Organização curricular do pré escolar

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ÍNDICE


I — INTRODUÇÃO

Este documento surgiu na sequência da análise da circular n° 17/DEPB/2007, que diz respeito à Gestão do Currículo na Educação Pré-Escolar e sua operacionalização, enviada pela Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular, havendo necessidade de reformular, alguns documentos em uso no Agrupamento e Orientações Educativas. Nesse sentido as Educadoras que exercem funções nos Jardins-de-Infância deste Agrupamento elaboraram este documento como suporte organizacional para ser aprovado em próxima reunião do Conselho Pedagógico e entrar em vigor neste ano lectivo.

II- ORIENTAÇÕES CURRICULARES DO PRÉ-ESCOLAR (0.C.P.E.) As Orientações Curriculares do Pré-Escolar assentam nos seguintes fundamentos articulados: O desenvolvimento e a aprendizagem indissociáveis; · O reconhecimento da criança como sujeito do processo educativo — o que significa partir do que a criança já sabe e valorizar os seus saberes como fundamento de novas aprendizagens; A construção articulada do saber — o que implica que as diferentes áreas a contemplar não deverá ser vistas como compartimentos estanques, mas abordadas de uma forma globalizante e integrada; · A exigência de resposta a todas as crianças — o que pressupõe uma pedagogia diferenciada, centrada na cooperação em que cada criança beneficia do processo educativo desenvolvido com o grupo.

Ao nível da Educação Pré-Escolar, tendo em conta as Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar, considera-se que Área de conteúdo, designa, formas de pensar e organizar a intervenção do Educador e as experiências proporcionadas às crianças. As Áreas de Conteúdo incluem diferentes tipos de aprendizagem, não apenas conhecimentos, mas também atitudes de saber fazer. As áreas de conteúdo constituem as referências gerais a considerar no planeamento e avaliação das situações e oportunidades de aprendizagem:


· Área da Formação Pessoal e Social; · Área da Expressão e Comunicação que compreende três domínios: a)

Domínio das expressões com diferentes vertentes: expressão motora, expressão dramática, expressão plástica, expressão musical;

a)

Domínio da linguagem e abordagem à escrita;

b)

Domínio da matemática;

· Área do Conhecimento do Mundo; Estas Áreas devem ser desenvolvidas em articulação entre si, incluindo uma componente de trabalho com as tecnologias da informação e da comunicação, e devem constar explicitamente do Projecto Curricular de Turma.

III — CONCEPÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO CURRÍCULO PARA A EDUCAÇÃO PRÉESCOLAR SEGUNDO O DECRETO-LEI N°. 241/2001

Na educação Pré-Escolar, o Educador concebe e desenvolve o respectivo currículo através da planificação, organização e avaliação do ambiente educativo, bem como das actividades e projectos curriculares com vista à construção de aprendizagens integradas. C o m s u p o r t e n e s t e s f u n d a m e n t o s , o d e s e n v o l v i m e n t o c u r r i c u l a r, é d a responsabilidade do Educador, que terá em conta: Os objectivos Gerais, enunciados na Lei-quadro da Educação Pré-Escolar como intenções que devem orientar a sua prática profissional.


Objectivos a) Promover o desenvolvimento Pessoal e Social da criança com base em experiências de vida democrática numa perspectiva de educação para a


cidadania; b)Fomentar a inserção da criança em grupos sociais diversos, no respeito pela pluralidade das culturas, favorecendo uma progressiva consciência como membro da sociedade;


c) Contribuir para a igualdade de oportunidades no acesso à escola e para o sucesso da aprendizagem; d)Estimular o desenvolvimento global da criança no respeito pelas suas características,

incluindo

comportamentos

que

favoreçam

aprendizagens


significativas e diferenciadas; e) Desenvolver a expressão e a comunicação através de linguagens multiplicas como meios

de

relação,

compreensão do mundo;

de

informação

de

sensibilização

estética

e

de


f) Despertar a curiosidade e o pensamento crítico;

g)Proporcionar à criança ocasiões de bem-estar e de segurança, nomeadamente no âmbito da saúde individual e colectiva; h) Proceder à despistagem de inadaptações, deficiências ou precocidades e


promover a melhor orientação e encaminhamento da criança; i) Incentivar a participação das famílias no processo educativo e estabelecer relações de efectiva colaboração com a comunidade.


