Adaptação: Anabela Quelhas
LENDAS PORTUGUESAS
FICHA TÉCNICA TÍTULO: LENDAS PORTUGUESAS AUTORA: Anabela Quelhas ADAPTAÇÃO DO TEXTO: Anabela Quelhas COMPOSIÇÃO GRÁFICA: Anabela Quelhas ENQUADRAMENTOS: Luísa Costa REVISÃO: Luísa Costa EXPOSIÇÃO e E-Book PARCERIAS: A Ler+, A cultura que une e ERASMUS+ PRODUÇÃO: Agrupamento de Escolas Morgado de Mateus 3 de outubro de 2016
http://www.meleditores.pt/livro.php?id=224
ENQUADRAMENTO: Mês Internacional da Biblioteca Escolar (MIBE) Projeto ERASMUS+ Projeto A LER+
LENDAS PORTUGUESAS
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LENDAS Lenda é uma narrativa transmitida oralmente pelas pessoas, visando explicar acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais, misturando fatos reais, com imaginários ou fantasiosos, e que se vão modificando através do imaginário popular. Conforme se vão popularizando, as lendas tendem a ser reproduzidas e registradas em forma de contos e histórias escritas, principalmente em livros. A origem das lendas é baseada em quatro teorias que tenta dar uma resposta: a Teoria Bíblica, com origem nas escrituras; Histórica, com origem a partir das diferentes mitologias, Alegórica, onde diz que todos os mitos são simbólicos, contendo somente alguma verdade moral ou filosófica; e Física, que usa os elementos da natureza como base de tudo (água, fogo, terra e ar). https://www.significados.com.br/lenda/
Batalha de Alcácer-Quibir publicada por Miguel Leitão de Andrade na obra "Miscelânea"
Há muitos, muitos anos houve uma batalha em Alcácer-Quibir. Nesse tempo havia um jovem rei, D. Sebastião que reinava em Portugal. Este rei animado pelo seu fervor religioso, imaturo e inexperiente juntou um exercito e partiu para invadir um país distante no norte de África. O exército chegou cansado mas não virou costas à batalha. O Rei D. Sebastião deu o sinal de fogo e os soldados correram e batalharam heroicamente até à exaustão. O sangue derramava nas suas espadas, e um a um iam caindo ao chão vencidos. Era uma manhã coberta de nevoeiro, o exército português perdeu a batalha e o seu rei desapareceu. Nunca se soube mais nada sobre D. Sebastião, mas os portugueses nunca abandonaram a esperança de o resgatar e sonham ainda hoje com o regresso do seu rei numa manhã de nevoeiro, que os virá libertar de infortúnios nacionais. Adaptado a partir de http:// www.aaweb.org/ Mitos/Lendas/
Adaptação: Anabela Quelhas
D. SEBASTIÃO
ENQUADRAMENTO: D. Sebastião... D.Sebastião rei de Portugal (1554-1578), era neto de D. João III e o seu nascimento foi muito festejado por se temer um problema de sucessão na coroa portuguesa. Morreu no Norte de África, na batalha de Alcácer Quibir, sem deixar descendência, abrindo caminho para a entrega da coroa portuguesa aos Filipes de Espanha. Transformou-se num mito após o seu desaparecimento. A sua morte abriu as portas à crise dinástica que vai colocar os reis de Espanha no trono português. Assim nasceu o mito do “Sebastianismo”, a esperança de que regressaria um dia, numa manhã de nevoeiro, para salvar o país de todos os males.
ENQUADRAMENTO: Vinho do Porto... Os habitantes do noroeste da Península Ibérica já bebiam vinho há dois mil anos. Os romanos, que chegaram a Portugal no século II a.C., cultivaram vinhas e faziam vinho nas margens do rio Douro, onde o vinho do Porto é hoje produzido. Na segunda metade do século XV uma quantidade significativa de vinho português era exportada para a Inglaterra, comércio que aumentou nos séculos seguintes.
