Apostila de Eletricidade

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CURSO DE FORMAÇÃO EM ELETRICIDADE BÁSICA.

O objetivo deste curso é o de propiciar ao leigo uma compreensão científica, prática e progressiva dos fundamentos da eletricidade.

Através da nossa experiência prática e teórica bem como da nossa atividade como Instrutor técnico em Escolas SENAI, percebemos a necessidade imediata de entendimento real das Eletricidades presentes no dia a dia, a fim de agregar um valor de mérito à formação técnica de qualquer indivíduo. O profissional atual não pode desconhecer a matéria eletricidade, tampouco ter um saber apenas superficial. É necessário que conheça também os princípios teóricos e práticos facultando ao mesmo, novas informações que o auxiliarão a “raciocinar sob novos ângulos” e aplicar o conhecimento adquirido também para outras áreas de estudo ou profissional. O futuro é eletrônico, e sendo assim, deve contar com pessoas que saibam alimentar as tecnologias vindouras. Ainda está longe o tempo em que um dispositivo eletro eletrônico não necessite de “cuidadores” de sua alimentação. Este curso tem a raiz orientada ao homem comum que somos todos nós. É voltado a todos aqueles que se interessam e sentem a necessidade de uma compreensão ampla e sólida, sem, no entanto se envolver demasiadamente no aspecto teórico. Porém, não deixaremos “vazios de explicação” sobre determinados fenômenos elétricos e suas aplicações práticas. No seu estado original, o curso é destinado a formação de Eletricistas instaladores residenciais com uma linguagem quase coloquial objetivando que seja compreendido por pessoas que não tiveram a oportunidade de um estudo mais apurado, ou para aquelas em que a luz da necessidade de conhecimento tenha se manifestado agora e independente da idade. Mesmo neste estágio, o curso gradualmente vai agregando conotações técnicas, familiarizando o aluno com novos termos e palavras, abrindo um novo horizonte de conhecimentos, buscando dar ao mesmo o “gosto” pelo aprendizado e facultando uma compreensão mais apurada da Eletricidade e seus fenômenos. Antes de tudo, este curso tem a singela intenção de “expandir a mente” de abrir novos horizontes, permitir que pessoas possam ingressar no mercado de trabalho com mais conhecimentos, e também o de ser matéria curricular para qualquer especialidade de cursos técnicos. Elaboramos o curso centrado nos seguintes balizadores: “APRENDIZAGEM – SIMULAÇÃO – DEMONSTRAÇÃO - PRÁTICA – APLICAÇÃO” Em uma versão mais detalhada, porém preservando a arquitetura do curso, os tópicos são mais aprofundados, com ênfase aos cálculos e com algumas substituições de vocabulário.

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O curso é ministrado tópico por tópico com simulações em computador utilizando softwares de primeira linha utilizados na indústria. (softwares licenciados). Isso propicia ao aluno além do curso em si, também a familiarização com computadores e seus comandos.

O laboratório tem capacidade para executar na prática todas as tarefas do curso, com equipamentos de medição e materiais novos, e constantemente substituídos quando necessário.

Este curso é “FC” (FORMAÇÃO CONTINUADA); o aluno o frequenta para agregar valor pessoal e profissional na certeza de rendimento de bons frutos ao seu pequeno investimento financeiro.

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O autor: Nelson Rodrigues Martins é Instrutor IFC em Eletroeletrônica a treze anos na Escola SENAI de Guarulhos. Possui formação técnica em Eletrotécnica, Técnico em Eletrônica Sênior formado em 1980 pelo Instituto de Ensino Lavoisier em SP. É habilitado em reparos e calibrações de equipamentos hospitalares, é projetista de equipamentos elétricos e eletrônicos. Possui ampla vivência em sistemas de comandos elétricos de AT/BT, Motores elétricos e Geradores. Possui 30 anos de experiência em empresas de grande porte. (BOSCH, ASEA, Camargo Corrêa, ALCAN, entre outras).

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NET – Lavras de baixo NÚCLEO DE ENSINO TÉCNICO DAS LAVRAS DE BAIXO

Vamos imaginar que daqui a alguns meses: - Você foi encarregado de fazer a instalação de uma residência e a mesma ainda está no projeto, ou seja, no local só existe o terreno. Cabe a você, determinar “tudo” e sem improvisação. Quem contratou você confia no seu serviço. O cliente ou o Mestre de obras provavelmente sabe muito pouco ou nada de eletricidade. Nem pense em assumir o serviço contando que depois da casa quase ou totalmente terminada, aí sim você irá “meter a marreta e a talhadeira esculpindo nas paredes os pontos de passagem e embutindo os eletrodutos. Isso não dá certo, você vai ouvir muito blá blá blá e pior: - Nunca ficará bom; - Sempre irão dizer a você: “por que não viu isso antes?; - Você vai desperdiçar material de alvenaria, e o seu tempo; - O serviço não terá uma aparência profissional. Estamos ainda falando do aspecto construtivo e ligado à alvenaria, ainda nem falamos do aspecto técnico e da confiabilidade da instalação. É claro que eu sei, e você pode também imaginar, que nada é assim “mágico” que você dará as coordenadas de pontos de luz, caixinhas de passagem bitola do eletroduto, alturas padrão, a posição da caixa de distribuição e quando chegar a “sua vez”, tudo estará limpinho e pronto para o inicio... Sabemos que nunca é assim, bom seria se fosse.

Então, para que serve o tal planejamento elétrico, a planta residencial, os cálculos, etc.? - Serve para você trabalhar corretamente, para que os contratempos que acontecerem sejam menores, e que o seu serviço seja profissional e com o mínimo possível de problemas e duvidas. Serve para você se concentrar mais no seu serviço e menos nas correções que te darão um trabalhão extra, e que poderiam ter sido resolvidos “antes”.

• • • • •

Mas eu não entendo nada de desenho, não vou saber acompanhar; Não vou entender nada disso; Só quero saber o suficiente para ligar algumas lâmpadas e um disjuntor; Não estudei o suficiente, e o Instrutor acha que eu conheço contas, calculadoras, palavras difíceis... Acho que o Instrutor não sabe do que nós precisamos aprender.... 4


...PARE. Todos nós aprendemos.

Não existem pessoas que não aprendem.

Este curso não perde para NENHUM curso que existe por aí. Ele é padrão SENAI. O Instrutor deste curso também fez apostilas para o SENAI Guarulhos. Não quero falar da minha experiência profissional como Instrutor e como peão de obras, só digo que tenho as duas experiências para passar para você. Iremos fazer muitas experiências juntos que farão você compreender na prática o que foi aprendido em teoria. A

. TUDO que o Instrutor ensinar é para

ser conhecido pelo aluno. São ferramentas de pensar e resolver problemas.

VAMOS COMEÇAR O CURSO:

ENERGIA: É toda força que permite a existência de algum “trabalho”. Trabalho nada mais é do que uma força que está atuando sobre alguma coisa. • • • • •

Um carro em movimento está recebendo uma “energia mecânica” que vem do motor; Uma lâmpada acesa está iluminando (energia luminosa) porque recebeu uma energia elétrica; Um forno elétrico está aquecendo (energia térmica) porque recebeu uma energia elétrica; Um painel foto voltaico está carregando uma bateria (energia elétrica) porque está recebendo energia luminosa; Um gerador eólico está gerando energia (energia elétrica) porque está recebendo energia dos ventos, e assim por diante.

Você pode perceber que as “energias” são sempre transformações de outra energia, pois:

“A energia nunca se perde, ela sempre se transforma.” ELETRICIDADE: É uma forma de energia, e está contida em toda matéria.

Fontes de energia elétrica: • • • •

Hidrelétricas; Geradores elétricos; Baterias elétricas; Geradores foto voltaicos; 5


Geradores eólicos, etc.

Hidrelétricas: As usinas hidrelétricas são as principais fornecedoras de energia elétrica. Para gerar a energia, as mesmas utilizam grandes represas e através do desnível de água, é feita uma canalização e deste modo é acionado o gerador. Veja que existe uma transformação de energia (hidráulica em mecânica e finalmente elétrica)

fig.1

A água em alta pressão e volume percorre o duto acionando a “turbina” que está acoplada ao rotor do gerador (gigantesco) gerando energia elétrica “alternada” (chamamos de “AC” ou “CA”. A energia é alternada devido a facilidade com que a mesma pode ter sua voltagem aumentada ou diminuída através de transformadores. Uma energia elétrica alternada é aquela que troca de polaridade constantemente (no nosso país é de 60Hz) ou seja a polaridade da nossa energia muda de sentido 60 vezes por segundo. Os transformadores só funcionam se a energia elétrica for alternada. Você vai estudar nas próximas aulas que os condutores elétricos não são perfeitos isso é, oferecem certa “resistência” para que a energia elétrica passe por ele. Quanto MENOR for essa resistência, melhor e mais eficiente é o condutor. Ocorre que os caminhos que trazem a energia elétrica para os consumidores são sempre caminhos longos e vai ocorrer perdas, ou seja: Da hidrelétrica até o consumidor, certa parte da energia será perdida. Vamos supor que um gerador gerou 220Vca (ca = corrente alternada, lembra?) e perdeu pelo caminho 50Vca. Ora, só chegou 170Volts e se você pensar que estes 170 Volts ainda vão alimentar milhares de casas e industrias então complicou... Não vai funcionar. Você ainda vai descobrir mais, vai descobrir, ou melhor, vai aprender que existe o fator Potência elétrica, ou seja, o quanto um equipamento vai “consumir em Watts” ou kW (quilowatts)!! 6


Quanto mais “Watts” mais corrente em Ampères. Então vai perceber que além da “voltagem” que chamaremos de “TENSÃO,” também existe a AMPERAGEM que chamaremos de “CORRENTE” e a Wattagem que chamaremos de POTÊNCIA, que é a tensão multiplicada pela corrente. W = (E x I) (Não se preocupe com isso agora).

Então, como funciona este imenso circuito elétrico que nasce nas hidrelétricas, nas termoelétricas, e chegam até as nossas tomadas alimentando corretamente as nossas máquinas? Observe na fig.1 que a tensão é gerada e vai para um transformador elevador como exemplo, o gerador entrega 50.000V (50kV) ao transformador que eleva por exemplo para 765kV essa tensão altíssima percorre centenas ou até milhares de quilômetros até chegar próximo aos pontos de consumo e mesmo que parte dessa energia se perca, ainda tem tensão suficiente para servir com folga. Daí ela é reduzida por outro transformador para 120kV e segue para as cidades. Nas cidades essa tensão de 120kV (que também teve perdas mas o transformador compensa) é reduzida para 13,8kV é essa tensão que você vê pelas ruas (os três cabos mais altos dos postes). Essa tensão (chamada de tensão primária) ainda é alta para o nosso consumo e então existem os transformadores finais que reduzem estes 13,8kV para 220V (bifásico) (duas fases). Que entram para a nossa residência até o medidor de consumo (kWh/m). Numa residência comum, chegam estas duas “fases” mais um Neutro. A tensão medida entre o Neutro para uma das fases é 127Vca. Então temos em uma residência 220V bifásico mais um Neutro. Veja a função importante dos transformadores: • • • • •

Elevam a tensão do gerador para grandes tensões a fim de que as perdas de trajeto sejam corrigidas; Abaixam a tensão para níveis (voltagens) seguros para os centros de consumo (cidades); Tornam a reduzir a tensão para que ela seja (menos perigosa) e possa entrar pelas ruas da cidade de forma confiável e barata; Tornam a abaixar a tensão para que ela entre para os consumidores em níveis (voltagens) seguros. E estes transformadores agora pequeninos, se for necessário, tornam a abaixar a tensão para voltagens baixas ( 3, 6, 9, 12V, etc) e essas tensões podem ser (retificadas) isto é, transformadas em Vcc (tensão continua) e alimentar o seu celular, carregar suas baterias, etc. etc. etc.

Pense bem: “Tem que haver muitas e muitas proteções para as redes de energia desde onde são geradas até onde serão consumidas não é verdade?” Existem coisas importantes que devem ser aprendidas para que você se torne um eletricista de verdade, não uma pessoa que aprendeu por aí e por isso corre riscos, e acaba não executando um bom serviço.

Até agora, podemos perceber que existem “grandezas elétricas” e que algumas são baixíssimas e outras são enormes. Procure ler a placa de identificação de uma máquina elétrica e 7


verá palavras e símbolos até então desconhecidos. Vamos estudar inicialmente essas grandezas.

Grandezas elétricas e suas unidades de medida. . (conhecida como voltagem) Símbolo que indica tensão:

E

Unidade de medida:

V (Volt)

Exemplo 12 volts = 12V

Existem tensões contínuas e alternadas. As tensões contínuas são aquelas fornecidas pelas baterias em geral. As tensões alternadas são aquelas fornecidas pelos geradores, pela nossa rede elétrica, pelos alternadores, etc. É obrigatório indicar se determinada tensão elétrica é alternada ou continua.

