PANROTAS 1.470 - Especial Cruzeiros 2021

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Edição nº 1.470 - Ano 29 | 12 a 18 de maio | www.panrotas.com.br

Campeão de vendas nas agências de viagens e amado por milhões de viajantes em todo o mundo, o cruzeiro –marítimo, fluvial ou de expedição – está pronto para uma vez mais ser um dos pilares do Turismo – agora na tão aguardada retomada


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PANROTAS — 5 a 11 de agosto de 2020



ÍNDICE nº 1.470 | 12 a 18 de maio de 2021 | www.panrotas.com.br

Página 30 Página 05

Editorial - 1.001 motivos para vender cruzeiros

Pier 1 - Os cruzeiros de luxo estão voltando; confira algumas das melhores marcas

Página 07

Página 34

Clia Brasil - Cruzeiros reforçam sua importância na geração de empregos e divisas no País

Qualitours - Apenas luxo não basta, viajante quer aventura e autenticidade

Página 11

Página 38

Eles navegarão por aqui - Veja em detalhes os navios que virão ao Brasil na próxima temporada

R11 Travel - Royal Caribbean definiu protocolos na prática e está aumentando seu número de destinos

Página 18

Página 43

Costa Cruzeiros - Costa Toscana é o futuro no mar; um divisor de águas da indústria

Página 22

MSC Cruzeiros - Protocolos líderes para restar apenas a curtição a bordo, incluindo novos destinos

Página 26

NCL - Volta aos mares definida em destinos incríveis e protocolos confiáveis

The Travel Corporation - Uniworld Boutique River Cruises anuncia novidades e maneiras únicas de proporcionar experiências

Página 44

Representantes - Quer vender cruzeiros? São eles que vão te ajudar

Página 46

Turismo no Congresso - Deputado Bacelar e seus projetos para o setor

PRESIDENTE

José Guillermo Condomí Alcorta GESTÃO

José Guilherme Condomí Alcorta

TECNOLOGIA Ricardo Jun Iti Tsugawa

EDITORIAL

Artur Luiz Andrade Quer receber a revista PANROTAS pelo celular? Toque aqui ou use o QR Code ao lado.

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Parceria Estratégica


Editorial IÇAR VELAS, LEVANTAR ÂNCORAS... E SENTIR O MAR.

1.001 MOTIVOS

PARA APOSTAR NA RETOMADA DOS CRUZEIROS Os cruzeiros voltaram. Sim, ainda há trâmites e política nos Estados Unidos, situação de saúde no Brasil e a espera de mais pessoas vacinadas no mundo. Mas navegar é uma realidade novamente. Na Europa, no Caribe (dessa vez como portos de origem e não mais de parada) e ao redor do planeta, em rios e mares, navios de todos os tamanhos se preparam para receber os cruzeiristas de volta, em alguns casos depois de mais de um ano. E há motivos para comemorar e apostar na volta dos cruzeiros marítimos, fluviais e de expedição. Listamos alguns deles a seguir.

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Os cruzeiristas, os fãs das viagens marítimas estão com sede de mar. Como conhecem a seriedade dos protocolos de limpeza e segurança pré-pandemia, sabem que os novos protocolos pós-covid-19 vão proporcionar uma viagem confortável e segura para todos.

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Todos os cruzeiros irão exigir testagem de tripulantes e hóspedes, sendo que em alguns casos só viajantes vacinados poderão embarcar. A bordo e nas excursões, os protocolos continuam, mas a diversão e o clima mágico dos cruzeiros também. A capacidade estará menor, mas o entretenimento no mesmo nível de antes.

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Para os novos viajantes, que só fizeram cruzeiro uma vez há muito tempo ou nunca experimentaram o produto, além dos protocolos de segurança, alguns diferenciais que podem convencê-los incluem o fato de passarem uma semana em uma bolha segura, com passageiros que testaram negativo ou estão vacinados; a variedade de tamanho e perfil de embarcações; a variedade de destinos, incluindo os cruzeiros fluviais e as expedições, que chegam a locais onde os grandes navios não chegam; e a oferta no Brasil, com minicruzeiros, que servem como um gostinho para o futuro cruzeirista.

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A pandemia reforçou a criatividade e resiliência dessa indústria e os novos navios estão mais seguros, com atrações para todas as idades e gostos e parando em mais destinos. No Brasil, Alagoas e Santa Catarina estão dentro dessa

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diversificação. No Caribe, há navios partindo das Bahamas, Jamaica, República Dominicana, entre outros destinos. Também há paradas em que o navio fica mais tempo. E as ilhas privativas continuam em alta, com programação exclusiva e funcionando como mais uma bolha de segurança e conforto.

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É a indústria mais flexível em termos de política de remarcações e cancelamentos. E como as companhias programam suas temporadas com antecedência, você pode se planejar para os próximos dois ou três anos.

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O produto cruzeiro marítimo é uma das especialidades dos agentes de viagens e esse profissional sabe vender viagens marítimas como ninguém. Na retomada, os cruzeiros são um dos pilares para milhares de agências pelo Brasil. Mas, além dos grandes navios, é preciso ficar atento também para as categorias premium dentro de algumas embarcações, para os barcos de expedição e aventura, os cruzeiros fluviais e também para os programas pré e pós-cruzeiros, seja no Brasil ou no Exterior.

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A indústria de cruzeiros não parou de investir e novos navios serão lançados a cada ano, de empresas como Celebrity Cruises, Costa Cruzeiros, Disney Cruise Line, MSC Cruzeiros, NCL e das mais diversas marcas de luxo, aventura ou dos cruzeiros mainstream.

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Além das companhias marítimas e fluviais, diversas representações ou operadoras especializadas, como a Píer 1 e a Qualitours, estão à disposição dos agentes de viagens para tirar dúvidas, facilitar a venda e ajudar a atender os clientes. O passageiro tem de entrar no navio com tudo planejado, comprado e reservado. E para isso todos esses profissionais (das companhias, dos representantes e das operadoras) estão à disposição dos agentes de viagens – do treinamento ao passo a passo na reserva.

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A tecnologia sem contato já estava avançada nos navios, assim como os processos de reserva, embarque e pagamento. Isso foi intensificado e melhorado com a pandemia, e o retorno, apesar das regras e protocolos, e dos testes, será mais ágil, fácil e seguro. E sem toque.

Bom, para chegar a 1.001 motivos para apostar na retomada precisaríamos de mais espaço neste editorial. Ou de uma edição inteira da revista. Então está resolvido. Bem-vindo à Edição Especial de Cruzeiros 2021/2022 da Revista PANROTAS. Confira essas 10 dicas e mais 991 distribuídas por reportagens especiais, entrevistas com as empresas e autoridades e nos diversos serviços ao longo da edição. Bora navegar, pois navegar significa relaxar, investir em bem-estar, ficar com a família, amigos e consigo mesmo observando o horizonte, diversão, escape, cultura, conhecimento e geração de empregos e divisas em uma das indústrias mais poderosas do Turismo. Já estamos ouvindo o apito de partida... Boa leitura e boas vendas. Partiu cruzeiro.n

Artur Luiz Andrade Editor-chefe e Chief Communication Officer da PANROTAS artur@panrotas.com.br

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Clia Brasil Filip Calixto

ACELERANDO PARA RETORNAR AOS MARES A paralisação que, em março do ano passado, pegou de surpresa a indústria de Turismo e os cruzeiros que navegam pela costa brasileira, já tem data para acabar. Com sete navios (cinco da MSC Cruzeiros e dois da Costa Cruzeiros), a temporada de viagens marítimas no Brasil vai ser reativada no final de outubro, no dia 31, e seguirá até 19 de abril de 2022. Ficam disponíveis, ao longo desse período, 566 mil leitos (cerca de 36 mil a mais que na temporada 2019/2020, que contabilizou 530 mil acomodações), em 129 roteiros de viagens, com mais de 500 escalas. “São números de uma temporada interessante, que tem a previsão de gerar cerca 35 mil empregos, R$ 2,5 bilhões em receitas e R$ 330 milhões em impostos”, pontua o presidente da Clia Brasil, Marco Ferraz, sublinhando a magnitude dessa indústria e o potencial de crescimento que ela tem no Brasil. “Temos um potencial enorme por aqui e, aos poucos, vamos começar a utilizar melhor os destinos e a demanda existente”, complementa. De acordo com o presidente da Clia, em linhas gerais, os navios que percorrerão os mares brasileiros na próxima temporada são consideravelmente maiores do que aqueles que viajavam por aqui no início dos anos 2010, quando a temporada nacional chegou a receber mais de 20 embarcações. Nessa época, porém, as viagens de navio chegaram a receber 805 mil passageiros, quase o dobro dos 469 mil que embarcaram na temporada 2019/2020. Essas embarcações vão dividir espaço, em alguns momentos, com viagens de volta ao mundo e de travessia de continentes, que já requisitaram paradas em destinos brasileiros. “Temos 26 navios em viagens de volta ao mundo que vão passar por portos brasileiros ao longo da temporada. Eles passarão por 30 portos entre os mais conhecidos, como Rio de Janeiro e Salvador, e regiões pouco visitadas por esse tipo de turista, como Rio Grande, no Rio Grande

