Cartilha Fique Legal Com O Meio Ambiente

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Fonte: SUB/ CFRP

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Cartilha de Educaテァテ」o Ambiental

Pescados e Medidas

BACIA AMAZテ年ICA

150/ Arapaima gigas

Boulengerella cuvieri

Pirarucu

Bicuda

Tamanho: 150/120/110* cm

Tamanho: 60 cm

Boulengerella spp.

Brachyplatystoma filamentosum

Bicuda

Piraiba, filhote

Tamanho: 40 cm

Tamanho: 100 cm

Brachyplatystoma rousseauxii (=B. flavicans)

Brycon spp.

Dourada

Matrinchテ」

Tamanho: 80 cm

Tamanho: 35 cm

* 150 cm (peixe inteiro), 120 cm (manta fresca), 110 cm (manta seca)

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Pescados e Medidas

BACIA AMAZÔNICA

Colossoma macropomum

Hoplias spp.

Tambaqui

Trairão

Tamanho: 55 cm**

Tamanho: 60 cm

Hydrolycus armatus

Hydrolycus spp.

Cachorra

Cachorra

Tamanho: 60 cm

Tamanho: 40 cm

Myleus sp.

Myloplus torquatus

Pacu Prata

Pacu Caranha

Tamanho: 30 cm

Tamanho: 45 cm

** Pesca proibida no período de 01 de outubro a 31 de março

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Pescados e Medidas

BACIA AMAZテ年ICA

Phractocephalus hemioliopterus

Piaractus brachypomus

Pirarara

Pirapitinga

Tamanho: 90 cm

Tamanho: 30 cm

Prochilodus spp. (inclui P. nigricans)

Pseudoplatystoma fasciatum

Curimbatテ。

Surubim, Cachara

Tamanho: 30 cm

Tamanho: 80 cm

Pseudoplatystoma tigrinum

Pseudoplatystoma sp.

Caparari, Cachara

Pintado

Tamanho: 85 cm

Tamanho: 80 cm

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PEIXES DA BACIA DO ARAGUAIA Nome vulgar

Nome científico

Mandubé, Fidalgo

Ageneiosus inermis (=A. brevifilis)

50

Bicuda

Boulengerella cuvieri

60

Bicuda

Boulengerella spp.

40

Dourada

Brachyplatystoma rousseauxii (=B. flavicans)

80

Piabanha, Matrinchã

Brycon spp. (inclui B. falcatus / B. brevicauda)

35

Tucunaré

Cichla spp.

35

Caranha, Pirapitinga

Colossoma macropomum

45

Trairão

Hoplias spp.

60

Cachorra

Hydrolycus armatus

60

Cachorra

Hydrolycus spp.

40

Cachorra

Hydrolycus scomberoides

50

Mapará

Hypophthalmus spp. (inclui H. edentatus)

29

Piau-flamengo

Leporinus fasciatus

25

Pacu prata

Myleus sp.

30

Pacu caranha

Myloplus torquatus

45

Aruanã

Osteoglossum bicirrhosum

50

Curvina

Pachyurus schomburgkii

50

Dourada, Apapá

Pellona castelnaeana

50

Pirapitinga, pacu

Piaractus brachypomus (=Colossoma brachypomum)

45

Barbado

Pinirampus pirinampu

60

Pescada

Plagioscion spp.

40

Papa-terra, Curimbatá

Prochilodus spp. (inclui P. nigricans)

35

Pintado, Surubim, Cachara Pseudoplatystoma fasciatum

Tam. (cm)

70

Pintado

Pseudoplatystoma sp.

80

Piau-cabeça-gorda

Schizodon fasciatus

30

Jaú

Zungaro zungaro (=Paulicea luetkeni)

95

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Pescados e Medidas

BACIA DO ARAGUAIA

Ageneiosus inermis (=A. brevifilis)

Boulengerella cuvieri

Mandubé, Fidalgo

Bicuda

Tamanho: 50 cm

Tamanho: 60 cm

Boulengerella spp.

Brachyplatystoma rousseauxii (= B. flavicans)

Bicuda

Dourada

Tamanho: 40 cm

Tamanho: 80 cm

Brycon spp. (inclui B. falcatus / B. brevicauda)

Cichla spp.

Piabanha, Matrinchã

Tucunaré

Tamanho: 35 cm

Tamanho: 35 cm

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* 15 ** P


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Pescados e Medidas

BACIA DO ARAGUAIA

Colossoma macropomum

Hoplias spp.

