Que Rio Queremos?

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GRAFFOLUZ


Realização

Patrocínio

Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa de Direitos Difusos Secretaria Nacional do Consumidor Ministério da Justiça

Coordenação geral do projeto

Rosane Menna Barreto Peluso


Concepção

Instituto Sócio Ambiental Vida Verde - ELOVERDE® Autores

Caroline Josiane Noara Diana Rocha Heraldo Baialardi Ribeiro Jéssica Maria Jemiczak Lidiane Bernardi Marcio Freschi Mateus Kurek Pagliosa Quéli Giaretta Rosane Menna Barreto Peluso Fotos/ Edição final de imagens

Diana Rocha Quéli Giaretta Revisão Geral

Diana Rocha Projeto gráfico/ Ilustração/ Diagramação

Caroline Josiane Noara

Acadêmica do Curso de Engenharia Ambiental da UFFS. Estagiária Eloverde.

Marcio Freschi

Pedro Henrique Menna Barreto Peluso

Diana Rocha

Pré-impressão, impressão e acabamento

Heraldo Baialardi Ribeiro

Graffoluz

des de Educação Ambiental com limpeza do Arroio Tigre junto a grupos pré-agendados.

Jornalista. Assessora de imprensa.

Químico Industrial. Mestre em Química de Produtos Naturais. Coordenador da Instalação de Redes e Monitoramento de retirada do lixo no Arroio Tigre.

Jéssica Maria Jemiczak

Tecnóloga em Meio Ambiente. Educadora Ambiental. Auxiliar Técnica para a ação de Educação Ambiental com limpeza do Arroio Tigre junto a grupos pré-agendados.

Lidiane Bernardi

Tecnóloga em Gestão Ambiental. Especialista em Gestão e Educação Ambiental. Coordenadora das ativida-

Biólogo. Especialista em Ciências Ambientais e Mestre em Educação, Ciências e Matemática. Coordenador das atividades de plantio de mudas nativas.

Mateus Kurek Pagliosa

Engenheiro Ambiental. Auxiliar Técnico para Instalação de Redes e Monitoramento de retirada do lixo no Arroio Tigre.

Quéli Giaretta

Especialista em Gerenciamento de Projetos. Gestora de Mídias da Eloverde.

Rosane Menna Barreto Peluso

Economista. Mestre em Economia, UFRGS. Especialista em Gerenciamento de Projetos e Educação Ambiental. Gestora de projetos da Eloverde.


SOBRE A ELOVERDE Criado em 14 de maio de 2003, o Instituto Sócio Ambiental Vida Verde - ELOVERDE® - é uma entidade de caráter sócio ambiental que trabalha com a elaboração, execução e gerenciamento de projetos sócio ambientais, educação ambiental não formal, capacitação de educadores e técnicos ambientais, assessoria e consultoria ambiental, auditoria ambiental. Dentre as ações desenvolvidas estão seminários, palestras, fóruns e oficinas de meio ambiente, cursos de gestão, licenciamento, direito e auditoria ambiental além de projetos de educação ambiental para distintos públicos. Com uma sede física possui um quadro de técnicos de diversas áreas e voluntários que contribuem nas atividades de campo e desenvolvimento de projetos e cursos. Todas as atividades promovidas e realizadas pela ELOVERDE® têm o objetivo maior de estimular o exercício da cidadania e participar do desenvolvimento de projetos sócio ambientais em parceria com outras entidades afins.

Objetivos Estratégicos 2013- 2015 Estabelecer a excelência na gestão de projetos sócio ambientais. Manter recursos humanos qualificados e comprometidos. Consolidar a imagem da ELOVERDE® como ator fundamental no processo de desenvolvimento regional.

Finalidades e Objetivos Principais O instituto tem entre seus objetivos prestar serviços de consultoria ambiental a entidades públicas ou privadas, nacionais e internacionais que correspondam aos objetivos sociais do instituto. Elaborar, organizar e desenvolver projetos sócio ambientais, bem como divulgar as causas dos problemas ambientais e as possíveis soluções, tecnologias alternativas e inovadoras, visando o conhecimento técnico-científico e o desenvolvimento ecologicamente sustentável. Realizar, participar, promover, oportunizar e difundir atividades educativas, culturais e científicas, através de congressos, conferências, seminários, cursos de capacitação, treinamentos, feiras, exposições e mostras que divulguem os objetivos do instituto.

Missão Desenvolver projetos e vender soluções sócio ambientais para empresas públicas e privadas agregando inovação a cada solução.

Princípios Ética Confiança Valorização do capital humano Atuar em parcerias Foco em resultados Valores culturais

Estrutura organizacional Departamento de Pesquisa e Projetos Departamento de Captação de Recursos Departamento de Comunicação/ Marketing/ Planejamento de eventos Departamento de Educação Ambiental Departamento Jurídico

Direção 2013-2015 Quéli Giaretta - presidente Heraldo Baialardi Ribeiro – vice-presidente Eliana Mestura - secretária e tesoureira


Alguns parceiros da ELOVERDE® 2ª. Vara das Execuções Criminais (VEC) – Fórum, Comarca de Erechim. Garante a utilização de mão de obra dos prestadores de serviços comunitários (PSC-VEC) em atividades de projetos sócio ambientais desde 2010. Ministério Público Estadual (MPE/RS) – Comarca de Erechim mentor do projeto Revitalização dos Rios de Erechim juntamente com o Fórum – VEC. Comitê de Bacia Hidrográfica Apuaê-Inhandava CBHAI/SEMA - É a entidade depositária dos recursos

do Comitê (2010-2014). Neste projeto a ELOVERDE® tem o apoio institucional do Comitê que é formado por várias instituições que já trabalham com o instituto.

Meios de comunicação (jornais, rádios e TV) - Fir-

maram termo de compromisso com a ELOVERDE® para divulgação dos projetos e atividades educativas e sócio ambientais desde a etapa 1 do projeto Revitalização dos Rios de Erechim.

Universidade Federal Fronteira Sul (UFFS) - Parceria em cursos e eventos de qualificação profissional.

Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS) - Desde 2008 possui convênio com a ELOVERDE® para estágios e desenvolvimento de projetos.

CEMAP-UNOPAR - Parceria em cursos e eventos de qualificação profissional.

Outras instituições são parceiras para eventos e programas pontuais.

Utilidade Pública Federal: Portaria 2.420/2012 Utilidade Pública Estadual: Lei Estadual 2358/2006 Utilidade Pública Municipal: Lei Municipal 4.550/2009

Para a produção deste livro, agradecemos: Aos ribeirinhos, que abriram suas propriedades para que os trabalhos de educação ambiental, monitoramento e limpeza no rio fossem realizados, em especial às famílias Bianchi, Brunetto, Capra e Poletto. A todos os voluntários pela dedicação durante as atividades do projeto. Aos apoiadores que auxiliaram na realização das metas do projeto. À 2ª Vara de Execuções Criminais (VEC) – Fórum de Erechim que desde 2010 participa deste trabalho com a presença efetiva de prestadores de serviços à comunidade. Aos prestadores de serviços à comunidade que se fizeram presentes e auxiliaram ativamente nas atividades do projeto. Durante o ano de trabalhos de limpeza do rio, realização de cursos, eventos, palestras, oficinas, exposições, distribuição de materiais educativos e outras ações a realização deste projeto foi possível devido a motivação dos grupos voluntários envolvidos. Ao patrocinador Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa de Direitos Difusos (CFDD) / Ministério da Justiça que possibilitou a realização deste trabalho.


Apresentação É um mistério, um desafio que só pode ser vivido por cada um de nós a passagem para o mundo de trocas onde cada um dá o melhor de si para servir a vida e aceita receber do universo as respostas que mostram o caminho para a evolução.

Deve ser uma intenção coletiva de ter mais cuidado com o que nos cerca e enfim podermos nos deliciar com os sons da água, dos pássaros, com a impressão visual da sombra das árvores, com o perfume do mato. Sentir, ouvir, cheirar, tocar, poder explorar os sentidos num ambiente natural....

Se torna uma indagação antropocêntrica e nos parece egoísta quando nós é quem decidimos, fazemos e interferimos unilateralmente sobre a vida conforme humor e interesse.

Embora a resposta pareça simples, nos leva a refletir sobre o que estamos fazendo para que possamos ter de volta um local livre de poluição e protegido das agressões resultantes da ação humana.

Deve caber uma resposta do tipo não estamos sós. O mundo não está para nos servir. Faz-se necessário sairmos da relação unilateral com a natureza, para uma atitude solidária. Um rio usado e transformado em esgoto continua sendo um rio!


Parte II Recuperação de área degradada com plantio de mudas nativas

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Parte I Educação Ambiental e Comunicação

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Parte Iv Gestão Ambiental e Política Pública

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Parte III Contenção social do lixo através de redes

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REVITALIZAÇÃO DOS RIOS DE ERECHIM O projeto REVITALIZAÇÃO DOS RIOS DE ERECHIM, etapa 1 (2010-2011) envolveu atividades nos Rios Tigre, Suzana e Dourado, perfazendo 84 km em 28 etapas em 10 meses. O processo da revitalização dos rios de Erechim se deu através do mapeamento de cenários, educação ambiental da comunidade do entorno e da sociedade civil e da limpeza física (retirada dos resíduos sólidos). Assim, mais de 64 toneladas de resíduos foram retiradas dos rios, em 19 ações, com 140 voluntários treinados em 1,4 mil horas de trabalho dedicados à limpeza dos três rios. Ao mesmo tempo, 133 atividades de educação ambiental levaram informações a um público estimado de 216 mil pessoas. A campanha de comunicação utilizou os meios de comunicação de forma intensa (rádio, jornais, TV) e redes sociais através de vídeos, spots e reportagens, intensificando a comunicação e interação durante o projeto. O trabalho foi propositivo e dentre as propostas de continuidade - dar atenção em ações no Arroio Tigre - se constituiu sua continuidade em 2014-2015 com o questionamento “Que Rio Queremos?”.


PREMIAÇÕES

Prêmio ANA

Prêmio ANA - o projeto Revitalização dos Rios de Erechim obteve o 1º. Lugar no Brasil na categoria organizações não governamentais em 2012 através da Agência Nacional das Águas - ANA, órgão gestor das águas. Certificado de Práticas Inovadoras em Revitalização de Bacias Hidrográficas em 2010 do Ministério do Meio Ambiente, Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano. Troféu Castelinho é uma honraria do poder legislativo do município de Erechim a trabalhos e entidades que destacam o nome da cidade no país e exterior (2012). Troféu Castelinho

Estes prêmios nos deram credibilidade e possibilitaram dar continuidade ao projeto em 2014 e 2015.


QUE RIO QUEREMOS?

“Que Rio Queremos?” é o questionamento proposto pela etapa dois do Projeto Revitalização dos Rios de Erechim, realizado pela Eloverde e patrocinado pelo Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa de Direitos Difusos (CFDD), do Ministério da Justiça (2014-2015). O projeto propôs a limpeza do Arroio Tigre através de 2 ações conjuntas: Instalação de redes de contenção de resíduos com monitoramento permanente e ações de limpeza do entorno dos pontos de redes com grupos de voluntários pré-agendados. Foi realizado o plantio de 2.000 mudas nativas em Áreas de Preservação Permanente (APP) do entorno do Arroio Tigre. Para culminar foram realizados cursos de Gestão e Educação Ambiental voltado a professores, gestores e acadêmicos, com objetivo de qualificá-los em sua prática profissional. Além disso, inúmeras ações de educação ambiental foram realizadas em escolas, empresas, universidades com palestras, oficinas, exposições, eventos e distribuição de material educativo. O projeto, que teve a duração de um ano, intensificou ações no Arroio Tigre em área geográfica previamente selecionada a qual chamamos de área crítica do projeto. O projeto teve o intuito de se integrar à política pública municipal de gestão dos recursos hídricos e hoje faz parte das ações prioritárias previstas no plano de gestão da microbacia de abastecimento público da cidade de Erechim do Comitê de Bacia Hidrográfica Apuaê-Inhandava. Mais uma vez, o uso intenso das ferramentas de comunicação se fez presente com objetivo de intensificar o conhecimento, a comunicação e a interação entre as pessoas sobre a realidade do Arroio Tigre.


PARTE I

Educação Ambiental e Comunicação


OBJETIVOS A partir das propostas para Educação Ambiental advindas da etapa 1 aqui apresentadas:

O programa de Educação Ambiental do projeto foi desenvolvido em sete etapas:

DAR CONTINUIDADE ao programa de Educação Ambiental do projeto Revitalização dos Rios de

1. Mantidas parcerias com objetivo de mobilizar as lideranças locais que poderiam co-

Erechim mantendo o foco no público adulto (gestores, professores, estudantes, trabalhadores) do município de Erechim. A aplicação do programa mostrou-se consistente e apresentou como resposta a sensibilização da sociedade quando esta se deparou com imagens da realidade local.

INFORMAR, COMUNICAR, INTERAGIR com a sociedade através dos meios de comunicação e mídia digital com campanhas objetivas que instrumentalizem o cidadão para gerar novas atitudes frente às questões ambientais.

INSTRUMENTALIZAR professores com práticas de Educação Ambiental para que se transformem em multiplicadores na sociedade.

DESENVOLVER programas e ações de educação ambiental para diferentes públicos que promovam

a não geração, a redução, a reutilização e a reciclagem de resíduos sólidos.

A Educação Ambiental com limpeza do Arroio Tigre através de grupos pré-agendados manteve o objetivo de informar, comunicar e interagir com a sociedade sobre a separação e coleta seletiva dos resíduos domésticos e uso racional da água através da vivência de limpar o Arroio Tigre priorizando o público adulto. A forma como foram realizadas as atividades com grupos pré-agendados para educação e limpeza do Arroio Tigre facilitou a iniciativa de grupos de pessoas que se disponibilizaram voluntariamente. Esta estratégia mostrou-se eficiente e possibilitou a diversificação do público participante, permitiu que os mais diversos grupos sociais pudessem se fazer presentes. Assim tivemos presença de cidadãos de todos os bairros e camadas sociais de Erechim. A divulgação através dos meios de comunicação facilitou e ampliou o engajamento e a motivação na participação dos grupos.

