53 anos de Crea-DF Ano I . n° 3 www.creadf.org.br
REFORMA RESPONSÁVEL NBR 16.280 estabelece critérios para reformas em edificações
Medicamentos: saiba como descartar
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sumário e expediente Registro diário das obras e serviços é importante
Reforma em Licitações gera controvérsia
Como descartar medicamentos?
Crea-DF em foco
Em busca da excelência
ABNT estabelece critérios
A UnB e o relacionamento com o Crea-DF
Tecnologia, do Brasil para o mundo
Mútua: Em benefício dos profissionais
Abacates: Cultura benéfica e lucrativa
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Diretoria 2014 Presidente Eng. Civil e de Seg. do Trab. Flavio Correia de Sousa Vice-Presidente Eng. Civil Reinaldo Teixeira Vieira Diretor Administrativo Eng. Civil Emílio Façanha Mamede Neto Diretor Financeiro Eng. Eletricista Luiz Henrique Lobo Diretor de Fiscalização Eng. Mecânico Ivanoé Pedro Tonussi Lobo Diretora de Valorização Profissional Engª. Ambiental Jhessica Ribeiro Cardoso Diretor de Relações Institucionais Eng. Eletricista Adriano Silva Arantes Diretor de Planejamento Eng. Agrônomo Álvaro José de Aguiar Oliveira Coordenação das Câmaras Especializadas 2014: Câmara Especializada de Engenharia Industrial e de Segurança do Trabalho (CEEIST) Eng. Mecânico Liberalino Jacinto Souza - Coordenador Eng. Civil e de Seg. do Trabalho Jaime Corá - Coordenador Adjunto Câmara Especializada de Engenharia Civil, Geologia, Minas e Agrimensura (CEECGMA) Eng. Civil Maxwell Simes de Souza Paiva - Coordenador Eng. Civil Lelia Barbosa de Souza Sá - Coordenadora Adjunta Câmara Especializada de Engenharia Elétrica (CEEE) Eng. Eletricista Afonso Siqueira de Moura - Coordenador Eng. Eletricista Marcus Vinícius Fusaro Mourão - Coordenador Adjunto Comissão de Comunicação Social Eng. Eletricista Afonso Siqueira de Moura Eng. Ambiental Cléia Nunes de Oliveira Eng. Civil Francisco Alves Farias Neto Eng. Ambiental Marcus Vinícius B. de Souza Eng. Civil Reinaldo Teixeira Vieira Eng. Eletricista Marcus Vinicius Fursa Mourão Jornalista Giselle Guedes - Assessora Normaeli Braga - Secretária Câmara Especializada de Agronomia (CEAgro) Eng. Agrônomo Kleber Souza dos Santos - Coordenador Eng. Florestal Eleazar Volpato - Coordenador Adjunto Assessoria de Comunicação Social do Crea-DF Giselle Guedes - Coordenadora Letícia Almeida - Assessora de Imprensa Colaboradores André Taboquini e Jailson Veloso
editorial
Palavra do presidente Em abril deste ano, entrou em vigor a norma NBR 16.280/2014 da Associação
nais e empresas.
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT),
Ainda no campo legislativo, o PL
que prevê que toda reforma que afetar a
6160/2013 é o assunto da editoria Meio
estrutura de um imóvel deve ser assinada por um engenheiro ou arquiteto. O conceito da norma dentro do Sistema Confea/Crea e Mútua não é algo novo, mas vem reforçar e estruturar critérios já
Ambiente, um projeto que poderá trazer a regularização do descarte de medicamentos, solução que o Crea-DF apoia. É alarmante saber que no País mais da metade
estabelecidos por legislações e normativos
dos remédios é descartada de forma inade-
que deliberam sobre reformas.
quada, conforme informações da Agência
Focado em prestar mais um serviço
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
para a população, o Crea-DF apresenta
Inspirados no tema Inovação Tec-
nesta edição, quais são as obrigações
nológica – assunto central da 71ª Sema-
dos proprietários numa obra, fala sobre
na Oficial da Engenharia e Agronomia
as responsabilidades que os profissionais
O conceito da norma dentro do Sistema Confea/Crea e Mútua não é algo novo, mas vem reforçar e estruturar critérios já estabelecidos por legislações e normativos que deliberam sobre reformas.
ma importância para todos os profissio-
devem observar numa contratação e aponta quais os critérios que devem ser observados pelos síndicos do Distrito Federal e de todo o Brasil.
(71ª SOEA) – apresentamos em parceria com a Universidade de Brasília (UnB) o software Quebra 2D, que identifica rachaduras nas construções. O reitor
Esta edição trata, também, da ne-
da UnB, o engenheiro eletricista Ivan
cessidade de implementação dos diários
Camargo é o entrevistado desta edição
de obras, da proposta da nova Lei de Li-
e fala da relação do Crea-DF com a insti-
citações nº 8.666/93 e do Projeto de Lei
tuição de ensino.
do Senado (PLS) nº 559/13, além de
Neste terceiro trimestre de 2014, o
mostrar uma série de benefícios ofereci-
Crea-DF completou 53 anos com significa-
dos pela Caixa de Assistência dos Profis-
tivos avanços em prol da engenharia e da
sionais (Mútua), que compõe o Sistema. É muito importante destacar que o Crea-DF participa ativamente das discussões do PLS 559/13, na coordenação do Grupo de Trabalho (GT) criado pelo Conselho Federal de Engenharia e Agro-
defesa da sociedade. Temos o compromisso de continuar a manter a autarquia com o apoio dos conselheiros, de nossos colaboradores e de você, profissional, para sempre privilegiarmos os interesses da coletividade.
