QRtunes#09 MAR 2017

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ANO III - NÚMERO 9 - MARÇO 2017 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA - VENDA PROIBIDA - TIRAGEM: 5.000 EXEMPLARES

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Nesta edição capturamos CORA e JOHAINE. Confira e participe indicando artistas para o CAPTURA MUNDO LIVRE.

PROVÁVEL CANÇÃO DE AMOR PARA A ESTIMADA NATÁLIA

single do EP Mulamba (2017)

#9

COISA FINA+ DJ KL JAY NATASHA LLERENA DOM PESCOÇO RAPHA MORAES E OS THE MENTES RELESPÚBLICA

BAIXE MÚSICA GRÁTIS AGORA


EDITORIAL////Lembrar que o 8 de março é dia de luta deve ser tarefa constante e incansável para aqueles que acreditam que a igualdade de gêneros deve ser um direito pleno. E, graças à luta de mulheres destemidas e incansáveis, hoje temos uma sociedade muito mais alinhada com a busca e consolidação de leis e direitos que garantam a igualdade entre mulheres e homens. Mas vivemos em tempos sombrios, onde a palavra ébria de um indivíduo ecoa mais na cabeça de gente vazia do que o grito em uníssono de milhares. Motivo pelo qual mais e mais vozes devem ser adicionadas ao coro. O QRtunes – Música Para Todos pretende ser uma dessas vozes sempre trazendo em suas páginas a lembrança dessa luta. Por isso, traz em seu #9 as mulheres da MULAMBA, sempre sensíveis e engajadas, NATASHA LLERENA, CORA e JOHAINE pra amplificar as vozes femininas da edição. Pra fechar, o PROJETO COISA FINA & DJ KL JAY, DOM PESCOÇO e RAPHA MORAES & THE MENTES com seus petardos sonoros.

MULAMBA///O protagonismo feminino na música nacional é algo que sempre merece destaque. Desde sempre temos em nossa discografia nomes que inspiram a liberdade, a luta, a visibilidade e o empoderamento feminino, ora em interpretações que se tornam sua própria voz, ora em criações que em diversas vozes interpretam uma condição única: a de ser mulher em uma cultura, uma sociedade machista e violenta. MULAMBA é uma dessas vozes, que interpreta e cria e vice-versa, e versa e proseia, e lamenta e inspira em vozes dissonantes que têm muito a dizer por muito tempo ainda, cheias de encantamento e fúria, uma rara inquietação que transforma a luta pela igualdade de gêneros em uma batalha diária. “Mulamba” e “P.U.T.A.” são singles que a banda lançou em 2016 os quais chegaram deixando bem claro o poder de seus ideais e firmando-as como referência para todas e todos aqueles atingidos por sua sinceridade, honestidade e criatividade, além do esmero e capricho instrumental que nos presenteia a alma. Amanda Pacífico (voz), Cacau de Sá (voz), Caro Pisco (bateria), Fer Koppe (violoncelo), Naíra Debértolis (baixo) e Nat Fragoso (guitarra) agora nos deleitam com Provável Canção De Amor Para A Estimada Natália, uma balada cheia de carinho e calor otimista, calma como a pressa que insiste em apurar a calma que caminha leve e faceira em sua direção, seja inverno, seja verão, de braços e peito aberto, destemida e apaixonada.

EXPEDIENTE Gladson Targa Editor/Idealizador Design Gráfico Gladson Targa Redação Bê Müller e Abonico Smith Produção Executiva Ludmila Nascarella Produção Gráfica Gladson Targa

QRTUNES.COM Impressão Gráfica Monalisa Distribuição Local Capivara Bike Courier Distribuição ECT Correios Captação de Recursos Sauí Produções

AGORA FICOU MAIS FÁCIL BAIXAR E OUVIR AS MÚSICAS DA REVISTA COM O APP QRTUNES. Para fazer o download ou streaming da música, baixe grátis o APP do QRtunes no botão USAR APLICATIVO na página do Facebook da revista. O app está em versão Beta apenas para Android, por isso, seu feedback é muito importante pra nós.


Groove Baixaria é o que acontece quando scratches e turntables resolvem bater um papo com o free jazz instrumental de uma big band: uma sonzêra que chapa qualquer cérebro descuidado com um groove inevitável; o baixo venenoso inebriando o corpo, os solos de metais arrepiando a alma, tudo sacudindo ossos e borbulhando o sangue. A parceria de KL JAY com o PROJETO COISA FINA é um daqueles encontros que só podia dar muito certo, um capricho dos deuses do groove.

Tem algo de nostálgico em sua voz, algo que remete às cantoras da era de ouro do rádio, algo entre os anos 30 e 50 que logo é transformado em uma viagem por paragens distantes, com ares ibéricos, um sopro do deserto, uma voz que sem pressa passa por memórias ancestrais ao passo sensível e virtuoso de arranjos simplesmente exuberantes a caminho da maturidade artística.

Canto Sem Pressa também batiza o primeiro álbum de NATASHA LLERENA, que imprime em seu primeiro trabalho solo a relação do artista com sua criação, um processo de esmero e depuração do fazer artístico.


