EDIÇÃO 60 - ANO 11 OUT/NOV 2021
RR RR
COLUNISTAS
R$ 23,00
AMADEU CARLOS FERREIRA FERNANDO LUMMERTZ LEANDRO REINAUX MALU SEVIERI PAULO PASSOS POBERTA NONIS
CIDADE CENTER NORTE
CIDADE CENTER NORTE
Grupo Baumgart e WTorre trarão um novo complexo de entretenimento para a Zona Norte de São Paulo
OUTUBRO/NOVEMBRO 2021AGOSTO/SETEMBRO 2021
ENTREVISTA
Guido Fornelli, presidente da IELA, fala sobre o trabalho da associação e sua visão para o futuro do setor
PASSO A PASSO
São mais de
900 MARCAS JÁ CONFIRMADAS, 4 eventos líderes de seus segmentos
Nos vemos em Novembro!
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Protocolos de Segurança
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Radar Magazine | Abril/Maio 2021
PASSO A PASSO
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Radar Magazine | Abril/Maio 2021
PASSO A PASSO
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Radar Magazine | Abril/Maio 2021
PASSO A PASSO
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Radar Magazine | Abril/Maio 2021
EDITORIAL
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omo é bom trabalhar em uma publicação que traz boas notícias ao leitor. Após mais um ano repleto de incertezas, insegurança e instabilidade econômica, finalmente foi possível apresentar matérias de feiras presenciais e novos investimentos. Na matéria de capa apresentamos o investimento do Grupo Baumgart na nova Cidade Center Norte, que terá arena multiuso expansão do Expo Center Norte e um projeto imobiliário. Outras matérias são sobre as feiras presenciais, que estão sendo retomadas seguindo todos os protocolos de biossegurança, oferecendo um ambiente seguro. E o mais importante, a oportunidade de geração de negócios aos mais diversos setores da economia, fazendo com que a indústria volte a apresentar seus produtos e lançamentos ao público. Por último, e não menos importante, os nossos colunistas, que trazem suas visões sobre o mercado e compartilham conhecimento. A você leitor, nosso muito obrigado por nos acompanhar, boa leitura e ótimos negócios!
Roberta N Yoshida roberta@gruporadar.com.br
PUBLISHER
ASSINATURA E DISTRIBUIÇÃO
Roberta N Yoshida roberta@gruporadar.com.br
redacao@gruporadar.com.br
EDITOR
COLABORARAM NESSA EDIÇÃO
Luis Marino Orsolon luis@gruporadar.com.br
Amadeu Carlos Ferreira
DIRETORA DE ARTE, FOTOGRAFIA E MULTIMÍDIA
Leandro Reinaux
Roberta N Yoshida
PROJETOS ESPECIAIS Luiz Octavio Pinto Neto (Jaka) jaka@gruporadar.com.br
Fernando Lummertz Malu Sevieri Paulo Passos Poberta Nonis
FOTOS E ILUSTRAÇÕES Dpositphotos | Divulgação
UMA PUBLICAÇÃO DO GRUPO RADAR & TV Redação e administração: Radar Comunicação CH LTDA. A Radar Magazine não se responsabiliza por conceitos emitidos nos artigos assinados. Não é permitida a reprodução total ou parcial sem a prévia autorização. Distribuição Online pelo issuu.com/revistaradarmagazine Tiragem: 3 mil exemplares | Data de publicação: 30/09/2021
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Radar Magazine | Outubro/Novembro 2021
Parceiro de mídia
UMA CIDADE
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LÊNDIDA ATÉ DEBAIXO D’ÁGUA. Os parques aquáticos de Olímpia estão entre os mais visitados da América Latina.*
OLÍMPIA
Não é para menos. Aqui tem diversão para todas as idades. Mas, se essa não é a sua praia, não tem problema. Nosso Estado dá um banho também em matéria de museus, cachoeiras, praias, restaurantes e shoppings. Tem SP pra todos. É só escolher o destino que mais combina com você.
visitesaopaulo.com * Fonte: Relatório Theme Index 2018, elaborado pela TEA, Themed Entertainment Association.
SUMÁRIO
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A NOVA CIDADE CENTER NORTE
Grupo Baumgart e WTorre trarão um novo complexo de entretenimento para a Zona Norte de São Paulo
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ABAV reativa sua volta ao presencial e formato itinerante em Fortaleza Beauty Fair está sendo organizada para ser o grande reencontro do mercado de beleza
28 EQUIPOTEL, Depois de fomentar 46 PROWINE, um brinde a sua comunidade no digital, volta ao presencial
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FESTURIS projeta novidades para abraçar um setor em reconstrução
BOAT SHOW quer repetir 20 SPsucesso 34 PET SA E FCE'S de edição realizada em
Marcam semana NürnbergMesse Brasil
2020
volta dos negócios
56 GIRO DO PORTAL 58 PASSO A PASSO PAULO PASSOS
42 HOSPITALMED marca o retorno 60 TECNOLOGIA das feiras de negócios do setor de saúde no Brasil
44 PROWINE, um brinde a volta dos negócios
LEANDRO REINAUX
62 OPINIÃO
FERNANDO LUMMERTZ
64 PELO MUNDO DAS FEIRAS MALU SEVIERI
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ENTREVISTA
Guido Fornelli, presidente da IELA, fala sobre o trabalho da associação e sua visão para o futuro do setor
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66 M.I.C.E.
ROBERTA NONIS
68 DEU RUIM!
AMADEU CARLOS FERREIRA
Feira Internacional de Artigos e Equipamentos Médicos, Hospitalares de Laboratórios e Reabilitação
03-06
MAIO
2022
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MEDICALtalks Live
Conecte-se com alguns de nossos expositores acessando o nosso canal no YouTube através do Medical Talks.
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ENTREVISTA
PREPARANDO O “NOVO AGORA" Guido Fornelli, presidente da IELA, fala sobre o trabalho da associação e sua visão para o futuro do setor
LUIS MARINO ORSOLON | luis@gruporadar.com.br
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IELA (International Exhibition Logistics Association), é a rede global da indústria que aprimora o profissionalismo nos segmentos de logística de transporte e manuseio de carga da indústria de feiras e eventos. A associação trabalha junto com proprietários de espaços de eventos, organizadores e associações nacionais para educar, treinar e compartilhar experiência para operações seguras e protegidas em todo o mundo. Atualmente está representada por 165 membros de 56 países, incluindo o Brasil. Entre as atividades da associação estão o congresso anual, que teve que ser cancelado em 2020 e aconteceu online em 2021, eventos de treinamento bianuais com foco em educação, o Seminário de Inverno e a Cúpula de Operações. A IELA também está executando vários projetos, como o IELA DATA ROOM, um vasto projeto envolvendo uma coleção abrangente de dados sobre Logística de Eventos e Exposições em todo o mundo. A Radar Magazine entrevistou Guido Fornelli, presidente da IELA 2020-2022 e diretor geral da italiana Expotrans SpA, para falar mais sobre este segmento e os planos da associação.
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Radar Magazine | Outubro/Novembro 2021
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Radar Magazine Radar Magazine | Outubro/Novembro | Abril/Maio 2021
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ENTREVISTA
Como está evoluindo o papel da logística nas feiras/ eventos? O que mudou nos últimos anos? Nos últimos anos, mesmo na pré-pandemia, muita coisa mudou. Os transitários e operadores logísticos especializados em eventos, deixaram de ser considerados apenas prestadores de serviços e passaram a ser cada vez mais consultores logísticos, oferecendo soluções que podem ajudar uma indústria em rápido crescimento e a utilizar cada vez mais os espaços de eventos. Qual sua visão sobre a indústria brasileira de feiras de negócios e eventos? Pessoalmente, antes da pandemia, fiquei bastante impressionado com a variedade de indústrias e organizadores que surgiram em seu país. Todos os anos aconteciam no Brasil tantas mostras de renome internacional nos setores médico, moveleiro, alimentício, construção e alta tecnologia, apenas para citar alguns. Os expositores internacionais sempre foram atraídos pela vivacidade deste contexto e pelo crescimento da economia. A Covid certamente teve um forte impacto nessa tendência positiva. Tenho certeza de que, assim que a situação sanitária melhorar, o Brasil e a indústria de eventos reiniciarão sua corrida. Quantos membros o IELA tem no Brasil As empresas membros da IELA sediadas no Brasil são a FINK MOBILITY, Fulstandig Shows e Eventos MC Ltda e WAIVER EXPO Logística de Feiras e Eventos Ltda. Elas cobrem os principais espaços de eventos Brasil e podem desempenhar um papel positivo no “novo mercado” pós pandemia. Antes da COVID-19, quais eram os principais desafios da indústria global de logística em nosso setor? Falando em aspectos logísticos, como eu disse antes, tudo ficou mais rápido e dinâmico e as necessidades dos clientes, tanto expositores quanto organizadores, cresceram em diferentes níveis. Uma maior atenção aos custos, uma maior solicitação de dados e informações em tempo real e a atenção à saúde e segurança e meio ambiente, são apenas alguns dos desafios enfrentados nos últimos anos durante os dias de montagem e desmontagem. E agora, quais novos desafios serão agregados? Estamos agora frente a uma situação completamente nova, que nos leva a questionar alguns elementos fundamentais da indústria expositiva no que diz respeito a todos os encontros. As exposições nasceram para criar contatos e apertos de mão. Isso atualmente 1212
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não é permitido e tem levado, como todos sabemos, a fechamentos gerais e a uma profunda crise no setor em nível global. Uma das piores consequências desta pandemia tem sido o aumento dos custos de transporte e a redução do espaço de transporte, seja por terra, mar ou ar. Essa situação gerou um círculo vicioso em que alguns dos expositores, já fortemente testados pela pandemia, ficaram inseguros ou impossibilitados de participar de eventos internacionais devido ao alto custo de transporte. Mais importante, a situação precária da indústria de feiras tem levado a uma redução da força de trabalho que teve que se deslocar para outras funções para superar o momento. O desafio agora é tornar o setor de feiras novamente atraente para repovoar empresas. Isso também é importante em relação aos jovens talentos necessários para concluir a transformação digital de nosso setor. Que tipo de perdas o setor de logística teve que suportar? Com espaços de eventos fechados e restrições em todo o mundo, as perdas foram muito pesadas. Para alguns, infelizmente, até fatal. Agora temos que começar de novo, conquistando, junto com os organizadores, a confiança dos expositores e visitantes. Felizmente, todos os membros da IELA têm uma grande reputação em seus próprios países e isso contribuirá para o reinício. Como os membros da IELA conseguiram enfrentar esse período sem eventos? Alguns de nós ampliaram os negócios agregando serviços em outras áreas de cargas pontuais e sensíveis, vendendo o know-how de um despachante especializado em logística de eventos: pontualidade, exatidão, atenção, precisão, flexibilidade. Alguns deles, felizmente um número menor, tiveram que deixar o mundo das exposições e, consequentemente, deixar a IELA. Qual foi apoio dado pela IELA aos seus associados neste período? A IELA forneceu uma plataforma para troca, conversa aberta e atualizações regionais para seus membros para tirar nossa rede do isolamento durante o bloqueio, continuando a ser um pilar de apoio e empoderamento dentro da associação. Essa plataforma inspiradora e de conexão, a IELA RELOAD, era semelhante àquela fornecida aos nossos membros por ocasião do Congresso Anual da IELA. Tinha como objetivo principal dar oportunidade à
