Guia dos recursos para o Empreendedorismo cluster têxtil/moda Euroclustex

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Enquadramento

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O Empreendedorismo na Euro região Norte de Portugal e da Galiza

10

2.1

O Empreendedorismo de suporte

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2.2

O Empreendedorismo de base tecnológica (I&DT)

14

2.3

A importância das pessoas na cooperação e inovação

15

2.3.1

16

2.4 3

20

3.1

A ideia e a planificação do projeto-empresa

21

3.1.1

A estruturação da ideia e do empreendedor

23

3.1.2

A avaliação preliminar da ideia

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3.1.3

O plano de negócios

28

3.3

A criação de empresas

29

3.2.1

31

Os fatores de competitividade

A inovação, a propriedade industrial e o licenciamento

40

4.1

A região norte de portugal, a itv e a moda têxtil

42

4.2

região da galiza, a moda têxtil e vestuário

51

4.3

As infraestruturas de Loteamentos e Parques Industriais, 59

As Organizações

60

5.1

Os Centros Tecnológicos

60

5.2

Os Business Innovation Center

70

5.3

Os Ninhos de Empresas e Centros de Apoio à Criação de Empresas

76

5.3.1

76

5.4 5.5 6

32

Os recursos e as Oportunidades nas Regiões Norte de Portugal e Galiza

Ensino, Investigação e Centros de Formação 5

18

Os processos de criação de empresas

3.2

4

A importância das empresas inovadoras de sucesso

A Moda Têxtil e o reforço das capacidades de I&DT

Ninhos de Empresas da Fundação da Juventude

5.3.2 Ninhos de Empresas dos Centros de Apoio à Criação de Empresas do IEFP

77

5.3.3 Centros Empresariais da Associação Nacional de Jovens Empresários (Anje)

81

5.3.4 Os Ninhos de Empresas da Galiza

83

As incubadoras de Base Tecnológica

85

5.4.1

Os processos das empresas

85

As Ciências e as Novas Tecnologias

86

Os Programas de Apoio ao Investimento e ao Empreendedorismo

88

6.1

As Sociedades de Capital de Risco

94

6.2

Os Business Angels

97

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Principais Contactos com Organizações e Organismos Públicos

100

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Nota Final

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GUIA DOS RECURSOS PARA O EMPREENDEDORISMO CLUSTER TÊXTIL / MODA EUROCLUSTEX NAS REGIÕES DO NORTE DE PORTUGAL E GALIZA

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Enquadramento

O presente Guia dos Recursos para o Empreendedorismo nas Regiões do Norte de Portugal e Galiza foi concebido no âmbito do EuroClustex Plus no Eixo 1 - Cooperar e Institucionalizar a Cooperação. O projeto EuroClustex Plus resulta do desenvolvimento natural do processo de consolidação e estruturação de um Cluster da fileira Têxtil/Moda no território transfronteiriço da Euroregião Norte de Portugal e Galiza. A criação do Cluster concretiza a complementaridade natural da fileira têxtil / moda nas duas regiões fronteiriças, consolidando um processo de articulação dos recursos. Trata-se de uma iniciativa com uma base territorial fronteiriça, para a concretização de um instrumento que permite articular e maximizar as mais-valias das proximidades empresarial, geográfica e cultural entre as duas realidades sectoriais. O Projeto pretende motivar o envolvimento das empresas e reforçar a cooperação empresarial e a articulação de práticas e interesses cruzados na fileira têxtil/moda da Euroregião Norte de Portugal-Galiza. A ATP Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, decidiu este projeto considerando que os seus objetivos se enquadram no Plano Estratégico do setor que representa e que visam colmatar necessidades de informação para dinamizar as ligações entre empresas da Euro região – Norte de Portugal e Galiza, com vista a:

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Institucionalizar a cooperação e o empreendedorismo;

Aumentar a cooperação entre empresas e empresários e fomentar negócios e a inovação;

Inovar o têxtil moda e reforçar a capacidade de I&DT;

Internacionalizar;


Assim, o Guia está estruturado para: •

Colmatar carências de informação especializadas para dinamizar ações de empreendedorismo e cooperação;

Produzir informações para a divulgação nacional e internacional e auxiliar decisões de investimento;

Dar a conhecer as potencialidades de desenvolvimento existentes e os apoios regionais;

Inventariar e caraterizar os recursos disponíveis e contribuir para divulgar fatores de competitividade endógenos da Região Transfronteiriça.

De forma mais abrangente, o trabalho resulta da integração da Espanha e Portugal no espaço económico e político europeu, que ao contribuir para atenuar o efeito de fronteira – a nível político e psicológico – determinou a abertura de oportunidades no âmbito da cooperação entre os territórios fronteiriços. Tais oportunidades são importantes para os espaços do Norte de Portugal e da Galiza, que revelam dificuldades de desenvolvimento, uma vez que podem impulsionar um novo período de relações regionais até há bem pouco caracterizados por escassos níveis de cooperação e de aproveitamento dos recursos existentes em ambos os espaços fronteiriços. Neste contexto, Portugal e Espanha criaram um Grupo de Trabalho transfronteiriço com vista à preparação de uma proposta de Programa integrando entidades nacionais e regionais dos dois países, cujo trabalho decorreu durante o ano de 2006, culminando com o envio à Comissão Europeia, em Fevereiro de 2007, da proposta a qual veio a ser considerada admissível pela Comissão Europeia. Este processo deu origem ao Programa de Cooperação Transfronteiriça Espanha-Portugal 2007-2013, onde se integra o EuroClustex, que promove o desenvolvimento das zonas de fronteira entre os dois países e permite aproveitar as redes de coopera-

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ção existentes através da execução de projetos para incorporar progressivamente vários sectores como o turismo, os serviços sociais, o meio ambiente, a inovação tecnológica, a saúde, a educação ou a cultura. O Programa de Cooperação Transfronteiriça Espanha-Portugal 2007-2013 abrange os territórios da fronteira das províncias espanhola e portuguesas e está estruturado em quatro Eixos prioritários: •

Cooperação e gestão conjunta para o fomento da competitividade e a promoção do emprego;

Cooperação e gestão conjunta no ambiente, património e prevenção de riscos;

Cooperação e gestão conjunta em ordenamento do território e acessibilidades;

Cooperação e gestão conjunta para a integração socioeconómica e institucional.

No mesmo sentido, a Comissão Europeia aprovou o programa de cooperação territorial europeia para a cooperação transnacional entre Espanha e Portugal para o período de 2007-2013 considerando que as regiões elegíveis para as NUTS III, representam 23,5% da Península Ibérica, 10,6 % da população total e 9,6% do emprego. O PIB dessa zona ascende a 7,5% do PIB da Península Ibérica. Por outro lado, os objetivos da Estratégia de Lisboa, vieram reforçar as linhas estratégicas do mesmo programa no domínio económico, social e ambiental, dado que visam o desenvolvimento territorial sustentável, principalmente por meio de: •

Apoio e incentivo às atividades empresariais, à expansão das PME e ao desenvolvimento do turismo transfronteiriço, da cultura e do comércio;

Apoio à cooperação para o desenvolvimento e utilização conjunta de infraestruturas, equipamentos e serviços comuns em domínios como a indústria, a saúde, a cultura e a educação.

Acresce ainda que, a redação do programa incluiu para os próximos anos: •

Internacionalização das PME da Euro região (Promoção da inovação e da competitividade);

Proteção ambiental e desenvolvimento urbano sustentável;

Fomento da Cooperação e Integração Social e Institucional.

O tratamento de cada uma destas áreas temáticas integra temas transversais como: a formação e a investigação, a inovação e a internacionalização das PME’s da Euro região. É neste enquadramento que foram definidas um conjunto de iniciativas / projetos no sentido de: •

Promover a intensificação e diversificação das relações entre empresas e entre associações empresariais;

Valorizar recursos produtivos a partir da criação e potenciação das condições logísticas;

Estimular a criação de ambientes favoráveis para a cooperação empresarial, científica e tecnológica;

Fomentar processos de inovação e de desenvolvimento tecnológico realizados em conjunto por instituições de I&D de ambos os lados da fronteira;

Valorizar e promover os recursos da Euro região.

No que se refere às regiões do Norte de Portugal e da Galiza, as iniciativas de cooperação nos domínios do empreendedorismo e da inovação foram consideradas fulcrais para o efeito, e em particular levar a cabo instrumentos que promovam a cooperação entre as duas regiões nas seguintes dimensões: •

Criação e consolidação de redes institucionais entre organismos públicos e organismos de âmbito empresarial das duas regiões, com ênfase nos do sistema de Ciência e Tecnologia e do Associativismo Empresarial;

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Promoção da mobilidade do capital humano entre as duas regiões, através da organização de estágios profissionais inter-regionais;

Promoção de consórcios de I+D com participação de instituições de C&T e de empresas, assim como a organização de ações de demonstração e de transferência de tecnologia;

Ações de apoio à internacionalização de empresas com base na cooperação entre empresas das duas regiões, explorando o potencial da Euro região como plataforma para a aquisição de experiências nos domínios do comércio e dos investimentos internacionais.

Deste modo, o presente Guia procurou reunir informação essencial tendo em vista: •

Fomentar o espírito empresarial, na expansão das PME’s Nesta perspetiva, pretende-se incentivar e organizar a cooperação empresarial estimulando novas iniciativas empresariais e de base local e assegurar condições para desenvolver a inovação e a transferência de I&D em áreas chave dos padrões produtivos dos diferentes espaços de fronteira, rompendo com os modelos tradicionais de organização da atividade económica e valorizando os recursos e o emprego fundamentalmente em sectores de fortalecimento da identidade e naqueles geradores de alto valor acrescentado.

Estimular a colaboração, no desenvolvimento da capacidade e utilização conjunta de infraestruturas Para o efeito, é importante dotar o espaço transfronteiriço de informação sobre os recursos existentes que estimulem a cooperação e a ampliem a novos campos de desenvolvimento facilitando a utilização conjunta das infraestruturas já desenvolvidas.

Com a informação referida pretende-se, também, contribuir para uma maior integração económica e social entre os espaços transfronteiriços, assim como aumentar os níveis de cobertura inter-regional dos equipamentos e consolidar os mecanismos de cooperação, em conformidade com as diretrizes estratégicas comunitárias 2007/2013 para a cooperação territorial transfronteiriça previstas no regulamento do FEDER: a. Promover a inovação, a iniciativa empresarial e o crescimento da economia do conhecimento mediante capacidades de investigação e inovação incluindo as novas tecnologias da informação e da comunicação; b. Aumentar e melhorar o investimento em IDT; c. Fortalecer a cooperação entre empresas e entre estas e as instituições públicas de investigação e ensino superior apoiando a criação de agrupamentos de excelência, apoiar as atividades de IDT nas PME e permitir que acedam aos serviços das instituições de investigação públicas, apoiar as iniciativas transfronteiriças destinadas a fortalecer a colaboração em matéria de investigação; d. Partilhar a utilização de recursos humanos e dos meios destinados ao empreendedorismo; e. Desenvolver os recursos regionais mediante a promoção de estruturas conjuntas de inovação e desenvolvimento tecnológico entre centros de investigação de ambos os lados da fronteira; f. Promover e intensificar os vínculos entre as empresas e as organizações, a fim de tirar melhor partido das oportunidades empresariais num contexto transfronteiriço. Em síntese, o presente Guia visa colmatar necessidades de informação essenciais para o desenvolvimento das atividades da Euro região Norte de Portugal e Galiza e contribuir para os objetivos da cooperação e empreendedorismo através do levantamento dos recursos existentes para orientar os empresários nos processos de inovação da Moda Têxtil e de outras atividades conexas. Simultaneamente, pretende contribuir para a tomada de decisões estratégicas, bem como recomendar ações práticas para a criação de empresas, apoios logísticos, financiamento dos projetos, registo de marcas e patentes e o licenciamento. 9


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O Empreendedorismo na Euro região Norte de Portugal e da Galiza

As orientações mais recentes, da Comissão Europeia (CE) 2011 vão no sentido do reforço das políticas de inovação para promover o empreendedorismo, principalmente quando a competitividade e o emprego estão no centro das estratégias. Tais políticas recomendam que a abordagem ao empreendedorismo se deve fazer de forma integrada com a inovação uma vez que, em conjunto, permite centrar na competitividade das empresas os fatores de mudança e do crescimento económico e social. A CE também sinaliza que as novas ideias devem ser estruturadas em projetos-empresa o que implicará, nas zonas da Euro região, maior cooperação e partilha de recursos entre entidades localizadas nos dois lados da fronteira, a fim de colmatar diferenças (língua, cultura, economia, legislação, etc.) importantes para o desenvolvimento. Ou seja, o empreendedorismo na Euro região tem requisitos iguais, na substância, ao de qualquer outro espaço, mas tem especificidades que resultam das diferenças de desenvolvimento existentes que podem condicionar as ações. Deste modo, poderemos definir o objetivo do empreendedorismo na Euro região (Norte de Portugal e Galiza) como a criação de valor através de pessoas e de organizações que conjuntamente implementam ideias e processos inovadores, que exigem novas formas de abordagem à cooperação transfronteiriça para a criar novos produtos e serviços e, ao mesmo tempo, promover o emprego. Neste contexto, este “tipo” de empreendedorismo pode ser caraterizado por: •

O despertar para o aproveitamento integral das potencialidades das pessoas e das empresas para a inovação e a cooperação nas regiões;

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Um processo de aprendizagem permanente de partilha e integração de recursos transfronteiriços;

A atitude de abertura para novas experiências e paradigmas;

A motivação para mudar, inovar e criar riqueza.


De forma mais abrangente, o empreendedorismo na Euro região é uma estratégia e um processo no sentido de criar condições para: •

Promover o desenvolvimento económico das atividades de fronteira através da inovação nas empresas e instituições no sentido de serem mais capazes de gerar meios de cooperação adequados para realizar investimentos;

Induzir comportamentos favoráveis à criação de dinâmicas de gestão de melhoria permanente nas atividades da região;

Acelerar os processos de cooperação para modernização e o crescimento económico e social;

Colmatar as diferenças económicas, sociais e culturais dos espaços de fronteira.

Como se depreende, isto é uma estratégia que aponta claramente para a criação de dinâmicas que contribuam para uma maior integração no sentido de fortalecer as redes empresariais, dotar de massa crítica os espaços sub-regionais e conduzir ao crescimento das atividades económicas. Assim sendo, é fundamental, também, criar condições na Euro região que contribuam para: •

Aliar o empreendedorismo, a inovação e a cooperação nos objetivos das atividades fronteiriças;

Seguir o princípio de que a viabilidade económica e social se sustenta em compromissos de cooperação e objetivos tais como: a. Desenvolvimento económico b. Sustentabilidade c. Coesão social

O empreendedorismo e a inovação são fundamentais para a competitividade e o desenvolvimento económico da Euro região. Numa visão mais abrangente inclui-se a internacionalização. Como é reconhecido, os espaços de fronteira entre o Norte de Portugal e Galiza têm tradição de negócios de produção e co11


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mércio têxtil e vestuário, ferramentas, turismo, componentes auto, cimento, aquacultura, entre outros, que se desenvolveram numa lógica de aproveitamento das condições naturais, de proximidade logística e de complementaridade. Em bom rigor, já existe uma “cooperação e integração” entre entidades fronteiriças por forma a responder às necessidades da procura local. Trata-se, de empreendedorismo espontâneo, que é vulnerável por não estar estruturado em projeto, no sentido de aproveitar os recursos (equipamentos, tecnologia, competências, etc.) existentes de ambos os lados da fronteira para inovar e cooperar. É um fato que tem resistido com altos e baixos mas sem evolução. Porém, os tempos mudaram e os negócios típicos de fronteira alteraram-se, verificando-se acentuada perda de competitividade das atividades tornando-as mais vulneráveis e menos sustentáveis. Como é normal, as alterações ocorridas também fizeram emergir novas oportunidades para reestruturar o tecido empresarial, estimular o investimento com vista a melhorar a gestão e internacionalização dos negócios. Contudo, no atual quadro concorrencial qualquer reestruturação pressupõe um sistema económico baseado no setor empresarial com dimensão e capacidade para promover a cooperação e a integração com qualidade adequada aos objetivos de crescimento da economia. Este pressuposto aplica-se totalmente às atividades das áreas transfronteiriças, considerando que a dimensão do setor empresarial é fundamental para o desenvolvimento das capacidades de utilização conjunta de infraestruturas tendo em vista a cooperação e a integração económica e social. Assim, para estimular o empreendedorismo transfronteiriço é necessário abordar a cooperação e integração entre o Norte de Portugal e Galiza, tendo em conta as novas realidades dos mercados, principalmente quando determinam: •

Criação de novas empresas;

Alterações significativas nas empresas existentes.

Note-se que, em qualquer destas situações, haverá também a necessidade de fazer a separação entre empresas e empresários modernos e atualizados, que compreendem o que se passa no mundo e que procuram responder de acordo com os desafios apresentados e aproveitar as oportunidades que se abrem, e outras empresas e empresários que necessitam de mais tempo para se reestruturar, formar e adaptar aos novos tempos. Tudo isto “encaixa” nas necessidades de expansão da Indústria Têxtil e Vestuário (ITV), onde se integra a Moda Têxtil, que deverá criar novas dinâmicas baseadas na cooperação entre empresas do Norte de Portugal e da Galiza tendo em vista a melhorar a competitividade através da inovação de produtos e serviços da Euro região. Assim, as empresas transfronteiriças (como da economia, em geral) devem criar condições de suporte ao crescimento e à cooperação com base em: •

Dimensão

Inovação

Sustentabilidade

No fundo, isto significa que é importante estabelecer uma correlação entre a cooperação e o empreendedorismo, a eficiência organizativa aliada à dimensão para inovar. E que tal correlação depende, em parte, do conhecimento que permita criar condições que estimulem a iniciativa empresarial para o aproveitamento dos recursos existentes. Aliás, as políticas europeias têm vindo a ser adaptadas às realidades transnacionais e com objetivos estratégicos direcionados para uma economia baseada no conhecimento, capaz de garantir a sustentabilidade do crescimento económico. Não obstante a subjetividade que envolve o tema do crescimento económico, os objetivos acentuam a orientação para o desen12


volvimento de fatores de competitividade inovadores no mundo dos negócios e do desenvolvimento inter-regional. Como se depreende, isto quer dizer que será necessário conciliar: •

a reposição dos principais equilíbrios macroeconómicos com o objetivo de convergência real com os países mais desenvolvidos da U.E.;

o aumento significativo e sustentado da produtividade e competitividade das regiões e países que integram a União.

Deste modo, o empreendedorismo da Euro região está, pelas situações referidas, dependente da cooperação e esta depende em boa parte das ligações técnicas entre empresas, centros tecnológicos, universidades e outras entidades. Aqui, coloca-se o papel das organizações de uma forma geral e o conhecimento sobre o que fazem e as limitações do desempenho para apoiar projetos inovadores. Para superar alguns destes constrangimentos, tem-se vindo a reclamar a intervenção do Estado no sentido de: •

Facilitar a Inovação disponibilizando recursos para apoio financeiro;

Criar infraestruturas técnicas;

Promover adequada formação em recursos humanos.

A política consertada entre as entidades públicas e privadas nestes pontos é essencial para propiciar às empresas novos ambientes, motivar comportamentos de maior abertura à mudança e ter os suportes necessários à criação de novas empresas ou implementar alterações nas existentes.

2.1

O Empreendedorismo de suporte

Quando se tem uma nova ideia que pode resultar em processo de inovação do produto ou serviço, uma das questões que se coloca é saber onde se poderá obter apoios que facilitem a sua implementação seja através das empresas existentes ou da criação de nova empresa. Este tipo de apoio é decisivo dado que sem desenvolvimento e experimentação não é possível aprofundar o projeto e testar os efeitos na adaptação ao mercado. Na mesma linha, se coloca se a dimensão das empresas envolvidas determina ou não limitações nas competências e insuficiência de recursos económicos e financeiros necessários ao projeto de inovação. A propósito da dimensão é importante referir que nas PME’s (que são cerca de 96% do total das empresas) não constitui uma limitação desde que bem integradas na fileira e em interação com os diferentes níveis de competências. Em certos casos, pode mesmo constituir uma vantagem comparativa, pois significa flexibilidade, adaptabilidade indispensável para vencer os novos paradigmas dos mercados. Contudo, na maioria dos casos, verifica-se a existência de limitações operativas que podem ser solucionadas com atividades de apoio, designadas de empreendedorismo de suporte que pode ter um papel muito importante no auxílio à implementação das mudanças e contribuir para a definição das prioridades do projeto para inovar.

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Este tipo de empreendedorismo é decisivo, por exemplo, para a constituição de “cluster” Luso-Galaico, no Sector Têxtil, Vestuário e Moda porque permitirá desenvolver apoios especializados para analisar e explorar complementaridades tendo em vista a cooperação entre empresas e entidades ligadas ao setor no norte de Portugal e na Galiza. A ideia do “cluster” enquadra-se nas políticas da cooperação e integração definidas para a Euro região dado interliga o empreendedorismo e o projeto com vista a obter ganhos de dimensão e de internacionalização. Michael Porter fez o elogio do empreendedorismo associado ao desenvolvimento de fatores que considerou “chave” para a competitividade, valorizando o papel da agregação territorial de competências, o que designou como “clusters”. De fato, entre as empresas do setor têxtil e vestuário do Norte de Portugal e as da Galiza existem condições de complementaridades que favorecem a ideia do “cluster” tais como: •

As competências na área do “design”, da moda e da distribuição, historicamente desenvolvidas por um número apreciável de empresas de vestuário de marca própria da Galiza;

As valências e o “know-how” industrial e de desenvolvimento de produto, detidas pela generalidade das empresas do Norte de Portugal.

Estas situações já são exploradas, em parte, por marcas da Moda Têxtil sediadas na Galiza que produzem as suas peças nas unidades industriais do têxtil e vestuário do norte de Portugal. Ou seja, existem condições operativas e experiência relacional para desenvolver o “cluster”, mas é imprescindível desenvolver o empreendedorismo de suporte ao projeto, ao estudo e à concretização das ações necessárias que passam pelo envolvimento das empresas detentoras das marcas, os produtores, as entidades associativas representativas e os centros de investigação tecnológica do têxtil e vestuário. Assim, poderemos dizer que o empreendedorismo de suporte são atividades fundamentais para criar condições de apoio às empresas na utilização dos recursos para novos projetos e melhorar a competitividade.

2.2

O Empreendedorismo de base tecnológica (I&DT)

Para realizar as ações do empreendedorismo de base tecnológica, a maioria das empresas (PME’s) não dispõe de estruturas profissionais para levar a cabo os procedimentos necessários e daí a necessidade de recorrer a instituições ou empresas especializadas em investigação. A Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (I&DT) decorre, usualmente, de opções estratégicas no sentido de adquirir ou criar tecnologia aplicável aos projetos de inovação industrial, ou outro, que requerem: estudos, testes e novos métodos de organização. Nestes casos, as operações devem ser articuladas com organizações técnicas que assegurem as respostas adequadas às necessidades da produção do novo produto ou serviço. Os factos mostram que o recurso a estas entidades para realizar estudos e pesquisas tecnológicas têm vindo a aumentar, principalmente na última década, a tal ponto que, atualmente, os pedidos das empresas representam mais de 50% do total da atividade das instituições de I&DT em Portugal e são os principais responsáveis pelas transações de tecnologia entre países. 14


Este tipo de processos integra o empreendedorismo de base tecnológica. A este propósito cabe aqui referir os dados da OCDE (2006), que mostram a situação existente noutros países, Reino Unido, Itália e França, por exemplo, que adquirem tecnologia através das empresas que representam entre 20 a 25% do total despendido pelos países em I&DT, o que evidencia a sua importância nos negócios das economias mais desenvolvidas. Estes factos evidenciam, também, que os países mais desenvolvidos praticam a cooperação inter-regional e há muito desenvolvem negócios transfronteiriços, reconhecendo a necessidade em integrar conhecimentos tecnológicos de outras origens para suportar os processos de empreendedorismo. Os elevados custos com a I&DT tem determinado, em muitos casos, o recurso a instituições públicas ou privadas apoiadas pelo Estado (Universidades, Laboratórios e Institutos de Investigação Tecnológica, Centros Tecnológicos, etc.) no sentido de, experimentar protótipos e testar resultados a custos mais reduzidos. A experiência mostra que a I&DT é fundamental para a cooperação inter-regional porque permite a utilização de recursos partilhados de forma interativa e o envolvimento de múltiplos relacionamentos entre empresas e entidades diversas tendo em vista o domínio do conhecimento, a procura de mercado, os recursos financeiros, o marketing e o desenho industrial, entre outros. Assim, a I&DT não é mais do que um processo para estimular o empreendedorismo e a inovação que pode envolver mudanças significativas nas práticas de cooperação regional e transnacional.

2.3

A importância das pessoas na cooperação e inovação

As pessoas são o fator central da cooperação e da inovação porque são elas que transformam as ideias em realidades e permitem estabelecer a base relacional entre empresas, instituições e o mercado. Deste modo, é decisivo para a cooperação e inovação entre empresas e instituições possuir colaboradores com competências adequadas para aprofundar o diálogo técnico com os centros tecnológicos, universidades e outras organizações vocacionadas para apoiar projetos e colmatar necessidades de intervenção especializada, designadamente, nos seguintes domínios: •

Conhecimento técnico-profissional que facilite o acesso a tecnologia existente ou à investigação;

Criação de equipas técnicas internas;

Comportamental de abertura à mudança;

Promoção e disseminação das ideias e dos resultados.

Como se depreende, para criar e implementar as ideias, o papel das pessoas nas empresas é determinante por constituir o principal recurso para desenvolver as ações, tendo por base a qualificação técnica e a motivação para obter os melhores resultados. As pessoas, são, por isso, muito importantes em dois momentos: •

O da geração de ideias;

A implementação de inovações. 15


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Na geração de ideias devem ter um papel positivo e de contribuição. Na implementação da inovação, a realidade nua a crua mostra que as pessoas têm de ter um papel positivo, não criar obstáculos a um processo que gera incerteza e as pode afetar negativamente. Ou seja, para fazer a cooperação e a Inovação é fundamental, em primeiro lugar, fazer a análise sobre os recursos humanos existentes e qual o papel das pessoas nas organizações por serem os intervenientes e os principais atores nos processos. Esta é, por certo, uma das razões porque a gestão dos recursos humanos dá muita importância à motivação e competências dos colaboradores no sentido de obter os melhores resultados. As referências atuais mostram que os colaboradores devem ser pró-ativos e menos reativos e que devem usar as capacidades criativas, reconhecer e avaliar as necessidades de melhoria. As pessoas devem participar na gestão estratégica e operacional, dado que só assim será possível induzir comportamentos pró-ativos determinantes para: •

Aumentar a produtividade;

Melhorar a qualidade do produto e serviço;

Ter novos produtos e serviços diferenciados;

Inovar processos.

Dito de outro modo, é essencial desenvolver ideias, mudar atitudes e estimular comportamentos para implementar uma cultura de inovação nas organizações. De fato, os estudiosos sobre esta matéria, como De Masi (1999 pag 330) dizem que “...o novo desafio que marcará o séc. XXI é inventar e definir uma nova organização capaz de melhorar a qualidade de vida e do trabalho “ e que “... os gestores devem assumir o compromisso do crescimento sustentado das organizações utilizando a criatividade adequada para compatibilizar as técnicas de gestão, a flexibilidade e os comportamentos dos colaboradores “. Quer isto significar que as mais recentes teorias de gestão empresarial apontam as pessoas como fator essencial do empreendedorismo e da forma de fazer inovação nas empresas. As pessoas são as responsáveis pela transformação das ideias em realidades comerciais. Tudo isto se aplica ao empreendedorismo na Euro região e à atividade da Moda Têxtil e Vestuário que requer, cada vez mais, pessoas com conhecimentos sobre “design”, estilos, tendências e gestão de processos criativos que poderá envolver ações de cooperação com outras entidades na procura de complementaridades necessárias às ideias e às experiências a realizar. Contudo, ao fazê-lo, haverá que analisar se a vocação dessas entidades é compatível com os princípios profissionais e éticos a seguir pelo empreendedor e que permitam realizar intra-empreendedorismo. No caso da Moda Têxtil e Vestuário, o processo cultural de intra-empreendedorismo está em evolução como demonstra o surgimento de novos criativos, a presença de estilistas portugueses em desfiles e eventos da Moda em Paris, São Paulo, Nova Iorque e Istambul e o surgimento de internacionalização de marcas nacionais.