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METODOLOGIA laborar no processo de dinamização das ações propostas: Fórum – Vara das Execuções Criminais (VEC) - Comarca de Erechim, Ministério Público Estadual - Comarca de Erechim, meios de comunicação (rádios, jornais, TV, mídias digitais), UERGS, Brigada Militar, Polícia Ambiental, Corpo de Bombeiros, CBHAI - Comitê de Bacia Hidrográfica Apuaê-Inhandava e Secretaria Municipal de Meio Ambiente-SMMA. Estabelecimento de novas parcerias com universidades como UFFS - Universidade Federal Fronteira Sul e CEMAP - UNOPAR para realização de cursos e eventos de Educação Ambiental.

2. Lançamento do projeto para a comunidade com objetivo de dar início oficial ao

processo de informar, comunicar e interagir com a sociedade civil e a comunidade do entorno do Arroio Tigre.

3. Elaboração de material didático utilizado nos cursos, oficinas e demais ações,

material para distribuição e apoio na realização das atividades, o material elaborado foi dirigido principalmente ao público adulto (comunidade em geral, lideranças, professores, acadêmicos) do espaço urbano.

4. Ações de Educação Ambiental com a comunidade. 5. Comunicação 6. Evento de encerramento

realizado para divulgar os resultados alcançados pelo

projeto.

7. Documentário e relatório final

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AÇÃO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL COM O PÚBLICO ADULTO

GRUPOS PRÉ-AGENDADOS A Educação Ambiental com Limpeza do Arroio Tigre teve o objetivo de informar, comunicar e interagir com a comunidade do entorno do Arroio Tigre e sociedade civil referente a separação e coleta seletiva dos resíduos domésticos e uso racional da água através da vivência de limpar o arroio juntamente com voluntários, prestadores de serviços comunitários (PSC-VEC), e equipe técnica da Eloverde. As atividades de limpeza foram efetuadas em datas pré-estabelecidas, com diversos grupos de universidades, empresas, escolas e outros que fizeram a retirada dos resíduos dispostos às margens e leito do arroio. As ações de limpeza sempre foram precedidas por uma oficina de campo, in loco, apresentando a realidade dos recursos hídricos e resíduos gerados pela comunidade com orientação de educadores ambientais. Ainda foram dadas instruções para o trabalho em equipe, segurança física e uso correto de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). As atividades foram desenvolvidas no entorno de quatro pontos pré-definidos pelo mapeamento com a presença de um técnico responsável e coordenador do trabalho. Os voluntários usaram EPI’s e embalagens para coleta dos resíduos. O material foi coletado pela mão humana, em ambiente seguro e de fácil acesso sem equipamentos específicos. Após identificação, classificação e quantificação dos resíduos estes foram encaminhados à destinação final para a central de triagem do aterro municipal pela Prefeitura Municipal conforme termo de compromisso firmado no início do projeto.

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GRUPOS QUE PARTICIPARAM DAS AÇÕES DE EA E LIMPEZA NO ARROIO TIGRE AIESEC CEMAP - UNOPAR CFC - JAT CLUBE DE DESBRAVADORES DA ARAUCARIA CLUBE DE DESBRAVADORES GIGANTES DE BETEL CLUBE DE DESBRAVADORES ÓRION ESCOLA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA DR. SIDNEY GUERRA ESCOLA ESTADUAL ENSINO MÉDIO DR. JOÃO CARUSO ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL DOM PEDRO II ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL LUIZ BADALOTTI GARRA PRÉ- VESTIBULAR ERECHIM IFRS SERTÃO PALUDO AGRONEGÓCIOS SUPERMERCADO CAITÁ UPF - ETAMB

Foram realizadas

20 ações

513 voluntários 30

de Educação Ambiental com Limpeza do Arroio Tigre, com

e retirada de

28,2 toneladas

de resíduos. 31


AS OFICINAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL “Uso racional da água e separação do lixo doméstico” foram temas abordados durante as 11 oficinas realizadas quando se apresentou e discutiu a realidade local da gestão das águas (bacia hidrográfica, consumo, tratamento de esgoto).

Erechim consome 24 milhões de litros de água/dia 237 litros por pessoa/dia. Fonte: CORSAN, 2015 Quanto à gestão de resíduos sólidos discutiu-se o processo de implantação do Plano Municipal de Resíduos Sólidos, coleta seletiva, logística reversa (art. 33. LF 12.305/2010) e política pública.

Erechim produz 70 toneladas de lixo orgânico 20 toneladas de lixo seco. Fonte: SMMA, 2015 Nas oficinas os participantes tiveram a oportunidade de esclarecer dúvidas, participaram de jogos e dinâmicas o que tornou a atividade informativa, lúdica e agradável.

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As atividades de Educação Ambiental ocorreram em escolas, universidades, grupo de rotarianos, supermercados, igrejas, CEU-Centro de Artes e Esportes Unificados, grupos de 3ª idade e Centro de Formação de Condutores. As exposições de banners, fotos e vídeos ocorreram em universidades, empresas e eventos culturais com distribuição de brindes e material educativo. Através das atividades de Educação Ambiental foi possível divulgar o trabalho da Eloverde, atrair voluntários que aos poucos puderam conhecer os projetos desenvolvidos, participar das ações e conhecer a realidade ambiental local.


As atividades de Educação Ambiental foram realizadas de forma informal, através de oficinas, palestras, dinâmicas e visitas in loco e atividades de limpeza com grupos. As atividades seguiram um cronograma pré-agendado, e programado de forma coerente com a demanda das ações propostas ao longo do trabalho.

ATIVIDADES EXTRAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL Também foram realizadas 28 atividades extras, dentre elas:

11 oficinas, 2 palestras, 2 exposições, 11 apresentações do projeto e 1 participação em evento Totalizando 2.750 participantes.

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COMENTÁRIOS Embora os grupos que se sucederam demonstrassem entusiasmo e motivação em estar participando das atividades ainda se percebe resistência em fazer mais. Isto é, não há continuidade.

As atividades pré-limpeza (oficinas de educação ambiental em campo) foram de grande relevância, pois houve troca de informações entre voluntários e participantes, discussões e questionamentos com relação à gestão da água e do lixo.

A ação governamental é fundamental para minimiA percepção das pessoas é de que tem de educar zar a contaminação das águas através da implanas crianças, pois elas são o futuro e aí as coisas tação do sistema de tratamento de esgoto, porém poderão mudar. O adulto se exclui da solução. o lixo no rio independe do poder público. Basta As pessoas ignoram que as escolas estão trabalhando intensamente com a temática ambiental há tempos e quando em campo, durante as atividades comentam com veemência a necessidade de educar “as crianças”.

não jogar!

PROPOSIÇÕES

Outro comentário anotado é quanto a gestão e poMANTER de forma permanente ações de educalítica pública na área ambiental que não é percebição ambiental junto às comunidades ribeirinhas do da pelo cidadão. As pessoas ficam impressionadas espaço urbano. frente à realidade que experimentam e questionam onde está o poder público que permite que as águas estejam tão contaminadas e com resíduos. CRIAR E PRODUZIR material educativo e informativo diverso para distintos públicos voltado à Tivemos a presença de acadêmicos de universida­ sustentabilidade. des de cidades vizinhas que consideraram a ativi­ dade uma experiência rica de leitura da realidade e DAR CONTINUIDADE ao processo de comuniútil para suas formações. Além disso, outros municação que permita a interação entre as pessoas e a cípios tiveram participação em algumas atividades, discussão das questões ambientais locais de forma conheceram o projeto e fizeram uma correlação a interferir nas políticas públicas. com a realidade do seu município, concluindo que este trabalho poderia ser adaptado a sua realidade. As pessoas que participaram das atividades de Educação Ambiental com Limpeza do Arroio Tigre pouco conheciam da realidade o arroio, e ao se deparar com uma realidade adversa um sentimento de euforia tomou conta. O projeto atingiu o objetivo em relação ao número de voluntários participantes, que representaram pessoas advindas de diferentes locais e classes sociais do município. 39


DEPOIMENTOS DOS PARTICIPANTES “Ficamos surpresos por um rio tão grande e que antes abastecia o município de Erechim estar desta forma. É até uma falta de respeito”. Eduarda Costa , acadêmica do curso de Gestão Ambiental IFRS- Sertão. “Aqui está retratada a realidade de muitas cidades, não apenas de Erechim. Por isso acho que estas atividades são importantes para promover a educação ambiental da população”. Flávia Mezalira, acadêmica do curso de Gestão Ambiental IFRS- Sertão. “Para os moradores deve ser muito difícil. Acredito que antigamente eles ou os pais podiam aproveitar o rio e até mesmo brincar nele. Imagino que hoje eles também gostariam que os netos pudessem fazer isso, mas não dá”. Heberty França do Nascimento, 17 anos, estudante da Escola Dr. Sidney Guerra. “Já entramos em contato com a Eloverde para dar continuidade a esse trabalho em forma de oficinas e mesmo palestras”. Adriana Perdomini Geraldo, vice-diretora da Escola Dr. Sidney Guerra. “...a função da escola é devolver cidadãos conscientes para que esse lixo diminua e a separação comece em casa, afinal isso é o mínimo que podemos fazer”. Roberta Mânica de Lara,professora da Escola João Caruso. “É uma sensação muito boa poder ajudar”. Wallinson Xavier, 13 anos, estudante da Escola João Caruso. “Em toda a minha carreira como professora ensinei aos meus alunos, desde a pré-escola, que o lixo tem que ser cuidado, que faz parte da nossa vida e vai fazer parte do futuro. Na sala de aula você ensina, mas se você traz para a natureza para fazer esta atividade, se torna em um marco na vida deles, é para sempre. Aí sim eles vão cuidar do lixo, começando pela cozinha, ou seja, pelo

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que produzem”. Rita Suzete Maia, professora, Escola Municipal Luiz Badalotti. “Terminando este ciclo, o que percebemos é que os colaboradores estão muito revoltados com a situação e isso é muito bom, quando instigamos as pessoas a participarem da limpeza e verem o que está errado, atingimos o objetivo. Era isso que nós queríamos, fazer com que eles pensem, divulguem e tenham a certeza de que o que acontece com o Rio Tigre não é certo”. Keli Paludo, empresária. “Em cinco minutos retiramos do rio bolsas e bolsas de lixo. [O despejo do material no local] é algo que está prejudicando a todos, não apenas ao meio ambiente, mas a nós também”. Bruno Canabarro, 16 anos, voluntário. “Resolvemos participar da atividade, pois achamos que podemos colaborar com o planeta de alguma forma”. Lidiane Steink, 15 anos, voluntária. “Foi muito legal, com certeza vou contar para os meus amigos e eles também vão querer participar”. Ágata Prestes, 14 anos, estudante Escola Luiz Badalotti. “Na chegada percebemos o quanto a população erechinense não preserva a água que possui. É importante que levemos para outras pessoas o que estamos presenciando neste momento, pois todos nós temos a obrigação de preservar esta fonte de vida que temos em Erechim. Me sinto muito importante em fazer parte deste trabalho de hoje, onde certamente estarei contribuindo para que tenhamos uma água mais saudável”. Jair e Rejane Sadovnik, voluntários. “Hoje, os vizinhos se reúnem em três ou quatro e contratam o serviço de tele entulho, que vai carregar o lixo que antes era poderia ir parar no rio. Como cada um não tem condições de pagar o serviço individualmente, eles dividem os custos. Moro no bairro Progresso desde que tinha oito anos. Era uma experiência muito bonita, que sempre conto para as minhas filhas. Hoje isso não é mais possível. Muitas pessoas não têm a noção de que estão prejudicando o rio, um lugar que poderia ser preservado e usufruído pelos próprios filhos”. Matilde Duarte Vizzotto.


EDUCAÇÃO AMBIENTAL A Educação Ambiental (EA) é parte do movimento ecológico. Surge da preocupação da sociedade com o futuro da vida e com a qualidade da existência das presentes e futuras gerações. Nesse sentido podemos dizer que a EA é herdeira direta do debate ecológico e está entre as alternativas que visam construir novas maneiras dos grupos sociais se relacionarem com o meio ambiente. A formulação da problemática ambiental foi consolidada primeiramente pelos movimentos ecológicos, estes foram os principais responsáveis e analisadores da crise como uma questão de interesse público, ou seja, que afeta a todos e que depende o futuro das sociedades. Dessa maneira, a EA é tida inicialmente como preocupação dos movimentos ecológicos como uma prática de conscientização capaz de chamar a atenção sobre à má distribuição no acesso aos recursos e a sua finita disponibilidade e envolver os cidadãos em ações sociais ambientalmente apropriadas. E é num segundo momento que a EA se transforma em uma proposta educativa no sentido de dialogar com o campo educacional com suas tradições, saberes e teorias.

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VOLUNTARIADO Estudo realizado pela Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança, definiu o voluntário como ator social e agente de transformação, que presta serviços não remunerados em benefício da comunidade, doando seu tempo e conhecimentos, realiza um trabalho gerado pela energia de seu impulso solidário, atendendo tanto às necessidades do próximo ou aos imperativos de uma causa, como às suas próprias motivações pessoais, sejam estas de caráter religioso, cultural, filosófico, político, emocional. Segundo definição das Nações Unidas, “o voluntário é o jovem ou o adulto que, devido a seu interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem estar social, ou outros campos”.