rede de se antecipar, recuperar e adaptar-se à nova situação, limitando as perdas na procura de novos fluxos de receitas. O objetivo do IELA não era apenas que seus membros superassem esta crise econômica e de saúde global como uma associação unificada, mas que cada membro emergisse da experiência ainda mais forte do que antes e com maior solidariedade, tanto de uma perspectiva individual, quanto em relação à sua rede. Como cada membro possui seus próprios pontos fortes e características de mercado, foi importante destacar que não existe apenas uma receita ou solução única. Cada membro pode se beneficiar do brainstorming, das discussões regionais e ter acesso às principais informações de pesquisa. É muito importante ressaltar que a responsabilidade e a abordagem estratégica permanecem sobre os ombros de nossos membros, e a associação estava lá para lhes dar apoio. A IELA forneceu apoio em escala nacional para a inclusão de despachantes de frete de exposições nos fundos de apoio governamental para a indústria de exposições, dando apoio ao trabalho de defesa de associações conduzido nacionalmente. A IELA teve que reavaliar seu modelo de negócios durante a pandemia? O foco de 2019, na perspectiva Centrada no Cliente, mudou para um foco em Resiliência e Colaboração em 2020 com a criação de uma campanha global nas mídias sociais em apoio a todos os profissionais em 5 de março de 2020: #TogetherStrong. Obviamente, todos os eventos IELA tiveram que ser convertidos em eventos online. Criamos uma plataforma online, hospedando uma série de eventos, para construir uma frente unida com todas as partes interessadas do setor. Compartilhamos conhecimento sobre situações locais e regionais, trabalho de defesa de direitos, etc. e mantivemos nossa atenção voltada para a oferta de programas de treinamento, mesmo que apenas o digital fosse possível. Qual é a estratégia da IELA e planos para o futuro “pós-crise”? Atrair jovens talentos, manter, prosperar e retreinar funcionários seniores e juniores para o “Novo Agora”, apoiando membros que desenvolvam novas soluções de alta tecnologia aplicáveis à logística de eventos, apoiando programas internacionais como a Emissão de Carbono Zero Líquido em favor de uma indústria de eventos do futuro. RR Essa é a maneira de sair da crise. 12
Radar Magazine Radar Magazine | Outubro/Novembro | Abril/Maio 2020 2021 Radar Magazine | Março/Abril
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Um novo começo ABAV reativa sua volta ao presencial e formato itinerante em Fortaleza
LUIS MARINO ORSOLON | luis@gruporadar.com.br
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ABAV Expo & Collab 2021 representará mais que um retorno ao presencial de uma das principais feiras do mundo o setor de turismo. A edição deste ano marca o retorno do modelo itinerante do evento, que estreia o “novo” formato em Fortaleza, no Ceará. Realizado anualmente pela ABAV Nacional (Associação Brasileira de Agências de Viagens) desde 1974, o Congresso Brasileiro de Agências de Viagens, como foi originalmente batizado, percorreu 15 cidades brasileiras até se fixar no Rio de Janeiro por dez anos, e depois migrar para São Paulo, onde permaneceu entre 2013 e 2019. De acordo com a presidente da ABAV Nacional, Magda Nassar, a retomada do modelo itinerante sempre foi um desejo manifestado pelos participantes da ABAV Expo – visitantes e expositores. O crescimento contínuo do evento ao longo dos anos, entretanto, acabou por limitar as opções, considerando a logística necessária em cada destino. “Com as ferramentas e plataformas online disponíveis hoje é possível gerar público, negócios, promover conhecimento e proporcionar experiências reais a partir de qualquer destino. Quebramos essa barreira com a realização do ABAV Collab no ano passado”, explica Magda. A edição 2021 será realizada no Centro de Eventos do Ceará, local onde também será revelado para onde a feira seguirá em 2022. O anúncio oficial ocorrerá no encerramento do evento deste ano.
Magda Nassar, presidente da ABAV Nacional
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Mais de 80 expositores, representando 140 marcas, vão desembarcar na ABAV Expo deste ano, que promete três dias de imersão em negócios, capacitação e relacionamento. “Dentro dos limites possíveis vamos realizar nosso grande encontro, reconectar o trade e possibilitar que os negócios voltem a acontecer com força”, afirma Nassar. Para reunir o trade em total conformidade com as restrições ainda impostas pela pandemia, o evento deste ano adotará o modelo híbrido. A participação presencial será limitada a um fluxo diário de três mil pessoas, simultaneamente, com fiscalização permanente para que todos os protocolos de biossegurança sejam assegurados. O controle de acesso se dará por um sistema online que exibirá de forma contínua o volume de pessoas em circulação em cada área do pavilhão que totaliza 13,5 mil metros quadrados. As credenciais, impressas ou em QR Code carregadas no celular, deverão ser apresentadas na entrada e na saída, que terão oito portas para evitar qualquer risco de aglomeração. Na área de exposições, todos os estandes serão dispostos em formato de ilha, com distanciamento de quatro metros entre um e outro, e apenas três opções de modelo. Com o objetivo e diminuir também o tráfego de pessoas nos períodos pré e pós-evento, a organizadora optou pela contratação de uma única montadora, a GL events Live. Expositores e visitantes contarão com uma praça de alimentação, localizada em andar superior e com sistema próprio de higienização do ar, e com uma unidade de suporte com serviço de água e café, instalada em área afastada dos pontos de circulação. Um lounge de conectividade funcionará como área de descanso, de onde será possível acompanhar as capacitações da Vila do Saber, que também ocupará o andar superior do pavilhão. Todas as apresentações serão transmitidas online, em atendimento ao público que optar pela participação virtual por meio da plataforma do Collab, que também espelhará a área de exposições. Vila do Saber A área dedicada à capacitação e difusão de conhecimento da ABAV Expo & Collab terá 56 apresentações que acontecerão nos dois primeiros dias das 14h às 20h, e no terceiro das 14h às 18h20. A Vila do Saber estará dividida em quatro salas situadas no primeiro andar do pavilhão – Jericoacoara, Cumbuco, Flecheiras e Mangue Seco. A mudança acontece em atendimento aos protocolos de biossegurança, que também determinam lotação máxima de 80 pessoas por sala, originalmente configurada para 280 pessoas, e dez minutos de higienização completa do ambiente entre as apresentações. “Queremos entregar uma edição histórica, deixar a nossa contribuição como mais uma iniciativa pioneira e inovadora da ABAV”, RR conclui a presidente da entidade.
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E ai, beleza? ´ Beauty Fair está sendo organizada para ser o grande reencontro do mercado de beleza LUIS MARINO ORSOLON | luis@gruporadar.com.br
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á 16 anos a Beauty Fair participa da vida e dos negócios de milhões de profissionais, lojistas, indústrias, distribuidores e exportadores do mundo todo no setor de beleza. Sem poder estar junto de seu setor fisicamente durante longos meses, a feira não desistiu de estar presente junto à sua comunidade, mesmo que fosse apenas de forma online. No digital, a Beauty Fair realizou alguns eventos, como o Fórum Pós NRF 2021, com novidades sobre tecnologia do varejo, direto de Nova York, e o Fórum Beauty Fair do Varejo de Beleza, para falar sobre atualização em relação ao mercado, cenário econômico e varejo. “Em julho, criamos dois infoprodutos voltados para quem deseja impulsionar negócios no mercado de beleza. O Beauty Fair Mastermind, uma mentoria de negócios 100% digital, e o Clube de Negócios Beauty Fair, uma rede de conteúdo especializado e networking”, conta Cesar Tsukuda, diretor geral da feira. Para este lançamento foram convidados empresários de destaques como Luiza Trajano (Magazine Luiza), Murilo Reggiani (Fundador da Vult Cosméticos), Hirofumi Ikesaki (Fundador do Grupo Ikesaki), Daniel de Jesus (Fundador da Niely), Manuela Boss (CEO da Truss Cosméticos) e Camila Cerdeira (Fundadora da K.Pro). “Em julho, voltamos com os eventos presenciais, com as Confrarias do Varejo e do Salão de Beleza, atendendo várias regiões de São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Ribeirão Preto”, completa. Estes encontros serviram como aquecimento para a cereja do bolo, a volta da Beauty Fair ao Expo Center Norte de 20 a 23 de novembro. "A Beauty Fair é um dos eventos mais importantes do setor de beleza atualmente e, considerando os impactos sofridos durante a pandemia com o fechamento de estabelecimentos - como os salões - e o adiamento de outras ações do setor, estar de volta é uma forma de reconhecer a força destes profissionais durante um período de adversidades e uma forma de dar esperança de que as coisas estão sendo retomadas gradativamente”, afirma Tsukuda. Além de apresentar as novidades de centenas de marcas a feira quer ser um marco para o grande reencontro do mercado da beleza. “A importância de poder se reunir presencialmente, facilitando a troca de experiência, networking e construção de novos negócios, é uma forma de aproximar ainda mais os profissionais, as marcas, as perfumarias e as lojas”, avalia. Fora a área de exposição, a Beauty Fair contará com congressos sobre temas interessantes ao setor, como o 11º Congresso Internacional de Maquiagem Profissional, 13º Congresso de Podologia, 15º Congresso Científico Internacional de Estética e Cosmetologia, 3º Congresso Internacional Barber, workshops sobre Mechas, Técnicas de Corte Gemétricos e Texturização, Penteado, e maratonas de palestras abordando tudo sobre cachos, penteados e cortes.