nomia (Confea). O GT é composto pelos melhores especialistas do Sistema para
Flavio Correia
tratar do tema licitações, que é de extre-
Presidente do Crea-DF
Quer sugerir uma pauta para a próxima revista? Envie sua sugestão no e-mail comunicacao@creadf.org.br
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fiscalização
Registro diário das obras serviços é importante SISTEMA CONFEA/CREA ADOTA LIVRO DE ORDEM COMO DOCUMENTO LEGAL
O Livro de Ordem é uma descrição das atividades dos responsáveis técnicos relacionadas à obra ou serviço e foi normatizado pela Resolução nº 1.024/2009 do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), que dispõe sobre a obrigatoriedade de adoção do diário. Como uma memória escrita das atividades desempenhadas por técnicos, o Livro de Ordem, registra o andamento das obras ou serviço ao longo de sua reali-
zação, com anotações de etapas concluídas e da participação dos profissionais. O preenchimento deve ser feito por engenheiros, agrônomos, geógrafos, geólogos e meteorologistas, que tenham concluído o nível médio ou superior. O Livro de Ordem não possui um modelo específico, mas o Confea aprovou uma proposta que servirá como referência para cada profissional ou empresa elaborarem o próprio registro. Empresas
privadas, órgãos públicos ou autônomos, já fazem uso de documentos similares como: Boletim Diário, Livro de Ocorrências Diárias, Diário de Obras e Cadernetas de Obras. Esses modelos não são oficiais, mas se atenderem às exigências da Resolução 1.024/2009 do Confea poderão ser utilizados. Diariamente o Livro precisa ser preenchido durante o período de execução dos trabalhos, com as informações do que
fiscalização
se
aconteceu na construção: serviços feitos, os equipamentos utilizados, problemas na execução, condições do clima. “As ocorrências ficam a cargo do responsável técnico e demais profissionais intervenientes na obra ou serviço”, afirma o chefe de departamento de fiscalização do Crea-DF, eng. agrônomo João Lustosa. O valor do documento é fundamental, por mostrar a efetividade do trabalho desempenhado pelo profissional, apresentando-o às partes envolvidas: contratante, contratado, profissional e
Crea-DF. Segundo, João Lustosa, a sociedade pode ter controle dos acontecimentos através da publicação “Em situações de acidentes, o Livro de Ordem será de grande valia para buscar indícios e meios de esclarecimento de suas causas”. Já o coordenador da CEEIST, eng. mecânico Liberalino de Souza, acredita que o documento pode auxiliar na transparência das ações. “Pelas anotações podemos identificar causas de falhas, responsabilidades individuais e ainda se o profissional é habilitado para execução da atividade”, explica o coordenador em segurança no trabalho.
Ordem também serve para comprovar a
Função Legal
eng. eletricista Afonso Moura, ressalta. “É
O Confea, por meio da Resolução, dispôs que o Livro é um documento fidedigno obrigatório e previsto pelo Sistema Confea/Crea. O que antes era apenas um diário de obras passou a ter valor normativo e obrigatório em obras e serviços de Engenharia e Agronomia. A obrigatoriedade do documento ocorreu devido à complexidade dos empreendimentos e à necessidade do acompanhamento e controle dos profissionais diante dos serviços desempenhados. A chefe da assessoria jurídica do Crea-DF, Fernanda Nogueira, conta que o Livro de
lizada em caso de embates técnicos e ju-
autoria de trabalhos, garantir o cumprimento de instruções técnicas e administrativas, avaliar os motivos de eventuais falhas e gastos imprevistos, além de ser eventual fonte de dados para trabalhos estatísticos. Na esfera jurídica o documento serve como conteúdo probatório em litígios judiciais, delimitando responsabilidades e atestando fatos. A importância desempenhada pelo Livro de Ordem é um dos destaques que o coordenador da Câmara Especializada de Engenharia Elétrica (CEEE), a principal ferramenta com valor a ser utirídicos, por isso deve ser preenchido com atenção”, frisa Moura. O preenchimento adequado do Livro serve como prova judicial, contudo se for comprovada qualquer irregularidade o documento perde a validade e pode ser questionado. “A finalidade do Livro de Ordem é servir como meio probante em qualquer discussão que venha a ser levantada acerca da obra”, explica a assessora jurídica, Fernanda Nogueira.
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legislação
Reforma em Licitações gera controvérsia MUDANÇAS NAS MODALIDADES LICITATÓRIAS AFETAM PROFISSIONAIS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
A necessidade de atualizar a Lei 8.666/93, conhecida como Lei das Licitações, vigente há 20 anos, ocorreu devido a muitas regras se tornarem obsoletas e não atenderem às demandas de crescimento e desenvolvimento, deixando brechas na segurança jurídica, principalmente nos processos de contratações. Na busca de dar mais agilidade e transparência foi criada a Comissão Temporária (CT) de Modernização da Lei de Licitações e
Contratos, em maio de 2013. A CT é presidida pelo senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), tendo como relatora a senadora Kátia Abreu (PSD-TO) e relator revisor o senador Waldemir Moka (PMDB-MS). A Comissão é responsável pela renovação da legislação que recebeu críticas do governo por atrasar empreendimentos, por favorecer em algumas ocasiões companhias menos preparadas; e pelo fato do Tribunal de Contas
da União (TCU) exigir o cumprimento de normas virtualmente inaplicáveis. Atualmente, a Lei possui mais de 80 alterações, além de ter recebido quase 700 propostas de mudanças apresentadas por diversos parlamentares. O processo para a redação do texto reformulado demorou seis meses. Durante sua elaboração foram ouvidos representantes de diferentes setores relacionados ao processo de contratação. Entre eles, as entidades profissionais
legislação
Pregão eletrônico
da área da indústria da construção e o TCU. A relatora, senadora Kátia Abreu, declarou que durante o processo de redação não foi deixado de ouvir ninguém e que emendas foram adicionadas até a chegada ao Plenário. O texto de reformulação que consta no Projeto de Lei do Senado (PLS) 559/2013, que substituirá a Lei 8.666/93, simplifica as modalidades de licitação, extinguindo duas delas: a carta convite e a tomada de preços, além de modificar as regras para o pregão eletrônico e o Regime Diferenciado de Contratação (RDC). Também foi incorporada grande parte da legislação atual, oferecendo novas opções ao gestor público.
Participação O Confea, o Crea-DF e diversas entidades nacionais ligadas ao setor tecnológico participaram efetivamente no processo de formulação do PLS 559/2013. Durante o período de reformulação as autarquias promoveram reuniões com a Comissão, apresentando propostas relacionadas à área da construção civil. Inclusive o Confea criou Grupo de Trabalho (GT) para discutir a questão no âmbito do Sistema, coordenado pelo presidente do Crea-DF, eng. civil Flavio Correia.
Para Flavio Correia, o processo de modernização da Lei das Licitações é de amplo interesse da sociedade. “É nosso dever colaborar e buscar a melhor e a mais adequada configuração da legislação para as classes profissionais regidas pelo Sistema, sempre prezando pela ampla concorrência, efetividade, eficiência e economicidade das contratações públicas, mas nunca deixando de prezar pela qualidade, especificidade e tecnicidade”, frisa Flavio.