Por que ser um voluntário? Ajudar a resolver parte dos problemas sociais do Brasil. Sentir-se útil e valorizado. Fazer algo diferente no dia a dia. 54% dos jovens no Brasil querem ser voluntários, mas não sabem como começar. “O voluntariado exerce o que você tem de melhor e lapida constantemente a melhor versão sua no papel do mundo. Voluntariado é algo chamado: atitude’’. Jonas Sakamoto

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CURSO PARA PROFESSORES EM GESTÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL COM PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL O curso voltado para professores almejou qualificar docentes para este trabalho educativo e sensibilizador através da elaboração projetos de Educação Ambiental. Foram realizados cinco cursos presenciais de 16h com 150 participantes vindos de 16 municípios da região (Erechim, Marcelino Ramos, Barra do Rio Azul, Áurea, Charrua, Severiano de Almeida, Barão de Cotegipe, Chapecó, Sertão, Viadutos , Sananduva, Xaxim, Ipiranga do Sul, Barão de Cotegipe, Getúlio Vargas e Estação). Como resultado foram produzidos 15 projetos e nove artigos que foram publicados no livro “Práticas de Educação Ambiental: experiências através de projetos”. Nos projetos desenvolvidos tivemos 801 participantes diretamente envolvidos e 525 participantes indiretamente envolvidos o que demonstra o efeito multiplicador dos projetos realizados. Participaram docentes de duas escolas municipais de ensino fundamental (EMEF Luiz Badalotti, EMEF D Pedro II) e quatro escolas estaduais de ensino médio de Erechim (EEEM José Bonifácio, EEEM Helvética Rotta Magnabosco, EEEM Jaime Farina, EEEM Érico Veríssimo), ainda acadêmicos de diversos cursos de cinco universidades da região (IFRS, UNOCHAPECÓ, UNOPAR, UFFS e UERGS) e representantes do poder público (Secretaria de Meio Ambiente de Chapecó/SC, Secretaria Municipal de Educação de Erechim/RS).

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Depoimentos dos participantes nos cursos “Gostei muito do curso. As profissionais repassaram o conteúdo de uma maneira muito fácil de entender. A questão ambiental é de grande responsabilidade e é preciso gostar muito de fazer o que estão fazendo, com relação à revitalização do Rio Tigre. Para mim, a gestão ambiental é uma questão que engloba a cidade, o meio ambiente e também a economia do município”. Camila Parcianello. “Muito bons os projetos desenvolvidos e a possibilidade de participar do projeto desenvolvido pela Eloverde”. Danieli Brandler. “Teoria e prática muito bem relacionadas”. Cibele Lucia Bombardelli

Publicação dos artigos gerados através do curso no livro: “Práticas de Educação Ambiental: Experiências através de projetos”. 48


COMENTÁRIOS

relação com a organização e direcionamento das atividades.

As escolas têm trabalhado com seus alunos as Este fato é exemplificado quando algumas escolas questões ambientais emergentes não só pela atu- iniciam ações do projeto sem ter concluído o proalidade do tema, mas também por exigência legal. cesso de planejamento. Observa-se o esforço dos professores em abordar Neste sentido, fica evidente nas propostas de EA a complexidade da temática ambiental e trazê-la registradas nos projetos a coexistência de tendênpara o cotidiano local. cias de EA comportamental e de cunho popular. Há necessidade de estimular os docentes a ampliar É urgente problematizar os processos formativos suas práticas pedagógicas qualificando-as e prin- para enfrentar o reducionismo que se apresenta em cipalmente associar à teoria a prática da vida real. muitas práticas educativas ambientais: a ênfase na ação, enquanto uma prática educativa pouco refleEm nossa experiência e contato com escolas e uni- xiva ou a supervalorização da teoria em detrimento versidades observamos a vontade dos docentes da prática. em participar de ações formativas que os instrumentalizem com práticas sustentáveis de educa- Fica a pergunta: o que a escola pode fazer como ção ambiental. ambiente educador e formador para envolver, motivar e gerar uma geração de indivíduos com atituPercebemos dificuldades com relação à articulação des mais sustentáveis? entre os conteúdos disciplinares e as temáticas sócio ambientais.

PROPOSIÇÕES

No processo de escrita dos projetos merece destaque o princípio da autoria por parte do grupo de professores, uma vez que potencializa o planeja- CONTINUAR com o processo formativo de domento coletivo de projetos de trabalho, buscando centes em relação à construção de projetos conreconstruir os sentidos atribuídos a metodologias sistentes que possibilitem evidenciar a prática integradoras. educativa reflexiva e instrumentalizá-los com metodologias para práticas de educação ambiental. Percebeu-se claramente uma grande dificuldade dos grupos: divergência entre o que se pretende com o projeto (aquilo que o professor tem em men- INCENTIVAR E FACILITAR registros e publicações das práticas pedagógicas dos docentes. te) e o que se registra (documento escrito). Este fato nos mostra fragilidades no processo de DIVULGAR amplamente as práticas de Educação formação e o quanto ainda é necessário desafiar Ambiental criadas e iniciadas nas escolas à comuos docentes a realizar registros da sua prática pe- nidade. dagógica. Parece que o documento escrito (projeto) serve apenas como um registro burocrático sem a devida 51


COMUNICAÇÃO COMO FORMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL 52

Nas páginas dos jornais, na tela da TV, no rádio e na internet, o Projeto Revitalização dos Rios de Erechim ganhou ainda mais visibilidade em sua segunda etapa. O espaço concedido pela imprensa ratificou a missão da comunicação de difundir o conhecimento e fortalecer a educação ambiental. Por meio de reportagens, publicações no blog (querioqueremos.com) e na página da Eloverde no Facebook (facebook.com/eloverde.ambiental) a interação com a população foi ampliada, contribuindo para a transparência das ações do projeto e atraindo novos participantes.

Outras ferramentas de comunicação, como outdoors, placas educativas, spots de rádio, vídeos, banners, discos de educação ambiental, DVDs, mousepads, cadernos e encartes contribuíram substancialmente para a divulgação das ações do Projeto e expuseram à comunidade a problemática do lixo, apontando soluções para a questão.

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MÍDIA IMPRESSA E ONLINE 51 Releases produzidos

Blog - querioqueremos.com

Blog

Desenvolvido em outubro de 2014, o blog querioqueremos.com objetivou a divulgação de todas as atividades realizadas durante a segunda etapa do Projeto Revitalização dos Rios de Erechim, além de disponibilizar aos participantes o calendário de atividades e oferecer à imprensa subsídios para a realização de reportagens.

63 publicações 16.230 visualizações

Facebook Avançar na interação com os internautas foi um dos grandes desafios de comunicação desta etapa do Projeto Revitalização dos Rios de Erechim. Desta forma, estar presente em uma das mais importantes redes sociais da atualidade foi essencial para aproximar-se de voluntários, parceiros e admiradores do trabalho.

115 postagens 36.000 visualizações

Youtube Utilizado desde a primeira etapa do Revitalização dos Rios de Erechim, o canal da Eloverde no YouTube reúne todos os vídeos provenientes de ações desenvolvidas. No espaço, o internauta pode assistir e compartilhar o material disponibilizado.

Youtube

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Facebook

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Placas educativas

Com o intuito de sensibilizar a população sobre a importância da recuperação do Arroio Tigre e incentivar boas práticas na gestão compartilhada da água e dos resíduos sólidos foram instaladas 12 placas educativas em comunidades e bairros do entorno do rio.

RIO TIGRE

É FÁCIL MUDAR ESTA REALIDADE!

Basta não jogar!

recuperação de mata ciliar em pontos críticos do rio tigre

ação de retirada do lixo no rio tigre

contenção de resíduos sólidos no rio tigre

cursos em gestão e educação ambiental

RIO TIGRE

Seja um Cidadão Consciente!

Economize e combata o desperdício de água nas diversas atividades diárias

Instale tratamento primário de esgoto (fossa séptica e filtro na residência)

Reduza a geração de lixo e separá-lo na fonte

Reutilize e recicle papéis e óleo usado

Lei Municipal 3.017/1997

Tenha um reservatório de água (caixa d’água e cisterna)

Faça compostagem

Cuide das instalações hidráulicas e lave a caixa d’água a cada seis meses

Descarte o lixo perigoso nos pontos de coleta Lei Federal 12.305/2010

Outdoors

Seis outdoors foram instalados em pontos de grande circulação no município de Erechim. Em um deles, resíduos retirados das redes de contenção foram fixados e chamaram a atenção de quem passou pelo local. O material ficou exposto durante um mês e além de impactar a população também reforçou o convite à participação no projeto.

Basta não jogar!

57


Spots de rádio De quem é o rio, irmão? O rio é nosso! De quem é o compromisso então? O compromisso é nosso! Compromisso de cuidar do rio, cuidar da nascente. Compromisso com a preservação do meio ambiente. Até aqui tá bom, pensa daqui pra frente, os teus filhos, teus netos, a tua gente. Tá de bobeira, irmão? Vou te falar um negócio: o rio é teu, é meu, o rio é nosso.

Discos de educação ambiental

Banners

Mousepads

Os banners foram produzidos para serem utilizados durante as atividades de Educação Ambiental, e servem também para comunicar as etapas do projeto, quando de exposições e palestras.

Rapper: Deivisom Camargo O rio Tigre já foi, limpo e azul como o mar. Para voltar a ser, é fácil você ajudar, o rio Tigre. Não jogue lixo, pois não é lugar. Preservar o rio Tigre. O meio ambiente vamos cuidar. Venha fazer parte dessa mudança, pelo nosso rio Tigre. Autoria: Júlio Miotto Veiculados em todas as rádios durante o projeto

VÍDEOS

Encartes Apresentar de forma resumida os momentos mais significativos do projeto Revitalização dos Rios de Erechim - continuidade. Essa foi a motivação para a produção de dois mil encartes distribuídos à comunidade.

58

59


COMENTÁRIOS A imprensa local demonstrou-se bastante receptiva ao projeto. Jornais impressos, sites e emissoras de rádio divulgaram amplamente as ações realizadas. Estima-se que 62 mil pessoas tenham sido alcançadas por meio de ações de comunicação das mídias impressa e online. O uso de ferramentas de mídia online (blog, Facebook, You Tube) foi essencial para ampliar a interação com o público. Outdoors, placas, banners e spots de rádio também se demonstraram produtos de comunicação eficientes na divulgação do projeto. Os materiais educativos distribuídos ao público (discos, mousepads, dvds, cadernos e encartes) serviram como complemento às ações de educação ambiental. Além de serem materiais de comunicação, serviram para informar e interagir com a comunidade sobre as questões ambientais locais. Ao fortalecer o slogan “Que Rio Queremos?”, a segunda etapa do Projeto Revitalização dos Rios de Erechim provocou maior reflexão da população acerca das problemáticas abordadas. O projeto evidenciou, novamente, que comunicação e educação ambiental precisam andar juntas, ampliando o público atingido, mobilizando novos grupos e fortalecendo a rede de ação.

PROPOSIÇÕES CONTINUAR A INFORMAR, COMUNICAR, INTERAGIR com

a sociedade através dos meios de comunicação e mídia digital com campanhas objetivas que instrumentalizem o cidadão para gerar novas atitudes frente às questões ambientais.

61


PARTE II

Recuperação de área degradada com plantio de mudas nativas


RECUPERAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA COM PLANTIO DE MUDAS NATIVAS

a qualidade da água e consequentemente a fauna aquática e a população humana. São importantes também como corredores ecológicos, ligando fragmentos florestais e, portanto, facilitando o deslocamento da fauna e o fluxo gênico entre as populações de espécies animais e vegetais. Em regiões com topografia acidentada, exercem a proteção do solo contra os processos erosivos (MARTINS: 2001, p.17).

A implantação de espécies florestais em extinção, frutíferas nativas, além das espécies de maior frequência na região irá contribuir com a diversidade, tornando o ambiente propício para a evolução do CONTINUAR os trabalhos de sensibilização da ecossistema degradado, além de possibilitar alipopulação ribeirinha e do entorno, para a conser- mentos para fauna. O plantio se justifica também vação das matas ciliares e do ecossistema, e que pela proximidade com o curso d’água. se respeite as distâncias legais das margens. O plantio de espécies de diferentes ciclos de cresNosso trabalho destinou-se a recuperar áreas que cimento propiciará a recuperação e proteção do sofreram degradação por invasão inadequada da solo, além da recomposição da flora local. RecomAPP. pondo assim barreiras vegetais que venham a contribuir para evitar o desmoronamento de encostas e O plantio das mudas visa amenizar os impactos a restauração da flora da APP e a restauração dos causados ao meio ambiente, bem como adequar corredores ecológicos. essas áreas a legislação cabível. As atividades de plantio destinaram-se a orientar e especificar as Os objetivos específicos foram: ações que devem ser planejadas, projetadas e realizadas para recuperar a mata ciliar cujas caracte- 1 Recuperação de Área de Preservação Permanente – APP; rísticas originais sofreram alterações. 2 Recomposição da vegetação ciliar local; O processo de eliminação de florestas pode resultar num conjunto de problemas ambientais, tais 3 Aumento da capacidade de resistência da área perturbada; como: a extinção de espécies da fauna e da flora, 4 Adequação dos fragmentos restaurados às leis ambientais; mudanças climáticas locais, a erosão dos solos e o 5 Proteção para o curso hídrico que sofre com os processos assoreamento dos cursos d’água. erosivos; A supressão vegetal de florestas nativas, além de desrespeitar a legislação, que torna obrigatória a 6 Proteção e fonte de alimentação para a fauna local; preservação das mesmas, resulta em vários pro- 7 Implantação de espécies florestais atrativas à fauna; blemas ambientais. As matas funcionam como filtros, retendo defensivos agrícolas, poluentes e 8 Introdução de espécies florestais ameaçadas de extinção. sedimentos que seriam transportados para os cursos d’água afetando diretamente a quantidade e Ainda referente às propostas do trabalho realizado em 2010-11 citamos,

65


Caracterização dos locais do plantio

-preta), Nectandra lanceolata (canela-branca), Crytocarya aschersoniana (canela-pururuca), e Ocotea pulchella (canela-lageana). Além de espécies de outras famílias tais como: Cedrela fissilis (cedro), Cupania vernalis (camboatá-vermelho), Matayba A região de estudo está caracterizada sobre a clas- elaegnoides (camboatá-branco), Vitex montevidensificação climática, segundo a metodologia propos- sis (tarumã), Lamanonia ternata (carne-de-vaca) e ta por Köeppn: Cfa (clima subtropical mesotérmico Sloanea monosperma (sacopema), entre outras. úmido e verão quente). De acordo com Camargo (1991), o clima local é definido como temperado No que tange aos estratos das arvoretas e dos perúmido, caracterizado por temperaturas médias arbustos são originalmente caracterizados por esanuais de 17,5º C e sem estação seca definida. Na pécies comuns em toda a região da Floresta Omvariação mensal das temperaturas, segundo es- brófila Mista, onde ocorrem espécies como Ilex tudos, verifica-se uma amplitude da temperatura paraguariensis (erva-mate), Capsico dendrondinisii média mensal entre 14,2 a 24,9 ºC (CARVALHO, (pimenteira), Ilex theeznas (caúna), Casearia decanUFRGS). dra (guaçatunga), Lithraea brasiliensis (bugreiro), Os solos da região são classificados como neossolos de acordo com o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos da EMBRAPA (1999), possuindo pouca profundidade e baixa disponibilidade de água. Segundo o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (1999), a classe de solo predominante na região é o Cambissolos.

