realizado sob anestesia geral, com uso de contraste, que é bastante invasivo e que tem seus riscos. As cirurgias corretoras dos problemas da marcha são de grande complexidade e representam uma opção terapêutica que deverá ser cuidadosamente pesada. Mesmo quando indicada, a cirurgia deverá ser avaliada como sendo ou não a melhor opção para aquele Pug em particular. As chances de sucesso de

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cada caso deverão ser claramente definidas e informadas ao proprietário. Para os Pugs jovens que tenham um bom prognóstico, vale a pena investir na cirurgia. Mas, para os idosos, ou para aqueles passíveis de controle com medidas não cirúrgicas, o custo-benefício certamente não será compensador, pesados os riscos e os resultados nem sempre garantidos. Caso o seu Pug seja muito idoso, até a mielografia estaria pouco indicada, sendo este exame fundamental somente em caso de cirurgia.

SEJA OU NÃO A INTERVENÇÃO CIRÚRGICA UMA OPÇÃO CORRETA PARA O SEU PUG, A PRÓXIMA PERGUNTA SERÁ: COMO LIDAR COM ESSA NOVA SITUAÇÃO? COMO SERÁ O DIA A DIA DESSE COMPANHEIRO?

Em primeiro lugar vem a atenção ao ambiente onde ele vive, que deverá ser redobrada: um piso liso representa grande dificuldade, pela falta de aderência para o seu caminhar já dificultado, podendo complicar ainda mais a patologia causadora. Pular para descer de um sofá representa um impacto para todas as articulações frágeis dos Pugs, agravadas pelo seu corpo pesado. É hábito perigoso, que pode ser evitado com a simples colocação de uma rampa ou escadinha junto ao sofá ou à cama. Estas medidas não se restringem somente aos indivíduos que tenham problemas de deambulação, e sim a todos os Pugs, se tornando ainda mais fundamentais nesses acometidos. Essas providências simples, realizadas durante toda a vida deles, são medidas preventivas importante para evitar ou minimizar os problemas de marcha. E, uma vez instalada a lesão, essas medidas se tornam ainda mais fundamentais. Importante lembrar, o sobrepeso deverá ser evitado para todos os Pugs, e principalmente nestes casos.


A acupuntura é de grande valia. Ela vai controlar a dor, vai ajudar na parte sensitiva e motora, assim como no controle da urina e das fezes, podendo ser indicada também após a cirurgia. Voltaremos a ela mais detalhadamente em artigos exclusivos. A fisioterapia também é de grande auxilio, feita por veterinários especializados. O exercício moderado, como caminhadas diárias, ao ar livre, sempre em horário fresco, quando possível para seu Pug, também é muito importante, pois ele irá ganhar força muscular para manter a articulação coxofemoral segura, facilitando a postura de pé, dentro de sua possibilidade. Isso é muito importante também na prevenção dessas patologias. Para os que tem pouco controle da micção, é fundamental o esvaziamento da bexiga, pelo menos três vezes ao dia, com massagens

suaves mas compressivas e profundas no seu abdômen, para ajudá-lo a eliminar a urina que fica retida da bexiga, evitando as tão frequentes infecções urinárias, até fatais em alguns casos.

A ingestão de líquidos deverá ser estimulada para ajudar na prevenção das infecções urinárias, estimulando-o com bebidas palatáveis. O suco de melão e de melancia, além de saboroso, tem a propriedade de aumentar a micção, limpando a bexiga.

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Um suporte para suspender a vasilha de água e comida vai ajudar no equilíbrio e dar conforto na hora de se alimentar.

As fraldas poderão ser usadas ocasionalmente, mas é importante lembrar o quanto elas facilitam o aparecimento da infeção urinária. Colocá-los para dormir sobre tapetes absorventes é de grande utilidade para ajudar a mantê-los mais secos.