Caranha, Pirapitinga

Trairão

Tamanho: 45 cm

Tamanho: 60 cm

Hydrolycus armatus

Hydrolycus scomberoides

Cachorra

Cachorra

Tamanho: 60 cm

Tamanho: 50 cm

Hypophthalmus spp. (inclui H. edentatus)

Leporinus fasciatus

Mapará

Piau-Flamengo

Tamanho: 29 cm

Tamanho: 25 cm

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Pescados e Medidas

BACIA DO ARAGUAIA

Myleus sp.

Myloplus torquatus

Pacu Prata

Pacu caranha

Tamanho: 30 cm

Tamanho: 45 cm

Osteoglossum bicirrhosum

Pachyurus schomburgkii

Aruanã

Curvina

Tamanho: 50 cm

Tamanho: 50 cm

Pellona castelnaeana

Piaractus brachypomus (=Colossoma brachypomum)

Dourada, Apapá

Pirapitinga, Caranha, Pacu

Tamanho: 50 cm

Tamanho: 45 cm

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PIRACEMA – o que é? • Piracema é o nome dado ao período reprodutivo dos peixes, quando esses migram rumo às cabeceiras nadando contra a correnteza para realizar a desova. Este fenômeno normalmente ocorre entre outubro e março. A desova pode ocorrer, também, ao longo do trecho do rio, após grandes chuvas, quando ocorre um aumento do nível da água nos rios e as águas se tornam oxigenadas e turvas. • É quando a pesca fica proibida no estado de Mato Grosso, garantindo assim a perpetuação dos estoques pesqueiros. • Com o intuito de proteger e resguardar as espécies que estão em reprodução e vulneráveis à pesca predatória, o Estado de Mato Grosso instituiu o Período de Defeso da Piracema, proibindo a pesca profissional e amadora nos rios de seu território, que inclui as bacias do Alto Paraguai, Amazônica e Araguaia. • O Período de Defeso é estabelecido pelo CONSEMA, até 30 de setembro de cada ano e este período varia para cada bacia hidrográfica (Alto Paraguai, Amazônica e Araguaia). • Na bacia do Alto Paraguai e na Amazônia, o pescador ribeirinho pode pescar até 03 (três) quilos ou 01 (um) exemplar de qualquer peso, por pescador, para consumo.

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O QUE NÃO É LEGAL NA PESCA? • Pescar durante o período de defeso da piracema; • Pescar e transportar peixes fora das medidas mínimas de captura, da quantidade permitida e sem a carteira de pescador amador ou profissional; • Pescar com material proibido por lei: rede; tarrafa; espinhel; armadilha tipo tapagem, pari ou cercado; tarrafão; fisga; anzol de galho; garatéia de lambada; arpão; covo; gancho; aparelho de mergulho; aparelhos sonoros, elétricos ou luminosos; substâncias tóxicas ou explosivas; • Utilizar ceva fixa ou ceva automática; • Pescar a 200 (duzentos) metros abaixo ou acima de barragens, corredeiras, cachoeiras ou desembocaduras de baías; • Pescar no interior das Unidades de Conservação (parques, estações ecológicas, reservas biológicas, etc); • Pescar a 1.000 m (um mil metros) de ninhais; • Outras sanções e infrações administrativas constam na Lei Federal nº 9.605, de 12/02/1998, no Decreto Federal nº 6.514, de 22/07/2008 e na Lei Estadual nº 9.096, de 16/01/2009. Fonte: Lei nº 9096/09

Revisão de texto: CFRP/SUB/SEMA

Fique ligado! Fazendo a sua parte você pode contribuir para um meio ambiente mais conservado

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• Pes • Pes sem • Pes cerc de m • Uti • Pes dese • Pe bioló • Pes • Ou no D


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MUDANÇAS CLIMÁTICAS O QUE É O EFEITO ESTUFA? A atmosfera, a camada de ar que envolve o planeta Terra, é constituída por vários gases. Os principais são o Nitrogênio (N2) e o Oxigênio (O2) que, juntos, compõem cerca de 99% da atmosfera. Alguns outros gases encontram-se presentes em pequenas quantidades, incluindo os conhecidos como, gases de efeito estufa. Dentre estes gases, estão o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4), o óxido nitroso (N2O) e também o vapor d’água. Esses gases são denominados gases de efeito estufa por terem a capacidade de reter o calor na atmosfera, do mesmo modo que o revestimento de uma estufa para cultivo de plantas. O efeito estufa é um fenômeno natural. O vapor d’água e o dióxido de carbono têm a propriedade de permitir que as ondas eletromagnéticas que chegam do Sol atravessem a atmosfera e aqueçam a superfície terrestre. Contudo, esta mesma camada dificulta a saída da radiação infravermelha emitida pela Terra. Isso impede que ocorra uma perda demasiada de calor irradiado para o espaço, especialmente à noite, mantendo, assim, a Terra aquecida. Esse fenômeno acontece há milhões de anos e é necessário, pois sem ele a temperatura média da Terra seria 33ºC mais baixa e a vida no planeta, tal como a conhecemos, não seria possível.

