Portfolio Arquitetura e Urbanismo | Rafael Zaia |

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PORTFOLIO RAFAEL ZAIA


“Sim, meu coração é muito pequeno. Só agora vejo que nele não cabem os homens. Os homens estão cá fora, estão na rua. A rua é enorme. Maior, muito maior do que eu esperava. Mas também a rua não cabe todos os homens. A rua é menor que o mundo. O mundo é grande.” Carlos Drummond de Andrade


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LOS 5 MOLHITOS CACTO ATELIER

PRAÇA PRIMEIRA INFÂNCIA ATELIÊ NAVIO

ESCOLA FLOR DO AMANHÃ CONCURSO COLETIVO

PRAÇA DE ACOLHIMENTO PARQUE TECNOLÓGICO DE ITAIPU

A CULTURA DA MORADIA VILA ITORORÓ / INSTITUTO PEDRA

TERRITÓRIOS DIVERGENTES UNIVERSIDADE KU LEUVEN/ MSTC


LOS 5 MOLHITOS O Los 5 começou como um sonho de duas clientes: Um bar descontraído com temática dos anos 30 no coração de São Paulo. O desafio foi fazer este sonho caber em seus 40 metros quadrados divididos em dois andares. Partindo desta premissa trabalhamos com a idéia de bares da proibição do álcool nos Estados Unidos e seu aspecto ilegal, e muitas vezes de aparência decadente. O tijolo, aço e concreto em suas formas naturais foram as escolhas óbvias como elementos estruturantes do projeto. No térreo, temos toda a área de atendimento e cozinha permeado por um grande balcão que divide o espaço. No segundo andar, um lounge com poltronas e balcões para que o cliente possa admirar a vista dos passantes da galeria. O arco e curvas marcas do design nos anos 30 é remetido em diversas facetas do projeto, mais evidentemente em sua grande janela fazendo correlação com as grandes janelas industriais nova-iorquinas e de antigas fábricas.

2020 Bar/ Comercial Cacto Atelier São Paulo. SP


01






LAYOUT SUBSOLO

EXECUTIVO 1

L

2

ESCALA: 1:50

ES

VERIFICAR MEDIDAS E INSTALAÇÃO COM FORNECEDOR NO LOCAL

131.0

331.0

BALCÃO AÇO INOX

15

257.0

474.2

121.0

S 65.0

365.6

FREEZER

601.0

S

BALCÃO PEDRA

FREEZER

-330.0

921.0

65.0 BALCÃO PEDRA

SUBSOLO ESTOQUE

0.0

BALCÃO MADEIRA

PRATELEIRAS EM INOX

GELADEIRA

COZINHA ATENDIMENTO

BALCÃ

.0

R35

DEGRAU

CC

AA

BB

A1.3

A1.1

A1.2

1

CONSTRUÇÃO SUBSOLO ESCALA: 1:50

2

CONS ESCALA: 1:50


LAYOUT TÉRREO

LAYOUT 1º PAV

3

SCALA: 1:50

ESCALA: 1:50

53.0

VERIFICAR MEDIDAS E INSTALAÇÃO COM FORNECEDOR NO LOCAL

151.9

59.0 BASE CHURRASQUEIRA EM ALVENARIA H= A CONFIRMAR COM FORNECEDOR DA PARRILLA

BANHEIRO +301.01 DEGRAU +281.0

BALCÃO AÇO INOX

DEGRAU LOUNGE ROOFTOP +293.0

PUFF

STRUÇÃO TÉRREO

INSTALAÇÃO DE ESQUADRIA CONFORME DESENHO A.11 BALCÃO MADEIRA ESQUADRIA FIXA

57.0

118.0

15.0 17.4

ÃO AÇO INOX

BALCÃO ALVENARIA H= 105.00 CM

269.3 30.9

331.0

3

30.9

CONSTRUÇÃO 1º PAV ESCALA: 1:50


PRAÇA PRIMEIRA INFÂNCIA Fomos selecionados pela Prefeitura de Aracaju, a pedido da Fundação Bernard Van Leer, para fazer a adequação de 6 praças na cidade. O desafio proposto era de transformar esses projetos prontos que se estendem em dois bairros em espaços dedicados à primeira infância. Como fazer as conexões destas áreas verdes, acalmar a rua e pensar atividades e equipamentos voltados às crianças? Com uma restrição orçamentária nossa resposta veio do eucalipto tratado. Sabíamos da fácil aquisição deste material e sua facilidade para transformá-lo em equipamentos públicos. Não havendo manuais e nem guias de equipamentos voltados à crianças de 0 a 6 anos tivemos de criá-los nós mesmos, através de outros exemplos e da participação de mães e pais. O resultado foram 6 praças voltadas a diferentes idades e atividades, todas elas conectadas por corredores de calçadas com grafismos, lombofaixas para o acalmamento da rua e conexão com os principais equipamentos de uso público.