Em relação aos protocolos para garantir a segurança de todos os envolvidos, a feira está sendo assistida por Paulo Passos, consultor em protocolos de biossegurança que tem liderado esse movimento na retomada dos eventos presenciais. Passos foi, por exemplo, responsável pela criação do protocolo de biossegurança da Expo Retomada. De acordo com Tsukuda, a orientação ao público estará amparada, basicamente, em 4 pilares: a vacina (obrigatória a apresentação de carteira de vacinação, fator exigido pela cidade de São Paulo), higienização - com a distribuição de álcool gel e espaços higienizados -, distanciamento para que não haja atividades de aglomeração e máscara e aferição de temperatura na entrada. Uma das novidades para a edição deste ano será uma programação de Live Commerce durante os dias da feira, permitindo que o público possa aproveitar as promoções e condições imperdíveis da feira, de qualquer lugar. Alguns congressos também terão um formato híbrido. “A Beauty Fair está sendo organizada para ser o grande reencontro do mercado de beleza. Sem dúvida será um marco na retomada e impulsionamento de negócios no setor. As marcas expositoras estão preparando condições especiais de negócios para todos os visitantes. As ações de live commerce também serão importantes para ampliar os negócios no setor e democratizar o acesso às novidades em todo o Brasil”, finaliza Tsukuda. RR
Cesar Tsukuda, diretor geral Beauty Fair
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Não sabendo que era impossível, foi lá e fez São Paulo Boat Show quer repetir sucesso de edição realizada em 2020 LUIS MARINO ORSOLON | luis@gruporadar.com.br
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m meio a um calendário esvaziado e com poucas perspectivas de realização de eventos, o Grupo Náutica foi em frente e conseguiu realizar a edição 2020 da São Paulo Boat Show. Mas não foi só isso. A organização do evento foi ousada, levando a maior feira náutica da América Latina para um novo local, a Raia Olímpica da Universidade de São Paulo (USP). Realizada no final de novembro, a edição de seis dias do evento recebeu cerca de 18 mil pessoas (até 1 990 pessoas simultaneamente) e movimentou R$ 155 milhões. Ao todo, foram comercializadas 215 embarcações e os negócios gerados na feira refletiram pelos próximos três meses para os expositores. Realizado pela primeira a céu aberto, o evento proporcionou aos visitantes, diversas vivências na água, com mais de 1.000 pessoas experimentando atividades náuticas como caiaque, pedalinho, canoa havaiana e vela nas águas da universidade. “Mesmo diante dos inúmeros desafios causados pela pandemia, sabemos que a feira é um dos principais pilares que fomentam o segmento náutico no país, girando a economia e empregando milhares de pessoas. Por isso, após a liberação dos órgãos governamentais, optamos por fazê-lo acontecer. Ao final, conseguimos levar a muitas pessoas, com segurança e responsabilidade, uma boa e inédita experiência”,
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comenta Ernani Paciornik, presidente do Boat Show. Agora a 24ª edição da feira, que acontecerá de 4 a 9 de novembro, quer ser ainda melhor. O evento terá como palco o São Paulo Expo e pretende proporcionar uma experiência inesquecível, onde conteúdo e exposição, irão se conectar e os visitantes poderão realizar a compra de um barco ou escolher seu próximo destino náutico. As principais marcas confirmaram presença nesta que deve ser mais uma edição história. Mas a área de exposição será apenas um dos destaques da São Paulo Boat Show. Neste ano está de volta o Espaço dos Desejos, que acontece simultaneamente à Boat Show e atrai um público selecionado que busca adquirir produtos exclusivos e aspiracionais para compor seu lifestyle. Nesta área será apresentado o que há de mais moderno, inovador e luxuoso no mercado, realizando o desejo de quem marca presença no espaço. Outro dstaque será a 6ª edição dos Destinos Náuticos, que também acontece integrado ao São Paulo Boat Show. O espaço reúne os principais destinos náuticos do país, que apresentam todos os atributos da região para que os visitantes possam programar sua próxima viagem, seja com a família ou amigos. Em relação aos protocolos, a feira repetirá a dose de 2020, adotando os procedimentos trazidos pela UBRAFE – União Brasileira dos Promotores Feiras e Eventos de Negócios, Ministério do Turismo e Informa AllSecure – elaborados pela Informa Markets, uma das maiores promotoras de feiras do mundo e que os colocou em prática em sua feira Fort Lauderdale International Boat Show, nos Estados Unidos. “Em 2021, traremos toda a expertise adquirida no ano anterior na realização do São Paulo Boat Show, no São Paulo Expo. Após nos tornarmos referência no mercado de feira e eventos, trazemos aos participantes do salão toda segurança em mais uma edição de sucesso. Além disso, contamos com o selo TURISMO RESPONSÁVEL cedido pelo Ministério RR do Turismo”, finaliza Paciornik. RR
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M&Co espera faturar R$ 160 milhões até 2023 Criado por Marcelo Checon, ecossistema reúne as empresas MChecon, RECON Eventos, Triart, 100% Eventos e Checon Locações
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a esteira da retomada dos eventos sociais e feiras corporativas em todo país, Marcelo Checon, considerado um dos empresários mais bem sucedidos no mercado de eventos, lançou, há pouco mais de um mês, a M&Co, primeira holding de infraestrutura e cenografia para eventos do Brasil. Com uma previsão de faturar R$ 160 milhões até 2023, a holding é formada por empresas com mais de 15 anos de atuação - RECON Eventos, Triart, 100% Eventos e Checon Locações e MChecon - que irão oferecer ao mercado soluções criativas, completas e integradas para eventos de pequeno, médio ou grande porte, de todos os segmentos. De acordo com Marcelo Checon, a criação da M&Co acontece num momento de reinvenção e inovação do segmento de eventos, principalmente por conta da pandemia, que trouxe para as empresas que fazem parte da M&Co, oportunidades visionárias durante a pior crise da história. “Vislumbrando um cenário positivo com a retomada do setor nos próximos meses, nos fortalecemos e ainda otimizamos, através do compartilhamento de processos e gestão, a cadeia de produção e seus ecossistemas, para oferecer um serviço pioneiro, sustentável e completo sem precedentes para o mercado”, explica Marcelo. Para Pedro Luis Torrano, sócio-diretor da Triart, a entrada na M&Co é uma ótima oportunidade de crescimento para a Triart. “Durante a pandemia, tivemos tempo para organizar nossa estrutura, além de investir em equipamentos, o que nos permite estar prontos para atender um mercado com muita demanda e pouca oferta nesta retomada do setor de feiras de negócios e eventos”, afirma.
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A mesma opinião é compartilhada por Paola de Picciotto e Flávia de Picciotto Terpins, sócias da 100% Eventos, que complementam. “Acreditamos no poder das nossas parcerias e sabemos que quanto mais sólido e ousado for o mercado de eventos, mais empregos podemos gerar e mais temos a contribuir com a economia do país”, dizem. “Além disso, o Checon nos inspira a retomar nosso plano de expansão e consolidação em outras cidades fora de estado de São Paulo”, revelam. Além da Triart e 100% Eventos, a holding é formada pela RECON Eventos, referência no mercado brasileiro para locação de estruturas como tendas, grades, fechamentos e galpões e pela Checon Locações que atua, exclusivamente, no universo corporativo fornecendo mobiliários para grandes eventos, cadeiras para auditórios e itens, como sistemas de ar-condicionado, para composição de salas de reuniões em feiras e exposições. Em comum, além da atuação no segmento de eventos corporativos e sociais, as empresas contam com a participação societária de Marcelo Checon, que afirma não interferir na cultura organizacional nem na gestão de nenhuma delas. “Hoje, o elo que une as empresas é o fato de eu ter uma participação em cada uma delas. No entanto, elas seguem atuando sob a gestão dos sócios atuais, com independência e com todas as características que as tornaram referências para o mercado”, explica Checon.
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Mais do que cenografia, estandes ou PDV Atenta a todas as oportunidades com a volta dos eventos e feiras de negócios, a MChecon, considerada uma das maiores empresas do país no ramo de cenografia e especialista em montagens de grandes eventos, lançou sua nova identidade visual e posicionamento, que passa a ser focado em soluções que entregam não apenas projetos cenográficos, estandes ou PDV, mas qualidade criativa através do design. “O design para nós representa todo início da concepção de um projeto. De construirmos ele com todo cuidado para que cada ponto de contato seja uma experiência única e inesquecível”, explica Marcelo Checon. “Além disso, a inclusão da palavra design na nossa assinatura, reflete esse momento de crescimento e traduz o papel estratégico dos nossos serviços para os clientes. Ou seja, hoje, somos muito mais que cenografia, estandes ou PDV. Somos a solução criativa através do design”, completa. A nova marca, desenvolvida pela equipe de marketing da empresa, liderada por Rafael Mattos, apresenta uma tipologia mais sólida e compacta, com um desenho clássico e ao mesmo tempo atual. “É uma evolução da identidade anterior, mas que mantém em seu conceito a essência de uma história de compromisso, excelência e ética”, afirma Mattos. A identidade visual marca também a nova fase da trajetória da MChecon, que também passou a integrar o ecossistema da M&Co, primeira holding de infraestrutura e cenografia para eventos do Brasil.
Pedro Luis Torrano (Triart), Roberto Picarelli (Triart); Luciano Checon (Checon Locações), Mario Cavalcante (M&Co.), Flávia Terpins (100% eventos), Walter Longo, Paola de Picciotto (100% Eventos), Marcelo Checon (M&Co), Regis Sales (Recon Eventos)
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Radar Magazine | Outubro/Novembro 2021
O Futuro Inovador já começou! O Transamerica Expo Center está, mais do que nunca, pronto para a ascensão do mercado de eventos. Com um espaço moderno, seguro, amplo e aprimorado com novas tecnologias, estamos preparados para receber você com o melhor atendimento e estrutura. Equipado para encontros presenciais, híbridos ou 100% on-line + de 1.300 eventos bem-sucedidos
O TEC prioriza o contato entre as pessoas. Aqui, cada encontro se transforma em uma experiência transformadora - com networking, realizações e troca de aprendizados. E com a retomada dos eventos presenciais, já estamos revivendo esses momentos em sua totalidade, com o “olho no olho” e o sorriso receptivo que tanto nos acrescenta valor! Convidamos você a participar desse grande momento junto com a gente. Sinta-se em casa! As portas estão abertas e você é muito bem-vindo.
Vamos, juntos, fazer o futuro acontecer no presente?
@transamericaexpocenter
transamericaexpo.com.br +55 (11) 5643-3000 faleexpo@transamerica.com.br Radar Magazine | Outubro/Novembro 2021
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FEIRAS
Estamos abertos
Depois de fomentar sua comunidade no digital, Equipotel volta ao presencial querendo impulsionar a hotelaria LUIS MARINO ORSOLON | luis@gruporadar.com.br
S
em poder ser realizada presencialmente, a Equipotel investiu nos últimos meses em estratégias digitais para manter suas comunidades atualizadas sobre as últimas tendências do setor.
Daniel Pereira, gerente da Equipotel
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Foram debates, master classes, palestras e oficinas reunindo os maiores nomes da hotelaria e gastronomia para debater números, cenários, perspectivas do setor. Em 2020 a RX, organizadora da feira, somou na Equipotel mais de 540 mil acessos ao seu site e mais de 50 mil seguidores nas redes sociais. As ações digitais em 2020 tiveram 18 milhões de impactos, ou seja, visualizações. Números importantes e que serviram como base para a volta da feira ao presencial neste ano, de 22 a 25 de novembro, no São Paulo Expo. “Estar de volta é uma sensação única, depois de um período de muito preparo e muita dedicação durante o tempo que estivemos fora do pavilhão. A Equipotel é um marco há 58 anos para a indústria de hospitalidade nacional e especialmente em 2021, mesmo com todos os desafios, acreditamos que seremos o principal ponto de encontro da retomada para esse setor”, comemora Daniel Pereira, gerente da feira. A expectativa dos organizadores é receber 18 mil visitantes, todos dispostos a conhecer as novidades de mais de 250 marcas espalhadas em 20 mil metros quadrados dos pavilhões. “A Equipotel trará um movimento único em 2021. Serão mais de sete grandes atrações acontecendo simultaneamente à exposição, dentre elas: Conotel, Arena do Saber, Encontro de Negócios, Área exclusiva de tasting, Motel Xperience, Estúdio Equipotel, Lounge BCB SHOW, entre outras atrações promovidas pelos expositores”, adianta Pereira. No Auditório da Hospitalidade e na Arena do Saber, as últimas tendências do mercado, olhares visionários e cenários do setor estarão em debate com a presença dos maiores nomes da indústria. O V Fórum dos Hotéis Independentes AMERIS será o palco de conversas sobre a hotelaria independente e caminhos para a recuperação deste segmento, além da oportunidade excepcional de networking entre profissionais do Brasil e exterior.
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Já o Motel Xperience, uma parceria com a ABMotéis e o Guia de Motéis, será um espaço em que especialistas do setor compartilharão, assim como os empreendedores, números atualizados do segmento e cases de sucesso. Com tantas ações bem-sucedidas no digital, este componente não poderia ficar de fora da edição presencial. “Certamente o digital fará parte dos eventos físicos daqui em diante. Entendemos que as ações digitais da Equipotel foram muito positivas e nosso projeto é criar conteúdo sobre demanda para todos os profissionais, a qualquer momento e de qualquer lugar. Durante a feira física, vamos gravar todos os eventos de conteúdo e disponibilizar, on-demand, para todo o público da Equipotel. Uma forma simples e prática de toda a comunidade ter acesso à um conteúdo rico e de alta qualidade”, explica o gerente do evento. Com relação às medidas sanitárias, o executivo aponta que serão seguidos todos os protocolos previstos pelo governo estadual com base na realização de feiras, eventos e congressos. “Elaboramos um manual específico para visitantes, expositores e parceiros poderem se preparar para uma participação segura no evento. Todas as medidas de biossegurança já foram testadas em eventos internacionais” completa. Uma vez registrado no evento, o visitante receberá, até seu ingresso na Equipotel, recomendações de empresas, conforme interesses demonstrados no momento do cadastro. “Não podemos esquecer, no entanto, que por mais que tenhamos aproveitado ao máximo o universo digital, nossa prioridade sempre será a realização do encontro de maneira presencial para que haja um aproveitamento completo de todas as experiências que a Equipotel oferece. Estou muito confiante que seremos um marco na retomada do setor no País e estamos preparando um evento lindo e de grandes RR oportunidades”, finaliza.