Desvalorização O embasamento da Lei 8.666/93 para o setor da construção civil possui muitos pontos sensíveis, que acabam sendo motivo de polêmica e discordâncias. O presidente do Crea-DF questiona a existência de alguns serviços de engenharia que são classificados como comuns dentro do PL. “A Lei 8.666/93 deverá contemplar, de maneira precisa, que serviços de engenharia não são comuns e muito menos podem ser objeto de pregões”, critica Flavio. Os serviços e obras desempenhados pela engenharia possuem habilitação legal para sua elaboração ou execução, com a obrigatoriedade de emissão da devida Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) perante o Crea. Devido ao caráter
intelectual, científico e técnico, projetos, consultoria, fiscalização, supervisão e perícias, segundo decisão do Confea, não podem ser classificados como comuns. Assim, a falta do projeto básico e o emprego da modalidade pregão eletrônico estão em desacordo com a legislação do Sistema Confea/Crea e Mútua. O assessor parlamentar do Crea-DF, Dácio Santos, afirma que a ânsia da administração pública em acelerar o processo torna o PLS 559/2013 incipiente. “A ausência de projeto é o verdadeiro problema e a nova alteração da Lei das Licitações não faz muito para resolver, pelo contrário”, aponta Santos. O assessor acredita que se não houver investimento na base, que é o projeto, o objeto licitado não atinge o objetivo almejado. A simplificação empregada para a modalidade do pregão eletrônico é outro problema na Lei. O processo mais flexível desde o procedimento até a obtenção do menor preço fez com a modalidade deixasse a questão técnica em segundo plano. Para Dácio Santos, a característica exposta na Lei pode fomentar o exercício ilegal da profissão. “Quando se licita serviço de engenharia por meio de pregão eletrônico, o órgão pode abrir mão de documentos importantes que podem gerar a contratação errônea de profissionais não habilitados para a atividade”.
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meio ambiente
Como descartar medicamentos?
MAIS DA METADE DA POPULAÇÃO NÃO SABE COMO DESCARTAR MEDICAMENTOS
O PL 6160/13 regula a responsabilidade das instituições diante do descarte incorreto. A data de validade aponta o período de eficácia de um medicamento. Sobrou uma quantidade de remédios, o que fazer? Que precisa ser descartado todos sabem, mas a forma de proceder é que gera a dúvida. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entre 10 e 28 mil toneladas de medicamentos são jogadas fora pelos consumidores a cada ano, sendo que mais da metade desse número é eliminado de forma inadequada. A legislação ainda não possui uma regulamentação que trate do descarte de medicamentos no âmbito doméstico. Contudo o PL 6160/13 está tramitando, apensado ao PL 2121/11, para alterar as regras do descarte de remédios de uso humano ou animal. Modificando a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/10), ela obrigará todo o setor produtivo de medicamentos a aderir à chamada logística reversa. A logística reversa é a obrigação do setor empresarial em coletar e reaproveitar ou reciclar os resíduos sólidos, de maneira que a destinação final seja ambientalmente adequada. Para o presidente da Associação Nacional dos Engenheiros Ambientais (Aneam) e conselheiro do Crea-DF, eng. ambiental Marcus Vinícius Batista, a ampliação da proposta será positiva. “O setor se responsabiliza pelo descarte final dos medicamentos vencidos e não utilizados pela população, a fim de minimizar os impactos ambientais gerados por estes produtos”. Com a aprovação do Projeto será obrigatório a criação de postos de coleta para os medicamentos vencidos e inservíveis, assim como suas respectivas embalagens. O Ministério do Meio Ambiente acredita que até o quinto ano de implementação da lei, mais de 5.000 pontos de coleta tenham sido instalados em todo o País.
meio ambiente
Farmácia Artesnal: pioneira no descarte correto
A criação dos postos ajudará a diminuir os riscos de contaminação do meio ambiente, além de aumentar a conscientização da população em relação aos malefícios provenientes do descarte inadequado de remédios. Marcus Vinícius acredita que assim a população optará por levar os produtos inservíveis aos estabelecimentos dispensadores. De acordo com o engenheiro ambiental, o descarte indiscriminado de medicamentos no meio ambiente através do lixo doméstico ou rede de esgoto afeta diversos ecossistemas, causando grandes danos ambientais à sociedade. “As bactérias podem sofrer mutações com as misturas. Antibióticos descartados de forma inadequada podem agir no ambiente como selecionadores de microrganismos”, enfatiza Marcus Vinícius.
Colocando em prática Já existem farmácias atuantes na gestão do descarte de medicamentos antes mesmo da elaboração do PL. Pioneira em Goiás, a Farmácia Artesanal iniciou em agosto de 2011, o Programa Responsabilidade Social Descarte Correto de Medicamentos. A iniciativa surgiu da preocupação com o descarte inadequado dos medicamentos vencidos e inutilizados pelo consumidor. Prestes a completar três anos, o Programa tem registrado mais de quatro toneladas de medicamentos recolhidos. A ideia é evitar o descarte no lixo comum, vaso sanitário ou esgoto o que acarreta riscos tanto à saúde da população quanto para o meio ambiente. A Farmácia Artesanal disponibiliza em suas unidades urnas seletivas de depósito de bulas, caixas, embalagens e medicamentos inutilizados. O presidente da instituição, Evandro Tokarski, explicou que mensalmente é feito o recolhimento das urnas de todas as lojas da rede. “Depois do recolhimento todo o material é encaminhado para empresas de incineração e reciclagem, que realizam o processo de descarte adequado e seguro, sem degradar o meio ambiente”, informou Tokarski. A ação de descarte é desenvolvida para qualquer pessoa que se identifique com a causa, independente de ser cliente da Artesanal. “O processo de divulgação é feito com distribuições de panfletos explicativos, orientação dos farmacêuticos, além das urnas seletivas distribuídas em todas as lojas da rede”, conta o presidente Evandro.
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Crea-DF em foco
SIPAT O Crea-DF promoveu no mês de julho a I Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (I SIPAT). A SIPAT é um evento de caráter preventivo e educativo direcionado para os funcionários do Conselho. No evento são proferidas palestras que tratam de assuntos relacionados aos temas: saúde laboral, segurança do trabalho, prevenção de acidentes, doenças sexualmente transmissíveis, dentre outros. A I Semana recebeu representantes de diversos órgãos do Distrito Federal, como do Departamento de Trânsito (Detran-DF), do Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF), da Secretaria de Estado de Saúde (SES-DF) e da Associação Brasileira de Segurança do Trabalho (Abraest), que trouxeram informações de sensibilização e conscientização sobre a necessidade da prevenção e dos cuidados essenciais; dentro e fora do ambiente de trabalho.
Preenchimento da ART de adequação e acessibilidade O Confea divulgou aos Creas no início de julho orientações aos profissionais quanto à adequação de acessibilidade, quando do registro de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). As orientações foram estabelecidas na Decisão PL-0696/2014 de 26 de maio, aprovada em Sessão Plenária Ordinária do Confea. Esses preceitos foram criados para atendimento dos critérios dispostos na Resolução nº 4.050, de 26 de janeiro de 2012 do Banco Central do Brasil, para a obtenção de financiamento para serviços de adaptação de imóvel residencial visando à adequação de acessibilidade.