O QUE É MUDANÇA CLIMÁTICA OU AQUECIMENTO GLOBAL? Quando falamos em mudança climática e em aquecimento global, estamos nos referindo ao incremento, além do nível normal, da capacidade da atmosfera em reter calor. Isso vem acontecendo devido a um progressivo aumento na concentração dos gases de efeito estufa na atmosfera nos últimos 100 anos. Tal aumento tem sido provocado pelas atividades do homem que produzem emissões excessivas destes gases. Esse aumento no efeito estufa poderá ter conseqüências sérias para a vida na Terra. Entre os gases do efeito estufa que estão aumentando de concentração, o dióxido de carbono (CO2), o metano e o óxido nitroso são os mais importantes. Devido à quantidade com que é emitido, o CO2 é o gás que tem maior contribuição para o aquecimento global. Suas emissões representam aproximadamente 55% do total das emissões mundiais de gases do efeito estufa. O tempo de sua permanência na atmosfera é, no mínimo, de cem anos. Isto significa que as emissões de hoje têm efeitos de longa duração, podendo resultar em impactos no regime climático ao longo de séculos.

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QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS FONTES DE GASES DE EFEITO ESTUFA (GEE) DECORRENTES DAS ATIVIDADES HUMANAS? Setor Energético: O setor é responsável pelas maiores emissões de dióxido de carbono cuja principal fonte é a queima de combustíveis fósseis. Além desta, existem as emissões fugitivas, que ocorrem na cadeia de produção, processamento, transporte, estocagem e uso de combustíveis. O setor também emite outros GEE, entre eles o metano, que pode ser originário da geração de energia elétrica, queima de biomassa e outros. Já o dióxido de nitrogênio é emitido por meio da combustão e das emissões fugitivas. Processos Industriais: A emissão de dióxido de carbono está presente em diversos processos industriais, tais como a produção de cimento, de cal, uso de pedra calcária, produção e uso do carbonato de sódio, amônia, carbonetos, produção de aço, ferro, alumínio e magnésio. O Metano, nos processos industriais é originado principalmente de produtos minerais, de petroquímicos, produção de ferro e aço, produção de alumínio e outros metais. Essas fontes industriais contribuem individualmente pouco para as emissões globais, no entanto, coletivamente podem ser significativas. Já o óxido nitroso é gerado em processos industriais que não envolvem combustão. Mudança do uso do Solo e Floresta: As emissões de dióxido de carbono provenientes da mudança do uso do solo e floresta ocorre pela queima da biomassa e pela substituição das florestas por outro tipo de vegetação. Agropecuária: As emissões originárias da agropecuária, incluem as emissões da Pecuária, Cultivo de Arroz Alagado, Queima de Resíduos Agrícolas, Solos Agrícolas e Queima de Biomassa. Na agricultura, as emissões de CO2 são originárias da queima ou decomposição de resíduos, sendo que no Brasil, as principais culturas que envolvem a queima de resíduos são a cana-de-açúcar na época da pré-colheita e o algodão herbáceo, na pós-colheita. Além deste gás, outros gases são produzidos durante a combustão, dos quais se destacam os N2O e NOx. Resíduos: As duas maiores fontes de emissões de metano são os aterros sanitários e o tratamento de esgoto de forma anaeróbia. Nesses casos, a matéria orgânica contida nos resíduos é decomposta em baixas concentrações de oxigênio, pela ação de bactérias metanogênicas, que produzem o biogás composto principalmente de metano e gás carbônico. 33