Objectivos Gerais da Educação Pré-Escolar


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No que diz respeito à organização do ambiente educativo, o Educador: a) Organiza o espaço e os materiais, concebendo-os como recursos para o desenvolvimento curricular, de modo a proporcionar experiências educativas integradas; b) Disponibiliza e utiliza materiais estimulantes e diversificados, incluindo os seleccionados a partir do contexto e das experiências de cada criança; c) Procede a uma organização do tempo de forma flexível e diversificada, proporcionando a apreensão de referências temporais pelas crianças; d) Mobiliza e gere recursos educativos, nomeadamente os ligados às tecnologias da informação e comunicação; e) Cria e mantém as necessárias condições de segurança, de acompanhamento e de bem-estar das crianças.

No âmbito da observação, da planificação e avaliação, o Educador: a) Observa cada criança, bem como os pequenos grupos e o grande grupo, com vista a uma planificação de actividades e projectos adequados às necessidades da criança e do grupo e aos objectivos de desenvolvimento e da aprendizagem; a) Tem em conta, na planificação do desenvolvimento do processo de ensino e de aprendizagem, os conhecimentos e as competências de que as crianças são portadoras; b) Planifica a intervenção educativa de forma integrada e flexível, tendo em conta os dados recolhidos na observação e na avaliação, bem como as propostas explícitas ou implícitas das crianças, as temáticas e as situações emergentes no processo educativo; b) Planifica actividades que sirvam objectivos abrangentes e transversais, proporcionando aprendizagens nos vários domínios curriculares; c) Avalia numa perspectiva formativa, a sua intervenção, o ambiente e os pr ocessos educativos adoptados, bem como o desenvolviment o e as aprendizagens de cada criança e do grupo.


No âmbito da relação e da acção educativa, o Educador: a)

Relaciona-se com as crianças de forma a favorecer a necessária segurança afectiva e a promover a sua autonomia;

a)

Promove o envolvimento da criança em actividades e em projectos de iniciativa desta, do grupo, do educador ou de iniciativa conjunta, desenvolvendo-os individualmente, em pequenos grupos e no grande grupo, no âmbito da escola e da comunidade;

b)

Fomenta a cooperação entre as crianças, garantindo que todas se sintam valorizadas e integradas no grupo;

c)

Envolve as famílias e a comunidade nos projectos a desenvolver;

d)

Apoia e fomenta o desenvolvimento afectivo, emocional e social de cada criança e do grupo;

e)

Estimula a curiosidade da criança pelo que a rodeia, promovendo a sua capacidade de identificação e resolução de problemas;

f)

Fomenta nas crianças capacidades de realização de tarefas e disposições para apr ender;

g)

Promove o desenvolvimento pessoal, social e cívico numa perspectiva de educação para a cidadania.

No que diz respeito à integração do currículo, o Educador mobiliza o conhecimento e as competências necessárias ao desenvolvimento de um currículo integrado, no âmbito da expressão e da comunicação e do conhecimento do mundo.

No âmbito da Expressão e da Comunicação, o Educador:

a)

Organiza um ambiente de estimulação comunicativa, proporcionando a cada criança oportunidades específicas de interacção com os adultos e com as outras crianças;

b) Promove o desenvolvimento da linguagem oral de todas as crianças,

at en de n do , d e m o do p ar t ic u la r, às qu e p er t en ce m a g r u po s so ci a l e linguisticamente minoritários ou desfavorecidos;


c)

Favorece o aparecimento de comportamentos emergentes de leitura e escrita, através de actividades de exploração de materiais escritos;

d) Promove de forma integrada diferentes tipos de expressão (plástica, musical, dramática e motora) inserindo-os nas várias experiências de aprendizagem curricular; e) D e s e n v o l v e a e x p r e s s ã o p l á s t i c a u t i l i z a n d o l i n g u a g e n s m ú l t i p l a s , bidimensionais e tridimensionais, enquanto meios de relação, de informação, de fruição estética e de compreensão do mundo; f)