Crea-DF em foco
VI Simpósio Latino-Americano sobre tensoestruturas
A vice-presidente do Comitê Organizador Local do VI Simpósio Latino-Americano sobre Tensoestruturas (IASS-SLTE 2014), engenheira Maruska Holanda, visitou no mês de junho o Crea-DF para solicitar apoio institucional na divulgação do evento que acontece em Brasília no mês de setembro. O
IASS-SLTE 2014 é uma oportunidade para mostrar estruturas construídas no Brasil para receber eventos grandiosos, como a Copa do Mundo de 2014, algumas estruturas previstas para os Jogos Olímpicos de 2016 e revitalizações urbanas destinadas a melhorar a qualidade
de vida dos brasileiros. Mais de 330 trabalhos técnicos de todo o mundo foram pré-selecionados para apresentação oral entre 15 e 19 de setembro. O evento contará, também, com visitas técnicas guiadas em Brasília, por ser reconhecida como Patrimônio Mundial pela Unesco.
Ar-condicionado e galeria de presidentes Durante cerimônia de comemoração dos 53 anos do Crea-DF, o presidente eng. Civil Flavio Correia, também celebrou o descortinamento da placa inaugural do ar-condicionado, instalado no bloco B da sede do Conselho. Esse sistema de ar-condicionado trará mais conforto aos participantes dos eventos realizados no auditório e no plenário do Conselho. Após o descerramento, os presentes também seguiram para a reinauguração da galeria de presidentes. O eng. Flavio, o presidente do Confea, eng. civil José Tadeu, os ex-presidentes e os familiares daqueles que já faleceram, inauguraram uma a uma, as fotos dos homenageados.
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comemoração
Em busca da excelência CREA-DF COMPLETA 53 ANOS DE AVANÇOS EM PROL DA ENGENHARIA BRASILIENSE
Há 53 anos, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia no Distrito Federal (Crea-DF), participa da vida de Brasília, fiscalizando e garantindo que obras e serviços sejam desempenhados por profissionais e empresas habilitadas. A autarquia criou um vínculo forte com a sociedade brasiliense. Desde que foi fundado, o CreaDF se manteve fiel aos propósitos de sua criação, obtendo muitos benefícios legais e institucionais para o setor tecnológico da Capital Federal, na defesa do segmento e para obter melhores condições de trabalho e desenvolvimento da engenharia e agronomia. O Crea-DF sempre defende os interesses e anseios de seus representados, e um dos objetivos da instituição é mostrar a importância de um Conselho para a classe, mas principalmente para a população. Entre outras atribuições busca também orientar a sociedade quanto aos riscos de contratar pessoas não habilitadas para exercer atividades técnicas.
comemoração
O Crea-DF trabalha para propiciar segurança às pessoas e ao patrimônio, no que concerne aos empreendimentos da engenharia. “O Conselho tem se esforçado em aprimorar diuturnamente seus processos, equipamentos e pessoal, de forma que a execução de sua missão institucional seja a mais eficiente e eficaz possível”, frisa o superintendente da instituição, Valmir Severiano.
Responsabilidade O desenvolvimento do Conselho mostrou que a autarquia é forte e que a imagem do Crea-DF está mais consolidada a cada ano em meio a população e entre os registrados. Os grandes investimentos efetuados na estrutura operacional da autarquia geraram melhorias significativas no atendimento à sociedade e agilizou os atendimentos que podem ser feitos em sua maioria virtualmente. O superintendente Valmir Severiano, acredita que pelo fato do Crea-DF estar na Capital Federal demanda uma responsabilidade maior. “Brasília é reconhecida internacionalmente pelo magnífico complexo arquitetônico, tanto que é reconhecida como Patrimônio Histórico da Humanidade”, justifica. Severiano ainda frisa que é preciso “preservar esse conjunto, tanto do ponto de vista físico, quanto do ponto de vista do acervo. Essa deve ser uma preocupação de todo brasileiro em geral.” Para suprir esse dever com o DF, a autarquia não mede esforços para exercitar seu poder de fiscalização das obras. O Conselho atua para inibir que construções irregulares, clandestinas ou discordantes da legislação sejam executadas.
Autarquia de excelência O Crea-DF caminha em 2014 para obter a certificação e entrar no rol das melhores autarquias do País. A busca pela certificação da ISO 9001 foi um dos passos tomados no início do ano para conquistar a excelência. O trabalho é contínuo, tendo no planejamento toda uma programação de manutenção do conhecimento, além de prever auditorias periódicas. A certificação fará com que os processos e procedimentos do Crea-DF sejam padronizados, escritos e uniformizados com os requeridos na ISO 9001. Com isso, a meta é otimizar a qualidade dos serviços e produtos que o Conselho oferece à sociedade, o que pode gerar consequentemente, a melhoria da imagem da autarquia. O engenheiro eletricista e coordenador do Comitê Gestor da Qualidade do Crea-DF, Wilson Xavier Dias, acredita que a certificação ISO 9001 garantirá reconhecimento ao Conselho. “Com a certificação mostraremos aos profissionais do Sistema Confea/Crea e à sociedade em geral, a nossa preocupação e esforço na busca pela melhoria da prestação dos serviços”, justifica. Wilson afirma que a certificação sozinha não gera a excelência, mas é um grande e importante passo nessa direção. Como órgão público, o Crea-DF, precisa atender às necessidades da sociedade, melhorar o serviço e atender às expectativa dos usuários. Obter a ISO é a comprovação de ter alcançado esse objetivo.
Servindo à sociedade A Assessoria Jurídica e a Divisão de Cobranças do Crea-DF, inspirados pelo Conselho Nacional de Justiça que implementou a conciliação nos tribunais do país, idealizaram o projeto de Conciliação para o Conselho, em 2011. Durante dois anos, a autarquia separava uma semana para o projeto que buscava facilitar o saneamento de dívidas de pessoas físicas e jurídicas, oferecendo descontos nos honorários advocatícios e parcelamentos sem juros. Em 2012, a receptividade da comunidade foi tão grande que o projeto precisou ser ampliado. Tanto que em 2013, a Semana de Conciliação passou a se chamar “Mês da Conciliação”, de acordo com o novo período. Uma das idealizadoras do projeto, a assessora jurídica do Crea-DF, Lara Sanchez, afirma que durante o Mês existe uma comoção do Conselho pelo projeto. Todo o Crea-DF se envolve, participando efetivamente, divulgando e torcendo pelo sucesso nas negociações e recebimentos dos créditos tributários durante o evento.” Pelo êxito, Lara Sanchez, conta que a iniciativa ganhou proporções maiores, pois “o projeto foi tão positivo que vários Creas do País seguiram nosso modelo e estão realizando em suas unidades as semanas de conciliação”.