No outono de 1679, um barco carregado de vinho do porto saiu da cidade do Porto com destino a Londres. A meio da viagem, foi atacado por um corsário francês a custo do qual conseguiu escapar, navegando para o alto mar. Acossado por violenta tempestade, afastou-se imenso da sua rota e fundeou em S. João da Terra Nova para reabastecimento e repouso da tripulação. Impossibilitados de prosseguir viagem devido ao rigor do inverno, só na primavera seguinte se fizeram de novo ao mar. Finalmente, chegados a Londres, constataram, com natural espanto, que a prolongada estadia na Terra Nova tinha dado ao vinho um aroma e um sabor agradavelmente diferentes. Desde então, a companhia proprietária do carregamento passou a enviar anualmente grandes quantidades de vinho para envelhecer na Terra Nova. Assim surgiu este celebrado porto e esta espantosa lenda perpetuada nos rótulos das garrafas dos portos Newman. Adaptado a partir de: Letras e Estudos Luso-Canadianos
Adaptação: Anabela Quelhas
O VINHO DO PORTO
Cena da chegada do "Retriever" à Terra Nova com um carregamento de vinho do porto, em 1892. Mural existente no Newman's Wine Lodge, Portugal
ENQUADRAMENTO: Infante D. Henrique... A primeira conquista no além-mar obrigou à preparação de uma frota capaz de transportar numeroso exército equipado com armas e abastecimentos. Foi necessário mandar construir, comprar e alugar muitos navios. A preparação da armada obrigou a um grande incremento a construção naval em Portugal. Só a cidade do Porto, com os estaleiros de Massarelos e Miragaia, concorreu com setenta naus e barcas .
Construíam-se nas margens do Douro as naus e os barcos que haveriam de levar os portugueses, à conquista de Ceuta e, mais tarde, à epopeia dos Descobrimentos. A razão deste empreendimento era secreta e nos estaleiros os boatos eram muitos e variados até que um dia o infante desta cidade, D. Henrique apareceu inesperadamente no Porto e desvendou o segredo: Preparava-se a conquista de Ceuta. Os habitantes desta cidade empenharam-se neste grande projeto e além da construção das embarcações deram toda a carne da cidade e comeriam apenas as tripas. Este sacrifício valeu-lhes a alcunha de "tripeiros". Comovido, o infante D. Henrique considerou que esse nome de "tripeiros" era uma verdadeira honra para o povo do Porto. Assim a grande frota do Infante D. Henrique, com sete galés e vinte naus, partiu à conquista de Ceuta. Adaptação a partir de: http://1000actividadesinfantil.blogspot.pt/2010/02/ lendas-portuguesas.html
Adaptação: Anabela Quelhas
OS TRIPEIROS
Partida da Armada do Infante D.Henrique para Ceuta. Fresco de Martins Barata
ENQUADRAMENTO: Os rios de Portugal que nascem em Espanha e Encostas do Douro património Mundial... Os principais rios Ibéricos nascem nas cadeias montanhosas do interior da Península e desaguam no Atlântico, como é o caso dos rios Douro, Tejo e Guadiana. Havia três rios irmãos, o Douro, o Tejo e o Guadiana. Numa noite, antes de adormecerem combinaram que no dia seguinte ao levantarem-se cada um partisse para o mar, pois esse era o seu destino. Quem chegaria primeiro? O Guadiana foi o primeiro que acordou; logo de manhã mal o sol nasceu ,partiu no seu vagar, escolhendo sítios planos, pouco acidentados e belas paisagens. O Tejo acordou depois, e como queria chegar primeiro ao mar, largou mais depressa, escolhendo alguns atalhos menos interessantes e com margens não tão belas como as do seu irmão Guadiana.. O Douro foi o último que acordou, o sol já ia alto e quando deu pela falta dos irmãos rompeu com toda a velocidade por montes e vales, sem se importar com a escolha, visto que estava muito atrasado. Eis porque as margens do rio Douro são agrestes e pedregosas e as suas águas levam sempre pressa de chegar ao mar. .Adaptado a partir de https://ceportugues. wordpress.com
Adaptação: Anabela Quelhas
OS TRÊS RIOS
http://lamegoimage.blogspot.pt/2011_05_01_archive.html
ENQUADRAMENTO: Algarve.….. Prenunciando a chegada da Primavera, as amendoeiras em flor cobrem o Algarve de branco, num espectáculo deslumbrante . Um manto frágil, rosado e branco que se espraia pelas terras onde muitas aldeias preservam os nomes de origem árabe. Os Mouros permaneceram no Algarve (Al– Gharb) durante mais de quinhentos anos e a convivência entre cristãos e muçulmanos fez-se de muitas lutas mas também de convivência pacífica.