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QUAIS SÃO AS AÇÕES DA SEMA-MT NO CONTEXTO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS? O Estado de Mato Grosso possui uma série de políticas que objetivam proteger o meio ambiente e que por conseqüência tem reflexos positivos no Clima, como a Política Estadual de Meio Ambiente, Política Estadual de Unidades de Conservação, Código Florestal, Política Estadual de Recursos Hídricos e Política Estadual de Resíduos Sólidos. Atualmente o Estado vem atuando para integrar o esforço global para proteção do sistema climático, estabelecendo normas e instrumentos legais, que permitam adotar medidas de mitigação dos gases de efeito estufa e de adaptação às mudanças do clima, preservação e ampliação dos estoques de carbono e a utilização de novas tecnologias de menor emissão de gases de efeito estufa. Para isto foi instituído, por meio da Lei nº 9.111 de 15 de abril do corrente ano, o Fórum Mato-grossense de mudanças climática – FMMC, cujas tarefas mais urgentes são a construção da Política e do Plano Estadual de Mudanças Climáticas, assim como a estruturação do mecanismo de REDD. A Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD) tornou-se um componente-chave na estratégia global de enfrentamento das mudanças climáticas e, ao mesmo tempo, é considerada uma grande oportunidade para fortalecer a governança florestal, proteger a biodiversidade e melhorar a qualidade de vida de populações rurais em áreas de florestas tropicais.

POLÍTICA ESTADUAL DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS Mato Grosso lidera o ranking nacional na produção de grãos e oleaginosas, possui atividade pecuária crescente e é o segundo maior Estado em termos de processamento de madeira na Amazônia, atrás apenas do Pará. Os efeitos das alterações no clima nessa região podem causar impactos signifcativos na economia do estado. Assim, as medidas de adaptação também buscam combater os impactos das mudanças climáticas nas atividades econômicas, baseado em grande parte no setor agropecuário, prevenindo eventuais perdas econômicas e financeiras. Neste sentido é fundamental a instituição de uma Política Estadual de Mudanças Climáticas que englobe questões como produção, melhor aproveitamento dos recursos naturais, políticas de incentivo à adoção de energias renováveis, medidas de adaptação, bem como propostas e ações relacionadas ao Sistema de REDD+. A Política de Mudanças Climáticas deve ser instrumento balizador para as ações estaduais de combate às mudanças climáticas. O objetivo geral da Política é integrar o esforço global promovendo medidas para alcançar as condições necessárias à adaptação aos impactos derivados das mudanças 34


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do clima, contribuir para a redução das emissões antropogênicas de gases de efeito estufa e o fortalecimento dos sumidouros. A proposta discutida na Câmara da Política Estadual de Mudanças Climáticas contou com a participação de representantes dos diversos seguimentos da sociedade, sendo previstos os seguintes instrumentos: Plano Estadual de Mudanças Climáticas; Informação e Gestão; Comando e Controle; Econômicos; Programas e Projetos de Mitigação de Emissões de Gases de Efeito Estufa; Licitações Sustentáveis; Educação, Pesquisa, Comunicação e Disseminação; Adaptação e Defesa Civil e Fundo Estadual de Mudanças Climáticas. Foram contemplados os setores de energia; transporte; doméstico; industrial e mineração; agropecuária; biodiversidade, florestas e alteração de uso do solo, recursos hídricos, resíduos, construção civil, saúde e o setor público. Esta minuta foi aprovada pela Plenária do Fórum no dia 27/10/2010 e segue os trâmites legais para apresentação à Assembléia Legislativa.

(Legenda)