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ABNT estabelece critérios FIQUE ATENTO À NBR 16.280 ANTES DE COMEÇAR A CONSTRUIR E EVITE TRANSTORNOS
Até pouco tempo atrás, a realização de reformas em edificações estava sujeita apenas a elaboração do projeto e a anotação no Crea, por profissional habilitado. Agora, ampliações e alterações em edificações terão que ser executadas com base em critérios técnicos normatizados. A mudança é proveniente das normas estipuladas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Entrou em vigor dia 18 de abril a NBR 16.280/14 que consiste no sistema de gestão de reformas em edificações, estabelecendo requisitos para os sistemas de gestão de controle de processos, projetos, execução e segurança. A novidade vale para todos os tipos de imóveis, tanto os residenciais como os comerciais. A mudança não vale para pequenos reparos como pinturas e revisões de instalações elétricas e hidráulicas, mas é preciso ficar atento quando houver previsão de alteração da estrutura do imóvel. Para o engenheiro civil, Iberê Oliveira, do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia do DF (Ibape-DF), o problema nas reformas é achar que tudo é simples. Para ele, uma tomada de decisão errada pode afetar a estabilidade do imóvel. “O leigo vê somente o acabamento e em alguns casos a simples realocação de uma porta pode interferir na estrutura do imóvel”, afirma. Existem peculiaridades nas estruturas que somente profissionais habilitados podem salientar. A Norma visa atender esse requisito de qualificação e prevê que toda intervenção deverá ser avaliada e planejada por um engenheiro. O profissional precisa seguir a legislação vigente, baseado em um plano de obra e registrar a situação da edificação antes e depois da reforma, além de supervisionar as técnicas dos processos e das obras.
A reforma é tão complexa quanto a própria construção
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O Sistema Confea/Crea e Mútua possui um convênio com desconto exclusivo aos profissionais. Acesse o site da ABNT no endereço: http://www.abntcatalogo.com.br/confea/ e veja como adquirir as normas por um preço especial. O objetivo é diminuir os riscos e aumentar a segurança do proprietário e dos imóveis que rodeiam a obra. Visando disciplinar e orientar, a NBR traz tranquilidade para todas as partes envolvidas criando vínculos de obrigações dentro da reforma. Reforça ainda os critérios já estabelecidos na legislação vigente. Estipula-se que todos os responsáveis pela obra tenham conhecimento do que será feito. O responsável técnico da obra deve informar em detalhes ao usuário ou ao síndico o plano de obra e prestar informações relacionadas à manutenção do imóvel.
Mudanças de hábitos Antes mesmo de começar a idealizar um projeto é preciso trabalhar com a assistência de um profissional habilitado para avaliar a viabilidade da obra. Pensar em uma reforma sem critérios pode ocasionar problemas futuros e muita dor de cabeça. Contratar o profissional que não é especialista no que a reforma exige pode até ser mais barato no início, mas pode gerar problemas irreparáveis. A NBR veio para minimizar um dos problemas mais comuns na área da construção. A contratação do famoso “faz-tudo”, que recebe esse
nome por desempenhar a função que o contratante busca, desde serviços de alvenaria até os de eletricidade. Muitas vezes aparentemente mais baratos que profissionais capacitados, esses “quebra galhos” não estão tecnicamente aptos para desempenhar funções dentro de uma obra. Nem sempre esses profissionais mudam a estrutura física, mas uma única verificação errada pode ocasionar problemas estruturais futuros que poderiam ser indicados com precisão por um especialista. Para Iberê Oliveira, esses profissionais sempre “garantem” o serviço, o que gera o problema: “A questão é o desempenho e eficiência desse funcionamento”, questiona o engenheiro que acredita que o resultado está no processo desempenhado entre multiprofissionais para descobrir qual o melhor procedimento para cada reforma. Segundo o conselheiro do Crea-DF, engenheiro civil Mawxell Paiva, o outro problema enfrentado pelos profissionais habilitados é que existe uma grande barreira alimentando a contratação do famoso “faz-de-tudo” que é a cultura das pessoas. “É preciso que se promova uma conscientização da sociedade acerca da relevância do exercício profissional por pessoal qualificado”, justifica.
Obrigações A NBr 16.280 prevê obrigações diferentes paras os envolvidos na reforma das edificações. Veja tabela: Obrigação do proprietário • Contratar profissional responsável: arquiteto ou engenheiro; • Garantir que a obra atenda aos regulamentos da legislação e do prédio/ condomínio; • Atualizar o manual de uso do edifício. Obrigação do profissional • Fazer um plano de reforma; • Detalhar os impactos nos sistemas e equipamentos; • Entrada e saída de materiais; • Horários de trabalho; • Projetos e desenhos descritivos; • Identificação de atividades que geram ruídos; • Identificação dos profissionais; • Planejamento de descarte de resíduos. Obrigação do síndico • Dever de receber as propostas de reformas; • Encaminhá-las para análise técnica e legal; • Responder à solicitação de obra; • Autorizar a entrada de insumos e pessoas contratadas.
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capa Inspiração Em 25 de janeiro de 2012, o Edifício Liberdade, um prédio de vinte andares no Centro do Rio de Janeiro, desabou e levou abaixo duas construções vizinhas: o Edifício Colombo, de dez andares, e um sobrado de quatro andares. O acidente foi provocado por obras irregulares, quando um dos proprietários reformava algumas salas e as paredes estruturais do prédio foram removidas. O desabamento provocou a morte de 17 pessoas, além de mais cinco desaparecidos até hoje. Buscando evitar acidentes como o da Liberdade o presidente do Sinduscon-SP, Sergio Watanabe, propôs a NBR 16.280 publicada em 18 de março, pouco mais de dois anos após o acidente.