Desenvolve actividades que permitem à criança produzir sons e ritmos com o corpo, a voz e instrumentos musicais ou outros, e possibilita o desenvolvimento das capacidades de escuta, de análise e de apreciação musical;

g) Organiza actividades e projectos que nos domínios do jogo simbólico e do jogo dramático, permitam a expressão e o desenvolvimento motor, de forma a desenvolver a capacidade narrativa e a comunicação verbal e não verbal; h) Promove o recurso a diversas formas de expressão dramática, explorando as

possibilidades técnicas de cada uma destas; i)

Organiza jogos com regras progressivamente mais complexas, proporcionando o contr olo m ot or na actividade lúdica, bem como a socialização pelo cumprimento de regras; Promove o desenvolvimento da motricidade global das crianças, tendo em conta diferentes formas de locomoção e possibilidades do corpo, da orientação no espaço, bem como da motricidade fina e ampla, permitindo à criança aprender a manipular objectos.

No ãmbito do Conhecimento do Mundo, o Educador: a)

Promove actividades exploratórias de observação e descrição de atributos dos materiais, das pessoas e dos acontecimentos;

b) Incentiva a observação, a exploração e a descrição de relações entre objectos, pessoas e acontecimentos, com recurso à representação corporal, oral e gráfica; c) Cria oportunidades para a exploração das quantidades, com recurso á comparação e estimativa e à utilização de sistemas convencionais e de processos não convencionais de numeração e medida;


d) E s t i m u l a , n a s cr i a n ç a s , a c u r i o s i d a d e e a c a p a c i d a d e d e i d e n t i f i c a r características das vertentes natural e social da realidade envolvente; e) Promove a capacidade de organização temporal, espacial e lógica de observações, factos e acontecimentos; f)

Desperta o interesse pelas tradições da comunidade, organizando actividades adequadas para o efeito;

Área de Expressão e Comunicação Objectivos Gerais · Promover o desenvolvimento da linguagem oral de todas as crianças;


· Favorecer o aparecimento de comportamentos emergentes de leitura e escrita; · Promover de forma integrada, diferentes tipos de expressão (plástica, musical, dramática e motora); · Promover o desenvolvimento da expressão plástica como meio de relação

de informação, de função estética e de compreensão do mundo; · Promover o desenvolvimento de actividades que permitam a análise e apreciação musical; · Promover o desenvolvimento de actividades e projectos no domínio do jogo simbólico e dramático; · Promover a utilização de diferentes formas de expressão dramática e suas técnicas;


· Promover o desenvolvimento da motricidade global das crianças

assim como da sua motricidade fina; · Favorecer a exploração de quantidades;

· Promover a utilização de sistemas convencionais e não convencionais de numeração e medida. d) Proporciona ocasiões de observação de fenómenos da natureza e de

acontecimentos sociais que favoreçam o confronto de interpretações, a inserção da criança no seu contexto, o desenvolvimento de atitudes de rigor e de comportamentos de respeito pelo ambiente e pelas identidades culturais.


Área do Conhecimento do Mundo

Objectivos Gerais · Promover actividades exploratórias de observação e descrição de atributos dos materiais, das pessoas e dos acontecimentos; · Promover a observação, a exploração e a descrição de relações entre objectos,

pessoas e acontecimentos, em recurso à representação corporal, oral e gráfica; · Favorecer a curiosidade e a capacidade de identificar características das vertentes natural e social da realidade envolvente; · Promover o interesse pelas tradições da comunidade local;

· Proporcionar ocasiões de observação de fenómenos da natureza e de acontecimentos sociais; · Promover o desenvolvimento de atitudes e comportamentos de respeito pelo ambiente e pelas identidades culturais.

Objectivos Gerais · Fomentar a democraticidade; ·

Promover o conhecimento da sua identidade e raízes familiares;


·

Fomentar a cooperação;

· Promover o desenvolvimento cívico numa perspectiva de educação para a cidadania; · Fomentar o espírito crítico.