Marco Ferraz, presidente da Clia Brasil

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do Sul, Paraty, no Rio de Janeiro, e Porto Seguro, na Bahia”, aponta o dirigente. Um desses casos é o Costa Luminosa, da Costa Cruzeiros, que virá ao Brasil em uma viagem que integra o roteiro Grand Cruise de 51 noites e passará por 19 cidades em três continentes - Europa, África e América do Sul. O percurso inclui paisagens tropicais do Norte e Nordeste do Brasil, como Manaus. Mais que o crescimento na oferta, Ferraz também sublinha a multiplicação da “comunidade cruzeirista” pelo País. “Hoje o Brasil fica entre o sétimo e o oitavo mercado que mais compra pacotes de cruzeiro no mundo”, afirma. Além dos números para a temporada que começa em outubro, o presidente da Clia Brasil fala na entrevista a seguir sobre protocolos de saúde, relação com o poder público e reativação de destinos internacionais. PANROTAS – Com a oferta já determinada, como a Clia estima que sejam as vendas de cruzeiros para a temporada que começa em outubro? MARCO FERRAZ – Os números de vendas específicos para esta temporada ainda não estão muito claros, mas as remarcações de viagens que eram para ocorrer na temporada passada e foram transferidas para a próxima têm sido um sucesso. Mas sim, a procura existe e tem muita gente comprando, inclusive para 2023. Associados nossos

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têm tido bom desempenho também nas viagens de volta ao mundo, o que tem sido uma surpresa agradável. PANROTAS – A Clia organizou um protocolo global de segurança para as viagens de navio. Como isso será aplicado aqui? Teve participação da Anvisa? FERRAZ – Aqui vale contar como surgiram os protocolos. Em 13 de março do ano passado, a Clia paralisou voluntariamente as operações dos seus associados. A paralisação, contudo, não foi imediata e durou algumas semanas, pois muitos portos e fronteiras estavam fechados e foi necessário trabalhar no resgate desses passageiros e tripulações. Nesse momento, com uma série de barcos sendo estacionados e as operações paralisadas, as companhias se uniram com especialistas em saúde e organizaram um protocolo único que vale para todas elas. Esse protocolo já está valendo nos países onde as viagens de cruzeiro voltaram e deve ser testado com mais abrangência e colocado à prova a partir de junho, quando muitas operações voltam a acontecer no Caribe. Já começamos as reuniões com a Anvisa, dando continuidade ao nosso trabalho sempre feito em estreita colaboração com as autoridades responsáveis. Estamos definindo um cronograma para que nos próximos meses possamos ter a aprovação da temporada, confiantes de que os procedimentos de


segurança preparados pelo setor possam atender aos mais altos graus de exigência, sempre prontos para possíveis ajustes de acordo com o cenário da pandemia. PANROTAS – Como é o diálogo da Clia e das armadoras que atuam no Brasil com o poder público para transmitir segurança nessa volta? FERRAZ – Temos recebido bastante incentivo do poder público. Fizemos recentemente algumas rodadas de reunião com a participação dos 14 destinos de cruzeiro e de representantes do governo. Temos tido bastante proximidade do MTur (Ministério do Turismo), assim como das pastas da Infraestrutura, com o ministro Tarcísio de Freitas, das Relações Exteriores, da Economia e da Justiça. Também temos contato próximo e apoio da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), assim como da Polícia e da Receita Federal. PANROTAS – Os Estados Unidos, principal emissor mundial de cruzeiristas, ainda não autorizaram a volta dos cruzeiros. Há perspectiva desse panorama mudar em breve? FERRAZ – O CDC, que é a versão americana da Anvisa, teve uma alteração recente com a chegada do governo Biden e, aos poucos, as conversas começaram a evoluir. A Clia já conseguiu o apoio de alguns congressistas e tem evoluído em conversas para que a navegação volte a ocorrer em julho, com o exemplo de operações de sucesso já realizadas pelo mundo. PANROTAS – Falando de Caribe, como espera que se dê a volta das navegações por lá? FERRAZ – Destinos como Bahamas e Barbados já voltaram a receber cruzeiros e outros portos da região em breve também voltarão a receber. A tendência é que essa volta aconteça de maneira gradual, mas acredito que já no ano que vem tenhamos surpresas agradáveis e números substanciais para contar.

Pesquisa recente da Oxford Economic aponta que voltaremos aos trilhos, com índices de antes da pandemia, apenas em 2024, quando teremos 37,5 milhões de viajantes de volta aos cruzeiros e o crescimento orgânico de 5% deve ser recuperado. No ano passado foram cinco milhões e este ano devemos fechar com 15 milhões. PANROTAS – Analisando o mercado global de cruzeiros, como e por onde se desenha essa retomada? FERRAZ – Os primeiros sinais de volta aconteceram na Europa, que é um continente muito próximo dessa indústria. Os grandes estaleiros estão lá, a maior parte dos navios também é construída por ali e 28% da frota mundial navega em mar europeu. Depois foram retornando os cruzeiros pelo sul do Pacífico e em breve voltam as operações do Caribe, que é a região que concentra 33% da frota mundial. Acredito que no meio do ano tenhamos um acréscimo considerável de viagens de navio e até o final de 2021 teremos reforços importantes. PANROTAS – Que dica daria para o agente de viagens nesse momento de retomada próxima e já pensando no início da temporada brasileira? FERRAZ – Agente de viagens e companhia de cruzeiros são e têm que ser melhores amigos. São os agentes os profissionais responsáveis por 90% das vendas de cruzeiros nacionais e por 70% da internacionais vendidas aqui. Sendo assim, mais do que nunca, é o momento de o agente se capacitar, entender que existe um cruzeiro para cada tipo de passageiro, basta fazer o “match” que esse viajante vira um cruzeirista de carteirinha e quem se especializar certamente terá bons resultados. Na Clia, temos 13 mil agências filiadas e 50 mil profissionais fazendo os mais de 50 cursos que oferecemos. Queremos trazer isso para dentro do Brasil e prover esse treinamento melhorando a qualificação desses parceiros. 12 a 18 de maio de 2021 — PANROTAS

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NOVOS NAVIOS De acordo com a Clia, a frota mundial de navios de cruzeiros, que hoje é de 268, vai ganhar mais 93 até o fim de 2027. Há também uma lista das embarcações próprias para cruzeiros que entraram ou entrarão em operação em 2021. Essa lista, elaborada pela Cruise Industry News, conta com 29 embarcações. Fora os previstos para 2022, como o Disney Wish, da Disney Cruise Line, capa da última edição da Revista PANROTAS, e o Celebrity Beyond, da Celebrity Cruises. Confira abaixo quais são esses navios e as armadoras de cada um deles. MSC Cruzeiros - Virtuosa (Fevereiro) Coral Expeditions - Geographer (1º trimestre) Royal Caribbean - Odyssey (Março) Quark - Ultramarine (Abril) Viking Ocean - Viking Venus (Abril) Ponant - Commandant Charcot (Maio) SunStone - Ocean Explorer (Maio) SunStone - Ocean Victory (Maio) Holland America - Rotterdam (Junho) Hapag-Lloyd - H/Spirit (2º trimestre) Mystic/Atlas - World Navigator (2º trimestre) Emerald - Azzurra (2º trimestre) Sea Cloud - Spirit (2º trimestre) Tradewind Voyages - Golden Horizon (2º trimestre) Crystal - Endeavor (2º trimestre) Ritz-Carlton - Evrima (2º trimestre) MSC Cruzeiros - Seashore (Verão europeu) SunStone - Sylvia Earle (Setembro) Oceanwide - Janssonius (Outubro) Princess - Discovery Princess (Outubro) Lindblad - NG Resolution (3º trimestre) Seabourn - Venture (3º trimestre) AIDA Cruises - AIDAcosma (3º trimestre) Virgin - Valiant Lady (3º trimestre) Swan Hellenic - Minerva (Novembro) Silversea - Silver Dawn (4º trimestre) Viking Ocean - Viking Octantis (4º trimestre) Costa Cruzeiros - Toscana (4º trimestre) n

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Temporada Brasil Filip Calixto

É UM PRAZER ESTAR DE VOLTA A próxima temporada brasileira de cruzeiros deve apresentar números surpreendentemente positivos. Com retorno agendado para o último trimestre deste ano, depois de mais de 18 meses de paralisação em virtude das limitações trazidas pela pandemia, a oferta de cruzeiros no Brasil será superior ao que foi visto na última temporada que tivemos por aqui, entre 2019 e 2020. De acordo com números da Clia Brasil, entre 31 de outubro e 19 de maio a oferta de leitos nos navios que navegarão pela costa brasileira chega a 566 mil, o que representa 36 mil acomodações a mais que o verificado em 2019/2020, quando foram contabilizados 530 mil leitos disponíveis. A Costa Cruzeiros e a MSC Cruzeiros serão as companhias navegando por aqui no período. Entre os navios que formam a oferta da temporada estão: Costa Toscana (6,7 mil leitos), Costa Favolosa (3,8 mil leitos), MSC Orchestra (3,2 mil leitos), MSC Preziosa (4,3 mil leitos), MSC Seaside (5,4 mil leitos), MSC Sinfonia (2,6 mil leitos) e MSC Splendida (4,3 mil leitos).

Os portos e destinos percorridos no período serão: • Rio de Janeiro • Santos • Salvador • Angra dos Reis • Balneário Camboriú • Búzios • Cabo Frio • Fortaleza • Ilha Grande • Ilhabela • Ilhéus • Itajaí • Maceió • Porto Belo • Recife • Ubatuba Além desses haverá paradas e escalas nos portos de Buenos Aires, na Argentina, e Punta del Este e Montevidéu, no Uruguai.

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Costa Luminosa

“Os números da próxima temporada refletem como as companhias de cruzeiros continuam acreditando no Brasil, investindo e trazendo navios modernos que vão garantir as melhores experiências, respeitando a saúde e segurança dos nossos hóspedes, tripulantes e das cidades que visitamos, sempre cumprindo as regras e protegendo o meio ambiente”, avalia o presidente da Clia Brasil, Marco Ferraz. O executivo estima que os quase seis meses de navegação em águas brasileiras – e sul-americanas – devem ser de boa presença de turistas que serão levados ao mar pela vontade reprimida de viajar e pela confiança que o setor de cruzeiros já vem demonstrando com a volta das atividades em outros destinos. Segundo ele, um fator que deve contar a favor são as viagens já realizadas em países como Itália, Cingapura, Taiwan, Japão, Taiti e Ilhas Canárias. As armadoras que estarão por aqui, inclusive, participam dessa retomada, que já é realidade em águas internacionais.