Norma com prestígio de Lei As Normas Técnicas não são normas jurídicas ou legais e por seu turno não possuem poder vinculante. São documentos estabelecidos por consenso e aprovados pela ABNT, órgão responsável pela normalização técnica no País. Mesmo a NBR 16.280 não sendo lei, ela é baseada em legislações que determinam sua validade, assim como os Códigos: Civil, de Ética e de Defesa do Consumidor. Inicialmente a norma entra em vigor com característica de recomendação (ver box das obrigações). Contudo, se algum problema ocorrer em uma reforma devido à não observância de um rigor técnico, a NBR 16.280 poderá servir como parâmetro. Principalmente junto ao Poder Judiciário, devido ao prestígio e reconhecimento que as normas estabelecidas pela ABNT têm junto à sociedade. A depender dos danos eventualmente causados, os responsáveis legais poderão ser responsabilizados civil, administrativa, e até mesmo criminalmente. Para o advogado e vice-presidente da Comissão de Direito Imobiliário e Urbanístico da OAB/GO, Arthur Rios, é preciso estar atento às regras, principalmente se envolver outras pessoas. “A não observância da NBR que resulte em algum dano a terceiro gera o dever daquele que tinha a obrigação de respeitar a norma técnica de indenizar o prejudicado”, frisa Rios. O advogado destaca também os procedimentos a serem feitos em casos de obras irregulares, que não seguem a NBR 16.280. “Tratando-se de condomínio, o síndico deve ser imediatamente comunicado”, explica. Associada à de-
Ed. Liberdade: marco na tragédia civil brasileira
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CARTILHA DO SÍNDICO GENHARIA OBRAS E SERVIÇOS DE EN É PRECISO SABER E DE AGRONOMIA: O QUE
núncia interna, a pessoa que se sentir lesada com a reforma inadequada também pode procurar o órgão de fiscalização distrital ou do município. Mas em hipóteses mais graves, Rios recomenda “um advogado para análise da viabilidade de propositura de medida judicial visando a paralisação da reforma”.
Distribuindo informação Os critérios estabelecidos pela NBR 16.280 estão sempre na pauta das discussões técnicas do Crea-DF. O presidente da autarquia, Flavio Correia, afir-
ma que as reformas e modificações em estruturas prediais são fonte de grande preocupação para o Conselho. Atento a tantas alterações das edificações, o Regional apoia o Projeto de Lei 4012/2012 anexado ao PL 3370/2012, que visa estabelecer uma Política de Manutenção Predial, tendo em vista a segurança da população. “Este projeto contribuirá para uma fiscalização mais eficaz nas obras e também no reconhecimento do trabalho executado pelos profissionais”, afirma Flavio Correia. A “Cartilha do Síndico: Obras de Engenharia o que é preciso saber”, de-
senvolvida pelo Crea-DF, tem a finalidade de ser fonte de consulta para os síndicos, condôminos e sociedade. O material já está em atualização pela comissão realizadora, para acrescentar as previsões estabelecidas na NBR 16.280. Em parceria com outras instituições, como com o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal (CAU-DF) e o Sindicondomínio, o CreaDF também realizou no mês de julho um seminário, onde os envolvidos apresentaram e discutiram os critérios presentes na NBR 16.280/14.
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entrevista
A UnB e relacionamento UMA DAS MELHORES UNIVERSIDADES DO BRASIL E DA AMÉRICA LATINA É BRASILIENSE. A UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UNB) É ATUALMENTE A ÚNICA INSTITUIÇÃO DE ENSINO REGISTRADA NO CREA-DF QUE PODE INDICAR CONSELHEIRO PARA COMPOR O PLENÁRIO DO CONSELHO. A PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO NA UNB OBEDECE AO MODELO TRIDIMENSIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO, O QUE FAVORECE A FORMAÇÃO UNIVERSITÁRIA DE QUALIDADE
O senhor é o primeiro reitor formado pela UnB. A experiência de ter sido aluno influencia sua gestão? Influencia muito. A época que passei como estudante na UnB foi a melhor da minha vida. O curso de engenharia não é um curso fácil, mas sempre tive tempo para participar da vida cultural da Universidade. O nome UnB por si só já atrai um corpo docente qualificado. Como é a escolha no curso de Engenharia? O nome UnB é o nosso maior patrimônio. Temos um corpo docente de excelente qualidade, o que atrai ótimos candidatos. Temos também um corpo
discente qualificado, graças ao bom nível do ensino médio em Brasília. Como está o processo de avaliação dos cursos pelo MEC, em especial o de Engenharia? Temos dado uma atenção especial aos processos de avaliação. Nossos cursos são bons e a gente deve ser capaz de repassar aos colegas avaliadores todas as informações necessárias para que a avaliação seja confiável. A nossa Comissão Permanente de Avaliação tem feito um bom trabalho interno. Estamos nos empenhando em traçar o perfil do nosso egresso. Esta informação é muito importante para redefinirmos os nossos cursos. Historicamente, a ava-
liação do MEC dos cursos de engenharia da UnB é muito boa. Tivemos uma pequena queda na avaliação de 2011 que esperamos recuperar na avaliação que ocorrerá neste ano de 2014. Existe um diferencial na preparação dos estudantes de engenharia para o mercado de trabalho? Principalmente no Distrito Federal. O estudante de engenharia sai muito bem preparado para o mercado. Falo de experiência própria. Meus colegas, formados há mais de trinta anos, tem tido muito sucesso na vida profissional. Mesmo aqueles que atuam em áreas diferentes conseguem, devido ao rigoroso processo de formação e ao racio-
entrevista
o com o Crea-DF cínio lógico que adquirem ao longo do curso, serem bem-sucedidos. A UnB subiu quatro colocações no ranking de melhores universidades da América Latina. A área de engenharia é um dos cursos mais procurados pelos vestibulandos. Depois de receber esta qualificação a procura aumentou? Sim, temos potencial para estar entre as dez melhores. O que precisamos é de uma gestão eficiente e um foco na sólida formação do nosso estudante. Como é escolhida a grade dos cursos de engenharia? Existe alguma matéria que faça referência direta ao Sistema Confea/ Crea e Mútua? As alterações dos currículos são processos de difícil conclusão. Estamos constantemente repensando as matérias que devemos incluir ou retirar da nossa grade. Não temos, na engenharia, nenhuma matéria que faça referência
ao Sistema Confea, mas nas Semanas de Engenharia sempre temos palestras de representantes do Sistema. A área de ciências humanas na UnB é muito forte, o nosso estudante de engenharia tem que saber aproveitar esta vantagem na sua formação. A Universidade propõe incentivo para os acadêmicos de engenharia se registrarem nas organizações responsáveis? Em toda formatura da engenharia um representante do Crea-DF está presente e entrega o registro profissional para cada formando. Considero que seja um bom incentivo. Qual a diferença do sistema educacional da universidade de hoje com o da época em que o senhor estudava? Temos hoje muito mais acesso à informação. Os livros são muito melhores e a disponibilidade de recursos computacionais para fazer simulações e
UnB
...nas Semanas de Engenharia sempre temos palestras de representantes do Sistema. A área de ciências humanas na UnB é muito forte, o nosso estudante de engenharia tem que saber aproveitar esta vantagem na sua formação.
entender processos complicados é incomparavelmente superior. O que não mudou, no meu entender, é a necessidade do bom professor, aquele que consegue seduzir o estudante e mostrar que o assunto tratado na aula é importante, interessante e pode até se tornar divertido. Como o senhor qualifica o sistema de ensino adotado pela UnB? Sou suspeito para responder esta pergunta. Devo minha formação e minha atuação profissional à UnB. Tenho visto, nesses últimos trinta anos, os engenheiros formados pela UnB em posições de destaque não apenas em Brasília mas também no Brasil e no mundo. Minha qualificação é que o sistema adotado é excelente. Precisamos continuar trabalhando para manter os nossos cursos em alto nível.