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vigilância e segurança
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Em transformação
Depois da experiência em 2020, Festuris projeta novidades para abraçar um setor em reconstrução LUIS MARINO ORSOLON | luis@gruporadar.com.br
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m 2020 poucas feiras de negócios conseguiram acontecer em razão da pandemia. A 32ª edição do FESTURIS Gramado foi uma das poucas exceções, reunindo o trade de turismo em dois dias de evento em novembro. Ao todo foram 6.000 reuniões agendadas pelos mais de 5.000 mil inscritos através do aplicativo do evento. Além do número de inscritos e reuniões agendadas o FESTURIS teve 130 estandes e mais de 1.500 marcas em exposição, distribuídas pelos 25 mil m² de área dos pavilhões. “Esse desafio de todos nós se tornou uma realidade. Recomeçar é a palavra de ordem e colocamos muito disso à parceria de expositores, participantes e da imprensa que fizeram do FESTURIS o palco para esse momento histórico. Nós derrubamos muros, criamos oportunidades e mesmo diante da pandemia apresentamos um evento de qualidade”, destacou o CEO do FESTURIS, Eduardo Zorzanello. Agora Marta Rossi, também organizadora do evento, e Eduardo Zorzanello vão repetir a dose no Serra Park, em Gramado, reunindo as principais lideranças e empresas de turismo de 4 a 7 de novembro. Em sua 33ª edição o Festuris chega com uma nova identidade que marca o cenário de transformação pela qual passa o mundo e o setor. Para Eduardo Zorzanello e Marta Rossi, CEOs do Festuris, a nova identidade define a essência do profissionalismo de todos os envolvidos na trajetória do evento e, principalmente, da empresa Rossi & Zorzanello. “Chegamos em um momento em que necessitamos nos transformar para seguir em frente, por isso apresentamos nosso novo conceito, tendo a essência do nosso negócio, sem medo de arriscar. Certamente vamos todos juntos transformar o turismo”, destaca Zorzanello. Como sempre à frente de discussões que norteiam o mercado do turismo, mais uma vez, o Festuris traz em sua bandeira a sustentabilidade e a necessidade de transformação de todo o segmento.
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“Entendemos as transformações que vêm pelo mundo e o turismo deverá ser um dos mais beneficiados com ela. Se temos um olhar macro para a indústria, a inteligência artificial, por exemplo, substituirá o homem, mas ela não representará as relações pessoais, a hospitalidade, o afeto, o carinho que há no turismo”, aponta Marta Rossi.
Já Zorzanello enfatiza que o turista está cada vez mais preocupado com o seu bem-estar, sendo assim, busca no turismo momentos especiais. Com isso, a segmentação por nichos do mercado turístico na feira sempre foi um dos diferenciais do Festuris para facilitar negociações. Todos os anos são identificadas tendências que são apostas, também, em novos segmentos, além da adaptação aos participantes existentes à nova realidade do setor. Nesta edição, não será diferente. Além da feira geral, o Festuris terá oito espaços segmentados – o principal deles será o Green & Experience. Com 75 metros de área conceito e, ao entorno, estarão mais expositores que demonstrarão suas essências, incluindo o participante em várias experiências. Outra novidade para a 33ª edição do Festuris é a união dos espaços Mice, Inovação e Business. Agora o segmento se chamará Business & Innovation. “Acompanhando o mercado na pandemia pudemos perceber que o corporativo (Mice) foi muito impactado e, por isso, a nos-
sa preocupação e cautela em fortalecer ambos os segmentos que, por si só, se complementam”, explica Rossi. A empresária destaca, ainda, que o Espaço Luxury, já consolidado entre os participantes, nesta edição apresentará a Collection Wedding. O objetivo é enfatizar a conexão do público de casamento e lua de mel com o mercado de luxo por conta da similaridade das propostas. Com o avanço da vacinação no País, a perspectiva da organização é de que haja uma maior flexibilização nos protocolos sanitários que permita o aumento do número de inscritos no Festuris deste ano para mais de 8 mil participantes. Para Zorzanello, o Festuris 2020 deixou um grande legado, onde com a utilização das tecnologias foi possível organizar ainda mais as reuniões entre expositores e clientes. “A transformação digital contribuiu muito para a geração de negócios e, certamente, seguiremos com esta importante ferramenta no evento, que pretende superar 2 mil marcas em RR exposição”, finaliza o executivo.
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a Alemanha, a NürnbergMesse é proprietária de um centro de exposições e convenções de cerca de 180 mil m². No espaço, localizado em Nürnberg, a organizadora realiza eventos proprietários e de clientes, recebendo milhares de pessoas todos os anos. No Brasil, a subsidiária da companhia alemã não conta com um espaço só seu, mas poderá considerar o São Paulo Expo como seu de 30 de novembro a 2 de dezembro de 2022. O “NürnbergExpo” irá abrigar nestas datas o retorno de importantes feiras da NürnbergMesse Brasil, tudo debaixo do mesmo teto e de forma simultânea: FCE Cosmetique, FCE Pharma, Pet South America, Pet Vet e o congresso We Need to Talk about Cannabis (WNTC). Reunidos, eles ocuparão cerca de 45 mil m² e contarão com aproximadamente 1000 marcas. Cada evento terá uma entrada separada e totens digitais de cadastros individuais. “O cadastro continua da mesma forma que nos anos anteriores para manter o padrão de qualidade e as oportunidades de negócios que sempre proporcionamos e de forma organizada. O público é formado por profissionais do setor, então cada evento possui um leque de CNAE aceito na hora da inscrição. Apesar de os eventos serem no mesmo pavilhão, cada um entrará de acordo com a sua área de atuação”, explica Diego Carvalho, vice-presidente da NürnbergMesse Brasil. “Quem estiver na FCE Pharma, por exemplo, pode ir para a FCE Cosmetique, pois as duas acontecem simultaneamente no mesmo pavilhão. Agora quem estiver na PET, por exemplo, não pode entrar em nenhum dos outros eventos, pois acreditamos que os interesses são diferentes”, completa. 34
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TUDO JUNTO, MAS NÃO MISTURADO São Paulo Expo se transformará no “NürnbergExpo” para abrigar o retorno das feiras da NürnbergMesse Brasil
LUIS MARINO ORSOLON | luis@gruporadar.com.br
João Paulo Picolo, CEO da NürnbergMesse Brasil.
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Pet South America e Pet Vet A edição deste ano da Pet South America vai contar com a Rodada de Negócios Nacional e Internacional, tão importante nesse momento para a retomada das vendas. O encontro reúne compradores e vendedores do setor com o objetivo de promover melhores negociações e apresentar novos clientes. “Com 80% da planta comercializada, os nossos clientes sabem da nossa responsabilidade e da tradição de 19 anos do evento”, afirma Patrícia Oliveira, Head de produto do núcleo PET. No pavilhão, os visitantes poderão participar do “Pet Comportamento”, atração com uma série de palestras dedicadas a adestradores, dog walkers, cuidadores, entre outros, que desejam aprimorar suas habilidades. Além disso, também acontece o “Pet Desenvolve – Nova Gestão de Clínicas e Pet Shops”, que pelo terceiro ano consecutivo ajuda os empreendedores com conteúdo voltado para gestão, marketing digital e e-commerce. As duas atividades são pagas a parte e podem ser consultadas no site oficial do evento. Na área de cuidados animais, acontece o MasterGroom, 20ª edição do maior campeonato de tosa e estética animal da América Latina, com centenas de competidores em mais de 30 categorias. O evento, dedicado a profissionais do setor, também oferece a oportunidade para quem quer iniciar neste mercado, mas ainda não possui CNPJ, que é o ingresso PET Empreendedor no valor de R$60,00 por pessoa, que garante a participação durante os 3 dias do evento. Além de encontrar um ecossistema completo de inovação, tecnologia, lançamentos, soluções e oportunidades de negócio, a PET VET organiza o maior Congresso técnico direcionado voltado para médicos-veterinários. Neste ano, haverá mais de 60 palestras sobre as importantes especialidades, como: endócrino, cardiologia, dermatologia etc. O Congresso, que é um dos principais pilares da PET VET, é construído com o apoio da ABHV – Associação Brasileira de Hospitais Veterinários e tem como foco Patrícia Oliveira, Head de produto do núcleo PET. promover atualização profissional, disseminar novas técnicas, tendências e sobretudo um valioso networking entre os participantes. Agregado ao Congresso, acontece o PET VET LAB, espaço para aprender na prática o que há de mais avançado e moderno no cuidado com os animais. Será montado um laboratório completo, onde vão acontecer aulas sobre intensivismo, dermatologia e silvestres. 36
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FCE Cosmetique e FCE Pharma Neste ano a FCE Cosmetique, FCE Pharma e We Need to Talk about Cannabis (WNTC) também dividirão espaço no São Paulo Expo. Os eventos serão conectados dentro dos pavilhões, o que vai facilitar a visita e ainda promover mais oportunidades de negócios. “Neste tempo em que não pudemos realizar eventos, aproveitamos para nos preparar e elaborar um encontro totalmente seguro. Também criamos novas formas de concretizar negócios no pavilhão. Isso tudo foi muito planejado e esperado, serão muitasmarcas em prol da retomada do setor”, conta Nadja Bento, gerente dos eventos. Com participação gratuita, os profissionais das indústrias cosmética, farmacêutica e química terão a oportunidade de conhecer as principais novidades dos setores, as tendências, os lançamentos de produtos e ainda assistir a palestras de especialistas, que são referências nos mercados. Além da área de exposição, os participantes vão poder desfrutar de uma série de experiências e atividades de conteúdo. Em paralelo a FCE Cosmetique, acontecerá o Congresso Brasileiro de Cosmetologia, realizado pela ABC. Haverá também um espaço sensorial e uma área dedicada à inovação com o Innovation Challenge, que tem a proposta de apresentar novas soluções de matérias-primas. Já na FCE Pharma, acontece o Congresso WNTC, que trará todos os debates, entraves e possibilidades sobre o mercado de cannabis medicinal no Brasil e no mundo. Além disso, há ainda o NFS – Fórum de Nutracêuticos, Funcionais e Suplementos, setor que não para de crescer e mostra excelentes oportunidades de expansão.
Nadja Bento, gerente da FCE Cosmetique, FCE Pharma e WNTC 38
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We Need to Talk about Cannabis (WNTC) No dia 30 de novembro, das 8h30 às 19h30, a NürnbergMesse Brasil congresso WNTC (We need to talk about cannabis) sobre o mercado de cannabis medicinal no Brasil e no mundo. Quem não puder comparecer ao São Paulo Expo, poderá acompanhar a transmissão de forma online. O evento e reunirá grandes especialistas do assunto, indústria farmacêutica, empresas privadas e órgãos reguladores para discutir sobre as oportunidades do setor. Serão 11 horas de conteúdo exclusivo, com intervalo para relacionamento e exposição de soluções, onde serão abordados temas como cenário regulatório no Brasil e no mundo; tecnologia e patentes no mercado da cannabis medicinal; perspectiva de liberação e efeitos do cultivo; o papel dos canabinoides em um mundo pós-pandemia da COVID-19; cenários e perspectivas para testes clínicos que envolvem a indústria da cannabis. Além de conferir a programação do congresso, o público terá a possibilidade de visitar a FCE PHARMA (Exposição internacional de tecnologia para a indústria farmacêutica), localizada no mesmo pavilhão. “O Brasil, aos poucos, está se mexendo e o WNTC poderá acelerar esse processo e mostrar o quanto a cannabis medicinal pode ajudar os pacientes, além de gerar empregos, promover oportunidades de negócios e girar a economia do setor farmacêutico”, explica Nadja Bento. Esse projeto foi desenvolvido especialmente pela FCE Pharma, em parceria com a FCE Cosmetique, como forma de ajudar este mercado que segue em plena expansão pelo mundo. Até agora, de forma online, já foram realizados mais de 10 webinars e conteúdos ricos para fomentar esta indústria no Brasil e preparar a audiência para um debate ainda maior, em novembro, e que deve impulsionar investimentos e avanços no País.