Descrição dos ecossistemas A região onde se realizou a revegetação é descrita fitofisionomicamente como Planalto Médio. Sendo a vegetação original da área do tipo fitogeográfico denominado Floresta Ombrófila Mista e Estacional Decidual. Este tipo de formação vegetal se caracteriza pela predominância da Araucária angustifólia no estrato superior e por intenso bosque no estrato intermediário, constituído principalmente por Lauráceas, Aquifoliáceas, Leguminosas, Mirtáceas e Sapindáceas. Na parte inferior a este, ocorre um estrato arbóreo contínuo, comumente denominado sub-bosque dos pinhais, onde se destacam espécies de lauráceas amplamente dispersas por regiões dos três estados sulinos, como Ocotea puberula (canela-guaiáca), Nectandra megapotamica (canela66

Calyptranthes concinna (guamirim-ferro), Myrceugenia euosma (guamirim) e Myrciaria tenella (cambuí). A região do Alto Uruguai (RS) vem sofrendo desde sua colonização, uma forte alteração antrópica e para o local a expansão urbana é o fator responsável pela quase total supressão e inexistência da vegetação original.


Seleção das Espécies Plantadas A escolha das espécies utilizadas na recuperação teve como ponto de partida o levantamento florístico das formações florestais remanescentes próximas às áreas do replantio, respeitando-se as características abióticas dos espaços a serem recuperados, tais como: classe de solo, clima, topografia, sistema hídrico. Além desses aspectos, seguiram-se também as diretrizes abaixo: - Plantio heterogêneo, combinando espécies dos diferentes estágios de sucessão (pioneiras, secundárias e clímax), adaptadas às condições locais juntamente a espécies de rápido crescimento; - A distribuição das mudas foi executada de tal forma que as espécies de rápido crescimento e adubação verde darão suporte para a proteção do solo e crescimento das pioneiras e secundárias iniciais. Além disso, as espécies que se desenvolvem melhor a sombra que são as clímax também favorecidas pelo sombreamento das pioneiras e secundárias. As espécies vegetais plantadas foram classificadas em grupos diferenciados de acordo com as características abaixo descritas:

- a exigência de luminosidade (heliófita e esciófita); - a exigência de umidade (xerófila e hidrófita); - a capacidade de fixação de nitrogênio (que são as plantas que exercem influência sobre a fertilidade do solo); - plantas leguminosas com vasto sistema radicular capaz de conter erosões superficiais; - plantas com frutos comestíveis (bagueiras), estas servem para abrigo e alimento para fauna; Assim, o método por enriquecimento florestal consistiu em acrescentar mudas de espécies iniciais, secundárias e tardias conforme descrito na tabela da relação de vegetação plantada. 68


Espécies plantadas e quantificação Nas áreas foi executado o plantio combinando-se espécies de diferentes grupos ecológicos. A tabela abaixo informa o nome popular, nome científico e quantidade plantada.

Nome científico

Nome popular

Característica

Eugenia pyriformis Campomanesia guazumifolia Pliniatrunciflora Eugenia involucrata Campomanesia xanthocarpa Myrcianthes pungens (Berg) Eugenia uniflora Psidium catleyanum Acca sellowiana Morus nigra Inga marginata Willd. Inga vera Rollinia sp Parapiptadenia rigida Patagonula americana Peltophorum dubium

Uvaia Sete-capotes Jabuticaba Cerejeira Guabiroba Guabiju Pitanga Araçá Goiabeira-serrana Amora-vermelha Ingá-feijão Inga-banana Araticum Angico-vermelho Guajuvira Canafistula

Secundária Secundária Secundária Secundária Pioneira Pioneira Pioneira Secundária Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Secundária Secundária

Total

Legenda com as características dos diferentes grupos ecológicos P: Pioneira S: Secundária (Climática)

Quantidade 118 148 118 118 118 118 168 118 118 118 118 118 118 149 119 118

2.000

Cabe frisar que o número de cada exemplar teve uma pequena variação, porém observou-se a diversidade, a disposição, a homogeneidade e a distribuição dos exemplares nas áreas de APP onde foram plantados.

71


Como se deu o reflorestamento

O plantio foi realizado da seguinte forma: •Inicialmente foi retirado o recipiente que envolvia a muda, saco plástico ou tubete.

•Quanto a disposição da muda na cova: a muda ficou submersa ao solo até 3 cm acima do colo da Para o plantio foi efetuada a abertura das covas planta, preenchendo totalmente a cova sem permicom dimensões mínimas de 0,30 m x 0,20 m x tir espaços vazios em seu interior. Em seguida foi 0,30 m em espaçamento de 3,0 m x 3,0 m, com pressionado o solo para estabelecer contato com ajuda de enxadão ou cavadeira e demarcadas as as raízes. covas com estacas ou taquaras que também au- •Quanto a disposição das espécies para plantio: xiliam no tutoramento das mudas. Foi respeitado o foram usadas espécies pioneiras (P) e secundárias alinhamento, medidas e ainda por final executado (S) na proporção aproximada de 2 : 1, respectivauma coroa de cerca de 30 cm de raio a partir da mente. Cabe salientar que nem todas as áreas fomargem da cova visando eliminar plantas daninhas ram usadas exatamente essa proporção, pois nas e facilitar a localização das covas conforme a figura áreas próximas à mata há vegetação arbórea e a abaixo: luminosidade não é tão intensa no local devido a encosta. Diante desse fato, para 70% das áreas de plantio foi utilizada a proporção aproximada de 1 pioneira (P) para 1 secundária (S). •O plantio foi efetuado em períodos de temperatura amena e boa distribuição das chuvas.

Figura 1: Dimensões da Cova.

PPSPPSPPSPPSPPSPPSPPSPPSPPS SPPSPPSPPSPPSPPSPPSPPSPPSPP PPSPPSPPSPPSPPSPPSPPSPPSPPS SPPSPPSPPSPPSPPSPPSPPSPPSPP PPSPPSPPSPPSPPSPPSPPSPPSPPS

A adição de adubo é de suma importância, pois Figura 2: Layout do plantio visa suprir as necessidades minerais iniciais da planta ajudando no estabelecimento do sistema radicular e melhoramento da estrutura do substrato dos espécimes.

72


RESULTADOS 675 mudas 650 mudas 575 mudas 100 mudas

Loteamento Rio Tigre EMEF Cristo Rei

APP Lajeado Banhado CEU

2.000 mudas plantadas 349 voluntรกrios participaram Todo o trabalho de plantio foi prazeroso e envolvente com voluntรกrios motivados e dedicados.

75


DEPOIMENTOS “Nos preocupamos muito com esta área e quando soubemos que a Eloverde estava aqui nos propusemos a ajudar. Sabemos que nosso futuro depende da natureza, todas estas tragédias relacionadas ao clima são consequências da ação do homem” Sandra Aranda, voluntária. “O futuro é a gente que faz. Se não cuidarmos do meio ambiente agora, mais tarde poderemos ficar sem nada” Bruno Canabarro, voluntário.


COMENTÁRIOS No atual momento se faz necessária a restauração das APPs, haja visto, que a população até pouco tempo não havia ainda sentido os efeitos colaterais da falta de cobertura vegetal desses locais que são necessários para a preservação e manutenção das mais variadas formas de vida. A revegetação desses espaços é importante e necessária para garantir a qualidade ambiental dos ecossistemas que se encontram desprotegidos em parte ou totalmente devastados pelas ações antrópicas das mais diferentes naturezas desde a ocupação das terras locais pelos imigrantes. O plantio das mudas fez parte da Educação Ambiental. Por meio dele se verifica na prática o quanto é importante cuidar dos ecossistemas próximos da cidade de Erechim. Por fim, cabe frisar que o Arroio Tigre é formado por topografia acidentada e essa vegetação exerce a proteção do solo contra os processos erosivos que levam ao assoreamento do leito do rio.

PROPOSIÇÕES DAR CONTINUIDADE ao plantio de mudas nativas em áre-

as degradadas no entorno do Arroio Tigre.

MONITORAR o crescimento e a pega das mudas ao longo

do tempo.

REALIZAR

ações educativas referentes à recuperação e manutenção e conservação de áreas verdes e APPs junto a comunidade do espaço urbano e rural.

79


PARTE III Contenção social do lixo através de redes


Dadas as propostas do trabalho anterior de

CONTINUAR O TRABALHO DE LIMPEZA DO ARROIO TIGRE nos pontos mais críticos (Bairro

Progresso, Petit Vilage, Estevan Carraro), mapeando o ambiente do entorno e intensificando o trabalho de Educação Ambiental junto às comunidades ribeirinhas, conscientizando-os para os problemas gerados pelo lixo abandonado em locais impróprios.

CONTENÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS jogados às margens e leito do Arroio Tigre nos pontos críticos definidos pelo trabalho realizado.

Além disso, sensibilizar a população quanto ao excesso de consumo de embalagens e produtos descartáveis e dos problemas gerados pelo descarte inadequado, incentivando o CONSUMO SUSTENTÁVEL e alertando sobre as causas e consequências da crescente degradação dos ambientes.

CRIAR INFRAESTRUTURA que facilite o encami-

nhamento dos diferentes tipos de resíduos domésticos pelo cidadão (resíduos tóxicos e resíduos que a coleta comum não recolhe).

ESTIMULAR, ENVOLVER E CRIAR ações proati-

vas de contenção social do lixo nas comunidades do entorno do Arroio Tigre. Considerar os pontos críticos levantados no trabalho para o desenvolvimento de ações focadas na comunidade do local. O trabalho desenvolvido foi inovador a partir da instalação e monitoramento de redes de contenção de resíduos que somado ao trabalho de educação e limpeza com os grupos pré-agendados, potencializou a redução de resíduos no arroio.

82


CONTENÇÃO DO LIXO Podemos considerar esta medida de contenção do lixo uma solução temporária para a retirada dos resíduos sólidos que vêm sendo descartados indevidamente no arroio pela população da cidade de Erechim – RS. De acordo com Silva et al. (2011), a população mundial vem crescendo em proporção inferior ao volume de lixo por ela produzido. Os resíduos sólidos dispostos inadequadamente têm alto potencial poluidor, além de favorecer a proliferação de vetores transmissores de doenças infecciosas e de microrganismos patogênicos. Dentre os inúmeros impactos ambientais negativos decorrentes dessa prática, podemos citar a poluição dos mananciais superficiais e subterrâneos, a poluição atmosférica, a produção de odores desagradáveis, a poluição visual, a depreciação de propriedades, a queda do turismo e perda da qualidade de vida da população.

OBJETIVOS 1 Instalação de redes de contenção em quatro pon-

tos do Arroio Tigre.

2 Identificação dos resíduos sólidos encontrados nas redes no período de agosto de 2014 a julho de 2015. 3 Efetivação, através de ações de coleta e limpeza, da retirada dos resíduos sólidos depositados nas redes. 4 Registro fotográfico antes e após a efetivação do processo de retirada dos resíduos sólidos retidos nas redes. 5 Destinação dos resíduos sólidos. 85


SOBRE OS PONTOS

habitacional. A mata ciliar é escassa e a cada dia mais árvores estão sendo cortadas, ocasionando o desbarrancamento da margem. Há presença de Para a escolha dos pontos, foi definido como se- moradias próximas às margens do arroio, algumas gura a instalação em área considerada rural, locais indústrias e uma ponte de acesso. onde o arroio passa por propriedades particulares, garantindo a integridade do material aplicado no local e acesso facilitado e protegido. Ponto 2 – Junto à propriedade da Sra. Rita A determinação dos pontos para contenção de re- Poletto síduos ocorreu ainda na etapa 1 do Projeto Revi- (S:27 o 39’ 42”.3W: 52 o 14’ 48”.4 elevação: 678m) talização dos Rios de Erechim a partir do conhecimento da área, para cada ponto crítico P1, P2, P3 O arroio passa em propriedade particular e em ame P4 onde foram instaladas as redes de contenção. bos os lados há presença de lavoura. A mata ciliar é escassa e limitada. Próximo ao arroio encontra-se o loteamento Rio Tigre, além de outras moradias e propriedades rurais. Neste ponto deságua o Ponto 1 – Proximidade da Rua Virgílio Biollo afluente do Arroio Tigre que passa pelo Bairro Es(S:27o 39’ 38”.33W:52 o 15’ 03”.5 elevação: 652 tevan Carraro. Posterior ao ponto encontra-se uma m) ponte. Localiza-se após o Bairro Progresso (cerca de 200 metros), onde o arroio passa em propriedade particular. Neste ponto, em um dos lados da margem do arroio há propriedade rural com pocilga, criação de frangos, porcos e vacas e, do outro lado,há presença de lavoura, além de novo loteamento 86

O ponto 2 é o mais prejudicado, pois além do esgoto e do lixo, recebe também o efluente do distrito industrial e um volume expressivo de terra resultante da erosão devido ao loteamento construído no local após desmatamento. As pedras e terra acabam descendo e assoreando o arroio. É mais um

ingrediente que obriga a retirada desta carga junto à tela instalada, com frequência. A cor da água do rio também é alterada devido ao deslizamento de terra da encosta do ponto 2.

a criação de animais como porcos e galinhas. Neste ponto se situa a curva do arroio, há troncos de árvores caídas na calha, o que causa um significativo acúmulo de resíduos. Além disso, os materiais são carreados para pontos onde há encalhamento. Adiante ao ponto encontra-se uma pedreira.