Área de Formação Pessoal e Social


Área da Expressão e Comunicação Linguagem Oral e Abordagem à Escrita Objectivos ·

Favorecer a utilização da linguagem oral como meio de comunicar sentimentos, experiências e desejos pessoais;

·

Favorecer o interesse pelas actividades lúdicas;

·

Favorecer a utilização da comunicação não verbal;

·

Promover a utilização de diferentes códigos simbólicos convencionais e não convencionais;

·

Proporcionar à criança a valorização de momentos de comunicação e expressão colectiva;

·

Favorecer o conhecimento dos diferentes géneros literários (prosa, poesia...);

·

Familiarizar a criança com o código escrito;

·

Favorecer a disposição para adquirir as competências necessárias à escrita;

·

Promover a utilização de registos e outras representações gráficas;

·

Facilitar a compreensão das regras próprias do código escrito.

Estratégias ·

Organização do ambiente educativo que favoreça a interacção e a comunicação;

·

Através de conversas diárias com as crianças em grande grupo ou individuais;

·

Exploração de rimas, lengalengas, adivinhas, trava-línguas, jogos de linguagem;

·

Descobrir semelhanças / diferenças, relações fonológicas em palavras;

·

Contacto com livros, revistas jornais, cadernos, dicionários.

·

Contacto com letras móveis, moldes.

·

Produção de registos escritos e tarefas de imitação da escrita na sala;

·

Contar notícias da escola, da televisão, de casa e regista-las.

·

Organizar actividades que impliquem o desenho para substituir palavras;

·

Organização e utilização de bibliotecas;

·

Ordenar desenhos para contar histórias.

·

Projecto P.N.L.;


Matemática Objectivos

·

Estimular e proporcionar experiências e vivências corporais de tempo e espaço;

·

Promover o desenvolvimento de actividades de manipulação que desenvolvam as capacidades de classificação, seriação e ordenação;

·

Favorecer a compreensão da utilidade do número na resolução de problemas da vida quotidiana;

·

Favorecer a realização de actividades que impliquem relações entre os objectos;

·

Favorecer a realização de tarefas que impliquem o raciocínio lógico (tabelas de dupla entrada com critérios variados).

Estratégias

·

Experiências lúdicas que permitam vivenciar o espaço e o tempo;

·

Realização de jogos de construções/blocos;

·

Manipular objectos que permitam descobrir noções espaciais: longe/perto; atrás/à frente; dentro/fora... ;

·

Actividades que permitam classificações e formação de conjuntos;

·

Registar padrões repetitivos e não repetitivos (calendário da semana, sequência dos números naturais...);

·

Organizar actividades que impliquem tarefas de medição;

·

Organizar actividades que impliquem experiências com água;

·

Organização de experiências que permitam a utilização da balança e do dinheiro;

·

Resolução de situações problemáticas não numéricas, usando diferentes suportes comunicativos.


Expressão Motora Objectivos · Promover o desenvolvimento de relações harmoniosas com o corpo e o espaço; · Proporcionar o desenvolvimento da motricidade global; · Favorecer a realização de actividades que impliquem o desenvolvimento progressivo da motricidade fina; Favorecer o desenvolvimento de acções que permitam explorar as diferentes formas de movimento Estratégias ·

Realização de actividades lúdicas que impliquem: correr, saltar num só pé, baloiçar, rodopiar.

·

Realização de jogos tradicionais;

·

Realização de jogos de areia, água e terra;

·

Utilização e exploração de material estruturado de motricidade global (arcos, bolas, colchões, cordas...);

·

Organização de jogos de movimento; Expressão Dramática

Objectivos ·

Promover o interesse pelo conhecimento das possibilidades de expressão do próprio corpo;

·

Favorecer o conhecimento da utilização de diferentes técnicas de expressão dramática para exprimir ideias, pensamentos, sentimentos e histórias.

Estratégias ·

Actividades de jogo simbólico;

·

Actividades de comunicação verbal e não verbal;

·

Actividades de jogo dramático (dramatização, representação, teatro de fantoches, teatro de sombras);

·

Actividades lúdicas estruturadas e livres;


Expressão Plástica Objectivos

·

Proporcionar o domínio progressivo de diversos materiais e instrumentos de expressão plástica;

·

Promover a utilização da expressão plástica como forma de comunicar ou registar;

·

Proporcionar a realização actividades de expresso plástica ao nível tridimensional;

·

Valorizar as criações plásticas como suporte para o jogo lúdico-dramático;

·

Favorecer o desenvolvimento da sensibilidade às questões estéticas.