Era uma vez um rei mouro que casou com uma linda princesa vinda das terras frias do norte, onde neva quase todo o ano. Amavam-se muito e viviam numa terra de clima ameno e temperado chamada Algarve. Por vezes o rei via a sua linda esposa triste e melancólica. Oferecia-lhe ouro, joias, belos vestidos, porém faltava sempre alguma coisa. Por vezes ela chorava e rei perguntava-lhe o que ela tinha e ela respondia: - Vejo o mar neste belo país, porém falta-me a minha neve. - A tua neve vai vir.- prometeu o rei. O rei mandou plantar amendoeiras em todo o Algarve. Um dia de fevereiro ainda antes da primavera chegar, a princesa acordou, foi até à sua varanda para ver lá longe o mar e pensou que estava a sonhar. A sua neve estava ali, cobrindo as terras do seu rei. - Meu rei, a neve chegou! - Esta neve é perfumada pois são amendoeiras em flor. Adaptada de: www.lendarium.org
Adaptação: Anabela Quelhas
AS AMENDOEIRAS EM FLOR
http://algarvepontosdevista.blogspot.pt/2010/01/amendoeiras-em-flor.html
http://pt-comunidades.com/lenda-da-sopa-de-pedra/
ENQUADRAMENTO: A astúcia, o engenho e a arte. Virtudes necessárias para vencer e prosperar em tempos difíceis de grande míngua, acrescidos de umas pitadas de imaginação, espírito de partilha e solidariedade.
Assim que a agua começou a ferver, tornou ele : – Com um bocadinho de unto, é que o caldo ficava um primor! Foram-lhe buscar um pedaço de unto. Ferveu, ferveu, e a gente da casa pasmada pelo que via. – Está um bocadinho insosso. Bem precisava de uma pedrinha de sal. Deram-lhe o sal. – Agora é que, com uns olhinhos de couve o caldo ficava que até os anjos o comeriam! A dona da casa foi à horta e trouxe-lhe duas couves tenras. O frade limpou-as e ripou-as com os dedos, deitando as folhas na panela. – Ai, um naquinho de chouriço é que lhe dava uma graça. Trouxeram-lhe um pedaço de chouriço. Ele deitou-o à panela. O caldo cheirava que era uma regalo. Tirou um naco de broa do bolso para acompanhar a sopa. Comeu, comeu e lambeu o beiço no final. Depois de despejada a panela, ficou a pedra no fundo. A gente da casa, que estava com os olhos nele, perguntou: – Ó senhor frade, então a pedra? - A pedra lavo-a e levo-a comigo para outra vez.– respondeu o frade. Adaptada de: http://www.cm-almeirim.pt/ conhecer-almeirim/ gastronomia
Adaptação: Anabela Quelhas
SOPA DE PEDRA
Um frade andava no peditório. Chegou à porta de um lavrador que não quis dar-lhe a esmola. O frade estava a cair com fome, e disse: - Vou ver se faço um caldinho de pedra! E pegou numa pedra do chão, sacudiu-lhe a terra e pôs-se a olhar para ela, para ver se era boa para fazer um caldo. A gente da casa pôs-se a rir do frade e este perguntou: - Então nunca comeram caldo de pedra? Só lhes digo que é uma coisa boa. – Sempre queremos ver isso!- responderam-lhe Se me emprestassem aí um pucarinho.– pediu o frade lavando a pedra. Deram-lhe uma panela de barro. Ele encheu-a de água, deitou-lhe a pedra dentro e pediu para colocar a panela junto às brasas.