Ponto 3 - Propriedade do Sr. Domingos Bian-

chi, Rua Ângelo Parenti. (S: 27 o 39’ 36”.4 W: 52 o 14’ 37”.0 elevação: 670m)

O arroio passa em meio à propriedade particular. Há presença de lavoura e pouca mata ciliar. Anterior ao ponto encontra-se uma ponte. O fluxo do arroio ocorre em uma largura maior e mais rasa, portanto, apresentando situação de remanso.

Ponto 4 - Propriedade de Sra. Lourdes Brunetto, próximo a pedreira Andretta. (S: 27 o 39’ 42”.3 W: 52 o 14’ 08”.5 elevação: 671 m)

O ponto situa-se em propriedade particular rodeado por lavouras e com mata ciliar escassa. Ocorre 87


Etapas definidas para AÇÃO DE RETIRADA DO LIXO do Arroio Tigre Etapa 1 Instalação de redes de contenção

do lixo nos pontos críticos selecionados do Arroio Tigre.

Etapa 2 Treinamento da equipe para traba-

lho de retirada, separação e destinação dos resíduos das redes de contenção.

Etapa 3 Monitoramento do volume e tipo de

resíduos retirados nos pontos críticos.

88


EQUIPE DE TRABALHO A equipe de trabalho foi formada pelos técnicos da Eloverde, prestadores de serviços comunitários e voluntários.Todos os participantes das atividades de monitoramento utilizaram os EPI’s fornecidos pela Eloverde como macacão jardineira com bota pantaneiro, para profundidades de até 1 metro; calça plástica e galocha de borracha, para profundidades até 30 cm; mangote em material descartável para proteção dos braços como extensão da luva; luva PVC resistente e possível de ser higienizada ao fim de cada atividade.


MATERIAL UTILIZADO Tipos de rede A partir da realização de monitoramentos, foi possível propor novas sugestões e inovações tecnológicas para as redes de contenção do lixo presentes no Arroio Tigre. Ao longo do período de trabalho foram necessárias algumas adaptações para obter uma boa eficiência das redes instaladas nos quatro pontos, podendo assim conter um maior volume de resíduos. Em um primeiro momento, a melhor solução encontrada para facilitar a retirada dos resíduos sólidos do arroio foi o uso de redes de contenção feitas com fio 4 de polietileno (nylon), malha 8. Foram instaladas com cabos de aço 6 mm na parte de cima e embaixo da rede. As redes são flexíveis e foram consideradas as mais convenientes para o caso do Arroio Tigre. O arroio é caudaloso, possui correnteza e quando há ocorrência de chuvas, o nível da água é elevado consideravelmente (cerca de 4 a 5 metros de altura), invadindo as margens e os terrenos próximos. Com o decorrer do período percebeu-se que em dias de fortes chuvas ou chuvas contínuas o uso das redes se tornou inviável, pois não eram eficientes na retenção de galhos provindos de poda e objetos de ferro e metal, os quais ocasionavam a ruptura das redes de fio de nylon, bem como danificavam as espias de aço de sustentação das redes. Tais motivos impossibilitaram o uso da rede de nylon em determinados pontos do rio (P1, P2, P3), necessitando assim estabelecer o uso de nova rede de contenção feita de outro tipo de material com maior resistência. Os tamanhos iniciais das redes instaladas nos pontos de monitoramento foram:

Ponto 1: 5 m largura x 4 m altura; Ponto 2: 12 m largura x 4 m altura; Ponto 3: 7 m largura x 4 m altura; Ponto 4: 6 m largura x 4 m altura. 92


Para que os diferentes tipos de resíduos fossem retidos mesmo em dias de grandes quantidades de chuva, foram utilizadas barras de alumínio galvanizadas fixadas por solda, em formato retangular, repartidas em módulos aproximados de 2 a 3 metros na horizontal, a fim de se obter maior resistência. O centro desta estrutura foi preenchido com tela de aço coberta por resina plástica. Nas partes superior e inferior, foram destinadas passagens para introduzir espias de aço de 9,5 milímetros de diâmetro, as quais seriam fixadas posteriormente com presilhas parafusadas. Assim, as redes foram substituídas por telas de 6 a 7 metros de comprimento- dependendo do ponto em questão - e 1,2 metros de altura.


A instalação das REDES Foi importante a verificação do local antes da instalação, para que o tamanho da rede ficasse adequado ao local. A rede não deve cobrir todo o leito do rio, respeitando um espaço de escape nas laterais das margens de no mínimo 30% da metragem total do leito, para em casos de enxurrada evitar o desgaste da rede.

1

Produção de estrutura metálica com medidas adequadas para cada um dos pontos de rede de contenção.

4

Uso de presilhas para evitar o deslocamento da estrutura.

2

Cálculo da metragem de espia considerando excedente para fixação da rede pelas margens do arroio. São necessárias duas espias (superior e inferior).

5

Escolha do suporte da rede de contenção, sendo árvores, raízes reforçadas ou outra estrutura presente no ambiente.

Cuidados com a mata ciliar Como a mata ciliar encontra-se bastante prejudicada, a escolha das árvores ou raízes para dar suporte às espias das redes de contenção deve ser algo bastante cauteloso, evitando ferimentos e estrangulamentos nas árvores. Utilizou-se de material que protegesse o caule ou até mesmo as raízes (cinta de borracha). Foram escolhidas árvores de grande porte, garantindo que a força de uma enxurrada não comprometa a planta.

3

Entrelaçamento das espias na estrutura metálica, as espias são utilizadas como forma de suporte para rede de contenção.


Monitoramento O monitoramento dos pontos de coleta (redes) foi realizado em datas pré-estabelecidas, considerando intervalo médio de 15 dias, volume de lixo depositado na rede, previsão do tempo, precipitação ocorrida no período e nível do curso d’água em cada um dos pontos. O material retido na rede de contenção foi retirado manualmente pela equipe de trabalho. Com o uso de EPI’s e sacos para armazenagem dos resíduos, a equipe entra pelo leito do arroio e faz a retirada dos resíduos presos à rede de contenção, embala o material e estima a quantidade de resíduo retirada em cada monitoramento. Todas as atividades e o material retirado possuem registro fotográfico. Realizadas anotações e identificação dos resíduos encontrados com auxílio de registros fotográficos. Cuidou-se para que o monitoramento dos pontos de contenção fosse realizado antes de um período de chuvas, já que todo material retido na rede é passível de ser arrastado pela correnteza em casos de elevação do nível da água. Desta forma, o acompanhamento das previsões de precipitação de chuva foi fundamental para a definição dos momentos destinados às atividades de monitoramento.

99


Tabela resumo - quantidades coletadas por ponto de rede e monitoramento: NO.

DATA

LOCAL VISITADO E QUANTIDADE RETIRADA (Kg) P1

P3

P4

1

08.10.14

500

500

4

2

27.11.14

950

950

5

3

29.11.14

700

5

4

18.12.14

500

3

5

19.12.14

350

4

6

26.12.14

70

6

7

14.01.15

550

550

6

8

23.01.15

650

650

4

9

27.01.15

0

3

20%

10

31.01.15

1500

6

Ponto 3

11

07.02.15

2250

10

12

21.02.15

2500

2500

5

13

28.02.15

1000

0

1900

5

14

14.03.15

1500

200

1800

10

15

27.03.15

0

0

2

16

01.04.15

700

200

900

4

17

11.04.15

1500

1500

8

18

13.04.15

500

2

19

25.04.15

1000

1000

11

20

09.05.15

500

500

8

21

13.05.15

250

3

22

23.05.15

500

500

4

23

30.05.15

1200

1300

7

24

02.06.15

250

2

25

28.06.15

0

4

700 250

250

350 70

0 1500 0

2250 900 100

0 150

350

0 0

250 100

250 0

TOTAL 13.700 13 100

P2

QUANNÚMERO TIDADE DE TOTAL PESSOAS RETIRADA (EQUIPE) (Kg)

Percentual de resíduos retirados em ações de monitoramento 10%

970 8

4.200 2.050 20.920 9

Ponto 4

65% Ponto 1

5% Ponto 2

Destinação dos resíduos recolhidos Os resíduos foram coletados e destinados pela Prefeitura Municipal de Erechim e encaminhados ao aterro sanitário municipal para triagem do material, conforme termo de compromisso firmado.

7 101


Tipos de resíduos encontrados

PONTO 2: Cobertores, tapetes, pedaços de móveis, garrafas de vidro e pet, isopores, pedaços de forros de PVC, calçados. Troncos de árvores inteiros, além dos diversos galhos provindos de podas. Peças metálicas, colchões, roupas entre outros. Plásticos, animais mortos (pato), CDs, fiação, material metálico. Ossos de animais, fraldas descartáveis, frascos de remédio, ampolas, rede de pesca. Aparelhos eletrônicos, latas de tinta, pedaços de brinquedos, bicicletas, guarda-chuvas. Embalagens plásticas de desodorante, de detergentes, água sanitária, fogão, cadeiras de praia, para-choque de carro, pedaços de ferro. Caixas tetra park de leite. Sacolas de lixo fechadas, lâmpadas.

A partir da identificação de locais de lançamento de resíduos sólidos junto aos pontos críticos do Arroio Tigre, foi realizada uma análise qualitativa do material depositado, bem como a determinação de sua possível fonte geradora. As características qualitativas e quantitativas do lixo dependem de fatores como nível educacional, poder aquisitivo, hábitos e costumes da população, além de fatores climáticos e demográficos. Segundo Neves (2006) a geração de resíduos acompanha uma variação na sua composição de maneira diferenciada em países desenvolvidos e em países em desenvolvimento. Países em desenvolvimento como o Brasil, revelam uma situação preocupante, pois embora existam serviços de limpeza urbana, estes não são capazes de coletar toda a produção gerada. O resultado disto é o despejo de resíduos sólidos em terrenos baldios e muitas vezes próximos aos cursos d’água (NEVES, 2006). Parte da população local, há décadas, tem utilizado a calha do Arroio Tigre para depósito de lixo o qual denominam “sangão”. Este hábito se manteve até hoje e lá encontramos: 102

PONTO 1: Cobertores, tapetes, pedaços de móveis, garrafas de vidro e pet, isopor, brinquedos como patinetes, bicicletas, bolas destinadas a esportes. Troncos de árvores inteiros, além de diversos galhos provindos de podas retidos na barreira, peças metálicas, colchões, estruturas metálicas, carrinho de mão, roupas entre outros, espumas de poliuretano de origem industrial, além disso, foi encontrado e recolhido solvente industrial thinner 7300 com tolueno e etanol, EVA de fábrica de chinelos, plásticos, animais mortos, CDs, fiação, material metálico, ossos de animais, fraldas descartáveis, frascos de remédio, aparelhos eletrônicos, latas de tinta, embalagens plásticas de desodorante, de detergentes, água sanitária, caixas tetra park de leite, sacolas de lixo fechadas, máquina de lavar roupa, fogão, televisão, pneus, mangueiras.

PONTO 3: Rodas de bicicletas, aparelhos de DVD, CDs, celulares, fiação, material metálico, roupas e plásticos, escada, colchão, brinquedos, tapetes, animais mortos (2 cachorros). Pedaços de PVC, garrafas pet.

PONTO 4: Garrafas PET, sacolas plásticas e fras-

cos de desodorantes, bolsas, peças de roupas íntimas, documentos, materiais de ferro, aço, metais, sofás, colchões, cobertores, cortinas, guarda-chuvas, tapetes, mochilas, calçados, galhos e troncos com sinais de poda, mangueiras.


Com base na quantidade de resíduos contida e retirada nas limpezas com grupos pré-agendados e nos monitoramentos, foi possível supor a origem dos resíduos que chegaram a cada ponto de rede.

PONTO 1: O diagnóstico aponta que a origem de grande parte dos resíduos encontrados é doméstica e industrial. O local é saída da área urbana para início das propriedades rurais e recebe os resíduos despejados na canalização aberta (bairros Progresso e Cristo Rei) e da ponte. Também ocorre o descarte de resíduos nos pontos onde o arroio é canalizado passando por toda área urbana da cidade. PONTO 2: Os resíduos encontrados no P2 são de origem doméstica, industrial e da construção civil proveniente do distrito industrial, loteamentos próximos e da ponte sobre a rua Virgílio Biollo. Além disso, boa parte dos resíduos não contidos pela rede P1 chega a este ponto. PONTO 3:

Proveniente de descarte que supostamente ocorre sobre a ponte na RS 477 e demais resíduos não contidos nos pontos de rede P1 e P2.