COSTA CRUZEIROS

Maior entre os navios que vão navegar em mares brasileiros até abril do ano que vem, o Costa Toscana ainda é uma novidade na frota da empresa italiana. O flagship já é o maior da frota e fará sua estreia global por aqui, em viagens a partir de 26 de dezembro, com 16 embarques de Santos e Salvador, em cruzeiros de sete noites. Está previsto também um cruzeiro de Páscoa e a navegação de despedida no dia 17 de abril, partindo de Itajaí, Santa Catarina, rumo à Itália. O navio tem esse nome em homenagem à região italiana da Toscana e terá sua operação iniciada em 26 de dezembro de 2021. A embarcação consegue acomodar

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Marco Ferraz, presidente da Clia Brasil


Costa Toscana

mais de 6,7 mil hóspedes em suas 2.663 cabines. São ainda 16 restaurantes, oito bares temáticos, cinco food outlets, além de áreas de experiências gastronômicas, como o restaurante LAB. “Estamos muito felizes em poder trazer um navio dessa classe para a América do Sul. É o tipo de navio que muda o jogo”, afirma o presidente executivo da Costa Cruzeiros para a América Central e do Sul, Dario Rustico. Na avaliação do executivo, com a presença do Toscana, a Costa risca uma linha no chão (ou nos mares) dividindo o que será a oferta de cruzeiros na região antes e depois dessa passagem. “É um navio muito moderno, desenhado como uma cidade inteligente e sustentável, um navio do futuro”, complementa. Rustico faz esses apontamentos lembrando dos diferenciais do flagship. Vale ressaltar alguns deles: o Colosseo, um espaço que ocupa três andares e está localizado no centro do navio, onde os shows serão exibidos e conduzidos em telas; o deck superior, que tem piso de cristal; e as quatro piscinas, uma delas interna e de água salgada.

Dario Rustico

FAVOLOSA A primeira embarcação da empresa a navegar na temporada nacional, entretanto, será o Costa Favolosa. Serão 144 dias (de 20 de novembro deste ano a 16 de abril de 2022) de navegação com cruzeiros partindo de Santos (SP), do Rio de Janeiro e de Itajaí (SC). 12 a 18 de maio de 2021 — PANROTAS

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O Costa Favolosa chega ao mar brasileiro vindo de Savona, na Itália, em uma viagem de 18 noites prevista para começar dia 2 de novembro. O percurso inverso será feito ao final da temporada, no dia 12 de abril, partindo de Itajaí, numa viagem de 19 noites, além da opção de embarque no Rio de Janeiro, em um roteiro de 17 noites. Durante o tempo em que permanece no Brasil, o Favolosa vai fazer minicruzeiros, de três e quatro noites, além de viagens de cinco, seis ou dez noites partindo de Rio de Janeiro e Santos. A terceira embarcação da Costa a navegar em águas brasileiras é o Costa Luminosa, que chega por aqui em meio ao roteiro Grand Cruise de 51 noites, passando por 19 cidades em três continentes - Europa, África e América do Sul. A chegada ao Brasil é dia 20 de janeiro de 2022, quando o navio visitará Macapá, Santarém (PA), Manaus, Belém, Recife, Maceió, Salvador e Rio de Janeiro. Serão seis opções de itinerários na passagem pelo Brasil. A composição de toda oferta da Costa nesse período vai fazer com que a próxima temporada tenha oferta 36% maior do que a vista em 2019/2020. 14

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Costa Favolosa


MSC Seaside

MSC CRUZEIROS

Para a MSC Cruzeiros a temporada brasileira e sul-americana terá início em 5 de novembro, com o MSC Preziosa, que chega ao Brasil de sua Grand Voyage, que parte em 19 de outubro, vindo da Europa. No início (de 5 de novembro a 7 de dezembro) e no final da temporada (de 11 de março a 7 de abril), ele oferecerá minicruzeiros de três e quatro noites partindo de Santos com escalas alternadas em Porto Belo, Balneário Camboriú, Búzios, Ilha Grande, Rio de Janeiro e Ilhabela. Entre 7 de dezembro e 11 de março o navio fará embarques no Rio de Janeiro pela primeira vez para minicruzeiros de três noites com escalas alternadas em Ilhabela, Ilha Grande e Búzios, itinerários de cinco noites com escalas em Ilhéus e Salvador e de seis e sete noites, com embarques aos sábados e aos domingos, visitando Búzios, Ilha Grande, Ilhéus e Salvador, sendo essa última cidade também um porto de embarque. Para quem preferir navegar para o sul do continente, o MSC Preziosa partirá do Rio de Janeiro rumo a Ilhabela, Punta del Este, no Uruguai, e Buenos Aires, na Argentina, em cruzeiros de

MSC Seaside

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MSC Splendida

Suíte MSC Splendida

sete e oito noites. No caso do roteiro de oito noites, o navio pernoita em Buenos Aires. Há ainda a opção de um roteiro de 14 noites, com embarques em Salvador e no Rio de Janeiro e escalas em Ilhéus, Búzios, Ilhabela, Punta Del Este e Buenos Aires, com pernoite. SEASIDE O MSC Seaside, estreará na América do Sul depois de percorrer o Mediterrâneo agora em 2021, durante o verão do hemisfério norte. A embarcação chega ao litoral sul-americano em 13 de novembro e iniciará a sua temporada por aqui no dia 4 de dezembro. O navio fará roteiros exclusivos de seis e sete noites, com possibilidades de embarque em Santos, aos sábados, bem como em Salvador e Maceió, e escalas em Ilha Grande e Búzios. O flagship também fará um roteiro de oito noites, no qual pernoitará em Salvador. Já o MSC Sinfonia partirá para a sua Grand Voyage da Europa rumo ao Brasil no dia 20 de novembro e iniciará a sua temporada pela América do Sul no dia 11 de dezembro. Serão oferecidos itinerários de seis e sete noites, com embarques aos sábados e domingos partindo de Itajaí e também de nove noites com destino ao Uruguai e Argentina, com escalas alternadas em Ilhabela, Punta Del Este, Buenos Aires e Montevidéu.

MSC Preziosa

Atrium MSC Preziosa

MSC Sinfonia

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SPLENDIDA Quarto navio a chegar ao País, o MSC Splendida dará início à sua temporada partindo de Santos no dia 19 de dezembro. Ele oferecerá roteiros de sete noites rumo à Argentina e ao Uruguai, em itinerários exclusivos, visitando Punta del Este, Montevidéu e com pernoite em Buenos Aires, partindo todos os domingos de Santos. O MSC Orchestra completa o programa na América do Sul partindo de Buenos Aires rumo ao litoral brasileiro. “Nossa expectativa é oferecer para os brasileiros momentos de alegria e de confraternização com suas famílias e amigos após esses tempos desafiadores que todos nós estamos vivendo desde o ano passado. Também esperamos gerar grandes oportunidades de negócios para todos os nossos parceiros agentes de viagens, contribuindo para a retomada do turismo no Brasil”, pondera o diretor geral da MSC Cruzeiros, Adrian Ursilli.

Adrian Ursilli

RESUMO DOS PROTOCOLOS PARA A TEMPORADA BRASILEIRA Embarque – Teste pré-embarque em todos os hóspedes com triagem rigorosa feita por um corpo médico em cada porto. Tripulantes com três testes antes do embarque (na cidade onde moram, na chegada do avião ao destino de onde o navio parte e uma terceira vez antes de embarcar) e a cada semana a bordo.

companhias em novos produtos e processos de limpeza, seja de ambientes públicos ou das cabines, foram bastante altos e referência para outras indústrias.

Capacidade menor – A princípio, os navios vão operar recebendo 70% da sua capacidade máxima de hóspedes.

Saúde a bordo – Plano de contingência, corpo médico especialmente treinado para avaliações constantes, monitoramento contínuo por dispositivos pessoais e pela tripulação treinada, estrutura com todos os modernos recursos para atendimento dos hóspedes e tripulantes.

Procedimentos a bordo – Uso de máscaras, distanciamento, menor ocupação, ar fresco sem recirculação, desinfecção e higienização constantes. Os investimentos das

Excursões – Protocolos especiais, coordenação com os municípios, cancelamento do embarque para hóspedes que não cumprem as regras. n

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Costa Cruzeiros Filip Calixto

RETOMADA PAUTADA PELO RESPEITO

Maio começou com boas novas para a Costa Cruzeiros. No dia 1º, a companhia voltou a navegar pela Europa, iniciando uma sequência de minicruzeiros de três e quatro dias pelo Mediterrâneo Ocidental com o navio Costa Smeralda, passando por uma série de portos italianos. A viagem a bordo do Costa Smeralda, partindo de Savona, foi a primeira de uma série de voltas com datas e itinerários já agendados. Nessa sequência estão os retornos de Costa Luminosa e Costa Deliziosa, que navegarão pela parte oriental do Mediterrâneo, com saídas 18

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em 16 de maio e 26 de junho, respectivamente, e do Costa Firenze, que a partir de 4 de julho percorre portos da Itália. Em setembro esse planejamento deve ser reforçado, com mais embarcações voltando aos mares, alcançando portos do Caribe e Dubai, e, em novembro, chega à América do Sul para o início da temporada na região. Por aqui são três navios: Costa Toscana, Costa Favolosa e Costa Luminosa - o primeiro fazendo sua estreia global e o terceiro vindo a partir de uma viagem Grand Cruise, de 51 noites.