TENSÃO ALTERNADA. (Vca, Vac, AC ou ACV (padrão americano) vamos ficar no

Exemplo 127V alternados =

127 Vca

TENSÃO CONTÍNUA. (Vcc,DC, ou Vdc (padrão americano) Vamos ficar no

Exemplo: 12V contínuos =

Vca

Vcc

12Vcc

Medição de Tensão: Quando desejamos conhecer o valor da tensão elétrica em determinado ponto, seja uma bateria, uma pilha, uma tomada, a saída de um gerador, dois fios expostos, etc. utilizamos o VOLTÍMETRO.

Esta é a simbologia do Voltímetro. Existe um medidor especial que é capaz de medir as principais grandezas elétricas todas num só aparelho e é conhecido como MULTÍMETRO. Os Multímetros são mais práticos, pois você poderá efetuar medições de outras grandezas elétricas que veremos mais a frente. Para medir tensão elétrica, você antes deverá conhecer o equipamento que tem em mãos (Multímetro) e (prepará-lo) para efetuar a medição de tensão. Lembre-se: Acv e Vca

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quer dizer a mesma coisa. Poderá existir em uma determinada situação tensões de valores iguais, mas de natureza diferente, exemplo: 12Vca e 12Vcc - Ambas as tensões são de 12V porém uma é alternada e outra contínua. É necessário então que você prepare o seu Voltímetro colocando-o na “escala correta”. Siga sempre estas regras quando for medir tensão: •

Verifique se existem advertências de cuidados na área;

Quando não sabemos “quantos volts” existem

nos pontos de medição, coloca-

mos o multímetro na mais alta escala de tensão;

Note que a escala está posicionada para “750V” Observe que o símbolo para tensão alternada é V~. Este sinal indica que o multímetro irá medir tensão alternada entre 0 até 750 Vca. que é a máxima tensão alternada que este aparelho pode medir.

fig.2 • •

• •

Caso a tensão medida seja inferior a 200V, você deve abaixar a escala ou seja, “ girar o seletor para “200”. Aí você terá uma precisão maior (quando isso for possível); Quando a tensão a ser medida for CC (contínua) a ponta de prova vermelha Positiva “+” deve estar posicionada no terminal positivo da fonte “+” e a ponta de prova preta Negativa “-“ deve estar posicionada no terminal negativo da fonte “-“ Terminada a medição seja lá qual for, “desligue o Multímetro”; Siga este raciocínio: EU PENSO no que vou fazer depois EU MEÇO. (Nunca o contrário, ok?).

O trabalho em eletricidade exige que o profissional seja qualificado para este serviço. Ao trabalhar com eletricidade, não podemos estar ansiosos, sob efeito de álcool ou qualquer outra droga. Na dúvida, não faça nada até entender o trabalho que você está executando. “O verdadeiro Eletricista se preocupa com a sua segurança e também com a dos seus colegas.”

- Agora iremos fazer experiências práticas de medições de Tensão elétrica com exercícios e práticas na Apostila de tarefas.

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Para representar tensões, geradores, lâmpadas, chaves, botões etc. utilizamos uma simbologia que é padrão internacional. Se aparecer um eletricista chinês na sala, ele pode não falar a nossa língua, mas ele vai reconhecer o nosso estudo pela simbologia empregada. Ele saberá que estamos falando de tensões alternadas e contínuas, que iremos falar das medições elétricas, Instrumentos, etc.

Bateria

Associação de baterias em série

Associação de baterias em paralelo

Terra

Massa

Qualquer corpo condutor que não que não tenha função elétrica.

Lâmpada incandescente Interruptor

Pulsador NA

Pulsador NF

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Gerador elétrico alternador

Fusível

Voltímetro

Amperímetro

Wattímetro

Ohmímetro

Resistência

Transformador

Resistor

Caixa octogonal de teto (Que também é a caixa de passagem)

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(conhecida como AMPERAGEM)

Símbolo que indica corrente:

Unidade de medida:

I

A (Ampère)

-

Exemplo 12 Amperes = 12A

A corrente elétrica só existe quando o circuito está ligado, ou seja, a carga está recebendo tensão elétrica. Veja abaixo o “Diagrama elétrico” do circuito de uma lâmpada alimentado por uma bateria e controlado por um interruptor:

Figura 1

Figura 2 = Diagrama esquemático multifilar (Só vamos chamar de Diagrama ok?) = Chapeado (onde desenhamos o circuito tal como ele é) O chapeado é feito normalmente quando o eletricista tem que mostrar algum circuito para o leigo, ou seja, a pessoa que não entenderia um diagrama. É importante que saibamos medir a corrente elétrica de um circuito, pois conhecendo a corrente, poderemos dimensionar um circuito de proteção para o caso de um problema com a carga, e também dimensionar a tomada e os cabos de alimentação corretamente. A intensidade da corrente (os ampères) depende da potência da carga e da tensão nela aplicada. Existem algumas regras e leis muito importantes e que você deverá aprender na sequencia do curso para dominar este assunto e que ajudarão muito no desenvolvimento da sua nova profissão.

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O instrumento utilizado para medir a intensidade da corrente elétrica é o AMPERÍMETRO . Vamos utilizar então o Multímetro e configurá-lo como amperímetro. Para medirmos a corrente alternada, utilizaremos o Multímetro ajustado para medir corrente. é sempre medida em nais, temos que

. Para Amperímetros convencio-

o cabo de alimentação da carga e conectar nosso Amperímetro. Qual-

quer coisa fora do que foi explicado vai

• •

o aparelho....

Gire a chave rotativa para a escala de 1000A; Abra a garra sensora e feche-a no cabo que você deseja conhecer a corrente circulante. Vá abaixando a escala até ler no visor o valor da corrente com uma casa decimal (se for possível)

A corrente elétrica pode ser calculada sem a necessidade do amperímetro ou mesmo, pode ser calculada e depois comparada com o amperímetro a fim de comprovar se o circuito está consumindo corretamente.

- Agora iremos fazer experiências práticas de medições de Corrente elétrica com exercícios e tarefas propostas na Apostila de tarefas.

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(MUITO IMPORTANTE)

Resistividade elétrica é a dificuldade que a corrente elétrica encontra para circular em qualquer tipo de material. Todos os materiais que existem na natureza exibem uma determinada resistividade elétrica uns mais, outros menos.

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Quando um material oferece pouca resistividade elétrica, portanto permitindo que a corrente circule com facilidade, é chamado de Quando um material oferece bastante resistência elétrica, portanto “dificultando” a passagem da corrente elétrica é chamado de Quando um material oferece tanta resistência à passagem da corrente que praticamente não permite a passagem da mesma, portanto “isolando” o fluxo de corrente é chamado de

Ouro , Cobre, Alumínio, Latão, Ferro, Bronze, etc.

Água salina, Arames em geral, Níquel cromo, etc.

Água destilada, Borracha seca, Plásticos, Papel seco, Madeira seca, Vidros, etc.

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Quando circula uma corrente elétrica pelos condutores elétricos, poderá haver um aquecimento que vai depender do valor dessa corrente e também pela “resistência” deste condutor.

Todo aquecimento de cabo é indesejável. É sinal de que uma parte da energia elétrica está se perdendo naquele condutor. (Um pouco de aquecimento é normal); o cabo irá se aquecer mais se estiver (sub dimensionado) coisa que veremos adiante, e quando existirem vários cabos dentro de um eletroduto .

Exemplo: 220 Ohms = 220Ω Para conduzir a eletricidade os BONS CONDUTORES são empregados. Isto por que sabemos que quando circula uma corrente elétrica sempre existe um aquecimento devido à resistividade do material. Então para conduzir eletricidade, quanto MENOR a resistência melhor, pois aquecimento significa que está havendo perda de energia na forma de calor ( a eletricidade que é uma energia está se transformando em calor) e para os condutores . (Alguém vai pagar esse aquecimento).

Uma característica da resistência é que ela

do

material resumindo na prática: (QUANTO MAIS GROSSO FOR O CABO MENOR SERÁ A SUA RESISTÊNCIA PADRÃO);

Importante - A resistência de um material AUMENTA com o aumento da temperatura e isso é um fator que o eletricista tem que levar em consideração. Um cabo tem uma determinada resistência a 20 graus e uma resistência maior, por exemplo, a 50 graus ( e um condutor carregado, ou seja, circulando corrente e dependendo de quantos amperes (A) chega nessa temperatura rapidamente).

Futuramente voltaremos a este assunto quando falarmos das bitolas e tipos de condutores elétricos.

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RESISTÊNCIA ELÉTRICA

RESISTOR

O símbolo de resistência é usado para representar, por exemplo, a resistência de um chuveiro, de um forno elétrico, de um aquecedor, etc. A unidade de medida como vimos acima é o

O resistor na verdade é um componente eletrônico com a finalidade de “dividir e limitar a tensão em circuitos eletrônicos. ”Isso é sempre necessário para o correto funcionamento dos estágios internos de um equipamento”. Tanto os resistores como as resistências podem limitar e dividir a tensão. Você deve se lembrar das tarefas de , em que ligamos as lâmpadas em série (e lâmpadas são resistências) e medindo a tensão sobre elas, notamos que a tensão da rede aplicada ao circuito das lâmpadas foi dividida em três partes diferentes que somadas, era o valor total da tensão aplicada....

Pare medirmos as resistências e a continuidade de um circuito, utilizamos o

Simbologia do ohmímetro:

REGRAS: 16 • •

O circuito deve estar desligado; Posicione a chave seletora para a escala de Ω ;


Fig. 2 É muito comum o aluno fazer medições de resistividade e logo depois medir tensão elétrica esquecendo-se de mudar a escala do aparelho ou mesmo medir resistência com a rede energizada. Sabe o que acontece? Portanto, atenção ao medir resistências. Eu penso... Eu meço. Lembra-se disso? Ao iniciar as medições de resistência, faça um pré-teste: • • • •

Gire a chave seletora para a escala de 200 Ohms. (O visor deverá apresentar “000”; Feche as duas pontas a vermelha e a preta em curto (junte as duas); Você deverá ouvir um apito, e deverá ler um valor no visor. Este valor apresentado é a resistência interna das duas pontas. Deve ser um valor baixo aproximadamente 2Ω. Caso não apite, provavelmente uma das pontas está quebrada ( eletricamente rompida) ou a bateria do aparelho está esgotada. Ou... Ou...

Medir continuidade significa saber se dois pontos elétricos estão em condições de conduzir corretamente, saber se existe (mau contato), etc. É sempre feita na escala de 200Ω que é também onde se ouve o BUZZER que nada mais é do que uma buzininha para avisar se o circuito está aberto ou está fechado. Por exemplo, você tem uma chave liga desliga qualquer, que gostaria de saber o seu estado. Coloque as pontas de prova nos contatos e acione a chave. Na posição da chave ligada, a buzina tocará e desligada não tocará.

Outras aplicações de continuidade é a de identificar cabos, testar disjuntores etc. Na tarefa 4 você irá praticar também isso. 17


Observe aa Fig.2 . Existem duas posições em vermelho na escala de resistência. Elas são importantíssimas para se medir altos valores de resistências da ordem de MΩ ou seja MILHÕES DE OHMS. Estas duas posições de medidas (20MΩ e 2000MΩ), são utilizadas para verificar o estado da “isolação” digamos, da carcaça de uma máquina em relação às partes elétricas da mesma. O teste de isolação vai descobrir, por exemplo, se uma máquina está começando a perder as isolações internas e o risco será descoberto ANTES que ocorra um problema mais sério.

• •

• Este teste pode ser feito

Mantenha a ponta negativa do Ohmímetro na carcaça do motor; Coloque a ponta vermelha em cada saída do motor; (a medição deverá ser infinita, ou seja, o Ohmímetro não deverá acusar resistividade) Caso exista resistência entre a carcaça e os cabos, e a mesma for menor do que 40MΩ, o motor não deve ser utilizado. Veja se ele está úmido, se estiver, deixe-o no sol por algumas horas e repita a medição.

em qualquer equipamento elétrico.

É muito comum a medição de resistores ou resistências. O que você deve fazer é posicionar corretamente a escala de resistência e efetuar a medição comparando com o valor nominal ou mesmo o valor que você calculou e espera encontrar na medição. (Não se assuste você fará isso tudo de forma tranquila, pois é muito simples). • • • • fig.5

O valor nominal deste resistor indicado é de 4R7 e 10W 4R7 significa 4,7Ω e a potência é de 10 Watts (vamos estudar a potência) (Coloque as pontas do Ohmímetro nos terminais do resistor A e B) e a escala deve estar em 200; A indicação do valor medido deve estar em 4,7 +- 10%

Observação: A letra “R” para resistores e resistências é a mesma coisa que o símbolo “Ω”

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Você já deve ter percebido que existem denominações tipo

etc. Vamos esclarecer

isso? - Para valores altos de resistência (milhares e milhões de Ohms) ficaria difícil e iria causar muita confusão e erros, se escrevêssemos assim: 22000000 ohms , 470000 Ohms , 2200 Ohms, etc. Então para facilitar a leitura e entendimento, foi criado os múltiplos das grandezas ( e também os submúltiplos), porém vamos ficar agora apenas nos múltiplos: K = quilo = x 1000 (vezes mil) M = Mega = x 1000.000 (vezes milhão) = Vinte e dois milhões de Ohms = = Quatrocentos e setenta mil Ohms = = Dois mil e duzentos Ohms =

- Agora iremos fazer experiências práticas com medições de resistências e tarefas propostas na Apostila de tarefas.