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Diego Carvalho, vice-presidente da NürnbergMesse Brasil
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Protocolos e Segurança Dentro dos pavilhões do São Paulo Expo a NürnbergMesse Brasil preparou uma série de protocolos sanitários para garantir a segurança do público, expositores e funcionários. A empresa fechou uma parceria exclusiva com o Hospital Albert Einstein, referência em saúde na América Latina, para realizar estudos sobre a segurança do local e ainda criar protocolos sanitários de acordo com a necessidade dos eventos. “Asseguramos que será um evento seguro, sem aglomeração e, o mais importante, com foco na geração do negócio. Estamos nos preparando há mais de um ano meio para esse reencontro e acredito que agora é o momento, estamos 100% prontos”, afirma Diego Carvalho. Em pesquisa realizada recentemente, a NMB constatou que 87% dos compradores do mercado Science, que engloba os eventos FCE Cosmetique, FCE Pharma e Analitica Latin America, sentem-se confortáveis para visitar os eventos no fim de novembro, considerando que haverá uma série de medidas para evitar aglomeração e contaminação. Integrante de uma das maiores organizadoras de eventos do mundo, a subsidiária brasileira também poderá aplicar em seus eventos os ensinamentos de feiras já realizadas pela NürnbergMesse no exterior. “A volta dos eventos no exterior foi uma esperança e também vai servir como um aprendizado para, em breve, realizarmos nossos eventos aqui. As pessoas estão ansiosas para se reencontrarem e fazerem negócios pessoalmente”, explica João Paulo Picolo, CEO da NürnbergMesse Brasil. Até o fim do ano, a multinacional promete realizar 30 eventos ao redor do mundo, em países como Itália, China, Alemanha, Estados Unidos e Índia. “Nós entendemos a importância da realização desses eventos de negócio para a retomada econômica das indústrias, que ficaram quase dois anos sem um encontro do tipo. O mercado precisa retomar seu desenvolvimento econômico. Fizemos os digitais, porém a conversão não é a mesma, foi uma solução paliativa e que atendeu ao mercado naquele momento. A nossa estratégia agora é entregar um evento eficaz de negócios, já que as pessoas estão ávidas e necessitadas disso”, finaliza Carvalho. RR
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Primeira e única em 2021 HospitalMed marcará o retorno das feiras de negócios do setor de saúde no Brasil LUIS MARINO ORSOLON | luis@gruporadar.com.br
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oucas vezes no último século o setor de saúde mundial foi tão pressionado como nestes últimos dois anos. No Brasil, a pandemia provocada pela COVID-19 mostrou o valor e capacidade dos profissionais de saúde, do sistema único de saúde, bem como das instituições privadas como hospitais, clínicas e toda a cadeia ligada ao segmento. Também há praticamente dois anos toda esta população está órfã de feiras de negócios deste setor. Por mais que edições virtuais de feiras, seminários e congressos tenham sido realizados, eventos presenciais do setor não aconteceram ainda no País. Mas o cenário está prestes a mudar com a realização da HospitalMed, de 20 a 22 de outubro, a maior e mais completa feira de negócios em saúde do Norte e Nordeste. Realizada pela Insight Feiras e Negócios, o evento será 100% presencial no Centro de Convenções de Pernambuco. Seguindo criterioso protocolo sanitário, a 9ª edição do evento tem como objetivo a reaproximação da indústria da saúde com o mercado regional, apresentando inovações, lançamentos e tendências para o segmento. “A HospitalMed será a primeira e única feira presencial do setor que acontecerá no Brasil em 2021. Será um grande encontro desse setor que tanto sofreu durante a pandemia”, celebra Tatiana Menezes, diretora da Insight. A feira pode ser a primeira deste setor durante a pandemia, mas não será a primeira da Insight neste período. Há poucos meses a organizadora teve o gosto da volta do presencial com a realização da Expo Franquias Nordeste (EFN), que trouxe informações úteis que podem ser aplicadas na HospitalMed. “A experiência que nós tivemos foi que hoje as pessoas aceitam mais tudo online, como por exemplo catálogo de exposito-
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res, mapa da feira, etc. Tínhamos QR Code espalhados por todo evento e conseguimos automatizar a geração de leads através de um catálogo online que foi muito bem avaliado por todos que utilizaram. Outro ponto foi a questão dos protocolos. Álcool em gel, sinalização, auditoria no uso da máscara, distanciamento etc. Tudo sendo muito bem monitorado e organizado”, explica Menezes. As medidas serão replicadas na HospitalMed, um protocolo muito bem elaborado em conjunto com os órgãos competentes do Governo do Estado de Pernambuco, que conta com um protocolo específico do setor de feiras de negócios. A expectativa de receber mais de 20 mil visitantes durante os três dias de feira, com 52% do público vindo de diversos estados da região Norte Nordeste. A HospitalMed contará com a presença de mais de 250 marcas expositoras e forte grade de eventos paralelos, entre workshops e congressos. São eles: 10º Congresso Norte/ Nordeste de Gestão em Saúde; 10º workshops para profissionais de saúde realizados pelo SINDHOSPE; 4º Fórum Sindhospe de Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde; 5º Fórum de Hotelaria Hospitalar do Norte-Nordeste; AUDITÓRIO ABDEH: Infraestrutura e Saúde: Experiência do Usuário; 5ª Edição da Startup Health e 4ª Edição Robótica Health; 4º Fórum de Líderes do Norte e Nordeste; 1ª Jornada de harmonização facial da ABO-PE; STARTUP HEALTH e ROBÓTICA HEALTH. “Pernambuco tem um protocolo próprio do setor de feiras de negócios que é similar ao protocolo de shopping center. Vamos seguir esse protocolo à risca e seremos muito criteriosos quanto a isso. Estamos muito felizes em poder voltar a contribuir com a cadeia produtiva do setor de saúde”, finaliza a executiva.
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Um brinde a volta dos negócios Além da exposição, a ProWine São Paulo traz muito conteúdo e uma série de protocolos para um evento seguro LUIS MARINO ORSOLON | luis@gruporadar.com.br
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oltar ao “chão do pavilhão” é o sonho de 10 em cada 10 organizadores de feiras ao redor do mundo. Imagina então se este retorno vier acompanhado de uma lista de espera de expositores, ansiosos por um espaço para poder expor seus produtos? Assim será à volta da ProWine São Paulo, que acontece de 5 a 7 de outubro, no Transamerica Expo Center, na capital paulista. A feira, exclusiva para profissionais do setor, contará com 350 marcas de vinhos e destilados, de 15 países expositores. A Emme Brasil, organizadora do evento, informou que a feira cresceu em relação a sua última edição, realizada em 2019, ainda com o nome de ProVino. Após o sucesso da estreia, a feira recebeu investimentos da Messe Düsseldorf, organizadora da ProWein contribuindo para o desenvolvimento do evento. “Na última edição nós utilizamos 70% do pavilhão com a área de exposição e, neste ano, ocuparemos ele todo. Alguns expositores optaram por esperar a próxima edição. No entanto, novos expositores apareceram e hoje estamos com lista de espera”, celebra Malu Sevieri, diretora da Emme. Além da área de exposição será realizado o ProWine Forum, que contará com 15 slots que, através de business cases, masterclasses e painéis de debate, mostrarão as tendências de consumo, lançamentos de produtos e dados de mercado que ajudarão os profissionais a se programarem para o próximo ano. O ProWine Forum conta com a curadoria do Ta Aberto, um canal no YouTube focado em entrevistas com players do setor de vinhos e destilados, apresentado por Marcel Miwa, jornalista especialista em vinhos e colunista do NeoFeed e
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Joana Bronze WSET 3 e especialista em comportamento pessoal. Dentre dos temas confirmados estão masterclasses especial da Vini Portugal e Vinhos Verdes, além de degustações exclusivas de produtos da evino e WorldWine. O Fórum também apresentará cases sobre vinhos em lata e as tendências referentes ao consumo de vinhos com baixo teor alcoólico e os chamados “healthy wines” e previsões para o mercado brasileiro com base nos dados de venda e consumo do mercado brasileiro. “É muito gratificante poder trazer tanta informação, assuntos atuais e relevantes para toda indústria em um momento que estamos superando uma grande crise mundial”, comenta Rico Azeredo, diretor da Emme. Uma grande novidade este ano é que a feira possui um aplicativo em que o visitante pode se cadastrar, se credenciar também por lá evitando filas preservando a segurança. Além disso, o aplicativo funcionará como uma ferramenta de matchmaking, que colocará os visitantes em contato com os expositores. Outra preocupação da organização está ligada a degustação dos produtos, que será realizada com cuspideiras individuais e com higienização profissional para todas as taças. Todas as pessoas que frequentarem o evento, sejam visitantes, prestadores de serviço, expositores e equipe técnica, passarão por uma série de controles antes de entrar no pavilhão. "Temos uma responsabilidade muito grande com todas as pessoas que vão frequentar o evento e tomamos todas as medidas para garantir a melhor experiência a todos, mas de forma segura e saudável", finaliza Azeredo.