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REDD – HISTÓRICO E PERSPECTIVAS As florestas tropicais cobrem cerca de 15% da terra firme do mundo e contêm cerca de 25% do carbono existente na biosfera terrestre. Mas estão sendo rapidamente degradadas e desmatadas, levando à emissão de dióxido de carbono, que retém calor na atmosfera. Cerca de 13 milhões de hectares – uma área do tamanho da Nicarágua - são convertidos por ano para outros usos da terra. Esta perda representa um quinto das emissões mundiais de carbono, tornando a mudança de cobertura da terra o segundo maior fator contribuinte para o aquecimento global. As florestas, portanto, desempenham um papel vital em qualquer iniciativa de combate às mudanças climáticas. Na escala local, assim como na escala global, as florestas prestam serviços ambientais que vão além do armazenamento de carbono – tais como proteção de bacias, regulação do fluxo hídrico, reciclagem de nutrientes, geração de chuvas entre outros. O Mecanismo REDD - Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal possibilita os países que possuem floresta tropical em seu território de receber compensação financeira pela manutenção dessas florestas. Para o Brasil, o mecanismo REDD pode vir contribuir imensamente para fundar um modelo de economia que valorize e defenda a floresta em pé. Emissões oriundas da mudança do uso da terra, desmatamento e degradação florestal contribuem com cerca de 20% do total de emissões de GEE originadas por ação antrópica, segundo dados do quarto relatório do IPCC (IPCC 2007). Um marco fundamental para o REDD foi alcançado durante a COP11, em Montreal, em 2005, quando Papua Nova Guiné e Costa Rica, apoiados por oito outros membros, propuseram o mecanismo para as florestas tropicais de Países em Desenvolvimento. A proposta recebeu amplo apoio de Partes e a COP estabeleceu um grupo focal e, depois disso, iniciou um processo de dois anos de exploração das opções para o REDD. Esta decisão fez com que um grande número de Partes e observadores ao longo deste período submetessem propostas e recomendações ao Órgão Subsidiário de Assessoramento Científico e Tecnológico (SBSTA) para redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) provenientes de desmatamento e degradação. Atualmente, as negociações em torno do conceito do REDD+ encontram-se avançadas e a perspectivas de consolidação deste novo mecanismo nas próximas Conferências das Partes é muito provável. As decisões tomadas na Conferência das Partes em 2007, Bali (COP 13) reabriram a possibilidade para o mecanismo REDD se tornar parte de um regime climático global para o período pós-2012. Recentemente foi incluído no Acordo de Copenhague, assinado em dezembro de 2009, durante a 15ª Conferência das Partes. As negociações acerca da adoção do mecanismo continuam em várias instâncias da UNFCCC. Esse novo fôlego nas negociações sobre o REDD aconteceu porque a tecnologia de sensoriamento remoto disponível hoje avançou muito e a certeza técnico-científica atual sobre a dimensão dos impactos das mudanças climáticas, os acidentes naturais de grande magnitude e a pressão da opinião pública sobre a crise climática cresceram. Porém, o REDD só será uma estratégia eficaz para mitigar a mudança do clima se 36


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contar com esforço amplo para estabelecimento de uma economia de baixo carbono, que inclua a redução de emissões em todas as etapas de todos os setores econômicos. Estado de Mato Grosso e o REDD+: O Estado de Mato Grosso tem um papel importante no cenário das mudanças climáticas globais. Com área superior a 900 mil km2, é o maior produtor de soja, algodão, carne e madeira oriunda do manejo florestal sustentável de florestas nativas no Brasil. Nas últimas décadas, foi responsável pelas mais altas taxas de desmatamento na Amazônia. Porém, ainda mantém 66% de sua cobertura florestal original e nos últimos anos reduziu fortemente suas taxas de desmatamento. Entre 2006 e 2009, Mato Grosso foi responsável por 60% da redução do desmatamento na Amazônia brasileira. No seu Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas- PPCDQMT , assumiu a meta de reduzir em 89% o desmatamento até 2020. Essa meta representa cerca um terço da meta total de redução das emissões de Gases de Efeito Estufa assumida voluntariamente pelo Brasil no final de 2020. O mecanismo de REDD+ é considerado fundamental para poder atingir essa meta. Por isso, o estado de Mato Grosso, que é responsável pela gestão das florestas de seu território, está trabalhando ativamente para implementá-lo. Junto com outros estados da Amazônia brasileira, participa da força-tarefa dos Governadores para o Clima e as Florestas, que visa desenvolver sistemas de REDD+ em escala estadual que sejam compatíveis com mercados de Cap&Trade de emissões de carbono em fase de estruturação em vários estados norte-americanos. O estado também apoia o desenvolvimento de diferentes projetospiloto de larga escala em seu território. Paralelamente, por meio do Grupo de trabalho de REDD e da Câmara de Mitigação do FMMC, mais de 40 entidades representativas da esfera do governo, organizações não governamentais, instituições privadas, academia, setor empresarial e sociedade local, construíram a minuta do projeto de lei do Sistema Estadual de REDD+, que se encontra em fase de consulta pública, e visa, sobretudo, criar um ambiente adequado e seguro para investidores, bem como assegurar que o REDD produza além dos benefícios ambientais e climáticos, benefícios sociais à população de Mato Grosso. Texto: CMC/SUB/SEMA 37


Cartilha de Educação Ambiental Veridiana Barbará de Albues CR/SGF/SEMA

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(Legenda)

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DESMATAMENTO O QUE É? É qualquer supressão ou descaracterização da formação vegetal existente num determinado local.

QUAIS AS PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS DO DESMATAMENTO?