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software
Tecnologia, do Brasil para o mundo SOFTWARE “QUEBRA 2D” DESENVOLVIDO PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL É REFERÊNCIA MUNDIAL
Rapidez, eficiência, facilidade são algumas das promessas do Quebra 2D, desenvolvido pelo engenheiro civil e professor da Universidade de Brasília, Antônio Miranda. A tecnologia possui códigos internos diferenciados dos existentes no mercado tor-
nando-o completo, pouco susceptível a erros e principalmente inovador. As facilidades proporcionadas pela tecnologia ultrapassou as barreiras do País e começou a ganhar proporções internacionais. Publicações em revistas da área tecnológica
em diferentes países e exposições em congressos pelos idealizadores mostraram o potencial do software para o mundo. Ter no país um software com tecnologia diferenciada proporciona liberdade, além de redução de custos aos usuários.
software
Análise de rachaduras evita prejuízos e pode salvar vidas
Quebra 2D O simulador computacional de crescimento de trincas, fissuras ou rachaduras é desenvolvido em uma linguagem de programação específica e integrado a ferramentas de interface com o usuário. Ele se divide em dois módulos, um ‘kernel’, que é o motor do programa, e uma interface gráfica que facilita a interação do usuário com o aplicativo. Segundo o professor Antônio Miranda, a escolha da tecnologia do software foi desenvolvida para ser usada em diferentes sistemas operacionais. Pode ser implementada a qualquer momento em outros sistemas operacionais. “Posso adaptar o código à vontade para incluir novas formas de analisar um problema de crescimento de trinca”, exemplifica o engenheiro. O software pode analisar qualquer estrutura, dentro dos parâmetros estabelecidos no programa, através de uma simulação bidimensional de processos de fraturamento e fadiga, crescimento
de trincas, baseado em uma estratégia de malhas adaptativas de elementos finitos. Além disso, o Quebra 2D consegue responder a alguns parâmetros mecânicos desde o tamanho tolerável até a velocidade do crescimento que a trinca pode obter. Ao longo do processo de pesquisa o engenheiro professor já empregou a tecnologia em peças reais. “Já analisei em ponte metálica ferroviária, descarregador de minério, vaso de pressão, que ofereciam risco de colapso”, afirma. O software também pode ser utilizado em estruturas e peças que estão submetidas a cargas que variam com o tempo como pontes, aviões, navios, carros e outros.
Parceria A Agência de Comercialização de Tecnologia (ACT) do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília (CDT/UnB) é a responsável pelo processo de comercialização do Quebra 2D. O registro do
aplicativo, foi realizado em 2011, pelo Núcleo de Propriedade Intelectual (NUPITEC) do CDT responsável pela identificação, proteção e gestão dos direitos da propriedade intelectual da UnB e junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), cuja titularidade é exclusiva da Fundação da Universidade de Brasília. Hoje Atualmente, a ACT também acompanha e articula o licenciamento da tecnologia voltada para a construção civil. Segundo o agente de parceria, Oscar Galdino, o software já pode ser licenciado. O produto ainda não foi lançado no mercado porque o CDT busca parcerias. “O Quebra 2D já está pronto para o mercado, estamos em busca apenas de parceiros de produção do produto”, conclui.
Serviço Para melhores informações sobre a tecnologia, entre em contato com a ACT/ UnB – Telefone (61) 3107-4116 ou pelo e-mail act@cdt.unb.br.
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perfil
Mútua: Em benefício dos profissionais
Mútua: mais qualidade de vida
O papel da Caixa de Assistência dos Profissionais dos Creas (Mútua) no Sistema é oferecer planos de benefícios sociais, previdenciários e assistenciais. Criada pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea) há mais de 36 anos a entidade é uma sociedade civil sem fins lucrativos. Ao longo dos anos, a Mútua já ofereceu diferentes soluções para os associados que ultrapassam o âmbito profissional e que se estendem à qualidade de vida dos mutualistas. Diferente de muitas entidades que apenas buscam o lucro e direcionam crédito para a área profissional, a instituição tem a preocupação com o caráter social dos associados. O presidente da entidade, engenheiro agrônomo Cláudio Pereira Calheiros, afirma que os mutualistas possuem condições especiais para desenvolver seus negócios, desde o aperfeiçoamento profissional até empréstimos. No entanto, a organização também tem um lado social “Ajudamos os mutualistas a alcançarem seus objetivos, além dos benefícios sociais, oferecemos amparo necessário nas horas mais difíceis”, ressalta Calheiros. No ano de 2013, para inovar e melhorar os serviços, a Mútua reformulou alguns regulamentos de concessão dos seus benefícios. Disponibilizou empréstimos com melhores condições, maior prazo para pagamento e menores taxas de juros ao mês. Passou também a permitir que os benefícios reembolsáveis pudessem ser utilizados pelos dependentes dos associados. A Mútua oferece onze benefícios reembolsáveis: Ajuda Mútua, Garante Saúde, Equipa Bem, Férias Mais, Apoio Flex, Construa Já, Família Maior, Educação, Veículos, Empreendedorismo e Agropecuário. O mutualista também pode aderir a planos de previdência, pela TecnoPrev, ou de saúde pela Qualicorp, além dos benefícios sociais como: Auxílio Pecuniário, Pecúlio e Auxílio-Funeral.
perfil A Mútua existe em diversos estados, sendo que a Mútua do Distrito Federal tem como diretor geral o eng. civil Ailton Almeida. Por atender aos Creas de todo o país a entidade possui convênios em todos os estados brasileiros. As empresas parceiras oferecem descontos especiais para os associados em diferentes segmentos: convênios nacionais e regionais com hotéis, farmácias, instituições de ensino, prestadores de serviços e comércio em geral. O engenheiro de Segurança do Trabalho Flávio Hegidio é associado da Mútua e afirma que a entidade facilita o acesso ao crédito de forma simples e com baixas taxas de juros, anuidade, além de favorecer o bom relacionamento com os mutualistas. “Todos os benefícios oferecidos são mais vantajosos que a maioria dos encontrados no mercado financeiro geral, por isso, atualmente faço meus planejamentos financeiros com parceria da Mútua”, conta Flávio.