2020 Praças / Público Ateliê Navio Aracaju.PE


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COMO A PRIMEIRA INFÂNCIA DEVE SER INSERIDA EM ESPAÇOS PÚBLICOS?

BRINCAR de diversas formas, contribuindo para suas experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas e sociais.

CULTIVAR em áreas naturais e aprender acerca do consumo sustentável por meio de hortas.

EXPLORAR movimentos, sons, formas,

texturas, cores e elementos da natureza como areia, água, madeira.

CONVIVER com outras crianças e adultos ampliando o conhecimento de si e do outro, o respeito em relação à cultura e às diferenças entre as pessoas.

EXPRESSAR necessidades, emoções, sentimentos, descobertas, se comunicar e dar opiniões por meio de diferentes cenários de aprendizagem.

EXPERIMENTAR alimentos, objetos e DESCOBRIR espaços que permitam a cheiros que ampliam suas experiências visuais, auditivas, degustativas e olfativas.

ampliação da percepção espacial ao deslocar-se, enfrentando obstáculos nos trajetos e mobiliários.

CRIAR laços afetivos de modo a

CAMINHAR em rotas acessíveis e

contribuir para a noção de pertencimento à comunidade.

seguras, priorizando a mobilidade ativa e a locomoção a pé.


Bairro Santa Maria - Implantação de Primeira Infância nas Praças


PRAÇA MODELO

2 14

3

4 1 5 1 - ACESSO EM NÍVEL/ LOMBOFAIXA 2 - GRAFISMO INTERATIVO 3 - CORETO MULTIUSO 4 - PAINÉIS EDUCATIVOS 5 - GRAMADO 6 - ARQUIBANCADA/ BANCOS 7 - PERGOLADO/ SOMBRA 8 - AREAL 9 - CAMINHO SENSORIAL 10 - EQUILÍBRIO 11 - TÚNEL/ ESCADA 12 - BALANÇO BEBÊS 13 - ESCALADA 14 - HORTA EDUCATIVA 15 - FONTE/RIACHO 16 - BANHEIRO FAMÍLIA/ PNE

BEBEDOUROS/ BICAS D’ÁGUA


7

6

13 10

8

12 11 16

15

9


ESCOLA FLOR DA MANHÃ A educação é parte fundamental da construção da história de um povo. Esta é uma forma de intervenção e de libertação social. Nessas premissas construímos nosso projeto, para além de oferecer conforto levando em conta as condições climáticas do local, mas também um espaço em que se possa criar e se conectar com a própria história. Ao observarmos crianças correndo em uma área livre de obstáculos, notamos que, na maior parte das vezes, elas correm em um formato circular. É também em círculo que acontecem grande parte das brincadeiras. Isto ocorre porque esse formato é o mais natural e fluído no imaginário infantil. Um círculo é destituído de hierarquia, um espaço onde todas as partes são igualmente importantes, onde o aprendizado pode fluir como as brincadeiras infantis, onde se ensina aprendendo e se aprende ensinando. Por essa razão, o projeto foi dividido em 3 blocos circulares, que além de dissipar melhor o calor pela fluidez dos ventos que correm no sentido norte-sul, se torna um ambiente acolhedor e propício ao ensino/aprendizado.

2019 Escola/ institucional Concurso Coletivo Xai-Xai.MOZ


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Partimos de 4 elementos básicos para a obra: Tijolos de argila, aço, cimento e telhas metálicas. Acreditamos que a combinação desses 4 elementos seja primordial para uma construção simples, de fácil execução, baixo custo, e principalmente: que atenda com qualidade as crianças. O tijolo poderia ser produzido in loco e os outros materiais são de baixo custo, mas indispensáveis para garantir a integridade física da edificação. Os beirais das janelas também funcionam como bancos de baixa altura, incorporando ao projeto espaços para descanso e descontração das crianças, e também podem ser encontrados ao redor da árvore central. Sabendo da escassez de água, foram criadas coberturas com um sistema de coleta da chuva. A água recolhida das coberturas segue um fluxo até a edificação central do projeto e percorre um caminho por dutos até a chegada na cisterna. Essa água poderá ser usada para irrigar a horta comunitária, uso em banheiros, e com a devida limpeza e filtragem poderá ser usada na cozinha e para o consumo dos alunos.