Estratégias ·

Organização de actividades de desenho, pintura, rasgagem, digitinta, modelagem.;

·

Elaboração de registos de passeios, visitas de estudo, histórias, acontecimentos, notícia;

·

Elaboração de presentes para dias festivos.

Expressão Musical Objectivos ·

Favorecer a exploração de sons e ritmos;

·

Promover o desenvolvimento da capacidade de identificar e produzir os diferentes aspectos e características do som: intensidade, altura, timbre e duração;

·

Favorecer o desenvolvimento da capacidade de escutar, dançar, tocar e criar;

·

Promover o conhecimento de diferentes géneros de música;

Estratégias

·

Organização de actividades de exploração de instrumentos música convencionais e não convencionais;

·

Realização de jogos de exploração de sons do corpo, da natureza, dos diferentes materiais sonoros;

·

Registo e reprodução em áudio, de vários tipos de sons e músicas.


Área do Conhecimento do Mundo Objectivos

·

Favorecer o desenvolvimento da curiosidade;

·

Promover o desenvolvimento das capacidades de compreensão do mundo;

·

Proporcionar experiências de descoberta e contacto com o meio próximo;

·

Favorecer o contacto com os diferentes saberes científicos — sensibilização às ciências;

·

Proporcionar o contacto com os diferentes saberes sociais;

·

Promover o desenvolvimento das capacidades de observação, registo e construção de conceitos, obedecendo aos princípios do método científico.

Estratégias ·

Visitas a diferentes locais;

·

Reconhecimento e valorização do conhecimento que cada uma das crianças já transporta consigo;

·

Reconhecimento e valorização dos aspectos culturais, históricos e geográficos do meio circundante;

·

Observação e registo dos aspectos meteorológicos.

·

Utilização das rotinas para vivenciar normas e regras de higiene;

·

Organização de actividades de colaboração com outras entidades promotoras de saúde;

·

Organização de experiências na sala;

·

Organização de uma zona específica na sala para a área do conhecimento do Mundo.


Área de Formação Pessoal e Social Objectivos ·

Promover o conhecimento da sua identidade Favorecer o desenvolvimento da capacidade de expressar os seus gestos, sentimentos e emoções;

·

Favorecer a iniciativa e autonomia nas tarefas diárias, nos jogos e na resolução de pequenos problemas do dia a dia;

·

Favorecer o desenvolvimento de capacidades que contribuam para a conservação e manutenção de ambientes limpos, saudáveis e não poluídos.

Estratégias ·

Participação na elaboração de regras e atribuição de responsabilidades;

·

Organização de actividades de rotina diária;

·

Realização de actividades em grupo;

·

Através de quadro de tarefas e responsabilidades, criação de regras de grupo.


lV- COMPETÊNCIAS ESPECIFICAS DO PRÉ-ESCOLAR

A definição de competências irá permitir a realização de um trabalho com capacidades avaliativas, concretas e com pressupostos e finalidades comuns. Neste contexto foram definidas competências específicas, por idades e períodos, em cada Área de Conteúdo, a desenvolver ao longo do Pré-Escolar e serão as referências para a análise descritiva do Registo de Avaliação (trimestral) a nível do Agrupamento. Deverão constar no Projecto Curricular de Turma/Grupo, sendo um documento para a planificação e avaliação do Educador (encontram-se em documento anexo)

Atendendo ao trabalho realizado ao longo do percurso da criança no Pré-Escolar, salvaguardando os casos de crianças que não frequentam o mesmo número de anos e quanto á situação que se encontra cada criança a nível do seu desenvolvimento, e st ab el e ce m - se a s m et as a at i ng i r pa r a q ue a cr ia nç a i n ic i e o 1 ° C ic l o co m possibilidades de sucesso, as quais se baseiam a nível de:

Regras de convivência - As crianças deverão ser capazes de as integrar no quotidiano do grupo. Terão por exemplo, que aceitar as regras de convivência e de vida social, colaborando na organização do grupo; saber escutar e esperar pela sua vez para falar; compreender e seguir orientações e ordens, tomando também as suas próprias iniciativas sem perturbar o grupo; ser capaz de terminar tarefas.