ENQUADRAMENTO: O bem e o mal. Os dois lados do ser humano simbolicamente representados por S. Jorge e o dragão, são explorados por todas as religiões. O confronte gerido por cada ser humano, representa a dura luta da vida, onde o bem poderá ser vencedor. Perto de Aljubarrota, as pessoas viviam aterrorizadas por um dragão. Os soldados romanos que ali estavam aquartelados ficavam sem os seus cavalos, pois quando iam beber à Fonte dos Vales, surgia o dragão que os devorava. Esta situação propagou o medo pelos soldados. Jorge, oficial romano decidiu enfrentar o dragão, para eliminar o medo que se instalava entre todos, enfraquecendo o seu exército. Jorge dirigiu-se à fonte, deu de beber ao seu cavalo e quando o dragão surgiu, matou-o com a sua lança. Essa determinação e a vitória contra o mal, tiveram ajuda divina e o oficial passou a ser considerado santo. Adaptado de: http://1000actividadesinfantil.blogspot.pt/2010/02/lendasportuguesas.html
Adaptação: Anabela Quelhas
S. JORGE E O DRAGÃO
http://www.voyagesphotosmanu.com/sao-jorge-dragao.html
ENQUADRAMENTO: D. Dinis rei lavrador e poeta, a caridade e D. Isabel de Aragão Rainha Santa Deve-se a D. Dinis (12611325) um grande impulso na cultura nacional. A sua corte foi um dos centros literários mais notáveis da Península. A rainha ficou conhecida como pacificadora; uma mulher culta dedicada à arte, à arquitetura e à liturgia, mas sobretudo notabilizada pela ação sócio caritativa, sendo considerada a rainha amiga dos pobres. D. Isabel, a mulher de D. Dinis, ocupava todo o seu tempo fazer bem a quantos a rodeavam, visitando. tratando doentes e distribuindo esmolas pelos pobres. O rei seu marido tinha muito mau génio apesar de ser também bondoso,Aborrecia-se por ver a rainha sempre misturada com mendigos, e proibiu-a de dar mais esmolas. Certo dia, viu-a sair do palácio às escondidas, foi atrás dela e perguntoulhe o que levava escondido por baixo do manto. Era pão para distribuir pelos pobres. Mas ela, aflita por ter desobedecido ao rei, disse: - São rosas, Senhor! - Rosas? Rosas em Janeiro? - duvidou ele - Deixai-me ver! De olhos baixos, a rainha Santa Isabel abriu o regaço e o pão tinha-se transformado em rosas, tão lindas como jamais se viu. Adaptado de: http://www.junior.te.pt
Adaptação: Anabela Quelhas
MILAGRE DAS ROSAS
Batalha de Alcácer-Quibir publicada por Miguel Leitão de Andrade na obra "Miscelânea"
ENQUADRAMENTO: Mosteiro da Batalha., D. João I…..a honra, o orgulho de ser português O Mosteiro de Santa Maria da Vitória, também designado Mosteiro da Batalha é, indiscutivelmente, uma das mais belas obras da arquitetura portuguesa e europeia. Este excecional conjunto arquitetónico resultou do cumprimento de uma promessa feita pelo rei D. João I, em agradecimento pela vitória em Aljubarrota, batalha travada em 14 de agosto de 1385, que lhe assegurou o trono e garantiu a independência de Portugal. As obras prolongaram-se por mais de 150 anos, através de várias fases de construção. Afonso Domingues, arquiteto e mestre da confiança do rei D. João I projetou o Mosteiro da Batalha. Porém a idade avançado do mestre e a sua progressiva cegueira levaram o rei a considera-lo incapaz e a afastá-lo da grande obra, entregando- a ao arquiteto irlandês Huguet, para grande regozijo deste último. A parte mais complicada da obra era a construção de uma grande e bela abóbada, arrojada no seu desenho e execução. Huguet alterou a construção dessa abóbada imaginada por Afonso, não confiando na sabedoria do arquiteto português, porém a abóbada ruiu por duas vezes, provocando grande perda de vidas. Afonso Domingues, mestre sério e determinado, garantia a estabilidade da sua obra, e a pedido do rei voltou ao seu ofício e a abóbada construiu-se. Como garantia do seu conhecimento e da sua honra, passou três dias e três noites agrilhoado e em jejum sob a abóbada, afirmando: “A Abóbada não caiu, a abóbada não cairá!”, porém com a sua idade avançada e debilidade física não resistiram e mestre morreu sob a sua abóbada, que permanecerá para sempre tal como a honra do seu mentor. Adaptado de: Lendas e Narrativas—Alexandre Herculano
Adaptação: Anabela Quelhas
A ABÓBADA