Dario Rustico, presidente da Costa Cruzeiros para a região

O ritmo compassado desse retorno planejado pode ser visto como uma prova da maneira meticulosa com a qual a Costa decidiu lidar com a pandemia, seus efeitos e os caminhos para retomar os negócios. De acordo com o presidente executivo da Costa Cruzeiros para a América Central e do Sul, Dario Rustico, a palavra que orientou as ações da companhia no último ano foi: respeito. “Esse foi o termo que escolhemos para lidar com esse tempo”, reitera. O executivo lembra que, de março do ano passado até agora, a empresa fez questão de preservar os postos de trabalho e tomar atitudes que visassem, em primeiro lugar, à preservação da saúde, tanto de hóspedes como de colaboradores. “Optamos pela paralisação voluntária dos cruzeiros quando a pandemia foi decretada e rapidamente começamos a atuar na repatriação dessas pessoas e depois na elaboração de processos que permitissem uma volta segura”, afirma o executivo. PLANOS INALTERADOS A conduta guiada pelo respeito, segundo Rustico, também pode ser vista na maneira com que a empresa escolhe olhar para o mercado. De acordo com o executivo, mesmo em tempos sem viagem a Costa não deixou de procurar entender os anseios do viajante para agir de acordo. Dessa observação nasceram as diretrizes que aos poucos devem modificar a forma como a companhia oferece viagens, enfatizando mais as opções de entretenimento, gastronomia e dando mais tempo de parada em portos para os viajantes. “São decisões que já estavam no radar da empresa antes da pandemia e que continuaram sendo demandas dos viajantes. Isso vale também para o planejamento de expansão que tínhamos e que não foi alterado, tanto é que inauguramos o Costa Firenze durante a pandemia e ainda vamos inaugurar nosso maior navio, o Costa Toscana, este ano”, pontua o presidente executivo, destacando o navio que fará sua estreia mundial no Brasil.

Ao mesmo tempo em que trabalhou para fazer cumprir os planos que já estavam delimitados antes de 2020, a Costa Cruzeiros aproveitou o tempo sem navios nos mares para modernizar o seu conceito de marca. “Concentramos os esforços para o desenvolvimento de uma marca que ressalte novos conceitos. Ainda não é possível falar muito, mas nos próximos meses devemos anunciar algumas mudanças”, antecipa o executivo. PROTOCOLOS E VACINAÇÃO Enquanto aguardava as autorizações para voltar a navegar, a direção da Costa Cruzeiros montou o Protocolo de Segurança da Costa, com ações de saúde e higiene projetadas especificamente para garantir a melhor experiência de férias com a máxima segurança. A cartilha foi desenvolvida pela companhia marítima em colaboração com um grupo de cientistas independentes, especializados em Saúde Pública e coordenados pela V.I.H.T.A.L.I., braço da Universidade Católica de Roma. A realização desse trabalho foi fundamental para conseguir a autorização de retorno e é a base para a retomada das operações da empresa em todo o mundo. Esse protocolo, entretanto, não faz menção às vacinas, que começaram a surgir no final de 2020. E embora muitas companhias do setor tenham optado por tornar a vacinação obrigatória para viajantes e tripulação de seus navios, na Costa esse fator ainda não é regra. “Tanto no Brasil como na Europa observamos um quadro onde as vacinas ainda são destinadas a grupos prioritários e não a toda a população. Por isso os números da vacinação ainda não são muito consideráveis e optamos por não ser esse um item obrigatório”, diz Rustico. As viagens nos navios da empresa são, no entanto, resguardadas por uma série de testagens e de exames, sem os quais não é possível embarcar. 12 a 18 de maio de 2021 — PANROTAS

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PARA O AGENTE DE VIAGENS O presidente executivo da Costa Cruzeiros para a América Central e do Sul, Dario Rustico, classifica o agente de viagens como peça chave para a sobrevivência do segmento de cruzeiros. O executivo lembra que é esse profissional que faz a conexão da empresa com o viajante e lembra que, para a temporada que vai começar no final do ano no Brasil, os agentes terão papel determinante. O dirigente alerta os profissionais parceiros que a Costa chega para a temporada com a estreia do Costa Toscana e uma oferta 36% superior à que teve na temporada 2019/2020. “É mais oportunidade de negócio e mais oportunidade de comissionamento para o agente”, finaliza. n

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Costa Toscana

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MSC Cruzeiros Filip Calixto

MAIS SEGURA E MANTENDO OS INVESTIMENTOS “A saúde e a segurança são nossa prioridade número um, como sempre, ainda mais na situação atual. Todos os nossos cruzeiros agora, e até que a pandemia diminua e que seja o momento certo, operarão sob o nosso exclusivo protocolo de saúde e segurança”. É o que informa, e garante ao mesmo tempo, o diretor geral da MSC Cruzeiros no Brasil, Adrian Ursilli, quando perguntado sobre o andamento do processo de volta aos mares da companhia italiana. O processo citado pelo executivo como condição sine qua non para a operação da frota foi elaborado com a contribuição do grupo Blue Ribbon e já foi experimentado pelos mais de 65 mil viajantes que navegaram em embarcações da companhia desde as primeiras viagens de retorno, em agosto do ano passado. Foram esses viajantes também os responsáveis por certificar positivamente o redesenho da oferta e tornar mais próxima a retomada total da companhia aos

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Adrian Ursilli, diretor da MSC Cruzeiros no Brasil

mares. “O mais importante é que todos se sintam seguros, mas também aproveitem completamente essa experiência do novo normal de cruzeiro. Tudo isso mostra que, graças ao ambiente de bolha social único e seguro que podemos criar a bordo de nossos navios, o cruzeiro é uma das opções de férias mais seguras disponíveis”, reforça o dirigente. O fortalecimento da sensação de segurança funciona como combustível para a empresa, que tem planos já traçados de navegação para os próximos meses. Para a temporada sul-americana, a armadora já anunciou que vai operar cinco embarcações (MSC Orchestra, MSC Preziosa, MSC Seaside, MSC Sinfonia e MSC Splendida) e antes disso, no verão do hemisfério norte, serão dez navios percorrendo os mares do Velho Continente. “Embora esses navios representem apenas uma parte inicial de nossa frota, eles incluem nossas duas recentes joias, o MSC Virtuosa e o MSC Seashore, que entrarão em serviço pela primeira vez em 2021. A presença deles nesta próxima fase do retorno ao mar representa a nossa crença na continuidade da atratividade dos cruzeiros para o consumidor”, avalia Ursilli. Mais que aceitar um bom futuro para os cruzeiros, a MSC, conforme adianta o seu diretor geral no Brasil, seguirá investindo para participar ativamente do que está por vir. “É por isso que confirmamos nossos planos de novas construções para os próximos anos e esperamos um retorno gradual de nossa frota completa nos próximos meses, na temporada de 2021/2022”, reforça o gestor. Esses planos de construção representam, em termos práticos, a ampliação da frota, que deve subir de 18 para 23 embarcações até 2025.

“Permanecemos comprometidos com nossos planos de aumentar a nossa frota, apesar da pandemia”, pontua. NOVAS OPORTUNIDADES Além dos investimentos na ampliação e modernização da frota, Adrian Ursilli lembra que é comum ver o investimento também em destinos. Ele cita um caso nacional como exemplo, com a inclusão da capital alagoana entre as cidades visitadas. “Maceió será um destino de escala exclusivo, assim como um novo porto de embarque da MSC”, revela. Há também casos semelhantes em outras regiões do mundo. A navegação do MSC Seaside no Mediterrâneo, por exemplo, vai passar por Taranto, na Puglia, e por Siracusa, na Sicília. “E nosso recente anúncio de cruzeiros pelo Mar Vermelho, com o MSC Magnifica fazendo escalas na Arábia Saudita, Egito e Jordânia e o itinerário do MSC Virtuosa no Golfo Pérsico que foi enriquecido com escalas no porto de Dammam, na Arábia Saudita, compondo itinerários únicos”, acrescenta. IMPLICAÇÕES DA PARALISAÇÃO Sobre as sequelas deixadas pela pandemia na indústria, o diretor da MSC conta que o último ano foi bem difícil, mas que o fato de fazer parte de um conglomerado que atua em outros nichos atenuou as perdas. “Por esse motivo, não tivemos que tomar medidas drásticas sobre a situação, além das ações imediatas para controlar nossos custos atuais”, lembra. “Nossa posição financeira é segura, e continuamos confiantes sobre o futuro, bem como comprometidos com nosso programa multibilionário de novas construções”.

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VACINAÇÃO Em uma ação que complementa os já mencionados protocolos de segurança e saúde, a MSC organizou um programa de vacinação contra a covid-19 para a tripulação de navios que farão a temporada de verão no hemisfério norte. A iniciativa conta com o apoio de várias autoridades governamentais, destinos e entidades do setor privado. Segundo a empresa, essa ação tem como objetivo adicionar mais um nível de proteção para os próprios colaboradores e para os hóspedes que eles receberão em suas férias. Apesar dessa medida, estar vacinado não é uma condição obrigatória para os viajantes que participam de cruzeiros da companhia. E a razão para a não obrigatoriedade, segundo Ursilli, é exatamente a ainda baixa abrangência do processo de imunização em muitos países. “As vacinas representam uma luz no fim do túnel, mas devemos reconhecer que a sua implementação global bem-sucedida levará algum tempo", argumenta. “Estamos explorando uma abordagem viável de como incorporar os programas de vacinação junto aos testes universais em nosso protocolo de saúde e segurança”. A solução para a questão talvez seja a coexistência da comprovação de vacinas com sistemas de testagem e outros protocolos. “À medida em que as vacinas são implementadas de forma mais ampla, também podemos considerar o uso apropriado de passaportes de saúde e outras medidas adicionais que podem potencialmente fornecer mais segurança. A curto e médio prazos, estamos preparados para a situação híbrida de transportar com segurança hóspedes vacinados e não vacinados”, arremata.