2.3.1

A importância das empresas inovadoras de sucesso

O exemplo de situações de sucesso serve de estímulo às empresas para inovar, dado que a situação que se coloca, muitas vezes, é a seguinte: 16


Como empreender projetos inovadores se: •

O risco sobre a viabilidade dos negócios tem vindo a aumentar;

O acesso ao crédito está cada vez mais difícil o que condiciona o financiamento de novos projetos;

Existem constrangimentos motivados pelo ambiente desfavorável da conjuntura e com evolução imprevisível.

Sendo certo que é importante ter em conta estes fatores, também é fundamental considerar que sem risco não há negócio e que é essencial conceber e implementar desenvolvimentos na organização das empresas que proporcionem novos ambientes, novas ideias para criar dinâmicas sem as quais não será possível equacionar a sustentação dos negócios e despertar o espírito empreendedor nos agentes responsáveis. Diga-se a este propósito, que os agentes que contribuem para os processos de cooperação e inovação não são só os empresários e os recursos humanos da empresa, mas todas as entidades envolvidas pela atividade empresarial: clientes, fornecedores, competidores e detentores de capital, há que considerar a importância do desafio de gestão de “partes interessadas” (“stakeholders”). Deste modo, o desafio de uma empresa inovadora não é só de gestão dos recursos humanos, mas de gestão global. Daí que para impulsionar o empreendedorismo transfronteiriço é importante construir um exemplo. Tal exemplo servirá para ser lido a dois níveis: estratégico e executivo. No estratégico, passa sobretudo pela análise ao desenvolvimento da cooperação e da cultura de compreensão e valorização da inovação. Se as partes envolvidas compreenderem o que a empresa procura e necessita para cooperar e inovar é consequente que: •

O sucesso seja a resultante da contribuição positiva das partes interessadas;

A falta de contribuição viola o acordo implícito existente entre si e a empresa e põem em risco a subsistência da sua relação institucional e da própria empresa.

No plano executivo, passa pela análise ao desenvolvimento de ambientes e processos que incentivem os comportamentos geradores de contributos positivos. Em diferentes contextos, as empresas inovadoras mostram que os ambientes e processos incentivadores de inovação foram concebidos com base em exemplos. Porém, também mostram que cada indústria, local ou internacional é um caso diferente. Não existem comparações entre as soluções utilizadas por diversas empresas. Nos casos conhecidos do Têxtil Moda, também não existem comparações entre as soluções utilizadas na inovação induzida por clientes industriais das empresas portuguesas de componentes e as soluções utilizadas na inovação comercial de muitas empresas têxteis nacionais. Existem no entanto algumas regras fundamentais para o sucesso: •

Reforço do conhecimento das pessoas;

Criação de processos de difusão de informação e de ambientes de debate de ideias;

Valorização da cooperação transnacional;

Empenho na gestão da mudança.

O reforço dos conhecimentos das pessoas é fundamental para que disponham de recursos e a disposição psicológica para apoiar a institucionalizar a cooperação. Só pessoas capazes de compreender tanto os processos da empresa, como a inserção 17


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da empresa nos espaços regionais, no mercado e na economia global, são capazes de gerar ideias inovadoras e dinamizar o empreendedorismo. As experiências mostram que a falta de conhecimento gera comportamentos de reserva e de aversão à mudança, por isso, a informação tem um papel decisivo na geração de contributos. O efeito da valorização dos contributos positivos é direto, trata-se de um incentivo ao esforço individual medido pelos resultados desse esforço. Neste contexto, é oportuno assinalar que é tão importante não menosprezar os esforços falhados como valorizar os bemsucedidos devido ao efeito desincentivador das críticas, tanto mais importante em processos onde a taxa de transformação de ideias em inovações de sucesso é muito reduzida. O empenho da gestão na mudança, aplica-se tanto a processos de cooperação e inovação como a todos os outros que envolvem alterações, é fundamental para vencer aversão à mudança, a resistências, e suscitar comportamentos adequados durante as fases de implementação. Cremos ter dado enfâse adequado à importância do empreendedorismo para cumprir os processos de cooperação e inovação entre empresas, dado que permite: •

Alavancar ações de melhoria nas empresas e na sociedade;

Criar valores diferentes;

Combinar materiais e recursos e transformá-los em novos produtos e serviços transacionáveis;

Promover o Investimento, criar riqueza, emprego e coesão social.

2.4

A Moda Têxtil e o reforço das capacidades de I&DT

No que concerne à Moda Têxtil, os processos de fabrico mais comuns na ITV, em regime de “private label”, e outros de marca própria, têm vindo a incorporar inovação e cooperação com os clientes, fornecedores e centros tecnológicos contribuindo, designadamente, para: •

Melhorar a incorporação e aplicação dos materiais e acessórios;

Melhorar os modelos, propondo alterações ao nível da conceção e dos acabamentos com vista a assegurar maior eficiência na manufatura e reduzir significativamente custos operacionais;

Criar novas amostras com base na ideia dos clientes;

Desenvolver o marketing industrial e relacional.

No mesmo sentido, são conhecidos casos de sucesso de I&DT, associados aos novos materiais e níveis de aplicação nos designados “têxteis técnicos”, o que vem demonstrar que a cooperação para o empreendedorismo e a inovação estão presentes e que têm contribuído para desenvolver novos negócios. Como se pode constatar, as experiências já realizadas recomendam o desenvolvimento da cooperação entre empresas e entidades de base tecnológica através da utilização dos meios, competências, serviços de apoio e equipamentos disponíveis. 18


Assim sendo, já existe massa crítica para: • Institucionalizar a cooperação e o empreendedorismo transfronteiriço norte de Portugal e a Galiza; • Aumentar a cooperação entre empresas e empresários e fomentar negócios e a inovação; • Inovar o têxtil moda e reforçar a capacidade de I&DT; • Internacionalizar. Em conclusão, na moda têxtil já se aplicam, regularmente, os três Eixos matriciais da Inovação mediante: •

Eixo da Inovação através da gestão do conhecimento dos processos;

Eixo do Ambiente Organizacional através da Direção e controlo dos processos industriais;

Eixo da Ação através dos novos Produtos e Serviços.

Também se pode concluir que para desenvolver a cooperação transfronteiriça, no setor do têxtil moda têm que se empreender dinâmicas empresariais no sentido de conceber um projeto para integrar as complementaridades existentes com o objetivo de criar um “cluster” e aumentar a internacionalização dos negócios.

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3

Os processos de criação de empresas

O presente Guia, como já referido, pretende apresentar orientações úteis para o empreendedorismo transfronteiriço, bem como estimular ideias para resolver necessidades de cooperação, principalmente, na atividade da Moda Têxtil. Deste modo, a abordagem tem em conta as caraterísticas do setor da ITV, não obstante haver situações que se aplicam genericamente a qualquer outra atividade empresarial. As informações serão práticas, procurando sistematizar de uma forma simples a sequência de todos os passos que um empreendedor tem de dar para iniciar a atividade. Por isso, abrangem questões económicas relacionadas com a ideia e o negócio e questões jurídicas relacionadas com formalismos legais obrigatórios. A intenção é dar resposta a questões, tais como: •

Quais os passos a dar para o Empreendedor criar uma empresa;

Como planificar a ideia e o negócio;

O que se devo fazer para formalizar legalmente a empresa;

Que tipo de informação se deve ter presente.

Assim, as recomendações servem de orientação para empresas já estabelecidas que queiram desenvolver um projeto inovador. Estas só têm de não tomar em consideração o que é dito sobre determinados passos relacionados com a criação de novas empresas. Uma nota para alertar situações conhecidas de empresas que têm dificuldades nos primeiros anos de vida e a elevada taxa de mortalidade de empresas novas. Isto é o resultado de naturais dificuldades em fazer algo novo com recursos escassos ou inadequados e por isso, chamar a atenção para as dificuldades e erros mais comuns cometidos pelos empreendedores, sejam eles responsáveis por novas empresas ou gestores de empresas já estabelecidas.

20


3.1

A ideia e a planificação do projeto-empresa

Para criar uma empresa que integre o setor do têxtil e vestuário, Moda Têxtil ou outra, o empresário deve consultar a associação empresarial que o representa, a ATP- Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, em Portugal e a COINTEGA – Confederación de Industrias Textiles de Galícia, na Galiza, tendo em vista recolher informação sobre o setor e para orientar as seguintes fases: 1 – Saber o que se pretende fazer. É o primeiro passo para definir o tipo de empresa a criar e os seus objetivos. Trata-se da fase de preparação e submissão da ideia tendo em vista arquitetar o projeto empresarial. 2 – Planificar a ideia e o negócio, ou seja, dar lugar à quantificação do negócio que necessita: •

Análise às necessidades do mercado;

Estudos sobre o produto e concorrência;

Posicionamento, diferenciação e comunicação;

Conhecimentos sobre preços, rede de distribuição, etc;

Conhecer os programas comunitários de apoio ao investimento.

É a fase que integra as variáveis económicas, financeiras e do marketing. Os valores de um modelo previsional de exploração devem mostrar a viabilidade do projeto, os riscos a ter em conta, as necessidades de financiamento, os recursos a alocar (capitais próprios, permanentes e necessidades de recurso a capitais alheios).

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A análise do mercado deverá envolver cenários para o potencial das vendas, preços, quantidades e margens de contribuição do produto para os resultados esperados. A definição do posicionamento e diferenciação deve ter em conta o mercado alvo, o segmento a que o produto se destina, as especificidades do produto e a procura que pretende satisfazer. A comunicação deve selecionar os meios para divulgar e as alternativas a utilizar e respetivos custos. 3 – Definir a forma jurídica para a sociedade e o contrato de sociedade. É a fase da apresentação da iniciativa a um balcão Empresa na Hora ou a qualquer Centro de Formalização de Empresas mais próximo da residência da empresa. Existem outras entidades onde se poderá recolher informação para o efeito: Portugal – Região Norte: •

Agência de Inovação

ANE - Associação Nacional das Empresárias

ANJE - Associação Nacional de Jovens Empresários

Ministério da Economia e da Inovação – Governo de Portugal

NET - Novas Empresas e Tecnologia

Espanha – Galiza: •

AJE GAlLICIA – Associación de Jóvenes Empresarios de Galicia

Cámaras de Comércio e Indústria Provinciais (Galiza)

Consellería de Economía e Industria - Xunta de Galicia

Dirección General de Política de la Pequeña y Mediana Empresa – Gobierno de España

IGAPE - Instituto Galego de Promoción Económica

Rede de Xestores de Innovación de Galícia

4 – No caso do registo de Marca ou Patente de nova empresa, o processo é muito simples e rápido, dado que pode ser feito aquando da constituição da empresa na respetiva entidade de formalização. Outro tipo de informações relativas ao registo da Marca poderão ser obtidas junto do GAPI - Gabinete de Apoio à Propriedade Industrial, na TecMinho ou na AvePark, em Portugal, na Galiza através da Oficina Española de Patentes y Marcas, Oficina de Rexistro e Información da Xunta de Galicia, UNINOVA de Santiago de Compostela e nas Câmaras provinciais de Comércio e Indústria (Ourense, Pontevedra, Lugo e Corunha) designadamente, sobre: •

Os processos de proteção das inovações empresariais (patentes, modelos de utilidade, desenhos e modelos);

Os processos de registo dos sinais de identificação da atividade empresarial (marcas, logótipos, insígnias e nomes de estabelecimento);

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Os direitos de autor e nomes de domínio;

Matéria de proteção das criações empresariais;

Pesquisas prévias respeitantes à situação jurídica dos vários direitos da propriedade industrial;

Proteção das empresas na obtenção de direitos de exclusivo, tanto na fase preparatória como na sua utilização;


Preenchimento e encaminhamento dos pedidos de registo de: Patentes de Invenção; Modelos de Utilidade; Desenhos ou Modelos; Modelos Industriais; Desenhos Industriais; Marcas; Logótipos; Nomes de Estabelecimentos; Insígnias de Estabelecimentos; Formalização de candidaturas ao SIUPI - Sistema de Incentivo à Utilização da Propriedade Industrial.

3.1.1

A estruturação da ideia e do empreendedor

De forma sucinta, descrevemos, a seguir, os processos para estruturar a ideia e o negócio. Contudo, o primeiro passo de um novo projeto nem sempre é a geração da ideia, mas o desenvolvimento do Empreendedor sem o qual não há inovação. Nesta perspetiva, iremos analisar com mais detalhe os passos necessários, colocando a seguinte questão: Como se realiza o desenvolvimento do Empreendedor na Moda Têxtil? Um empreendedor pode e deve fazer-se com naturalidade, porque não é uma entidade mítica mas sim uma pessoa normal que tem ideias e visibilidade para um projeto. Grande parte do desenvolvimento é devido à educação, ao ambiente familiar e à formação. Ou seja: São particularmente importantes a vida e experiência profissional, a formação académica ou profissional, a convivência social e, talvez a mais importante de todas, o auto desenvolvimento. Assim os processos têm a ver com o desenvolvimento das seguintes capacidades e conhecimentos: 1. Autoanálise 2. Comparação entre as capacidades e conhecimentos necessários 3. Definição de uma estratégia pessoal de desenvolvimento 4. Implementação da estratégia pessoal Vejamos o conteúdo de cada uma delas: A análise das capacidades deve ser séria, profunda e objetiva, não estando condicionada à partida pelos planos do potencial empreendedor ou pelo que ele pensa que são as características do conhecimento para o sucesso. Convém referir que conhecimento não é qualificação. Não interessam os graus académicos, o que interessa é o que de facto sabe e consegue fazer. A comparação entre capacidades e conhecimentos necessários pode mudar de projeto para projeto. Não há receitas sobre este tema, mas existe um certo consenso sobre algumas características fundamentais, como: •

Capacidade de arriscar, em termos económicos e profissionais e pessoais;

Articulação de ideias sobre objetivos e caminhos a seguir;

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Capacidade de organização e de liderança;

Iniciativa, decisão e persistência, tanto no campo das relações humanas como no campo das ideias e dos métodos;

Capacidade psicológica para aguentar rejeições e falhanços;

Sociabilidade e capacidade de comunicação;

Capacidade de aprendizagem e de adaptação, tanto sobre pessoas como sobre gestão e negócio;

Disponibilidade de tempo.

Assim, o empreendedor necessita de conhecimentos chave sobre: a. Aspetos técnicos e económicos do mercado e da indústria em que vai atuar; b. Os concorrentes e os seus produtos e serviços, e respetivos pontos fortes e fracos; c. O enquadramento legal da sua atividade e os atuais métodos de gestão estratégica e operacional; d. Os princípios de comunicação e vendas e de liderança e gestão de pessoal; e. Como aprender a conhecer, a fazer, a conviver e aprender a estar. Por outro lado, se tem necessidade de competências, e tem responsabilidades financeiras, terá de procurar uma mudança de funções ou formação para as colmatar. De qualquer forma os recursos disponíveis para fazer um “upgrade” das competências poderão ser: •

Formação académica e profissional;

Autoformação;

“Coaching”;

Trabalho por conta de outrem;

Estágios profissionais;

Estágios não remunerados;

Prestação de serviços;

Colaborações e parcerias;

Desenvolvimento pessoal;

No que respeita à formação académica, convém referir que um empreendedor necessita é de conhecimento, não de habilitações. O recurso a uma escola, instituto ou universidade terá como objetivo aprender. O diploma será um subproduto. O fundamental é aprender. O empreendedor precisa de conhecer, de saber comunicar, de relacionar-se e de aprender. No que respeita à formação profissional, é importante saber avaliar muito bem o conteúdo e a qualidade da oferta disponível. Quem quer seriamente desenvolver capacidades não pode estar a perder tempo e dinheiro com formações formatadas que pouco acrescentam ao conhecimento. A autoformação serve para adquirir conhecimentos de muitas áreas técnicas e profissionais e para desenvolver matérias específicas. O “coaching” é uma colaboração entre pessoas, designadamente profissionais, onde há o orientador ou treinador, que apoia e orienta a realização dos objetivos de outra entidade, auxiliando-a a identificar e desenvolver as suas competências e a superar as suas fragilidades. 24


O trabalho por conta de outrem é a forma mais tradicional e segura de desenvolver capacidades. É o instrumento mais importante, talvez o único, para o desenvolvimento de trabalho coletivo e de conhecimentos nas áreas empresariais e do potencial mercado do projeto. O trabalho em “part-time”, os estágios profissionais, os estágios não remunerados e as prestações de serviços são, no fundo, variações do trabalho por conta de outrem. As colaborações e parcerias podem ser utilizadas por quem já desenvolve uma atividade com autonomia e precisa de adquirir novos conhecimentos, eventualmente sobre outro ramo do negócio. São formas de, com recursos mínimos, ir conhecendo realidades diferentes. O desenvolvimento pessoal inclui todas as atividades e técnicas utilizadas no desenvolvimento cognitivo e comportamental de uma pessoa. Abrange capacidades fundamentais para o autoconhecimento, a gestão do tempo, a comunicação interpessoal, o relacionamento social, a liderança, a motivação, entre outras. A implementação da estratégia pessoal implica, na maior parte das vezes, um grande esforço quando se tem de mudar o estilo de vida e suportar os custos financeiros e pessoais de juntar às suas atividades normais novas atividades. Como se extrai do exposto, o conhecimento e desenvolvimento de capacidades são contributos importantes para a geração de ideias. De facto, alguns dos passos são fundamentais para criar as condições para a produção de ideias válidas enquanto outros são fundamentais para validar a viabilidade das ideias geradas. A omissão de certas fases pode provocar a incapacidade de gerar ideias ou a inadequação das ideias geradas a qualquer negócio economicamente viável. A ideia é fundamental para um novo projeto. No entanto, não é uma ideia qualquer, abstrata, um sonho ou um desejo. É uma ideia suscetível de ser aplicada a um negócio, a processos produtivos e comerciais para criar um bem ou serviço suscetível de ser vendido a consumidores a preços competitivos. Qualquer negócio está ancorado nos seus clientes, fornecedores e trabalhadores, na realidade dos mercados, indústria e economia e nas restrições e constrangimentos que esta realidade impõe. O mesmo se deve aplicar a uma nova ideia de negócio. Assim, o principal atributo de uma boa ideia de negócio é o seu realismo. É por isso que o processo em que se integra geração da ideia tem de ser iniciado perto da realidade e terminado ainda mais perto dessa mesma realidade. Grandiosas ideias abstratas com um potencial fantástico são normalmente impossíveis de gerar. É mais provável gerar um negócio fantasticamente lucrativo por acaso do que a partir de uma ideia grandiosa. É esta necessidade de estarem próximas da realidade que fazem com que a geração das ideias esteja integrada num processo com os seguintes passos: •

Criação de condições

Geração da ideia

Avaliação da ideia

Teste da ideia

Convém conhecer o conteúdo concreto de cada um destes.

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Na criação de condições, o principal atributo é o seu realismo. Para as ideias terem este atributo devem ser geradas num ambiente o mais próximo possível, física e intelectualmente, do ambiente onde vão ser aplicadas. Por outro lado as ideias viáveis são normalmente derivadas de um ato criativo que consiste em modificar algo já existente, ou seja adaptativo ou incremental. Este passo consiste em criar as condições de proximidade do ambiente em que se podem gerar ideias e disponibilizar para: a. Escolher uma área de interesse. Esta condição é relevante por duas razões. Por um lado, porque gerar ideias viáveis não é fácil. A não existência de uma área definida de geração de ideias vai levar a uma dispersão de esforços e prejudicar o processo de geração e seleção de ideias. Por outro lado, porque ser um empreendedor não é fácil. É importante escolher áreas e ideias de que o empreendedor gosta, como forma de aumentar a sua motivação. b. Arranjar tempo e disponibilidade mental, o que exige dedicação, esforço e tempo. Para poder pensar criativamente e trabalhar na produção de novas ideias, longe da pressão e das preocupações do dia-a-dia, é necessário tempo. c. Manter a humildade e o rigor. É importante não pensar que sem esforço, sem seguir o processo adequado e sem seguir as regras adequadas se conseguem ideias de sucesso. O trunfo do empreendedor é o trabalho e não nenhuma qualidade que o torna especial e superior. Também é importante pensar que por muito que se conheça existe sempre alguém com que se pode aprender algo e esse algo pode ser a pedra de toque de uma ideia fantástica. d. Aumentar a atenção para perceber as situações e oportunidades que rodeiam. O empreendedor tem de se preparar para saber e conhecer como funciona o ambiente global que o rodeia. e. Libertar a criatividade exige a criação de um estado psicológico adequado. É essencial estar disposto a gerar muitas ideias sem medo. É um ato criativo, diferente do de seleção de ideias que é racional. A racionalidade tem o seu espaço no momento certo. f. Criar um registo que deve ser atualizado em tempo real com toda a informação obtida durante o processo de geração e análise de ideias. Permite evitar perdas de informação e disciplina todo o processo de geração de ideias e todo o próprio processo empreendedor. g. Aumentar o conhecimento sobre a sua área de interesse e indústria. O empreendedor vai gerar ideias sobre uma dada área, que vai trabalhar. A importância do conhecimento é clara. Este conhecimento pode vir da experiência, do estudo, da pesquisa e de muitas outras fontes. h. Ouvir mais e melhor. As pessoas serão uma fonte primordial de ideias, além de um excelente recurso para a sua validação e implementação. Todo o tipo de conversas podem ser úteis ao projeto. Importante é estar recetivo para ouvir pessoas da indústria. Tal permite conhecer o que se passa na indústria escolhida, qual é a sua dinâmica e os seus problemas. i.

Procurar e definir problemas. A descoberta de problemas numa indústria é meio caminho para descobrir uma ideia que o resolva. Para detetar problemas é preciso olhar para uma dada indústria e ver necessidades não integralmente satisfeitas e problemas organizativos, financeiros, tecnológicos e laborais.

O passo seguinte é a geração da ideia, que é a fase mais criativa para o empreendedor. A criatividade é das áreas mais estudadas pelas ciências humanos, existe uma infinidade de teorias sobre como estimular a criatividade e produzir ideias. A avaliação e o teste da ideia é feita pelo mercado, contudo é recomendável fazer alguns testes preliminares como adiante se refere. Ou seja, é importante que durante o processo de geração de ideias o empreendedor esteja: •

Inteiramente focado na área de atividade escolhida e que corresponda a interesses de mercado. Senão, muito provavelmente as ideias não serão aplicáveis;

26

Verdadeiramente interessado e concentrado. Senão, não irá ser produtivo;

Preocupado em procurar soluções para problemas. Cada solução é uma oportunidade de negócio.


Para tratar as ideias, é importante: •

Pensar que cada ideia é uma possível solução de um conjunto muito alargado de soluções que vão aparecer;

Trabalhar e desenvolver a ideia até ser perfeitamente clara;

Analisar detalhadamente todas as ideias geradas algum tempo depois da sua geração. A ideia será analisada na sua plenitude mas já com algum distanciamento emocional.

3.1.2

A avaliação preliminar da ideia

No que se refere à avaliação preliminar da ideia deve ser feita pelo próprio empreendedor de uma forma rápida mas profunda para não o distanciar do processo criativo. Para tal deve procurar a resposta para as seguintes questões: •

A ideia é realmente nova?

A ideia é útil? Existe quem possa beneficiar com a sua aplicação?

Para o custo de produção estimado existirá um número suficientemente de potenciais clientes?

que é diferente acerca desta ideia de outras já no mercado? Essas diferenças relacionam-se com fatores determinantes da compra?

A ideia permite gerar uma oferta credível, atraente e fácil de usar?

A ideia pode ser aplicada legalmente?

A ideia permite gerar uma oferta sustentada e fazer negócios repetidos?

É possível fazer um modelo de oferta a preços atrativos?

As respostas servem para perceber se é possível passar ao passo do Teste ou Avaliação sobre a viabilidade da ideia e ter a certeza que é possível de implementar no mercado. A avaliação engloba tarefas de desenvolvimento de amostras, protótipos de apresentação ao mercado. Tem, por vezes, muitas dificuldades devido a circunstâncias várias que vão desde os custos de desenvolvimento dos protótipos à comunicação eficiente junto dos potenciais clientes. Contudo, são fundamentais para testar o projeto, as ideias inviáveis, os custos e o interesse dos mercados. Trata-se de verificar se a ideia e o projeto são viáveis, técnica e economicamente. Nesta fase, recomenda-se o apoio técnico de profissionais experientes para auxiliar as tarefas de avaliação e de comunicação aos mercados. Uma boa ideia de negócio, mesmo que realista e validada por um teste, não garante o sucesso de um negócio. Também têm de se verificar algumas condições técnicas e económicas, caso contrário pode provocar muitos problemas, como a incapacidade de implementar a ideia ou o desenvolvimento de projetos insustentáveis. A ideia tem de ser aplicável a um negócio, a processos produtivos e comerciais para criar um bem ou serviço suscetível de ser vendido a consumidores a preços razoáveis. O mesmo acontece com o negócio que aplica a ideia que tem de capaz de reunir todos os recursos para produzir e comercializar a oferta com rendibilidade. Para tal é necessário realizar:

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Análise produtiva e logística;

Análise económica e financeira.

A primeira tem a ver com a capacidade de responder com recursos técnicos e logísticos para o necessário abastecimento produtivo. A segunda visa avaliar se é o negócio será económica e financeiramente viável e os recursos financeiros necessários para o projeto.

3.1.3

O plano de negócios

É a fase de elaboração do Plano de Negócios que engloba as seguintes vertentes: •

Os recursos a afetar ao projeto – informação sobre o empreendedor e a sua equipa e as suas capacidades e conhecimentos;

A situação na indústria e no mercado – informação sobre a estrutura da indústria, o comportamento dos concorrentes, a sua rentabilidade e a dinâmica de evolução; e sobre o mercado, quem são os clientes, o que procuram, como escolhem, qual a sua dimensão e valor e a sua dinâmica;

A ideia – o que é, quais as suas vantagens e os seus inconvenientes e riscos;

A implementação – a forma de implementar a ideia, os responsáveis, os processos a aplicar, os recursos necessários e respetivos custos;

Os proveitos – os benefícios financeiros da implementação da ideia para os envolvidos seja sob a forma de proveitos para a empresa seja sob a forma de remuneração de outros fatores envolvidos;

O financiamento – o total dos recursos financeiros necessários e a forma os obter para financiar a implementação da ideia, tanto em termos de origens como em termos de remuneração;

Os resultados previstos e cenários de variação.

A leitura de um Plano de Negócios permite equacionar resposta para o seguinte: •

Qual a vantagem competitiva do negócio? É sustentável?

Porque é que as pessoas ou empresas vão usar o produto ou serviço?

A que preço o vão adquirir?

Quem é a concorrência? Como vai reagir ao novo projeto?

Quais serão os resultados?

Quem é a concorrência? Como vai reagir ao novo projeto?

Quais serão os resultados?

Quem são as pessoas que vão estar à frente do projeto? Quais os seus conhecimentos?

Como será feita a produção e a distribuição?

Qual o financiamento total necessário para suportar o investimento inicial e o funcionamento até ao projeto entrar em velocidade de cruzeiro?

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Quanto tempo demorará para o projeto se tornar rentável?

Quais os riscos que enfrenta?


O Plano de Negócios permite, ainda quantificar os recursos necessários para implementar a ideia: comunicações, mão-de-obra não especialidade, matérias-primas, mão-de-obra especializada, algumas mercadorias e licenças e, sobretudo, capital próprio e alheio. Antes de iniciar a implementação do projeto e de suportar as associadas despesas é importante assegurar a obtenção destes recursos. Os empreendedores, por mais certos que estejam sobre o mérito da sua ideia, podem contar com objeções contrárias ao projeto, por efeito de aversão ao risco e à mudança e a assimetria de informação. É importante vencer esta desconfiança garantindo aos detentores dos recursos a compensação motivadora.