Aprendizagens- A nível das aprendizagens supõem-se que as crianças tenham evoluído no domínio da compreensão e da comunicação oral e, tomado consciência das diferentes funções da escrita, da correspondência do código oral e escrito, ou seja, que o que se diz se pode escrever e ler, mas que cada um destes códigos tem normas próprias. Também terão realizado aprendizagens básicas ao nível da matemática e adquirindo as noções de espaço, tempo e quantidade que lhe permitam iniciar a escolaridade obrigatória.

Atitudes- A educação Pré-Escolar deverá ter favorecido atitudes que facilitam a transição e que estão na base de toda a aprendizagem, nomeadamente a curiosidade e o desejo de aprender. De modo geral, a criação de atitudes positivas face á escola irá permitir uma melhor integração num novo contexto. Estas atitudes são influenciadas pelo próprio meio social. Os pais e os novos professores desempenham um papel importante no modo como a criança vive a transição e na imagem que cria da "outra" escola.

Articulação com o Primeiro Ciclo


Ref er i ndo no vam e nt e as O CP E e ai nda r el em br ando a necessi dad e de articulação e sequencialidade entre os Ciclos expressa no Decreto-Lei 6/2001 importa saber, de que modo é possível essa articulação:

Promover o dialogo e a colaboração entre Educadores e Professores do 1° Ciclo, para facilitar a transição, sempre uma atitude positiva da criança, que vai para o 1° Ciclo. Essa transição envolve estratégias de articulação que passam não só pela valorização das aquisições feitas pela criança no Jardim-de-Infância, como pela familiarização com as aprendizagens escolares formais. É pois importante que nestes diálogos os Educadores informem os Professores que recebem o grupo sobre: ·

O comportamento da criança no grupo; As aquisições indispensáveis para a aprendizagem da leitura, escrita e

·

matemática ·

• As atitudes (curiosidade e desejo de saber.

Algumas das estratégias facilitadoras de articulação organizadas e realizadas conjuntamente pelo jardim de infância são:

·

Momentos de diálogo e reuniões envolvendo docentes, encarregados de educação outros profissionais ligados ao ensino/aprendizagem que intervêm no processo educativo;

·

Planificação e desenvolvimento de projectos e actividades comuns a realizarem ao longo do ano lectivo que impliquem a participação dos docentes e respectivos grupos (festas, convívios, teatros, actividades desportivas, jornal e outras actividades...)

·

Organização de visitas guiadas à escola, Jardim-de-Infância e Agrupamento, como meio de intercâmbio de experiências e conhecimento do meio;

·

Realizar reuniões entre o educador e o professor para: - Troca de informação sobre o trabalho desenvolvido no Jardim-de-Infância, de modo a que o Professor titular de turma ao construir o seu projecto curricular de Grupo/Turma possa assegurar a continuidade e sequencialidade do percurso escolar das crianças; - Troca de informação sobre a criança, o seu desenvolvimento e as


aprendizagens realizadas, relatadas no Registo de observação/avaliação. Este documento faz parte do Dossier da criança; - Deve existir partilha de informação sobre o decorrer do 1° ano na escolaridade das crianças que transitam do Jardim-de-Infância, de modo a acompanhar o seu percurso o Educador continue a articular com o professor, tendo em vista o sucesso escolar da criança.


Nota: Sempre que estabeleça articulação, deverá ser registada na ficha própria.

V- AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR

"A intencionalidade do processo educativo que caracteriza a intervenção profissional do educador passa por diferentes etapas interligadas que se vão sucedendo e aprofundando, o que pressupõe: observar, planea r, agir, avaliar, comunicar e articular" (O.P.E. Despacho N° 5220/97 (2a Série) de 10 de Julho).

- O docente "Avalia, numa perspectiva formativa a sua intervenção, o ambiente e os processos educativos adoptados, bem como o desenvolvimento e as aprendizagens de cada criança e do grupo" (Dec. Lei n° 241/2001 de 30 de Agosto).