Ações Conjuntas ao Sistema Confea/Crea
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Empréstimos para empreendedores
Programa Família Maior
A Caixa de Assistência desde quando foi criada mantém uma relação de parceria com as instituições no Sistema Confea/Crea. Oferece apoio institucional, técnico e financeiro nas ações de desenvolvimento, aperfeiçoamento e valorização dos profissionais. Uma dos apoios significativos entre as autarquias é a viabilização dos Creas nas Semanas Oficiais da Engenharia e da Agronomia (SOEA). “A parceria é de extrema relevância, tanto para a Mútua, que amplia sua divulgação junto aos profissionais e estudantes participantes da Semana, quanto para os Creas que ganham auxílio e têm mais condições de custear a ida à SOEA”, conta Cláudio Calheiros. A Caixa existe em diversos estados, sendo que a Regional do Distrito Federal tem como diretor geral o eng. civil Ailton Almeida.
Planos de previdência pela TecnoPrev
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agricultura
Abacates: Cultura benéfica e lucrativa ABACATE FAZ BEM À SAÚDE E PARA A BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA
Com uma variedade considerável, com cerca de 150 tipos diferentes, o abacate tem conquistado espaço nas vendas internas. O que tem maior aceitação no mercado brasileiro é o chamado abacate comum ou manteiga, que possui casca verde, fina, mole e de formato piriforme (pêra). É utilizado na culinária nacional preferencialmente em doces, sobremesas, vitaminas ou consumido com açúcar.
Na demanda do comércio exterior, a preferência é pela variedade denominada “avocado” de pequeno tamanho, também conhecida como fuerte (ou strong), que mantém a casca verde mesmo depois de maduro e o “hass”, que também possui casca rugosa como o fuerte, porém se torna escura quando amadurece e tem um formato mais arredondado. O abacate do tipo avocado é
relativamente caro se comparado com o manteiga, e 90% da produção é destinada à exportação. Tanto o avocado quanto o hass possuem alto teor de óleo que varia de 20 a 30%, o que é elevado, em comparação aos 5 a 8% existentes em outros tipos de abacates. Sua utilização se dá em saladas e pratos salgados, como por exemplo o guacamole que possui menos água em
agricultura
sua polpa tornando-o mais consistente, o que agrada ao paladar do consumidor estrangeiro. Segundo Tiago Carvalho, diretor comercial da Jaguacy Avocado Brasil, a maior empresa brasileira especializada em abacates da variedade hass, “tanto o consumo interno, quanto a exportação tem crescido ano a ano, embora tenhamos aumentado a área plantada, o crescimento em outros países como o Peru, por exemplo, tem superado o Brasil.” Estatísticas mostram que o Brasil ocupa o 7° lugar na produção mundial do abacate. A produção de mais de 150 mil toneladas em uma área de cultivo aproximada de 11 mil hectares em todo o território, está dividida entre as regiões Nordeste, Sudeste e Sul do País. De acordo com o conselheiro da Câmara Especializada de Agronomia (CEAGRO) eng. agrônomo Elmano Santos, “as mudanças climáticas repentinas, tais como a seca prolongada e as geadas, podem comprometer a produção em escala. A irrigação pode ser uma solução no período de estiagem. O abacateiro se desenvolve melhor em solos mais profundos, com boa aeração e drenagem”, destacou.
Pragas Em relação ao combate à praga, Elmano orienta que “é necessário que as árvores estejam a uma altura de 4 metros do solo, o que também favorece a colheita”. A praga mais recorrente é a lagarta (stenoma catenifer) que penetra nos frutos e provoca podridão, o que deixa o abacate inútil para o comércio e consumo. Já a doença chamada gomose,
que ocorre em solos encharcados, ataca o sistema radicular e mata a planta. “Os cultivados em regiões mais frias, com altitudes acima de 1.800 metros, apresentam maior teor de óleo, de acordo com a variedade plantada.”, completa. Em Brasília, o desenvolvimento de uma nova variedade com o mesmo sabor do avocado, mais apropriada ao gosto do brasileiro, chega a pesar 700 g. “A estimativa de produção do primeiro lote é para daqui a um ano”, afirma Elmano, que também é produtor de abacates.
Enxerto “No processo de obtenção de mudas mais viáveis, a técnica adequada de enxerto é a clonagem, que mantém as características da variedade reproduzida. Esta técnica consiste em cortar o cavalo ou porta-enxerto, com diâmetro aproximado de um lápis e inserir na fenda um galho previamente cortado em forma de cunha. O enxerto deve ser amarrado com fita plástica e protegido com um saco plástico para evitar a desidratação. Após 45 dias, ocorre a brotação e a muda estará apta para o plantio no campo após mais quatro a cinco meses”, acrescenta o conselheiro.
Benefícios Eleito o fruto mais nutritivo do mundo pelo Guinnes Book - o Livro dos Recordes, o abacate ganha cada dia mais espaço na culinária brasileira e no exterior. Considerado uma baga, o fruto é rico em ômega 3, vitaminas A, C e E, ácido fólico e potássio, com ação antioxi-
dante e gordura monoinsaturada. É capaz de diminuir o LDL (colesterol ruim) e aumentar o HDL (colesterol bom) no organismo, sendo excelente fonte de fibras e energia. A extração do óleo do abacate é uma novidade que tem mudado o comportamento do consumidor brasileiro. Seus benefícios nutricionais fazem com que o óleo de abacate seja capaz de conferir efeito de proteção contra os radicais livres – como mostra a pesquisa apresentada no Encontro Anual da Sociedade Americana para Bioquímica e Biologia Molecular, em San Diego (EUA). O óleo de abacate tem sabor semelhante ao do azeite de oliva e pode ser usado em saladas, sopas, pães, para cozinhar ou fritar alimentos, entre tantas outras opções de uso. Utilizado com preferência em dietas, tem a capacidade de modular o hormônio da compulsão, minimizando assim a vontade de comer. Ajuda também na redução dos triglicérides, prevenindo a cardiopatia. O óleo não tem contraindicação de uso, tanto que é comercializado em forma de cosméticos, através dos fármacos, na indústria graxa, nos óleos capilares, para tratamento de feridas e manchas na pele, dentre outros. Por ser natural, sem conservantes, com baixa acidez, de acordo com os médicos especialistas, ele pode diminuir as chances de desenvolver diabetes, artrite, catarata e até o câncer, como também retardando o envelhecimento. Na medicina popular, são utilizados no aproveitamento, as cascas do tronco, as cascas do fruto, caroços e folhas. Por isso ele é considerado um alimento funcional.
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