3.2

A criação de empresas

Nos pontos anteriores, foram referidas as fases de análise que devem suportar o desenvolvimento das ideias. Tratou-se de estruturar ações para criar um projeto e fazer uma avaliação aos dados estratégicos, económicos e financeiros previsionais. Este tipo de abordagem tanto se aplica para novas empresas como para empresas já existentes que pretendem lançar-se em projetos de inovação e de cooperação. Nestes casos, é mais fácil e seguro dado que existem capacidades instaladas, experiência empresarial, conhecimento do mercado e das variáveis do negócio. Na perspetiva da cooperação transfronteiriça podemos acrescentar as vantagens do conhecimento da cultura e da proximidade geográfica para facilitar as ações de empreendedorismo e de inovação. Contudo, a prática do aconselha, por vezes, a criação de novas empresas com autonomia para criar novas dinâmicas na gestão de processos de cooperação e de inovação. A criação de novas empresas tem registado elevadas taxas de insucesso, o que aconselha acompanhamento, perceção das oportunidades e condições de adaptação a ambientes de mercado adversos. Uma nota para referir que a cooperação e a inovação não surge do nada, e que as probabilidades de ter sucesso são tanto maiores quanto mais próximo da atividade comercial e produtiva estiver a geração da ideia. Assim, a recomendação é fazer o “caminho, caminhando”, aproveitar o que já existe e que pode ser utilizado no sentido de germinar e estruturar as ideias, criar novas competências, transformar complementaridades em cooperação, avaliar recursos os necessários para transformar as ideias em empresas. A Inovação e a cooperação acontecem sempre que existe espírito empreendedor e em resultado do agente económico pensar, experimentar, perceber, as necessidades dos mercados e das regiões onde se integra. Isto significa que este tipo de processos tem especificidades a ter em conta que podem ser decisivas para o sucesso, tais como: •

Identificar a oportunidade e os recursos existentes;

Analisar os “nichos” ainda não ocupados;

Manter a atualização em relação à concorrência;

Assegurar bons níveis de produtividade e competitividade.

Há, ainda, que ter presente, que a Inovação e a cooperação são influenciadas por fatores pessoais, sociológicos e organizacio29


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nais. A influência do ambiente da conjuntura económica é relevante para estimular as capacidades criativas, valorizar as ideias e disseminar os casos de sucesso como exemplos. No que refere a fatores pessoais emerge a disponibilidade para assumir riscos, a formação e a experiência como elementos importantes para implementar novas ideias e transformá-las em negócios. Um dos recursos mais importantes de qualquer agente económico e social é o conhecimento que dispõe que por vezes é de facto dos seus colaboradores. Por isso uma empresa inovadora deve, mais que outra entidade, ter um cuidado muito especial a gerir os seus colaboradores chave. Os fatores sociológicos e os organizacionais podem ser decisivos devido à importância dos seus efeitos nos relacionamentos, rede de contactos, constituição de equipas, definição de estratégias e no conhecimento sobre o que se poderá contar em termos de burocracia documental, legislação de enquadramento das atividades, eventuais apoios ou condicionamentos, etc. Assim, para realizar projetos é essencial cumulativamente considerar a situação da conjuntura e a análise dos planos de negócio, estruturados no sentido de avaliar e prever a evolução das técnicas, das variáveis económicas, os recursos humanos e financeiros disponíveis para investir e implementar as ações. Como se depreende, tudo isto implica, na maioria dos casos, investimento e risco, e pode conduzir a experiências nem sempre bem-sucedidas. O sucesso dos projetos (novas empresas ou empresas existentes) é atribuído, em boa parte, à combinação de três fatores: 1. ideia-certa 2. lugar certo e 3. momento certo Assim, a intuição ou o “feeling” são aspetos a considerar, o que não impede que o sucesso ou o fracasso possa ser previamente diagnosticado. As probabilidades de sucesso estão associadas na maioria dos casos, à inovação adaptativa ou incremental caracterizada pela busca permanente de melhoria do desempenho nos atributos já existentes e mais valorizados pelos mercados. Enquanto os casos de inovação, dita disruptiva ou radical, que pretendem chegar a novos horizontes, originais, apresentam elevadas probabilidades de insucesso. É um facto que há inovações, radicais ou não, bem-sucedidas que não foram planeadas, mas, por princípio, não se pode deixar ao acaso o aparecimento de ideias inovadoras porque as experiências mostram que a inovação só germina em terreno fértil. Dito de outro modo, os processos de empreendedorismo e inovação são viáveis em empresas que o procuram através de metodologias adequadas e quando abrangem modificações de produtos existentes. Não há inovação e empreendedorismo sem método, o que requer atitude e disciplina na organização. Isto é, exige comportamentos adequados na criação de equipas e de organização e recetividade para as mudanças. Existem várias teorias sobre os métodos aplicados ao desenvolvimento de novos produtos industriais que não iremos abordar por nos parecer que o essencial em qualquer método é: tomar a decisão para arrancar com os processos e vencer as resistências à mudança. O consumidor é um alvo difícil de compreender nos negócios instalados, e no caso de novos produtos ainda mais porque exige análises aprofundadas das suas necessidades. Os restantes fatores têm implicações na empresa e é fundamental avaliar os recursos existentes. 30


Porém, a monitorização estratégica deste tipo de projetos não é diferente da dos restantes. O facto de não haver histórico, que permita fazer análises temporais, o processo é mais exigente. Em simultâneo, é necessário manter vivo o espírito Empreendedor, ou seja, ter pensamentos e atitudes pró-ativas, abertura à reformulação das estratégias, visão de futuro para a organização da empresa e assumir a necessidade de inovar para melhorar os negócios. A inovação a cooperação e o empreendedorismo têm a mesma finalidade e complementaridade, exigem perseverança e resistência. Dito de outro modo, é imperioso nunca desistir.

3.2.1

Os fatores de competitividade

Os fatores de competitividade definidos pela U.E. apontam para medidas estratégicas prioritárias de apoio ao investimento que determine inovação, o reforço das capacidades para criar mais valor nas empresas, promoção da incorporação dos respetivos resultados nos processos produtivos de forma a sustentar o aumento da produtividade e da competitividade nos mercados. As prioridades referidas estão integradas em três Eixos Estratégicos do Plano Tecnológico: •

Conhecimento

Tecnologia e

Inovação

A definição destas prioridades pretende responder, de forma articulada, a alguns desafios e necessidades identificadas ao nível da Inovação considerando que a maioria das empresas PME’s não dispõe de capacidades financeiras suficientes e não têm capacidade competitiva sustentável a nível internacional a que se junta a ausência de cultura de inovação e de conhecimento tecnológico. Pretende, ainda, auxiliar as empresas a enfrentar o ambiente de instabilidade e de incerteza que caracteriza atualmente os mercados e impulsionar a busca de novos fatores críticos para obter novas vantagens competitivas nos negócios. Basicamente, pretende dar às empresas estímulos para orientar e realizar projetos de investimento que requerem: •

Criatividade para dar resposta às necessidades de Inovação;

Colaboradores motivados;

Abertura para realizar mudanças nas empresas;

Novas competências que podem ser asseguradas pelos atuais ou novos colaboradores;

Novas experiências nos negócios;

Ações simultâneas: fazer melhor e estimular a inovação dos produtos e dos processos;

Assumpção do risco para inovar;

Informação e disseminação de resultados.

Porém, subsiste a seguinte questão que se levanta aos promotores: Como empreender projetos inovadores, se existem vários constrangimentos motivados por: •

o risco sobre a viabilidade dos negócios tem vindo a aumentar,

o acesso ao crédito está cada vez mais difícil e condiciona o financiamento de novos projetos,

o ambiente económico da conjuntura não é favorável? 31


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Sendo certo que estes fatores são para a ter em conta, haverá a considerar também, o seguinte: •

Sem risco não há negócio;

é decisivo conceber e implementar novos desenvolvimentos na organização das empresas para proporcionar novos ambientes, novas ideias e criar dinâmicas;

sem inovação não será possível equacionar a sustentação dos negócios a prazo e despertar o espírito empreendedor nos comportamentos das pessoas.

A resposta é inovar, empreender para melhorar a competitividade. De referir que a adoção da inovação e da cooperação transfronteiriça só faz realmente sentido se enquadrada num processo de reflexão estratégica. Sem a análise do mercado, da indústria, dos recursos, cultura e conhecimentos da empresa é impossível garantir que os novos projetos são exequíveis e terão aceitação. Estas análises podem ser mais ou menos elaboradas, mais ou menos formais mas devem ser feitas. Muitas vezes uma breve conversa com um cliente ou um fornecedor é o suficiente para obter quase todos os elementos necessários para a análise e tornar claro que se deve adotar a inovação. Mas o processo de reflexão ter de ser feito. Fazer algo novo fora desta metodologia de análise não é um ato racional de gestão, é uma aposta. A intuição não substitui a análise racional. No caso da Moda Têxtil a criatividade é o resultado da inspiração para produzir inovação nos estilos e a associação de novos conceitos cuja racionalidade está na gestão dos ganhos de notoriedade da moda portuguesa nos mercados internacionais. O processo de criação é também de aprendizagem por tentativa e o erro pode evitar-se à custa dos erros dos outros. Contudo, o importante são as ideias e os projetos-empresa que no caso do empreendedorismo transfronteiriço aponta para a constituição de “clusters” para suportar estratégias de cooperação na inovação e internacionalização.

3.3

A inovação, a propriedade industrial e o licenciamento

Nos processos de inovação é importante definir as estratégias empresariais e perceber eventuais riscos e vantagens. Também é relevante formalizar a relação direta entre propriedade industrial e inovação. Senão vejamos:

32

Quais as vantagens de proteger os resultados de I&D;

Como explorar esses resultados através de patentes;

O que é ou não patenteável;

Como patentear uma invenção;

Quais as possibilidades de proteção como o Segredo e a Confidencialidade.


Vejamos, ainda, as seguintes situações práticas que frequentemente se levantam ao empreendedor:

1 – Há necessidade de registar a minha marca ou patente? Sim, porque é o único meio para obter um direito de propriedade e exclusividade para a ideia, produto ou serviço inovador e impede a utilização por terceiros. 2 - A Marca ou Patente pode ser registada com a criação da empresa? Ao criar e registar a empresa pode registar a marca que corresponde à designação da sociedade. Pode ser realizada a empresa e a marca na hora. 3 – Quando se trata de uma Marca ou Patente com designação diferente da empresa pode registar no ato da empresa e marca na hora?

Não é possível. Deve consultar o Instituto Nacional de Propriedade Industrial para fazer o respetivo pedido de registo e conhecer: Se a marca ou patente já está a ser utilizada por outra entidade nacional ou internacional. Os proprietários das marcas comunitárias e mundiais e áreas de proteção para a utilização

4 – Qual é o prazo de validade da proteção para uma Marca? O registo da Marca é válido para um período de dez anos, renovável pelo mesmo período. 5 – Quais são as entidades a contactar para o registo das Marcas a nível internacional? Os contatos podem ser realizados através dos “sites”: OAMI – Departamento da EU para Marcas e Patentes. (www.oami.europa.eu) Organização Mundial da Propriedade Industrial (www.wipo.int)

O exercício da atividade empresarial está sujeita a licenciamento obrigatório em conformidade com o tipo de negócio e estabelecimento. Os processos são idênticos em qualquer país ou região da U.E. Assim, há o Licenciamento da atividade Industrial e o Licenciamento de estabelecimentos comerciais. Os requisitos legais e enquadramento são aplicáveis para o Norte de Portugal e para a Galiza, dado que a legislação reguladora é idêntica. Contudo, seguimos a Lei portuguesa para exemplificar cada caso.

Atividade Industrial O Decreto-Lei n.º 209/2008, de 29 de Outubro, regula o novo regime de exercício da atividade industrial (REAI), com o objetivo de prevenir: •

os riscos e inconvenientes resultantes da exploração dos estabelecimentos industriais;

salvaguardar a saúde pública e dos trabalhadores;

a segurança de pessoas e bens;

a higiene e segurança dos locais de trabalho;

a qualidade do ambiente e um correto ordenamento do território;

um desenvolvimento sustentável e de responsabilidade social das empresas. 33


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Recomendação: O empresário deve arquivar, em dossiê organizado, toda a documentação sobre os procedimentos do REAI e os elementos relativos a todas as alterações introduzidas na unidade industrial, que deverá ser disponibilizado à entidade coordenadora do processo de licenciamento e às entidades com competências de fiscalização sempre que estas o solicitem. O referido decreto-lei aplica este mesmo princípio à generalidade das atividades industriais, fazendo corresponder a uma diferente classificação em função do risco potencial - a principal mudança operada em 2003 - graus de intensidade distintos de controlo prévio.

Subclasse CAE — rev. 3

Tipologia dos estabelecimentos

Entidade coordenadora

08920 19201 24460

Todos os tipos.

Direcção - Geral de Energia e Geologia.

08931 10110 a 10412 10510 e 10893 10911 a 10920

Tipos 1 e 2 . . . .

Direcção regional de agricultura e pescas territorialmente competente ou entidade gestora da ALE.

11011 a 11013 11021 a 11030 35302 56210 e 56290

Tipo 3 . . . . . . .

Câmara municipal territorialmente competente ou entidade gestora da ALE.

Subclasses previstas na secção Tipos 1 e 2 . . . . 1 do anexo I e não identificadas nas linhas anteriores desta coluna. Tipo 3 . . . . . . .

Direcção regional de economia territorialmente competente ou entidade gestora da ALE. Câmara municipal territorialmente competente ou entidade gestora da ALE.

Os estabelecimentos industriais estão classificados em três tipologias, a saber: Tipo 1 - Os estabelecimentos cujos projetos de instalações industriais se encontrem abrangidos por, pelo menos, um dos seguintes regimes jurídicos: a. Avaliação de impacte ambiental, previsto no Decreto-Lei n.º 69/2000, de 3 de Maio; b. Prevenção e controlo integrados da poluição, previsto no Decreto-Lei n.º 173/2008, de 26 de Agosto; c. Prevenção de acidentes graves que envolvam substâncias perigosas, previsto no Decreto-Lei n.º 254/2007, de 12 de Julho; d. Operações de gestão de resíduos, nomeadamente os previstos nos Decretos-Leis nºs 152/2002, de 23 de Maio, 3/2004, de 3 de Janeiro, 85/2005, de 28 de Abril, e 178/2006, de 5 de Setembro, quando estejam em causa resíduos perigosos, de acordo com a lista europeia de resíduos constante da Portaria n.º 209/2004, de 3 de Março. Tipo 2 - Os estabelecimentos industriais não incluídos no tipo 1 e que se encontrem abrangidos por, pelo menos, uma das seguintes circunstâncias: a. Potência elétrica contratada superior a 40 kVA; b. Potência térmica superior a 8,10 (elevado a 6) kJ/h; c. Número de trabalhadores superior a 15. Tipo 3 - Os estabelecimentos industriais não abrangidos pelos tipos 1 e 2, bem como os estabelecimentos da atividade 34


produtiva similar e os operadores da atividade produtiva local previstos respetivamente nas secções 2 e 3 do anexo i do decreto-lei.

Nota: Sempre que num estabelecimento industrial sejam exercidas atividades industriais a que corresponderiam tipos diferentes, o estabelecimento é incluído no tipo mais exigente. Orientações e recomendações: a. Para o caso de estabelecimentos do tipo 1 ou 2, deve: •

celebrar um contrato de seguro de responsabilidade civil que cubra os riscos inerentes às instalações e às atividades exercidas,

apresentar comprovativo à entidade coordenadora no prazo de 30 dias a contar do início da exploração.

b. A instalação e a exploração de estabelecimento industrial ficam sujeitas aos seguintes procedimentos: •

Autorização prévia para estabelecimentos industriais do tipo 1

Declaração prévia para estabelecimentos industriais do tipo 2

Registo, para estabelecimentos incluídos no tipo 3.

c. Com a entrada em vigor (em 27 de Janeiro de 2009) do Decreto-Lei acima referido, os estabelecimentos dos tipos 2 e 3 deixam de ficar sujeitos a vistoria prévia, salvo no caso de estabelecimentos que utilizem matéria-prima de origem animal não transformada, cujo início de exploração depende de vistoria por imposição de ato legislativo comunitário. d. Nos estabelecimentos de tipo 1 continua a exigir-se a vistoria prévia, mas é permitido ao empresário recorrer a entidades acreditadas para substituir a intervenção administrativa em ordem a ultrapassar eventuais atrasos da Administração Central e ou Local. O licenciamento da instalação de um estabelecimento industrial requer as seguintes intervenções: •

da Administração Central e/ou Local, na vertente do licenciamento da atividade em causa;

da Administração Local, na vertente do licenciamento das obras necessárias a tal instalação.

Em função da classificação económica da atividade industrial projetada, da classificação do estabelecimento e da área do território onde se localiza será identificada a entidade coordenadora competente de entre aquelas passíveis de o serem: •

Direcções Regionais da Economia (DRE), em Portugal

Dirección General de Política de la Pequeña y Mediana Empresa, em Espanha

e as seguintes entidades: Portugal – Região Norte: •

Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG);

Câmaras Municipais;

Sociedades Gestoras de ALE - Áreas de Localização Empresarial;

Espanha – Galiza: •

Instituto para la Diversificación y Ahorro de la Energia (IADE);

Xunta da Galiza; 35


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Câmaras de Comércio e Indústria Provinciais de Galiza;

IGAPE-Instituto Galego de Promoción Económica.

Vejamos, por exemplo, os seguintes casos práticos sobre a coordenação dos licenciamentos: Estabelecimentos industriais situados em ALE A entidade coordenadora do processo de licenciamento é a respetiva sociedade gestora do ALE Estabelecimentos industriais dos tipos 1 e 2 Correspondem a atividades económicas com maior grau de risco potencial, a entidade coordenadora será um serviço da Administração Central Um estabelecimento industrial de Tipo 3 A entidade coordenadora será a entidade municipal (Câmara ou Xunta) da respetiva área de localização

Relatórios e outros requisitos legais para o licenciamento: TIPO 1 Estabelecimentos sujeitos a pelo menos um dos seguintes regimes jurídicos: • Avaliação de impacte ambiental. • Prevenção e controlo integrado da poluição. • Prevenção de acidentes graves que envolvam substâncias perigosas; ou • Operação de gestão de resíduos perigosos. A este tipo de estabelecimentos aplica -se um regime de autorização prévia que culmina na atribuição de uma licença de exploração TIPO 2 Estabelecimentos industriais não incluídos no tipo 1 que se encontrem abrangidos por, pelo menos, uma das seguintes circunstâncias: • Potência elétrica contratada superior a 40 kVA; • Potência térmica superior a 8,106 kJ/h; • Número de trabalhadores superior a 15. TIPO 3

Estabelecimentos abrangidos pelas seguintes circunstâncias: • Não se enquadrar nos tipos 1 e 2 • Número de trabalhadores igual ou inferior a 15. • Potência elétrica contratada ≤ 40 kVA • Potência térmica ≤ 8,106 kJ/h • Atividade produtiva simillar (atividades previstas na secção 3 do anexo I do Decreto-Lei n.º 209/2008, de 29 de Outubro1, com os limites estabelecidos para os estabelecimentos industriais tipo 3) • Atividade produtiva local: as atividades cujo exercício tem lugar a título individual ou em microempresa até cinco trabalhadores, em estabelecimento industrial com potência elétrica contratada não superior a 15 KVA e potência térmica não superior a 4 x 105 kJ/h

As DRE são os canais do Ministério da Economia e da Inovação para efeitos da receção e encaminhamento dos pedidos de licenciamento, nomeadamente ao nível da aprovação de projetos de estabelecimentos industriais e do licenciamento, designadamente, de:

36

Estabelecimentos industriais, bem como a sua reabertura ou transferência de local;

Instalações de armazenagem de combustíveis líquidos e gasosos;


Instalações elétricas de serviço particular e público;

Redes de distribuição de gás natural;

Recipientes sob pressão.

Em Portugal a A DGEG tem atribuições de licenciamento ao nível da Energia Elétrica e em Espanha é o Instituto para la Diversificación y Ahorro de la Energia (IADE); Para além da entidade coordenadora, podem pronunciar-se neste procedimento as seguintes entidades públicas portuguesas: •

Administração de Região Hidrográfica;

Agência Portuguesa do Ambiente (APA);

Autoridade Nacional de Protecção Civil;

Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT);

Câmara municipal territorialmente competente;

Comissão de coordenação e desenvolvimento regional (CCDR);

Direcção-Geral de Saúde (DGS);

Outras entidades previstas em legislação específica.

Todos os contactos considerados necessários à boa instrução e apreciação de pedido de licenciamento, de declaração prévia ou de registo, devem ser feitos junto da entidade coordenadora competindo-lhe a condução, monitorização e dinamização dos procedimentos administrativos. Para a zona Norte de Portugal, temos: DIRECÇÃO REGIONAL DE ECONOMIA DO NORTE Rua Direita do Viso, 120 4269 - 002 Porto Tel: +351 22 619 20 00 | Fax: +351 22 619 21 99 www.dre-norte.min-economia.pt | dre-norte@drn.min-economia.pt Na Galiza, para além da entidade coordenadora galega referida, podem intervir nos procedimentos as seguintes entidades públicas do governo central: •

DGPE - Dirección General de Património del Estado

CDTI - Centro para el Desarrollo Tecnológico Industrial

IDAE - Instituto para la Diversificación Y Ahorro de la Energia

ICEX - Instituto Español de Comércio Exterior

Os contatos devem ser feitos através de: DIRECCIÓN GENERAL DE POLÍTICA DE LA PEQUEÑA Y MEDIANA EMPRESA Paseo de la Castellana, 160 - 28071 Madrid - España Tel.: +34 915 450 937 www.ipyme.org 37


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CENTRO DE ASESORAMIENTO A EMPRENDEDORES Calle de Panamá, nº 1 - 28071 Madrid Tel: +34 900 190 092 www.ipyme.org

Licenciamento Comercial Para empresas com atividade comercial, nos casos do têxtil e do vestuário, CAE’s 46 e 47, os processos correm nos Municípios da área de localização das instalações da empresa. Contudo há normas que são de âmbito nacional. Assim, o licenciamento dos estabelecimentos comerciais é atualmente, regra geral, da competência exclusiva da Administração Local, sendo-lhe aplicável o regime jurídico da urbanização e da edificação e atenta igualmente a legislação aplicável, para efeitos das licenças de construção e de utilização, às obras particulares, constante do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, republicado pela Lei n.º 60/2007, de 04-09. Existem, todavia, dois regimes especiais de licenciamento de estabelecimentos comerciais que, pela sua relevância prática e em termos empresariais, merecem uma menção particular: a. O primeiro diz respeito à instalação dos estabelecimentos de comércio ou armazenagem de produtos alimentares, bem como dos estabelecimentos de comércio de produtos não alimentares e de prestação de serviços cujo funcionamento envolve riscos para a saúde e segurança das pessoas, cujo regime se encontra previsto no Decreto-Lei n.º 259/2007, de 17 de Julho, que revogou o Decreto-Lei n.º 370/99, de 18 de Setembro. b. O segundo, previsto no Decreto-Lei n. 21/2009, de 19 de Janeiro que revogou a Lei n.º 12/2004, de 30 de Março que exclui do regime de autorização as empresas de comércio por grosso e as micro empresas, refere-se à instalação e à modificação dos estabelecimentos de comércio a retalho e dos conjuntos comerciais, que apresentem características de:

Estabelecimentos de comércio a retalho • •

Com uma área de venda igual ou superior a 2 000 m2; ou Que pertençam a uma empresa que utilize uma ou mais insígnias ou estejam integrados num grupo, que disponha, a nível nacional, de uma área de venda acumulada, igual ou superior a 30 000 m2.

Conjuntos comerciais Com uma área bruta locável igual ou superior a 8 000 m2. Estão fora deste regime os estabelecimentos • •

Pertencentes às micro empresas, juridicamente distintas, mas que utilizem uma insígnia comum; Pertencentes às sociedades cujo capital seja subscrito maioritariamente por micro empresas.

De acordo com este novo regime de declaração prévia, o titular da exploração deverá apenas, até 20 dias úteis antes da abertura ou modificação do estabelecimento, apresentar: Uma declaração na respetiva Câmara Municipal; Cópia na Direcção-Geral das Actividades Económicas (DGAE), na qual se responsabiliza que o estabelecimento cumpre todos os requisitos adequados ao exercício da atividade ou do ramo de comércio. 38


Após a entrega da declaração, cujo modelo é disponibilizado eletronicamente ou em papel pelas Câmaras Municipais e pela DGAE, estas devem emitir: um comprovativo da apresentação da declaração e, na posse deste, o titular do estabelecimento pode desde logo proceder à sua abertura ou modificação. No caso de haver obras de adaptação, a abertura ou modificação só podem ocorrer após o deferimento da autorização de utilização ou de alteração da mesma. A instalação e funcionamento destes estabelecimentos deve, em função dos produtos comercializados, obedecer a requisitos específicos, que constam de diplomas legais próprios (veja-se a portaria n.º 789/2007, de 23 de Julho). Importa referir, sempre que aplicável, o registo de nome, insígnia de estabelecimento, marca de produtos e/ou serviços, deverá ser feito, em Portugal, junto do Instituto Nacional de Propriedade Industrial. No que respeita aos horários de funcionamento é necessário obter a autorização da Câmara Municipal ou Associações Comerciais, assim como a obrigação de comunicar ao Centro Regional da Segurança Social respetivo a admissão dos trabalhadores antes do momento destes serem admitidos. O pedido de inscrição no cadastro dos estabelecimentos comerciais, junto da Direcção-Geral das Atividades Económicas ou da Direção Regional do Ministério da Economia ou ainda junto de uma Associação Comercial, impõe-se sempre que se esteja na presença de: •

abertura do estabelecimento comercial;

encerramento do estabelecimento;

alteração da atividade económica exercida no estabelecimento;

mudança do titular do estabelecimento;

mudança de nome ou de insígnia do estabelecimento.

No caso da Galiza, a documentacão a apresentar pode variar em função de cada concelho. Por isso, recomenda-se que o empresário realize uma consulta prévia no Departamento correspondente do Concelho onde se pretende implantar a empresa. Para realizar a consulta é necesario apresentar os dados relativos á área de actividade, características do local, situação, etc. Estes dados podem ser consultados através de: Portal do Comerciante Galego http://portaldocomerciante.xunta.es/ e da Oficina de Rexistro e Información da Xunta de Galicia http://www.xunta.es/presentacion Os pedidos de marcas e patentes devem ser formulados através da Oficina Española de Patentes y Marcas: Oficina Españole de Patentes y Marcas www.oepm.es Tel: +34 902 157 530 informacion@oepm.es 39


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4

Os recursos e as Oportunidades nas Regiões Norte de Portugal e Galiza

Neste capítulo iremos sinalizar as infraestruturas e as organizações existentes, inventariar os recursos e caracterizar as competências destinadas a apoiar a Inovação e o Empreendedorismo. Por outro lado, iremos apresentar dados estatísticos que permitem verificar a evolução das variáveis mais significativas de I&D tendo em vista as necessidades de apoio para novos projetos de investimento. Antes de apresentar os dados, parece-nos importante referir algumas considerações sobre as oportunidades na criação de empresas e que implicam recursos de I&D. A grande questão que se coloca na maioria das empresas criadas, é não estar focalizadas em atividades de significativo valor acrescentado. Um estudo do “Global Entrepreneurship Monitor” evidencia que a maioria dos empresários criam empresas mais por “necessidade” do que por “oportunidade”, o que levanta um problema de ordem estratégica. Assim, ter uma estratégia associada à criação de empresa é essencial para explorar as oportunidades e desenvolver estudos adequados em I&D ou outros, se necessários, para suportar a Inovação e o empreendedorismo. A este propósito, cabe aqui referir que Portugal mais que duplicou o número de empresas com atividades de I&D nos anos 90 e Espanha também registou subida assinalável. Isto significa que existe o reconhecimento da importância destas atividades no desenvolvimento económico e que: •

Estão a ser criadas condições para emergir fatores de competitividade com base em I&D e Inovação;

Existe crescente reconhecimento sobre a necessidade em reforçar a capacidade das estruturas para a Inovação dado que favorecem comportamentos potenciadoras do aparecimento de novos produtos, novas patentes e novos serviços;

• 40

As regiões transfronteiriças podem beneficiar da mudança no ambiente tecnológico em geral.