“O cavaleiro andante Dom Pescoço de La Sanja é real, está vivo, chegou ao país via Alagoas e agora mora no interior de São Paulo. Cavalga os sonhos. Se auto intitula um personagem medieval espanhol descendente de um casal brasileiro que morava em Castela, fugido de um Brasil colonial dominado por uma classe política corrompida, imprensa marrom e haters de Faceboook que resolveu compôr algo entre o tropicalismo e a psicodelia, Macunaíma e Dom Quixote, cheio de poesia, groove e língua afiada”. Em Manhã – single do EP Temperar – , DOM PESCOÇO rasga o véu da madrugada e deixa os olhos enxergarem a luz do sol inundando a paisagem e os sentidos com sua tropsicodelia.

Flertando com uma estética do insano, apocalíptico e cinematográfico como um bang-bang italiano, desintegrado e entocado no buraco fundo do admirável mundo novo que cultua o espelho, RAPHA MORAES & THE MENTES cavalgam centauros em caminhos saturados de encruzilhadas, de esquerdas e direitas que não suprem as necessidades individualistas que nos oprimem impiedosamente, herdeiros da bomba H e dos megatons do estimado consumismo.

Cavalaria de Centauros é um dos singles do álbum Corações de Cavalo, enérgico e com fortes características de épico, uma ótima amostra dos novos rumos com que Rapha Moraes nos brinda.


+ apresentam

CAPTURA MUNDOLIVRE

Calandria é o dream pop do duo feminino CORA, suave e despretensioso como o vôo da ave, com a liberdade e paisagens sem-fim à sua frente, uma canção com feições mântricas que faz viajar o coração e a mente.

NÓSVAMOS PEGARO SEU SOM

EM 2017, NÓS VAMOS CAPTURAR BANDAS INDEPENDENTES DE TODO O BRASIL E TOCAR NA MUNDO LIVRE FM E ESPALHAR EM NOSSOS QRCODES. Este mês, capturamos CORA e JOHAINE para tocar na Mundo Livre FM e para você baixar de graça aqui na revista. É só entrar na página do QRtunes e baixar o app. É grátis!

FIQUEM LIGADOS NA PROGRAMAÇÃO E INDIQUEM BANDAS PARA CAPTURARMOS!

Olhares lascivos e sedutores se chocam violentamente no riff carregado com toneladas de desejo em Volúpia, single solo que JOHAINE canta com uma interpretação e espectro vocal impressionantes.

PARTICIPEM INDICANDO BANDAS EM NOSSAS REDES SOCIAIS:

@MUNDOLIVREFM

41 99257 9390


CAPÍTULO 9 Tudo começou com uma amizade de infância. Desde meados dos anos 1980, Fabio Elias e Ricardo Bastos já se conheciam da mesma área, o bairro curitibano do Cabral, e ouviam os discos de bandas nacionais que o pai do segundo, dono de uma empresa de áudio, ganhava das rádios e gravadoras. Em 1989, Fabio, que já tocava, foi chamado pelo colega de escola, o baterista Emanuel Moon, a um teste para entrar no seu grupo. Por incompatibilidade de perspectivas musicais, Fabio – louco pela sonoridade fi"ie dos pioneiros do rock – não só não foi aprovado como também arrastou consigo o amigo para formarem um trio chamado RELESPÚBLICA. Todos tinham 13 e 14 anos de idade. Apesar de compositor, o guitarrista nunca almejou ser o vocalista principal. Queria sim fazer a função daquela segunda voz, a mais aguda, influência da música sertaneja que sempre ouviu por conta dos gostos familiares. Através de um amigo em comum conheceu Daniel Fagundes, ainda mais novo (12 anos). Estava fechada a formação da Reles, que começou dando seus primeiros passos no circuito amador de festas e palcos pequenos como o do Teatro Universitário de Curitiba. A sonoridade já havia mudado. Dos primórdios do punk rock, passaram a absorver a influência de grupos pop britânicos dos anos 1960, sobretudo o mod do Who, apresentado a eles em disco através da irmã mais velha e descolada de Emanuel.

Ouça Capaz de Tudo, da Relespública.

APOIO

A Relespública, no click de Iaskara Florenzano.

Quando eu vi que aqueles moleques iria fazer um show no TUC em 1991 carregando influências nada comuns para um adolescente da época não tive dúvidas em passar no local para conferir. Confesso que me surpreendi positivamente. O domínio virtuosístico dos instrumentos somado a uma performance altamente enérgica e o repertório de canções autorais me fizeram escrever logo sobre eles na coluna semanal sobre música que eu mantinha no jornal Gazeta do Povo. concerto e não tive dúvidas em encerrar o texto avisando que era para todo mundo ficar de olho na banda e que eles tinham muito futuro. /////Continua no site. INCENTIVO

PROJETO REALIZADO COM O APOIO DO PROGRAMA DE APOIO E INCENTIVO À CULTURA - FUNDAÇÃO CULTURAL DE CURITIBA E DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA.


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