- A avaliação pressupõe o recurso a práticas que se apoiam num conjunto de procedimentos e de instrumentos diversificados que permitam regular as acções e os processos de ensino e aprendizagem e que simultaneamente, possam revelar o estado de desenvolvimento face a referentes e critérios definidos. As estratégias e dispositivos de avaliação devem atender à diversidade e heterogeneidade das situações e das crianças. - A avaliação assume-se como um instrumento que permite diagnosticar os conhecimentos das crianças, as suas predisposições e pré-conceitos, permitindo optimizar, sustentar e consolidar novas aprendizagens. Entender e utilizar a avaliação nesta perspectiva pressupõe assumi-Ia na dimensão do aluno, das práticas e no dimensão do clima/ambiente educativo.

Critérios de avaliação dos alunos:

-Assiduidade; - Socialização/ Autonomia; - Interesse e participação nas actividades/ predisposição para aprender a aprender; - Aquisição de competências nas diferentes áreas curriculares; - Desenvolvimento harmonioso das aprendizagens e utilização das aprendizagens em

novas situações; Critérios de avaliação dos alunos com NEE:

Par a as cr ianças com Necessidades Educat ivas Especiais serão ut ilizados instrumentos de observação/avaliação adequados. Será elaborada a planificação necessária de acordo com a legislação em vigor, que constam do Programa Educativo Individual.


Modalidades de avaliação: - Avaliação diagnostica.

- Avaliação descritiva,individual em cada períiodo, Tendo em conta a aquisição de competências nas diferntes áreas de conteúdo e obsevando o seguinte: - Portfólio/Dossier do aluno (Trabalhos mais relevantes da criança e registos de avaliação durante o seu percurso no Pré-Escola.) - Observação de registos gráficoa individuais e colectivos - Registo de incidentes críticos e observação directa de comportamentos atitudes e aprendizagens. Serão entregues, aos encarregados de educação dos alunos cópias dos registos de avaliação realizadas no final de cada período.

Relatório final de Avaliação (P.C.T.): No final do ano lectivo o Educador deverá elaborar um relatório detalhado, onde conste: ·

Actividades desenvolvidas (o que fez. quando, como, onde);

·

Recursos mobilizados (humanos. físicos e materiais e financeiros);

·

Ambiente de trabalho (relação da equipa, do grupo de crianças de outros parceiros, e dos intervenientes no projecto);

·

Efeitos (na pratica educativa, na aprendizagem das crianças, no grupo, nas famílias, na equipa e no Jardim de Infância);

· ·

Avaliação final. Perspectivas para o ano lectivo seguinte.

Intervenientes na Avaliação: Docentes titulares da turma e todos os docentes que colaboram no Projecto Curricular de Turma:

·

Docentes e outros técnicos que colaborem no projecto Educativo de Estabelecimento;

·

Crianças e professores dos Apoios Educativos; Pais e/ou encarregados de educação e outros elementos da comunidade.


VI- COMPONENTE SÓCIO- EDUCATIVA

A Lei n.° 5/97, de 10 de Fevereiro, Lei-quadro da Educação Pré-Escolar, no seu ponto um, do artigo 12.°, determina que "Os Estabelecimento de Educação Préescolar devem adoptar um horário adequado para o desenvolvimento das actividades pedagógicas, no qual se prevejam períodos específi cos para actividades educativas, de animação e de apoio às famílias, tendo em conta as necessidades destas". As actividades de apoio à família integram todos os períodos que estejam para além das 25 horas lectivas e que, de acordo com a lei, sejam definidos com os pais no início do ano lectivo. Assim, sempre que tal se justifique as entradas, os almoços, os tempos após as actividades pedagógicas e os períodos de interrupções curriculares, sempre que os pais necessitarem que os seus filhos permaneçam no estabelecimento. Será dever das Educadoras, não só explicar aos pais como as 25 horas curriculares são suficientes para o desenvolvimento e aprendizagem de crianças de 3, 4 e 5 anos, como também garantir a qualidade de todo o tempo que os pais precisarem efectivamente de as ter no estabelecimento.