Ou seja, I&D é essencial para a Inovação nas abordagens sobre o crescimento económico e competitividade das empresas. Contudo, tem condições a ter conta, conforme anteriormente referido e que aqui se repete: 1. Haver Mercado; 2. As novas ideias serem tecnicamente possíveis; 3. Haver recursos financeiros sustentáveis. Porém, as estratégias para investir com vista a explorar oportunidades estão sujeitas a prioridades que levantam dificuldades nas opções de natureza política, económica e financeira. Senão vejamos: a. As dificuldades económicas da atual conjuntura condicionam as opções de investimento considerando que estes processos requerem, em muitos casos, recursos financeiros significativos de difícil acesso. b. A gestão corrente é sustentável tendo por base a Inovação e o desenvolvimento de produtos e serviços. c. O impacto económico da Inovação mostra que: •

o crescimento está cada vez mais dependente do investimento na acumulação de conhecimento;

impulsiona novos investimentos público e privado.

d. O conservadorismo e a relutância estão, para a maioria, relacionados com as débeis capacidades financeiras das PME’s para investir. A situação que se coloca sobre as condições de financiamento dos projetos é determinante. Na prática, a questão é: •

Poderão as empresas da Moda Têxtil investir na Inovação sem que tal se revele demasiado pesado para a sua estrutura financeira? 41


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A resposta a esta questão não é simples mas pode ser colmatada, em parte, mediante recurso aos sistemas de incentivos criados precisamente para ajudar as organizações a inovar e a modernizar as estruturas com vista a melhorar a competitividade e minimizar o risco do investimento. A propósito do risco nos processos de inovação, julgamos oportuno citar Peter Drucker: “qualquer atividade económica é de alto risco se não inovar, - isto é preservar o passado- é muito mais arriscado do que construir o futuro”

4.1

A região norte de portugal, a ITV e a moda têxtil

A Região Norte de Portugal que integra territórios do Vale do Ave, Cávado e Lima que fazem fronteira com a Região autónoma da Galiza, concentra a esmagadora maioria das empresas do têxtil e vestuário. O desenvolvimento das atividades, ao longo de décadas, evidencia que existem condições adequadas ao investimento produtivo, comercial, e tecnológico dado que dispõe de experiência e infraestruturas para apoiar a Inovação e o Empreendedorismo, tais como: Empresas exportadoras e Empresários, Quadros técnicos qualificados, Centros Tecnológicos, Parques de Ciência e Tecnologia, Escolas Profissionais, Associações empresariais e estabelecimentos de ensino superior. Acresce ainda que a população residente regista crescimento, é a mais jovem do país como revelam os dados estatísticos. Deste modo, os recursos humanos, a logística e infraestruturas disponíveis são adequados para apoiar os projetos empresariais que beneficia do património de conhecimento e experiência de gestão industrial, equipamentos culturais e desportivos essenciais para assegurar qualidade de vida. Os dados permitem, também, concluir que a Região Norte é um dos pilares da economia portuguesa devido à dinâmica industrial exportadora e criadora de emprego, baseada na formação intensiva dos recursos humanos, colocando o conhecimento, a tecnologia e a inovação no centro das suas prioridades, numa verdadeira aposta nas pessoas e sua qualificação. Por outro lado, a rede de ensino superior, de ciência e tecnologia, integrando as universidades e institutos politécnicos, os centros e os institutos de investigação, constituem hoje em dia um exemplo de qualidade e capacidade de ligação com as empresas, havendo mais projetos conjuntos entre as empresas e as instituições de I&D. É neste contexto que devem ser identificadas e divulgadas as capacidades existentes que possam contribuir para a definição de estratégias inovadoras suportadas no conhecimento do potencial das regiões tendo em vista: •

Apoiar os empreendedores na construção de novos negócios;

Criar empresas com recursos humanos qualificados;

Promover a Região como local recetivo ao investimento na inovação e no conhecimento dos setores de atividade, principalmente nos relacionados com a moda têxtil e vestuário;

Oferecer ao mercado produtos e serviços diferenciados e de maior valor acrescentado.

Vejamos os gráficos baseados nos dados estatísticos do INE: 42


População Residente na Região do Vale do Ave por grupos etários (2001, 2006 e 2010)

População Residente na Região do Cávado por grupos etários (2001, 2006 e 2010)

Os números da população residente nas regiões do Ave e Cávado e a distribuição por grupos etários evidenciam a concentração de recursos na faixa etária da população ativa, mostram dimensão adequada para implementar negócios e denotam potencial significativo para o desenvolvimento da atividade económica. Os quadros seguintes permitem confrontar dados sobre o pessoal em I&D, a tempo integral, e o nível de utilização nas regiões. Pessoal em Investigação e Desenvolvimento (I&D) por NUTS III, 2008

Unidade: N.º

Ensino superior

Instituições privadas sem fins lucrativos

Pessoal em I&D (Equivalente a Tempo Integral) Por sector de execução Total

Empresas

Estado

Portugal

47 882

14 510

4 582

24 412

4 378

Continente

46 947

14 417

4 339

23 909

4 281

Norte

12 409

4 138

349

6 536

1 386

425

214

15

196

0

Cávado

1 739

345

33

1 358

3

Ave

1 145

587

8

493

56

Grande Porto

7 413

2 258

257

3 574

1 323

Minho-Lima

Tâmega

283

139

2

142

0

Entre Douro e Vouga

587

558

0

29

0

471

16

18

432

5

346

20

15

311

0

Douro Alto Trás-os-Montes Fonte: Anuário Estatístico da Região Norte, 2009

43


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Os valores acima mostram que o número de pessoas alocadas em I&D na região Norte representa 26,4% do total nacional e de cerca de 28%, nas empresas, com destaque para o Grande Porto, Vale do Ave e Cávado. Despesa em Investigação e Desenvolvimento (I&D) por NUTS III, 2008 Despesa em I&D Unidades de investigação

N.º

Por sector de execução Total

Empresas

Por fonte de financiamento Instituições privadas sem fins lucrativos

Ensino superior

Estado

Empresas

Ensino superior

Estado

Instituições privadas sem fins lucrativos

Estrangeiro

milhares de euros

Portugal

3 275

2 585 075

1 295 099

188 316

891 266

210 394

1 242 828

1 129 914

92 381

42 762

77 190

Continente

3 213

2 549 403

1 286 210

181 142

873 338

208 712

1 234 671

1 106 766

91 790

41 827

74 349

Norte

1 029

590 423

311 683

13 748

214 704

50 288

289 454

238 793

32 555

13 835

15 787

39

17 206

11 064

725

5 416

0

10 136

4 749

2 252

0

69 2 217

Minho-Lima Cávado

103

69 150

14 189

679

54 164

118

13 741

51 096

1 741

354

Ave

126

108 215

81 607

360

21 389

4 860

72 578

27 922

2 361

4 190

1 165

540

326 012

164 746

10 614

105 499

45 153

155 877

129 677

20 026

9 085

11 347

Tâmega

49

9 871

6 186

175

3 510

0

5 681

1 189

2 931

69

0

Entre Douro e Vouga

Grande Porto

107

32 020

31 370

0

649

0

29 291

1 558

582

0

588

Douro

42

18 807

1 846

924

15 880

157

1 482

16 731

136

136

321

Alto Trás-os-Montes

23

9 142

674

271

8 198

0

667

5 871

2 525

0

79

Fonte: Anuário Estatístico da Região Norte, 2009

As despesas em I&D a Norte equivalem a cerca de 32% do total nacional. Por setor de execução, as Empresas representam cerca de 24% do total. Quanto às fontes de financiamento estas assumiram maior valor que o Estado. Indicadores de inovação empresarial por NUTS II, segundo as actividades económicas, 2006-2008 Unidade: %

Portugal

Empresas com actividades de inovação

Empresas com financiamento público para inovação

Total 58,1

Indústria

Empresas com cooperação para a inovação

Indústria

Construção

Serviços

Total

Construção

Serviços

Total

Indústria

54,4

81,4

63,8

11,1

10,9

15,6

11,3

24,8

23,6

Construção 39,6

Serviços 26,4

Continente

58,1

54,4

82,9

63,9

11,0

10,8

17,7

11,2

25,5

24,0

44,8

27,4

Norte

51,5

48,5

87,2

60,1

11,4

10,1

21,1

14,3

21,3

20,2

44,1

23,7

Centro

62,6

63,5

39,1

61,0

13,9

13,2

x

15,4

28,5

29,4

x

26,5

67,1

63,5

88,9

68,8

8,6

9,1

17,6

8,3

27,3

21,4

52,3

29,8

Alentejo

Lisboa

52,4

50,9

100,0

54,3

7,3

9,2

x

4,8

24,8

33,5

x

13,6

Algarve

61,9

54,7

x

66,4

8,8

8,1

x

9,2

17,9

17,3

x

18,1

R.A. Açores

57,8

58,1

50,0

57,7

19,1

22,1

x

17,2

26,9

20,0

x

32,7

R.A. Madeira

58,3

46,7

100,0

67,0

10,4

13,0

x

9,1

24,0

28,9

x

21,8

Volume de negócios resultantes da venda de produtos novos

Intensidade de inovação

Total

Indústria

Construção

Serviços

Total

Indústria

Construção

Serviços

Portugal

1,3

1,9

0,3

1,0

22,3

24,7

45,8

20,7

Continente

1,4

1,9

0,3

1,1

22,5

24,5

49,1

21,1

Norte

1,8

2,6

0,4

1,3

17,6

24,8

7,3

12,0

Centro

3,7

4,5

x

1,6

25,1

25,4

x

23,8

Lisboa

0,9

0,9

0,3

0,9

23,1

24,6

65,6

22,0

Alentejo

1,9

1,9

x

2,0

34,3

15,9

x

61,7

x

0,5

21,9

33,4

x

17,5

0,4

33,7

66,1

x

10,2

0,5

16,0

7,2

5,0

18,5

Algarve

0,9

2,4

R.A. Açores

0,9

1,5

R.A. Madeira

0,5

0,4

4 4

x

Fonte: Anuário Estatístico da Região Norte, 2009


Os indicadores sobre a inovação empresarial revelam que a percentagem de 51% a Norte é inferior às restantes regiões, porém, os da intensidade da inovação, o conjunto Norte e Centro assumem os valores mais elevados. Indicadores demográficos das empresas por NUTS III, 2008 Unidade: % Taxa de natalidade nas indústrias transformadoras

Taxa de natalidade

Taxa de natalidade na construção

Taxa de natalidade nos serviços

Taxa de sobrevivência (a dois anos)

% Portugal

14,17

Número médio de pessoal ao serviço nos nascimentos de empresas N.º

7,30

10,68

15,50

54,07

1,35

Continente

14,11

7,26

10,32

15,46

53,98

1,35

Norte

13,51

7,94

9,39

14,93

56,98

1,44

Minho-Lima

11,97

6,38

8,85

13,60

61,15

1,43

13,55

8,48

9,58

15,19

59,33

1,55

Ave

13,63

8,89

10,00

15,26

59,96

1,57

Grande Porto

14,52

7,56

9,62

15,59

53,25

1,31

Cávado

Fonte: Anuário Estatístico da Região Norte, 2009

A região Norte de Portugal apresenta uma considerável dinâmica de empreendedorismo quando olhamos para entrada e saída de empresas na economia em percentagem com o total das empresas existentes. Indicadores de empresas por NUTS III, 2008 Unidade: %

Proporção do VAB das empresas em sectores de alta e média-alta tecnologia

Portugal Continente Norte Minho-Lima Cávado

Proporção dos nascimentos de empresas em sectores de alta e média-alta tecnologia

Proporção de pessoal ao serviço em actividades de tecnologias da informação e da comunicação (TIC)

Proporção de pessoal ao serviço das empresas maioritariamente estrangeiras

Indicador de concentração do volume de negócios dos municípios

Indicador de concentração do valor acrescentado bruto dos municípios

10,9

2,1

1,9

8,0

64,3

63,7

11,3

2,1

1,9

8,2

63,7

63,1

1,8

4,2

59,0

57,5

9,6

1,7

0,3

8,1

45,4

46,0

2,1

2,2

2,1

46,2

45,8

Ave

6,8

1,3

0,4

4,2

38,9

38,8

Grande Porto

9,3

2,3

2,2

5,0

35,6

36,5

Fonte: Anuário Estatístico da Região Norte, 2009

45


GUIA DOS RECURSOS PARA O EMPREENDEDORISMO CLUSTER TÊXTIL / MODA EUROCLUSTEX NAS REGIÕES DO NORTE DE PORTUGAL E GALIZA

Os indicadores da demografia empresarial servem para analisar a dinâmica de natalidade e de sobrevivência das empresas. O confronto dos indicadores: VAB das empresas de média e alta tecnologia, a proporção dos nascimentos de empresas, pessoal ao serviço, atividades das TIC e volume de negócios mostra a consistência económica das unidades de I&D nas regiões.

Pessoal ao serviço nas empresas por município da sede, segundo a CAE-Rev.3, 2008 Unidade: N.º

Portugal

Total

3 861 726 773 090

Indústria Transformadora % Indústria Transformadora

20,02% Norte

Total

1 274 318

Indústria Transformadora

398 705 31,29%

% Indústria Transformadora

MinhoLima

Tâmega

Entre Douro e Vouga

Douro

Alto Trás-osMontes

MinhoLima 70 156

Cávado

Grande Porto

Ave

141 081

194 410

17 833

46 353

100 865

97 369

68 888

57 818

4 869

4 710

25,42%

32,86%

51,88%

19,04%

40,32%

52,63%

12,51%

12,54%

Viana do Castelo

Vila Nova de Cerveira

Arcos de Valdevez

Caminha

Melgaço

511 480

Monção

170 857

Paredes de Coura

109 857

Ponte da Barca

38 931

Ponte de Lima

37 546

Valença

Total

70 156

4 010

4 543

1 295

4 255

1 474

2 231

10 309

5 299

32 631

4 109

Indústria Transformadora

17 833

943

610

213

940

327

266

2 402

1 128

8 854

2 150

25,42%

23,52%

13,43%

16,45%

22,09%

22,18%

11,92%

23,30%

21,29%

27,13%

52,32%

% Indústria Transformadora

Cávado Total Indústria Transformadora % Indústria Transformadora

141 081

Total

% Indústria Transformadora

45 741

Braga 64 802

Esposende 13 076

1 047

Vila Verde 11 610

46 353

877

22 809

15 434

3 929

122

3 182

18,25%

49,87%

23,82%

30,05%

11,65%

27,41%

Fafe

Guimarães

Póvoa de Lanhoso

Santo Tirso

Trofa

Vieira do Minho

Vila Nova de Famalicão

Vizela

194 410

15 314

65 779

5 630

25 216

16 827

2 295

54 618

8 731

100 865

6 984

35 892

2 079

13 299

7 720

217

28 838

5 836

51,88%

45,61%

54,56%

36,93%

52,74%

45,88%

9,46%

52,80%

66,84%

Grande Porto Total

4 805

Barcelos

32,86%

Ave

Indústria Transformadora

Amares

Terras de Bouro

511 480

Espinho 9 565

Gondomar 34 803

Matosinhos

Maia 63 530

91 389

Porto 145 722

Póvoa de Varzim 21 934

Valongo 24 633

Vila do Conde 28 290

Vila Nova de Gaia 91 614

Indústria Transformadora

97 369

1 817

9 135

16 111

11 672

12 593

4 823

5 851

10 574

24 793

% Indústria Transformadora

19,04%

19,00%

26,25%

25,36%

12,77%

8,64%

21,99%

23,75%

37,38%

27,06%

Fonte: Anuário Estatístico da Região Norte, 2009

46


Os dados sobre o pessoal ao serviço na indústria transformadora por municípios apontam para elevada concentração do volume de emprego nas zonas do Ave, Cávado e Grande Porto, onde a ITV tem a sua maior implantação.

Rácios económico-financeiros das empresas por NUTS III, 2008 Produtividade do capital fixo

N.º

Produtividade aparente do trabalho

Peso dos Custos custos Taxa de com o pescom o investisoal per pessoal no mento capita VAB

RendiTaxa de vabilidade lor acresoperaciocentado nal das bruto vendas

milhares de euros

%

Portugal

0,26

22,21

13,40

60,18

29,43

34,28

4,24

Continente

0,26

22,23

13,42

60,18

28,96

34,13

4,23

Norte

0,31

17,96

11,62

64,42

26,88

35,03

3,79

Minho-Lima

0,31

15,53

10,07

66,43

29,33

31,57

3,90

Cávado

0,39

16,55

10,91

65,71

28,46

34,66

4,03

Ave

0,32

16,28

11,03

68,08

18,23

34,32

3,55

Grande Porto

0,28

21,45

13,36

61,66

29,73

34,90

3,97

Tâmega

0,43

12,93

9,48

72,97

18,67

39,85

2,63

Entre Douro e Vouga

0,33

17,79

11,90

66,32

18,39

31,17

3,29

Douro

0,26

14,43

9,17

63,51

36,70

42,10

3,62

Alto Trás-os-Montes

0,24

16,12

8,16

50,78

58,13

44,71

5,97

Cobertura do imobilizado

Autonomia financeira

Coeficiente capitalemprego

Rentabilidade dos capitais próprios

milhares de euros

%

Solvabilidade

Endividamento

Liquidez reduzida

Liquidez imediata

N.º

Portugal

45,53

4,28

1,40

0,28

0,40

0,72

0,86

0,19

Continente

44,68

4,24

1,37

0,27

0,37

0,73

0,82

0,18

Norte

30,73

3,50

1,39

0,28

0,39

0,72

0,87

0,20

Minho-Lima

26,91

6,23

1,19

0,28

0,39

0,72

0,73

0,21

Cávado

21,28

5,53

1,52

0,24

0,32

0,76

0,84

0,17

Ave

20,08

2,84

1,41

0,32

0,46

0,68

0,95

0,26

Grande Porto

44,74

3,45

1,36

0,27

0,37

0,73

0,85

0,19

Tâmega

13,84

0,52

1,44

0,30

0,42

0,70

0,87

0,20

Entre Douro e Vouga

20,24

3,15

1,58

0,32

0,47

0,68

0,87

0,15

Douro

33,00

4,50

1,09

0,27

0,38

0,73

0,78

0,20

Alto Trás-os-Montes

43,00

6,51

1,24

0,22

0,29

0,78

1,16

0,34

Fonte: Anuário Estatístico da Região Norte, 2009

47


GUIA DOS RECURSOS PARA O EMPREENDEDORISMO CLUSTER TÊXTIL / MODA EUROCLUSTEX NAS REGIÕES DO NORTE DE PORTUGAL E GALIZA

Os rácios económicos da produtividade do capital fixo revelam que a Região Norte de Portugal é mais elevada que a média do país. Mas, o indicador dos custos com o pessoal “per capita” está abaixo da média, o que denota a existência de condições de produtividade para novos investimentos. Empresas por município da sede, segundo a CAE-Rev.3, 2008 Unidade: N.º

Total Indústria Transformadora

Portugal

% Indústria Transformadora

Total

Indústria Transformadora % Indústria Transformadora

79 589

7,26%

Tâmega

Entre Douro e Vouga

Alto Trás-osMontes

MinhoLima

Cávado

Grande Porto

Ave

Douro

355 991

22 826

39 533

45 399

142 978

42 053

28 849

16 503

17 850

37 872

1 739

5 198

7 660

9 766

6 685

4 672

1 026

1 126

10,64%

7,62%

13,15%

16,87%

6,83%

15,90%

16,19%

6,22%

6,31%

MinhoLima

Arcos de Valdevez

Caminha

Melgaço

Monção

Paredes de Coura

Ponte da Barca

Ponte de Valença Lima

Viana do Castelo

Vila Nova de Cerveira

22 826

1 679

2 055

674

1 839

681

921

3 366

1 531

9 122

958

1 739

116

97

47

132

46

53

284

93

799

72

7,62%

6,91%

4,72%

6,97%

7,18%

6,75%

5,75%

8,44%

6,07%

8,76%

7,52%

Amares

Barcelos

Braga

Esposende

Terras de Bouro

Vila Verde

39 533

1 580

11 194

18 767

3 581

500

3 911

5 198

116

2 906

1 343

409

18

406

13,15%

7,34%

25,96%

7,16%

11,42%

3,60%

Guimarães

Fafe

Póvoa de Lanhoso

Santo Tirso

Trofa

Vieira do Minho

Vila Nova de Famalicão

Vizela

45 399

4 541

14 213

1 809

6 110

3 908

944

12 036

1 838

7 660

900

2 511

271

1 018

668

54

1 845

393

16,87%

19,82%

17,67%

14,98%

16,66%

17,09%

5,72%

15,33%

21,38%

Porto

Póvoa de Varzim

Espinho

Gondomar

Maia

Matosinhos

Valongo

Vila do Conde

Vila Nova de Gaia

142 978

3 700

15 134

14 887

19 483

37 001

6 463

9 138

7 189

29 983

9 766

238

1 822

1 061

990

1 408

515

878

625

2 229

6,83%

6,43%

12,04%

7,13%

5,08%

3,81%

7,97%

9,61%

8,69%

7,43%

Fonte: Anuário Estatístico da Região Norte, 2009

48

Grande Porto

Total

Ave

% Indústria Transformadora

Indústria Transformadora

Indústria Transformadora

Cávado

Total

% Indústria Transformadora

% Indústria Transformadora

Indústria Transformadora

Total

Norte

Indústria Transformadora

1 096 255

% Indústria Transformadora

Total


Ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem nos estabelecimentos por município, segundo o sector de actividade (CAE-Rev.3) e o sexo, 2008 Unidade: € Total

HM

Primário H

M

HM

Secundário H

M

HM

Terciário

H

M

HM

H

M

1 008,0

1 112,4

871,6

714,5

761,8

614,5

915,4

985,4

747,3

1 067,0

1 227,9

915,3

877,3

961,2

765,6

619,4

645,2

568,4

801,9

880,0

656,8

949,9

1 064,5

836,5

Minho-Lima

790,4

869,5

697,6

633,2

705,7

511,1

775,6

850,4

642,9

806,8

898,2

731,8

Arcos de Valdevez

Portugal Norte

699,4

752,4

648,9

530,6

545,6

470,9

669,9

733,8

602,0

741,0

785,8

704,5

Caminha

812,3

887,5

729,8

937,3

1 209,0

492,8

788,8

865,1

602,3

821,4

891,6

773,0

Melgaço

708,9

768,6

653,5

485,3

515,8

446,2

648,1

659,5

611,6

739,6

870,9

663,8

Monção

701,8

758,1

633,6

592,9

631,6

494,1

682,2

730,1

552,0

719,2

801,8

663,1

Paredes de Coura

814,9

820,3

811,0

640,6

606,0

856,9

620,3

657,9

589,4

950,3

972,4

937,2

Ponte da Barca

718,0

717,6

718,6

617,8

648,4

690,7

689,9

697,1

737,6

754,6

722,9

Ponte de Lima

705,4

761,6

631,4

550,7

600,7

508,1

639,3

682,4

559,9

781,5

878,6

688,6

Valença

792,4

890,1

673,1

576,5

603,5

541,7

824,7

896,0

657,3

782,4

895,2

680,5

Viana do Castelo

848,0

949,1

725,4

662,0

730,1

492,8

859,4

950,6

685,1

840,2

951,9

749,7

Vila Nova de Cerveira

830,7

931,0

730,2

524,9

527,5

517,2

849,4

994,6

709,3

811,4

864,0

756,8

812,2

892,2

708,2

559,8

585,0

515,1

773,7

846,1

654,4

861,5

966,5

758,0

Cávado Amares

753,8

812,4

644,6

567,9

628,8

514,8

756,5

780,5

668,5

762,5

877,9

641,7

Barcelos

728,3

804,9

647,5

559,4

581,8

519,2

698,1

783,8

606,5

801,1

862,9

739,1

Braga

900,4

982,6

781,1

569,5

585,9

527,0

880,9

935,0

758,3

917,3

1 036,5

793,0

719,1

785,6

640,1

490,4

479,2

512,7

706,1

767,0

602,0

739,9

829,6

673,9

Terras de Bouro

746,6

879,2

621,8

460,4

481,8

433,8

1 004,1

1 034,0

805,7

656,2

744,5

610,2

Vila Verde

688,4

729,1

629,3

585,9

619,7

500,0

650,2

698,4

549,3

751,5

806,4

705,7

Esposende

Ave

773,6

852,5

681,8

571,5

592,3

531,2

739,0

832,1

618,8

842,5

903,0

785,2

Fafe

661,7

717,9

610,9

499,9

506,5

492,4

614,5

675,4

563,7

745,5

786,2

703,6

Guimarães

745,4

807,6

675,1

553,6

576,3

516,8

704,1

773,2

617,6

830,7

891,0

775,0

Póvoa de Lanhoso

685,1

729,7

633,6

571,1

595,9

519,8

646,0

702,0

565,5

756,8

801,6

722,0

Santo Tirso

759,6

846,1

667,0

646,5

663,8

607,4

718,3

816,9

603,2

842,6

916,0

777,2

Trofa

884,6

958,3

758,2

526,2

558,7

491,5

904,7

965,4

774,1

855,5

948,9

743,6

Vieira do Minho

648,7

658,3

633,8

525,3

501,9

655,8

590,4

598,3

560,8

699,2

751,0

655,5

Vila Nova de Famalicão

842,9

937,9

725,0

586,9

608,5

537,3

809,8

932,1

634,9

907,7

959,1

858,6

Vizela

640,0

707,2

583,1

497,7

516,2

442,3

614,4

690,2

550,3

716,0

760,3

679,1

1 037,6

1 136,9

899,3

653,3

673,7

605,1

966,7

1 036,0

784,3

1 071,9

1 204,6

930,1

791,7

869,7

715,0

//

//

//

755,9

822,6

644,6

807,5

899,4

735,8

Grande porto Espinho Gondomar

800,2

846,7

729,1

599,0

599,0

//

755,7

791,1

656,6

830,4

900,8

755,7

Maia

1 065,3

1 161,9

890,9

583,4

596,3

553,8

1 017,5

1 081,7

845,4

1 101,2

1 235,9

913,0

Matosinhos

1 099,2

1 221,4

918,5

889,1

859,3

1 011,7

1 157,2

1 217,1

930,5

1 077,4

1 226,5

916,2

1 193,9

1 335,2

1 032,3

920,9

1 037,2

773,3

1 155,1

1 231,6

938,5

1 200,5

1 360,5

1 040,5

811,6

921,1

678,3

621,9

647,5

560,1

782,8

906,1

578,1

839,0

950,2

731,8

Valongo

843,5

920,3

730,6

545,7

581,2

458,9

826,5

888,4

679,9

859,2

958,4

755,8

Vila do Conde

885,5

965,7

751,6

577,8

599,1

528,8

894,0

972,2

730,1

890,4

978,7

778,8

Vila Nova de Gaia

950,2

1 021,9

841,8

555,2

551,1

564,6

909,7

962,0

768,5

978,0

1 079,7

869,6

Porto Póvoa de Varzim

Fonte: Anuário Estatístico da Região Norte, 2009

Os valores referentes ao Ganho Mensal Médio dos trabalhadores nas regiões do Ave e Cávado situam-se abaixo dos praticados no Grande Porto e da média nacional. A situação reflete que o custo da mão-de-obra não será obstáculo para novos investimentos. 49


Unidade: N.º Nível de habilitações Inferior ao 1º ciclo do ensino básico

Total

Portugal Norte

1º ciclo do ensino básico

2º ciclo do ensino básico

3º ciclo do ensino básico

Ensino secundário

Bacharelato

Licenciatura

Mestrado

Doutoramento

2 267 915

26 640

434 894

435 319

525 037

502 989

51 269

259 846

14 229

2 969

767 668

8 437

163 361

188 690

171 854

143 080

14 753

71 126

4 105

1 157

42 308

328

6 359

10 932

11 917

8 511

753

3 321

111

38

Arcos de Valdevez

3 408

15

620

870

921

694

30

243

9

0

Caminha

2 438

479

536

590

501

41

252

Melgaço

821

4

105

245

181

203

10

70

3

0

2 411

20

420

584

672

505

43

160

5

0

1 097

16

167

260

301

155

20

172

0

5

Minho-Lima

Monção Paredes de Coura Ponte da Barca

1 373

331

328

315

266

13

92

0

Ponte de Lima

6 607

34

781

2 078

2 046

1 081

118

446

10

10

Valença

3 046

42

522

682

979

598

34

180

Viana do Castelo

18 229

133

2 499

4 686

5 030

3 929

396

1 475

51

17

2 878

16

435

663

882

579

48

231

14

Cávado

86 791

770

16 021

25 164

20 612

15 596

984

7 008

379

113

Amares

3 055

27

823

949

611

399

32

200

7

6

Barcelos

26 726

245

5 112

9 864

6 304

3 582

198

1 328

63

13

Braga

43 558

332

7 506

9 793

10 764

9 392

630

4 705

250

88

6 411

54

1 100

2 275

1 314

1 199

57

372

831

38

182

166

221

152

19

50

0

Vila Nova de Cerveira

Esposende Terras de Bouro Vila Verde Ave Fafe Guimarães Póvoa de Lanhoso Santo Tirso Trofa Vieira do Minho Vila Nova de Famalicão Vizela Grande Porto