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A lei de Ohm (uma das poucas teorias deste curso) não pode ser deixada de lado. É importante que você se esforce para compreendê-la e aplicá-la na prática, pois a mesma é o fundamento, a raiz de todo entendimento elétrico e até eletrônico. Vamos insistir neste estudo, vamos fazer alguns cálculos que são muito simples, e também o Instrutor vai demonstrar exemplos na lousa. Também irá utilizar o Computador para fazer as simulações a fim de que você possa compreender e dessa forma ter uma importante ferramenta teórica que te ajudará muito e facilitará a sua vida como Eletricista.

Aproveite, pergunte, peça para o Instrutor te ensinar os comandos básicos do PC. Aproveite esta oportunidade de aprender algo a mais neste curso.

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“A intensidade da corrente elétrica ( I ) é diretamente proporcional a tensão aplicada ( E ) e inversamente proporcional a resistência da carga ( R )”

Onde:

I = E = R =

corrente em Ampères; Tensão em Volts; Resistência em Ohms

Veja o diagrama elétrico abaixo:

Segundo a lei de Ohm, se sabemos o valor da resistência em OHMS e o valor da tensão em VOLTS, podemos calcular a corrente em AMPERES que este circuito está consumindo. Vamos colocar ordem nas coisas e aplicar a LEI DE OHM:

Fórmula:

=

= 0,545 A 20


Tente calcular a corrente dos circuitos abaixo:

Preste atenção, Nos circuitos elétricos existem sempre três grandezas: • • •

A Corrente em Amperes; A Tensão em Volts; e a Resistência em Ohms.

trabalha com as três. Você sabia que em qualquer circuito se você conhecer pelo menos duas grandezas elétricas você pode calcular a terceira?

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Lembre-se do REI.

A partir do REI, você agora tem três fórmulas: Uma para descobrir a resistência R ) outra para descobrir a tensão ( E ) e outra para a corrente ( I )

Calcule o valor da Resistência Procure a fórmula no “REI”.

Calcule o valor da Tensão.

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Potência é a capacidade que uma máquina tem de efetuar trabalho. Quanto maior for a potência, maior será a capacidade de trabalho da máquina, do circuito, da lâmpada, do motor, etc. Unidade de medida: Watt = W

Múltiplos:

kW Mega Watt = MW

Quilo Watt =

Exemplo: 1kW = 1.000 Watts 1MW = 1.000.000 Watts

1 CV (Cavalo vapor) = 736 Watts 1 HP (Horse Power) = 746 Watts Para transformar CV em Watts 8,8kW

Multiplique CV x 736 Exemplo, 12CV = 12 x 736 =

Para transformar HP em Watts 8,9kW

Multiplique HP x 746 Exemplo, 12HP = 12 x 746 =

A medição de potência é feita com o Wattímetro

É muito importante que você entenda bem a potência elétrica, inclusive aprendendo a calcular a corrente em Amperes quando você conhecer a Tensão e a Potência da máquina ou circuito.

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A potĂŞncia de um circuito ou de um equipamento estĂĄ ligada diretamente ao consumo de corrente (A) e a resistĂŞncia em Ohms dos mesmos. Veja algumas fĂłrmulas matemĂĄticas muito simples, que ajudam a calcular a PotĂŞncia:

W =

ĂŠ tudo muito fĂĄcil. NĂłs vamos “calcularâ€? a potĂŞncia em Watts de uma determinada carga, quando nĂłs conhecemos algumas grandezas elĂŠtricas. (Porque fizemos mediçþes) Isso ĂŠ muito legal e vai te ajudar bastante no seu dia a dia de trabalho. Vamos analisar algumas situaçþes:

Vamos calcular a PotĂŞncia

em Watts dissipada pelo resistor. Lembre-se estamos mostrando apenas um resistor, mas ele poderia ser qualquer “coisaâ€? ligada numa rede de 127V. Essa “coisaâ€? que poderia ser uma torneira elĂŠtrica, um secador de cabelo, uma bomba d’ågua, etc. estĂĄ ligada numa rede de 127V e medimos a corrente que ĂŠ de 15 A. É tudo o que temos para calcular a potĂŞncia (W). Veja acima nas trĂŞs fĂłrmulas, vamos escolher a Ăşnica que permite o cĂĄlculo: •

A fĂłrmula da esquerda nĂŁo serve por que nĂłs nĂŁo sabemos o valor da resistĂŞncia;

•

A fĂłrmula do meio tambĂŠm nĂŁo serve por que ela tambĂŠm pede o valor da resistĂŞncia;

•

A FĂ“RMULA DA DIREITA SERVE!!! (W

Calculando: W = E x I

= 127 x 15 =

= E x I)

(estes valores nĂłs temos)

1905 Watts 24


Vamos agora calcular a potência dissipada pela carga acima: •

Analisando as três fórmulas, apenas a da esquerda pode ser aplicada porque ela contém a tensão em Volts (220V) e a resistência em Ω (18R).

= 220 x 220 = 18

48400 = 2668,8 W 18

Quando um número estiver com um “2” pequenininho em cima, significa que ele está “elevado ao quadrado” que nada mais é do que !! Só isso. Exemplo: 22 = 2x 2 = 4 não?

2202 = 220 x 220 = 48400

202 = 20 x 20 = 400

simples,

Veja o circuito acima. Qual é a potência da carga? (lembre-se a carga poderia ser qualquer coisa ligada na rede elétrica. Neste caso a “carga” é uma resistência de 8 Ohms) O que nós sabemos deste circuito? • •

Ele consome 30 A; A resistência da carga é 8 Ohms.

25


Para calcular a potência a fórmula tem que ter três que nós temos é:

= 302 x 8

“I” e “R”. A única fórmula possível daquelas

= 900 x 8 = 7200W

Ou...... 7,2kW (quilowatt)

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FATOR DE POTÊNCIA = COS ϕ Muitas vezes você olha a identificação de um motor, um reator etc. e na indicação de potência aparece: VA exemplo: Potência = 100VA . VA é a “potência aparente” , ou seja, não é o valor real em Watts mas apenas o produto da multiplicação da tensão de alimentação pela corrente que o equipamento consome. TODA VEZ que um equipamento tiver a indicação de potência em VA, significa que dentro do circuito do mesmo existem ou BOBINAS ou CAPACITORES ou os dois juntos. Bobinas e capacitores são conhecidos como componentes “REATIVOS” ou seja, criam uma reação diferente das resistências (que são passivas) isto é não oferecem nenhuma reação, apenas resistência à passagem da corrente. Para simplificar, se você calcula a potência, por exemplo, de um motor elétrico que tem bobinas para criar o campo magnético, este cálculo não é exato por causa das reações da bobina e, portanto o resultado é dado em VA

VA = E x I .

Se você olhar mais atentamente

na identificação elétrica de máquinas ou equipamentos vai notar também uma identificação do FATOR DE POTÊNCIA.

COS ϕ • •

(Fala-se COSSENO DE FI ) O COSϕ é um número sempre menor do que 1 Quanto mais próximo de “1” for o COSϕ melhor seu desempenho;

Em fábricas onde existe um grande número de motores elétricos, o COS.ϕ pode ser prejudicial pois irá acontecer um desperdício de energia. Existe um aparelho que mede o fator de potência: 26


Veja que o Cosfímetro mede o fator de potência tanto indutivo como capacitivo. O “ideal” é um fator de potência = 1 e isso só ocorre se o circuito for composto apenas por cargas resistivas (à base de resistências), por exemplo: - Fábricas que fazem galvanoplastia, Produtoras de alumínio, etc. Em geral, toda a Indústria tem que cuidar do fator de potência, pois o Cosfímetro fica na cabine primária da empresa junto ao kWh/m e no momento da leitura por parte da concessionária de energia, se o fator de potência for menor do que 0,85 é aplicada uma multa pesada na conta de consumo. Este é um assunto muito interessante e agradável de aprender, porém, já não interessa a este curso. Fica para o futuro curso de COMANDOS ELÉTRICOS....

Magnetismo é a propriedade de certos corpos a base de ferro (nós vamos chama-los de FERRO MAGNÉTICOS) em atrair para si outros materiais ferromagnéticos. É importante estudar um pouco de magnetismo para poder compreender bem o funcionamento dos Relés, Transformadores, Motores, etc. Os materiais com propriedades magnéticas são chamados de ÍMÃS.

• •

Os ímãs têm sempre dois polos (possuem polaridade) (N) Norte e (S) Sul; Por mais simples que se imagine um ímã, os mesmos contém linhas de forças magnéticas saindo do polo Norte para o polo Sul. Quanto mais linhas de força, mais denso é o 27


• • •

“campo magnético” e mais forte é o ímã. (Chamamos de GAUSS a unidade de medida das linhas de força); Partindo um ímã teremos dois ímãs (nunca existiria um ímã de um polo); REPULSÃO é o afastamento de dois ímãs quando estão próximos e com polos iguais; ATRAÇÃO é o ajuntamento de dois ímãs com polaridades diferentes.

- São os ímãs comuns e com as mais variadas formas. (retangulares, redondos, esféricos, etc.)

Atualmente existem os “super ímãs” a base de Neodímio com capacidade de atração e repulsão enorme. O único inconveniente é que enfraquecem se forem aquecidos a altas temperaturas. Polaridade do ímã: (campo magnético)

ESPECTRO MAGNÉTICO. Veja as Linhas de força....

Polaridades diferentes se atraem (se juntam)

Polaridades iguais se repelem (se afastam)

Todo condutor elétrico percorrido por uma corrente elétrica, cria em volta de sí (do condutor) um campo magnético. Este campo magnético ( as linhas de força...) será tanto maior quanto maior for a corrente elétrica passando por ele.

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A ciência percebeu que se este condutor elétrico for isolado e “enrolado “sobre um material ferromagnético (núcleo) este campo será intensificado, ou seja, concentrado no núcleo de ferro”“. Portanto ele será um ímã enquanto houver corrente elétrica circulando nesse condutor enrolado. E baseado nos campos magnéticos e em suas propriedades, criaram entre outras coisas os motores elétricos geradores e transformadores.

Vamos dar os nomes corretos para as coisas: • • • • • •

Fio enrolado agora é BOBINA; Um conjunto de bobinas é um ENROLAMENTO Fio isolado em bobinas é FIO ESMALTADO (o isolante deste fio é esmalte, e é conhecido como fio magnético para enrolamento); Voltas de fio isolado são ESPIRAS (Cada volta é uma ESPIRA); O tipo de bobina, (quadrada, circular, etc.) é devido a FÔRMA com que se enrolou esta bobina para uma determinada aplicação. (transformador, Motor, etc.); O miolo da bobina agora é NÚCLEO . Existem vários tipos de núcleos, mas só vamos estudar os núcleos de ferro.

A energia elétrica que nós consumimos é alternada isso é, troca de polaridade várias vezes durante um segundo. Por quê? - Porque é só dessa forma que se consegue aumentar ou abaixar uma tensão com baixo custo. É muito simples transformar uma tensão alternada ( CA) em tensão contínua (CC) mas CC para CA tem um custo alto. Lembra-se quando falamos de Itaipu? Que a energia do gerador é elevada para 765kV para poder percorrer os 800Km entre Foz do Iguaçu até Ibiúna e Tijuco Preto? Transportar energia CA é muito mais simples e barato do que transportar energia CC. Os transformadores e os motores de indução só funcionam com CA. Por exemplo, se você ligar um transformador de 127Vca em uma rede CC mesmo que for de 127Vcc ele pega fogo mas não funciona ... Nossa rede elétrica é de 60Hz em todo o país. (Hz) = Hertz é a unidade de medida de frequência elétrica.

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60Hz significa que a rede elétrica troca de polaridade da rede positiva (+) negativa (-)

60 vezes por segundo.

e

Por exemplo, em rede de

127Vca, ela sai de zero Volt, vai subindo até 127V, depois vem caindo, até zero Volt e troca de polaridade isso é, agora ela se torna negativa e vai descendo negativamente até 127V aí ela vem novamente diminuindo até zero Volt e isso se repete 60 vezes durante um segundo, dia e noite, de segunda a segunda sem parar.... Legal, né?