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NOVIDADES MSC Além da apresentação dos novos MSC Virtuosa e o MSC Seashore, a companhia também anunciou cruzeiros inéditos no Mar Vermelho para a temporada 2021/2022, com escalas na Arábia Saudita, Egito e Jordânia. Já para 2022, a empresa pretende lançar o seu primeiro navio movido a GNL, o MSC World Europa. O veículo terá mais de 200 mil toneladas e será um dos mais avançados em tecnologia e em termos ambientais de sua classe. “Por fim, o primeiro navio da nossa marca de ultra luxo será entregue em 2023 pelo estaleiro Fincantieri, na Itália, com entregas subsequentes em 2024, 2025 e 2026. Esse primeiro navio terá uma tonelagem bruta de 63,9 mil GT e contará com 461 das maiores suítes dos mares”, comunica Ursilli. n


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NCL Filip Calixto

VOLTA AO MARES GANHA CORPO Está marcado para o dia 25 de julho, partindo do porto de Pireu, em Atenas, na Grécia, a volta dos navios da NCL (Norwegian Cruise Line) aos mares, com o Norwegian Jade. O navio vai navegar pelas Ilhas Gregas em cruzeiros de sete dias na primeira de cinco voltas já anunciadas pela companhia. Pela ordem, a empresa também vai promover os retornos de: Norwegian Joy, que partirá de Montego Bay, na Jamaica, no dia 7 de agosto; Norwegian Gem, navegando a partir de Punta Cana, na República Dominicana, no dia 15 de agosto; Norwegian Epic, que sairá de Barcelona em itinerários de sete noites no Mediterrâneo Ocidental, começando no dia 5 de setembro; e Norwegian Getaway, que fará um misto de viagens de 10 a 11 dias nas Ilhas Gregas saindo de Roma (Civitavecchia) em 13 de setembro. Com a decisão, a empresa coloca quase um terço dos 17 navios que tem na frota

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Estela Farina, diretora Brasil da NCL

para operar de novo e contribui para a solidificação da tendência de retomada que paira na indústria de cruzeiros pelo mundo. Caribe, Grécia, Itália e Espanha, no entanto, não foram escolhas aleatórias e sim respostas a demandas que a NCL notou no período que ficou sem percorrer os oceanos. De acordo com a representação da empresa, esses destinos têm em comum uma reunião de dois atributos indispensáveis nesse processo de retorno. São eles a preferência do viajante, com experiências bem apreciadas por hóspedes de diversas regiões, e a segurança de locais onde a pandemia foi bem controlada. A estratégia de levar em conta a opinião do viajante e como ele se sentiria nesses destinos resultou em alta na procura para essa primeiras datas anunciadas e para 2022, já projetando um cenário mais farto de cruzeiros disponíveis. “Acredito também que com um retorno já anunciado, com data e roteiro definidos, ficou mais palpável esse movimento de retomada, o que incentiva reservas futuras”, avalia a diretora geral da NCL no Brasil, Estela Farina. CONDIÇÕES PARA O VIAJANTE Além das rotas e datas, a NCL também compartilhou algumas condições que precisam ser respeitadas no retorno desses cruzeiros. A principal delas é a necessidade de vacinação contra a covid-19 para ingressar nas viagens. Conforme apontam as regras de momento da companhia, o imunizante – com duas ou uma dose aplicadas, de acordo com o fabricante – precisa ter sido ministrado ao viajante pelo menos duas semanas antes do embarque. A determinação vale tanto para passageiros como para tripulantes. O regulamento da companhia diz ainda que as vaci-

nas aceitas são aquelas que já contam com aprovação das grandes entidades de saúde, como a OMS (Organização Mundial da Saúde) e a FDA (Food and Drug Administration), dos Estados Unidos. O comprovante da imunização pode ser apresentado tanto em formato digital como em papéis ou cartões de vacinação. A nova determinação sobre a necessidade de vacina, segundo reforça a companhia, não esvazia, porém, o protocolo SAilSAFE, que foi construído durante a pandemia e que vale para ampliar a segurança a bordo, e nem a necessidade das testagens, tanto para hóspedes como para tripulantes. IMPACTO DA PANDEMIA Antes da escolha dos destinos para navegar e de elencar as condições necessárias para que os hóspedes voltassem aos navios, a NCL teve que se organizar para que os efeitos da pandemia não fossem tão danosos, sobretudo financeiramente. Estela lembra que, assim que as notícias sobre a ampliação de contágios de coronavírus começaram a ser difundidas, a empresa já orientou as equipes a cumprirem expedientes home office e se preparou para receber de volta os navios que estavam em viagem. “Tivemos um contratempo apenas com um deles, que iria desembarcar na Austrália mas acabou tendo que aportar em Honolulu”, relata. Movimentos para manter o caixa saudável também foram realizados. “A NCL é uma empresa de capital aberto e aproveitou esse fato para traçar estratégias de obtenção de capital suficiente para gerar a liquidez necessária, de forma a garantir a viabilidade da empresa em termos financeiros”, resume a diretora. 12 a 18 de maio de 2021 — PANROTAS

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NOVO COMPORTAMENTO DO VIAJANTE Já considerando o efeito modificador da pandemia no Turismo, Estela entende que as novas regras de higiene vieram para ficar, mesmo depois da estabilização da retomada. “Os protocolos vieram para ficar. A maior parte das pessoas já se conscientizou a respeito dos males que essa pandemia trouxe e agora exige métodos de segurança e higiene em todos os lugares”, pondera. “Entendo também que as aglomerações ainda demoram a acontecer e que há uma tendência de busca por viagens com distanciamento, por espaços mais exclusivos e de lugares mais abertos e próximos à natureza”, conclui. PROJETO LEONARDO No combo de novidades da NCL, além da volta ao mar em alguns destinos, existe o lançamento do Projeto Leonardo, que deve acontecer em meados de 2022. O projeto em questão será responsável pela construção de seis novos navios na Itália e que serão entregues até 2027. A características dessas embarcações será preservar o tamanho dos maiores veículos da frota NCL, mas com uma distribuição diferente: menor número de cabines em detrimento de áreas de convivência mais amplas.

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NAVIOS REFORMADOS A companhia também seguiu tocando, durante os últimos meses, um projeto rotativo de renovação da frota. A mais recente e profunda renovação aconteceu justamente no Norwegian Epic, que voltará a navegar em setembro. A embarcação foi totalmente reformada, em doca seca, em Marselha (França), e ganhou um novo complexo, The Haven by Norwegian, que reúne serviços exclusivos em cada viagem. A renovação resultou também em 75 suítes reimaginadas e atualizadas. Outro que também foi reforma-

do recentemente é o Norwegian Spirit. “Os procedimentos foram concluídos em janeiro de 2020, no início da pandemia e, portanto, ainda não teve temporada com essas novas características”, esclarece a representante da companhia. “O Norwegian Getaway e Breakaway também tiveram alterações nas torres de purificação, e outros navios tiveram melhorias na manutenção dos ambientes, na decoração, na renovação do carpete ou na introdução de novidades como o Starbucks Café no Norwegian Gem”, finaliza Estela. n


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Pier 1 Filip Calixto

OS CRUZEIROS DE LUXO ESTÃO VOLTANDO

Empresa que representa 11 diferentes marcas de cruzeiros, cuja distinção de mercado é a oferta no segmento de luxo, a Pier 1 Cruise Experts ainda busca compreender mais claramente como ficará a configuração do mercado de cruzeiros quando os efeitos da pandemia forem mais brandos. A companhia tinha motivos reais para acreditar em um 2020 lucrativo, graças ao bom desempenho de vendas em janeiro e fevereiro, quando a indústria de viagens sofreu o impacto incontornável da pandemia. Desde então já notou alguns sinais de recuperação, difundiu a aplicação de protocolos contra covid-19 nas empresas e destinos, notou transformações no comportamento do consumidor e viu as companhias que representa articularem a volta, inclusive com novas embarcações. 30

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“Em diversos setores, inclusive no mercado de cruzeiros, é muito difícil tirar conclusões levando em conta os números obtidos em 2020. Foi e ainda é um cenário muito diferente de tudo que já experimentamos e vamos precisar de tempo para entender o que houve de mudanças e se elas perduram”, avalia o diretor executivo da Pier 1, Thiago Vasconcellos. Na análise do executivo é possível, contudo, tirar algumas conclusões. As principais são: 1 – o acirramento dos já reforçados protocolos de saúde adotados pelas empresas de cruzeiros; 2 – a tendência de antecipação nas compras de pacotes; 3 – e a volta potente da procura por cruzeiros, apoiada pela abstinência de viagens de parte da população.