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Religando as máquinas Waste Expo Brasil traz novidades para o setor de gestão de resíduos sólidos no Brasil
LUIS MARINO ORSOLON | luis@gruporadar.com.br
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Waste Expo Brasil, maior feira do país sobre gestão de resíduos sólidos, prepara sua volta ao presencial, de 26 a 28 de outubro deste ano, no Expo Center Norte. Apesar do retorno representar muita alegria aos seus organizadores, o caminho não foi fácil. “Embora tivéssemos a convicção que os eventos corporativos iriam voltar, nos faltavam informações certeiras para que pudéssemos nos programar com a antecedência característica do nosso segmento. Portanto, a alegria que tivemos em meados de agosto com a autorização do Governo do Estado de São Paulo nos autorizando retornar ao trabalho, logo se transformou em uma corrida contra o tempo para entregar a feira na última semana de outubro”, explica Jesus Gomes, organizador do evento. O executivo conta que embora esteja extremamente entusiasmado por voltar, se sente como se estivesse promovendo o seu primeiro grande evento. 46
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“Se por um lado temos a experiência, por outro, faltam-nos profissionais especializados que, por diferentes motivos, mudaram de profissão. Se por outro lado temos o reconhecimento, a força da marca e sabermos do que a Waste Expo Brasil representa para o setor, por outro, existe a inconteste preocupação do desconhecido”, afirma. Os números da feira deste ano reforçam a força da Waste Expo Brasil para este setor. Em 2021 o evento terá recorde na exposição de máquinas, veículos e equipamentos, sendo
que algumas empresas vão fazer demonstrações funcionais ao vivo. “Estamos hoje com mais de 80 marcas globais sendo representadas por mais de 50 expositores. Sabemos que existem empresas que definiram, ainda no início deste ano e quando a realidade era diferente, não participar de eventos corporativos presenciais, mas, a maior parte das corporações e seus colaboradores querem, almejam e precisam do reencontro presencial. E, é isso que vamos promover”, aponta. Recentemente, vários países liberaram a viagem para o Brasil sem a obrigatoriedade de quarentena, o que garantiu a participação na feira de empresas da Alemanha, Espanha, Estados Unidos, Israel, Itália, Portugal, Suíça e Turquia. O evento contará com visitantes extremamente qualificados e focados, que em sua maioria são os grandes geradores, operadores e concessionários de limpeza pública, de biomassa e saneamento, recicladores, agências federais e órgãos reguladores, administradores públicos municipais e engenheiros. A feira já registra em seu pré-credenciamento 5 países da América do Sul e Caribe. “Não haverá limitação de público visitante, mas, evidentemente, estaremos atentos para que não ocorram aglomerações. Seguiremos todos os protocolos de segurança exigidos pela OMS, pelo Plano São Paulo e pelo município de São Paulo”, adianta. A comprovação da vacina contra o COVID-19 através do cartão vacinal, impresso ou digital, a verificação de temperatura corporal anterior a entrada no pavilhão, o uso em tempo integral das máscaras faciais e a constante higienização das mãos são os quatro pontos essenciais a serem observados. Graças a parcerias com as associações e entidades do setor que a feira abraça, a Waste Expo Brasil contará com um vasto conteúdo técnico, disponibilizado durante todo o evento com seminários, fóruns, cursos técnicos e workshops. “Nosso objetivo é promover amplo e fácil acesso a informações de qualidade, assim como, apresentar as mais recentes tecnologias, máquinas e equipamentos para serem RR aplicados no país”, finaliza. Radar Magazine | Outubro/Novembro 2021
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CIDADE CENTER NORTE Grupo Baumgart e WTorre trarão um novo complexo de entretenimento para a Zona Norte de São Paulo
LUIS MARINO ORSOLON | luis@gruporadar.com.br
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inauguração do Shopping Center Norte, em 1984, foi um marco para a Zona Norte de São Paulo, trazendo desenvolvimento econômico e social para a região. O shopping foi apenas o primeiro de uma série de empreendimentos que o Grupo Baumgart ergueu nesta área da capital paulista. Na sequência vieram o Shopping Lar Center, o primeiro do país voltado ao segmento de decoração, o centro de convenções e exposições Expo Center Norte e o Novotel São Paulo Center Norte, rede hoteleira de alto padrão Com a junção destes negócios, nasceu a Cidade Center Norte que está prestes a ganhar um novo capítulo em sua história. Dono de uma área total de 600 mil m² — onde cerca de um terço está ocupado pelos atuais empreendimentos — o Grupo pretende erguer um audacioso projeto que engloba um polo de serviços voltado para o segmento de saúde (com consultórios e hospital), o desenvolvimento de torres residenciais e comerciais, e um moderno Complexo de Entretenimento. “Estou no Grupo desde 2012 e ele sempre mostrou o desejo de evoluir, de colocar coisas novas dentro daquilo que chamamos de Cidade Center Norte. Em 2013 fizemos um projeto para ampliação dos pavilhões de exposição do Expo Center Norte, pois já enxergávamos a força do mercado de feiras de negócios. Contudo, de lá para cá, muita coisa aconteceu”, explica Paulo Ventura, Diretor-superintendente do Expo Center Norte Entre as coisas que aconteceram estava a pandemia, que afetou diretamente os negócios do Grupo. O hotel ficou fechado, as feiras e eventos não puderam mais acontecer e os shoppings também tiveram que fechar suas portas por um período. “No entanto, a pandemia nos trouxe uma grande oportunidade de pensar fora da caixa. De olhar para estes 600 mil m² e pensar em coisas novas. No meio deste caminho surgiu a WTorre, que logo se tornou uma entusiasta das novas ideias”, acrescenta. A WTorre Entretenimento, braço com foco em entretenimento e gestão da construtora, será parceira do Grupo na construção de uma arena multiuso planejada para receber eventos esportivos (até 18 mil pessoas) e shows (até 25 mil pessoas). “São Paulo demanda por uma arena deste porte e encontramos na Cidade Center Norte o espaço ideal para este novo equipamento com inspiração em consagrados centros de entretenimento como Barclays Center e Staples Center”, explica Claudio Macedo, CEO da WTorre Entretenimento. O projeto estará inserido no conceito de “cidade inteligente e sustentável” da Cidade Center Norte que contará no complexo com uma praça central aberta cercada por diversas lojas temáticas, restaurantes, escritórios para coworking e economia criativa, moradia, hotelaria e um espaço 100%
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focado em atrações de games e cultura geek. Para Ventura, estes empreendimentos terão uma grande sinergia com o Expo Center Norte, que estará inserido dentro de uma cidade desenvolvida, podendo aproveitar todas as facilidades e atrações da nova região. “Será possível, por exemplo, sair de feira de uma feira de negócios do Expo e ir a um show logo ao lado. Quem sabe a própria credencial da feira não possa ser também um ingresso para um show, ou então reverter em algum benefício no restaurante ali do lado?”, avalia. A Arena e o Expo funcionarão como ponto central do hub de entretenimento da Cidade Center Norte, contando com lojas e restaurantes em seu entorno. O mix de lojas será diferente dos que já estão presentes nos shoppings Lar Center e Center Norte.
Para a WTorre, somar ao seu portfólio em São Paulo de uma nova arena dará maleabilidade para abrigar novos eventos. Atualmente a empresa conta com o Allianz Parque para grandes shows, e a chegada de uma arena indoor e menor, possibilita que a companhia amplie seu mix com shows menores e eventos esportivos que fujam do futebol. “Há muito espaço para o desenvolvimento urbano que queremos promover, em fases, pelos próximos 15 anos. São ofertas que se integram às já existentes, gerando mais fluxo para nossos negócios e trazendo novas atrações e serviços para os moradores da região e da cidade”, afirma Flávio Fernandes, diretor-presidente da Cidade Center Norte. “No paralelo, o projeto na área de saúde atenderá à demanda por serviços hospitalares na Zona Norte. Assim, fortalecemos a Cidade Center Norte como um polo completo e sustentável de
comércio, serviços e entretenimento para toda a capital paulista”, conta Fernandes. A primeira fase do projeto, com investimentos da ordem de R$ 1,2 bilhão e deve iniciar em 2022, pretende ampliar em 10% a área do Shopping Center Norte, a revitalização do Lar Center, além da construção de novas atrações como a arena. O Expo Center Norte também será ampliado, passando de 76 mil m² de área bruta de locação para cerca de 100 mil m². No Expo, as obras terão início pela construção do deck park (edifício garagem) e, na sequência, o novo pavilhão. “Nosso calendário de 2022 já está cheio e também posso anunciar que teremos novas parcerias que serão bem legais. A pandemia nos fez bem no sentido de pararmos e pensarmos no nosso destino. Acreditem que temos um negócio e um caminho RR incrível pela frente”, finaliza Paulo Ventura.
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CAPA
A Atual Cidade Center Norte SHOPPING CENTER NORTE Um dos maiores shoppings da América Latina, com mais de 300 lojas e um mix completo de compras, alimentação, lazer e serviços para toda a família. • Inaugurado em 1984 • Primeiro shopping center da Zona Norte de São Paulo • Um dos centros de compra mais queridos e lembrados pelos paulistanos • Mais de 300 lojas, em um espaço que conta ainda com cinemas, duas praças de alimentação e variedade de serviços • Área total de 142 mil m2 • Recebe cerca de 80 mil pessoas por dia, chegando até 120 mil pessoas em datas especiais.
SHOPPING LAR CENTER O primeiro shopping temático de decoração do Brasil. Com mais de uma centena de lojas, reúne tudo que está relacionado ao segmento “casa” em um só lugar. • Inaugurado em 1987 • Primeiro shopping temático da cidade de São Paulo • Uma das grandes referências no segmento da arquitetura, design e decoração da cidade • Cerca de 90 lojas, incluindo salas de cinema, academia e restaurantes • 51 mil m2 de área total • Recebe cerca de 20 mil visitantes por dia, chegando a 30 mil em ocasiões especiais como feriados e eventos
INSTITUTO CENTER NORTE O Instituto Center Norte é uma organização sem fins lucrativos criada pela Cidade Center Norte em 2002, com a finalidade de ajudar a melhorar a qualidade de vida e a renda dos moradores da Zona Norte de São Paulo (SP). Ele faz parte do pilar Pessoas do Programa Elo e cuida de todas as iniciativas ligadas à cidadania na Cidade Center Norte. Suas atividades buscam contribuir para o desenvolvimento pessoal e profissional dos moradores, bem como para a implantação de soluções e inovações em ações sociais, para transformar a Zona Norte em um polo de desenvolvimento sustentável.
NOVOTEL CENTER NORTE Único hotel de categoria superior na região norte de São Paulo, tem a administração do Grupo Accor, uma das maiores redes hoteleiras do mundo. Possui também um amplo Centro de Convenções, com entrada independente, um dos maiores da cidade de São Paulo. • Inaugurado em 2000 • Único hotel de categoria superior na região norte de São Paulo • Tem a administração do Grupo Accor, uma das maiores redes hoteleiras do mundo • 363 apartamentos para os mais diversificados perfis de público • Centro de Convenções e salas de reuniões que ocupam 2800 m2
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Radar Magazine | Outubro/Novembro 2021
EXPO CENTER NORTE Um dos maiores e mais versáteis espaços para feiras e eventos da América do Sul, tem uma área total de 98.000 m2 e cinco pavilhões com capacidade para receber diversos eventos simultaneamente. Possui um centro de convenções de padrão internacional, com 21 salas modulares isoladas acusticamente, que podem receber até 4.500 pessoas ao mesmo tempo. • Inaugurado em 1993 • Um dos maiores e mais versáteis espaços para feiras e eventos da América do Sul • 5 pavilhões • 21 auditórios • 98 mil m2 de área total • Capaz de receber até 4.500 pessoas simultaneamente
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FEIRA É
PROMOÇÃO COMERCIAL O GRUPO RADAR APOIA ESTA CAUSA
PASSO A PASSO
AMBIENTE DE FEIRA B2B É
SEGURO MESMO NA PANDEMIA 55
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GIRO DO PORTAL
Fotos: Divulgação
redacao@gruporadar.com.br
APETITE FRANCÊS As obras nem bem iniciaram, mas o Anhembi já começa a dar sinais de que está de volta ao time dos grandes novamente. Agora gerenciado pela GL events Brasil, o espaço conquistou para seu calendário de 2022 o Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo (CIOSP) e a Expo Construção Offisite.
AQUECENDO.... A Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo firmou parceria com a ALK Live Entertainment para cuidar dos setores, arenas e camarotes destinados ao público, do gerenciamento da bilheteria, da manutenção da segurança, da observação dos protocolos sanitários vigentes na capital durante o evento e do fornecimento de alimentação e bebidas.
... OS TAMBORINS Desta forma, a Liga-SP foca em garantir os aspectos artísticos do Desfile das Escolas de Samba de São Paulo e conta com a expertise da ALK em grandes eventos para tornar a experiência dos sambistas e amantes do Carnaval inesquecível, para além do espetáculo.
CESTA DE 3 PONTOS A Cava Segurança que cuidou de toda estratégia de segurança do Veículo Elétrico Latino-Americano 2021 e que fará todas as feiras da NürnberMesse Brasil no final do ano, anunciou a chegada de 4 novos clientes: Feira EBS, Aberto Streetopia de basquete, DW! Semana de Design de São Paulo e Casa Bossa - local de eventos localizado no Shopping Cidade Jardim.