A rede elétrica que chega nas residências chega por três fios: - DUAS FASES e UM NEUTRO “Qualquer uma das fases é o fio ‘vivo” é o que tem “potencial elétrico” = Volts. O condutor Neutro não tem potencial elétrico. Ele é o fio que recebe a voltagem de uma das fases. A fase costuma ser representada em alguns diagramas elétricos como

ϕ

PORTANTO SE VOCÊ MEDIR:

FASE com FASE = 220Vca FASE com NEUTRO = 127Vca (Não chame a Fase de Positivo) (Não chame o Neutro de Negativo)

- A rede elétrica é alternada lembra? “CA” em 60Hz. Portanto ela troca de polaridade 60 vezes por segundo, ou seja: - Tem momentos em que a fase é positiva (+) e no momento seguinte ela já é negativa (-) Existem também os sistemas TRIFÁSICOS em 220, 380 e 440Vca que iremos deixar para um próximo curso se você tiver interesse... 30


SEMPRE que circula uma corrente elétrica por um condutor, é criado um campo magnético em volta do mesmo tal como já falamos. Ocorre que quando este campo magnético variar ou mesmo trocar de polaridade, ele induzirá NELE e nos condutores que estiverem próximos, uma TENSÃO ELÉTRICA! E em sentido contrário chamada de força contra eletromotriz = FCEM. Esta tensão “induzida” por estar em sentido contrário à corrente principal irá se chocar com a principal, vai gerar magnetismo, e também uma perda de energia. É por isso que chamamos as bobinas e todo equipamento que utiliza bobinas de “CARGAS REATIVAS”

Bobina com núcleo de ar. (sem núcleo)

Bobina com núcleo “laminado” de ferro silício

Bobina de acionamento (em relés, contatoras, etc.

(Volte na apostila até o capítulo “fator de Potência” e faça uma leitura rápida). Vamos falar da Indução eletromagnética e tentar compreender suas principais características, pois é muito interessante e importante.

É graças aos transformadores que a nossa energia elétrica é relativamente barata e simples de transportar a longas distâncias, e também termos a eletricidade nos níveis de tensão elétrica que nós quisermos.

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Enrolamento primário: - Serve apenas para criar um campo magnético variável dentro do transformador. Como falamos anteriormente, um campo magnético “induz” uma tensão nos condutores que estejam próximos a este campo magnético; então, como as ESPIRAS do enrolamento secundário estão bem juntas e isoladas do enrolamento primário, irá aparecer uma tensão induzida no enrolamento secundário. Enrolamento secundário: - “A função do enrolamento secundário é cortar as linhas de forças do campo magnético que o enrolamento primário gerou, e criar uma tensão induzida”. Uma tensão de quantos volts? - A tensão induzida no secundário depende da quantidade de espiras no enrolamento. Quanto mais espiras no enrolamento secundário, maior será a tensão de saída. “Existem cálculos que permitem projetar com facilidade um transformador. Caso algum aluno se interesse, fale com o Instrutor.” RELAÇÃO DE ESPIRAS: A relação de espiras isto é, a quantidade de espiras necessárias para se conseguir uma determinada tensão no secundário é chamada de “ESPIRAS/VOLT”. Vamos supor que a relação de espiras para um determinado transformador seja de uma espira no secundário para cada Volt induzido no secundário; portanto Espiras/Volt = 1 Ora, se queremos 20 V no secundário então teremos que dar 20 espiras Então, (para este exemplo) se necessitamos de uma tensão de 220Vca a partir de uma tensão primária de 13,8kV necessitamos fazer um enrolamento secundário com 220 espiras... simples, não tem segredo nenhum, só depende de prática e ter os materiais na mão e.. Alguns cálculos que ficarão para outro curso.

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Transformadores ajustáveis com “TAP”

Veja o Diagrama elétrico do Transformador acima. Ele pode ser ligado em 110, 127 ou 220Vca O seu secundário fornece: 12Vca (veja que este enrolamento é independente) e também 220Vca Os “TAPs” no enrolamento primário são derivações do enrolamento (TAP é uma derivação, ok?)

Agora que você adquiriu uma boa base teórica, está na hora de começarmos a tratar de assuntos rotineiros de eletricidade.

Basicamente o condutor tem que transportar a corrente elétrica da fonte geradora (no nosso caso a caixa de distribuição) até as cargas com o mínimo de perdas. Esses condutores normalmente irão dentro de um eletroduto junto com outros pares. Cada par alimentando um circuito.

É importante que o eletricista respeite as cores padronizadas para os circuitos após a caixa de distribuição. A concessionária (CPFL no nosso caso), não aprova uma ligação dos cabos que saem da bengala presa ao poste particular até a caixa do medidor com cores que não sejam: • • •

Cabos PRETOS para os condutores FASE; Cabo AZUL CLARO para o condutor Neutro; Cabo VERDE ou VERDE/AMARELO para o condutor Terra.

A BITOLA (medida do cabo) é dada em função do cálculo estimado de demanda que veremos mais adiante.

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Os três cabos para (ligação BIFÁSICA, duas fases + um Neutro) a partir do Disjuntor principal junto ao medidor de kWh/m até o quadro de distribuição (normalmente dentro do Imóvel) deverão acompanhar as cores padrão. Cabos pretos para as fases e cabo azul claro para o Neutro

.

fig 4

É importante que o eletricista respeite as normas. Considere as seguintes cores para os cabos em toda a instalação elétrica: (As bitolas irão depender da carga do circuito).

FASES = Cabo preto NEUTRO = Cabo azul claro RETORNO = Cabo amarelo ( A NBR não esclarece a cor do retorno, mas a regra é cabo amarelo) TERRA = Cabo verde ou verde/amarelo.

Caso não seja possível a utilização das cores informadas , utilize as disponíveis porém preste muita atenção para seguir o padrão de cores disponíveis na loja. (se você batizou fase como digamos, vermelho, Neutro = preto, retorno = cinza, mantenha este padrão até o fim do serviço). (CABO VERDE só para aterramento!).

ATENÇÃO = Para os cabos que interligam com os da concessionária (CPFL) até o medidor, não é permitida a mudança de cores... Se não usar pretos, azul e verde/amarelo, a CPFL não irá ligar...

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fig4

Fios? Cabos? Condutores?

Isso causa sempre muita confusão até mesmo entre técnicos e engenheiros com experiência no assunto.

Fios, cabos e condutores são todos condutores de energia elétrica. Mas existe sim uma diferença. FIOS E CONDUTORES: São os condutores rígidos fabricados a partir de um único fio. São rígidos porque não tem flexibilidade. O trabalho com eles principalmente quando passam por eletrodutos pode ser complicado..

..

fig5

35


Quando o condutor não passar por áreas de risco e sem possibilidades de acidente, ele pode ser nú (sem capa de isolação) desde que se observe o correto esticamento e pontos de fixação isolados. (Veja os condutores e cabos nos postes. Muitos deles são nús. (Não se passa fio nu por dentro de eletroduto)..

São flexíveis, dentro deles existem vários fios juntos e nus que somados tem a mesma resistência elétrica de um fio rígido com a mesma bitola. São mais fáceis de trabalhar e simplificam a passagem por eletrodutos.

fig6

fig7

CABOS PP Os cabos PP são empregados em ligações rápidas em máquinas tais como furadeiras, serras em geral, betoneiras, Iluminação, etc. São cabos que normalmente ficam expostos no tempo durante algum tempo. (No término do serviço devem ser guardados em local seco, e enrolados). NUNCA trabalhe com cabos PP ou qualquer extensão elétrica com o cabo enrolado. Dependendo da corrente que estiver passando, pode se aquecer e agir como uma bobina que irá gerar ainda mais aquecimento, e perda de energia podendo em casos críticos pegar fogo.

fig8 Os cabos PP mais conhecidos são os de 3 vias com cores internas diferentes e nas bitolas: Cabos PP 3 x 2,5 mm Características: Condutor: Fios de cobre nu, tempera mole, encordoamento classe 4 . Isolação: Composto termoplástico à base de PVC flexível (PVC/F), permitindo uma temperatura máxima de operação no condutor de 70 °C em serviço contínuo, 100 °C em sobrecarga (não deve superar 100 h, durante 12 meses, consecutivos, nem 500 h, durante a vida do cabo) e 36


160 °C em curto-circuito (duração máxima de um curt o-circuito é de 5s). Cobertura: Composto termoplástico à base de PVC flexível (ST1). Tensão Nominal: 750 V. (Estas características valem para qualquer cabo PP)

Cabos PP 3 x 4,0 mm Cabos PP 3 x 10,0 mm Cabos PP 3 x 25,0 mm Não iremos ficar falando em classes de encordoamento, etc. para não teorizar demais o curso. Como o nosso objetivo é residencial, vamos ficar nos cabos isolados de baixa tensão.

Aqui no curso, entre nós “técnicos” podemos conversar, aprender, sugerir, corrigir, porque aqui é uma Escola. Mas lá fora, o nosso comportamento sobre o que estamos aprendendo aqui deve ser o de aplicar o que você está aprendendo sem corrigir ninguém. (Só corrija se houver perigo de acidentes). Portanto: - Fio é fio, cabo é cabo, condutor é condutor disjuntor é disjuntor etc. Nada de: Não... Isso não é um fio, é um cabo.... discussão “boba”.

Coisas assim devem ser evitadas para não gerar

Exemplo de profissionalismo: - O operador ligou a betoneira com a extensão toda enrolada no carretel por que tem muito “fio”.... Você observou isso, foi até o carretel e o “cabo “ está quente pra caramba. Peça para o operador ir tomar um café, dar um tempo, sei lá. Desligue a máquina, desenrole o fio e quando ele religar, você já fez o que deve fazer. Se você perceber que a pessoa aceita uma sugestão, diga a ela porque você desenrolou a extensão. Existem pessoas que não aceitam correção no que estão fazendo. Paciência... Faça a correção, pois o que importa é a segurança de todos.

Queda de tensão para nós os eletricistas não quer dizer que “acabou a luz”... Queda de tensão é a perda de tensão, são os “Volts” que o cabo ou condutor elétrico perdeu no trajeto entra a fonte (o ponto onde você ligou este cabo) até a carga. Perdeu como??? Escapou de que forma??? - Perdeu porque não existe CONDUTOR PERFEITO. Todo cabo ou condutor (vamos chamar de agora em diante apenas “condutor” . Pois bem, todo condutor tem uma determinada resistência elétrica (OHMS = Ω) e quanto mais comprido for o condutor, maior será a resistência dele.

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A resistência do condutor depende basicamente do seu diâmetro (bitola) e do seu comprimento. A resistência é menor quanto maior for o seu diâmetro. O ideal seria um condutor com resistência ZERO (não existe). Então a solução seria utilizar um condutor o mais grosso possível para quase não ter perdas devido a resistência... É.... Mas aí, eu pergunto: • •

E o custo dessa instalação? (Cabo quanto mais grosso mais caro); E os eletrodutos? E as caixas de passagem? E as emendas?;

Então, caro amigo. É por isso que existem vários tipos de cabos, cabinhos, condutores, fios, fiozinhos, de cobre, de alumínio (de OURO...) etc. cada um para um determinado uso....

VAMOS IMAGINAR UMA SITUAÇÃO ASSIM: - Você tem que levar uma carga de 5kg de feijão até a Rodoviária de Socorro. Na garagem temos cinco veículos: Um UNO, uma carreta Volvo trucada, uma D20 , uma moto Honda 125cc. E um triciclo de criança. Perceba que podemos utilizar qualquer um dos veículos, mas você iria de VOLVO? Para escolher um condutor elétrico temos que pensar do mesmo jeito, mas é mais complicado. Temos que levar em consideração outros fatores para escolher a “bitola correta”. É por isso que temos que aprender algumas continhas simples. No começo da apostila nós falamos que a energia elétrica nunca se perde; ela sempre se transforma em outra energia. A voltagem que se perder no condutor vai virar calor que nesse caso, não servirá para nada além de desperdiçar energia elétrica e fazer com que a carga perca a eficiência, pois vai receber uma voltagem menor, e trabalhará menos. Em eletricidade, só podemos aceitar geração de calor onde ele for necessário. (Chocadeira, Fornos, Torneira elétrica, Chuveiro, etc.)

Para escolhermos corretamente o cabo a ser utilizado temos que conhecer os seguintes parâmetros: A - Seção mínima (bitola mínima) dos cabos a serem utilizados: Circuitos de iluminação = 1,5mm2 TUE (tomadas) depende da carga

/ TUG (tomadas) = 2,5mm2 Sinalização de campainha = 1,0mm2

B – Quedas de tensão máximas toleradas em uma instalação:

4%

medida junto a carEm circuitos residenciais tolera-se uma queda tensão de até ga que está consumindo energia. Ou seja, o máximo que a tensão pode perder no caminho 38


(nos condutores ). Este valor é o descrito na NBR5410 e é considerado para redes de instalação que recebem a energia a partir da rede pública. (A nossa rede elétrica). Exemplo: - Instalamos um motor elétrico bifásico a 50 metros da caixa de ligação. Na caixa, medimos 220Vca. Junto ao motor (junto a carga e com o motor ligado) medimos 216Vca. O cabo está suportando?

SIM

4% de 220V =

8,8Vca

portanto a queda máxima de tensão é de 211,2Vca

(como medimos 216Vca, a queda foi de 4Vca ou 1,8%) O Instrutor vai ensinar você a fazer cálculos de porcentagem de uma forma fácil.