Thiago Vasconcellos, diretor da Pier 1 Cruise Experts

A primeira dessas conclusões apontadas pelo diretor pode ser vista em anúncios feitos pelas próprias empresas do segmento. “A maioria das companhias de cruzeiros, inclusive algumas de luxo, e parte das que nós representamos, já anunciou que só aceitarão passageiros que já tenham sido vacinados contra a covid-19 e também com exames que apontem resultado negativo para a doença”, lembra. “Isso dará maior segurança aos hóspedes e também para agentes na hora de realizar as vendas”, sustenta. O fato de serem admitidos apenas hóspedes e tripulação imunizados não exclui a necessidade de protocolos de biossegurança, que seguirão sendo aplicados, conforme aponta Vasconcellos. “Não é porque tem um que vai deixar de ter o outro”, reitera. ANTECEDÊNCIA Sobre a tendência das compras antecipadas e o desejo represado de viajar, o executivo lembra que, quando a pandemia foi decretada, as companhias tiveram que fazer uma série de adaptações e remarcações. Esse reajuste de agenda deve desembocar exatamente nas próximas temporadas de cruzeiros, ocupando as embarcações e tornando as reservas mais concorridas. Em números levantados pela própria Pier 1, na comparação entre 2020 e 2019, as compras feitas com, pelo menos, 200 dias antes da viagem, subiram 33%. “Isso já era observado como tendência nos últimos anos, mas, obviamente, cresceu com maior intensidade em 2020. Agora, se foi em consequência da pandemia, ainda teremos que aguardar e ver o mercado voltando ao normal, esses passageiros viajarem para retomar o ciclo de vendas e entender se foi um movimento pontual ou é uma realidade que veio para ficar”, comenta o gestor. “Tem mercados que já têm isso, de

reservar com até dois anos de antecedência, como premissa, o que não se via aqui”, acrescenta. A concorrência gerada pelos índices represados de viajantes tem ainda um outro efeito, que é a manutenção das tarifas médias cobradas por essas empresas. Com mais um dado apurado em sua operadora, Vasconcellos argumenta que o tíquete médio dos cruzeiros de luxo está em alta. O preço médio de uma viagem em navios de marcas representadas pela Pier 1 ultrapassou o patamar de US$ 7 mil no resumo de 2020. MODERNIDADE NA FROTA Nesse contexto de observar para entender como se comporta o mercado e de algumas tendências já confirmadas, o executivo da Pier 1 faz questão de ressaltar os aspectos positivos que se apresentam para os próximos meses. De acordo com ele, dentro da oferta que a companhia representa, 2021 tem agendados nove lançamentos, o que faz crer que quando as viagens voltarem ao patamar da normalidade teremos uma frota mais moderna na oferta de cruzeiros. CUIDANDO DO AGENTE A Pier 1 também lembra que ao longo do período em que as navegações não estavam autorizadas, grande parte das companhias de cruzeiros, para proteger os agentes de viagens, adotou políticas honrando o pagamento das comissões das viagens canceladas e das remarcadas, e o oferecimento de bônus em créditos futuros para os clientes escolherem a viagem ideal. “É inegável que o ano de 2020 foi o mais desafiador para todo o Turismo, em especial, para a indústria de cruzeiros, mas também foi um período de aprendiza12 a 18 de maio de 2021 — PANROTAS

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do e de fortalecimento da parceria entre companhias, operadoras e agentes de viagens”, reforça. AS MARCAS Vasconcellos também detalhou as novidades das marcas representadas pela Pier 1. A Aqua Expeditions é especializada em cruzeiros fluviais, iates de luxo e, desde o ano passado, conta com quatro embarcações na frota. Ao longo de 2020, a rede peruana inaugurou o Aqua Nera, que é capaz de receber até 40 hóspedes fazendo o mesmo percurso que o Asia Amazon pela Amazônia peruana. Completam a oferta da marca o Aqua Blu, que navega pelo arquipélago da Indonésia Oriental, e o Aqua Mekong, que percorre os rios de Camboja e Vietnã. Com 30 anos de mercado, a Crystal Cruises é conhecida por ser uma companhia premiada que desde 2017 deixou de operar apenas cruzeiros marítimos e passou a ter operações fluviais também. Agora, a empresa se prepara para lançar uma embarcação para expedições, o Crystal Endeavor. O navio será capaz de receber até 200 hóspedes e deve começar a navegar em julho, na Islândia. A Crystal é uma das empresas que já agendaram sua retomada. A volta vai acontecer no dia 3 de julho com os navios Crystal Serenity, pelas Bahamas, e Crystal Endeavor, que fará roteiros de 10 dias pela Islândia, todos partindo de Reykjavík.

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Já a Oceania Cruises, que conta com seis embarcações na frota, é reconhecida por sua oferta de alta gastronomia. Com dois navios (Seadream I e Seadream II), a Seadream oferece rotas pelo Mediterrâneo e pelo Caribe. Especializada em cruzeiros de expedição e iates de luxo, a Ponant vai lançar ainda este ano o Le Comamandant Charcot, que será o primeiro veículo da marca feito para expedições polares. A empresa conta ainda com outros dez navios. Na Regent Seven Seas a novidade é o retorno de suas operações, com o navio Seven Seas Splendor em um cruzeiro de ida e volta de Southampton, na Inglaterra, em 11 de setembro de 2021. Com apenas duas viagens concluídas desde sua entrega em fevereiro de 2020, o navio de luxo será o primeiro da armadora a voltar ao oceano, celebrando sua temporada inaugural em grande estilo. A Seabourn juntou-se a outras companhias de luxo ao antecipar seu plano de retomada dos cruzeiros para o início de julho. A empresa volta com o Seabourn Ovation, na Grécia, com duas opções de roteiros de sete noites, partindo de Atenas, que podem ser combinados em uma viagem mais longa de 14 noites. Esses roteiros incluem portos como Patmos, Paphos (Chipre), Rhodes, Santorini e Spetsai. Este ano a marca inaugura ainda o Sebourn Venture, um navio para expedições.

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Na Silversea, o retorno das operações está marcado para 18 de junho com o novo Silver Moon que fará cruzeiros de dez noites. A embarcação vai partir de Atenas, visitando destinos como Jesuralém (Ashdod), Limassol e Mykonos. Também é na marca Silversea que, a partir de 2022, os hóspedes começaram a ter incluídas nas suas tarifas os passeios em terra. Outra marca representada pela Pier 1 é a The Ritz-Carlton Yacht Collection, que, como o próprio nome diz, é da marca de hotéis Ritz-Carlton. A companhia deve começar a navegar em novembro deste ano num mega iate com 149 suítes, todas com varanda e vista para o mar. A empresa fará rotas pelo Mediterrâneo, Caribe, Canadá e Nova Inglaterra. A Uniworld é conhecida por seu uma companhia de cruzeiros fluviais com o carimbo boutique. A marca tem roteiros por todo o mundo passando pelos principais rios da Europa, Egito e Ásia. Quem também tem volta agendada é a Viking Cruises. A empresa retoma aos mares em 15 de junho com o Viking Orion e o Viking Sky, que farão cruzeiros por Bermudas e Islândia, respectivamente. Nos planos para 2022, a empresa tem marcado a estreia do Viking Mississippi, que vai navegar pelo rio Mississipi, que corta os Estados Unidos. n


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EXCLUSIVIDADE É TENDÊNCIA

EM CRUZEIROS MARÍTIMOS, FLUVIAIS E EXPEDIÇÕES

Há mais de quatro décadas fazendo do Turismo seu ofício, o diretor da Qualitours, Ilya Hirsch, acredita que, na volta dos cruzeiros, depois dos desafios apresentados pela pandemia, a maior tendência é a exclusividade. De acordo com ele, a partir de julho, quando deve se intensificar a volta das navegações pelo mundo, tanto cruzeiristas mais experientes como potenciais viajantes de cruzeiros devem buscar viagens em navios menores, com serviço mais personalizado e distanciamento social garantido pelo número baixo de viajantes. E com visita a destinos com uma pegada mais de natureza, cidades menores e com aventura na programação, atributos encontrados em cruzeiros marítimos de luxo, cruzeiros fluviais e expedições. “No retorno dos cruzeiros esse viajante vai levar em conta tamanho e capacidade dos navios”, reforça o executivo. De acordo com ele, devem ga-

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nhar a preferência embarcações de médio porte e iates, com algo entre 100 e 1 mil passageiros. Essa postura se dará em virtude da busca por mais espaço a bordo e para evitar aglomerações e filas, acrescenta Hirsch. O atendimento personalizado e de alto padrão, que é característico nesse tipo de oferta, entra como um bônus. Apontado o que enxerga como tendência, o líder da Qualitours apresenta as marcas representadas pela empresa e que se encaixam nesse tipo de oferta. Algumas delas são Silversea, SeaDream, Seabourn, Ponant, Regent Seven Seas, Oceania, Crystal e Hapag Lloyd. AGREGANDO VALOR À VIAGEM O diretor da Qualitours pondera ainda que há uma outra tendência em destaque na indústria de cruzeiros. Essa, contudo, não tem relação direta com


Ilya Hirsch, diretor da Qualitours

o novo quadro trazido pela situação de pandemia. Esse perfil buscado pelas companhias de cruzeiro, segundo especifica Hirsch, está um passo além do chamado “cruzeirista de carterinha”, que já visitou uma série de portos e destinos tradicionais. Ele procura encontrar valor além do material na viagem que faz. “Para este cliente já não basta uma viagem de lazer e luxo, há uma expectativa de agregar valor à viagem. Agregar conhecimento, cultura e propósito, com toques de aventura e expedição”, resume. Para esse tipo de viajante há roteiros e embarcações específicas. "São navios que foram projetados e construídos com este fim. Eles embarcam menos de 200 passageiros e têm atrações únicas como um salão subaquático com vista para o fundo do mar, mini-submarinos para a descoberta de corais e até helicóptero para uma vista panorâmica”, informa. Nesse tipo de viagem os passeios


em terra são orientados por experts nos destinos, os líderes de expedição. Esses profissionais, antes mesmo das visitas acontecerem, preparam os viajantes com palestras sobre o que será visto no próximo desembarque em terra, a respeito do povo local (muitas vezes aborígenes), sua cultura e costumes. Nesse tipo de cruzeiro, alguns dos destinos populares são Alasca, Galápagos, Islândia, Groenlândia, Antarctica, Kimberly e Ásia. Em fevereiro de 2020, a Revista PANROTAS viajou à Antártica com a Qualitours e a Ponant. Veja como é uma expedição marítima de alto padrão, segmento que, segundo a previsão de Ilya Hirsch, vai voltar com muita força no pós-pandemia. Aventura, exclusividade, segurança e conhecimento, além de alta gastronomia e serviço impecável, tudo isso em uma só viagem. RECOMENDAÇÃO AOS AGENTES Diante da prevista volta das viagens de cruzeiros e do panorama de tendências que está sobre a mesa, o diretor da Qualitours aproveita para dar algumas recomendações aos agentes de viagens que vendem pacotes marítimos. “Nossa recomendação é que o agente de viagens tome ação de imediato propondo aos seus clientes que façam rapidamente suas reservas, pois este é o momento de se beneficiar das boas tarifas, promoções e condições. A maioria das companhias marítimas tem oferecido a possibilidade de cancelamento até 30 dias antes da saída dos navios”, enfatiza Hirsch. O valor pago nesses pacotes poderá ser reembolsado ou a companhia marítima oferece um crédito no valor para futura viagem.n