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Oferecer uma vida digna ao seu cão com dificuldades de deambulação é um ato de amor. A higiene deverá ser realizada no maior número de vezes possível, pois as assaduras são frequentes nos casos mais avançados, quando o cão fica sentado sobre a urina e sobre as fezes, por não conseguir mais se levantar. A cadeirinha de rodas, nas situações mais severas, representa uma possibilidade de seu Pug voltar a andar, a correr e a ser feliz. Usada durante alguns períodos do dia, ela permite uma mobilidade que os deixa bastante alegres. Tivemos um Pug que, enquanto estava em sua cadeira de rodas, voltava a se dedicar a um esporte que muito apreciava, o de correr atrás do jardineiro, a quem julgava um intruso, obrigando-o a pular a cerca. Depois se voltava para nós, com ares de vitória. Se a impossibilidade de deambulação comprometer as pernas traseiras, a cadeirinha vai apoiá-las sem que toquem no chão, e ele vai usar as patas dianteiras para puxar a cadeira e se deslocar. Caso a paralisia seja nos quatro membros, mesmo que ele não possa caminhar, a cadeira de rodas vai mantê-lo de pé em vários horários do dia, com o beneficio da postura

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fisiológica para todo o corpo, mantendo o seu Pug livre do contato com a urina e as fezes e ajudando-o na parte emocional. O veterinário deverá tirar as medidas de seu Pug e enviá-las a uma firma especializada que confecciona a cadeira de rodas no tamanho e modelo apropriados a ele. Isso garante o seu conforto e consequentemente o seu desejo de usufruir desse benefício. Oferecer uma vida digna ao seu cão com dificuldades de deambulação é um ato de amor. Um aprendizado de disciplina e doação para os proprietários e criadores, e uma retribuição mais do que merecida àquele que daria a vida por nós se fosse preciso: o nosso muito amado Pug.

“Um aprendizado de disciplina e doação para os proprietários e criadores, e uma retribuição mais do que merecida àquele que daria a vida por nós se fosse preciso: o nosso muito amado Pug.”


ACONTECEU

COMIGO

ACO N T EC E U COM I G O

PO R S I LV IA T EI XEI RA

Manhã tranquila. Apenas começando. Entro no canil, eles latem, distribuo a ração nas vasilhas, na quantidade certa para cada um. Pugs gulosos, com a fome de todas os dias. Começam a comer, as vasilhas fazendo ruído no atrito com o chão. Logo vão ser soltos, correndo pela grama na energia que anima os Pugs felizes. Mas, antes disso, uma tosse. Apuro os ouvidos. Tossiram de novo. Me volto e vejo Tufão engasgado. Não um engasgo comum, mas um que deixa seus olhos abertos, me olhando num pedido de socorro. Corro para ele, e abrindo sua boca, vejo as gengivas arroxeadas, o ar faltando. Enfio a mão tentando retirar o grão da ração que tomou o caminho errado, conforme aprendido no curso de enfermeira veterinária, mas Tufão segue engasgado, salivando. Um Pug forte, que se debate e não me deixa colocar sua cabeça para baixo. De nada adiantam também as tentativas de levantar suas pernas e bater em suas costas. Saio porta afora, com Tufão ao colo, desfalecido, e eu em roupas de trabalho, pés enfiados nas galochas, rumo à veterinária. Já entro pela clínica, aos gritos, sem esperar ser anunciada, na urgência que a situação exige. Depois de atendido, aliviado, ele dorme nos

meus braços. Por pouco não perco meu amado Tufão. Lição aprendida, Pugs gulosos não devem comer ração seca. Mas como alimentar essa turma de forma segura? Dentre as opções, escolhi a da alimentação natural. Não poupo esforços para meus Pugs, e para aprender a preparação, viajei longos três mil quilômetros. Tudo visto e anotado, volto para começar. Comida pastosa e segura para eles. Só os bebês comem a ração humedecida em iogurte, enquanto os adultos se deliciam com a comida que preparo com tanto carinho. Seguem fortes e saudáveis. Sem mais sustos que perturbem as manhãs no meu canil. Tranquilas, como deveriam ser todas as manhãs. Silvia Teixeira Criadora de Pugs e proprietária do Canil Avengar 27


cartas do leitor C A R TA S D O L E I T O R

Dúvidas respondidas por:

Alice Boing

Médica Veterinária (CRMV-SC 4818) Boing’s Gold Pugs: Criação Especializada na Raça Pug

Dar suplemento para cachorrinha prenha pode ter alguma alteração nos filhotes? Os filhotes estão com uma secreção no nariz que aumenta quando mamam. Como saber se é leite ou uma infecção? Gleisiel Antonio Aquino - Itutinga (MG) - Brasil Toda suplementação em fêmea gestante e lactante deve ser feita sob orientação veterinária, mas é sabido que durante a fase de desenvolvimento fetal há maior necessidade de alguns elementos em variadas fases da gestação, um exemplo, o ácido fólico. Mas há uma fase específica para sua absorção para que assim tenha o efeito esperado. Uma alimentação correta associada a uma suplementação de qualidade deve ser iniciada antes do cio da fêmea para dar tempo de ser absorvido e atingir níveis adequados e assim contribuir com um bom desenvolvimento embrionário. Em relação a secreção nasal do filhote, teria que verificar os demais sinais clínicos dele. Se for infecção provavelmente terá aumento da temperatura, estertores pulmonares e dificuldade respiratória, sinais esses típicos de pneumonia por aspiração. Outra dica seria fazer cultura bacteriana dessa secreção.

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Minha dúvida é justamente sobre a queda de pelos. Já ouvi muitos relatos sobre vitaminas, shampoos, mas sempre tive receio de usá-los por não ser uma unanimidade. Uma alimentação natural que fosse saudável melhoraria esse aspecto? A pergunta era essa, se existia algo mais concreto, testado várias vezes e que teve uma eficácia muito boa quanto a queda de pelos. Já usei 3 tipos de ração no meu Pug de 3 anos. Todas não deram resultado esperado. Thiago Motta - João Pessoa (PB) - Brasil Olá Thiago, em relação a queda de pêlo primeiramente deve-se ter certeza que não há nenhuma patologia na pele que pode lesar o foliculo piloso e causar a queda do pêlo. Outro fator importante é que o Pug é um cão com pelagem curta e dupla com pêlo e subpêlo, sendo assim em troca constante pois apresentam pêlos em fase anágena (crescimento) e outros em fase telógena (queda). A troca de pêlo em excesso pode ter como causa também uma má alimentação, sendo ela feita com ração ou alimentação natural, a alimentação deve estar balanceada e conter os nutrientes necessários para o animal ter uma correta absorção. Em relação aos produtos para banho desde que o cão não tenha nenhum problema de pele, um shampoo neutro associado a um bom hidratante é suficiente para uma adequada higiene da pele e pêlos. Lembrando que uma boa escovação auxilia na queda dos pêlos mortos e estimula crescimento dos pêlos novos.


Marilei Saldanha (Maripug)

Conselheira Superior e Diretora de Exposições do KCRGS

e Thiago Vaz Lopes

Veterinário Mestre em Ciências Animal pela UFPEL, Diretor Administrativo do KCR Criadores de Pugs desde 1997 pelo Canil D’Âme Noble

Qual direção seguir? Gosto pessoal ou padrão ditado por exposição? E se o padrão que está sendo avaliado não for o que vc acha correto? O primeiro do ranking é realmente o melhor da raça? Estou perdida é aí. Karla Renata Tramujas Rebuite - Belo Horizonte (MG) Brasil Quando falamos em “padrão”, a palavra em sua etimologia, nos remete a um modelo a ser seguido. Tudo que sair fora disso, são faltas desqualificantes; posso sim ter um gosto pessoal, porem apenas dentro do que é permitido. Um exemplo: o peso padrão é de 6,3 a 8,1kg, dentro desse intervalo eu posso gostar do peso máximo ou do mínimo. Padrão da Raça Pug existe um , somente, determinando pela CBKC-FCI, inclusive há um padrão comentado, no site, que serve para ajudar. O Primeiro do Ranking é o pug dentre os submetidos a julgamentos, com mais qualidades, acumulando uma grande quantidade de pontos. Pode haver um melhor? Sim. Mas cão em casa não faz Ranking.