Vamos imaginar que necessitamos instalar um chuveiro de 4700 Watts em 220Vca num banheiro onde entre o disjuntor de proteção até o banheiro tem uma distância de 12 metros (entre subida curvas e descida). A fórmula para você calcular a bitola do cabo é:

2 x I x l 56 x u Onde : “S” é a bitola em mm2 “I” Corrente em Amperes “u” Queda de tensão absoluta em Volts “L” Distância entre a proteção e a carga em metros Vamos tentar calcular a bitola correta do cabo?

!

=

EPA.... a fórmula está pedindo a corrente em Amperes “I” e isso nós não temos. Vamos pensar... podemos calcular a corrente em Amperes! Pois nós conhecemos a potência do chuveiro (4700W) e sabemos a tensão (voltagem) que é de 220Vca. Então antes vamos calcular a corrente do chuveiro:

"

#$%% %

= 21,4 A

Pronto, a corrente nós já calculamos. 39


Continuando...

!

& ,# & & #

(, #

2,29mm2

Verificando na tabela, 2,29 nĂŁo existe (vamos para a bitola mais prĂłxima para cima) = 2,5mm2 Portanto a bitola do cabo deve ser de 2,5mm2 Muito bem! Agora vamos analisar a seguinte situação: - Depois de algum tempo o proprietĂĄrio da casa resolveu trocar o chuveiro de 4700W por outro de 7500W. E aĂ­? É sĂł tirar um e colocar o outro? Vamos calcular a bitola pra ver como fica? Vamos calcular primeiro a corrente em Amperes:

!

)*++

+

= 34,09 A

& (#,%, & & #

(DĂĄ uma olhada no Disjuntor...)

- -, #

3,65mm2

Verificando na tabela, 3,65mm2 ĂŠ uma bitola que nĂŁo existe. (Vamos para a bitola mais prĂłxima para cima) =

4mm2

Portanto a bitola do cabo deve ser de 4,0mm2 Ou seja, neste caso o cabo tem que ser trocado e, trocar tambĂŠm o disjuntor senĂŁo o banho vai terminar frio...

Veja que ĂŠ tudo muito simples, ĂŠ sĂł praticar e aprender.

Para iluminar um ambiente, normalmente basta instalar um ponto de luz de 100 Watts e pronto; porÊm nem sempre Ê assim. Hoje em dia existem muitas possibilidades de iluminação com vårios tipos de lâmpadas, cada uma com aplicação específica. As lâmpadas incandescentes estão com os dias contados. 40


A partir de 2016 será proibida a sua fabricação, pois elas nunca foram eficientes (Transformam mal a energia elétrica em energia luminosa). Nos dias de hoje elas ainda são utilizadas por causa do seu baixo custo.

fig.8

As lâmpadas tipo fluorescentes compactas não iluminam direito o ambiente. Você compra uma delas, olha a embalagem e lá está escrito que uma de 20W equivale a uma incandescente de 100W ... Engana-me que eu gosto! Ainda falta “alguma coisa” para essas lâmpadas se igualarem em qualidade luminosa em relação às lâmpadas tradicionais. Estas lâmpadas são boas para iluminar áreas externas como jardins, corredores etc.; porém para ambientes internos, não são visualmente agradáveis.

fig 9 As lâmpada fluorescentes são lâmpadas bastante econômicas e com boa durabilidade. São amplamente utilizadas e deverão continuar sendo produzidas por mais alguns anos. O problema maior deste tipo de lâmpada é o mercúrio que existe dentro dela, o que gera um sério problema de poluição quando são jogadasno lixo comum. Também deve ser dito que estas lâmpadas geram uma quantidade de luz invisível “Ultravioleta” que causa irritação nos olhos de algumas pessoas.

fig 10

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A ligação da(s) lâmpada(s) fluorescente é muito simples, bastando seguir as orientações descritas no reator que pode ser convencional ou eletrônico:

fig 11

fig 12

fig 13

Trabalham em 220V e tem potências de 160W e 250W nas bases (soquete) E27 e E40 para as de 250W. ( O Instrutor irá mostrar a base E27 e a E40) São muito utilizadas em jardins e iluminação pública. São ovais, com uma camada interna de fósforo, gás Argônio e um filamento de Tungstênio. São chamadas de MISTAS porque dentro tem o filamento que permanece aceso, e também o gás que se ioniza e brilha.

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São lâmpadas semelhantes às mistas, porém não tem o filamento interno para partida, e necessitam de um “reator” para funcionar. Ficam iluminadas quando ocorre um fluxo de corrente que ioniza o gás (vapor de mercúrio) e se chocam no fósforo depositado nas paredes internas do bulbo. (aquele pozinho branco).

A lâmpada a vapor de sódio, é a uma lâmpada de alto rendimento. É própria para iluminar grandes áreas, porém a sua cor amarelada apesar de iluminar muito bem, não permite identificar as cores dos objetos ou seja, (você enxerga tudo muito bem mas não percebe as cores). Iluminar por exemplo uma área de produção poderá ser um problema.

A lâmpada de vapor metálico é a boa solução para iluminação de grandes áreas, lojas, estádios, quadras, etc. São lâmpadas de vapor metálico com atmosfera de xenônio, capazes de acender instantaneamente. O rendimento de uma lâmpada de vapor metálico é de 100 lumens por Watt (um dos melhores rendimentos para lâmpadas) e a potência vai de 10 até 1800W. . A Lâmpada de vapor metálico é uma evolução da tradicional lâmpada de vapor de mercúrio.

São as lâmpadas do futuro e já começando a ser vendidas com um preço razoável e rendimento apropriado para iluminação geral. Até o momento, as lâmpadas de LED baratas iluminam bem pequenos ambientes e objetos. Provavelmente esta tecnologia irá substituir as lâmpadas fluorescentes, as incandescentes e até as de vapor de mercúrio ou quem sabe, todas as tecnologias de lâmpadas existentes. A durabilidade de uma lâmpada de LED quando alimentada com boa fonte de tensão, pode superar facilmente as 10.000 horas. Os LED’S permitem através da combinação de três cores primárias (verde azul e vermelho) conseguirem qualquer cor visível da natureza. O LED não tem gás nem filamento interno. É uma lâmpada sólida; é um DIODO semicondutor.

fig.14 43


Os LED’S já começaram a substituir todas as lâmpadas incandescentes ou halógenas dos automóveis.

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Toda a rede elétrica desde a Hidrelétrica até a sua residência, necessita de sistemas de segurança elétrica que protejam a rede, o equipamento e o ser humano. Estas proteções garantem que em caso de um curto circuito, uma sobre corrente, uma sobre tensão, um escape de tensão, o circuito seja desligado protegendo assim todo o sistema e as pessoas.

fig 15 FUSIVEL ABERTO: É o fusível que abriu o elemento condutor devido a um curto circuito ou sobrecarga. Se você medir a sua continuidade, vai verificar que ele não está conduzindo, já fez a sua obrigação, encerrou seu serviço... e deve ser descartado (jogado fora). (Nunca conserte um fusível) Fusível bom é fusível com continuidade perfeita, contatos brilhantes e o corpo sem trincas.

REGRA DE OURO: JAMAIS, retire ou altere um dispositivo de proteção. A substituição por exemplo, de um fusível ou disjuntor, somente deve ser feita por outro com exatamente as mesmas características.

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Os mais comuns são fusíveis de 30A e de 60A

São os antigos fusíveis. Ainda existem instalações que utilizam os mesmos e quando você trabalhar com este tipo de instalação, procure trocá-los por disjuntores com o mesmo valor nominal de proteção. (Troque por disjuntores da mesma corrente) exemplo: Você encontrou uma instalação elétrica onde existe fusíveis tipo rolha de 30A. Troque por um Disjuntor de 30A.

Este tipo de fusível apresenta muito mau contato. Com o tempo ocorre uma pequena folga de rosqueamento do fusível na base. Isso gera um aquecimento que costuma carbonizar a fixação que normalmente é de madeira, com risco de incêndio. (Mais um motivo para serem substituídos por Disjuntores).

Era costume de pessoas irresponsáveis, colocar uma pequena moeda dentro da base do fusível e rosqueá-lo novamente com o fusível aberto. Isso ocasionou muito incêndio em residências.

fig.17 45


Os fusíveis de cartucho ainda são utilizados, porém aos poucos também estão sendo substituídos pelos disjuntores. Os mais comuns são os de 10, 30 e 60A

fig. 18

Vale a pena falar mais uma vez do perigo de substituir um fusível por outro qualquer sem observar o seu valor de corrente de ruptura (valor nominal). No caso dos cartuchos, também é comum ver o absurdo de colocar um fio no lugar do fusível. Isso é prática irresponsável e coloca em risco a vida de todos que estão por perto. Faça inspeção periódica nos fusíveis, nas bases de encaixe, e também verifique que os mesmos estejam sempre abrigados da umidade, do sol e da chuva. (isso é norma para todo o sistema elétrico).

fig.21 Fusíveis Diazed

TAMPA

PARAFUSO DE AJUSTE

fig.22 Base Diazed

Essa classe de fusíveis é muito utilizada em Indústrias, porém com certeza você irá encontrá-la no seu dia a dia como Eletricista.

“Diazed significa retardado” Estes fusíveis tem um tempo (retardo) para que ele abra o circuito (lembre-se que um fusível aberto é um fusível morto) abriu porque protegeu o circuito. Ele é um fusível de sobre 46


carga ou seja, se ocorrer um pico de corrente (um rápido aumento da corrente e retorno a condição normal), ele não abre. Isso é muito importante quando o circuito apresenta esses picos por exemplo, a partida de motores elétricos. Caso a sobrecarga continue, ele abre protegendo o circuito e tudo que está ligado nele. Estes fusíveis são extremamente confiáveis. É impossível uma pessoa colocar um fusível Diazed diferente do que o que foi projetado, pois a base tem um parafuso de ajuste colorido e a cor da “espoleta” do fusível tem que coincidir senão simplesmente ele não encaixa. Veja no desenho acima,(fig.21) que para cada corrente nominal o terminal de baixo tem um diâmetro diferente.

fig.23

Observe a fig.23 A tampa do fusível tem uma janela redonda de inspeção onde se pode ver a espoleta do mesmo. O operador só de olhar a tampa já sabe o valor correto do fusível, e quando o fusível estiver aberto, a espoleta salta para fora e cai na tampa. Basta um olhar em dezenas de fusíveis para se saber com segurança qual abriu e deve ser substituído. Lembre-se: - Um fusível ou qualquer sistema de proteção elétrica não abre sozinho. Algum distúrbio ocorreu para que ele abrisse. É importante que você faça uma inspeção na “linha” do circuito para verificar se o problema ainda persiste e só depois substitua o fusível. Anotações.

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fig.24 Responda: - Você observou numa máquina que o fusível Diazed está aberto, pois a sua espoleta está solta e é da cor “AZUL”. Qual é o valor deste fusível? ________ A

Os fusíveis NH são encontrados em máquinas industriais ou grandes consumidores de energia (portanto não costumam ser residenciais). É importante que você os conheça, pois um bom Eletricista está sempre à frente das soluções simples.

fig.25

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Os disjuntores são os grandes e eficientes dispositivos de proteção. Sua característica “rearmável” após abrir por sobrecarga ou curto circuito, aliado a um preço baixo, o torna preferível e obrigatório em qualquer máquina ou rede elétrica seja residencial ou industrial. Existem dois padrões disponíveis no mercado: NEMA e DIN os disjuntores NEMA estão sendo substituidos pelo DIN. (O NEMA é aquele disjuntor meio “durão” para acionar) o DIN é mais leve, eficiente e fácil de fixar nas caixas de distribuição.

fig.26 Padrão NEMA

Padrão DIN

Tabela de correntes nominais (o que você encontra nas lojas) para a linha de disjuntores padrão DIN. em Amperes. 0,5 32

1 40

2 50

4 63

6 70

10 80

16 100

20 125

25 A

fig.27

Os Disjuntores são dispositivos “termo magnéticos” e desarmam em duas situações:

Curto circuito ou sobrecarga.

Quanto ocorre um curto circuito na linha que o disjuntor está protegendo, uma bobina interna imediatamente aciona magneticamente a haste de destravamento, desarmando imediatamente o disjuntor e protegendo a rede. Caso o problema na linha continue, ao tentar rearmar ele volta a posição OFF (desarmado) até que o problema tenha sido resolvido.