6 210

74

1 298

2 117

1 398

872

48

353

27

3

128 901

1 511

32 182

38 270

28 242

18 884

1 356

7 445

719

159

9 379

88

1 783

3 431

2 481

1 148

65

337

30

11

43 476

497

11 875

12 963

8 892

6 326

377

2 259

205

39

3 857

39

864

1 205

998

542

29

149

16 589

150

4 777

5 034

3 247

2 213

144

938

48

16

10 715

127

2 511

2 605

2 552

1 790

176

851

66

24

1 394

10

273

439

384

207

67

0

37 655

530

8 082

10 830

8 538

6 017

532

2 687

340

62

5 836

70

2 017

1 763

1 150

641

157

295 195

2 847

53 783

53 282

66 370

67 725

8 446

39 599

2 083

598

4 503

101

1 069

936

1 000

938

95

329

18

7

Gondomar

18 462

324

4 194

4 043

4 532

3 767

333

1 171

68

10

Maia

37 895

336

7 213

6 932

8 830

8 819

1 055

4 351

240

70

Matosinhos

42 146

495

7 323

6 714

9 358

10 431

1 647

5 746

289

51

Porto

94 155

535

13 550

12 734

19 535

24 492

3 293

18 514

991

383

Póvoa de Varzim

12 832

136

2 461

3 555

3 182

2 063

213

1 143

45

3

12 721

184

2 898

2 806

3 198

2 463

218

892

35

11

Espinho

Valongo Vila do Conde

17 990

194

3 496

4 569

4 535

3 298

381

1 405

63

22

Vila Nova de Gaia

54 491

542

11 579

10 993

12 200

11 454

1 211

6 048

334

41

O quadro evidencia que a população ativa a Norte está concentrada em cerca de 66,5% nas áreas do Cávado, Ave e Grande Porto. No que se refere ao nível das habilitações a maioria está no 1º. e 2º. Ciclo do ensino básico. Esta situação condiciona o desenvolvimento de atividades. Contudo, verifica-se que o número de licenciaturas a Norte representa cerca de 27,3% da média nacional. 50

Fonte: Anuário Estatístico da Região Norte, 2009

GUIA DOS RECURSOS PARA O EMPREENDEDORISMO CLUSTER TÊXTIL / MODA EUROCLUSTEX NAS REGIÕES DO NORTE DE PORTUGAL E GALIZA

Trabalhadores por conta de outrem nos estabelecimentos por município, segundo o nível de habilitações, 2008


4.2

A região da galiza, a moda têxtil e vestuário

Os dados estatísticos referentes à Galiza foram selecionados no sentido de evidenciar as situações correspondentes às do Norte de Portugal. Contudo, as estatísticas do INE da Galiza não se encontram estruturados por forma a fazer comparações detalhadas entre os períodos análogos que permitam identificar complementaridades. A Região da Galiza integra as províncias de Lugo, Corunha, Ourense e Pontevedra, estas duas são fronteira natural com a Região Norte de Portugal, e concentram número significativo de empresas com atividade no “design”, moda e distribuição do têxtil e vestuário. É aqui que se encontra uma das maiores empresas exportadoras de moda têxtil a nível mundial que é a Inditex. Assim, as atividades existentes são, por definição, complementares às da indústria do Norte de Portugal, no mesmo setor, o que permite criar condições adequadas ao investimento e à cooperação empresarial. Por outro lado, a Galiza dispõe de rede de ensino superior, de ciência e tecnologia, integrando as universidades de prestígio, como a Santiago de Compostela e Vigo, centros e institutos de investigação que constituem hoje em dia, um exemplo de qualidade e capacidade de desenvolvimento de projetos conjuntos entre as empresas e as instituições de I&D. Acresce ainda que a população residente regista crescimento, com destaque para o segmento etário mais jovem o que denota rejuvenescimento da população ativa. Assim, poder-se-á afirmar que existem infraestruturas para desenvolver projetos empresariais e experiência em design, marcas de moda e distribuição para assegurar o empreendedorismo e inovação. Os dados sobre o Investigação e Desenvolvimento (I&D) na Galiza permitem, também, concluir que a Região tem à dinâmica baseada na formação em modernos processos de gestão da inovação colocando-a ao serviço do mercado. Os elementos disponíveis reportam a 2009 para a criação de novas empresas e estrutura salarial, enquanto os dados sobre Investigação e Desenvolvimento são de 2010. Todos os dados constam da publicação em 2012, como se pode verificar pelas indicações do Instituto Nacional de Estatística Galego. Os critérios seguidos na seleção dos valores foram no sentido de obter dados para caracterizar o potencial do empreendedorismo e da dinâmica inovadora da economia galega e do setor têxtil e vestuário, com base no seguinte: •

Estrutura etária da população da Região da Galiza e por províncias;

Número de novas empresas na Galiza e o Total Nacional;

Custos com salários e encargos sociais da Indústria Transformadora e de outras atividades (Total Nacional e da Galiza);

Percentagem da Investigação e Desenvolvimento em relação ao VAB da Indústria Transformadora e do Têxtil e Vestuário (Total Nacional e da Galiza);

Principais indicadores de Inovação a Nível Nacional e da Galiza;

Investimentos na inovação tecnológica Total Nacional e Galiza;

Evolução do número de trabalhadores alocados às atividades de I&D;

Dados sobre a sobrevivência de novas empresas do têxtil e vestuário. 51


GUIA DOS RECURSOS PARA O EMPREENDEDORISMO CLUSTER TÊXTIL / MODA EUROCLUSTEX NAS REGIÕES DO NORTE DE PORTUGAL E GALIZA

Vejamos os seguintes dados estatísticos da Região da Galiza: População por níveis etários Galicia

A evolução verificada nos últimos dez anos (2001-2011) na Galiza mostra ligeiro crescimento da população. A faixa etária entre 25 e 64 anos é a mais representativa. A população jovem nos segmentos dos 0 aos 14 e dos 15 aos 24 é superior à do segmento de 65 anos e mais. Isto significa que a há rejuvenescimento favorável ao desenvolvimento da economia. A análise por províncias mostra que a Corunha e Pontevedra registaram crescimento enquanto o Lugo e Ourense diminuíram ligeiramente. A Coruña

Lugo

52


Ourense

Pontevedra

Novas empresas e nível de sobrevivência na Galiza das empresas do têxtil e vestuário A criação de novas empresas e o grau de sobrevivências das mesmas na Galiza correspondeu a cerca de 5,5% do total nacional, enquanto o setor têxtil e vestuário na região representou 8% do total, sendo de destacar o nível de sustentabilidade superior nesta atividade em relação ao global, o que denota haver condições de desenvolvimento, principalmente nas províncias de Ourense, Pontevedra e Corunha, onde se concentra o maior número de empresas do setor.

Nacimientos de empresas por comunidades y ciudades autónomas, actividad principal (CNAE 2009) y condición jurídica. Unidades:valor absoluto

Total TOTAL NACIONAL Todas las actividades GALICIA Todas las actividades

267.546 14.805

Fonte:Instituto Nacional de Estadística Copyright INE 2012

53


GUIA DOS RECURSOS PARA O EMPREENDEDORISMO CLUSTER TÊXTIL / MODA EUROCLUSTEX NAS REGIÕES DO NORTE DE PORTUGAL E GALIZA

Sobrevivência de empresas nascidas en 2008 por actividad principal (CNAE 2009) y año. Unidades: valor absoluto Nacidas en 2008 Todas las actividades

Supervivencias en 2009

287.550

227.694

13 Industria textil

426

361

14 Confección de prendas de vestir

838

618

Fonte: Instituto Nacional de Estadística

Relativamente aos principais indicadores de despesa das empresas temos:

Enquisa industrial de empresas. Variables por agrupacións de actividade II. CNAE-09. Ano 2010 Unidade: Euros

Compras e traballos realizados por outras empresas España Total industria

Galicia

Gastos de persoal

Servizos exteriores

Gastos de explotación

España

Galicia

España

España

Galicia

Galicia

332.776.706

21.790.699

76.027.461

4.361.787

74.365.068

4.074.905

514.566.632

32.169.825

78.580.380

3.708.648

8.515.441

411.123

12.130.623

637.565

110.068.292

5.391.169

61.593.100

4.864.269

11.116.814

682.009

14.700.178

917.605

91.791.576

6.728.048

8.833.398

1.046.719

3.151.921

315.803

2.260.877

153.417

14.888.330

1.564.448

13.886.515

1.107.948

5.553.015

362.255

4.642.563

325.906

25.911.590

1.915.830

30.884.034

627.807

6.418.136

86.081

9.597.093

131.263

49.228.468

897.818

10.249.696

425.236

3.401.678

125.935

2.966.603

110.695

17.645.059

766.603

10.001.119

594.523

4.619.091

271.083

4.765.408

213.955

21.321.051

1.166.789

39.845.489

2.352.728

11.456.965

685.969

8.503.560

640.302

62.590.665

3.844.612

15.091.065

431.586

4.097.914

153.630

2.947.399

116.181

23.177.797

764.017

8.851.156

273.005

4.181.252

136.749

2.177.159

52.666

16.089.015

481.960

46.668.407

5.985.160

8.052.177

788.249

7.050.495

672.625

64.540.504

7.786.282

8.292.346

373.070

5.463.057

342.900

2.623.110

102.726

17.314.285

862.249

Industrias extractivas, enerxía, auga e residuos Alimentación, bebidas e tabaco Téxtil, confección, coiro e calzado Madeira e corcho, papel e artes gráficas Industria química e farmacéutica Caucho e materias plásticas Produtos minerais non metálicos diversos Metalurxia e fabricación de produtos metálicos agás maquinaria e equipo Material e equipo eléctrico, electrónico e óptico Maquinaria e equipo mecánico Material de transporte Industrias manufactureiras diversas, reparación e instalación de maquinaria e equipo Fonte: INE. Encuesta industrial de empresas I.G.E. - Instituto Galego de Estatística

54


Em relação à produção das empresas os dados são os seguintes:

Enquisa industrial de produtos. Produción industrial por agrupacións de actividade. CNAE-09 Unidade: Miles de euros 2009

2010

España Total

Galicia

España

Galicia

337.105.738

25.614.020

359.807.077

26.619.485

Alimentación, bebidas e tabaco (CNAE 10 a 12)

72.961.449

5.116.748

74.989.075

5.245.146

Téxtil e confección (CNAE 13 e 14)

7.874.489

1.216.416

7.835.074

1.149.978

Coiro e calzado (CNAE 15)

2.343.900

72.843

2.477.710

77.145

4.618.149

793.281

4.331.756

747.771

14.916.019

492.046

15.720.207

623.072

50.390.308

2.589.564

61.639.060

3.124.620

Manufacturas do caucho e plástico (CNAE 22)

12.970.851

610.387

13.977.869

604.468

Produtos minerais non metálicos (CNAE 23)

17.063.791

927.779

15.094.245

813.085

Produción, 1ª tranformación e fundición de metais (CNAE 24)

20.116.387

1.466.263

25.511.421

2.000.906

24.675.206

1.506.066

24.323.291

1.254.816

Produtos informáticos, electrónicos, ópticos e eléctricos (CNAE 26 e 27)

15.521.663

762.374

15.315.316

575.586

Maquinaria e equipo (CNAE 28)

13.368.675

652.187

13.006.237

549.569

46.684.907

6.961.698

50.020.359

7.232.432

7.490.401

271.052

7.221.429

281.044

Reparación e instalación de maquinaria e equipamento (CNAE 33)

8.879.266

733.044

9.479.972

735.565

Produción de enerxía eléctrica, gas e vapor (CNAE 35)

17.230.274

1.442.270

18.864.057

1.604.283

Madeira e cortiza (CNAE 16) Papel, artes gráficas e reprodución de soportes gravados (CNAE 17 e 18) Coquerías, refino, químicas e produtos farmacéuticos (CNAE 19 a 21)

Produtos metálicos (CNAE 25)

Material de tranporte (CNAE 29 e 30) Mobles e outras industrias manufactureiras (CNAE 31 e 32)

Fonte: INE. Encuesta industrial de empresas I.G.E. - Instituto Galego de Estatística

Em termos de remuneração do pessoal ao serviço nas empresas em Espanha temos os seguintes dados: Custo laboral medio por traballador segundo o sector de actividade e as compoñentes do custo Ano: 2010 Unidades: Euros España Total Soldos e salarios

1.610

Galicia Industria

Construción

1.795

Servizos 1.547

1.579

Total 1.428

Industria 1.547

Construción 1.420

Servizos 1.395

Fonte: INE. Encuesta anual de coste laboral. Extraído de http://www.ine.es I.G.E. - Instituto Galego de Estatística

55


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As taxas de atividade na Galiza são: Taxas de atividade por grupos de idade e sexo - Galicia Unidade: Porcentaxes Taxa de actividade 2007 Total

2008

2009

2010

2011

Total

54,3

55,1

55,2

54,6

55,2

Homes

63,3

63,7

62,5

61,8

61,7

Mulleres

46

47,2

48,5

48

49,2

de 16 a 24 anos

Total

45

45,5

44,8

40,7

38,8

Homes

53,2

52,3

50

44,8

43,2

Mulleres

36,6

38,4

39,4

36,4

34,3

de 25 a 54 anos

Total

83,1

84

84

84

85,4

Homes

90,6

91,3

89,9

90

90,6

Mulleres

75,7

76,7

78,1

77,9

80,1

18

18,7

19,4

19,1

19,6

de 55 e máis anos

Total

Homes

24,9

25,1

24,8

24,5

24

Mulleres

12,5

13,6

15,1

14,9

16,1

Fonte: IGE-INE. Enquisa de poboación activa I.G.E. - Instituto Galego de Estatística

Atividades de inovação tecnológica na Galiza e no têxtil e vestuário Na mesma linha, a análise sobre os dados do investimento em Investigação e Desenvolvimento (I+D) em relação ao Valor Acrescentado Bruto (VAB) por atividade, mostra a evolução comparativa da incorporação de tecnologia nas atividades industriais totais e no setor têxtil e vestuário. Constata-se que, desde 2002, este setor tem vindo a registar aumento significativo do investimento em I+D em relação ao total que traduz o reconhecimento da sua importância na economia regional e nacional. Também se verifica que foi na inovação do processo que registou o maior volume de investimento em empresas inovadoras, conforme indicadores do total nacional e da Galiza. Resumen Nacional Percentagem de gastos en I+D em relação ao VAB (P) por ramos de atividade Unidades:% 2001

2002

2003

2004

2005

2006 (P)

2007 (A)

Industria

1,92

2,02

2,01

2,26

2,34

2,5

2,32

Industria textil y confección

0,8

0,92

1,05

1,34

1,55

1,81

2,04

Notas: 1.- Los Gastos en I+D/VAB(precios básicos) incluyen I+D contínua y ocasional Fuente VAB (Valor Añadido Bruto): INE. Contabilidad Nacional de España Base 2000 (P) Estimación provisional del VAB (A) Estimación avance del VAB Fonte:Instituto Nacional de Estadística

56


Principais indicadores de inovação por comunidades e cidades autónomas e tipo de indicador Unidades:definidas en las variables

Empresas innovadoras en el periodo 20082010: Total

Empresas con actiIntensidad de vidades innovadoras innovación en 2010

Total Nacional Galicia

Empresas innovadoras en el periodo 2008-2010: De producto

Empresas innovadoras en el periodo 2008-2010: De proceso

Empresas innovadoras en el periodo 2008-2010: De producto y de proceso

24.645

1

32.041

14.466

26.962

9.387

1.356

0,88

1.947

838

1.644

535

Fonte:Instituto Nacional de Estadística

Gastos totais em atividades inovadoras por comunidades e cidades autónomas e dimensão da empresa Unidade: Euro

Menos de 250 empleados Total Nacional Galicia

Total

250 y más empleados

6.302.302

9.868.916

16.171.218

258.721

367.631

626.353

Fonte:Instituto Nacional de Estadística

Os indicadores da atividade inovadora das empresas da Região da Galiza representam 5,5% do total nacional sendo que no período de 2008-2010 é de 6%. No que se refere ao volume de emprego gerado, as atividades inovadoras representam cerca de 3,9%, o que denota que o investimento em I&D privilegiou o capital intensivo.

As atividades inovadoras por setores Unidades:definidas en las variables

Total Total Empresas 1. Agricultura, Ganadería, Silvicultura y Pesca Total Industria 22. Construcción (Cnae 41, 42, 43) Total Servicios

24.645 637 9.270 1.952 12.786

Fonte:Instituto Nacional de Estadística

57


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Fonte: IGE. Enquisa estrutural a empresas O sector servizos inclúe as seccións G, H, I, J, K, M e O da CNAE-93. I.G.E. - Instituto Galego de Estatística

Investigação e Desenvolvimento (I&D) Persoal en I+D (en EDP)

Investigadores en I+D (en EDP)

Sector empresas

Total

Sector Administración Pública

Sector Ensino Superior

Sector empresas

Total

Sector Administración Pública

Sector Ensino Superior

2001

5.937

1.155

948

3.834

4.254

376

469

3.408

2006

8.281

3.021

1.329

3.931

5.191

1.238

756

3.197

10.809

3.673

1.800

5.337

6.683

1.663

937

4.083

2010

Gastos internos totais en I+D (miles de euros correntes) Sector empresas

Total

Gasto en I+D per cápita (euros) Sector Administración Pública

Sector Ensino Superior

Sector empresas

Total

Sector Administración Pública

Sector Ensino Superior

2001

240.265

67.186

37.114

135.965

89

-

-

-

2006

449.522

198.290

75.306

175.926

165

-

-

-

2010

531.601

239.588

84.742

207.271

194

-

-

-

Fonte: I.G.E. - Instituto Galego de Estatística

A Galiza apresenta uma considerável dinâmica de empreendedorismo quando olhamos para entrada e saída de empresas na economia em percentagem com o total das empresas existentes. Ao nível da I&D os dados revelam crescimento do investimento que entre 2001 e 2010 subiu cerca de 55% o que denota a aposta na inovação com base em investigação tecnológica, desenvolvido, principalmente, através de organismo do Ensino Superior (Universidades e Centro Tecnológicos) e nas empresas. A evolução registada na Galiza é semelhante à do Norte de Portugal, em termos de aposta na I&D para a criação de novas empresas não obstante as diferenças culturais e de desenvolvimento “per capita” existente entre as regiões. Tudo fundamenta que existem condições para realizar a cooperação de forma organizada e com objetivos que otimizem os investimentos e a integração de atividades complementares de ambos os lados da fronteira.

58


4.3

As infraestruturas de Loteamentos e Parques Industriais, Ensino, Investigação e Centros de Formação

Estão em plena atividade organizações para apoiar projetos, quer em Portugal quer em Espanha, tais como: Portugal – Região Norte: •

Agência para a Inovação

INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Centros Tecnológicos

Parques Científicos e Tecnológicos

Business Innovation Centres (BIC’s)

Espanha – Galiza: •

Rede de Xestores de Innovación

Direccion General y de la Pequeña e Mediana Empresa

Parque Tecnolóxico de Galícia

Business Innovation Centres (BIC’s)

Confederación Española Jóvenes Empresários

Estas entidades, que existem em ambos os lados da fronteira, mas com designações diferentes, têm por base as experiências já realizadas e dispõem de meios que permitem formular orientações para a Inovação e o Empreendedorismo e gerir prioridades. Geralmente, as organizações estão preparadas para auxiliar o empreendedor no seguinte: •

Recolher informação sobre as medidas de apoio existentes;

Verificar se às necessidades de Inovação e de I&D resultantes da identificação correspondem às oportunidades nos mercados;

Qualificar a mão-de-obra;

Testar e avaliar os novos “modelos”;

Recomendar alterações nos processos do tecido produtivo para ajustar os “modelos“.

59


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5

As Organizações

Para facilitar os processos de criação e licenciamento industrial e comercial das empresas existem organizações que se dedicam à oferta de serviços especializados para a incubação de empresas, auxiliar os projetos de inovação e apoiar os processos de licenciamento obrigatório. Neste capítulo iremos referir as sediadas no Norte de Portugal e na Galiza e que poderão auxiliar os projetos para empresas do Têxtil Moda e outras atividades de suporte.

5.1

Os Centros Tecnológicos

Os Centros Tecnológicos e de Inovação estão distribuídos por várias entidades e foram criados com o objetivo de desenvolver a área tecnológica em diversos setores de atividade. A sua Missão é apoiar o desenvolvimento das capacidades técnicas e tecnológicas dos setores a que estão ligados, divulgar e promover a inovação e a melhoria da qualidade do produto final e do serviço. Assim, temos as seguintes entidades que integram atividades de inovação tecnológica no Norte de Portugal e na Galiza:

Portugal Região Norte CITEVE - Centro Tecnológico das Indústria Têxtil e do Vestuário de Portugal

CENTI - Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes

60


CATIM - Centro de Apoio Tecnológico à da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica

CENFIM - Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica

CTCOR -Centro Tecnológico da Cortiça

CTIC - Centro Tecnológico das Indústrias do Couro

Espanha Galiza TECNOPOLE - Parque Tecnolóxico de Galicia

APTE - Asociación de Parques Científicos y Tecnológicos de España

IGAPE - Instituto Galego de Promoción Económica

FUNDACIÓN C.E.L. - Fundación CEL-Iniciativas por Lugo

61


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UNINOVA - Iniciativas Empresariais Inovadoras

FEDIT - Federación Española de Entidades de Innovación y Tecnologia

CNT - Centro de Novas Tecnoloxías de Galicia

OETIC - Portal Objetivo Emprendimiento del Sector TIC de Galicia

Destes centros importa referir as ações do CITEVE e do CENTI, no Norte de Portugal, e o Tecnópole e o UNINOVA, na Galiza.

CITEVE Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal Rua Fernando Mesquita, nº 2785, 4760-034 Vila Nova de Famalicão Tel.: + 351 252 300 300 | Fax: + 351 252 300 317 www.citeve.pt | citeve@citeve.pt O CITEVE está vocacionado para a ITV e interessa evidenciar a importância da sua contribuição para a inovação e o empreendedorismo no setor. A tipologia dos serviços prestados é a seguinte: •

Testes e ensaios técnicos;

Consultoria e Assistência Técnica;

Desenvolvimento tecnológico de Novos Produtos;

Idem de novos processos;

Transferência de Tecnologia;

Valorização dos Recursos Humanos;

Vigilância Tecnológica;

Normalização e Certificação;

Propriedade Industrial;

“Benchmarking”.

Dispõe de competências em Tecnologias setoriais específicas (Materiais, processos, etc.) bem como de tecnologias horizontais (TIC, Sistema de Gestão Ambiental, Higiene e Segurança, Energia e Gestão da Qualidade) 62


O Centro está apetrechado com as seguintes tecnologias: •

Laminagem;

“Hotmelt”;

“Coating”/ revestimento;

Malhas tridimensionais;

Malha trama;

Tecnologia “seamless”;

Estamparia digital;

Linha de união e consolidação de materiais por termocolagem e corte a laser.

Dispõe de oferta de serviços de apoio ao Empreendedorismo em parceria com outras entidades, tais como: O CITEVE, em parceria com o LIFTOFF - Gabinete do Empreendedor da Associação Académica da Universidade do Minho e o “spin-off” EDIT VALUE® Consultoria Empresarial, vai oferecer apoio técnico especializado para elaboração de Planos de Negócio a oito empreendedores com ideias inovadoras de base tecnológica relacionadas com o sector da Moda (Têxtil, Vestuário, Calçado e Ourivesaria). Tem programas de seleção e apoio a novas ideias com base nos seguintes critérios: •

Ligação da ideia ao sector da Moda;

Caráter inovador;

Aplicabilidade prática;

Potencial de mercado e internacionalização;

Perfil do(s) promotore(s).

Promove ações para estimular o Empreendedorismo e a Inovação direcionadas para a criação de produtos de elevado valor acrescentado e orientadas para o mercado. O CITEVE promove uma forte interação com os mais diversos parceiros e agentes institucionais, europeus e nacionais, numa lógica de funcionamento em rede através com a participação ativa do Centro em várias redes de excelência, tais como: •

Plataforma Tecnológica Europeia para o Futuro do Têxtil e Vestuário

Textranet – Rede Europeia de Institutos de Investigação Têxtil

Pólo de Competitividade da Moda

Health Cluster Portugal

Plataforma CentroHabitat

Pólo de Competitividade das Indústrias da Moda

Associação Internacional OEKO-TEX®

Uma das funções do CITEVE é tutelar e garantir o funcionamento da CT4 – Comissão Técnica dos Têxteis e Vestuário. Também participa nos grupos técnicos de trabalho no âmbito da normalização, aos níveis europeu (CEN) e internacional (ISO). 63


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A certificação OEKO-TEX® e a Marcação CE para EPI (Equipamentos de Proteção Individual) são exemplos dos serviços que presta nestes domínios. O Centro de Alto Rendimento em IDT do CITEVE (CAR-IDT), que está disponível para albergar nas suas instalações projetos empresariais de base tecnológica. O Centro destina-se a apoiar dois tipos de projetos: •

Novas empresas de base tecnológica;

Departamentos de IDT de empresas existentes.

O CAR-IDT é também um espaço de incubação do CITEVE, em Vila Nova de Famalicão com as seguintes infraestruturas: •

400 m2 distribuídos por 7 gabinetes equipados que variam entre os 40m2 e os 50m2;

2 salas de reuniões equipadas;

Sala de recepção e acolhimento de clientes;

Pavilhão industrial com 450m2;

Equipamento industrial para prototipagem (Tricotagem, Tinturaria / Acabamentos, “Coating”, Laminagem, Confeção, etc)

O CAR-IDT do CITEVE pretende ser o parceiro ideal dos projetos empreendedores e empresas da ITV de cariz inovador, promovendo a cultura de permanente inovação e suporte tecnológico nos domínios que contribuam para melhorar a competitividade das empresas. Nos processos de Inovação têxtil o CITEVE desenvolve políticas no sentido de: •

GERIR CONHECIMENTO, GERAR VALOR

Aumentar a valorização económica dos resultados da I&D+I, a GESTÃO DO PROCESSO DE INOVAÇÃO

Mobilizar grupos de empresas e entidades complementares para uma resposta mais eficaz a oportunidades e solicitações de mercado.

As vertentes de intervenção são as seguintes: •

dinamização e formatação de consórcios e parcerias com vista ao desenvolvimento de projetos de I&D+I, de âmbito nacional e internacional;

suporte ao processo de inovação, nomeadamente “benchmarking” e gestão da propriedade industrial;

apoio na identificação e seleção de parceiros científicos, tecnológicos e empresariais e acesso a uma vasta rede de contactos nacionais e internacionais.

No que respeita ao Programa de Incubação Residencial o preço praticado (está indexado à área ocupada pela empresa). Valor Mensal: Base 100,00€

64

+

Ano 1

Ano 2

Ano 3

7,00 € / m2

7,50 € / m2

8,00 € / m2


CENTI Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes Rua Fernando Mesquita, 2785 4760-034 Vila Nova de Famalicão - Portugal Tel: +351 252 104 152 | Fax: +351 252 327 358 www.centi.pt | centi@centi.pt

O Centro de Nanotecnologia e Materiais Inteligentes (CENTI) localiza-se em Portugal e o seu papel é o de impulsionar o desenvolvimento de novos materiais, a fim de contribuir para a inovação de produto ao longo de todas as etapas de desenvolvimento necessárias. Foi fundado pelo CITEVE (Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário), da Universidade do Minho, da Universidade do Porto, a Universidade de Aveiro e CTIC (Centro Tecnológico para a Indústria do Couro). A sua estratégia segue 5 diretrizes: 1. Criação de um grupo multidisciplinar (química, física, engenharia- química, materiais, eletrónica e biomédica); 2. Atividades experimentais (prototipagem, amostragem, ampliação), com apoio científico; 3. Atividade do laboratório para a industrialização (lab2fab); 4. Alta qualidade, serviço exclusivo a preços R & D s acessíveis; 5. Benefícios reais e comprovados, a baixos custos de produção. O CENTI conta com 25 investigadores a tempo inteiro e com a colaboração a tempo parcial de cerca de 24 técnicos e investigadores. Em termos das engenharias, as áreas abrangidas por estes recursos humanos vão desde as engenharias química, têxtil, polímeros, materiais, biotecnologia e eletrónica. Em termos das ciências, o CENTI conta com especialistas nos domínios da química, física e biologia. Toda a sua atividade de IDT é desenvolvida em torno da temática dos materiais, desde a sua síntese ou modificação, passando pela sua aplicação em diferentes substratos (que poderá ser efetuada por diferentes tecnologias desde as convencionais a tecnologias inovadoras que o CENTI terá disponível nas suas instalações), até à obtenção do produto final que se pretende que possua valor acrescentado. O Centro possui um Laboratório de Caracterização de Materiais que conta com um conjunto alargado de técnicas de caracterização que correspondem ao estado da arte na caracterização de materiais e que estão disponíveis para os parceiros/clientes, com acompanhamento técnico especializado, para apoio ao nível do processo, controlo de qualidade, avaliação de falhas ou em desenvolvimentos internos das empresas. Para além das técnicas acima referidas, o CENTI tem vindo a estabelecer diversos protocolos de cooperação com os seus parceiros fundadores para recorrer a outras técnicas complementares de caracterização de materiais.