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Dúvidas respondidas por:

Queria tirar uma dúvida sobre as unhas brancas. Chega a ser fora do padrão? Eu até prefiro pois facilita muito o corte das unhas. Um Pug de unha branca não pode ir para pista? Viviane São Martinho - Rio de Janeiro (RJ) - Brasil Criar cães é como fazer parte de uma religião ou qualquer outra sociedade, na qual você precisa concordar com o que está estabelecido nas doutrinas, no nosso caso chamado de “padrão”. Quando resolvemos criar determinada raça, estamos sujeitos a cumprirmos com o que nele está estabelecido. Unhas brancas não são permitidas, para os Pugs, sendo assim uma falta, causada por uma ausência de pigmentacao que provavelmente estará afetando todo o conjunto. Cão perfeito sabemos que não existe, partimos sempre em.busca do mais próximo da perfeição, sempre preservando a harmonia do conjunto. Sendo assim , se um tiver unhas negras como pede e outro unhas brancas, o juiz dará para o que tiver mais atributos, mais excelência. O juiz olha num todo o cão. Julga pelas qualidades. O que importa é que seja um pug excelente, soberano, um cão show.

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cartas do leitor Dúvidas respondidas por:

Priscilla Cesário Vieira Médica Veterinária (CRMVRJ8553) e criadora da raça Pug Canil Vale dos Vieiras

Olá. Eu tenho um Pug com um ano e meio de vida. Ele coça muito a orelha, já levei no veterinário fizeram exames e não deu nada no resultado. O que posso fazer? Inseminei uma cadela minha no sexto, sétimo, oitavo, décimo e décimo segundo dia de cio, só que a mesma continua sangrando e querendo cachorro, hoje faz 15 dias de cio, vc acha que devo fazer ou cruzar ela ainda ou não? Ideildo Lucena Moura da Silva Júnior - Olinda (PE) - Brasil

Thuianne Rodrigues Lima -Goiânia (GO) - Brasil Excesso de cera, parasitas (pulgas e carrapatos) e até mesmo infecção como a otite podem causar coceira nas orelhas dos cães. Fazendo uma limpeza mais profunda no canal do ouvido, onde a presença de cera pode ser maior, encontra-se presença de ácaros da orelha (Otodectes cynotis) que também podem causar essa coceira. O ideal seria o Médico Veterinário fazer essa limpeza profunda e prescrever um bom ceruminolítico para que você possa fazer limpezas frequentes dos condutos auditivos para que alivie essa coceira.

Quando pensamos em acasalar uma cadela, devemos acompanhar o cio através da citologia vaginal e dosagem de progesterona para inseminarmos no dia certo, ou seja, na fase do estro onde vai ocorrer a ovulação. Sendo assim, não seria necessário inseminar tantas vezes como foi inseminada, até porque a ovulação vai ocorrer uma única vez. Nem toda fêmea pára de sangrar quando está no período fértil, então neste período é normal a influência ainda do estrógeno, por isso essa aceitação. Mais isso não significa que ainda esteja no período fértil no 15o dia de cio. Só temos como saber Olá, gostaria de parabenizá-los pela através desses exames ideia da revista e sugerir sobre estudos relacionados aos cuidados com os cães citados.

sugestões

braquicefálicos, manejo no calor e complicações relacionada a obesidade e problemas dermatológicos. Obrigada.

Isabella Goulart - Botucatu, SP - Brasil

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Olá Isabella, obrigada pelo incentivo e pela participação. Uma parte desses assuntos ja está sendo abordada neste primeiro número, e esteja certa que você vai ler sobre todos esses temas em nossa revista, em breve. Um abraço.


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