Fadesp Informa - edição janeiro 2017

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Edição extra, janeiro de 2017

Informa

Fadesp Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa

SOB NOVA DIREÇÃO Professor Fernando Arthur Neves assume mandato de quatro anos à frente da FADESP. Graduado em História e mestre em Planejamento pela UFPA, ele é Doutor em História Social pela PUC/SP. A diretoria adjunta é ocupada pelo professor Roberto Ferraz. Confira a entrevista do novo diretor voltada aos coordenadores de projetos.

RELAÇÃO

CAPTAÇÃO

CONTEXTO

Aproximação maior entre pesquisadores fortalecerá o entendimento sobre as demandas dos parceiros e servirá como incentivo à elaboração de mais projetos em conjunto.

Gestão mais incisiva na captação de projetos, parceiros e investimentos com foco maior nas novas possibilidades trazidas pelo Marco Legal da Ciência e Tecnologia.

Crise econômica instalada no país não pode tirar o ânimo dos pesquisadores que, apesar dos cortes, dispõem da infraestrutura da criada nos últimos anos nas instituições e centros.

FADESP INFORMA é o informativo bimensal da Fundação voltado aos coordenadores e produzido pela Ascom. Colabore para a próxima edição, enviando sugestão de assuntos para o email ascom@fadesp.org.br.


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Fadesp

O novo diretor executivo da Fadesp, professor doutor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Fernando Arthur de Freitas Neves, está à frente da fundação há cerca de um mês. Em entrevista exclusiva para o Informativo dos Coordenadores, o professor falou um pouco sobre o futuro da fundação e como a nova gestão atuará na busca de novas oportunidades de negócios. Fernando Arthur conheceu o trabalho desenvolvido pela Fadesp anos atrás ao ser contratado como pesquisador no projeto do professor Heraldo Maués. E um novo contato surgiu quando teve a oportunidade de ser beneficiado em edital da instituição, durante o doutorado. A respeitabilidade da fundação vem de longos anos, afirma o professor, e, por isso, é importante reconhecer o trabalho que a fundação desenvolve no auxilio aos jovens pesquisadores em formação, como ele próprio, e, ainda, do investimento que esses pesquisadores representam para a universidade e a região Amazônica como um todo. Com a experiência adquirida como coordenador do curso de graduação em História por muitos anos, e mais recentemente, nos últimos sete anos como Pró-Reitor de Extensão da UFPA, Fernando Arthur, tem planos concretos para o crescimento da fundação. Novos rumos - A perspectiva do gestor da Fadesp é atuar de forma mais incisiva na captação de novos recursos frente às inúmeras oportunidades de negócios disponíveis, principalmente, a partir do marco legal da inovação. Ele acredita que a fundação pode atuar em áreas ainda inexploradas nas instituições já apoiadas, como a própria UFPA, cujo serviço, a instituição desenvolve quase como uma rotina. Outra área, que segundo ele, precisa ser mais trabalhada é a de oportunidades de negócios, antigo Sistema de Mapeamento de Competências (SMC), ferramenta de captação de novos negócios, instalado no portal da fundação. A ideia é tornar o espaço mais atraente, e assim, gerar novos negócios, compondo, desta forma, as diversas opções de ofertas de serviços e produtos ofertadas pela instituição. E o portal, atuando com um vetor dessas atividades. Outro nicho de negócios a ser

mais explorado é a contribuição da fundação na intervenção em processos, produtos e gestão de empresas, e em paralelo na oferta de instrumentos junto á prefeituras, secretarias municipais e governo do estado. Ele citou, ainda, outros campos inexplorados, o de inovação e pesquisas aplicadas no Instituto Federal do Pará, por exemplo. E “ao alinhar estas duas áreas, o ganho será muito expressivo às cadeias de conhecimento e produção já desenhadas no Pará, mas que podem ampliar para a região amazônica, e cooperar para o desenvolvimento regional, a partir destas expertises já consolidadas na fundação” O papel da fundação - Um dos desafios estabelecidos pelo novo gestor da Fadesp será diminuir a falta de conhecimento interno nas instituições sobre o papel dela junto à comunidade científica e ao desenvolvimento da região, a exemplo do que acontece em diversas instituições de ensino superior no país. A proposta de Fernando Arthur é ir até os pesquisadores e os extensionistas para que eles conheçam mais de perto as inúmeras oportunidades de serviços e negócios oferecidos pela fundação, e, ainda, o quanto produtos e serviços produzidos a partir de suas pesquisas tem espaço no mercado ou nas cadeias produtivas do estado, e, portanto, podem ser absorvidas tanto pelo governo estadual quanto da Federação da Indústria e da Federação da Agricultura, entre outros órgãos. Um exemplo, segundo o professor, foi a contribuição dada por pesquisadores do Museu Paraense Emílio Goeldi à cadeia de conhecimento e produção da Castanha do Pará. O estudo e a viabilidade econômica sobre o produto atuaram desde a extração do ouriço à produção de óleos, e que tendem a gerar novas oportunidades de negócios.


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CONVITE

Para Fernando Arthur, a Fadesp e os pesquisadores têm que andar de mãos dadas, lado a lado. A fundação precisa estar mais próxima dos pesquisadores para entender o que está sendo demandado por eles, e, assim, possa atender as suas necessidades, e, por outro lado, captar mais recursos. E neste caso, o portal da fundação terá um papel fundamental. A ideia é tornar o portal mais eficiente para poder cativar o pesquisador e o extensionista, descobrindo desta forma que parcerias poderão ser firmadas com eles. Crise econômica x pesquisas - A educação é um dos setores que mais sofre com a crise econômica que assola o país. E a orientação do professor Fernando Arthur aos coordenadores de projetos e pesquisadores em geral é que eles não se deixem abater pelo momento de insegurança financeira. Segundo ele, é preciso ter confiança, porque houve uma renovação e modernização do parque tecnológico, em especial nas instituições apoiadas pela Fadesp, como Goeldi, UFPA, IFPA, UNIFESSPA, UFOPA, e isto significa que esta reestruturação foi acompanhada do capital humano que existem nessas instituições, e que, portanto, as possibilidades de saída de alternativas

em larga escala para a crise econômica, estão neste corpo de pesquisadores, equipamentos e instalações que já existem e que podem oferecer produtos e serviços que auxiliem a sociedade a superar este momento delicado na economia do país. Sustentabilidade O professor chama a atenção ao modelo de desenvolvimento instalado na Amazônia. De acordo com ele, não se pode ofertar energia barata nem modelos predatórios de desenvolvimento para o país que derrubam a floresta e que não são capazes de dialogar com uma nova matriz de desenvolvimento para a região. E é preciso reconhecer o potencial de biotecnologia, energias alternativas e de fitoterápicos, e ao mesmo tempo qualificar a estrutura produtiva existente para que usem tecnologias que diminuam a degradação, bem como utilizando novas tecnologias que sejam capazes de alterar o perfil da matriz de desenvolvimento econômico hora em curso na Amazônia.

O diretor da FADESP deixa uma mensagem aos coordenadores, pesquisadores e extensionistas.

“Que eles se sintam estimulados a apresentar propostas à fundação. Se é bem verdade que a fundação vai em busca de propostas além das que já desenvolve, que eles também se invistam na capacidade de gerar novas ideias, e desta forma, contribuir para o desenvolvimento que precisamos para a região e, consequentemente, para uma distribuição da riqueza, ao ampliar a oferta para melhorar a condição humana e propor um padrão civilizacional capaz de atender a todos, caso contrário, podemos repetir o quadro de marginalização ainda existentes e que ameaçam a todos nós”.


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