PONTO 4: Acredita-se que os resídu-

os que chegam até a rede são aqueles que não puderam ser contidos pelas redes instaladas nos pontos anteriores. Não foram identificados focos geradores no trecho, já que este é o ponto mais distante das áreas urbana e rural habitada. 105


COMENTÁRIOS O início do desafio enfrentado pela equipe técnica se fez quando, a partir da proposta inicial, ocorreram as instalações de redes de contenção de resíduos sólidos. Dados como a resistência dos materiais utilizados, a variação de vazão do rio conforme situações climáticas, a diversidade de resíduos – tipo, tamanho e peso – e as condições de locomoção dentro da água tiveram que ser considerados na busca por uma eficiência real. Durante as primeiras ações de campo, percebeu-se a necessidade de substituição de materiais que formavam as barreiras de contenção. Isto porque as situações locais nem sempre eram consideradas ideais. Como exemplos de fatos não favoráveis à atividade são listadas primariamente a ocorrência de alto volume de precipitação em determinadas épocas do ano – o que, além de impossibilitar atividades em função do comprometimento da segurança, causa o arraste de uma quantidade significativamente maior que o habitual de resíduos sólidos; e o fato indesejável da depredação da mata ciliar do entorno – esta última influenciando diretamente o aumento da poluição do rio diante de despejos de resíduos de população próxima e da consequente erosão verificada.

Sabe-se que uma parte significativa dos resíduos sólidos encontrados é de origem doméstica. Portanto, um estudo nas comunidades próximas aos locais identificados como possíveis pontos de descarte de materiais seria de suma importância. Com isto, obteríamos dados palpáveis sobre situações críticas que necessitariam de maior atenção. A partir disso, seria possível o desenvolvimento de medidas para redução do descarte de lixo no rio, impedindo que os mesmos contaminem o local e, desta forma, sejam destinados adequadamente. Atualmente, o ambiente encontra-se visualmente menos poluído. Contudo, sabe-se que para que a paisagem siga em constante melhoria, a constância de ações voltadas à limpeza do local é fundamental. É útil a elaboração de projetos de educação ambiental voltado às comunidades do entorno, visando a redução do descarte indesejado de resíduos sólidos no rio a partir da explanação de dados gerados pelas atividades do projeto.

PROPOSTAS DAR CONTINUIDADE às ações de contenção e

limpeza do Arroio Tigre por meio de redes de conAssim, com análises situacionais foi possível che- tenção de resíduos com vistas à melhoria e presergar a um ponto ideal de resistência que, por fim, foi vação da saúde do rio. implementado de forma definitiva nos quatro pontos considerados críticos e que, em ações, acarretariam em uma maior coleta de resíduos sólidos presentes no rio. Através da análise dos dados obtidos, conclui-se que as redes instaladas no P1 e P3 exercem significativa importância na contenção de lixo, pois retêm a maior porcentagem de resíduos sólidos, o que resulta na diminuição da carga que chega aos demais pontos trabalhados. 106


108

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PARTE IV Gestão Ambiental e Política Pública


GESTÃO AMBIENTAL E POLÍTICA PÚBLICA

O município de Erechim conta com toda a estrutura física, institucional e legal e possui todos os elementos necessários para o gerenciamento do meio ambiente. No entanto, uma das fragilidades identificadas é a falta de interação entre os órgãos atuantes, principalmente no que se refere a recursos hídricos. Como propostas da etapa 1 do Revitalização dos Rios de Erechim (2010-11) para a gestão ambiental O município tem os planos ambientais desde 2011 municipal citamos: conforme mostra o quadro, mas os mesmos não foram amplamente discutidos com a comunidade. IMPLANTAR o sistema de coleta e tratamento do São eles: esgoto cloacal no município. - Plano de Manejo da APA dos Rios Ligeirinho e IMPLANTAR POLÍTICA PÚBLICA que quali- Leãozinho fique, oriente e fiscalize o tratamento primário do - Plano Ambiental do Município de Erechim esgoto domiciliar. - Plano de Manejo da Bacia do Rio Suzana QUALIFICAR o processo de coleta e destinação - Plano de Manejo do Parque Natural Municipal do lixo doméstico, industrial e agrícola. Longines Malinowski

ORIENTAR

os produtores rurais tecnicamente para o uso diário de boas práticas de gestão dos recursos.

- Plano Diretor de Arborização Urbana e de Áreas Verdes

RACIONALIZAR o

- Plano de ações da área verde do Distrito Industrial

uso e ocupação do solo de acordo com a legislação e boas práticas visando a sustentabilidade.

Quadro da Política Ambiental Municipal do Município de Erechim/RS estrutura operacional e planejamento

- Plano de uso do Horto Florestal

- Plano de Saneamento

FISCALIZAR e exigir licenças ambientais para os

Os planos pretendem dar o norte para a gestão empreendimentos existentes assim como laudos ambiental municipal, mas os projetos propostos técnicos para interferências junto a APPs que aten- precisam se transformar em ações concretas. dam a legislação em vigor na área urbana e rural. Inexiste no município, sistema público de tratamenPLANO DE RECUPERAÇÃO DAS APPS (ve- to de esgotamento sanitário, os contratos assinagetação ciliar, nascentes, banhados, corredores dos entre Corsan e Prefeitura Municipal não vêm ecológicos). sendo cumpridos e não há nada de concreto, nada EDUCAÇÃO AMBIENTAL permanente para toda que garanta, que isso aconteça no tempo previsto. comunidade.

Fonte: BERNARDI, 2013.

Hoje vemos pouco avanço nas práticas de gestão pública qualificada em todos os itens propostos acima. 112

113


O município de Erechim priorizou elaborar o plano posição da mata ciliar e esgotamento doméstico de saneamento básico de “abastecimento de água (CBHAI, 2009). potável” e de “esgotamento sanitário”, que para efeitos da Lei nº 11.445/2007 considera: Há necessidade de se colocar em prática um programa de Educação Ambiental permanente e com efetivas. É necessário ainda divulgar nos 1. Abastecimento de água potável: constituído pe- ações meios de comunicação informações claras e objelas atividades de infraestrutura e instalações necestivas sobre as unidades de conservação existentes sárias ao abastecimento público de água potável, no município e as normas de utilização desses esdesde a captação até as ligações prediais e respaços. pectivos instrumentos de medição. Há que se criarem parcerias com empresas priva2. Esgotamento sanitário: constituído pelas ativi- das, ONG’s, universidades, prefeitura e comunidadades de infraestrutura e instalações operacionais de para juntos atuarem de forma compartilhada na de coleta, transporte, tratamento e disposição final gestão ambiental do município de Erechim (BERadequados dos esgotos sanitários, desde as liga- NARDI, 2013). ções prediais até o seu lançamento final no meio ambiente. O principal objetivo do plano de saneamento de Erechim é a implantação em 95% das unidades residenciais de um sistema de coleta e tratamento de efluentes domésticos em um prazo de 30 anos (PAM, 2011 p.286). Porém ainda não saiu do papel. No abastecimento público há dificuldade devido às intensas mudanças climáticas, aumento da população, atividades antrópicas, os rios serem de pequeno porte e há prognóstico de continuar a ocorrer estiagem com racionamentos. A população tem como ônus o custo social e ambiental pelo não planejamento, falta de ações e não cumprimento dos contratos. Quanto ao uso dos Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos,o Comitê de Bacia Hidrográfica Apuaê-Inhandava (CBHAI) elaborou o Plano da bacia do Arroio Tigre (2009) onde consta o diagnóstico (etapa A), enquadramento das águas (etapa B) e plano de ações (etapa C) que contém as ações a serem executadas para recuperar e conservar os recursos hídricos. Dentre as ações prioritárias do plano de trabalho do CBHAI estão a realização de programas de Educação Ambiental, a recom115


SOBRE O ARROIO TIGRE A cidade de Erechim constituiu-se sobre nascentes de diversos rios e não possui, até o momento, tratamento de esgoto cloacal. Ele é direcionado ao Arroio Tigre e demais cursos de água que nascem no perímetro urbano. Hidrograficamente, Erechim se caracteriza por inúmeros pequenos cursos d´água coletados, em sua maioria, pelos Rios Passo Fundo, Erechim, Apuaê (Ligeiro) e Várzea. Estas microbacias integram o início da Bacia do rio Uruguai que, por sua vez, vai integrar a Bacia do Prata. A rede hídrica de Erechim é formada pelos rios Dourado, Suzana, Leãozinho, Ligeirinho, Campo, Cravo, o arroio Tigre e o Lajeado Henrique. Os principais tributários do Dourado são os lajeados Jaguaretê, Paca, Vaca Morta e Santa Lúcia e os rios Verde e Negro. O município é limitado a Sudeste e Sudoeste, pelos rios Toldo e Lajeado Ventara, respectivamente. As nascentes do rio Azul localizam-se a Noroeste cujo deslocamento ocorre no mesmo sentido, no município (PAM, 2011). Os cursos d’água de Erechim são de pequeno porte, com suas nascentes localizadas na área urbana, sendo a maioria alimentada pelas águas pluviais. Em muitos casos, os córregos estão canalizados e incorporados ao sistema de esgoto da cidade. Os rios Tigre e Campo, a partir da sua junção formam o rio Apuaê-Mirim que deságua no Uruguai a aproximadamente 360 km da capital do Estado, Porto Alegre (CBHAI, 2009). A bacia do Arroio Tigre abriga quase a totalidade da área urbana de Erechim, e seu curso principal encontra-se canalizado em parte do seu trecho e perdeu sua importância ecológica. Os cursos da água deste arroio, com exceção do trecho final, estão canalizados e impactados pelas atividades 116


urbanas, pois recebem lançamento de esgotos sem tratamento e resíduos sólidos. Há ocupação de áreas de preservação, e, além disso, devido a presença de áreas impermeabilizadas o tempo de concentração de águas é reduzido ocorrendo altas velocidades de escoamento favorecidas pelas características topográficas e devido a impermeabilização do solo (CBHAI, 2009).

em três vezes a vazão média disponível (Relatório Síntese CBHAI, 2009).

Cinco fatores condicionam a disponibilidade e a qualidade das águas: as pequenas áreas das bacias de contribuição, a reduzida capacidade de armazenamento do Sistema Aquífero Serra Geral, o tipo e uso de ocupação do solo (áreas rurais e áreas urbanas), a inexistência de tratamento de esgotos Os bairros que englobam a bacia do Tigre no perí- urbanos e o lançamento de resíduos sólidos nos metro urbano de Erechim são: Koller, Espírito San- cursos de água (Relatório Síntese CBHAI, 2009). to, Boa Vista, Aeroporto, Cerâmica, Fátima, Presidente Castelo Branco, Bela Vista, Linho, Parque Conforme o mesmo estudo do CBHAI (2009), o Lívia, Atlântico, José Bonifácio, Centro, Industrial, lixo urbano associado aos resíduos sólidos oriunCristo Rei, Progresso, São Cristovão e Frinape. dos das áreas rurais, a contaminação da água e o aspecto estético propicia ambientes adequados O Arroio Tigre já foi fonte de água potável, local de à proliferação de vetores e doenças e inibe a utililazer e pesca para a cidade de Erechim e hoje pela zação das águas para lazer. Como é característica falta de planejamento e ação humana está poluído. de toda região do Planalto, a ocupação das áreas Porém ainda tem capacidade de regeneração. de preservação permanente (ao longo dos cursos de água, em torno de nascentes e em áreas com Na área rural da bacia do Arroio Tigre, grande par- declividade elevada) se constitui em fator que conte das matas ciliares foram removidas para o uso tribui para a reduzida disponibilidade hídrica da badas terras com agricultura e pecuária. A remoção cia do Arroio Tigre, além de favorecer os processos da mata ciliar afeta visivelmente os corpos d’água erosivos, principalmente nas áreas de alto potencial causando assoreamento, consequentemente au- de erodibilidade (Relatório Síntese CBHAI, 2009). mento da calha do rio, diminuindo assim sua profundidade. Devido ao lançamento de esgoto da cidade de Erechim, o Arroio Tigre tem alto teor de nutrientes, resíduos totais e coliformes, sendo que o teor de fósforo e de coliformes são superiores àqueles admitidos para Classe 3 que é a classe de enquadramento do arroio (CBHAI, 2009) . No arroio ocorrem também índices baixos de saturação de oxigênio. Estudos de disponibilidade hídrica indicam que a vazão média é de 0,804 m³/s, sendo que a vazão necessária para a diluição dos esgotos é cerca de 10 (dez) vezes maior (9,39 m³/s). Embora a implantação do sistema de coleta e tratamento dos esgotos da cidade promoverá uma significativa redução do aporte de poluentes aos cursos de água, ainda assim a vazão necessária para a diluição ultrapassa 119


Enquadramento dos corpos hídricos em classes de uso preponderantes É uma classificação segundo normas do Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA da qualidade das águas dos rios, açudes, poços, lagos entre outros, de acordo com seus usos preponderantes e qualidade. A classificação das águas varia de classe 1 a 4 e classe especial conforme Resolução do Conama 357, de 17 de março de 2005. O enquadramento de corpos d’água estabelece o nível de qualidade a ser alcançado ou mantido ao longo do tempo. Mais do que uma simples classificação, o enquadramento deve ser visto como um instrumento de planejamento, pois deve tomar como base os níveis de qualidade que deveriam possuir ou ser mantidos para atender às necessidades estabelecidas pela sociedade e não apenas a condição atual do corpo d’água em questão. O enquadramento busca “assegurar às águas qualidade compatível com os usos mais exigentes a que forem destinadas” e a “diminuir os custos de combate à poluição das águas, mediante ações preventivas permanentes” (Art. 9º, Lei Federal nº 9.433, de 1997) (ANA - Agência Nacional das Águas, 2014).

120


Nas imagens aÊreas pode-se perceber a mudança física do ambiente desde 2010 com novos loteamentos e desmatamento de APPS.