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PROGRAMAÇÃO DE FINAL DE ANO A UBRAFE – União Brasileira de Feiras e Eventos de Negócios realizou um levantamento junto os centros de convenções e exposições associados em que foi confirmada a realização de 80 eventos presenciais entre feiras, congressos e eventos de negócios até o final de 2021. A expectava da associação é que para o ano de 2022 o calendário contará com mais de 700 feiras e eventos de negócios.
CASA NOVA EM 2022 A Emme Brasil, organizadora da ProWine São Paulo, anunciou que a feira estará de casa nova em 2022. Realizada este ano no Transamerica Expo Center, o evento será uma das novidades do calendário de feiras do Expo Center Norte.
OS NEGÓCIOS...
Os negócios estão voltando aos grandes centros de convenções e exposições da cidade de São Paulo desde que os eventos foram autorizados novamente. O Expo Center Norte já reabriu com a realização da ABCasa Fair, assim como o Pro Magno Centro de Eventos que recebeu a ABUP Home & Gift. O Centro de Convenções Rebouças abrigou eventos do Grupo Mídia. Já o Centro de Convenções Frei Caneca sediou o 20º Congresso da Fundação de Otorrinolaringologia, o Connected Smart Cities e 91ª edição da BIJOIAS
VOLTARAM O Transamerica Expo Center retomou seus eventos presenciais com a 51ª Jornada Paulista de Radiologia (JPR 2021), promovida pela Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.
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PASSO A PASSO
QUER UMA PIPOCA? Palestrante e consultor, Paulo Passos é diretor executivo da ABRACE, coordenador do comitê ABNT 142 - Comissão de Estudos Especiais de Gestão de Eventos - 2019/2020
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pandemia nos pegou de forma abrupta e radical. A principal defesa no combate ao vírus até então, era o completo distanciamento social e desta forma, toda uma indústria paralisada. Setores que vivem de pessoas, tais como turismo e eventos completamente paralisados. O que fazer? No último ano e meio, as principais entidades de eventos no mundo, procuraram meios, formas de coexistir em meio à maior crise da história do setor e desta forma, foram criados protocolos que nada mais são, conjunto de ações para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes a preparação, montagem, realização e desmontagem de eventos comerciais, visando a saúde de todos os envolvidos. No Brasil não foi diferente, diversos protocolos foram criados e alguns, como o criado pelas associações nacionais representativas das Feiras, Congressos e Eventos Comerciais, (UBRAFE, ABRACE, ABEOC e SINDIPROM), foram chancelados por órgãos de saúde, por órgãos técnicos e ainda colocados a prova em eventos testes altamente auditados. Portanto, provamos cientificamente que podemos realizar eventos com segurança, se obedecidos os protocolos sanitários chancelados e/ou aprovados por entidades como a ABNT - Associação Brasileira do Normas Técnicas ou o HC – Hospital das Clínicas ou mesmo pela Vigilância Sanitárias Estadual entre outros. Agora, o que são estes protocolos? O protocolo setorial citado anteriormente tem 22 páginas, mas o fato é que podemos resumi-lo em 4 palavras, sendo elas: Higienização Proteção Distanciamento Vacina Se analisarmos com profundidade os decretos estaduais e/ou municipais Brasil a fora, veremos que são na verdade, variações destas 4 palavras ou seja, condutas para alcançar estes 4 itens Vejam, nossos protocolos são procedimentos que mexem com 58
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PAULO PASSOS paulopassosfilho@iclod.com
pessoas e desta forma, não é errado afirmar que protocolos são ferramentais comportamentais e o entendimento disto é a diferença entre o fracasso e o sucesso! Não é à toa que inclui em minha equipe uma psicóloga, que vem somar seus esforços ao time técnico de gestão de protocolos de biossegurança. Um exemplo? Em nenhum protocolo no mundo estará escrito que pipocas são proibidas e que ofertar cachorro-quente é permitido. A lógica é simples! No caso do cachorro-quente, o cliente ou visitante normalmente consome o alimento no local onde foi comprado ou distribuído. Existem molhos que normalmente sujam as mãos e a necessidade de limpá-las ou higienizá-las. No caso da pipoca, o nosso ilustre visitante sai pelo evento, com a máscara no queixo e comendo sua deliciosa pipoca, ou seja: sem máscara e boca aberta. Tudo errado! Protocolos são sinônimos de segurança, de confiança e só alcançaremos estes objetivos, entendendo o comportamento humano. Como fazer com que nossos públicos sigam os protocolos e quais serão adotados? Cada evento é diferente do outro, correto? O temor? A pandemia não acabou e existe no ar uma falsa sensação de segurança. Os índices de vacinação ainda são baixos e relegar os protocolos a segundo plano é um erro não só de saúde pública, mas estratégico. Não há patrocinador que queira atrelar sua marca a pandemia, e os protocolos são comprovadamente meios de conseguir garantir sucesso e segurança a todos. Sem meio termo! Não é uma questão de posicionamento político e sim de saúde pública e de oferecer todas as garantias a seus públicos e patrocinadores. RR Sem pipocas ainda, por favor!
@radartv_br @gruporadaretv
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Radar Radar Magazine | Agosto/Setembro 2021 Magazine | Março/Abril 2020
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ARTIGO
ESTUDAR O COMPORTAMENTO DO MERCADO DE EVENTOS É CRUCIAL PARA APOSTAR EM NOVAS TENDÊNCIAS PARA 2022 LEANDRO REINAUX Fundada em 2015, em Recife, pelos sócios Leandro Reinaux, Cláusio Barbosa e Renato Cruz, a Even3 é uma plataforma de eventos que conecta pessoas e conhecimentos científicos e acadêmicos.
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om o avanço da vacinação em massa no país, diversos setores começam a aumentar as expectativas para a retomada das atividades econômicas, e, dentre eles, o setor de eventos já aponta tendências para o próximo ano. O ramo, que movimenta 13% do PIB brasileiro, entrou em escassez durante a pandemia, deixando de faturar ao menos R$ 90 bilhões. Segundo a Abrape (Associação Brasileira de Promotores de Eventos), a paralisação gerou perda de arrecadação de R$ 4,6 bilhões em impostos federais e mais de 450 mil profissionais ficaram desempregados. Em contrapartida, o mercado de eventos online se viu em constante crescimento, aumentando sua demanda em 400% no último ano, segundo a Associação Brasileira de Eventos (Abrafesta). A adesão dos eventos online não se tornou obrigatória, mas teve um retorno muito positivo, mostrando bons resultados. Para isto, os organizadores precisaram estudar o comportamento desse setor. Nesse caso, é importante entender que, durante a pandemia, houve uma transformação digital que ocasionou uma grande mudança comportamental, tornando as conexões reais ainda mais essenciais. É aí que os eventos entram! Para quem quer gerar experiências transformadoras, os eventos online são cruciais, contudo, é necessário que os organizadores de eventos estudem seus públicos, novas práticas, rotinas e interesses, para então, chegar o mais perto possível de produzir um evento de sucesso. Com objetivo de mostrar quais são os tópicos mais importantes a serem estudados, a Even3, startup que simplifica a gestão de eventos online, realizou um estudo completo com mais de 34 mil eventos e mapeou quais foram os comportamentos mais utilizados. Na pesquisa, foi constatado, por exemplo, que o Youtube foi a ferramenta mais utilizada para transmissão, 60
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leandro@even3.com.br
mencionada por 32% dos participantes da pesquisa. As outras plataformas como Google Meet, Zoom e Microsoft Teams ainda estão ganhando espaço no mercado e possuem 29%, 6,6% e 3,3%, respectivamente. Dessas transmissões, o formato mais assistido foram as videoconferências, com 43,5%, seguido das lives, que tiveram uma aceitação de 33,5%, e as transmissões gravadas com 23%. Além disso, a pesquisa mostrou também que o formato online permite a redução de custos, como aluguel de espaço, limpeza, segurança e iluminação, o que acaba refletindo no valor cobrado na inscrição no evento, que, segundo o estudo, ficou na faixa entre R$30 e R$70. Outro fator importante que pudemos concluir foi que 40% do público prefere participar de eventos de segunda à quarta-feira, seguindo o mesmo costume dos presenciais. Na sexta, a presença dos participantes já cai consideravelmente, e, aos finais de semana, a ocorrência cai para 8,8% no sábado e apenas 1,7% no domingo, sendo este o pior dia. Por fim, foi considerado que o melhor horário fica entre 18h e 20h, sendo o horário das 19h o mais escolhido, com 29% do público. A expectativa para 2022 é que os eventos presenciais devem voltar, mas ainda com algumas medidas restritivas. Sendo assim, os eventos híbridos vão ganhar um grande espaço, já que possibilitam a escolha tanto do presencial, quanto do online, permitindo a participação de qualquer lugar do mundo, um dos fatores mais interessantes do formato. Tendo em vista todas essas mudanças e as novas perspectivas para o futuro, é super importante estudarmos o comportamento de cada tipo de evento, público, tema, entre outros quesitos, além, é claro, da importância de termos especialistas no setor para estarmos RR preparados para qualquer formato.
Radar Magazine | Outubro/Novembro Radar Magazine | Março/Abril 20202021 51 61
OPINIÃO
O LEGADO DA PANDEMIA PARA OS EVENTOS DE NEGÓCIOS FERNANDO LUMMERTZ fernando@expoguia.net.br
CRISES FAZEM A GENTE REFLETIR. MUITO. CRISES ENSINAM. MUITO. CRISES TRAZEM TRANSFORMAÇÕES. MUITAS. CRISES MUDAM PATAMARES E TRAZEM CONSIGO UM NOVO NORMAL. MUITO. CRISES NOS APROXIMAM MAIS DA SIMPLICIDADE. MUITO.
Fernando Lummertz é fundador da Rede Feiras, conferencista e consultor especializado em planejamento estratégico para feiras de negócios.
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rises nos aproximam mais da simplicidade. MUITO. Ou seja, da observação e da reflexão nascem aprendizados potencialmente transformadores que nos levam a novos patamares e nos mostram claramente que menos é mais. Agora, quando a retomada inicia seu curso não haverá ambiente para o supérfluo. Pessoalmente, durante a pandemia vimos que dinheiro é um bem transitório, vimos que a conta bancária gorda não consegue adquirir uma simples máscara de proteção ou, como me relatou um amigo residente em Miami no início da quarentena, que não conseguia comprar um simples papel higiênico para o dia a dia da família. Empresarialmente vimos que apenas alguns meses de quarentena levaram milhares de negócios para a falência em todo o planeta, sem distinção entre primeiro, segundo ou terceiro mundo. Assim aprendemos que o foco deve sempre estar no essencial. Deve estar naquilo que realmente faz as coisas funcionarem. No “plug and play”. Onde entram as feiras de negócios nesse raciocínio? É que é chegada a hora de abandonar o SUPÉRFLUO. É chegada a hora de colocar o foco total naquilo que é ESSENCIAL. Desperdiçamos muito dinheiro em ambientações exageradas nas feiras. Desperdiçamos muitos recursos e materiais. Desperdiçamos a moeda de maior valor que existe no mundo: tempo. Feiras de pequeno e médio porte (e logo após também as maiores) poderão fazer a grande diferença no momento da retomada, assumindo formatos mais despojados e menos dispendiosos para o promotor, para o patrocinador, para o expositor e para o visitante. Podem inclusive se tornarem mais curtas. Afinal uma feira pequena ou média, precisa mesmo de três e às vezes até quatro dias? Certamente poderia ser igualmente bem sucedida com dois dias intensos e produtivos. Os centros de eventos precisarão rever seus custos e consequentemente seus preços de locação do espaço, as
empresas de cenografia e montagem igualmente precisarão rever o custo dos seus projetos considerando se tratar de uma arquitetura efêmera, retornando àquele princípio fundamental de que função precede a forma, tudo visando tornar viável a desejada e necessária retomada das feiras de negócios. Esse novo normal implica em rever o modelo tradicional no qual todos os players desse mercado se habituaram a trabalhar em um patamar muito distante da simplicidade e objetividade. Expositores que têm mais recursos, geralmente as grandes empresas, apostam em estandes cinematográficos como forma de “mostrar superioridade” perante a concorrência e também precisam voltar a colocar foco nos seus produtos e na sustentabilidade das suas ações. Quando falo em foco no essencial também me refiro a algo que é fundamental no mercado das feiras de negócios: o real conhecimento do segmento sobre o qual uma determinada feira se debruça, por parte do promotor. O conhecimento, o domínio completo da cadeia de valor daquele segmento objeto do evento. O conhecimento absoluto da jornada de compra do cliente daquele setor e suas particularidades, suas especificidades. Isso evita que o realizador da feira crie um monte de “penduricalhos” no evento que nada tem a ver com os objetivos e necessidades do setor para o qual a feira é realizada. Também evita desperdício de dinheiro na divulgação do evento para público que não interessa. Notem que estou falando principalmente em EFICÁCIA. E onde costuma haver eficácia? Na simplicidade, na essencialidade. Para salvar vidas fazemos hospitais de campanha, sem luxo, sem serviços de hotelaria. Apenas com o que é essencial. Não têm supérfluos. Não há necessidade deles. Para salvar negócios não devemos fazer o mesmo? Caramba, quanto coisa uma crise desse tamanho pode ensinar para quem está disposto a aprender. Só precisamos ficar com os olhos e o cérebro abertos. Bora praticar o desapego gente! Bora ser sustentável de RR verdade!