PRAÇA DE ACOLHIMENTO Elaboração de uma Praça de entrada para o Edifício das Águas no Parque Tecnológico de Itaipu. As praças de entrada viradas uma para a face Norte e outra para a face Sul pretendem criar um espaço que se abre para o Edifício e crie um espaço de estar em níveis para vencer a topografia. Deste modo foram criados patamares e degraus como curvas de nível, onde ora é degrau ora é local de estar.

2018 Praça / institucional Parque Tecnológico de itaipu Foz do Iguaçu.PR


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Projeto desenvolvido durante o trabalho feito no Parque Tecnológico de Itaipu. Dentre as atribuições do projeto se destacam a concepção inicial e partido do projeto em relação à demanda. Coordenação de equipe de arquitetos e projetistas para detalhamento de projeto executivo. Especificação de materiais para licitação, acompanhamento de obra e fiscalização.





A CULTURA DA MORADIA Oficina em parceiria com a Prefeitura de São Paulo, escritório modelo do Mackenzie e o Instituto Pedra. O objetivo da oficina é compatibilizar o projeto cultural com moradia, propondo alternativas que evitem um possível processo de gentrificação em decorrência do restauro da Vila. O workshop terá como referência o projeto arquitetônico desenvolvido pelo Mosaico entre 2006 e 2009, durante a resistência das famílias que viveram nas últimas décadas na Vila Itororó, que propunha uma convivência entre cultura e moradia.

2016 Habitação / Experimentação Vila Itororó / Instituto Pedra São Paulo.SP


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PROJETO LAÇO CRIAÇÃO DE CONEXÕES COM O ENTORNO abertura da Vila Itororó e criação do canteiro aberto

GALPÃO PERMEÁVEL QUE DÁ ACESSO A VILA abertura da quadra em todas as fachads, interior vivo.

RELOCAÇÃO DAS FAMÍLIAS EM NOVAS MORADIAS a vila volta a exercer sua função social através da criação de novas moradias para aqueles que habitavam no local.



Nova ocupação da quadra com passarela de acesso pelas 4 ruas e contato entre galpão transformado em habitação social para os antigos moradores da Vila.



TERRITÓRIOS DIVERGENTES Mapeamento de cartografias insurgentes em 3 ocupações do MSTC e FLM no centro de São Paulo. Workshop de uma semana ministrado pela universidade Ku Leuven em conjunto com movimentos de moradia no centro de São Paulo. O resultado do trabalho foram mapas cartográficos sobre caminhabilidade e acessibilidade a cidade e seus conflitos com setores financeiros.

2015 Cartografia / Experimentação Universidade Ku Leuven / MSTC São Paulo.SP


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A periferia de São Paulo continua expandindo enquanto a porção central da cidade acumula vacância. O resultado é um impressionante paradoxo. São Paulo possui mais casas sem moradores do que moradores sem casas. Os movimentos sociais estão crescentemente ocupando esse tecido urbano vacante. Ao ocupar hotéis, edifícios comerciais e habitacionais vazios, reivindicam e exercem seu direito à cidade. Dessa forma, acomodam no centro e seus arredores aqueles que são mais excluídos dos serviços e recursos que esta parte da cidade oferece. Cartografia Insurgente é um workshop intensivo que mapeou as formas insurgentes de arquitetura e urbanismo representadas pelas ocupações na região central de São Paulo. O workshop parte da hipótese de que as ocupações são um tipo radical de urbanismo insurgente, transformando o centro de baixo para cima.


A cartografia e o mapeamento cultural foram testados como um método arquitetônico e urbano inovador, para revelar, descobrir e re-enquadrar a forma como vemos a produção social do espaço. O workshop explora a atividade de mapear como uma ferramenta para engajar arquitetos à luta do direito à cidade. Os alunos trabalharam em conjunto com o FLM, MSTC e outros ocupantes. O workshop acontecerá na biblioteca da ocupação Hotel Cambridge, onde alunos participarão de uma equipe internacional e interdisciplinar de pesquisadores. Ao final o trabalho realizado será a base de uma exposição e seminário a serem realizados dentro do Hotel Cambridge.




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