Clipping 25/10/17 - O Liberal / Evento apoiado pela FADESP

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O LIBERAL

BELÉM, QUARTA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2017

MAGAZINE 3

MAGAZINE

Veja a programação da cidade no Guia Liberal. Página 4.

MÚSICA Aniversário do músico é comemorado com produção de CD, DVD e livro biográfico

GUGA MELGAR

Roberto Menescal ganha homenagem aos 80 anos

santos

Que coisa? Quando a gente pensa que já viu de tudo em descalabros, eis que surge um projeto de lei do deputado Rogério Marinho (RN) autorizando os planos de saúde a reajustarem a mensalidade de sete milhões de idosos, a preços bem acima da inflação. Um absurdo!

SÃO PAULO Agência Estado

oberto Menescal completar 80 anos de idade hoje. Seu nome é obrigatório quando se fala em bossa nova. Menesca, como o chamava Tom Jobim, é uma espécie de discípulo conjugado de João Gilberto e do próprio Jobim, com sofisticação harmônica e um apuro melódico que o transformaram em professor de violão de muita gente que começou ali a querer ser músico também. Uma série de shows tem marcado a chegada de Menescal aos 80. A etapa paulistana da temporada batizada Dias de Luz, Festa de Sol encerrou no domingo, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Além dos shows, ele produz ainda um CD e um DVD para ser lançado até o final do ano, com artistas interpretando suas canções, como Ney Matogrosso e Fernanda Takai. Suas muitas histórias devem ser lançadas em formato biografia pela prima Claudia Menescal. A Associação Brasileira de Música e Artes, Abramus, que tem Menescal como um de seus afiliados, vai também lembrar da importância de sua obra. Um militante por causas relacionadas aos direitos autorais, o músico foi nomeado presidente da nova gestão da entidade, que tem como outros diretores artistas como Danilo Caymmi, Dudu Falcão, Daniel Carlomagno, Roberto Frejat (novo membro da diretoria) e Mariozinho Rocha (que exerce função de direção artística desde o começo de 2017). Dono de uma linguagem elegante em seu instrumento maior hoje, a guitarra, Menescal tem uma grande lista de serviços prestados a cantores e compositores brasileiros. Como homem de apoio de Elis Regina desde o final da década de 1960, foi quem garimpou na casa de Tom Jobim a música Águas de Março para o repertório de Elis. Foi quem ajudou também a contrabandear Folhas Secas, de Nel-

bernardino

R

Desmatamento

Roberto Menescal

é autor de mais de 400 canções

son Cavaquinho, de um disco de Beth Carvalho para o de Elis, em 1973. “Quando trabalho para uma cantora, faço tudo para aquela cantora. Com o perdão de Beth Carvalho, eu tive de fazer aquilo”, disse anos depois.

tada, vai além de banquinhos e barquinhos. Logo depois da chegada de João Gilberto às rádios, em 1959, com a gravação de seu LP Chega de Saudade, o efeito bossa nova teria implicações dentro e fora do Brasil. Aqui, os músicos migravam seus talentos VOCAÇÃO PRECOCE para a criação de canções em um formato de excelência harmôniAlguns anos depois que o ca, canto retraído e poética bucópai de Roberto Menescal mor- lica tendo a zona sul do Rio de reu, uma espécie de diário foi Janeiro como cenário. Lá fora, o encontrado em seus pertences. mundo conhecia não mais o BraEle dizia para os irmãos cuida- sil exótico, mas uma potência rem da ovelha desgarrada que cultural. Até então, norte-amenão largava o violão. Estava pre- ricanos e europeus faziam uma ocupado com o salário do ga- grande confusão com a imagem roto que queria tanto ganhar a e o ritmo de Carmen Miranda, vida com música naqueles anos misturando samba a calipso ou 1950. Quem sabe não o conven- chá chá chá como se fosse tudo ciam a ser um engenheiro? música do mesmo balaio. A lembrança faz Menescal Menescal coloca mais um sorrir. “Ele devia dizer o contrá- feito em sua conta. “Foi essa rio, o músico é quem ajudaria os nossa geração que mostrou que irmãos”, brinca. A música vin- os jovens classe média dos apargou na vida de um artista que tamentos do Rio poderiam fazer esteve em muitos pontos-chave uma música relevante”. Sim, até das revoluções culturais pós-era então a produção popular legido rádio. Menescal levava o vio- timada estava, sobretudo, nas lão para o apartamento de Nara mãos dos grandes sambistas Leão, na Avenida Atlântica, em das esferas mais abaixo dos Copacabana. Estava lá quando apartamentos da Avenida Atlântudo surgiu, ao lado de Tom Jo- tica. Noel Rosa, Ismael Silva, Nelbim, Carlos Lyra, Vinicius de Mo- son Cavaquinho, Cartola, Wilson raes, Ronaldo Bôscoli, Luiz Eça, Baptista. Havia duas décadas Luiz Carlos Vinhas, Bebeto Cas- que Luiz Gonzaga saíra do sertilho, Hélcio Milito, Eumir Deo- tão de Exu, em Pernambuco, padato, Oscar Castro Neves, Edison ra espalhar seu baião pelo País. Machado, Wilson das Neves, An- O Brasil reconhecia-se na música tônio Adolfo, João Donato, João caipira, no choro, no samba-canGilberto, Elis Regina. ção e no folclorismo que brotava A importância da geração do chão. Os bossa novistas mude Menescal, vista muitas vezes daram o eixo social da criação e como aquela que elaborou uma colocaram o Rio de Janeiro em linguagem respeitável porém da- um estágio de musa inspiradora como não teria em nenhum outro momento da MPB. Violonista de uma época em que as seis cordas eram esconderijo de desocupados e, mais tarde, guitarrista em uma era em que instrumentos ligados na tomada eram símbolo do imperialismo cultural norteamericano, Menescal diz que jamais sentiu olhares tortos em sua direção, nem quando dirigiu o grupo que acompanhava Elis Regina. “Jamais senti isso, acho que havia um respeito ao que fazíamos ali”. Depois de assinar mais de 400 canções, muitas em parceria com Carlos Lyra, Ronaldo Bôscoli, Aldir Blanc, Chico Buarque e João Donato, Menesca acompanharia outro momento importante ao se estabelecer como diretor musical e artístico da gravadora Polygram, a partir de 1970, vendo surgir ou dando forma a discos de Raul Seixas, Elis, Caetano e Gil. Com estúdio próprio, ele segue olhando para artistas jovens que o contratam para produções e em shows de bossa nova, sobretudo no Japão, o único país do mundo onde a Bossa Nova nunca ficou datada.