2010

2015


GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO MUNICÍPIO DE ERECHIM/RS

Estima-se que o município produza 90 toneladas de lixo/dia, destas 70 toneladas são de lixo orgânico e em média 20 toneladas são de lixo seco. Há 42 pontos de coleta para os resíduos perigosos como pilhas e baterias. Os eletroeletrônicos são coletados e encaminhados para reciclagem (empresa Recycle de Passo Fundo) após campanha de coleta, realizada em janeiro e junho de cada ano pela Já com relação aos resíduos sólidos, o município prefeitura municipal através da Secretaria Municipal conta com os serviços de coleta e tratamento do de Meio Ambiente. lixo doméstico. O processo de coleta de resíduos pelo município iniciou em meados dos anos 60 e A Secretaria Municipal de Meio Ambiente orienta e era realizado apenas no centro da cidade quando indica que: se coletava aproximadamente 5 toneladas/dia de Os pneus sejam devolvidos na loja no momento da resíduos. Hoje a coleta seletiva é feita em todos troca. os bairros do município e respeita um cronogra- Quanto a estofados velhos a indicação é reaproma pré-estabelecido e divulgado através do site da veitar a madeira para lenha, as espumas e o tecido Prefeitura (www.pmerechim.rs.gov.br). são lixo seco, devem ser cortadas em tamanhos menores e então depositadas em sacolas fechaO município não tem empresas instaladas e ope- das para o caminhão fazer o recolhimento no dia rantes que façam a reciclagem dos resíduos, exis- da coleta. tem associações de catadores que realizam a se- O óleo usado pode ser reciclado e transformado paração e triagem dos mesmos e comercializam os em sabão ou deve ser colocado em uma garrafa materiais que selecionados e triados estiverem de pet e encaminhado juntamente com o lixo orgâniacordo para o encaminhamento à reciclagem. Es- co. tas associações são cadastradas junto a Secreta- As lâmpadas incandescentes convencionais são ria Municipal de Meio Ambiente, são elas: ARCAN, produzidas com vidro e metal, não contêm maReciclando pela Vida, Filhos da Natureza, Reciclan- teriais prejudiciais ao meio ambiente e podem ser do pela Cidade Limpa e Associação do bairro Ae- descartadas no lixo convencional (orgânico), de forroporto (SMMA, 2015). ma adequada, em caixas, para que assim, quem for recolher o lixo não se corte. O aterro sanitário localizado no Povoado São Luiz, As lâmpadas halógenas também podem ser desLinha Dois, Secção Paiol Grande, foi instalado no cartadas no lixo comum, já as incandescentes ano de 2008, conta com três células para resídu- conforme a Política Nacional de Resíduos Sólidos, os orgânicos e duas células para captação e tra- Lei Federal 12.305/2010 devem ser devolvidas e tamento do chorume . Ainda no aterro sanitário é segundo a lei não é necessário apresentar a Nota feita a triagem dos materiais. São coletados cerca Fiscal para entregar a lâmpada queimada, porém de 15% de materiais recicláveis pela Associação algumas lojas podem pedir a nota. Estes materiais, Recicla Erechim que tem convênio firmado com a não são recolhidos pelo serviço de coleta de resíprefeitura e transforma o material em geração de duos contratado pela Prefeitura de Erechim. renda para suas famílias. Com esse convênio, a prefeitura custeia o transporte do material, alimentação e Equipamentos de Proteção Individual (EPI) aos associados (SMMA, 2015). 125


PROPOSIÇÕES Diante do exposto referente à gestão ambiental e política pública do município de Erechim as propostas anteriores se mantêm vivas e atuais uma vez que pouco se fez e há muito que fazer.

IMPLANTAR o sistema de coleta e tratamento do esgoto cloacal no município. IMPLANTAR POLÍTICA PÚBLICA que qualifique, oriente e fiscalize o tratamento primário dos esgotos domiciliares. QUALIFICAR o processo de coleta e destinação do lixo doméstico, industrial e agrícola.

ORIENTAR os produtores rurais tecnicamente para o uso diário de boas práticas de gestão dos recursos.

RACIONALIZAR o uso e ocupação do solo de acordo com a legislação e boas práticas visando a sustentabilidade. FISCALIZAR e exigir licenças ambientais para os em-

preendimentos existentes assim como laudos técnicos para interferências junto a APPs que atendam a legislação em vigor na área urbana e rural.

PLANO DE RECUPERAÇÃO DAS APPS (vegetação ciliar, nascentes, banhados, corredores ecológicos). EDUCAÇÃO AMBIENTAL permanente para toda co-

munidade.

DIVULGAR

nos meios de comunicação informações claras e objetivas sobre as unidades de conservação existentes no município e as normas de utilização desses espaços.

CRIAR parcerias com empresas privadas, ONG’s, uni-

versidades, prefeitura e comunidade para juntos atuarem de forma compartilhada na gestão ambiental do município de Erechim. 126



DEPOIMENTOS DA EQUIPE

no para mudar ou contribuir para a mudança desta realidade. Outro fato que foi percebido ao longo do tempo é que os voluntários que participaram das atividades se impressionam com a variedade de materiais encontrados e também com a beleza do local”. Lidiane Bernardi

“Ao longo de todo o trabalho desenvolvido, fica evidente que a população do município em geral, desconhece e não imagina a situação em que visualiza o rio quando,chegam para realizar as atividades pré-agendadas. Muitos comentam indignados com a situação do rio, outros pedem porque isso acontece e outros ainda de tão chocados não conseguem entender o porque desta realidade. No meu ponto de vista esta indagação, questionamentos e percepções desenvolvidas e retratadas ao longo das atividades servem de lição de que precisamos sim fazer mais, e de que as pessoas não conhecem ou não querem conhecer a realidade local, creio que esta vivência com as atividades de educação pré-limpeza servem como alicerce para as atividades de campo, pois a percepção e consciência nas oficinas é uma e quando se deparam com tanto lixo ela fica totalmente “confusa”. Precisamos sim plantar essa semente de disseminar conceitos e trazer para a sociedade onde vivemos a realidade em que nos encontramos, pois é dever de cada cidadão estar presente e inserido no meio onde vive, e saber que suas ações muitas vezes separadas, ou não pensadas pode interferir e muito para a tomada de decisões futuras e na construção do sujeito sustentável que precisa estar consciente de suas ações para com o todo”. Jéssica Maria Jemiczak

“Participar da segunda etapa do Projeto Revitalização dos Rios de Erechim foi, para mim, uma das mais significativas experiências pessoais e profissionais. Trabalhar em defesa de uma causa tão importante não é tarefa simples. A todo o momento nos desafiávamos a buscar soluções, qualificar atividades, ampliar olhares e reavaliar a eficácia de ações. Contudo, graças a um projeto muito bem estruturado e a pessoas comprometidas com a proposta, foi possível concluir mais esta etapa com sucesso. Sem dúvidas, foi uma oportunidade ímpar de crescimento pessoal para todos que participaram das atividades, seja durante as ações voluntárias de limpeza, plantios de mudas nativas ou oficinas de educação ambiental e palestras. Nenhum de nós terá a mesma percepção ou agirá da mesma forma com relação ao meio ambiente depois de ter se deparado com os danos causados por atitudes individualistas e imediatistas. Sabemos que ainda há muito para ser feito, contudo, retornar a um ponto, encontrá-lo livre de milhares de resíduos e perceber a mudança que o projeto provocou em cada participante é indescritivelmente gratificante”. Diana Rocha

“Participar das atividades do projeto Revitalização dos Rios de Erechim foi muito gratificante. Na minha percepção o desenvolvimento deste tipo de atividade, além de fortalecer os conceitos ambientais ‘’Durante as atividades de Educação Ambiental com resultou, na sua essência, num sentido importante limpeza do Arroio Tigre ao longo do decorrer do projeto pode-se perceber que a primeira reação das pessoas para cada pessoa que participou das inúmeras atiao chegar ao local é de espanto, a maioria das pessoas vidades desenvolvidas, os quais possibilitaram, das que participaram da atividade (mesmo as que residem mais variadas formas para cada um, a percepção em Erechim e até próximo do Arroio Tigre) não sabiam da sua real importância na luta para preservação e desta realidade triste e impactante, porém no decorrer manutenção de um ambiente saudável.” da atividade a sensação que se tem é de alívio pois o Heraldo Baialardi Ribeiro ato de limpar o rio muda a percepção das pessoas que notam que é possível fazer algo mesmo que seja peque-

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“Na primeira etapa do projeto Revitalização dos Rios de Erechim éramos poucos tentando “mostrar” a realidade de um rio, hoje somos muitos tentando “mudá-la”. Nesta segunda etapa do projeto a participação foi intensificada, iniciamos uma nova fase onde a Educação Ambiental começa a dar resultados. A ampla divulgação do projeto potencializa as ações de educação e hoje toda a comunidade conhece, acompanha e participa do trabalho da Eloverde. Gostaria de agradecer a todos os voluntários que participaram das atividades, estes são nossos multiplicadores, mostrando que é possível mudar esta realidade.” Quéli Giaretta “Acredito que as atividades planejadas de plantio de mudas florestais nativas realizadas junto ao Arroio Tigre contribuem na recuperação das características originais do ecossistema. As ações de melhoria do meio biótico fortalecem as conexões entre os habitats, restaurando as condições do solo, da água e do ar. Tenho certeza que o plantio das mudas amenizou os impactos causados ao meio ambiente e vai favorecer a formação de corredores ecológicos fundamentais para a manutenção e favorecimento da biodiversidade dos ecossistemas. É preciso salientar a importância da recuperação da vegetação ribeirinha sendo esta o elo que liga e mantém a flora e a fauna que tanto o homem devasta e destrói. Colaborar para a recuperação da vegetação ciliar dos cursos de água irá fortalecer o planeta e com certeza no futuro ao passar pelo local vou me defrontar com o feito. Diante dele irei lembrar que também fiz parte da ação e sou responsável pela manutenção e preservação daquela paisagem.” Marcio Freschi

ário e comunidade em geral). Destaca-se aqui a evolução do envolvimento da comunidade local na divulgação e participação das ações propostas no trabalho realizado.” Mateus Kurek Pagliosa “Diante de nós um desafio: repensar a forma que vivemos e participar ativamente da mudança para uma vida mais sustentável. O projeto Revitalização dos Rios de Erechim mostrou que é possível o envolvimento coletivo. Satisfeita com os resultados conquistados e motivada a continuar convido todos a agir, pois a questão é com o agora, não dá para deixar para amanhã.” Rosane Menna Barreto Peluso “A oportunidade de fazer parte do projeto veio agregar conhecimentos, experiências e vivencias únicas em minha formação acadêmica e pessoal. Em minha percepção as atividades de limpeza desenvolvidas no Arroio Tigre, atentaram as pessoas da importância do envolvimento coletivo no projeto possibilitando a disseminação da ideia de mudança da realidade encontrada no rio atualmente, além da obtenção de resultados positivos e satisfatórios. O fato das pessoas entrarem em contato com a realidade do Arroio Tigre causa nelas um impacto que as instiga a refletir sobre seus atos cotidianos relacionados ao descarte dos resíduos que produzem e a pensarem conosco novas perspectivas e melhorias da qualidade deste ambiente, bem como mudança de hábitos. Acredito que todos que participaram das atividades de Educação Ambiental puderam compreender que a forma como interagimos com o meio ambiente hoje de alguma forma nos trará consequências futuras.” Caroline Josiane Noara

“O balanço das atividades realizadas no período de execução do projeto foi positivo e motivador. Grandes quantidades de resíduos sólidos foram retidas e identificadas, muitas vezes trazendo surpresa para todos os envolvidos nas atividades (equipe técnica, voluntários, prestadores de serviço comu131


BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

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SITES VISITADOS Brasil Escola - Educação, Vestibular, ENEM, Educador, Exercícios. Disponível em http://www.brasilescola.com/. Acesso em 25/06/2015. Inmetro Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia. Disponível em http://www.inmetro.gov. br/. Acesso em 26/06/2015. GOOGLE EARTH, 2014. Erechim. Bairro Distrito Industrial. Disponível em: https://www.google.com/ earth/. Acesso em: 03.12.14. Prefeitura Municipal de Erechim. Disponível em: http://www.pmerechim.rs.gov.br. Acesso em 20/01/2015.

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LEGISLAÇÃO CONSULTADA ÁGUAS E EFLUENTES LÍQUIDOS LEGISLAÇÃO Norma ABNT NBR 9800/1987 Lei Federal 9433/1997

Lei Federal 9966/2000

Decreto Federal 4.136/2002

Portaria MS 518/2004

Resolução CONAMA 357/2005

ENUNCIADO Critérios para lançamento de efluentes líquidos industriais nos sistemas coletores públicos de esgoto sanitário. Instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos e estabeleceu como um de seus instrumentos a Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos. Dispõe sobre a prevenção, o controle e a fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição nacional e dá outras providências. Dispõe sobre a especificação das sanções aplicáveis às infrações às regras de prevenção, controle e fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição nacional, prevista na Lei 9.966/2000 e dá outras providências. Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativas ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade e dá outras providências. Estabelece a classificação, normas e padrões de qualidade das águas no território nacional.

ÁGUAS SUBTERRÂNEAS Norma ABNT NBR 15.495-1/2007 Norma ABNT NBR 15.515-1/2007 Resolução CONAMA 420/2009

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Poços de monitoramento de águas subterrânea sem aquíferos granulados. Passivo ambiental em solo e água subterrânea Dispõe sobre critérios e valores orientados de qualidade de solo quanto à presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL Lei Federal 9.795/1999 Decreto Federal 4.136/2002

Dispõe sobre a Política Nacional de Educação Ambiental. Dispõe sobre a especificação das sanções aplicáveis às infrações às regras de prevenção, controle e fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição nacional, prevista na Lei 9.966/2000 e dá outras providências.