Objectivos: ·

Pr om over o apoio socioeducat ivo apoiando as fam ílias trabalhador as e proporcionar às crianças e respectivas famílias um sentimento de segurança e estabilidade;

·

Proporcionar o prolongamento de horário, em período não lectivo, , com um carácter lúdico, de tempo livre, informal e não de intencionalidade educativa;

·

Colocar a criança como sujeito interveniente e com opções de escolha no modo como tirar prazer dos seus "tempos livres";

·

Articular a componente socioeducativa com a componente de apoio à família de forma a favorecer a formação e o desenvolvimento equilibrado da criança, funcionando em articulação e complemento do trabalho efectuado nas duas componentes.


Planificação/Avaliação/Supervisão pedagógica:

"As actividades de animação socioeducativa têm como grande objectivo o fruir. Nestas actividades é muito mais importante o grau de envolvimento e satisfação das crianças do que a existência de um produto. É mais importante o prazer de estar e conviver do que a preocupação com o desenvolvimento e aprendizagem. Sendo essencialmente as actividades de livre escolha das crianças, as propostas a apresentar deverão, ter em conta o espaço, os materiais e os recursos disponíveis. Os pais e Encarregados de Educação têm um papel importante nas planificações através da informação privilegiada sobre os gostos dos seus filhos. A planificação estará afixada no Jardim-de-Infância e salas do Prolongamento de Horário. No final do Ano Lectivo das actividades desenvolvidas, pela responsável desta componente.Semanalmente a Educadora titular do grupo, faz a supervisão do prolongamento,preenche no final uma grelha de supervisão(em anex) visando juntamente com a Animadora/monitora o controlo da qualidade e bom funcionamento deste serviço. Como já se mencionou, a supervisão Pedagógica e acompanhamento da execução das actividades de Animação de Apoio à Família são da competência das Educadoras responsáveis do grupo. Segundo o despacho n° 12591/2006, de 16 de Junho, a supervisão pedagógica implica: ·

A programação das actividades;

·

O acompanhamento das actividades, através de reuniões com os respectivos animadores/monitores, onde deverá ser observadas as respectivas planificações;

·

A avaliação do processo semalmente e no final de AnoLectivo;

·

Reuniões com os encarregados de Educação.

O projecto desta componente bem como a avaliação, devem ser apresentados em Conselho de Docentes para posteriormente ser avaliado em Conselho Pedagógico do Agrupamento e dado a conhecer aos pais aquando da reunião de Encarregados de Educação. No P.C.T. cada Educadora deverá referenciar o funcionamento da componente Sócio – Educativa em prática no seu Jardim-de-Infância


VII - O Processo Individual da criança: No processo individual da criança deve ser documentado de forma sistemática todo o seu percurso escolar, de modo a proporcionar uma visão global da sua evolução e facilitar o seu acompanhamento. No processo devem constar:

·

Elementos de identificação da criança;

·

Relatórios médicos, de avaliação psicológica, caso existam;

·

Planos Educativos individuais, no caso da criança ser abrangida pela Educação Especial;

·

Planos e relatórios de apoio pedagógicos, quando existam;

·

Documento com a informação global das aprendizagens mais significativas da criança, realçando o seu percurso, evolução e progressos, e adequação à intervenção educativa;

·

Outros elementos considerados relevantes para o processo de aprendizagem e desenvolvimento da criança.

Estes elementos devem ser exclusivamente do conhecimento dos educadores, dos e n c a r r e g a d o s d e e d u c a ç ã o , d e o u t r o s i n t e r v e n i e n t e s n o pr o c e s s o d e e n s i n o aprendizagem e desenvolvimento da criança e posteriormente do professor do 1° ciclo, devendo ser garantida a confidencialidade dos dados nele contido. Projecto curricular de Turma:

O projecto curricular de turma/grupo, como o nome indica deve ser um documento que e reflecte e caracteriza as características e necessidades do grupo, o enquadramento teórico e metodológico da intervenção pedagógica a desenvolver. Define as estratégias de concretização e desenvolvimento das orientações curriculares para a Educação Pré-Escolar. Elabora-se no início do ano lectivo e deve ser um instrumento de trabalho, que vai sendo complementado ao longo do ano e alvo de constante reflexão, reavaliação e de reformulação por parte do Educador. O projecto curricular de turma/grupo deverá articular-se com o projecto Educati vo e Curricular do Agrupamento, do Estabelecimento/Escola e com outros projectos de diversas estruturas pedagógicas permitindo sempre sequencialidade e articulação




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