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ENQUADRAMENTO: A ponte, medieval, o sobrenatural, a fé e os casos difíceis Ponte da Misarela localizase sobre o rio Rabagão, em desfiladeiro escarpado e de difícil acesso e por isso é atribuída a sua construção ao próprio diabo . A fé associada ao sobrenatural são a garantia da reconstrução da esperança. A ponte da Misarela sofreu as artimanhas do diabo. Caiu várias vezes, foi reconstruida outras tantas por quem ousava contrariar o demo e só apelando a Deus é que resistiu por milagre deste, apesar de torta. Aqui davam-se outros milagres, salvar os filhos das mães que tanto os desejavam e que nunca conseguiram dar-lhes vida, pois estes nasciam mortos. Uma mulher que estivesse novamente grávida, deveria ir até à ponte levando consigo dois acompanhantes e deveriam à meia-noite em ponto estar em cima do arco da mesma. Os acompanhantes teriam de se colocar um em cada entrada da ponte para impedirem que nenhum animal passasse, ainda que fosse um rato, pois se assim fosse o milagre não se realizava. A mulher grávida e os acompanhantes teriam de esperar em cima da ponte até que alguém passasse para batizar a criança ainda dentro da barriga da mãe. Para o batizado, levavam um jarro e uma corda comprida e, quando aparecesse a primeira pessoa, pediam-lhe para ser o padrinho ou madrinha da criança. Então o padrinho ou a madrinha teriam de cortar ao lado da ponte um ramo de oliveira. De seguida lançavam o jarro preso na corda abaixo da ponte e com a água que conseguisse colher molhava o ramo e fazia uma cruz na barriga da mãe orando uma reza que apelava ao pai, ao filho e espirito santo e depois finalizava com: Se fores rapaz, teu nome será Gervásio; e se fores rapariga, teu nome será Senhorinha. É fácil descobrir quem nasceu com a ajuda da ponte do diabo. São tantos! Adaptado de: Literatura Portuguesa de Tradição Oral
Adaptação: Anabela Quelhas
PONTE DA MISARELA
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ENQUADRAMENTO: Guerras entre Portugal e Castela. A batalha de Aljubarrota é uma das principais vitórias militares dos portugueses ao longo da sua história, não só devido ao facto de cimentar a independência, mas também devido à desproporção de forças que se encontraram no campo de batalha.
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Brites de Almeida não foi uma mulher vulgar. Era feia, grande, com os cabelos crespos e muito, muito forte. Aprendeu a manejar a espada e o pau com tal mestria que depressa alcançou fama de valente, mesmo entre os homens. Um dia, aceitou o trabalho de padeira em Aljubarrota. No dia da batalha de Aljubarrota, ajudou os seus conterrâneos na luta contra os castelhanos e quando chegou a casa cansada mas satisfeita, despertou-a um estranho ruído: dentro do forno estavam sete castelhanos escondidos. Brites pegou na sua pá de padeira e matou-os logo ali. Tomada de zelo nacionalista, liderou um grupo de mulheres que perseguiram os fugitivos castelhanos que ainda se escondiam pelas redondezas. Até hoje os castelhanos não se esquecem da nossa padeira. Adaptado de:http://1000actividadesinfantil.blogspot.pt/2010/02/lendasportuguesas.html
Adaptação: Anabela Quelhas
A PADEIRA DE ALJUBARROTA
http://www.vortexmag.net/lenda-da-padeira-de-aljubarrota/
http://www.meleditores.pt/livro.php?id=224
https:// desenvolturasedesacatos.blogspot.pt/2014/05/ze-do-telhado -e-remexido-robins-dos.html
No tempo dos reis e das rainhas, José nascido no lugar do Telhado era um destemido Lanceiro da Rainha, que posteriormente viveu vários confrontos populares na chamada Revolução da Maria da Fonte. Era uma homem aguerrido mas de bom coração. Nas reviravoltas das revoltas e das revoluções, muitas famílias passaram por dificuldades, incluindo a sua, até o Zé decidir-se pela arte de assaltar. Formou um grupo, tal como Robin dos Bosques em Inglaterra, com o qual praticava assaltos às casas dos senhores mais ricos. Poucas foram as casas senhoriais dos vales do Douro e do Tâmega que não receberam a "visita" da malta do Zé do Telhado. José era um cavalheiro, tratando sempre com muito respeito os donos das casas assaltadas. Não costumava ficar com tudo só para si, distribuía-o pelas famílias pobres suas vizinhas—roubava aos ricos para dar aos pobres. Adaptado de: http://visao.sapo.pt/visaojunior/
Adaptação: Anabela Quelhas
ZÉ DO TELHADO
ENQUADRAMENTO: Maria da Fonte Em março de 1846 um grupo de mulheres armadas de foices e gadanhas decidiu protestar contra a nova lei que as proibia de enterrar os seus mortos no interior das igrejas. Rapidamente, a revolta da Maria da Fonte, como ficou conhecida, passou a rebelião contra a ditadura política de Costa Cabral. Os camponeses não queriam pagar os novos impostos decretados pelo governante que iria ser demitido pela rainha D.Maria II.