65


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TECNOPOLE Parque Tecnolóxico de Galicia, S.A. San Cibrao das Viñas 32900 Ourense Tel. +34 988 368 100 | Fax. +34 902 501 425 www.tecnopole.es | tecnopole@tecnopole.es

O Tecnópole é um Parque Tecnológico situado na Galiza que iniciou a sua atividade em 1993 por iniciativa da Junta da Galiza face à necessidade de criar um espaço de referência na Galiza para acolher, apoiar e potenciar iniciativas empresariais de carácter marcadamente inovador e que apostassem nas novas tecnologias e na investigação. O Capital da sociedade gestora Parque Tecnológico de Galicia, S.A. é constituido pelas seguintes instituições: •

Xunta de Galicia (45,00 %)

Novacaixagalicia (41,56 %)

Diputación de Ourense (3,89 %)

Universidad de Vigo (2,00 %)

Universidad de Santiago (2,00 %)

Cámara de Comercio e Industria de Ourense (1,85 %)

Concello de Ourense (1,85 %)

Concello de San Cibrao das Viñas (0,74 %)

Confederación Empresarial de Ourense (0,37 %)

Unión General de Trabajadores (0,37 %)

Universidad de A Coruña (0,37 %)

Desde 2009 dispõe de um novo espaço de inovação multissetorial para empreendedores. O Edificio do Tecnólope oferece cerca de 3.000m2 para o “start up” de empresas e acolhe a Lanzadeira de Empresas de Biotecnoloxía, uma secção específicamente dedicada às iniciatiava relacionadas com este setor. Esta incubadora de empresas foi concebida tendo em conta as mais modernas tecnologías, em termos de poupança energética, comunicações e controlo de acessos, constrituindo um verdadeiro edificio inteligente. As empresas podem contar com inúmeras facilidades para iniciar a sua actividade e com serviços avançados de suporte à inovação. Serviços:

66

Gabinete de Financiamento de Projectos;

Gabinete de Estudos de Viabilidade;

Central de compras;

Rede de Transferencia de Tecnología;

Serviço de idiomas e de suporte à comunicação corporativa;

Plataforma de dinamização de projetos em colaboração com a Universidade;

Telecomunicações (incluindo internet Wifi);


Plataforma de “e-learning”;

Segurança e controlo de acessos;

Entradas com abertura electrónica;

Salas de reuniões.

Projetos em curso: •

ER-INNOVA

Preincubadora

COPIT

TECMEVA

Aulas Tecnópole

ER-INNOVA O Tecnópole é responsável pelo projeto europeu ER-INNOVA, uma iniciativa no ambito da Eurorregião Galicia-Norte de Portugal, que fomente a utilização de ferramentas avançadas baseadas nas TIC e destinadas ao sector das energias renováveis. Pretende-se a melhoria da competitividade das PME, mediante a otimização dos procesos empresariais básicos e a criação de um espaço virtual para troca de bens e serviços e para o fomento das actividades de I&D. Os parceiros envolvidos no projecto são: •

Parque Tecnolóxico de Galicia

NET SA (Novas Empresas e Tecnologías SA)

Sociedade gestora do BIC Porto (Business and Innovation Centre de Porto)

Associacion de Empresas Galegas Adicadas a Internet (EGANET)

Fundación para o Fomento da Calidade Industrial e o Desenvolvemento Tecnolóxico de Galicia

Preincubadora A Preincubadora de empresas de base tecnológica, que nasce da aliança entre o Tecnópole e a Universidade de Vigo, é um espaço destinado ao desenvolviemnto de iniciativas de base científico-tecnológica por parte da comunidade universitaria. A avaliação dos projectos está a cargo de uma comissão formada por representantes do Tecnópole e da Universidade de Vigo, que analisará o mérito do projeto em função dos relatórios técnicos realizados pela Oficina de Transferencia de Resultados de la Investigación (OTRI) da Universidade. Os projetos empresariais contarão com assessoria técnica especializada permitindo reduzir a carga administrativa da fase inicial de lançamento de uma empresa. COPIT O Tecnópole iniciou em 2010 a segunda fase da sua participação no Programa de Cooperación con Parques Industriales y Tecnológicos (COPIT), uma iniciativa de nível estatal para a melhoria da competitividade das empresas e dos centros tecnológicos. Está em curso a recolha de informação com vista à elaboração de um catálogo de carácter sectorial que se divulgará nas empresas situadas na Galiza, com o intuito de conseguir acordos comerciais e iniciar projetos conjuntos. 67


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O Programa é financiado pelo Ministerio de Industria, Turismo y Comercio através de fundos estruturais do FEDER e em colaboração com a Asociación Española de Parques Científicos y Tecnológicos de España (APTE), a Coordinadora Española de Polígonos Industriales (CEPE), a Escuela de Organización Industrial (EOI) e a Empresa Nacional de Innovación (ENISA). TECMEVA No Edificio Tecnópole I, o edificio mais reciente e moderno do Parque Tecnológico, funciona o Centro de Investigación en Nuevas Tecnologías Quirúrgicas Mínimamente Invasivas denominado TECMEVA (Tecnoloxías Médicas de Vangarda). O centro dedica-se à investigação aplicada na área da Fetoscopia e Laparoscopia convencional. Os têxteis técnicos podem encontrar neste Centro bases de cooperação para novos produtos e parcerias para estudos tecnológicos.

UNINOVA Sociedade para a Promoción de Iniciativas Empresariais Innovadoras, S.L. Edificio Emprendia Campus Vida, s/n Universidade de Santiago de Compostela 15782 Santiago de Compostela Tel. +34 881 815 596 | Fax. +34 881 815 591 www.uninova.org | emprender@uninova.org A Uninova, a incubadora de empresas da Universidade de Santiago de Compostela é uma sociedade participada pela própria universidade (USC) e o concelho de Santiago de Compostela. Foi criada no ano de 1999 tendo como objetivo promover a criação de empresas inovadoras de base tecnológica (“spin-off”) que surgirem de projetos de investigação e desenvolvimento (I&D) da USC. No cerne da Uninova está a cultura empresarial inovadora. A Uninova dispõe da tecnologia mais avançada para concretizar projetos de base tecnológica, mantendo assim um contínuo “feed-back” com a USC de modo a poderem identificar aquelas que são as iniciativas que mostram maiores hipóteses de crescimento. Conta com seriços e apoios profissionais conducentes à elaboração de planos de empresa, assessoria sobre as várias vias de financiamento, acompanhamento e apoio na gestão empresarial, internacionalização, formação e incubação. Tem como objetivos: •

Criação e utilização duma sistemática de incubação de empresas que permita maximizar as probabilidades de êxito das mesmas;

Dar a conhecer à comunidade científica e universitária a sua existência como viveiro de empresas para o desenvolvimento dos seus projetos empresariais;

Captação e organização duma equipa de trabalho para facilitar a criação e desenvolvimento de empresas através da assessoria que presta;

Dispor de infraestruturas que trabalho e tecnológicas que facilitem o êxito da incubação empresarial.

Actividades: •

68

Apoio à criação, formação e desenvolvimento de empresas;


Contribuição e colaboração na reciclagem, atualização e especialização profissional de pós-graduados, necessárias à sua integração numa organização empresarial;

Apoio à formação de empresários;

Formação especializada en actividades de desenvolvimento tecnológico;

Organização de jornadas de estudo, orientação e outros cursos relacionados cos objetivos gerais da Sociedade;

Constituição dum centro de apoio e referência na Comunidade Galega em matéria de criação de empresas com base em critérios de inovação tecnológica;

Prestação de serviços e assistência técnica a empresas inovadoras.

A UNINOVA é sócia de importantes associações internacionais que actuam como fórum de debate onde se perfilam as mais importantes linhas de actuação em termos de avanços científicos e tecnológicos: •

International Association of Science Parks (IASP)

Tecnology Information Innovation (TII)

A Uninova é a primeira incubadora de empresas espanhola a adaptar todos os seus procedimentos de atuação aos padrões de qualidade fixados pela norma internacional UNE-EN ISO 9001:2008. Para além da referida certificação de qualidade, também lhe foi concedido o certificado internacional (The International Certification Network). Serviços: •

Assessoria e acompanhamento a empresas;

Formação;

Promoção no “site” da Uninova;

Conta de correio eletrónico;

Receção de correspondência e encomendas;

Participação em atividades ligadas a projetos de âmbito local, nacional e internacional;

Acesso a salas de reunião e formação;

Acesso a publicações periódicas;

Serviço de vigilância e portaría;

Serviço de limpeza em zonas comuns;

Parque de estacionamento gratuito;

Sinalização do módulo;

Seguro;

Serviço de eletricidade, rede de dados e pré-instalação da rede de comunicação;

Visitas guiadas;

Escritórios de 15 a 40 m2 e laboratórios de 50 m2;

Espaços industriais de 100m2 com cais de carga.

69


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Destaca-se o apoio prestado na elaboração do plano de negócios, análise de viabilidade económica económica, financeira e comercial do projeto, recursos humanos, forma jurídica, sector de mercado, … O financiamento das iniciativas empresariais que se instalem na UNINOVA passa por diferentes alternativas: 1. Via Tradicional: as entidades financeiras galegas, Caixa Galicia e Santander Central Hispano, oferecem condições especiais de financiamento às empresas da UNINOVA; 2.

Capital Risco: a Universidade de Santiago de Compostela constituiu uma sociedade de capital risco, a UNIRISCO, para dar apoio financieiro a aquelas empresas inovadoras criadas por emprendedores universitários;

3. Autofinanciamento: é possível que o emprendedor tenha que investir capitais próprios. A USC pode participar no capital social das empresas incubadas de forma minoritaria e provisória.

5.2

Os Business Innovation Center

Os BIC – Business Innovation Centres/Centros Europeus de Empresas e Inovação, têm como objetivo facilitar a criação de negócios com características inovadoras e com grande potencial de crescimento, bem como a modernização das PME. Os processos de Incubação de Empresas integram a oferta de espaços adequados com equipamentos de apoio administrativo essenciais para o arranque dos projetos empresariais, bem oferta formativa ao nível da gestão empresarial e comercial, entre outras. Estas organizações estão associadas às Universidades e às Associações Empresariais e integradas na Rede Europeia EBN (European Business and Innovation Centres Network) ligada a 25 países da União Europeia.

Em Portugal foi criada a BICS - Associação dos Centros de Empresa e Inovação Portugueses, uma instituição sem fins lucrativos, representativa dos BICS Portugueses, quer a nível nacional, quer a nível internacional. 70


A associação tem por fim congregar todos os European Business Innovation Centres, reconhecidos como tal pela Comissão Europeia, que possuam sede em território nacional, com a finalidade de partilha de recursos, metodologias, meios, actividades e experiências, que permita a realização concertada de ações conjuntas e potenciar a atividade de todos os seus membros. A cooperação internacional dos BIC’s tem contribuido para: •

Criar uma nova geração de empresários;

Apoiar projetos inovadores prestando serviços de assistência técnica especializada;

Dinamizar rede de contatos nacionais e internacionais;

Promover o empreendedorismo.

As experiências desenvolvidas têm permitido: •

Qualificar o emprego na região de atuação;

Apoiar à criação de empresas de base tecnológica;

Assegurar a logística para funcionamento durante o período de incubação de novas empresas;

Prestar assistência técnica na elaboração de Planos de Negócios;

Orientar para obtenção de financiamentos;

Facilitar o acesso a informação nacional e comunitária

O “know how” adquirido pela experiência faz dos BIC’s centros de competências para os novos empreendedores e para a criação de empresas que pretendem iniciar processos de Inovação. 71


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Os BIC’s integram, também, as atividades de “Incubação de empresas“ e de desenvolvimento da Inovação. Na década de 50 surgiram na Europa Central e nos EUA. Hoje, existindo cerca de 3000 incubadoras em todo o mundo. “As Incubadoras” de empresas têm os seguintes objetivos: •

Estimular a criação de novas empresas;

Proteger o desenvolvimento dos projetos empresariais;

Dar “abrigo” a novos negócios por um tempo limitado;

Criar ambientes de motivação para transformar os resultados de pesquisas em novos produtos e serviços.

As Incubadoras localizam-se nas proximidades das Universidades Técnicas, Institutos de Investigação e atuam numa lógica de aproveitar os recursos técnicos e humanos destas instituições e assim oferecer às empresas serviços com o apoio à Inovação com o uso partilhado de infraestruras adequadas para o efeito. Actualmente, exitem em Portugal 10 BIC acreditados pela Comissão Europeia, dos quais oito possuem centros de incubação nos quais se encontram instaladas fisicamente cerca de 75 empresas, predominando empresas ligadas às biotecnologias, agroindústrias, setor auxiliar do naval, TIC, eletrónica, energias e ambiente, indústrias criativas, turismo, entre outras. Constituindo-se como centros de conhecimento e competências, assumem o papel de agentes impulsionadores do desenvolvimento e do empreendedorismo. As experiências realizadas mostram que as Incubadoras geram emprego qualificado, rendimentos e estimulam a atividade empreendedora. De acordo com os últimos dados disponíveis, referentes ao ano de 2008, os BIC portugueses registaram uma taxa média de sobrevivência das novas iniciativas empresariais, de 94% acima dos 88% registados pela média do conjunto dos BIC europeus. Os BIC oferecem um sistema “à medida” de: •

serviços integrados, adaptados aos contextos locais e regionais com a flexibilidade necessária, na deteção, seleção, orientação estratégica e acompanhamento de projetos inovadores;

serviços especializados de inovação, de modo aumentar eficácia das PME;

apoio à captação ao financiamento;

avaliação de projetos inovadores e do perfil empreendedor dos promotores;

orientação estratégica e apoio técnico especializado;

apoio à internacionalização;

oferta de programa de formação;

promoção e divulgação.

Tal é feito de forma integrada e adaptada à realidade de cada projeto. Vejamos os BIC’s que estão instalados a Norte de Portugal, e que fazem parte da vasta Rede Europeia da EBN, constituindo atualmente a maior rede de Empreendedorismo e Inovação da União reconhecida pela Comissão Europeia como uma entidade de qualidade pelas suas competências no desempenho da sua missão, fazendo parte dos BIC nos 27 países da UE coordenados pela EBN – European Business and Innovation Centre Network, e com interesse para projetos da ITV:

72


BIC –Minho Oficina da Inovação, SA Braga Av. João XXI, 627, 1º | 4715-035 Braga Tel.: +351 253 204 040 | Fax: +351 253 204 049 Viana do Castelo Campo Sr.ª d’Agonia | 4900-360 Viana do Castelo Tel: +351 258 822 400 | Fax: +351 258 806 248 www.bicminho.com | geral@bicminho.com

O BIC MINHO – Business and Innovation Centre do Minho (Oficina da Inovação – Empreendedorismo e Inovação Empresarial, S.A.) é uma entidade sem fins lucrativos, constituída no ano 2000 por promotores públicos e privados, que têm como missão promover o Empreendedorismo e a Inovação Empresarial, através do apoio à criação e à modernização de empresas contribuindo assim para o desenvolvimento e competitividade da Região do Minho. Os principais objetivos do BIC MINHO passam pelo seguinte: •

Contribuir para o desenvolvimento regional;

Promover a diversificação de PME com projetos e empreendedores inovadores;

Promover a criação de novas PME inovadoras e com espírito empresarial;

Dotar a região dos serviços que deverão complementar o suporte à atividade empresarial.

Centro de competências, com forte know-how na área da Gestão Empresarial e afins, o BIC MINHO posiciona-se quer como generalista quer como catalisador entre os empreendedores e/ou PME’s e as entidades operacionais especializadas que estejam nas áreas da transferência de tecnologia, da internacionalização, da área económico-financeira, da formação e do apoio jurídico, entre outros. Para além disso o BIC MINHO funciona também como centro de Incubação de empresas, dispondo de infraestruturas e serviços para apoiar os potenciais empreendedores e PME existentes em fase de modernização, em Braga e Viana do Castelo.

PROMONET

Associação Promotora de Novas Empresas e Tecnologias / NET - Novas Empresas e Tecnologias, S.A. - Business and Innovation Centre do Porto

Rua de Salazares, 842 |4149-002 Porto Tel: +351 225 322 000 | Fax: +351 226 177 662 www.net-sa.pt | net@net-sa.pt A PROMONET - Associação Promotora de Novas Empresas e Tecnologias, é uma associação sem fins lucrativos, tendo como maior associado a NET - Novas Empresas e Tecnologias, S.A. Localizada no Pólo Tecnológico do Porto. A NET – Novas Empresas e Tecnologias, S A foi constituída com o objetivo contribuir para o desenvolvimento económico da Região do Norte de Portugal, através da promoção e apoio à criação de negócios de características inovadoras, com grande potencial de crescimento e baixa taxa de insucesso, através da promoção do lançamento de pequenas empresas e a modernização de PME’s já existentes. 73


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Sendo um Business Inovation Centre, a NET, actua segundo os seguintes princípios •

Promover com carácter permanente a atitude empresarial;

Apoiar a criação de novas empresas inovadoras ou PME’s existentes que desejem diversificar ou modernizar as suas actividades e que sejam suscetíveis de gerar novas oportunidades de emprego;

Promover a inovação tecnológica na Região Norte através da transferência de tecnologia e criando um clima favorável à inovação como motor do progresso económico;

Apoiar e orientar o promotor no desenvolvimento do Plano de Empresa numa perspetiva de formação em gestão empresarial;

Assentar a sua competência numa pequena estrutura e apostando fundamentalmente no eficiente uso dos recursos da Região;

Procurar uma fácil relação com os restantes BIC’s e organizações similares com vista a melhorar a eficiência da sua ação;

Não perseguir fins lucrativos, sendo os benefícios da sua atuação avaliados em termos de contributo para o desenvolvimento regional.

Instalações: O Edifício PROMONET tem capacidade para acolher 28 empresas nas áreas dos serviços e da indústria ligeira, em salas que variam entre os 18 e os 86 m2. Dispõe de um auditório com capacidade para 60 pessoas, sala de formação, salas de reuniões, bar e parque de estacionamento. O Centro de Incubação PROMONET tem uma área total de 3.100 m2 e uma área de construção de 2.000m2. Serviços prestados:

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Identificação e desenvolvimento de novas oportunidades de negócios;

Promoção, seleção e avaliação de ideias/projetos e pessoas;

Desenvolvimento das capacidades de gestão;

Formação dos promotores nas diversas áreas funcionais da empresa;

Apoio ao desenvolvimento do Plano de Negócios;

Assistência e conselho nas áreas técnicas e tecnológica, comercial, marketing e económico-financeira;

Acesso a fontes de financiamento e sistemas de incentivos;

Apoio à constituição Jurídica da empresa;

Acesso a redes de especialistas, nacionais e estrangeiros;

Incubação;

Seguimento e acompanhamento do projeto, após o período de arranque;

Cooperação e internacionalização de empresas.


Em Epanha, na região da Galiza:

C.E.E.I. Galicia S.A. (Bic Galicia) Barrio de San Lázaro 63A. Edificio Igape 3º. 15.703 - Santiago de Compostela Tel. +34 981 546 823 | Fax. +34 981 546 832 www.bicgalicia.es | O Centro Europeo de Empresas e Innovación de Galicia (BIC Galicia), criado em 1991, é um organismo dependente da Consellería de Economía e Industria. Tem como missão fomentar o espírito emprendedor, apoiar a criação de empresas, dotar os futuros empresarios dos conhecimentos e competências necessarias para gerir a sua empresa e apoiar a consolidação e inovação no tecido empresarial galego. Para alcançar estes objectivos trabalha de forma coordenada com o IGAPE e o Xesgalicia, e colabora con diversas entidades públicas e privadas como concelhos, cámaras de comercio, associações empresariais e de autónomos, centros educativos e universidades, centros de emprego, fundações, etc. Faz parte da Rede Europea de Centros de Empresas e Innovación (EBN) e da Rede Española de CEEIs (ANCES), maximizando a sua presença junto de: •

Empreendedores

PME’s e Microempresas

Estudantes e professores

Agentes de emprego e desenvolvimento local

Os meios utilizados pelo BIC Galicia para favorecer a criação e consolidação de empresas – cursos e seminarios, estudos sectoriais, publicações, programas informáticos, ... – estruturam-se a partir de três parámetros básicos que determinam a natureza, o public-alvo e o nível de acesso a estes recursos: •

Caráter integral: os distintos recursos de apoio cobrem de forma integral o proceso de criação e duma empresa, desde a fase de projecto a até à consolidação empresarial;

Adaptação ao perfil do utilizador: os recursos estão adaptados às características específicas dos diferentes destinatarios, estudantes (formação profissional, ensino secundario e universidade), empreendedores, empresários (novos empresarios, microempresas, PME’s ...) e agentes de emprego e desenvolvimento local;

Acessibilidade: os recursos apresentam-se em formato físico e electrónico, o que facilita o seu acesso. Assim, os cursos e seminarios podem ser realizados de forma presencial ou à distancia, e consultar, “on-line” praticamente a totalidade de documentos e publicações através do “site” do BIC Galicia.

Projetos em curso:

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5.3

Os Ninhos de Empresas e Centros de Apoio à Criação de Empresas

Estas estruturas são espaços físicos de incubação, dotados de estruturas de apoio técnico, material e logístico, proporcionando os apoios necessários à criação ou desenvolvimento de empresas de actividades empresariais. Na Região Norte de Portugal podemos encontrar: •

Ninhos de Empresas da Fundação da Juventude

Ninhos de Empresas dos Centros de Apoio à Crição de Empresas do IEFP

Centros Empresariais da Associação Nacional de Jovens Empresários

Em Espanha, na Galiza os ninhos de empresa estão ligados a: •

Cámaras de Comércio

Associación de Jóvenes Empresarios

Empresa Nacional de Innovación

Confederación Española de Asociaciones de Jóvenes Empresários

5.3.1

Ninhos de Empresas da Fundação da Juventude

NINHOS DE EMPRESAS PORTO

Casa da Companhia Rua das Flores nº 69, 4050-265 Porto Tel. +351 223 393 530 | Fax. +351 223 393 544 rfalcao@fjuventude.pt O programa Ninhos de Empresas é promovido pelas seguintes entidades: •

Ministério da Economia, Inovação e Desenvolvimento, através do IAPMEI, IP.

Ministério da Ciência e do Ensino Superior, através da Fundação para a Ciência e Tecnologia

Secretaria de Estado da Juventude e Desporto, através do IPJ, IP.

Associação Nacional de Jovens Empresários

cabendo a sua gestão à Fundação da Juventude. Os Ninhos de Empresas são espaços físicos de incubação, dotados de estruturas de apoio técnico, material e logístico, proporcionando os apoios necessários à criação ou desenvolvimento de empresas. Destinam-se aos jovens entre os 18 e os 35 anos, recém-licenciados, com formação profissional especializada, ou experiência

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profissional comprovada, que individualmente ou em grupo, até ao limite de 4 elementos, queiram construir a sua empresa na área de consultadoria e serviços. As empresas a criar instalam-se em gabinetes, pagando uma renda simbólica desse espaço, por um período de 3 anos, não renovável. O sucesso deste programa com mais de 20 anos de existência permitiu já a criação e desenvolvimento de 500 empresas e 2.500 posto de trabalho. Serviços de apoio: •

Fotocópias;

Apoio secretariado;

Telefones e fax;

Impressão a laser;

Sala de reuniões;

Auditório;

Sala de exposições;

Equipamento audiovisual;

Projectores Multimédia.

Condições em vigor: O Ninho de Empresas do Porto dispõe de 14 gabinetes mobilados, entre 11,5 m2 e os 30,5 m2. O valor mensal de cada gabinete varia conforme a área (10€ /m2), incluindo água, eletricidade e limpeza.

5.3.2

Ninhos de Empresas dos Centros de Apoio à Criação de Empresas do IEFP

Os Centros de Apoio à Criação de Empresas, habitualmente reconhecidos como CACE’s, são infraestruturas do Instituto de Emprego e Formação Profissional, criadas em 1997, dotadas de autonomia funcional e orgânica e cuja atuação tem por objetivo contribuir para a modernização empresarial. Estes Centros promovem o aparecimento e consolidação de novas empresas, com projetos viáveis do ponto de vista técnico, económico e financeiro e geradoras de desenvolvimento nas áreas social, económica e tecnológica na sua região de implantação. Os Centros de Apoio à Criação de Empresas (CACE) têm por objetivo fomentar o aparecimento de novas empresas, na área geográfica em que estão implantados, proporcionando-lhes condições técnicas e físicas para um desenvolvimento e crescimento sustentados, através dos Ninhos de Empresas, tendo em vista a criação de postos de trabalho. São espaços físicos e geograficamente definidos pelos CACE, destinados a promover a constituição, desenvolvimento e consolidação de empresas, através da prestação de apoios técnicos, com a finalidade de permitir a sua posterior integração no mercado com total autonomia. Podem candidatar-se pessoas singulares, com idade igual ou superior a dezoito anos e Entidades privadas com fins lucrativos. Não são admitidos projetos de criação de empresas apresentadas por sociedades que já desenvolvam actividades empresariais no exterior do Ninho.

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Estas estruturas: •

organizam e desenvolvem ações de formação empresarial destinadas aos potenciais promotores;

fazem acompanhamento técnico na fase de arranque e desenvolvimento das iniciativas empresariais;

cedem espaços modulados e respetivos serviços de logística. Portanto ao nível da CRIAÇÃO DE EMPRESAS, apoiam nas seguintes etapas: •

ETAPA 1: A ideia

ETAPA 2: Elaboração do projeto de investimento

ETAPA 3: Constituição formal da empresa

ETAPA 4: Implementação do projeto

ETAPA 5: Arranque da atividade

Ao nível dos SISTEMAS DE INCENTIVOS FINANCEIROS/FISCAIS, destacamos: •

Apoio à Criação do Próprio Emprego/Empresa: •

ILE - Apoios a Iniciativas Locais de Emprego;

Iniciativas Locais de Emprego e de Apoio à Família;

CPE - Apoios a Projetos de Emprego promovidos por beneficiários das prestações de desemprego.

Consultoria, Formação e Apoio à Gestão de Pequenas Empresas: •

Programa REDE: •

Linha I - Rede Anual;

Linha II - Rede Expresso;

Linha III - Rede Curta Duração.

Apoios à Contratação/Formação de Trabalhadores: •

Apoios à Contratação;

Programa Estágios Profissionais;

Programa Rotação - Emprego – Formação

Para além destes incentivos e apoios à criação do Próprio Emprego, o IEFP estabelece parcerias com Associações Empresariais, no sentido de promover o Empreendedorismo, por exemplo, com a ANJE desde 1997, no âmbito de um projeto com abrangência nacional denominado “Academia dos Empreendedores”. O IEFP concebeu um modelo de gestão de instalações inovador: abdicou do recebimento de rendas pelo espaço cedido, criando um Fundo de Apoio para os CACE’s, reembolsável, para estimular a poupança para o “dia seguinte” à saída das empresas para o exterior. Esse Fundo de Apoio consiste no pagamento mensal de quotas por parte de cada empresa, sendo o plano de quotizações gradual e progressivo ao longo do período de três anos de incubação. No final do período de incubação, as empresas serão reembolsadas do montante das quotas pagas durante período de permanência no Ninho de Empresas, desde que continuem a exercer a sua atividade no exterior dos CACE. 78


A norte, os CACE são os seguintes:

Centro de Apoio Criação de Empresas do Vale do Ave Rua das Nova Empresas, Fontiscos 4780-511 SANTO TIRSO Tel. +351 252 800 230 | Fax: +351 252 800 239 Estrutura situada em Santo Tirso, disponibilizando 20 espaços de incubação de empresas para empresas de serviços ou empresas do sector industrial, não poluentes, por um período de 3 anos, podendo ir até aos 5. Estes espaços possuem todas as infraestruturas necessárias ao arranque da atividade empresarial. Além disso o CACE ainda apoia os empreendedores através do apoio de consultoria, quer ao nível da elaboração do plano de negócios, quer em termos empresariais. Disponibiliza ainda: •

apoio administrativo;

formação professional;

incentivos ao investimento e à contratação de recursos humanos no âmbito da criação da empresa.

Preços e condições: •

Empresas de serviços: gabinetes até 50 metros quadrados: valor mensal de 1,80€ por metro quadrado;

Empresas do sector industrial: pavilhões até 240 metros quadrados: valor mensal de 1,65€ por metro quadrado.

Os valores pagos serão restituidos no final do período de incubação.