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O disjuntor desarma por sobrecarga quando uma corrente acima do valor nominal do disjuntor é atingida (por exemplo, ele é de 16 A e está circulando uma corrente de 20A). Se esta sobrecarga for momentânea, (rápida) nada acontece desde que a corrente abaixe. Caso continue, um elemento interno chamado Bimetal (dois metais diferentes) irão se aquecer tanto mais rápido quanto maior for a sobrecarga. O Bimetal tem coeficiente de dilatação diferente entre os dois metais e vai “envergar” acionando a haste de destravamento desarmando o disjuntor. Quando o disjuntor desarma por sobrecarga, mesmo que o problema tenha sido resolvido, ele permanece destravado mesmo que você tente rearmá-lo, pois o Bimetal demora um minuto para esfriar e liberar o sistema de rearme. Isso ocorre com frequência em residências onde tudo funcionava muito bem até que, digamos compraram um AR CONDICIONADO e “emprestaram” a alimentação para ele do circuito do chuveiro... Basta ligar o chuveiro e o ar condicionado ao mesmo tempo e em poucos minutos nem chuveiro, nem ar condicionado vai funcionar e deixa de funcionar tudo o que estiver “pendurado” nessa linha que virou um problema. (Aí você vai entender adiante, o significado real de uma TUE).

(

...É isso mesmo. Os circuitos de uma residência devem ser independentes e “racionais” bem pensados e bem planejados para garantir segurança elétrica e proteção correta aos equipamentos. NA PRÁTICA, um disjuntor que estiver trabalhando na corrente nominal dele ou, por exemplo: - Ele é de 32A e está circulando uma corrente de 32A, VAI DESARMAR depois de 30 minutos. O cálculo prático para escolher um disjuntor é acrescentar 30% a mais na corrente que o equipamento irá consumir. Exemplo: Você vai instalar um chuveiro de 4700W em 220Vca "

#$%% %

Calculando a corrente: =

• •

Somando 30% = 21,4 + 6,42 = 27,82A

= 21,4A

Vá até a tabela DIN e escolha o disjuntor com a corrente nominal mais próxima de 27,82A. (((Mais próxima para cima!)))

= Disjuntor de 32A.

Se você escolhesse na tabela o disjuntor de 25A, talvez o banho do ultimo da fila terminasse GELADO! Por isso a escolha tem que ser sempre para o próximo valor acima.

50


Os disjuntores são fabricados para três tipos de curvas: B, C e D Apesar de parecer que estamos passando muitas informações, essa é uma informação importante. Ela vai te ajudar a dimensionar o melhor disjuntor para determinada aplicação. É muito simples: CURVA “B” São disjuntores indicados para proteger cargas puramente resistivas tais como chuveiros, iluminação incandescente, torneiras elétricas, etc (Não indicado para Motores ).

CURVA “C” São indicados para circuitos de média corrente de partida (Quando a corrente sobe na partida e abaixa para o valor correto em seguida) tais como motores elétricos, máquina de lavar roupa, iluminação a base de lâmpadas fluorescentes, etc. “Um Motor de 5CV chega a consumir no instante de partida, até 8 x o valor da corrente nominal”

CURVA “D” São indicados para circuitos que consomem grandes correntes de partida. Motores industriais, Transformadores de AT e BT, etc. Mas afinal, o que é um curto circuito para um disjuntor? Quando é que o disjuntor “entende” quando é um curto circuito ou sobrecarga? - Para fechar o assunto, e torná-lo um MESTRE em proteção elétrica, saiba que:

Curva “B” desarma como um curto circuito ou seja, imediatamente com corrente entre 3 e 5 vezes a corrente nominal do disjuntor exemplo: Disjuntor de 32A desarma como um curto com corrente a partir de 96A.

Curva “C” desarma como um curto circuito ou seja, imediatamente com corrente entre 5 e 10 vezes a corrente nominal do disjuntor exemplo: Disjuntor de 32A desarma como um curto com corrente a partir de 160A.

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Curva “D” desarma como um curto circuito ou seja, imediatamente com corrente entre 10 e 20 vezes a corrente nominal do disjuntor exemplo: Disjuntor de 32A desarma como um curto com corrente a partir de 320A.

Isso é para você saber que é assim que funciona, mas não fique se preocupando com isso... Simplesmente procure colocar a proteção correta para cada caso. Você já é capaz disso.

Estas informações são muito importantes e se você acompanhou o curso até aqui, com certeza já tem conhecimentos que tornarão possível até que trabelheŚŚŚ em uma Empresa. • • • • •

Já sabemos medir tensões elétricas CC e CA; Sabemos medir a corrente elétrica e também calcular a mesma conhecendo outras grandezas; Sabemos calcular o cabo adequado para alimentar um circuito, conhecemos a queda de tensão máxima permitida, etc; Temos noção de circuitos série e paralelo; Sabemos dimensionar um Disjuntor em função da carga, etc.

Agora vamos aos circuitos e informações que você tanto deseja, mas que o Instrutor deixou para este estágio do curso, porque agora você pode “entender” o assunto, mas entender de verdade porque você merece aprender bem.

_______________NET -

Lavras de Baixo________________

Diagrama Unifilar Para facilitar o projeto e o entendimento das instalações elétricas, foi criada uma simbologia Internacional para representar as diversas partes de um circuito elétrico residencial. Observe abaixo os principais símbolos e também um exemplo de aplicação. Símbolo

Denominação

Exemplo

Ponto de luz no teto

A 2 metros do piso acabado

Caixa de saída ALTA 52


bifásica com terra

Caixa de saída ALTA monofásica com terra

A 2m do piso acabado

Caixa de saída média bifásica com terra

Tomada média monofásica com terra 1,30m do piso acabado

Tomada baixa monofásica com terra 0,30m do piso acabado

Tomada baixa bifásica com terra 0,30m do piso acabado

Interruptor paralelo

Interruptor simples

Botão de campainha

Condutor FASE

Preferencialmente Preto

Condutor Neutro

Preferencialmente Azul claro 53


Condutor de retorno

Preferencialmente Amarelo

Condutor Terra

OBRIGATORIAMENTE Verde/amarelo ou VERDE (!)

Condutor de retorno de campainha

Normalmente cabo de 1mm ou mesmo 0,75mm

Condutor Fase para campainha

Normalmente cabo de 1mm ou mesmo 0,75mm

Condutor Neutro para Normalmente cabo de 1mm ou mesmo 0,75mm campainha Quadro geral de luz e forรงa embutido Quadro parcial de luz e forรงa embutido Caixa de medidor Caixa de telefone

Eletroduto embutido na laje

Eletroduto embutido na parede Eletroduto embutido no piso

Transformador

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REGRAS DE OURO: •

NUNCA interrompa o cabo Neutro com chave ou disjuntor;

NUNCA utilize o Neutro como cabo de TERRA;

SEMPRE utilize um disjuntor bipolar para proteção em circuito de 220V;

Não economize nos eletrodutos. Um eletroduto ruim, fraco, pode te obrigar a quebrar uma parede pronta simplesmente porque “o fio não passa”... Já pensou então se o eletroduto amassado estiver dentro da laje pronta? ai ai ai ai.....

Os eletrodutos na laje, antes da concretagem devem ser inspecionados para verificar se algum deles está sendo amassado ou se, não será danificado com o peso da massa.

SEMPRE passe um fio guia por todos os eletrodutos e quando for o momento do puxamento dos cabos, se você achar que o fio guia é fraco, passe outro mais forte e confiável utilizando o primeiro. (Pelo diagrama Unifilar você já irá saber quantos cabos irão passar por determinado eletroduto, essa é uma das vantagens);

Não sobrecarregue o eletroduto com muitos cabos. É preferível passar outro eletroduto lado a lado ou mesmo um mais grosso, do que ficar danificando a isolação dos cabos e perdendo a qualidade do seu serviço;

EVITE passar mais do que 6 ou 7 condutores por um eletroduto. Não se esqueça que eles sempre aquecem e irão aquecer mais ainda se tiver muitos condutores juntos.

Não coloque óleo de tipo nenhum dentro do eletroduto para facilitar a passagem dos cabos. Se “travou tudo” já é sinal que o projeto não foi bom... Tente passar Talco Industrial, ou passe parafina nos cabos e tente de novo.

É muito importante que o eletricista conheça muito bem os diagramas unifilares e que faça um projeto do circuito da residência antes do inicio da construção, pois o serviço ficará muito mais seguro e confiável, evitando os terríveis rasgos em paredes bem feitas somente porque não houve um planejamento. Sempre que for possível acompanhe o andamento da obra, orientando os colegas sobre a posição dos eletrodutos, caixas de passagem, caixas de tomadas, quadros de força, etc. Lembre-se: Cabe a você indicar as regras que não podem ser mudadas por força de normas 55


técnicas, mas é o CLIENTE que vai informar a você (na planta da residência), onde ele deseja que exista por exemplo, uma iluminação ou determinada tomada. Através do diagrama Unifilar o eletricista pode analisar várias alternativas para a instalação.

Todo o estudo e confecção do diagrama Unifilar começa na caixa de distribuição. É nela que irão se encontrar todos os cabos, todos os circuitos, a barra de Terra, a barra do NEUTRO, e os disjuntores. A posição dela é estratégica, se for colocada em local ruim, praticamente toda a instalação vai ser difícil. •

A norma indica que a caixa de distribuição deve estar a 1,20 do piso acabado

Antes de continuar o estudo da planta e diagramas, vamos ver as regras dos circuitos elétricos. Você deve conhecer os “diagramas elétricos” que representam os circuitos.

Os diagramas elétricos são representações gráficas que mostram no papel, como funciona ou como irá funcionar um determinado circuito elétrico. Ele representa o circuito pronto, mostrando os fios, as chaves, as proteções, enfim tudo do circuito. É por ele que nós descobrimos alguma falha elétrica tanto do circuito pronto e instalado como no projeto.

Com um diagrama elétrico pronto, podemos iniciar o orçamento ou a cotação para a compra de grande parte dos materiais. Em eletricidade existem dois tipos de diagramas:

Multifilar é o diagrama que mostra no desenho todos os cabos do circuito. É muito usado, mas se o circuito elétrico for grande ou com detalhes, ele pode ficar tão confuso que a gente “se perde” nele.

É muito usado para representar circuitos de instalações residenciais. Através de simbologias ( página 54) ele representa vários cabos do circuito num único traço do desenho. Pode parecer no começo meio esquisito, mas é um ótimo padrão para diagramas elétricos.

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Veja abaixo as representações para a ligação de um lâmpada incandescente com um interruptor simples alimentado em 127Vca (Fase + Neutro)

Diagrama “Chapeado”

Mostra o circuito como se fosse uma foto. Só é usado para mostrar para leigos.

Fig.27

Diagrama Multifilar Mostra o circuito com as simbologias adequadas.

fig.28

Diagrama Unifilar

Mostra o circuito simplificado

fig.29 57


Descrição: • •

• •

Os cabos Fase e Neutro vem da caixa de distribuição direto o ponto de luz onde se pode ver a indicação “100” que significa que nesta caixa está instalada a lâmpada; A caixa de passagem exibe as informações 100 = lâmpada de 100W, “1” = número do circuito e a letra “a” = comando (veja “a” na lâmpada e no interruptor que portanto é o interruptor de controle dessa lâmpada.) O Neutro (sempre) é ligado em um dos terminais do soquete da lâmpada e o outro terminal será o retorno que vai para um dos terminais do interruptor; O cabo “fase” sempre vai para o interruptor.

Veja na tabela de simbologia, e diga: - O interruptor “a” é simples ou paralelo? ___________________ - Qual é a cor preferencial para o cabo de retorno? __________________

Por que o Neutro vai para a lâmpada e a fase vai para o interruptor? Se for invertido vai funcionar do mesmo jeito... Então por que é obrigatório fazer isso? - A fase é o cabo vivo de uma instalação, portanto é o que dá choque. Se você colocá-lo no terminal da lâmpada, e se for preciso trocá-la, correrá o risco de levar um choque em cima de uma escada! Agora imagine o modo correto (Neutro na lâmpada). Basta que o interruptor esteja desligado, e a troca pode ser feita de forma totalmente segura. (por que Neutro não dá choque!) Vamos analisar um circuito com uma Lâmpada, interruptor simples e uma TUG de 127Vca dentro de um quartinho:

fig.30

58


Analisando o circuito acima podemos concluir: • • • • • • •

A lâmpada é de 100W e 127Vca; O interruptor fica ao lado direito da porta e é simples; A TUG fica no centro da parede da direita, é de 127Vca A alimentação de 127Vca vem da caixa de distribuição no canto direito da parede; O circuito é o “1”; O eletroduto corre por dentro da laje. A TUG utiliza proteção de terra;

Procure na apostila e informe a altura da TUG e do interruptor e anote. __________cm

TUG = Tomada de uso geral.

(São as tomadas normais para circuitos de 600W maxímo;

TUE = Tomada de uso específico. São as tomadas que alimentam

equipamentos de alto

consumo de energia e devem ter um circuito próprio de proteção.

O interruptor paralelo é um dispositivo que permite o controle da iluminação em dois pontos. É muito interessante, pois o usuário aciona a iluminação em um ponto digamos no inicio de uma escada, e chegando ao final ele pode desligá-la.

fig.31

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Observe na fig.31 e 32 que a regra estå correta (Neutro na lâmpada e Fase no interruptor). fig.32

Fig.33

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O Interruptor paralelo também é conhecido como Interruptor “Three Way” que significa “três caminhos”; tem 3 contatos (A, B e C) sendo que o do meio “B” é comum para os dois da ponta. Quando B e A estão fechados, B e C estão abertos e vice versa.

