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Portal UFPA Cerimônia encerra gestão de Carlos Maneschy como reitor da UFPA

Alunos, professores e técnicos-administrativos da Universidade Federal do Pará (UFPA) reuniram-se nesta terça-feira, 17 de maio, no Centro de Eventos Benedito Nunes, para um encontro de despedida com o até então reitor Carlos Edilson Maneschy. Depois de quase sete anos à frente de uma das maiores instituições de ensino e pesquisa da Amazônia, o gestor renunciou ao posto para pré-candidatar-se à Prefeitura de Belém. A cerimônia contou com discursos e homenagens prestadas por todas as categorias da comunidade acadêmica, além de apresentação da Orquestra de Violoncelistas da Amazônia, com a regência do professor Áureo de Freitas, e do Quarteto de Jazz, do maestro Leonardo Coelho. Maneschy antecipou o fim de sua gestão em pouco mais de um ano, uma vez que seu segundo mandato na UFPA estava previsto para terminar em julho de 2017. Para ele, a Universidade foi um grande aprendizado de convivência democrática e onde pôde exercer uma relação ampla com a comunidade. “No novo desafio ao qual me lanço daqui para frente, continuarei prestando serviço ao público e pretendo, pelo meu trabalho, ajudar a vida de muita gente”, disse em entrevista coletiva concedida à imprensa. Graduado em Engenharia Mecânica pela UFPA (1977), com mestrado em Engenharia Mecânica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1981) e doutorado em Engenharia Mecânica pela University of Pittsburgh (1986), Carlos Maneschy, atualmente, é professor titular da UFPA e consultor da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Tem experiência na área de Engenharia Mecânica, com ênfase em Análise de Tensões, Mecânica dos Sólidos e Mecânica não Linear e foi o segundo reitor da Amazônia a presidir a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). Conquistas - Entre as várias conquistas da Universidade desde que foi eleito reitor, em 2009, Carlos Maneschy destacou as melhorias que sua gestão proporcionou à Instituição. “A UFPA cresceu significativamente em número de alunos; ampliou a capilaridade de suas ações pelo interior; tornou-se, a cada dia, mais qualificada nas atividades de pesquisa e pós-graduação; teve a infraestrutura ampliada como nunca


antes; capacitou seu quadro de servidores em número bem elevado; expandiu expressivamente a assistência estudantil; registrou maior integração com a sociedade; passou a apresentar nível de internacionalização compatível com sua grandeza e constituiu-se, em decorrência de diversas ações afirmativas, numa instituição ainda mais inclusiva e popular.” Maneschy citou alguns indicadores: “Temos, hoje, mais de 50 mil estudantes registrados; oferta de cursos em 65 municípios paraenses; acima de 3 mil cursos de capacitação e de 350 vagas em programas de graduação e pós-graduação para técnicos-administrativos; realizamos a abertura de mais de 30 novos cursos de graduação e de 40 cursos de mestrado e doutorado; possibilitamos a instalação dos campi de Salinas e Ananindeua e a criação da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) e da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA); entregamos 135 instalações prediais concluídas; investimos em torno de 25 milhões/ano na assistência ao estudante; ofertamos aproximadamente 5.500 refeições servidas diariamente no Restaurante Universitário, número quatro vezes maior do que o verificado em 2009; duplicamos o número de acesso público aos serviços prestados pela Instituição; enviamos mais de 200 alunos para intercâmbios em universidades estrangeiras; ampliamos, em até 65%, o corpo estudantil, agora constituído por negros, pardos ou egressos de escolas públicas; temos mais de 400 jovens estudantes oriundos de populações tradicionais ou com necessidades especiais.” Segundo o ex-reitor, esses índices quantitativos foram alcançados em associação com um padrão de qualidade que posiciona a Universidade entre as 30 primeiras do Brasil, um salto significativo se consideradas posições ocupadas anteriormente, sendo hoje classificada como uma das melhores e mais importantes da Região Norte. Também durante sua gestão, pela primeira vez, a Instituição recebeu o conceito 4, correspondente a muito bom, numa escala de indicadores em que a pontuação máxima é 5, na visita de avaliação externa do Ministério da Educação (MEC), em 2014 (saiba mais aqui), entre outros avanços. Manifestações - A cerimônia de despedida do reitor contou com manifestações de carinho e gratidão por todas as categorias de membros da comunidade acadêmica. O discente da graduação em Direito Marvin Brito ressaltou que o alunado encontrou em Maneschy uma porta aberta ao diálogo e, apesar das melhorias ainda necessárias, o legado que deixa para a Universidade é inegável. Patrícia Neves, representante dos alunos de pós-graduação, destacou em Maneschy qualidades, como “competência, ética, sabedoria, humanidade e amizade.” Representando o Fórum dos Campi do Interior, o professor Eliomar Azevedo mencionou que a gestão de Maneschy foi uma das


maiores que a UFPA já teve em termos de resultados e isso pode ser notado no crescimento vivenciado pelos campi em todo o Estado. O professor João Batista Ribeiro falou representando o Fórum de Dirigentes de Unidades e disse que a ação do reitor foi fundamental para manter a Universidade firme, forte e ascendente, mesmo no cenário de crise nacional que atingiu inúmeras Instituições Federais de Ensino Superior em todo o país. O assessor da Reitoria João Cauby, pró-reitor de Gestão de Pessoal no primeiro mandato de Maneschy, representou os técnicos-administrativos e citou, entre outras conquistas na área, o reconhecimento e a valorização dos servidores, ressaltando no gestor a capacidade de liderança e de diálogo. Manifestaram-se, ainda, os professores Paulo Amorim, representando a Superintendência dos Hospitais Universitários; Sinfrônio Brito, diretor-executivo da Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp); Marlene Freitas, representando os ex-próreitores da Gestão Maneschy-Schneider; Fernando Arthur Neves, representando os atuais pró-reitores da Gestão; e Edson Berbary, representando os servidores aposentados. Sucessão - Com a renúncia de Carlos Maneschy, a Reitoria da UFPA passa a ser exercida, interinamente, pelo vice-reitor Horácio Schneider, que terá o desafio de administrar a maior universidade da Amazônia e ainda coordenar o processo de sucessão para o mais alto posto administrativo da Federal do Pará. Na ocasião, Maneschy entregou, de maneira simbólica, o colar reitoral a Schneider, que, conforme determina a legislação vigente, tem até 60 dias para compor lista tríplice a ser encaminhada ao MEC para a escolha do novo gestor da Instituição. A proposta do agora reitor Horácio Schneider, que será debatida no Conselho Universitário (Consun), é a que se inicie, o quanto antes, o processo eleitoral da UFPA, o que envolve a inscrição das chapas, realização de campanhas, agendamento de debates, elaboração de listas de votantes e pleito para escolha do novo dirigente. No momento, cinco pré-candidatos já manifestaram o desejo em disputar o voto da comunidade universitária para os cargos de reitor e vice-reitor. Final - A homenagem final da cerimônia foi realizada pelo Campus de Bragança com a leitura do texto "Canção de amor puro a Bragança", de Jorge Ramos, pelo professor Dário Rodrigues, que o recitou ao som da rabeca bragantina, esta executada pelo aluno Genesis Santos. A região Nordeste do Pará fez questão de realizar a saudação em agradecimento às realizações do professor Carlos Maneschy ao ensino superior no município e ao agora reitor Horácio Schneider, professor do Campus de Bragança. Texto: Jéssica Souza Fotos: Alexandre Moraes

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