Centro de Apoio Criação de Empresas do Nordeste Transmontano Zona Industrial Norte 5370-565 MIRANDELA Tel. +351 278 201 400 | Fax. +351 278 201 401

O CACENT foi criado em 1993, com o objetivo de apoiar os empresários da zona de Bragança. Este espaço permite: •

acesso a telefone, fax e fotocopiadora;

acesso a internet;

acesso a bases de dados;

limpeza e manutenção;

utilização de salas de reunião;

consumo de eletricidade e água;

estacionamento. 79


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Serviços Prestados: •

Tutoria e acompanhamento;

Apoio às empresas em criação na obtenção de financiamentos externos.

Preços e condições: Valor mensal de 2,50€ por metro quadrado. Os valores pagos serão restituídos no final do período de incubação.

Centro de Apoio Criação de Empresas do Porto Rua do Freixo, 1071 4300-219 Porto Tel. +351 225 191 600 O CACE Cultural do Porto destina-se a acolher novas empresas na área cultural e artística. O edifício destinado ao Ninho de Empresas é composto por 16 gabinetes distribuídos em 2 pisos, com uma área em média de 72m2/gabinete. Os gabinetes não se encontram equipados com computador nem mobilados.

Centro de Apoio à Criação de Empresas do Vale do Vouga e Baixo Tâmega Zona Industrial Felgueiras, Sobrado 4550-161 CASTELO DE PAIVA Tel. +351 255 690 270/1 | Fax. +351 255 690 279 O Centro de Apoio à Criação de Empresas do Vale do Sousa e Baixo Tâmega localiza-se na antiga estrutura industrial da multinacional CJ Clark’s. Tem como objectivo o apoio de iniciativas empresariais que visem a sua instalação no concelho de Castelo de Paiva e que: •

sejam relevantes para o desenvolvimento sustentável do Concelho;

contribuam para a criação de novos postos de trabalho;

contribuam para a diversificação do tecido empresarial local;

contribuam para o reordenamento industrial do concelho;

sejam inovadoras.

As instalações aproveitadas correspondem a um pavilhão de cinco mil metros quadrados, e uma área envolvente de 25 mil metros quadrados.

80


5.3.3 Centros Empresariais da Associação Nacional de Jovens Empresários (Anje)

A ANJE - Associação Nacional de Jovens Empresários, juntamente com a administração local (autarquias), projetou uma rede nacional de Centros Empresariais. Estes centros têm como finalidade incentivar os jovens empreendedores a criar a sua própria empresa, proporcionando-lhes as condições favoráveis para um crescimento sustentado e com maiores probabilidades de sucesso no início de atividade. As infraestruturas dos centros estão vocacionadas para a incubação de empresas resultantes de projetos de jovens entre os 18 e os 40 anos. Estão dotadas de espaços físicos equipados e mobilados, onde os jovens podem exercer a sua atividade empresarial e incluem serviços de apoios a essas empresas assim como, permitem a criação de escritórios virtuais As empresas incubadas podem dispor de instalações adequadas à atividade que desenvolvem, pagando uma renda simbólica pela ocupação desse espaço, por um período de tempo determinado (máximo de 3 anos, não renovável, salvo exceções). Para além do espaço físico de incubação de empresas, existe a possibilidade de incubação virtual através dos escritórios virtuais. Serviços: •

Utilização de morada de instalações do Centro Empresarial para efeitos de Sede Social;

Atendimento telefónico de chamadas da empresa;

Receção de correio;

Apoio administrativo;

Serviços de receção e envio de faxes;

Utilização da sala de reuniões (2 horas mensais incluídas na mensalidade).

Os preços variam entre os 25€ e os 50€, dependendo da quantidade de serviços requeridos. A Norte os Centros Empresariais da ANJE são os seguintes:

Centro empresarial da Maia O Centro Empresarial da Maia foi o primeiro Centro Empresarial do universo da ANJE, projetado e edificado em parceria com a Câmara Municipal da Maia. O Centro está inserido no Fórum Jovem da Maia, um empreendimento da Câmara Municipal que dirige a sua ação, essencialmente, para os jovens e integra juntamente com o Centro Empresarial da Maia o Gabinete da Juventude, além de outras associações locais. Este Centro tem por objetivo criar as condições propícias à criação de empresas por Jovens Empresários.

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Dispõe de infraestruturas para o exercício da atividade empresarial, compostas por: •

10 Gabinetes, entre os 13 e os 19,2 metros quadrados;

1 Sala de Reuniões;

1 Bar/Sala de Exposições;

Auditório (com capacidade para 115 pessoas) para ações de formação, seminários e outras iniciativas, Sala de Exposições (com cerca de 140 m2) e bar.

Preços: Valor mensal de 10€ por metro quadrado (s/IVA)

Centro Empresarial de Matosinhos (CEM) É o resultado da parceria entre a ANJE e a Câmara Municipal de Matosinhos e está Integrado no Edifício Nova Centralidade, as instalações do são compostas por: •

8 Gabinetes equipados, entre os 17,5 m2 e os 35,7 m2;

1 Sala de Reuniões;

Duas salas de formação, das quais uma está equipada com material informático;

Espaços para exposições;

Restaurante.

Preços: Valor mensal de 10€ por metro quadrado (s/IVA).

Centro Empresarial da Trofa Este centro resulta da parceria entre a ANJE e a antiga Comissão Instaladora do Município da Trofa (CIMT). O Centro está integrado no edifício do FIJE – Fórum de Inovação e Jovens Empreendedores, dotado de infraestruturas propícias à atividade empresarial, compostas por: •

11 Gabinetes equipados, com áreas entre os 20,8m2 e os 31,4m2;

Sala de Reuniões;

Sala de formação para ações de formação;

Sala de exposições;

“Cyber-espaço” para o contacto com as novas tecnologias da informação.

Preços: Valor mensal entre 4€ e os 5,8€ por metro quadrado (s/IVA)

82


5.3.4

Os Ninhos de Empresas da Galiza

Camara de Comercio e Industria de Ourense Capacidad: 16 |

Ocupación: 14 | Plazas disponibles: Si

Dirección: Parque Tecnológico de Galicia, Rúa de Vigo 2 Población: San Cibrao das Viñas (Ourense) Fax: +34 988 368 149 | Tel: +34 988 368 148 | vivero@camaraourense.com

Cámara Oficial de Comercio, Industria y Navegación de A Coruña Capacidad: 18 |

Ocupación: 11 |

Plazas disponibles: Si

Dirección: Polígono de Bértoa, parcela A, subparcela 2 Población: 15100 Carballo Fax: +34 981 732 897 | Tel: +34 981 732 887 | viverocarballo@camaracoruna.com

Cámara Oficial de Comercio, Industria y Navegación de Santiago de Compostela Capacidad: 26 |

Ocupación: 15 |

Plazas disponibles: Si

Dirección: Polígono de Costa Vella. C/ República Checa nº 40 Población: Santiago de Compostela Fax: +34 981 897 555 | Tel: +34 981 551 700 | vivero@camaracompostela.com

Camara Oficial de Comercio, Industria e Navegación de Ferrol Capacidad: 14 |

Ocupación: 12 |

Plazas disponibles: Si

Dirección: R/ María 158 Población: Ferrol Fax: +34 981 369 459 | Tel: +34 981 369 035 | viveiro@camaraferrol.org

Asociación De Jóvenes Empresarios de Galicia, Aje Vigo C/ Manuel Núñez, nº4 - 5ª planta - 36203 VIGO (ESPAÑA) Fax: +34 986 112 863 | Tel. +34 986 226 053 | info@ajevigo.es Esta Associação presta Serviços de Assessoria Gratuitos para a criação e consolidação de empresas nomeadamente em: •

Formas jurídicas

Requisitos

Licenças

Apoios

Pesquisa de parceiros 83


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Contactos comerciais

Formação profissional

Redes de contactos

A associação dispõe ainda de um Guia de criação de empresas (GUA DE CREACION DE EMPRESAS) “online” que permite, em 48 horas, formatizar os trâmites necessários à sua constituição. Nº de contacto: (+34) 986 226 053 Através do “Servicio de Información y Asesoramiento Telemático de la Red de Puntos de Información sobre Actividades de Investigación, Desarrollo e Innovación” (PIDI) presta informações e assessoria personalizada sobre os instrumentos de financiamento que mais se ajustam às necessidades e projetos (I&D) dos empreendedores. A Empresa Nacional de Innovación, ENISA, é uma entidade de capital público dependente do Ministerio de Industria, Energía y Turismo, através da Dirección General de Industria y de la Pequeña y Mediana Empresa. Esta instituição utiliza recursos próprios para concessão de empréstimos e participações de capital de risco com prioridade para as fases de arranque de iniciativas de base tecnológica. A estrutura accionista tem a seguinte distribuição: •

Dirección General de Patrimonio del Estado (DGPE)

97,60%

Centro para el Desarrollo Tecnológico Industrial (CDTI)

2,21%

Instituto para la Diversificación y Ahorro de la Energía (IDAE)

0,12%

Instituto Español de Comercio Exterior (ICEX)

0,07%

Em colaboração com a ENISA, é possível obter empréstimos sem aval té 50.000€ para jovens empresários.

Confederación Española de Asociaciones de Jóvenes Empresarios – CEAJE Plaza de Castilla, 3 - 28 046 Madrid Tel: +34 914 350 905 www.ceaje.es | ajeconfederacion@ceaje.es Esta confederação tem um portal de apoio ao empreendedorismo - www.ajeimpulsa.es - através do qual é possível aceder à informação sobre o lançamento de novas empresas, designadamente:

84

Avaliar o perfil do empreendedor e da ideia;

Prepara o plano da empresa;

Desenvolver competências adequadas ao projeto;

Adquirir conhecimento de gestão de empresa;

Constituir a empresa e realizar o arranque;

Acesso a financiamento;

Partilhar experiência e dificuldades;


5.4

As incubadoras de Base Tecnológica

O Departamento de Comércio e Tecnologia, no seu relatório anual de 2003 caracterizou dois tipos de estratégias para realizar processos inovadores: •

Foco dos investimentos nas grandes empresas de tecnologia;

Criação de empresas “start-up” de base tecnológica.

Em Portugal não existem grandes empresas de alta tecnologia por isso as iniciativas conhecidas vão no sentido de criar incubadoras vocacionadas, principalmente, para “start-ups”. As ditas incubadoras abrigam empresas cujos produtos, processos ou serviços são resultado de pesquisa científica e têm potencial de alto valor acrescentado. Assim, é comum, surgirem empresas de tecnologia de informação, biotecnologia, eletrónica, ambiente, ramo da saúde, etc, que se posicionam como centros de trabalho de profissionais com capacidade técnica específica para apoiar PME’s no desenvolvimento dos seus negócios. Nos casos de incubadoras implantados em Portugal podemos sintetizar os seus objetivos: •

Contribuir para o desenvolvimento regional mediante criação de emprego;

Implementar processos de integração entre as empresas e a universidade;

Abrir oportunidades para transformar ideias em produtos, processos ou serviços baseados em tecnologias inovadoras;

Promover a formação profissional, no sentido de levar os investidores a estruturar negócios;

Facilitar aos empreendedores o uso de serviços, infraestruturas em condições vantajosas;

Facilitar o acesso à inovação tecnológica.

Não há exemplos marcantes das empresas da ITV recorrerem a serviços das sociedades sediadas nas incubadoras. Contudo, as atividades do design, de trabalhos relacionados com imagem corporativa e outros serviços podem vir a ser subcontratados às empresas “start-up” das Incubadoras.

5.4.1 Os processos das empresas O processo de incubação de empresas surgiu na década de 70 com o caso do Silicon Valley no estado da Califórnia em resultado do esforço de promoção da Stanford University. O projeto teve como objetivo principal proporcionar infraestruturas a universitários recém-formados para criar empresas assegurando meios de assistência, tais como, de apoio jurídico, administrativo e técnico aos projetos-empresa até à fase de autossustentação. O sucesso teve a ver com o relacionamento entre as empresas de alta tecnologia e a universidade e ao aparecimento da microeletrónica que permitiu reduzir o preço dos chips, processadores de memória, disco rígido, etc. Como se depreende trata-se de um caso excecional e em condições (técnicas e de proximidade) difíceis de repetir, mas tem ser85


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vido como exemplo para outros modelos como é o caso francês, também da década de 70, ao fundar a Agência Nacional para a Criação de Empresas (ANCE) no sentido de estimular escolas e universidades na formação de empreendedores, simplificando a burocracia para a criação e registo de empresa, isenção de impostos para o inicio da atividade. Mais recentemente têm sido criados pólos científicos junto das universidades europeias para apoiar projetos de empresas de alta tecnologia seguindo o exemplo dos E.U.A.: •

Em Inglaterra com os “Science Parks” junto dos campus universitários que albergam indústrias emergentes de tecnologia de ponta com livre acesso a partilha de computadores e laboratórios. O “New Enterprise Program” que oferece cursos para desenvolver novas competências e capacitação para abrir novos negócios;

Na Alemanha para estimular “a cultura do empreendimento” com o projeto BIG entre a Universidade Técnica de Berlim, o Estado de Berlim e empresas de alta tecnologia;

Em Portugal, a partir de 2005, passou a haver políticas com orientação dedicada ao empreendedorismo através de projetos de incubação de empresas (tecnológicas, mistas ou tradicionais) com ligação às Universidades Técnicas, bem como a criação de Pólos Tecnológicos para facilitar e estimular a investigação nos domínios da saúde, tecnologia da informação, software informático e nanotecnologias.

A evolução da alta tecnologia em Portugal tem sido marcante no que se refere a: •

desburocratização processual, na criação de empresas;

novos produtos;

simplificação dos licenciamentos;

instalação de plataformas informáticas de consulta “on-line” aos organismos oficiais;

prestação de contas, etc.

Os impactes na economia destas ações serão sentidas a médio prazo as experiências realizadas mostram que as incubadores de empresas são um meio qualificado para a promoção e o aparecimento de novas empresas PME’s, bem como para otimizar o conteúdo tecnológico dos produtos e serviços.

5.5

As Ciências e as Novas Tecnologias

A investigação e o desenvolvimento tecnológico (I&DT) são elementos fundamentais para assegurar o crescimento e a competitividade das empresas sejam de base industrial ou não, e contribuem para a solução de problemas humanos e ambientais, melhoram o conhecimento, a informação, a cultura e o bem-estar das sociedades. As ciências e as novas tecnologias requerem investimento, em muitos casos avultado, mas produzem o conhecimento que é a base da inovação e do progresso tecnológico. Esta realidade tem determinado atenção crescente em I&DT nas economias da OCDE principalmente após 1990. Mesmo em países de economias menos desenvolvidas tem-se assistido a uma maior atenção para I&DT alocando mais recursos para a aquisição de tecnologia tendo em vista dar maior eficácia às políticas e estratégias concebidas para colmatar carências económicas e sociais. 86


Verifica-se também que a inovação não poder ser separada da ciência e que envolve conceitos e políticas de desenvolvimento para as empresas de qualquer setor ou dimensão no sentido de aumentar os níveis de competitividade à escala universal. É devido a estes factos que as políticas têm sido orientadas para: •

Apoios estruturados aos processos de inovação;

Novas atitudes profissionais e políticas estratégicas;

Novas formas de organização e formação;

Maior colaboração entre o setor público e privado.

Por outro lado, o reconhecimento da I&DT na competitividade dos setores produtivos deve determinar: •

Programas de disseminação dos processos de inovação junto dos setores produtivos;

Criar condições adequadas para melhorar as capacidades dos centros tecnológicos nacionais;

Criar condições de partilha de conhecimentos e resultados da aplicação das tecnologias.

Ou seja, é fundamental haver convergência dos processos de inovação com as políticas oficiais de promoção e apoio às novas tecnologias. Os indicadores nacionais denotam os efeitos das políticas públicas no apoio à inovação que podem ser aferidos, em parte, pelo conteúdo tecnológico das exportações portuguesas, que até 2008 registavam uma diminuição do peso das exportações de produtos de baixa tecnologia e um aumento do conteúdo tecnológico dos bens fabricados. Os dados de 2010 revelam uma inversão total da tendência ao registar maior crescimento da balança de pagamentos tecnológica relacionados com patentes, royalties, etc., e maior tendência de subida das exportações em relação às importações. Não obstante a evolução favorável perspetivam-se dificuldades de sustentação das tendências de crescimento acima referidas, devido às limitações de acesso ao crédito quer por parte das empresas quer de organismos públicos o que se traduzirá em incerteza quanto ao progresso do investimento na inovação e de I&D a curto e médio prazo.

87


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6

Os Programas de Apoio ao Investimento e ao Empreendedorismo

Os indicadores de avaliação têm registado subida nos valores do investimento na Inovação, sendo certo que o ambiente de crise económica da conjuntura fez estagnar, a partir de 2010, o movimento ascendente dos processos de inovação e de I&D. Contudo os dados mais recentes sobre as exportações e da balança de pagamentos tecnológica evidenciam transformação no padrão das nossas exportações no sentido da inclusão de maior I&D e de mais elevado valor acrescentado nos produtos e consequente redução do défice externo. É neste contexto que importa referir os sistemas de apoio ao investimento disponíveis para a Inovação e I&D de projetos empresariais estão nos programas do QREN, SI-Inovação e SI I&DT. São instrumentos de cofinanciamento criados com o objetivo de ajudar as organizações a inovar e a modernizar-se, aumentar a produtividade e aumentar as exportações de bens e serviços. A estruturação deste tipo de projetos requer mais do que qualquer outro: •

Preparação cuidada e atempada;

Definição de objectivos inovadores;

Aconselhamento de profissionais especializados;

Conhecimento dos mercados;

Meios eficientes de divulgação e comunicação.

Estamos a falar de projetos que visam promover a inovação no tecido empresarial pela via da produção de novos bens e serviços que suportem a sua progressão na cadeia de valor e o reforço da sua orientação para mercados de exportação, bem como por:

88

Introdução de melhorias tecnológicas;

Criação de unidades de produção;

Empreendedorismo qualificado;

Investimento em novas áreas de negócio com potencial crescimento.


Para o SI-Inovação os incentivos são reembolsáveis (empréstimo) sem juros e com período de carência de três anos que poderão atingir, no máximo, 75% das despesas elegíveis do investimento, podendo parte deste incentivo ser reconvertido em fundo perdido em função da avaliação do desempenho do projeto (realização de despesas e objetivos atingidos). Para o SI-I&DT, os incentivos são a fundo perdido, até 80%, do valor das despesas elegíveis do Investimento em bens incorpóreos, principalmente, com vista à criação de novos bens, serviços ou processos. Acresce ainda, no caso de a empresa beneficiar deste incentivo (ou seja tenha o projeto aprovado) pode ainda amortizar o investimento com recurso ao programa SIFIDE, um instrumento de apoio fiscal que permite recuperar até 82,5% do investimento feito em I&DT sob a forma de dedução direta à coleta de IRC. Adicionalmente para o apoio ao investimento em Inovação e à partilha de risco em PME’s existe: •

Programa FINICIA para projetos inovadores (coordenado pelo IAPMEI);

Fundo de Apoio ao Financiamento à Inovação (FINOVA);

A iniciativa (NEOTEC (coordenado pela Agência de Inovação);

Vale I&DT e Vale Inovação criados para apoiar a aquisição de serviços de ciência e tecnologia.

No que concerne ao apoio para reforçar o capital humano e o Empreendedorismo temos: •

A Academia das PME e o Programa Inov-Jovem (coordenado pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional)

É evidente que há requisitos diferenciados de acesso aos sistemas de incentivos acima referidos e que nem todas as empresas reúnem condições para o efeito. No entanto, trata-se de recursos que devem ser aproveitados para dinamizar processos de Inovação e de expensão dos negócios. As empresas da ITV reúnem, normalmente, condições de acesso aos incentivos, considerando, por um lado, que a produção e serviços prestados se dirigem para mercados de exportação e, por outro, há cada vez mais produtos e processos com características inovadoras no têxtil e vestuário que correspondem aos requisitos dos programas. 89


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A integração de empresas e projetos no “cluster da moda” favorece a avaliação dos mesmos no quadro do QREN. Os concursos para os sistemas de apoio ao investimento das empresas portuguesas são divulgados periodicamente tendo por base os incentivos comunitários, com enquadramento no QREN que reflete o sentido das políticas coordenadas ao nível da UE27 com aplicação de recursos significativos em projectos de Inovação e de I&D. Vejamos as medidas que se estão em permanência para os apoios às empresas: Portugal – Região Norte AGÊNCIA DA INOVAÇÃO

Sistema de Incentivos Fiscais à Investigação e Desenvolvimento Empresarial (SIFIDE)

Concede apoio fiscal às empresas que pretendam investir na aquisição de novos conhecimentos científicos ou técnicos, ou na exploração de resultados de trabalhos de investigação com vista à sua aplicação na descoberta ou melhoria de matérias-primas, produtos, serviços ou processos de fabrico. O SIFIDE é aplicável às empresas que exerçam atividade industrial, agrícola, comercial ou de serviços. Em 2009 o âmbito do SIFIDE passa a permitir que 32,5% das despesas com investigação e desenvolvimento possam ser deduzidas à Coleta.

Iniciado em 1997 e revisto através da Lei n.º 40/2005 de 3de Agosto. Reforçado em 2009 com a Lei 10/2009 de 10 de Março

Taxa de Juro Bonificada e benefícios fiscais (Taxa de base –32,50% das despesas realizadas no ano da candidatura; Taxa incremental – 50% do aumento desta despesa em relação à média dos 2 anos anteriores, até ao limite de 1,5 milhões de euros). A dedução total pode assim atingir 82,5% do investimento em I&D à Coleta em sede de IRC

Segundo o relatório de Fevereiro de 2010, em 2008 registou-se: Nº de candidaturas em curso = 385 Nº de candidaturas concluídas = 201 Valor de despesa de I&D declarado = 474.002.812,30 €

Entre 1996 e 2009 a Adi recebeu um total de 584 candidaturas para estágios no CERN, das quais 194 foram aprovadas tendo sido realizados 135 estágios. Em Janeiro de 2010 encontravam-se a decorrer 18 estágios no CERN.

Bolsa para Estágios em Organizações. Científicas e Tecnológicas Internacionais

Financia a formação avançada de jovens licenciados portugueses emigrantes. Organizações Científicas Internacionais, como o CERN (Laboratório Europeu de Física de Partículas), ESA (Agência Espacial Europeia) e ESO (Observatório do Sul Europeu) em domínios onde a competência dessas organizações é internacionalmente reconhecida.

1996

Oferece oportunidades de formação e treino, pelo período mínimo de 1 ano e máximo de 2, permitindo a jovens engenheiros portugueses desenvolverem um plano de formação complementar (onthe-job-training), em domínios tecnológicos estratégicos para o aumento da competitividade das empresas portuguesas.

Entre 1998 e 2009 a Adi recebeu um total de 565 candidaturas para estágios na ESA, das quais 137 foram aprovadas e integrados 84 estagiários. Em Janeiro de 2010 foram ainda integrados mais 4 estagiários referentes ao último painel de 2009. Em Janeiro de 2010 encontravam-se a decorrer 11 estágios. Entre 2002 e 2009 a Adi recebeu um total de 146 candidaturas a estágios no ESO, das quais 26 foram aprovadas e integrados 8 estagiários. Em Janeiro de 2010 foram ainda integrados mais 2 estagiários referentes ao último painel de 2009. Em Janeiro de 2010 encontravam-se a decorrer 3 estágios.

90


AGÊNCIA DA INOVAÇÃO

BDE - Bolsas de Doutoramento em Empresas

Promove a formação avançada em ambiente empresarial, através da cooperação entre empresas e universidades em torno de projetos de interesse para a empresa e cujo desenvolvimento permita ao estudante a obtenção do grau de doutor.

Iniciativa NEOTEC - Valorização do Potencial Empreendedor

Apoia a criação de empresas de base tecnológica através do acompanhamento da implementação do projeto empresarial desde a sua aprovação até ao final do primeiro ano de atividade.

Iniciativa NEOTEC – Empresas de Base Tecnológica

Apoia a criação de empresas de base tecnológica através do acompanhamento da implementação do projeto empresarial desde a sua aprovação até ao final do primeiro ano de atividade.

NITEC - Núcleos de I&DT nas Empresas

Apoia projetos que visem o reforço da produtividade, competitividade e inserção no mercado global das empresas através da criação de núcleos empresariais de investigação e desenvolvimento tecnológico (I&DT).

IDEIA – Investigação e Desenvolvimento Empresarial Aplicado

Apoia projetos de investigação e desenvolvimento tecnológico envolvendo empresas e entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional (SCTN).

1997

•Subsídio mensal de manutenção •Subsídio para a apresentação de trabalhos em reuniões científicas •Subsídio de execução gráfica de tese de doutoramento •Subsídio anual máximo de inscrição, matrícula ou propina •Subsídio previsto no nº 3 do artigo 11º do Regulamento

2005

Criar junto das 98 instituições científicas e tecnológicas a perceção da criação de novas empresas como uma forma de valorizar os seus resultados.

2005

A Iniciativa NEOTEC visou facilitar a transferência de conhecimento gerado no SCTpara o mercado

2003

Apoio à colocação de quadros de elevada qualificação nas empresas

2003

Desenvolver e endogeneizar tecnologias que permitam criar novos produtos, processos ou serviços; Integrar actividades de formação associadas ao desenvolvimento tecnológico e ações de consultoria tecnológica determinadas pelo projeto; Apoiar a participação de consórcios nacionais em ações concertadas de investigação e desenvolvimento tecnológico internacional, nomeadamente no âmbito de programas comunitários ou internacionais.

No período entre 1997 e 2006 houve: 384 Candidaturas 354 Projetos aprovados

No período entre 2005 a 2008 foram: Submetidas 220 candidaturas Aprovados 116 projetos empresariais Potenciou, até Novembro de 2007, o aparecimento de 61 novas empresas.

No período entre 2003 e 2008 houve, no PRIME: 227 Candidaturas 169 Projetos aprovados 169 Contratos celebrados

No período entre 1993 e 2010 houve: 477 Candidaturas 170 Projetos aprovados Dados PRIME: 184 Candidaturas 78 Projetos aprovados 78 Contratos celebrados

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INPI

Registos de Propriedade industrial On-line

Permite a entrega e o acompanhamento, gratuito e online, de todos os requerimentos de marcas, patentes e design submetidas ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial.

Pesquisas de Propriedade Industrial On-line

Permite a realização de pesquisas, gratuitas e online, em todos os processos publicados de marcas, patentes e design que existam nas bases de dados no Instituto Nacional da Propriedade Industrial.

Abril 2007

- Redução de Custos com papel e de impressão; -Validações automáticas; -Descontos aplicados à submissão de atos online; -Disponibilização gratuita das pesquisas, consultas e Boletim da propriedade Industrial; - Redução de prazos de pendência de processos; -Disponibilidade do Serviço 24x7x365 dias por ano; - Economia de tempo e de custo de deslocação; - Obtenção imediata de informação/resultados;

(Agosto 2010) - 99,02% dos pedidos são apresentados por via online; - 91,41% de todos os restantes atos praticados são apresentados por via online; - 93,88% dos pedidos de sinais distintivos de comércio são examinados em 3,1 meses(comparativamente com uma média de 9 meses em 2006);

Abril 2006

-Gratuito e Online - Disponibilidade 24x7x365 dias por ano - Economia de tempo e de custos de deslocação - Obtenção imediata de informação/resultados;

Média de 80.000/ano (100% online)

IAPMEI

FINICIA – Projetos Inovadores

O Programa FINICIA tem como objetivo facilitar o acesso ao financiamento pelas empresas de menor dimensão. É dirigido à fase de arranque do ciclo de vida das empresas. Desenvolve-se no âmbito do Programa Quadro de Inovação Financeira para o mercado das PME em Portugal (INOFIN)

PME Líder e PME Excelência

Tem como objetivo conferir notoriedade e otimizar as condições de financiamento das empresas com superior perfil de risco e que prossigam estratégias de crescimento e de reforço da sua base competitiva.

Academia PME

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Promover a transferência de conhecimento, competências e práticas de sucesso na gestão e de liderança das PME, tendo em vista o reforço da sua capacidade de formular e executar estratégias de crescimento inovador e internacional que contribuam para a melhoria da sua competitividade global.