- Agora vamos praticar o que aprendemos. Você irá montar um circuito com uma lâmpada e um interruptor simples.

- Agora você irá montar o circuito com interruptores em paralelo. Atenção: Agora temos que efetuar as tarefas conforme as regras NBR. Respeitando as cores dos cabos, isolações, proteções, etc. Vamos dar uma pausa nas tarefas e prosseguir nossos estudos.

FUNÇÃO DO ATERRAMENTO. “Desviar para a terra toda corrente elétrica e cargas estáticas presente nas massas” O aterramento é uma parte do circuito de grande importância para a segurança tanto dos moradores como do circuito elétrico e tudo que está ligado a ele. Todas as “massas” dos equipamentos elétricos devem ser aterradas. (Massa é toda carcaça de um eletrodoméstico que pode vir a conduzir eletricidade). Gabinete de geladeira, Freezer, Ar condicionado, Carcaça do Chuveiro, etc. Uma falha de isolação dos componentes internos de uma máquina elétrica pode ocasionar choque ao operador. Em condições normais, um gabinete ou a carcaça metálica de qualquer máquina jamais poderia dar choque. O choque é sinal que existe um defeito de isolação e isso pode acontecer por varias causas entre eles a umidade. Significa que a fase está presente na massa e se alguém encostar na massa provavelmente levará um choque de consequências imprevisíveis e se o local estiver molhado o efeito será pior ainda. A eletricidade sempre procura um caminho mais fácil para percorrer (de menor resistividade) se a máquina está dando choque é sinal de que não existe um aterramento, pois a “fuga” de corrente iria para o circuito de aterramento e nunca para o operador. Outra coisa importante: Se estiver ocorrendo “fuga para a massa” que é o termo mais correto, é sinal que existem problemas e o “sintoma” de um equipamento com fuga para a massa e que está protegido por um aterramento adequando, é o DESARME DO DISJUNTOR daquele circuito.

POR ISSO É QUE O ATERRAMENTO PRECISA SER BEM FEITO. (ELE TEM QUE TER BAIXA RESISTIVIDADE SENÃO DE NADA ADIANTA). 61


SIMPLES.....

O cabo terra tem que ter a mesma bitola dos cabos de alimentação do aparelho.

Se for maior = Jogou dinheiro fora co.

Se for menor = Está pondo a instalação em ris-

O cabo que irá do eletrodo de aterramento até a barra de terra dentro do QDLF (Quadro de distribuição de Luz e Força) é de bitola igual ao cabo mais grosso da instalação Ou seja, provavelmente terá a bitola do terra que sai do chuveiro e vai para a barra de terra do QGLF. Por exemplo, se o cabo de terra mais grosso é o do chuveiro, e a alimentação dele for com cabo de 4mm então o cabo será de 4mm2 pronto, assunto encerrado. (Para sacramentar: O cabo terra principal tem a bitola igual a maior bitola utilizada na instalação) fechou. Por norma técnica, a cor do cabo terra deve ser VERDE ou VERDE/AMARELO e essa cor não pode ser mudada. FUNÇÃO DO ATERRAMENTO. “Desviar para a terra toda corrente elétrica e cargas estáticas presente nas massas e descargas atmosféricas (RAIOS)”

SISTEMAS DE ATERRAMENTO. O sistema de aterramento mais simples é uma haste de aço cobreado cravada no solo. Essa haste é vendida em casas de materiais elétricos ou matérias de construção. Este não é o sistema mais eficiente, mas é adequado para a maioria dos casos. O melhor sistema de aterramento é o sistema de malha de terra. (fig34)

fig.34 Existem outros tipos de aterramento, e o objetivo de todos eles é sempre o mesmo: 62


- Garantir a transferência de correntes parasitas, de falta etc. oferecendo a MENOR resistência possível. Principais tipos de aterramento: • • • • • •

Uma haste simples cravada no solo; ( O nosso caso) Hastes alinhadas; Hastes em triângulo; Hastes em quadrado; Hastes em círculo; Placas de diversos materiais condutores enterradas no solo (exceto alumínio). O alumínio em contato com a atmosfera e em meios salinos ou corrosivos cria sobre ele o “óxido de alumínio” que é um isolante natural ou seja, ele vai se isolar por sí só .. . Fios ou cabos de cobre nus (sem isolação) diretamente enterrados no solo.

fig.35 barra de aço cobreado. Não fica muito claro pelas normas NBR o item eficácia de proteção do aterramento. Pode parecer absurdo, mas é verdade. Então vamos fazer o aterramento seguro, procurando garantir uma resistência do aterramento seja no mínimo de 10 Ohms (lembra-se dos Ohms?) se tiver dúvida, releia a apostila na página 11 em diante. O solo vocês sabem, não é igual em todo lugar. Existem lugares arenosos, pedregosos, secos úmidos etc. e estes fatores afetam diretamente a resistividade do local. Um Exemplo: - Cravamos uma haste ao lado da calçada e medimos, por exemplo, 8 ohms. Se você cravar outra haste exatamente igual em outro ponto digamos, lá no terreno do Joaquim, a resistividade pode não ser a mesma. Para locais onde a resistividade do solo não é boa, existem produtos químicos para a venda que abaixam a resistência do local; quando isso ocorrer, o aterramento deverá ser inspecionado mensalmente para verificar se a resistividade não subiu para acima de 10 Ohms. NÃO SE PREOCUPE DEMAIS COM ISSO, O IMPORTANTE É FAZER UM ATERRAMENTO CONCIENTE E HONESTO. CRAVANDO A HASTE DE ATERRAMENTO: • • •

Depois de escolhido o ponto, faça um buraco inicial e encha de água aguardando uns 30 minutos; Pressione a haste com o peso do seu corpo. Afunde a haste aos poucos, e a cada afundamento retire a haste e coloque água no buraco; Quando a haste não afundar mais, bata com uma MARRETA repetindo o processo de afundamento leve e a retirada da haste; (Proteja o topo da haste com uma madeira forte ao bater). 63


• •

Vá fazendo este procedimento até que sobre para fora apenas 10 cm da haste; Meça a resistência com o “Terrômetro” que é equipamento próprio para este tipo de medição. O valor medido deverá ser de no máximo 10 Ohms.

CASO A RESISTÊNCIA ESTIVER ACIMA DE 10 OHMS: •

Adquira mais uma haste e também um conector de emenda de pressão;

Cada haste tem 2,5m • •

fig.36

Encaixe a emenda com a nova haste na haste cravada e repita o processo; Adquira também uma caixa de inspeção de terra e um conector de fixação do cabo junto à haste;

fig.37

Instale a caixa de inspeção, faça a fixação do cabo com a haste com bastante atenção;

fig.38 • •

Instalar a haste de terra o mais próximo possível do QDLF; Utilizar fio 16mm2 da haste até a barra de distribuição no QDLF; 64


Utilizar eletroduto de PVC da caixa de inspeção até o QDLF.

TERRÔMETRO? Sim. Este é o equipamento adequado para medir a resistência do aterramento. É um equipamento caro... E agora? De que vale saber instalar e dimensionar um aterramento se não sabemos a resistência do mesmo? Como vai ser?

fig.39 Terrômetro Instrutherm

R$3.843,00

É claro que se você tem um desse, vai poder certificar todos os terras existentes na Cidade... e os terras “fora de padrão” serão corrigidos por você que vai ganhar dinheiro e nome. Vai evitar também muitos danos aos sistemas elétricos da região; quem pagar pelo seu serviço vai ganhar ainda mais. Nossa medição de Terra vai ser possível graças a Teoria... Vamos utilizar uma alternativa que a Lei de Kircchoff proporciona. (UM BONITO NOME SÓ PARA NÃO DIZER MACETE)...

Você se lembra lá no começo da apostila, quando aprendemos a medir tensão? Lembra-se que medimos tensões sobre as Lâmpadas em série? Lá você observou que as medidas sobre as lâmpadas eram diferentes (cada uma tinha uma voltagem) e que a soma dessas voltagens era igual a tensão da tomada? É... É isso que vamos fazer para descobrir a resistência do aterramento. Vamos ligar uma lâmpada de 100W usando a fase e ao invés do Neutro, usaremos o nosso aterramento. Vamos medir a tensão (Tensão e Voltagem é a mesma coisa) primeiro na tomada, depois vamos ligar a lâmpada com a fase dessa tomada mais o Terra. Vamos medir a tensão na lâmpada, e também vamos medir a “corrente” desse circuito. Veja o circuito que iremos “improvisar”:

fig.40 65


A fórmula para determinar a resistência do aterramento é:

/. 0 /1 . Fig.41 Prática com sistema de Aterramento.

Instalação de uma LP com um interruptor simples e uma tomada de 127V, Uma LP com comando em paralelo, uma tomada de 220V (TUE) de 3800W, duas tomadas 127V , e três tomadas de 127v (circuitos independentes).

Instalação de uma LP comando simples, duas tomadas de 127V (TUG) , Uma campainha, e uma tomada de 220V.

Instalação de duas LP comando simples, uma LP comando paralelo, duas tomadas de 127V (TUG) , Uma campainha, e duas tomadas de 220V.(TUE) Instalação de duas LP comando simples, uma LP comando paralelo, duas tomadas de 127V (TUG) , Uma campainha, e duas tomadas de 220V.(TUE) Instalação de duas LP comando simples, uma LP comando paralelo, duas tomadas de 127V (TUG) , Uma campainha, e duas tomadas de 220V.(TUE) Instalação de duas LP comando simples, uma LP comando paralelo, duas tomadas de 127V (TUG) , Uma campainha, duas tomadas de 220V (TUE). Instalação de iluminação a Vapor metálico com controle crepuscular. Ultima tarefa.

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Todo equipamento elétrico seja ele uma máquina industrial, um eletrodoméstico, etc, necessita “informar” ao operador sobre a sua condição atual, fase de processo, ou estados de alerta. Para isso existem os dispositivos sinalizadores. (Chamados de Sinaleiros). Existem os sinalizadores sonoros que podem ser desde uma campainha até uma sirene quando o ambiente for Industrial e sujeito a muito ruído de máquinas e luzes.

Fig.42 Quanto à sinalização luminosa, não é tão simples quanto parece, ou seja, basta instalar um LED, ou uma pequena lâmpada para determinada situação e tudo estará resolvido. Não é assim, e isso pode causar engano e acidentes.

ILUMINAÇÃO SINALIZADORA Podem ser botões de acionamento com sinalização de luz embutida, sinaleiros comuns, etc. com lâmpada ou Led alimentados em 127/220Vca, 12Vcc, 24Vcc, etc. dependendo do circuito. COR

SIGNIFICADO

Amarela

Atenção

Vermelha

PERIGO!

APLICAÇÃO Condições normais de operação Situação que exige ação imediata por alteração de algum parâmetro da máquina. (temp., pressão, etc); Carga acionada.

Verde

Segurança, Circuito desligado

Parâmetros normais; Carga pronta para ser acionada.

Branca ou Azul

Informação

Qualquer significado não simbolizado pelas outras cores.

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Existe uma grande quantidade de sinaleiros e botões de comando sinalizados. Este capítulo será falado mais detalhadamente no curso de “Comandos elétricos” que é a sequência deste curso. fig.44

O sistema de proteção contra descargas atmosféricas, conhecido como para raios é chamado tecnicamente de SPDA. (Sistema de proteção contra descargas atmosféricas). O poder de destruição de um raio (tecnicamente chamado de Datm. = Descarga atmosférica) pode ser grande, pois a energia de uma DATM pode chegar a milhões de volts, gerando temperaturas próximas a 25.000 graus e com correntes da ordem de 25.000 A podendo chegar a 200.000 A! A duração de um raio é curta, é o tempo que leva para as cargas elétricas entre a nuvem e a terra (ou entre as nuvens) se descarregarem (por volta de 200uS). Apesar de muito rápido, o circuito elétrico de uma residência pode ser destruído e tudo que se encontra conectado a ele (mesmo que desligado). Uma forma de diminuir os estragos de um raio é o sistema de aterramento que falamos anteriormente. Ele poderá amenizar os estragos, porém nem aterramento nem para raios são infalíveis; tudo vai depender da intensidade do raio e do momento em que ele ocorrer. Em caso de aproximação de tempestade com raios: • • • • •

Retire os aparelhos das tomadas (antes) das descargas se aproximarem; Fique no centro do cômodo (nunca perto das paredes ou janelas); Nunca fique debaixo de uma árvore; É seguro ficar dentro de um automóvel com as portas fechadas e vidros levantados; Se estiver ao ar livre durante uma tempestade e sentir os pelos eriçarem e certa dormência nos pés e braços, não permaneça de pé, fique agachado e reze para que o “lider escalonado” escolha outro lugar para cair. (É sério).