RESÍDUOS SÓLIDOS Portaria Minter 53/1979 Norma ABNT NBR 11.174/1990 Norma ABNT NBR 12.235/1992 Norma ABNT NBR 10.004/2004 Norma ABNT NBR 13.221/2003 Resolução CONAMA 258/1999 Resolução CONAMA 257/1999

Dispõe sobre a disposição de resíduos sólidos. Armazenamento de resíduos classe II não inertes e III inertes. Armazenamento de resíduos sólidos perigosos. Resíduos sólidos Transporte terrestre de resíduos. Dispõe sobre o descarte de pneus inservíveis. Disciplina a produção, o gerenciamento e o descarte de pilhas e baterias, novas ou usadas. Resolução CONAMA 307/2002 Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. Portaria Interministerial MME/MMA Estabelece diretrizes e responsabilidades para o recolhimento, 1/1999 coleta e destinação de óleo lubrificante usado ou contaminado. Lei Federal 12.305/2010 Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei nº 9.605/1998, e dá outras providências. Lei Estadual 11.520/2000 Institui o Código Estadual do Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Sul e dá outras providências Lei Federal 12.651/2012 Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as leis números 6.938 de 31 de agosto de 1981, 9.393 de dezembro de 1996 e 11.428 de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis 4.771, de 15 de setembro de 1965 e 7.754 de abril de 1989, e a Medida Provisória número 2.166-67 de 24 de agosto de 2001 e dá outras providências

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RELAÇÃO DOS PARTICIPANTES EQUIPE Diana Rocha Heraldo Baialardi Ribeiro Jéssica Maria Jemiczak Lidiane Bernardi Marcio Freschi Mateus Kurek Pagliosa Nina Rosa Zanin Zanella Quéli Giaretta Rosane Menna Barreto Peluso

VOLUNTÁRIOS Adair A. do Nascimento Adélio Renan Kozlowski Adriana Dalla Rosa Menegatti Adriana Perdomini Geraldo Adriana Salvão Vanni Adriano de Campos Ágatha Prestes Aislan Marques Alan Fabio Beluzzo Alécio Zaions Alessandra Cristina de Morais Alessandra do Porto Alessandro Schafer Alex Bruno Antunes Maciel Alex David Alex Sandro Maicon da Rosa de Prade Alex Vallari Aline Ribeiro Aline Vieira da Silva Álisson Ferreira Tadiotto Alisson Gustavo Nadal Amanda Lourdes Barro 136

Amanda Porto Ana Carolina Barbosa Ana Carolina de Menezes Ana Carolina Rangel Ana Cláudia Neumann Ana Lúcia Gumplinger Ana Paula Lusa Ana Paula Schaefer Ana Rita Machado Anderson C. Rodrigues Anderson de Oliveira Anderson M.C de Carvalho Andre Luiz Jucoski Andrei Rovani Andressa Ferreira Andriel Maykon Motta Andriéli Backes Giordani Angela Giovana Zorzan Angélica Weber Angelo Bidinoto Ariel Cardoso Arieli Momoli Baltazar Giaretta Bernardo Ramon Moreira Brenda Caroline da Trindade Brenda Caroline Deoti Bruna Caroline Brustolin Bruna Karolaine da Costa Bruna Kislarek da Silva Bruna Luisa Correa da Silva Bruna Tais Trevisan Sielski Bruno Canabarro Bruno Gabriel Sychoski Bruno Lengoski de Azevedo Cael Libino Carina Patricia Capra Carine Paula Colla Carla Schimmelfenig Carlos Eduardo Centenaro Carlos Eduardo Hofmann Scherdien Carolaine Vian Carolina Menegatti Carolina Pedrotti Picoli Caroline Caitano

Caroline Capeletti Caroline Verza Caroline Wust Cassiano Cezniowski Cassiano Guerres Zoraski Celmar Bertuzzi Celoni Dick Chaiane Carla Giasson Cheila Michele Lussani Cidiclei Blanger Cinara Eduarda Framento Clairton dos Santos Junior Claudemir Vianei Beck Claudiane Sonalio Pereira Cláudio Luiz Pompermaier Claudio Onei Maciel Claudio Souza Claudiomir G. B. Sonemberg Claudir Antônio Moranski Claudir Soares de Bastos Cleci de Quadros Cleo Paulo Luiz Tyburski Cleusa da Rosa Fernandes Cleusa Regina Filippin Clovis Alex dos Santos de Neque Crismael Augusto Silva de Almeida Cristian Augusto Bredow Honze Cristiane de Mattos Melo Daiana dos Santos Souza Daiane Berti Daniel Felipe Bernal Glen Daniel Felipe Viana Daniel Fernando Buczoski Daniel Henrique Roman Daniela Balen Daniela Lucia Gromann Daniele Aline Santos Muinarski Daniele Kuchmanski Débora Elisa Basso Débora F.A Borges Débora P. Pacassa Deise Nardi Deivid Paulo Sesse

Diego Santos Dionatan Filipe Mariani Douglas de Oliveira Douglas William Camargo Edileusa Morais do Nascimento Edson Rodrigo da Costa Teixeira Eduarda Costa Eduarda Girardini Paludo Eduardo Basso Eduardo Strapasson Eliél Machado Élinton Santana Pereira Pinto Elisa Gosenheimer Elisete Lopes Vargas Elivélton José Artur Tubim Lopes Prunes Eloir Dalazen Emanuel Machado Eric Fiorelo Cavalet Érica dos Santos Casagrande Erick Ayslan Skvronski da Silva Érika da Silva Lucca Ester G. R. Lopes Ester Santos Rodrigues da Silva Evando Luiz Paludo Évilin Cecilia Pedroso Fabiana Nascimento Rodrigues Fabiano Franga Fabio Cesar Comandulli Fabiola Vallari Fabricio Antunes da Silva Felipe Antônio de Oliveira Felipe Francolin Felipe Gabriel Lira Felipe Paze Fernanda Cadore Fernando Junior Fabisiak Flávia Melara Franciele Cristina Michailoff Franciele Fernanda Godim Gross Francieli Kadzerski Scezny Francisco Gomes Gabriel Zortea Salvi Gabriela Gevinski

Gabriele Angela Custodio Gabriele Gaieski Gabrieli da Silva Piloni Gabrieli Reina Genilson N. Arantes Giovana de Oliveira Dutra Giovana Maria de Moraes Correa Giovana Marques de Morais Giovani F. Nava Graziele A. Candeia de Carvalho Grégori Scariot Guilherme AntonioMariga Guilherme Brito Guilherme Lopes Severo Guilherme Weber Guilherme Xavier Gustavo Andres Gustavo Barticki Xavier Gustavo Oliveira Gustavo Rech Gustavo Ribeiro Hebélia M. de Almeida Heber Adão Grazik Heloisa Chaves Tasca Hemily Marinho Scpinhiki Henrique Gollo Herberty França do Nascimento Igor Felipe Simoni Ingrid Pereira Irene S. V. Candeia de Carvalho Ires Dejan Isaura Magali Machado Mezalira Ismael da Silveira Israel B. Miller Jadrine Bruna Cruz Jady da Cruz Jaelicson Germovan Rodrigues Janai Mara Machado da Silva Jaqueline B. Martins Jaqueline Caroline Zacarias da Silva Machado Jean Carlos Voicolesco Tomkelski Jeferson Durli 137


Jeferson Luis Braghini Jeferson Rodrigo Correia de Castilhos Jéssica dos Santos Jéssica Fernanda Voltan Jéssica Kanigoski Jéssica Marina Cechin Jhenyfer de Mello Marques João Fabrício Velasques João Gabriel de Oliveira João Gabriel de Souza Joao Henrique Kominkiewicz João Henrique Salvão Vanni João Marcelo João Xavier Joel Grando Joel Jacuboski Joice da Silva Rodenko Jonatan Fritshe José Tadeu Nunes Josefer Augusto Gross Josiane Stefani Barbosa Meireles Josmar Pereira da Silva Julia Fernanda Pelisser Konzen Julia Filipin Matté Julia Zamarchi Júlio César da Silva Padilha Juvenal Rakuloski Kauan Eduardo Lopes de Vargas Kelen Aline Santos de Almeida Keli Cristina Girardini Paludo Kely T. K. dos Santos Kétlin Mara Toniollo Kevin Airton de Aguiar Borneli Kévin da Rosa Silveira Laiane Colla Larissa Leite da Silva Laura Eduarda Duarte Leandro Cardoso Leonardo Vinicius de Almeida Letícia Del Moral Liamara da Silveira Tyburski Liamara Pieróg Lidiane Steink 138

Lisiane Weishaupi Luan Ricardo Martins Luana Cátia Mohr Luana da Silva Kutner Luana Eduarda Deotti Luana Eduarda Kovaleski Luana Gernow Luana Penso Lucas Lima Lucas Marcon Lucas Matteus Garcia Luis Carlos de Mouras Luis Carlos Rosa Luiz Fernando Kuchmanski Luiz Fernando Pazzet de Azevedo Luiza Helena Moze Susek Maieli Paula da Silva Marcel Lang Marcel Tarz Marcelo Cigainski Marcelo Picoli Marcio Rodrigo de Oliveira Marcio Silverio da Rosa Marcos Antônio Mezalira Marcos Antonio Peluso Marcos Daniel Jardim da Silva Marcos Vinicius da Silva de Oliveira Marcos Vinicius Rodrigues Fernandes Marcos Willian Bartniski Vescovi Maria Eduarda Govaski Maria Eduarda Henkes Mariana Schimitt Marilaine de Nantes Carvalho Marina Andreoli Marina de Mello Fritsche Marina Ferlin Brugnera Marisa M. Fonseca Maristela Bernardete Lussani Maristela Piloneto Machado Marlon Ody de Paula Marlon Willian Casanova

Mateus A.Montemezzo Mateus Canarin Mateus de Cezaro Mateus N. Piana Mauricio Bianchi Maxuel Natan da Silva Mayra Luisa Jorgio Mayra Santos Michele Toniollo Michele Zanon Castilhos Milena Caroline I. P. dos Santos Milena da Silva Franco Milena de Lima Berti Moacir Vall Moisés Lied Monalisa Fatima Cibulski Monica Sagiorato Rossetti Muriel Karim Molina de Lima Mylena dos Santos de Oliveira Natália P. Zancan Natalino Marció Junior Natana Figur Nathan Henrique Pansera Noemi dos Santos Pereira Odete Zanelatto Pâmela Pasquali Paola Colombo Paola Melo Costa Patrícia C. Vianna Patrick Motta Torres Paula Caroline Dal’agnol Paulo Cesar Piana Pedro Henrique de Almeida Coscoski Pedro Henrique Menna Barreto Peluso Pietra Taize Bueno Poliana Kézia Soares Rafaela G. Candeia de Carvalho Rarissa Romielli Angheben Rayane Antunes Godinho Raysa Giaretton Moranski Regina Salete Rejane Eva Ziger

Rejane Maria Baldiga Sadovnik Rejane Maria Mocelin Renan Filipini Renata Arruda Renata Fátima Prates de Moraes Ricardo Antônio Ferreira Ricardo Cadorin Ricardo Starforti Richard da Silva Rita Suzete Maia Roberta Bilhar Roberta Tereza Mânica Roberto Menna Barreto Roger Possan Rosana Margarete Silverio da Rosa Rosane Fatima Bombana Rosilene da Silva Ruan Vinicius Marinho Salma Silveira Samuel de Souza Sandra C. Canabarro Sandra Mara Menoncin Sauana Centenaro Sheila Baptista Nunes Sheila Bortolazo Sian Michailoff Silvana Filippin Silvio Tiago Sobbis Simone F. Falkoski Vieira Simone Padilha Meirelles Stefani Janine Rodrigues Echkardt Stefany Mauren Alves Sthefany Rodrigues dos Santos Suzana Weber Taiani Ferreira da Silva Tainara Ferreira Tais Machado Tais Talaska Taísy da Silva Taline Koch Talissa Viviane Santos Tatiana da Silva Karpinski

Tatiane Nunes Tauana Grazioli Tauna Matiasso Teigor Valmorbida Domingues Thiago Castro Bezerra Tomas Zucchi Valter Anunciação Vanessa Machado Mezalira Vania Negri Vera Zamba Benits Victória Dutra Fagundes Victória Emanuele Victória Silveira de Assis Vinicius Casagrande Sygel Vinicius Felini Mattei Vinícius Gabriel Gonçalves de Souza Vitor Manoel Schmitt Wallison Elias Pinheiro Xavier Wanderlei Dick Welinton Lucas Padilha Wellington Érick Lopes Wesley Meglioransi Becker Willian Torres Juba Yasmin Maytê Satonino

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GRUPOS AIESEC CEMAP - UNOPAR CFC - JAT CLUBE DE DESBRAVADORES DA ARAUCARIA CLUBE DE DESBRAVADORES GIGANTES DE BETEL CLUBE DE DESBRAVADORES ÓRION ESCOLA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA DR. SIDNEY GUERRA ESCOLA ESTADUAL ENSINO MÉDIO DR. JOÃO CARUSO ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL DOM PEDRO II ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL LUIZ BADALOTTI GARRA PRÉ- VESTIBULAR ERECHIM IFRS SERTÃO PALUDO AGRONEGÓCIOS SUPERMERCADO CAITÁ UPF - ETAMB

APOIADORES 2ª. VARA DAS EXECUÇÕES CRIMINAIS – FÓRUM DE ERECHIM CEMAP-UNOPAR /ERECHIM COMITÊ DE BACIA HIDROGRÁFICA APUAÊ INHANDAVA (CBHAI) GRAFFOLUZ EDITORA E INDÚSTRIA GRÁFICA JORNAIS: BOA VISTA, DIÁRIO DA MANHÃ, BOM DIA, VOZ REGIONAL MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL – COMARCA DE ERECHIM PALUDO AGRONEGÓCIOS PREFEITURA MUNICIPAL DE ERECHIM RÁDIOS: CULTURA, DIFUSÃO, ERECHIM, VIRTUAL SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE DE ERECHIM SEMENTES ESTRELA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL- UERGS, UNIDADE DE ERECHIM UNIVERSIDADE FEDERAL FRONTEIRA SUL- UFFS, ERECHIM

PARCERIAS 2ª. VARA DAS EXECUÇÕES CRIMINAIS – FÓRUM DE ERECHIM

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