2007

Soluções de Capital de Risco; Soluções de Crédito com Garantia; Combinação de Instrumentos de Financiamento Assistência técnica associada para projetos inovadores

Cerca de 800 operações aprovadas. 1) Actividades de promoção, divulgação e imagem internacionais - nº de participantes em ações=320 2) Informação, observação e vigilância prospetiva e estratégica – ações = 5 3) Criação e dinamização de redes de suporte às empresas e empreendedores – Parceiros em ações =600, 200 protocolados. 4) Fundos municipais constituídos: 105 5) Sensibilização para fatores críticos de competitividade e para o espírito empresarial – Participantes em ações = 13000 Estudos de novos mercados, tecnologias e oportunidades de inovação – Participantes em ações=100

Outubro de 2006

- Aumento de notoriedade das PME distinguidas; - Acesso privilegiado a financiamento nas Linhas PME Investe - Acesso privilegiado a benefícios de vários parceiros públicos e privados

- 4.595 PME líder distinguidas a 31 de Agosto de 2010. - 376 PME Excelência distinguidas em 2009

Janeiro de 2009

1. Formação Profissional especifica para gestores de PME 2. Formação de Formadores em Gestão de PME 3. Organização de eventos formativos destinados às PME e às entidades da envolvente empresarial; 4. Organização de espaços de aprendizagem; 5. Mediação especializada entre os centros de desenvolvimento de saber e as PME;

Até ao fim do 1º Semestre de 2010: - 536 PME formandas das regiões do Norte, Centro, Alentejo e Algarve participaram no Programa de Formação-ação Academia de PME financiado pela 3.1.1 do POPH do QREN; - 38 ações de formação executadas no Programa de Formaçãoação Academia de PME financiado pela 3.1.1. do POPH, das quais 26 foram ações padronizadas de 6 meses e 12 ações individualizadas de 12 meses; - 95594 horas de volume de formação do Programa de Formação-ação Academia de PME financiado pelo POPH; - parceria com 16 entidades formadoras; - envolvimento de cerca de 130 profissional de formação entre gestores, formadores e consultores.


IEFP No âmbito do estímulo à inovação e ao emprego o Programa tem por objetivos: − Possibilitar aos jovens com qualificação de nível superior um estágio profissional em contexto real de trabalho, que facilite e promova a sua inserção na vida ativa.

• Portaria nº 1103/2008, de 2 de Outubro

− Complementar e aperfeiçoar as competências socioprofissionais dos jovens, através de uma

• Resolução do Conselho de Ministros nº 93/2008, de 5 de Junho

formação prática em contexto de trabalho. Programa INOV-JOVEMJovens Quadros para a Inovação nas PME

− Possibilitar uma maior articulação entre a saída do ensino superior e o contacto com o mundo do trabalho. − Facilitar o recrutamento e a integração de quadros qualificados nas PME, através do apoio técnico e financeiro prestado a estas na realização de estágios profissionais. − Dinamizar o reconhecimento, por parte das PME, de novas formações e novas competências profissionais. (áreas de qualificação específicas abrangidas: Arquitetura e construção, artes, ciências da vida, ciências empresariais, ciências físicas, ciências sociais e do comportamento, engenharia e técnicas afins, indústrias transformadoras,

• Resolução do Conselho de Ministros nº 63/2008, de 7 de Abril • Resolução do Conselho de Ministros nº 87/2005, de 29 de Abril

informática, matemática e estatística, proteção do ambiente, saúde, serviços pessoais.)

Estágios, com a duração de 12 meses (incluindo 22 dias úteis de férias) os quais são desenvolvidos, a tempo completo, com duração semanal não inferior a 30 horas. Apoios: • Aos Estagiários: − Bolsa de estágio mensal no valor de 2 vezes o IAS. − Subsídio de alimentação. − Despesas de transporte – por 11 meses. − Subsídio de alojamento – por 11 meses, quando a localidade em que decorrer o estágio distar 50 km ou mais da localidade de residência. − Seguro de acidentes de trabalho. • Às Entidades Beneficiárias: − Comparticipação do IEFP em 60% do valor da bolsa de estágio. − Comparticipação de 100% do valor das despesas com transporte, alimentação, alojamento e seguro dos estagiários.

Número de Jovens Abrangidos: − De 01-01 a 3107-2010: 5.523 − Em 2009:8.421 − Em 2008:3.139 − Em 2007: 693

No que se refere aos apoios para as empresas da Galiza, existem os seguintes programas, que estão concentrados numa única entidade – o IGAPE: Tipos de xuro de diferentes convenios. Liña de Financiamento específica para as Pemes Produtoras de Uva (2012) IG166 – Axudas para a contratatión de Xestores de Internacionalización (2012) IG110 Internacional – Liña Participación en Eventos Expositivos que se celebren fóra de España (2012) IG124 Internacional – Liña Misións Inversas (2012) IG173 Internacional – Liña Prospección Internacional (2012) IG158 Internacional – Primera implantación Promocional conxunta no Exterior Plan Primex (2012) IG100 – Proxectos de Investimento Empresarial superior a 500.000€ IG101 – Servizos Avanzados intensivos en Emprego BEI 2011: Préstamos do IGAPE para financiar proxetos de Investimento en Galicia con Fondos do Banco Europeo de Investimentos. IG127 – Innoempresa: Novos modelos empresariais innovadores mediante a implantación de ferramentas de xestión avanzada (2012) IG129 – Innoempresa: Deseño de Novo Produto (2012) IG131 – Innoempresa: Proxectos de Desenvolvemento Tecnolóxico aplicado (2012) IG132 – Innoempresa: implantación e certificacion das normas UNE 166.001 e UNE 166.002 (2012) IG134 – Innoempresa: Proxectos presentados por grupos e empresas cuxa actividade forme parte da cadea de valor global dun producto (2012) IG135 – Innoempresa: Identificación de necesidades tecnolóxicas, desenvolvemento de solucións técnicas e organizativas comúns e utilización de servizos avanzados (2012) IG103 – Proxectos de investimento tecnolóxico das Pemes entre 100.000€ e 500.000€ (2012) IG174 – Proxectos de mellora dos equipamentos das Pemes dos sector servizos cun investimento superior a 30.000€ e ata 200.000€ (2012) IG114 – Proxetos iniciativas abertas de difusión (2012) Incentivos económicos rexionais Regulación de avais Axudas de salvamento e reestruturación a empressa en crise.

Em cada um destes programas, as condições de acesso e os apoios podem ser pesquisadas através do “site”: http://app.igape.es/.axudas/lista.asp?clave=&cons=IGAP 93


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6.1

As Sociedades de Capital de Risco

O Capital de Risco pode ser definido como uma forma de investimento empresarial, com o objetivo de financiar empresas, apoiando o seu desenvolvimento e crescimento, com fortes reflexos na gestão. É uma das principais fontes de financiamento para jovens empresas, “start-up’s” e investimentos de risco com elevado potencial de rentabilização. A estrutura representativa do capital de risco em Portugal é a APCRI - Associação Portuguesa de Capital de Risco e de Desenvolvimento: Rua Tierno Galvan, Torre 3, 10º, Amoreiras 1070-274 LISBOA Tel: +351 213 826 716 | Fax: +351 213 826 719 www.apcri.pt | geral@apcri.pt Engloba as seguintes sociedades de investimento e de capital de risco: AICEP Capital Global Rua da Liberdade, 258 - 5º | 1250-149 LISBOA Tel: +351 217 802 080 | Fax: +351 217 950 027 | www.capitalglobal.pt Contacto: Dr. Abel Cubal de Almeida BANCO EFISA, S.A. Av. António Augusto de Aguiar, 132, 4º | 1050-020 LISBOA Tel: +351 213 117 854 | Fax: +351 213 117 915 | www.bancoefisa.pt Contacto: Dra. Betina Barros BANIF CAPITAL - Sociedade de Capital de Risco, S.A. Rua Tierno Galvan, Torre 3 - 14º | 1070-274 Lisboa Tel: +351 213 816 200 | Fax: +351 213 805 403 Contacto: Dr. Luís Souto BCP CAPITAL - Sociedade de Capital de Risco, S.A. Av. José Malhoa, 27 - 9º | 1070-157 LISBOA Tel: +351 211 132 000 | Fax: +351 210 067 143 Contacto: Dr. José Fernando de Matos BETA CAPITAL, SCR, S.A. Rua Eng. Frederico Ulrich, 2650 | 4470-605 Moreira da Maia Tel: +351 220 913 520 | Fax: +351 229 428 508 | info@betascr.com Contacto: Dr. Marco Catarino BIG CAPITAL, S.A. Edifício Atrium Saldanha, Praça Duque de Saldanha, 1, 8º | 1050-094 LISBOA Tel: +351 213 305 300 | Fax: +351 213 152 608 Contacto: Dr. Mário Bolota/ Dra. Ana Rita Gil

94


CAIXA CAPITAL - Sociedade de Capital de Risco, S.A. Rua Barata Salgueiro, 33 | 1269-057 LISBOA Tel: +351 213 896 706 | Fax: +351 213 890 704 Contacto: Dr. José Carreiras Carrilho CHANGE PARTNERS - Sociedade de Capital de Risco, S.A. Av. da Boavista, 1281, 3º | 4100-130 PORTO Tel: +351 226 075 700 | Fax: +351 226 075 709 | www.changepartners.pt Contacto: Dr. Mário Pinto CRÉDITO AGRÍCOLA CONSULT - Assessoria Financeira e de Gestão, S.A. Av. da República, 23 | 1050-185 LISBOA Tel: +351 211 111 810 | Fax: +351 211 111 899 | geral@ca-consult.pt Contacto: Dr. Luís Lagarto ECS - Sociedade de Capital de Risco, S.A. Rua Castilho, 20, 6º | 1250-069 LISBOA Tel: +351 213 802 505 | Fax: +351 213 802 499 Contacto: Dr. Fernando Esmeraldo ESPIRÍTO SANTO CAPITAL - Sociedade de Capital de Risco, S.A. Edifício Quartzo - Rua Alexandre Herculano, 38 | 1269-161 LISBOA Tel: +351 213 515 840 | Fax: +351 213 515 846 | www.escapital.pt Contacto: Dr. João Arantes e Oliveira ESPIRÍTO SANTO VENTURES - S.C.R., S.A. Praça Marquês de Pombal, 34 - 4º | 1250-161 LISBOA Tel: +351 213 106 490 | Fax: +351 213 106 425 | www.es-ventures.com Contacto: Dr. João Paulo Alpendre | info@es-ventures.com EXPLORER INVESTMENTS - S.C.R., S.A. Av. Engº Duarte Pacheco, nº 26 - 8º | 1070-110 LISBOA Tel: +351 213 241 820 | Fax: +351 213 241 829 | www.explorerinvestments.com Contacto: Dr. Rodrigo Guimarães INOVCAPITAL - Sociedade de Capital de Risco, S.A. Av. Dr. Antunes Guimarães,103 | 4100-079 PORTO Tel: +351 226 165 390 | Fax: +351 226 102 089 | www.inovcapital.pt Contacto: Dr. João Fernandes INTER-RISCO - Sociedade de Capital de Risco, S.A. Av. da Boavista, 1081 | 4100-129 Porto Tel: +351 220 126 700 | Fax: +351 220 126 718 Contacto: Dr. Afonso Oliveira Barros ISQ - Sociedade de Capital de Risco, S.A. Av. Álvares Cabral, 61 7º | 1250-017 Lisboa Tel: +351 213 932 420 | Fax: +351 213 932 429 Contacto: Francisco Pimenta da Gama NOVABASE CAPITAL - Sociedade de Capital de Risco, S.A. Av. D. João II, lote 1.03.2.3 - Parque das Nações | 1998-031 LISBOA Tel: +351 213 836 300 | Fax: +351 213 836 301 Contacto: Dra. María del Carmen Gil Marín 95


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PME INVESTIMENTOS - Sociedade de Investimento, S.A. Rua Ivone Silva, 6, 14º Edifício ARCIS | 1050-124 LISBOA Tel: +351 217 994 260 | Fax: +351 217 967 284 Contacto: Dra. Margarida Ruch Perdigão TC TURISMO CAPITAL - SCR, S.A. Rua Ivone Silva, 6-8º Dto | 1050-124 LISBOA Tel: +351 217 815 800 | Fax: +351 217 815 809 Contacto: Dr. Rui Valente Em Espanha o capital de risco encontra-se regulado pela ASOCIACIÓN ESPAÑOLA DE ENTIDADES DE CAPITAL RIESGO (ASCRI). Príncipe de Vergara, 55 4ºD 28006 Madrid Tel: +34 914 119 617 | Fax: +34 915 626 571 www.acri.org | info@ascri.org

Na Galiza as sociedades de capital de risco com maior intervenção são: GESCAIXA GALICIA S.G.C.R. (CXG CORPORACION NOVACAIXAGALICIA) Linares Rivas, 30, 3ª planta A - CORUÑA 15005 España Tel: +34 981 988 100 | Fax: +34 981 120 476 www.cxg.es | informacion@cxg.es VIGO ACTVO S.C.R. DE REGIMÉN SIMPLIFICADO Cl. Areal, 18- 2º Oficina 7. 36201 Vigo Tel: +34 986 202 406 www.vigoactivo.com | vigoactivo@vigoactivo.com XESGALICIA S.G.C.R. San Lazaro s/n (Edificio IGAPE), 15703 Santiago de Compostela Tel: +34 981 541 621 www.xesgalicia.org | xesgalicia@xesgalicia.org

Esta é a entidade oficial de apoio em capital de risco está ligada ao IGAPE e à Xunta Galicia.

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Existem ainda: UNIRISCO GALICIA, SCR, S.A. Edificio CACTUS - Campus Universitario SUR 15782 - SANTIAGO DE COMPOSTELA Tel: + 34 981 547 044 | Fax. + 34 981 547 077 www.unirisco.org | unirisco@usc.es

6.2

Os Business Angels

Um Business Angel é um investidor que realiza investimentos em oportunidades nascentes (tipo “start-up” ou “early stage”). Participa em projectos com “smart Money”, isto é, para além de aportar capacidade financeira, também contribui com a sua experiência e rede de negócios.

Os Business Angels possuem uma série de características em comum, como sejam, a realização de investimentos que normalmente variam entre os 25 000 e 500 000 euros; gostam de exercer a sua capacidade de “mentoring” dos projectos; buscam, não só um elevado retorno nos projetos em que investem, mas também novos desafios de preferência no seu país ou região. Estes investidores são individuais, privados e informais de capital de risco, estando sempre ligados a uma associação. Em Portugal, a Federação Nacional de Associações de Business Angels tem como missão representar os interesses das várias Associações de Business Angels existentes no país. Rua 7 de Junho de 1759, Nº 1 Lagoal - 2760-110 Caxias Tel: +351 214 416 460 | Fax: +351 214 417 387 www.fnaba.org | info@fnaba.org

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Pretende ser uma entidade conciliadora e que contribua para o fortalecimento e incentivo da actividade de Business Angel em Portugal, à semelhança do que vários outros países europeus têm desenvolvido em prol desta actividade, como mostram os exemplos da ESBAN (www.esban.com) em Espanha, da BANSON (www.banson.net) na Alemanha, da France Angels (www. franceangels.org) em França, da BBAA (www.bbaa.org.uk) em Inglaterra ou da Europeia EBAN (www.eban.org). Para o Norte de Portugal os contatos podem ser feitos através de: VIMA ANGELS – ASSOCIAÇÃO DE BUSINESS ANGELS DE GUIMARÃES Zona Industrial da Gandra, Apartado 4152 4805-999 Caldas das Taipas vimaangels@avepark.pt INVICTA ANGELS – ASSOCIAÇÃO BUSINESS ANGELS DO PORTO Rua José Joaquim Gomes da Silva, 45 4450-171 Matosinhos Tel: +351 229 397 060 www.invictaangels.pt | geral@invictaangels.pt PTBAN – ASSOCIAÇÃO BUSINESS ANGELS NETWORK PORTUGAL Rua Júlio Dinis, 728 sala 624 4050-000 Porto +351 229 387 054 | Fax: +351 229 387 054 www.ptban.pt | geral@ptban.pt

Em Espanha, a Asociacion Española de Business Angels tem como associado na comunidade autónoma da Galiza a: InnoBAN - RED DE INVERSORES ÁNGEL PARA LA INNOVACIÓN Doctor Cadaval 2, 4C (Edificio Simeón) - Vigo 36202 Pontevedra Tel: +34 986 118 079 | Fax: +34 986 118 079 www.innoban.com | info@innoban.com

Para além deste existem ainda: REDINVEST - RED DE INVERSORES PRIVADOS Avenida de García Barbón 62, 36201 Vigo (Pontevedra) Tel: +34 986 447 220 | Fax: +34 986 449 886 http://www.clubfinancierovigo.com/area_redinvest.asp | cfv@clubfinancierovigo.com BANG - BUSINESS ANGEL NETWORK DE GALICIA Tel: +34 988 391 110 www.bang.es | info@bang.es UNIBAN UNIVERSITY BUSINESS ANGELS NETWORK Universidade de Santiago de Compostela www.uniban.org

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Principais Contactos com Organizações e Organismos Públicos

No Norte de Portugal:

Entidades

Contactos

ACRIP – Associação Portuguesa de Capital de Risco e de Desenvolvimento

Tel: +351 213 826 716 | Fax: +351 213 826 719 geral@apcri.pt

ADI -Agência da Inovação

Tel: +351 214 232 100 | Fax: +351 214 232 101 adi@adi.pt

AEP - Associação Empresarial de Portugal

Tel: +351 229 981 500 | Fax: +351 229 981 616 aep@aeportugal.com

AICEP

Tel: +351 808 214 214 aicep@portugalglobal.pt

AIDA - Associação Industrial do Distrito de Aveiro

Tel: +351 234 302 490 | Fax: +351 234 312 366 aida@aida.pt

AIMINHO - Associação Empresarial

Tel: +351 253 202 500 | Fax: +351 253 276 601 aiminho@aiminho.pt

AIP/CCI - Associação Industrial Portuguesa

Tel: +351 213 601 000 | Fax: +351 213 641 301 aip@aip.pt

ANJE - Associação Nacional de Jovens Empresários

Tel: +351 220 108 000 | Fax: +351 220 108 010 anje@anje.pt

API Capital - Sociedade de Capital de Risco

Tel: +351 217 802 080 | Fax: +351 217 950 027

Associação Selectiva Moda

Tel: +351 229 380 610 | Fax: +351 229 374 816 selectivamoda@mail.telepac.pt

ATP - Associação Têxtil e Vestuário de Portugal

Tel: +351 252 303 030 | Fax: +351 252 303 039 atp@atp.pt

AvePark

Tel: +351 253 470 600 | Fax: +351 253 470 609 avepark@avepark.pt

100


Beta Capital, SCR, SA

Tel: +351 220 913 520 | Fax: +351 229 428 508 info@betacapital.pt

BIC Minho – Oficina da Inovação, SA

Tel: +351 253 204 040 | Fax: +351 253 204 049 geral@bicminho.com

Brigantia Ecopark

Tel: +351 273 303 000 | Fax: +351 273 325 405 ipb@ipb.pt

CATIM - Centro de Apoio Tecnológico à Indústria Metalomecânica

Tel: +351 226 159 000 | Fax: +351 226 159 035 catim@catim.pt

CCDR Algarve

Tel: +351 289 895 200 | Fax: +351 289 807 623 geral@ccdr-alg.pt

CCP - Confederação de Comércio e Serviços de Portugal

Tel: +351 213 031 380 | Fax: +351 213 031 401 ccp@ccp.pt

CEC - Câmara do Comércio e Indústria do Centro

Tel: +351 239 497 160 | Fax: +351 239 494 066 geral@cec.org.pt

CENFIM - Centro de Formação Prof. Indústria Metalúrgica e Metalomecânica

Tel: +351 218 610 150 | Fax: +351 218 684 979 dir@cenfim.pt

CIDEB - Centro de Incubação e Desenvolvimento de Empresas

Tel: +351 225 580 001 | Fax: +351 225 090 351 info@cideb.pt

CIP - Confederação Empresarial de Portugal

Tel: +351 213 164 700 | Fax: +351 213 579 986 geral@cip.org.pt

CITEVE - Famalicão

Tel: +351 252 300 300 | Fax: +351 252 300 317 citeve@citeve.pt

CITEVE - Covilhã

Tel: +351 275 330 300 | Fax: +351 275 330 327 citeve.del@citeve.pt

CITMA - Centro da Ciência e Tecnologia da Madeira

Tel: +351 291 214 170 | Fax: +351 291 233 249 info@citma.pt

Comissão Europeia (Representação em Portugal)

Tel: +351 213 509 800 | Fax: +351 213 509 801 comm-rep-lisbonne@ec.europa.eu

COMPETE - Programa Operacional Fatores de Competitividade

Tel: +351 211 548 700 | Fax: +351 211 548 799 info@compete-pofc.org 101


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CTCOR - Centro Tecnológico da Cortiça

Tel: +351 227 645 797 | Fax: +351 227 645 845 geral@ctcor.com

CTCP - Centro Tecnológico do Calçado de Portugal

Tel: +351 256 830 950 | Fax: +351 256 832 554 geral@ctcp.pt

CTCV - Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro

Tel: +351 239 499 200 | Fax: +351 239 835 010 centro@ctcv.pt

CTIC - Centro Tecnológico das Indústrias do Couro

Tel: +351 249 889 190 | Fax: +351 249 889 199 info@ctic.pt

FeiraPark- Parque de Ciência e Tecnologia de SM Feira

Tel: +351 256 333 158 | Fax: +351 256 333 158 info@feirapark.pt

Fundação da Juventude

Tel: +351 223 393 530 | Fax: +351 223 393 544 geral@fjuventude.pt

Federação Nacional de Associações de Business Angels - FNABA

Tel: +351 214 416 460 | Fax: +351 214 417 387 info@fnaba.org

IAPMEI - Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas

Tel: +351 213 836 000 | Fax: +351 213 836 283 info@iapmei.pt

IEFP -Instituto do Emprego e Formação Profissional

Tel: +351 218 614 100 | Fax: +351 218 614 612 iefp.info@iefp.pt

Incubadora de Santo Tirso

Tel: +351 252 809 120 | Fax: +351 252 859 298 info@tectirso.com

INPI - Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Tel: +351 218 818 100 | Fax: +351 218 869 859 atm@inpi.pt

Instituto Empresarial do Minho

Tel: +351 253 320 000 | Fax: +351 253 320 050 geral@ieminho.pt

Inter Risco - Sociedade de Capital de Risco, SA

Tel: +351 220 126 700 | Fax: +351 220 126 718 inter-risco@inter-risco.pt

Ministério da Economia e do Emprego

Tel: +351 217 911 600 | Fax: +351 217 911 604 secretaria.geral@sg.min-economia.pt

Parque Empresarial de Lanheses

Tel: +351 258 813 673 | Fax: +351 258 813 674 gestinviana@aeportugal.com

Parque Empresarial de Paredes

Tel: +351 229 982 331 | Fax: +351 229 982 329 gmmendes@aeportugal.com

Parque Empresarial de Valença

Tel: +351 251 825 450 | Fax: +351 251 823 834 geral@interminho.pt

Parque-Invest – Sociedade Promotora de Parques Industriais, SA

Tel: +351 229 982 320 | Fax: +351 229 982 329 info@parque-invest.pt

PROMONET - Associação Promotora de Novas Empresas e Tecnologias

Tel: +351 225 322 000 | Fax: +351 226 177 662 net@net-sa.pt

Régia Douro Park

Tel: +351 259 350 000 | Fax: +351 259 350 480 reitoria@utad.pt

SANJOTEC

Tel: +351 256 200 270 | Fax: +351 256 200 296 geral@sanjotec.com

Spinpark

Tel: +351 253 540 303| Fax: +351 253 540 304 geral@spinpark.pt

TECMAIA - Parque de Ciência e Tecnologia da Maia, SA

Tel: +351 229 408 200 | Fax: +351 229 408 201 geral@tecmaia.com

TECPARQUES - Associação Portuguesa de Parques de Ciência e Tecnologia

Tel: +351 214 226 930 | Fax: +351 214 226 901 tecparques@tecparques.pt

Tecval

Tel: +351 255 880 250 | Fax: +351 225 880 259 geral@tecval.pt

UERN - União das Associações Empresariais da Região Norte

Tel: +351 253 261 877 | Fax: +351 253 261 878 geral@uern.pt

UPTEC

Tel: +351 220 301 500 | Fax: +351 220 301 511 geral@uptec.up.pt

102


Na Galiza:

AJE Pontevedra - Asociación Provincial de Jovenes Empresarios de Tel: +34 986 862 550 | Fax: +34 986 860 337 Pontevedra info@ajepontevedra.com Asociación de Empresarios de Deza APTE - Asociación de Parques Científicos y Tecnológicos de España

Tel: +34 986 787 091 | Fax: +34 986 783 814 asociacion@aedeza.com Tel: +34 951 231 306 | Fax: +34 951 231 239

BIC Galicia - UPD Coordina Local II

Tel: +34 981 52 30 54 | Fax: +34 981 52 22 92 updcoordinalocal@bicgalicia.esEste enderezo de correo-e está protexido contra spam bots, necesitas ter o Javascript activado para podelo ver

Cámara de Comercio e Industria de Ourense

Tel: +34 988 368 148 | Fax: +34 988 368 149 vivero@camaraourense.com

Cámara Oficial de Comercio, Industria y Navegación de A Coruña

Tel: +34 981 732 887 | Fax: +34 981 732 897 viverocarballo@camaracoruna.com

Camara Oficial de Comercio, Industria e Navegación de Ferrol

Tel: +34 981 369 035 | Fax: +34 981 369 459 viveiro@camaraferrol.org

Cámara Oficial de Comercio, Industria y Navegación de Santiago de Tel: +34 981 551 700 | Fax: +34 981 897 555 Compostela vivero@camaracompostela.com

CEGEP – Círculo de Empreários e Gestores Espanhois e Portugueses

Tel: +34 615 642 287 convocatórias@cegep-web.org

Centro de Novas Tecnoloxías de Galicia

Tel: +34 881 997 803 administracion.cnt@xunta.es

CFV Club Financiero de Vigo (Círculo de Empresarios de Galicia)

Tel: +34 986 447 220 | Fax: +34 986 449 886 cfv@clubfinancierovigo.com

Direccion Provincial de Comércio de A Coruña

Tel: +34 981 217 160 | Fax: +34 981 208 558

Direccion Territorial de Comercio de Vigo

Tel: +34 986 441 240 | Fax: +34 986 432 048

FEDIT - Federación Española de Entidades de Innovación y Tecnología

Tel: +34 915 795 262 | Fax: +34 915 671 290 info@fedit.com

Fundación CEL- Iniciativas por Lugo

Tel: +34 982 284 150 | Fax: +34 982 284 922 info@fundacioncel.org

Fundación Galega da Formación para o Traballo

Tel: +34 981 941 260 | Fax: +34 981 941 261 info@fgft.org

ICEX – Instituto Español de Comercio Exterior

Tel: +34 902 349 000

IGAPE – Sede e Serviços Centrais

Tel: +34 902 300 903 | Fax: +34 981 558 844

OETIC - Portal Objetivo Emprendimiento del Sector TIC de Galicia

Tel: +34 981 546 823 | Fax: +34 981 546 832 oetic@bicgalicia.es

TECNOPOLE - Parque Tecnolóxico de Galicia

Tel: +34 988 368 100 | Fax: +34 902 501 425 tecnopole@tecnopole.es

UNINOVA - Iniciativas Empresariais Inovadoras

Tel. +34 881 815 596 | Fax. +34 881 815 591 emprender@uninova.org

Xunta de Galicia - Oficina de A Coruña

Tel: +34 981 182 239 | Fax: +34 981 182 240

Xunta de Galicia - Oficina de Ferrol

Tel: +34 981 337 101 | Fax: +34 981 337 106

Xunta de Galicia - Oficina de Lugo

Tel: +34 982 294 032 | Fax: +34 982 294 801

Xunta de Galicia - Oficina de Ourense

Tel: +34 988 687 289 | Fax: +34 988 687 290

Xunta de Galicia - Oficina de Pontevedra

Tel: +34 986 805 305 | Fax: +34 986 805 308

Xunta de Galicia - Oficina de Rexistro e Información

012@xunta.es

Xunta de Galicia - Oficina de Vigo

Tel: +34 986 817 366 | Fax: +34 986 817 361 103


8

Nota Final

GUIA DOS RECURSOS PARA O EMPREENDEDORISMO CLUSTER TÊXTIL / MODA EUROCLUSTEX NAS REGIÕES DO NORTE DE PORTUGAL E GALIZA

A todas as entidades que se disponiblizaram para prestar informações sobre os temas tratados, cumpre-nos apresentar os nossos agradecimentos pelos esclarecimentos e dados estatísticos que foram fundamentais para a elaboração do presente Guia.

104


105




Titulo Guia dos recursos para o empreendedorismo nas regiões do Norte de Portugal e Galiza

Promotor ATP - Associação Têxtil e Vestuário de Portugal

Estudo realizado por

Eduardo Pereira Tiago Santos Júlia Brito (2012)

Realizado com o apoio de POCTEP - Programa de Cooperação Transfronteiriça Espanha Portugal 2007-2012




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