Veridiana Barbará de Albues CR/SGF/SEMA

- Empobrecimento e exposição do solo; - Perda de biodiversidade de fauna e flora; - Desenvolvimento e aceleração dos processos erosivos; - Assoreamento dos cursos d água; - Alteração no regime de chuvas; - Modificação do equilíbrio entre a evaporação e o fluxo de calor; - Esgotamento das fontes de água natural, prejudicando o abastecimento; - Aumento da temperatura global; - Redução de resgate de carbono; - Fragmentação de hábitat; - Desertificação.

(Legenda)

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Assessoria Secom/MT

QUEIMADAS E INCÊNDIOS FLORESTAIS

(Legenda)

QUEIMADAS E INCÊNDIOS FLORESTAIS O que são? Existe diferença?

Fonte: www.google.com.br (acesso 29/9/2011)

O fogo é um fenômeno químico que se caracteriza pela liberação de luz e calor. Essa reação se dá pela combinação do material combustível com o oxigênio, desencadeada por uma fonte de calor inicial, formando assim os elementos do “triângulo do fogo”.

A queimada é uma prática agrícola ou florestal primitiva, destinada principalmente à limpeza do terreno para o cultivo de plantações ou formação de pastos, com uso do fogo de forma controlada. O incêndio florestal é todo fogo sem controle que incide sobre qualquer tipo de vegetação, em áreas urbanas e rurais, podendo ser por negligência ou provocado pelo homem, ou ainda por causa natural (como descargas elétricas – raios). 40


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QUEIMADA EM ÁREA URBANA A queimada feita na área urbana é uma prática comum dos moradores das cidades, com maior incidência nos terrenos baldios. Em virtude da alta temperatura e do clima seco, as pessoas aproveitam para atear fogo no lixo, restos de podas e roçagem, em terrenos e espaços vazios com muito mato, formando focos. A orientação é que a população recolha o seu lixo, que será destinado a um local adequado; quanto às folhas que caem nos quintais, estas podem ser utilizadas como adubo. É de responsabilidade dos proprietários limpar seus terrenos onde não há edificação, bem como aparar o mato e deixá-lo livre de qualquer espécie de entulho, assim como roçar ou capinar, remover entulhos e lixo existentes nos terrenos, deixando sempre a calçada limpa, arborizada e com condições de trânsito para o pedestre. Essas são medidas de suma importância para manter a propriedade organizada, valorizada e fora de riscos de multas. Na limpeza e conservação do terreno não é permitido o uso de fogo ou produtos químicos . Mesmo sendo nociva ao meio ambiente, à saúde, e proibida por lei, essa prática continua ano a ano aumentado em algumas cidades do país. No período de estiagem os focos de queimada acabam aumentando demasiadamente.

Marcos Vergueiro-Secom/MT

Essa prática gera um aumento considerado no atendimento dos postos de saúde e hospitais, onde os principais afetados são crianças e idosos.

(Legenda) 41

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O QUE CAUSA O INCÊNDIO? Os incêndios florestais podem ocorrer de forma natural ou ser conseqüência de ações humanas, que são causadas por queimadas que escapam do controle e invadem áreas vegetais primárias ou que já foram exploradas.

As principais causas naturais ou humanas são: (SDS apud Dias, 2007) Fenômenos naturais: raios, combustão natural; Incidentes: preparação de aceiros, fagulhas de máquinas, rompimento de cabos de alta tensão, entre outros; Analfabetismo ambiental: desconhecimento dos processos que asseguram a vida na terra; Cultura/costumes, comportamento: incêndios gerados por fogos de artifício, balões, rituais religiosos, queima de lixo, distúrbios psíquicos (piromania), fogueiras de acampamentos, entre outros.

FATORES QUE CONTRIBUEM PARA PROPAGAÇÃO DO FOGO Vários são os fatores que influenciam na propagação: TOPOGRAFIA A topografia do terreno é um fator decesivo no comportamento do fogo onde ele ocorre, propaga mais rapidamente nos aclives (planalto acima) que nos declives. CONDIÇÕES CLIMÁTICAS A diminuição da chuva, a baixa umidade relativa do ar, ventos fortes e outros são fatores climáticos que determinam a propagação do fogo. O ar seco e a elevada tempreratura fazem com que os combustíveis vegetais sequem mais rapidamente, favorecendo ativação e posterior queima. COMBUSTÍVEL FLORESTAL Os combustíveis florestais são todos os materiais orgânicos, mortos ou vivos, no solo ou acima dele, que podem queimar. Suas características influenciam na velocidade de propagação do incêndio e na produção do calor. São classificados em: Combustíveis leves: ervas, folhas e ramos; Combustíveis pesados: troncos, galhos, raízes; Combustívies verdes: plantas vivas com folhagem.

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