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FERRAMENTAS

A Qualitours destaca ainda algumas ferramentas tecnológicas que estreitam o contato entre a operadora e os agentes de viagens parceiros. Uma delas é buscador próprio de cruzeiros, My Cruise, e a outra é o white label, que pode ser integrado ao site da agência, facilitando o atendimento e consulta dos clientes. n


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R11 Travel Filip Calixto

OTIMISMO PARA SEGUIR EM FRENTE

Ricardo Amaral, diretor da R11 Travel, tem uma maneira otimista – mas sem perder o contato com o pragmatismo da realidade, como ele mesmo enfatiza – de conduzir os negócios. “Se não olharmos para a luz que vem do final do túnel ele fecha”, metaforiza o empresário. O modo confiante de encarar os desafios que se apresentam pôde ser visto ao longo dos últimos meses, com o ineditismo das situações que se apresentaram com a pandemia do coronavírus e, já em 2021, com as perspectivas de retomada das viagens. “Em nenhum momento a gente parou de atender, de prestar suporte e de vender”, conta o executivo, lembrando dos dias mais críticos do último ano. Segundo conta ele, o que aconteceu em um momento em que as viagens de cruzeiro estavam inacessíveis, foi uma inevitável redução na procura e um novo formato de trabalho, com a equipe atuando remotamente. “Nesse período a gente estimulou e deu suporte ao trade com o nível de serviço que sempre tivemos”, reforça.

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A R11, liderada por Amaral, representa no Brasil as marcas Royal Caribbean International (que conta com uma frota de 25 navios), Celebrity Cruises (são 13 embarcações), Azamara (dois navios: Azamara Journey e Azamara Quest) e Silversea (dez embarcações). Parte dos navios dessas empresas integra a frota que lidera a volta das viagens de cruzeiro pelo mundo. O Quantum of the Seas, da Royal Caribbean, por exemplo, já voltou a operar desde o porto de Cingapura, com cruzeiros de duas a quatro noites, de maneira exclusiva para residentes daquele destino. Há outras embarcações e rotas comercializadas pela R11 que logo voltarão a operar também. VOLTA AO CARIBE O caso mais próximo à realidade brasileira, em termos geográficos e temporais, é o do Caribe, com o retorno das navegações de Royal Caribbean e Celebrity Cruises em junho. O navio Millennium, da Celebrity Cruises, partirá de


St, Marteen (Phillipsburg), no dia 5, em cruzeiros de sete noites, com escalas em portos de Aruba, Curaçao, Barbados, Tortola e Santa Lúcia. O Adventure of the Seas, da Royal, vai sair em 12 de junho de Nassau, nas Bahamas, com viagens de sete noites e itinerários em Grand Bahama Island, CocoCay e Cozumel, no México. E o Vision of the Seas, também da Royal e também com viagens de sete noites, terá saída no dia 26 de junho a partir de Bermudas, visitando CocoCay, nas Bahamas. A lista de voltas confirmadas de embarcações revendidas pela R11 ainda conta com Anthem of the Seas, no dia 7 de julho, partindo de Southampton, na Inglaterra, Jewel of the Seas, partindo do Chipre dia 10 de julho, e Celebrity Apex e Celebrity Silhouette, saindo dias 19 de junho e 3 de julho de Atenas e Southampton, respectivamente. REGRAS Em todos os casos citados acima, excepcionando o Quantum of the Seas, o embarque é atrelado necessariamente à imunização da covid-19. Para entrar, os hóspedes precisam apresentar certificado de vacinação e os menores de 18 anos precisam de exames de coronavírus com resultado negativo feitos, pelo menos, com 72 horas de antecedência ao ingresso no navio. “Essas regras, aliadas aos protocolos de higiene já existentes e elevados, compõem um ambiente bem conhecido de segurança nos cruzeiros”, reforça o diretor da R11. De acordo o executivo, as práticas de cada companhia são somadas a um

Ricardo Amaral, diretor da R11 Travel

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manual geral montado pela Clia, orientando a maneira como as empresas devem trabalhar. Além do acumulado de protocolos, a própria experiência e vivência dos passageiros entra nessa conta como mais um fator de proteção dentro da rotina de viagens em navios. “Cada companhia está pronta para lidar com essas questões, mas o mais importante é oferecer férias inesquecíveis”, acrescenta Amaral. ESTADOS UNIDOS Na lista de destinos que voltam a ser atendidos pelas parceiras da R11, chama a atenção a ausência de portos dos Estados Unidos. Segue assim enquanto a CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) não libera a operação de cruzeiros na região. Há, no entanto, expectativas para que a volta das operações por lá voltem a acontecer até o final de julho ou talvez até antes. “Todos nós estamos esperando esse momento de volta à normalidade, mas é necessário entender e respeitar a decisão de cada país”, pontua o executivo. DESTINOS AFETIVOS Perguntado sobre uma possível tendência do turista de buscar novos destinos quando a retomada se concretizar, Amaral mostra uma visão bem particular. Na visão dele, o maior desejo do viajante agora é voltar aos lugares que mais o agradaram em momentos anteriores. “Durante a pandemia percebi um saudosismo muito grande de lugares que não podiam ser visitados. Acho que o turista vai querer voltar ao seu destino do coração. E, naturalmente, o cruzeirista vai querer voltar para os cruzeiros”, diz. TEMPORADA BRASILEIRA Mesmo sem comercializar cruzeiros que percorrem a costa nacional, o diretor da R11 comenta que a não realização da temporada brasileira no ano passado foi motivo de tristeza para quem é entusiasta dessa indústria. “Me deixou triste não ter tido temporada brasileira de cruzeiros, mesmo que eu não tenha relação com a temporada daqui. É meio paradoxal saber que já tínhamos hotéis abertos, aviões voando e os navios não podiam navegar”, questiona. Na compreensão do gestor, os cruzeiros sofreram com uma espécie de estigma que se cristalizou com as imagens de uma embarcação na Ásia em que o vírus foi detectado e o problema não foi resolvido da maneira mais adequada. n

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CELEBRITY BEYOND No conjunto das marcas representadas pela R11, a novidade mais recente é o lançamento do Celebrity Beyond, da Celebrity Cruises. O navio, que pertence à série Edge, foi lançado em um evento virtual. A embarcação é quase 20% maior e 20 metros mais longa que o Edge e Apex. Por isso oferece mais espaços abertos. O navio fará sua estreia em 27 de abril de 2022, saindo de Southampton, na Inglaterra, e também Roma e Barcelona. Serão itinerários de nove e dez noites no Mediterrâneo, com pernoites em Florença pela primeira vez. Haverá cruzeiros também no Caribe, saindo de Fort Lauderdale, na Flórida, de sete noites. E no Transatlântico, com viagens na Espanha, Lisboa e Ilhas Canárias, com 12 noites.


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PATROCINADO

LUXO EM CRUZEIROS FLUVIAIS A luxuosa empresa de cruzeiros fluviais Uniworld Boutique River Cruises reforça sua posição como líder desse segmento e anuncia novidades e maneiras únicas de proporcionar a seus passageiros as melhores oportunidades de viagem para que mergulhem totalmente em experiências únicas e marcantes. Após a inclusão de quatro novos navios em sua premiada frota de hotéis-boutique flutuantes para viagens ao longo do Nilo, Douro, Mekong e Pó, a companhia está lançando um novo menu de roteiros e experiências. Entre as novidades, um cruzeiro de oito dias de duração pela Holanda, o Dutch Delight, que permitirá aos passageiros conhecer os variados estilos de vida do país, percorrendo desde cidades agitadas a pitorescos vilarejos rurais que mantêm suas autênticas casas de madeira, moinhos de vento e lojas de artesanato. Durante a viagem os hóspedes também irão visitar cidades holandesas icônicas, como Amsterdã, a adorável cidade portuária de Harlingen – que é conhecida por suas praias incríveis -, Nijmegen, a cidade mais antiga da Holanda, e muito mais. Em algumas datas selecionadas o roteiro ainda dá acesso à sétima Expo Horticultural – Floriade, um laboratório vivo com exposições inspiradoras de países, cidades e empresas inovadoras que compartilham ideias para um estilo de vida mais verde e saudável. Depois do bem-sucedido lançamento de seu itinerário Cruise & Rail de 2021 entre Veneza e Zurique, a Uniworld lançará ainda mais experiências de cruzeiro e trem pela Hungria, Itália, Turquia, Romênia, Áustria e Suíça. No tour Castelos da Transilvânia, por exemplo, a experiência ferroviária conectará o trem Danube Express da Golden Eagle com o cruzeiro Enchanting Danube da Uniworld, a bordo do SS Maria Theresa. Entre outros highlights, esse roteiro inclui visita a três castelos, um jantar no Castelo de Bran (onde teria vivido o conde Drácula) e uma visita à capital da região, Cluj-Napoca. O segundo novo itinerário oferece outra opção para Veneza, conectando-se desta vez com o novo S.S. La Venezia. Vale mencionar que, com o atual itinerário de quatro noites de Zurique a Veneza oferecido para 2021 e 2022, a Uniworld também lançará Veneza a Istambul por oito noites e vice-versa. Este itinerário inclui duas noites de hospedagem em Istambul e abrange nove países, incluindo Croácia, Bósnia, Sérvia e Bulgária.