O Brasil é o campeão mundial de incidência de Datm. (para cada dois raios que caem no planeta um cai no Brasil) ai ai ai ui uuui!

Ś

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Fig.45 = Diagrama elétrico do para raio tipo Franklin (que é o mais eficiente e utilizado) . Fig.46 = “Captor” O Captor é o elemento que recebe a descarga. Veja as pontas afinadas. A eletricidade sempre procura as pontas, e o caminho mais fácil para percorrer. Fig.45

fig.46

Para começar o projeto de uma instalação elétrica, precisamos ter a planta baixa da residência. Um projeto é sempre “pensado” levando em conta o que é possível fazer de acordo com as normas técnicas, e também não se esquecendo de incluir o que o cliente pediu. Vamos todos nós trocar informações para conseguir um projeto final bem acabado. Se cada aluno fizer o seu projeto, possivelmente todos serão um pouquinho diferente um do outro. Cada um tem uma solução “certa e diferente da solução do outro aluno”. Seja ter o aluno preferido passar um determinado eletroduto sob o piso, e o outro aluno optou por passar este mesmo eletroduto pela parede, Seja um ter optado colocar o QDLF no corredor e o outro preferiu fixa-lo na garagem, etc. Enfim, vamos lá. Abaixo temos as regras principais que você deverá procurar seguir durante o projeto.

NBR5410 - Recomendações para o levantamento da carga de iluminação.

Pelo menos um ponto de luz no teto comandado por um interruptor de parede;

Arandelas no banheiro devem estar distantes no mínimo 60 cm do limite do boxe. Não confunda Arandela (que é fixada na parede) com Plafonier que é a iluminação principal fixado no ponto de luz do centro do teto.

A norma NBR10 não estabelece nada para iluminação exterior. Fica a cargo do Cliente.

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Área igual ou menor que 6m2 Projetar com o mínimo de 100W

A partir de 6m2 considere 100W + 60W para cada aumento de 4m2 (inteiros). Vamos dar dois exemplos:

Sala de 3,25 x 3,05 = 9,91m2 = 6m2 + + 3,91m2 (Veja que 3,91 é menor que 4m2 inteiros). (Então permanecem os 100 W) Parece esquisito, mas é assim que a norma determina.

Cozinha de 3,75 x 3,05 = 11,43m2 = 6m2 + 4m2 + 1,43m2

100 + 60 =

160W de iluminação.

Agora você é capaz de calcular a carga de iluminação da planta toda.

As TUG’s não devem ser usadas para equipamentos específicos. (Geladeiras, micro ondas, torneira elétrica, etc.) Nela são ligados os aparelhos portáteis ou móveis. Banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais No mínimo 600W por tomada até três tomadas. semelhantes Nas demais, 100w Outros cômodos

100W por tomada

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Para saber a quantidade de TUE’s dentro de uma residência, é necessário conhecer quais equipamentos fixos vão ser utilizados na residência.

Observação: Quando falamos de “tomadas” não quer dizer necessariamente que ali vai uma tomada tradicional. Por exemplo, no caso do chuveiro e da torneira elétrica, não vai tomada, e sim um conector de emenda dentro da caixa.

Para saber a potência da tomada TUE, você tem que conhecer o que vai ser ligado nela e a potência do aparelho. A partir daí você pode dimensionar o cabo e a proteção correta. (A potência da TUE é a potência do que vai ligado a ela).

A NBR5410 informa que as TUG’s devem ser instaladas no mínimo uma a cada 3,5m de perímetro. Parece ser um número baixo de tomadas para um ambiente residencial. Se for para um ambiente grande, um salão, ou um corredor comprido tudo bem; mas para um cômodo residencial então é melhor colocar “mais algumas”, mas sem exagero, usando o seu bom senso. Cada Fase fornece 127V em ralação ao Neutro. Entre as fases a tensão é de 220V. Em uma instalação elétrica, existem equipamentos e iluminação tanto em 127 como em 220V. É comum acontecer um problema de colocar todos ou a maioria dos disjuntores ligados a apenas uma das fases deixando a outra livre ou com pouca carga. Isso “desequilibra “ o circuito elétrico sobrecarregando uma das fases.

Solução: •

Dividir as cargas de 127V (iluminação e tomadas) forme a sugestão das páginas seguintes.

ocupando as duas fases con-

71


Exemplo de circuito de iluminação equilibrado. (Não precisa ser igual a este exemplo).

72


Exemplo de circuito de tomadas equilibrado (É uma referência).

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Vamos praticar projetando um circuito elétrico de uma casa usando a planta que está na apostila. Siga as seguintes recomendações: •

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, pelo menos uma TUG ao lado da pia, uma TUE para a Geladeira ou Freezer, uma TUE para a Torneira elétrica verificar se a mesma será convencional ou tipo aquecedor debaixo da pia, conversar com o cliente sobre a posição do Micro ondas e prever uma TUG; , Pelo menos uma TUG junto ao lavatório, caso exista arandela, a mesma não pode estar a menos de 60cm no boxe; A NBR5410 determina que cada circuito elétrico seja iluminação, TUG, ou TUE, deverá ter o seu condutor Neutro e de aterramento, ambos se conectando nas barras de ligação dentro do QDLF; (Claro, Neutro se a TUE ou TUG for de 127V). Faça pelo menos dois circuitos de TUG, Caso um falhe, a casa ainda terá algumas tomadas funcionando; Faça dois circuitos de iluminação, pois caso um deles falhe, a casa ainda terá alguma iluminação; Na medida em que for lançando os cabos, faça identificação nas pontas de cada um deles. Não confie na memória... Durante a execução da instalação, os cabos vão aparecendo em todo lugar que nem pardal, e ficará complicado para você ficar depois identificando um por um. Identifique com fita crepe, por exemplo: DCT1

Para o Disjuntor do circuito das tomadas “1” (Que veio das tomadas e chegou até o QDLF).

N LP1

É o Neutro do circuito de iluminação “1” (Veio das Lâmpadas e chegou até o QDLF. Vai ser ligado na barra de Neutro)

N LP2

É o Neutro do circuito de iluminação “2” (Veio das Lâmpadas e chegou até o QDLF. Vai ser ligado na barra de Neutro)

Fase LP 1

É o cabo “Fase” que vai alimentar as lâmpadas. Ele veio de todos os interruptores do circuito “1” das lâmpadas e vai ser ligado no Disjuntor desse circuito.

Ret. LP A1

É o retorno da Lâmpada “A1” que vai ser ligado no interruptor dentro da caixa.

Com o tempo, você mesmo cria seus códigos de identificação. 74


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Inicie o projeto na planta baixa estudando a posição do QDLF e daí para os pontos de luz; Estude a posição de cada tomada do ambiente, anotando na planta, e analisando os melhores pontos de passagem dos cabos; Evite passar mais do que 7 cabos por eletroduto. É preferível usar outro caminho se possível; Use o Neutro do circuito e não “qualquer Neutro” que estiver passando pela caixa de passagem; NUNCA passe óleo para facilitar a passagem dos cabos pelo eletroduto;

Anotações

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Veja abaixo alguns termos e palavras escritas nesta apostila com o seu significado. Na medida em que você for lendo esta apostila, anote abaixo os termos/palavras que você não entendeu e solicite ao Instrutor uma explicação. Isso vai facilitar o entendimento do curso. Termo técnico ou palavra Aspecto construtivo Acoplada Atuando Ambas Atmosfera Adequado Ansiosos Ambiente Amenizar Buzzer Casos críticos Cálculo estimado de demanda Confiabilidade Coordenadas Contratempos Coeficiente de dilatação Cabo vivo Correntes parasitas Corrente de falta Cravada Circuito Certificar Convencionais Distúrbio Da ordem Dimensionar Denso Dissipada pela carga Detalhadamente Dispositivos sinalizadores Determinada Determinar Duto Danos Descarga atmosférica Eletrodutos Eólico Expostos Eficiente Estágios internos Elevam Eficácia de proteção Eletrodo

Significado Do jeito que foi feito.. Unida, juntada. Agindo, fazendo. As duas. Ar, espaço ao ar livre. Que serve para alguma coisa. Preocupados, que não vê a hora de chegar. Um espaço onde acontece alguma coisa. Tornar menos forte, mais baixo, que pode ser suportado. Buzina, sinalizador sonoro, peça eletrônica que avisa alguma coisa Um acontecimento que qualquer coisa que mude pode dar errado. Se mudar alguma coisa vai dar errado. Que não pode alterar.

O quanto alguma coisa é de se confiar nela. Jeito para achar uma posição de alguma coisa. Alguma coisa que pode atrapalhar. O quanto alguma coisa pode aumentar de tamanho por motivo de Aquecimento ou esfriamento. É o cabo que dá choque, ou o cabo que tem energia, é o cabo Fase da rede elétrica. Alguma corrente elétrica que não tem nada a ver com o circuito. É o vazamento de corrente para a massa do equipamento elétrico. Enfiada em algum lugar no caso na terra ou no solo. Um arranjo de peças elétricas que formam um Equipamento elétrico. Dizer que alguma coisa está de acordo com as regras. Os de sempre, o que já se faz a muito tempo daquele jeito. Alguma coisa que perturba A partir de um valor. da ordem de 1000 = Em torno de 1000. Dar dimensão, dar o jeito de como vai ser feito Qualquer coisa que está concentrada em algum lugar. Que a carga, que a máquina transformou em calor. Descrito com bastante detalhe São componentes elétricos que sinalizam alguma coisa. Alguma coisa ou algo que já foi acertado que seria daquele jeito. Dizer como vai ser. Cano, alguma coisa que é feita para um líquido escoar. Estragos Raio caindo em algum lugar. Canos que foram feitos para passar cabos elétricos. pvc, metal, etc. Do vento, que utiliza os ventos. Mostrados Que faz direito, que trabalha muito bem. Circuitos elétricos dentro do aparelho. Aumentam O quanto uma proteção protege bem.

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Eriçarem Fundamento Fórmula Fase de processo Ferramenta teórica Haste Inspeção de linha Isolação Ioniza Infalíveis Intensidade Joule Leigo Limitar Meio salino Normas padrão Necessita informar Operador Ocorrer Observou Pico de corrente Por força das ?? Polaridade

Proporciona Perdas de trajeto Propostas Parâmetro Padrão Internacional Permanente Permaneça Piloto do raio Qualificado Repetindo o processo Retardo Resistividade Sintoma Simbolizado Sistemas Simbologia Teorizar Transformações Tensão da tomada termoelétrica Ultra Violeta Usuário Valor nominal µS

Arrepiarem. A base de alguma coisa aprendida, O inicio importante de alguma coisa. Contas matemáticas que permitem fazer um determinado cálculo. Um instante ou um estágio em que se pode ver como alguma coisa está se desenvolvendo . É você usar o que aprendeu na escola, na teoria, para resolver alguma coisa na prática. Peça metálica comprida. É você verificar toda a linha de um circuito elétrico, os fios, os disjuntores, as tomadas, enfim todo o circuito verificando se tudo está certo. Qualquer coisa que interrompa ou isole a eletricidade. Cria uma condição que torna possível a eletricidade circular por um determinado espaço de gás ou mesmo na atmosfera. Que não falham. O quanto alguma coisa é mais ou menos forte. Uma pessoa que não conhece o assunto ou profissão. Deixar passar apenas uma determinada quantidade de alguma coisa. Alguma coisa no meio de uma região onde tem sal. Regras que foram feitas para se basear nelas, regras a serem seguidas. Precisa comunicar a alguém ou avisar sobre alguma coisa. É aquela pessoa que está usando a máquina. Acontecer. Notou, prestou atenção. É um aumento súbito, rápido da corrente e depois volta ao normal. Siginifica que algo tem polos. Se é polaridade elétrica, então são polos positivos (+) e negativos (-) se for polaridade magnética será Norte (N) ou Sul (S). Possibilita, te dá a oportunidade de ter alguma coisa. Mude para perdas no trajeto na apostila ok? Coisas que são oferecidas. Limites. No nosso caso limites elétricos. Regras para alguma coisa que são aplicadas no mundo todo. Costante, que sempre está lá. Fique. É a sonda, é o primeiro caminho do raio antes da descarga. Tem gabarito, tem recursos para aquela função. Fazendo de novo. Atrazo. É o quanto um material dificulta a passagem da corrente elétrica. Um aviso de alguma coisa. Que tem um símbolo próprio para mostrar certa coisa. Conjunto de máquinas ou circuitos. Conjunto de símbolos que mostram os componentes de um circuito. Só ficar falando na teoria e pouco falar da prática. Mudanças de uma coisa para outra. Voltagem que foi medida em uma determinada tomada. Usina que Transforma Calor em Energia elétrica. É uma luz invisível que vem depois do Violeta. É a pessoa que usa o serviço, o equipamento, etc. Valor correto, Valor que está escrito na peça. Micro segundo é um tempo muito, muito curto.

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Folha em branco para anotações.

Copyiright© by Nelson R. Martins – Reprodução proibida sem autorização do Autor. MMXI October.

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