Informações sobre o desmatamento estão com dados diferentes. Uns dizem que o Pará é o que mais desmata. Outros afirmam o contrário, que aqui houve uma queda de 16% nas queimadas.

Roubo Roubaram a esfinge do médico Camilo Salgado, que viveu no século passado e é considerado um santo popular. Detalhe: o túmulo fica na entrada do cemitério de Santa Izabel e os seguranças não viram nada. Como assim?

Azcona O reitor da UFPA, Emmanuel Tourinho, vai de barco até Breves para outorgar o título de doutor Honoris Causa a dom José Azcona. O evento é tão importante que da Espanha virá um repórter do jornal “El País” para acompanhar a cerimônia.

Galeria A Galeria Theodoro Braga, do Centur, vai ganhar um novo espaço, pelo lado da avenida Conselheiro Furtado.

Arquivo Depois de fechado por três anos, o Arquivo Público do Estado foi reaberto ontem. Os pesquisadores, que estavam ansiosos pela volta do espaço, batem palmas.

Biblioteca Quando o trabalho é bem feito, tem mais é que elogiar. A restauração e modernização da Biblioteca Pública ficou tão bem feita, que agora está digna desse nome. Coisa de primeiro mundo.

Cheia de charme, a lindinhaSophia Comesanha Santos chegou, ontem, aos 18 anos de idade. Merece um brinde: timtim. (Foto: Reynaldo Silva Junior).

Halloween na AP

Família

O grupo “Cabeça de Prata” da Assembleia Paraense realiza, amanhã, o Baile de Halloween, pilotado por Adriano Seduvim, na sede social do clube.

Na sexta-feira tem início, em Belo Horizonte, o XI Congresso Brasileiro de Direito de Família, promovido pelo IBDFAM. O professor Zeno Veloso faz a conferência de abertura e a ministra Carmen Lúcia, presidente do STF, fala no encerramento.

Fashion Os desfiles que vão abrir o Amazônia Fashion Week , no dia 8 de novembro, no Museu do Estado do Pará, serão assinados pela designer de joias Bárbara Müller e pela estilista Kathia Novellino. O evento segue até o dia 11 de novembro realizado pela Associação de Costureiras e Artesãs da Amazônia.

“Abençoado” A Marinha interceptou o barco “Abençoado” que saía de Belém rumo à praia do Caripi, com 326 pessoas. Havia risco de se tornar amaldiçoado.

Intolerância Abaetetuba será a sede do IX Fórum Internacional de Pedagogia, organizado pela UFPA e apoiado pela Fadesp. Na pauta, os tempos de intolerância para discussões necessárias como a LGBTfobia nas escolas do ensino básico.

Macarrão Para quem não sabe, hoje é o “Dia do Macarrão”. Um alimento fácil de fazer, pela praticidade e versatilidade.

VITRINE O Dia Nacional da Cultura, em 5 de novembro, será comemorado, em Belém, na Academia de Letras. Bastante elogiado o projeto residencial que o amigo Azevedo Barbosa está implantado em Salvaterra, na Ilha de Marajó. No sábado, a segunda edição do Eco Fest Beneficente, que Cândida Costa promoverá no Maricotinha, com Klebber Max, Tina Mel e Banda Signos. Bom dia para José Carlos Lima, sempre verde, leitor da coluna logo no café da manhã. Herlander Andrade e Marcos Alves comemoraram, com um jantar para convidados, mais um aniversário do seu “Boteco do Camarão”. Quando achava que estava totalmente recuperada de uma queda na Praça da República, Lila Tupiassu voltou a usar bota ortopédica. Para os adeptos de uma boa sinuca, Luciana Fajardo e Flávia Anjos instalaram mesa na casa de samba que comandam.

QUARTA DO HORTIFRUTI

Em Portugal, Gyselle Vaz realizou mais uma formação em programação neurolinguística aliada ao Coaching. Depois da unidade Umarizal, Celestino Alves vem aí com mais uma cervejaria. Dessa vez no novo shopping em Ananindeua. Em comemoração aos quatro meses de sucesso de sua clínica, a médica Juliana Martins promove, neste sábado, o Laser Day. Arlindo e Caio Guimarães comemoram o sucesso do Growler, garrafão cheio de estilo criado para armazenar cervejas artesanais. Roberto Hundertmark e a mulher Mayara estão que é só felicidade. Acaba de chegar Olívia, a primogênita do casal. Ao amanhecer abre um sorriso e lê um poema. Assim terás um dia feliz. Cantinho da poesia: “Deixa eu dizer que te amo/ Deixa eu pensar em você/ Isso me acalma, me acolhe a alma/ Isso me ajuda a viver.” (Mariza Monte) Por hoje é só. Agora, me deem licença, a musa me chama.

Dia de mandar uma banana pros preços altos.


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