Ainda em relação a novidades, uma das mais aguardadas é o lançamento do seu primeiro Cruzeiro Misterioso. Trata-se de uma viagem de 10 dias de duração com partida prevista para 12 de junho de 2022 na Europa. Totalmente inédito, este itinerário foi cuidadosamente desenvolvido pela equipe da Uniworld para proporcionar experiências extraordinárias e únicas dentro e fora do navio. Uma viagem incrível com inúmeras atividades e cheia de surpresas para aqueles que amam a emoção da aventura. A começar pelo destino do cruzeiro, que só será revelado quando os passageiros já estiverem a caminho do aeroporto. Antes disso, e até para tornar a experiência mais intrigante, nas semanas anteriores ao embarque todos irão receber várias dicas, bem como uma lista do que levar na bagagem. Para conhecer um pouco mais sobre as diferentes promoções da Uniworld para vendas individuais e grupos tanto para a temporada de 2021 como 2022, acesse o site www.uniworld.com e entre em contato com os operadores parceiros. SERVIÇO Uniworld Boutique River Cruises uniworld.com beatriz.camargo@travcorp.com.br Telefones: (11) 3818-0867 e (11) 99668-8489n

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REPRESENTAÇÕES E ESCRITÓRIOS 1.Representações Cap Amazon cap-amazon.com fernanda.sarubbi@cap-amazon.com e (11) 96485-2636 Amazon Dolphin Belle Amazon Star Clippers Discover the World/Discover Cruises www.discovercruises.com.br Telefones: (11) 4063-0754 e (11) 4063- 08881 Carnival Cruise Line Cunard Line Holland America Line Hurtigruten Princess Cruises Seabourn Uniworld Boutique River Cruises Disney Cruise Line Venda via as operadoras Agaxtur, Azul Viagens, Best Day, CVC Viagens, Latam Travel, RCA Turismo e Trade Tours Navigare Viagens navigare.tur.br navigare@navigare.tur.br (11) 3285-2015 Celestyal Cruises

Pier 1 Cruise Experts pier1.com.br mycruiseconcierge.com.br contato@pier1.com.br Telefones: (11) 3078-2474 e 0300-777-2474 WhatsApp: (11) 97490-1037 Aqua Expeditions Crystal Cruises Oceania Cruises Ponant Regent Seven Seas Seabourn Seadream Silversea The Ritz-Carlton Yacht Collection Uniworld Viking Cruises Qualitours qualitours.com.br Telefones: (11) 2175-7703 para São Paulo e 40033892 para as demais regiões Crystal Cruises Hapag Lloyd Oceania Cruises Ponant Regent Seven Seas Seabourn SeaDream Silversea Queensberry www.queensberry.com.br (11) 3217-7100 Oceania Cruises Regent Seven Seas Windstar Cruises Uniworld U River Cruises

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R11 Travel r11travel.com.br Telefones: (11) 3090-7200 e 4200-4418 Azamara Celebrity Cruises Royal Caribbean International Silversea Velle Representações www.velle.tur.br Telefones: (11) 3285-4437 para São Paulo e 0800-879-0013 para as demais regiões info@velle.tur.br Fluviais AmaWaterways Amazon Dolphin Avalon Belle Amazon Crystal Cruises Emerald Cruises European Waterways Le Boat Scenic Cruises Uniworld U by Uniworld Viking River Marítimos Norwegian Cruise Line Oceania Cruises Regent Seven Seas Cruises Descobertas e expedição Emerald Azzurra Poseidon Expedition Scenic Eclipse

2.Escritórios Costa Cruzeiros www.costacruzeiros.com Telefones: (11) 2123-3677 e 0800 747 5505 NCL (Norwegian Cruise Line): www.ncl.com/br Telefone: (11) 3177-3131 MSC Cruzeiros www.msccruzeiros.com.br Telefone: 4003-1058 Uniworld Boutique River Cruises uniworld.com beatriz.camargo@travcorp.com.br Telefones: (11) 3818-0867 e (11) 99668-8489 12 a 18 de maio de 2021 — PANROTAS

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TURISMO É MOLA PROPULSORA DA ECONOMIA DO BRASIL Presidente da Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados desde março, o deputado João Carlos Bacelar Batista (Podemos-BA) construiu sua carreira política tendo a Educação como principal bandeira. Ex-secretário de Educação de Salvador, o atual deputado federal, em seu segundo mandato, diz estar descobrindo no Turismo uma pauta tão importante quanto a da Educação. Em entrevista realizada no último dia de abril, dois dias antes da conclusão do prazo para sanção do presidente da República do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), o presidente da Comissão de Turismo faz um “apelo público” pela sanção presidencial, que saiu, mas com vetos. Leia a seguir a segunda entrevista da série Turismo no Congresso, apresentada pelo Sindepat e veiculada no Portal e Revista PANROTAS. Qual era sua relação com o setor turístico antes de assumir a presidência da Comissão de Turismo da Câmara e como ela é hoje? DEPUTADO BACELAR – Vejo no Turismo hoje uma pauta tão importante quanto a da Educação, a principal bandeira da minha trajetória política. O setor turístico é uma mola propulsora da economia do País, na geração de renda, na capacidade de empregar em diferentes faixas de escolaridade e no potencial de desenvolvimento de infraestrutura, melhorando a qualidade de vida das comunidades locais. O Turismo representa

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Deputado federal João Carlos Bacelar Batista (Podemos-BA)

quase 10% do PIB nacional. Depois do agronegócio, a locomotiva que puxa a economia brasileira é o Turismo. A Comissão de Turismo tem a função de atender as necessidades de curto prazo do setor, mas também de pensar o Turismo pós-pandemia. A Comissão tem o papel institucional de analisar toda matéria legislativa que diga respeito ao Turismo, ouvindo a sociedade por meio de seus representantes. Como presidente da Comissão tenho ainda a função de ter o radar ligado para qualquer projeto sobre o setor, bom ou ruim. Seja para a aprovação de algo positivo, como o

Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos), ou para a recusa de projetos ruins, como o que reduz o orçamento da Embratur. Como o senhor avalia os impactos da pandemia no Turismo? BACELAR – O Turismo fechou, ficou paralisado. Foi o setor que mais sofreu com a pandemia, mas o de Eventos, dentro do Turismo, foi ainda mais afetado. Não sei se chegamos a ter 10% das atividades programadas no ano passado. Além do mais, esse setor não é de curto prazo, porque a captação de um evento pode le-


var anos, sua organização e realização. O Perse cria as condições que o setor precisa agora para garantir sua sobrevivência até a volta da normalidade dos trabalhos. O Perse já passou na Câmara, no Senado, voltou para a Câmara e só esperamos agora que o presidente da República o sancione. Faço aqui um apelo público para que o presidente o sancione em sua integralidade, a dois dias da conclusão do prazo para a sanção (a entrevista foi feita dois dias antes da sanção presidencial, com vetos). Quais são os principais projetos em discussão na Comissão de Turismo, neste momento? BACELAR – Estamos criando a Subcomissão Permanente de Relações Turísticas no âmbito América do Sul, para integrar as comissões da região, quebrando barreiras que impedem o livre acesso entre os países sul-americanos. O sul-americano é nosso segundo visitante internacional e esses países estão se preparando para a reabertura, mas fechando as fronteiras para o Brasil. A tendência que observamos de Turismo de curta distância, neste cenário, deve considerar que para os Estados do Sul do Brasil os vizinhos latino-americanos são curta distância. Outra meta da Comissão é analisar o Projeto de Lei que trata do Marco Regulatório dos Jogos no Brasil, para que ele seja discutido, votado e sancionado. Todos os países ricos, desenvolvidos e democráticos permitem o jogo, que pode representar R$ 20 bilhões em receitas tributárias anuais por aqui, segundo especialistas. Embora o jogo não atraia turistas, ele pode ajudar na retenção desses visitantes por mais alguns dias. Quais são seus principais projetos neste segundo mandato? BACELAR – A primeira coisa é a aprovação do Marco Regulatório dos Jogos. Mas acho importante destacarmos o que já conseguimos para ajudar o Turismo em 2020, em função da pandemia, assegurando a sobrevivência do setor, como a MP 936, que virou a Lei 14.020, as medidas que tratam da suspensão e flexibilização das jornadas de trabalho, da recontratação após demissões, sem o prazo de 90 dias, a própria Lei Aldir

Blanc. Agora estamos reeditando neste ano essas medidas, mas já temos o que comemorar, ou teremos, quando o Perse for sancionado. Também apresentei projeto para permitir flexibilização das condições de pagamento nas operações de crédito no âmbito do Pronampe. O setor ainda não voltou à normalidade, então precisamos dilatar os prazos de pagamentos, ampliar o prazo de carência... Isso para as operações já contratadas, então é algo bastante trabalhoso, mas estamos estudando como fazer isso. Também estamos tratando da modernização do Fungetur e tenho um projeto meu de auxílio financeiro para trabalhadores das festas juninas e carnaval. Já vamos para o segundo ano sem essas festas que, no Nordeste, têm uma capacidade única de empregar e gerar renda. O projeto prevê R$ 3 bilhões para esses trabalhadores do São João e carnaval.

Como o senhor avalia a atuação do trade turístico, organizado no G20, neste momento? BACELAR – O G20 foi o primeiro grupo com quem falei quando assumi a presidência da Comissão de Turismo. As demandas são sempre maiores que os recursos, mas a articulação delas é fundamental para o sucesso. O G20 mostra o empresariado organizado e consciente nas demandas que apresenta, subsidiando muito bem todas elas, sendo o melhor interlocutor do setor em Brasília. É uma interlocução leve, moderna e eficiente, fundamental neste momento e também para pensar no Turismo pós-pandemia. Juntos, vamos poder pensar na construção de uma bancada do turismo na Câmara, que além da Comissão tem também a Frente Parlamentar em Defesa do Turismo, presidida pelo deputado Marx Beltrão e articulada na defesa dos interesses do setor.n

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