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MALU PELO MUNDO DAS FEIRAS
PASSAPORTE DA VACINA NÃO É SOLUÇÃO DEFINITIVA, MAS É CAMINHO PARA RETOMADA EFETIVA
MALU SEVIERI contato@emmebrasil.com.br
Malu Sevieri é CEO da Emme Brasil, representante da Messe Düsseldorf, e diretora da Medical Fair Brasil.
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esde o início do mês de setembro, com o objetivo de estimular a imunização contra a Covid-19, o passaporte da vacina passou a ser obrigatório na cidade de São Paulo. O documento funciona como um comprovante de vacinação para que as pessoas possam participar de eventos com mais de 500 pessoas. Se o estabelecimento ou evento estiver com indivíduos não vacinados, e isso for observado pela Vigilância Sanitária, os responsáveis serão multados. Ponto positivo para uma retomada consciente e segura. Não devemos esquecer que vacina é, sim, importante e necessária. A Associação Brasileira de Promotores de Eventos (Abrape) defende a retomada imediata dos eventos, como exposições e feiras de negócios, com a justificativa de que “há uma grande parcela da sociedade imunizada, o que permite que as atividades aconteçam”. Claro que o passaporte da vacina não pode ser considerado uma ferramenta permanente para controle da pandemia do novo coronavírus e de fato não é, se fosse, seria igualmente cobrado para entradas em shoppings centers e aviões. Esses dois ambientes são exemplos onde o mesmo rigor com que nos cobram, e inviabilizam a organização de eventos, não se aplica. Na Emme Brasil, estamos há poucos dias de realizar um evento presencial, a ProWine São Paulo, maior feira de vinhos da América Latina, e as pessoas nos contatam a todo instante contrariadas porque adotamos o passaporte da vacina para participação. Penso que falta maior promoção, por parte do Governo de São Paulo, sobre essa exigência ser dos órgãos fiscalizadores e não dos organizadores, ressaltando que estamos sujeitos a multas caso não a cumpramos. Por que os eventos são obrigados a aderirem o passaporte e as 64
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companhias aéreas não? Por que as feiras precisam do mesmo e os shoppings centers – que não mais são que feiras com estandes fixos – não? É recorrente em minhas colunas vocês lerem sobre minha indignação com a forma que tratam a indústria de eventos no Brasil. Nem os nossos protocolos de segurança, desenvolvidos com apoio de experts em saúde são levados em consideração. Enquanto isso, feiras de rua, aeroportos e aviões, e centros varejistas seguem aglomerando sem qualquer controle, ou melhor, baseando-se, quando muito, em aferição de temperatura e dispensers de álcool em gel. Uma pesquisa realizada pela Abrape, em parceria com a Ambev e a consultoria Provokers, para avaliar a percepção dos públicos sobre a retomada do setor de eventos de cultura e entretenimento no país, apontou que 59% dos brasileiros querem voltar a frequentar shows e festivais imediatamente. O estudo mostrou ainda que 82% dos entrevistados sentem falta dos eventos (gostaria de conhecer os 18% faltantes para convencê-los também) e na hora de elencar quais atividades voltariam a frequentar prioritariamente, além de shows e festivais, 80% disse que querem feiras e exposições. Não somos só nós que desejamos voltar, o nosso público, que é a nossa razão de ser, também espera por isso. Aproveito o ensejo e parabenizo os colegas que deram o pontapé nessa retomada gradativa, que tanto nos dificultam, e já estão realizando eventos corporativos com segurança e comprometimento com seus stakeholders. Pude visitar alguns e me senti segura e cuidada em cada um deles. Juntos é possível mostrar a força do nosso setor, cujos reflexo é organizar com maestria, rapidez, flexibilidade e segurança. RR
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ARTIGO
RELAÇÕES SUSTENTÁVEIS NO NEGÓCIO DOS EVENTOS Roberta Nonis é TOP 1% SSI LinkedIn | Especialista e Influenciadora Eventos MICE (Meetings Incentives Conferences & Exhibitions) | Palestrante | Consultora | Líder Comunidade BenchMICE | Empreendedora | Mãe, Mulher 50+
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erá que nossas relações têm sido capazes de sustentar o sistema que rege a cadeia produtiva de eventos? No início de setembro este foi o tema de uma Roda Viva de discussão do evento MICE Meeting 2021 e desde então muitas pessoas do mercado vem me procurando para falar sobre o assunto. As opiniões, em sua maioria, é de que o principal fator para ainda não termos práticas mais justas é a falta de informação e vontade. Nosso mercado é impulsionado pelos briefings, cada briefing preenchido por um executivo solicitando um evento gera demanda para uma rede de empresas e profissionais. Uma agência será imediatamente acionada (em sua enorme maioria as agências são empresas nacionais onde um empreendedor exerce o papel de fornecedor mas também de gerador de empregos) e a partir daí uma rede de outras empresas nacionais e profissionais também serão acionados e passarão a fazer parte do processo de construção e entrega do evento. Dentre os acionados temos desde empresas de tecnologia, montadoras de stand, logistica e hotéis, que são empresas de médio a grande porte, até pequenos buffets que atendem nos centros de exposições e os freelancers produtores, recepcionistas, fotógrafos entre outros. São empresas B2B, onde um “B” é grande e o outro pequeno, As empresas geradoras de briefings são o “B” grande, a maioria multinacionais com políticas e processos padronizados para suas relações com fornecedores, onde considera-se que sempre haverá do outro lado da mesa uma empresa tão grande quanto ela e por isso, peculiaridades e dificuldades de empresas medias ou pequenas não são incluídas na construção destas políticas e processos. Além disso, à frente das negociações com a cadeia produtiva de eventos, haverá profissionais especialistas em compras/procurement, mas não necessariamente especialistas em eventos. São
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ROBERTA NONIS roberta@evento-unico.com
profissionais preparados para negociar e firmar acordos vantajosos em nome de suas empresas, mas que desconhecem o perfil da cadeia produtiva. Poucas são as empresas geradoras de briefings que exigem do profissional de compras/procurement que atuará nas negociações desta demanda, conhecimento sobre o setor. Menor ainda é o número de empresas que têm políticas diferenciadas de prazo de pagamento ou de concorrências quando o contratado é uma empresa média ou pequena. Há quem diga que prazos de 90 ou até 120 dias e outras regras impostas são normais e fazem parte do negócio, que empresários, pequenos ou não, devem se ajustar a esta norma e ainda agradecer por ter ganho o job (a estes eu desejo que jamais sejam demitidos e precisem mudar de lado). Pensamentos como este são sustentáveis? De que vale o tal do ESG (Environmental, Social and Governance) tão em alta entre as grandes empresas se cuidar do social fora da empresa não contar? Enfim meus amigos, este artigo é um convite à reflexão. Claro que sei que mudança em empresa grande é como girar um navio, lenta, muito lenta, mas se não começarmos e se não houver diálogo e boa vontade, ela nunca acontecerá. Minha dica aos “b” pequenos: procurem seus clientes, exponham com transparência seus custos, sua estrutura organizacional, carga tributária etc. Confiem na conversa franca como agente de empatia. Já aos “B” grandes, abram espaço para estas conversas, apresentem às altas lideranças o impacto que um pequeno ajuste pode promover na saúde do seu fornecedor, na manutenção de empregos e quem sabe, até no preço dos serviços. RR Vamos Juntxs?
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DEU RUIM!
ALADDIN E O TAPETE MÁGICO Amadeu C Ferreira, engenheiro eletricista e de segurança da Engeve, um amante do mundo dos eventos, onde o desafio é o combustível da vida.
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erta vez, um amigo de mais trinta anos de convivência, estava representando o governo brasileiro a serviço do Itamaraty, como produtor na Feira Internacional de Bagdá, em plena guerra Iran/Iraque, enfrentando as dificuldades políticas e diferenças religiosas e culturais. Realizando um evento em Genebra, chega do Brasil um container de materiais para aquela montagem, e dentro estavam mil metros quadrados de tapetes, que deveriam ter sido enviados diretamente para o Iraque. O evento no Oriente Médio estava na eminência de montagem e ele e sua equipe decidiram que a forma mais eficaz de resolver esse B.O., seria levar este tapete como bagagem. Rumaram para o Cairo no Egito e foram fazer o check in..... Este é um capítulo à parte da novela, pois a equipe foi para fila dos estrangeiros e ele para fila de árabes, pelo privilégio que tinha de livre trânsito por representar o governo brasileiro. Nosso amigo ficou muito incomodado na fila do aeroporto, pois eles se mantêm muito agarradinhos uns dos outros, pegando no braço, encostando e amante latino que é, se sentiu moralmente atormentado, tipo “deixa disso,
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AMADEU CARLOS FERREIRA amadeu@engeve.com.br
desencoste, não pega na minha mão não...” Fico aqui imaginando a cena do Menino do Rio. Bom, retiraram os tapetes na esteira evitando assim problemas de alfândega, e foram para outro aeroporto para um voo para Bagdá, desta forma, caracterizado voo doméstico. Não bastasse estar com 1000 metros de tapetes, em um país com cultura totalmente diferente, barreira de língua, em plena guerra, nossas personagens ainda tiveram que se virar com o transporte local.... Pegar um taxi no Cairo é como desviar de ambulantes na 25 de Março, cada um querendo vender seu peixe e a qualquer preço. “Habibe”, “Habibe”, arrastando pra lá e pra cá. Naquela briga de vale quem pode mais, pegaram dois táxis, e a tragicomédia ficou mais tensa, pois os taxis se perderam e ao chegar no aeroporto, as duas turmas não se encontravam até perto da hora de fechar o check in. Eis que por um golpe de sorte “sul americano”, até parece que temos muita, eles se encontram e rumam para Bagdá. Nosso personagem de hoje é meu amigo carioca, artista, diretor presidente e produtor de eventos, Sérgio Ferreira.RR
EVENTOS MEMORÁVEIS? Ouça EventosCast, o podcast dos Apaixonados por Eventos!
APRESENTAÇÃO: Ana Souza Machado Marcely Souza TERÇAS
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