Tolendo nº 124 - Edição Especial 25 anos

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De colaborador para colaborador.

edição especial A revista dos colaboradores faz aniversårio e ganha, de presente, uma

no 124 Ano 25


Editorial

Páginas de uma vida Durante 25 anos, ela contou histórias da Toledo e seus colaboradores. Nela, foram publicadas fotos de eventos, produtos e funcionários. Chegou a vez dela. A Tolendo comemora aniversário e ganha, de presente, doze páginas inteiramente dedicadas a sua vida. Em Pergunte ao Paulo, o questionamento veio do Conselho Editorial. O presidente da empresa destacou pontos positivos e negativos da publicação. A emoção ficou por conta da homenagem ao Sr. Ricardo, cinco anos após seu falecimento. Depois de muita pesquisa, a matéria especial ficou pronta. Ela descreve a trajetória da Tolendo e dos colaboradores que ajudaram a criá-la e a mantê-la até hoje. Para produzi-la, contamos com a presença de um convidado especial. Seu Bruno, primeiro funcionário da Toledo e homenageado da edição n°01 do periódico, voltou à empresa para conversar com a redação e encher o ambiente de simpatia e boas lembranças. Quer saber como se faz a revista? Nós contamos para você. Na editoria “Corporativo”, sete passos revelam os bastidores da Tolendo. Ficou curioso para saber quem está por trás de tudo isso? Confira o bate-papo com as pessoas que fazem a Tolendo e conheça quem quase nunca aparece, mas sempre está trabalhando para melhorar a revista e levá-la até você. Em 25 anos, a Tolendo contou e fez muita história. Nesta edição, vocês poderão ver parte disso. O crescimento da empresa é refletido no desenvolvimento da revista. Nessa data especial, o presente é para o colaborador. Espero que gostem.

Pergunte ao Paulo Qual a importância da revista para você e para a empresa? Quais os pontos positivos e negativos da Tolendo e o que você espera desse veículo interno? De: Conselho Editorial Tolendo São Bernardo do Campo

Caros colaboradores, A importância da revista Tolendo é a mesma para mim e para a Toledo. Ela ajuda a unir nossos mais de 1500 colaboradores, espalhados por todo o país, em torno do que estamos fazendo. Conhecemos pessoas e áreas diferentes da empresa através das matérias. Elas mostram nossos valores e alicerces físicos e tecnológicos qualificados. Vemos que somos uma soma de pessoas batalhando juntas diariamente. A Tolendo também é importante porque ajuda a manter suas famílias informadas sobre onde vocês trabalham. Muitos comentam que levam a revista para casa e que os familiares gostam de ler. Além disso, ela celebra as coisas boas que acontecem na empresa. Vejo a Tolendo como algo que nos ajuda a ser mais eficientes. As matérias incentivam o desenvolvimento pessoal e profissional dos colaboradores, trazendo benefícios para a companhia. Quando divulgamos lançamentos, ficamos sabendo sobre uma solução que pode ajudar no atendimento de um cliente interno ou externo. Falamos sobre a importância do estudo, da gestão da qualidade e de fazer a coisa certa. Divulgamos padrões e o que é esperado de cada colaborador para o sucesso individual e da empresa. Temos muitas curiosidades que ocorrem nos nossos dias e elas contribuem para que a Tolendo seja lida. As fotos são peças-chaves. Quase todo

mundo gosta de ver um amigo na Tolendo ou ver sua própria foto nela. Outro ponto positivo é a contribuição do Conselho Editorial, formado por: Genival, Polônio, Matilde, Ivani, Rose e Maria Claudia, que sempre acham um tempinho extra para revisar, contribuir, e alterar a Tolendo. De negativo, vejo que às vezes os textos ficam longos e pesados sobre assuntos mais difíceis. Nosso desafio é escrever de forma leve e interessante, mesmo sobre temas mais complexos. Eu espero muitas coisas da Tolendo. Que ela atinja os pontos importantes acima, que cada colaborador encontre pelo menos duas matérias de seu interesse e, por fim, que a Tolendo ajude a disseminar valores da Toledo, como tratar colaboradores, clientes, fornecedores e órgãos do governo corretamente; trabalhar com prazer; e trabalhar com vigor, mas sem exibicionismo. A Toledo tem muita vida. A Tolendo retrata capítulos dessa vida. É prazeroso olhar para trás e encontrar 25 anos de nossa história contados nas páginas de edições anteriores.

Atenciosamente,

Paulo

Aproveitem!

Mayara Potenza

Preencha o formulário impresso e deposite a sua pergunta ao Paulo na Urna Tolendo mais próxima. Se preferir, use o formulário eletrônico e envie para o e-mail tolendo@ toledobrasil.com.br. A cada edição, uma pergunta é selecionada e a resposta, publicada. Participe e concorra a uma assinatura da editora Abril. A próxima promoção é válida até 05 de outubro.

Expediente Publicação bimestral desenvolvida pelo departamento de Comunicação com o Mercado da Toledo do Brasil Indústria de Balanças Ltda. R. Manoel Cremonesi, 1 - 09851-900 / S. B. do Campo (SP) Tel.: (11) 4356-9487 / Fax: (11) 4356-9460 www.toledobrasil.com.br - tolendo@toledobrasil.com.br | Conselho Executivo: Paulo Haegler, Dimas de Assis. | Conselho Editorial: Carlos Alberto Polônio, Genival Araújo, Ivani Moreira, Maria Cláudia Ferreira, Matilde Spinello, Rose Raiça. | Coordenação: Márcio de Assis, Michel Mathias. | Edição: Mayara Potenza. | Reportagem: Mayara Potenza. | Diagramação: Renan Parra, Rafael Prestes. | Revisão: Bruno Milani, Gabrielle Monice, Ivani Moreira, Matilde Spinello, Rose Raiça. | Ilustração e Fotografia: Renan Parra| Impressão: Improta Gráfica. | Capa – Ilustração 3D: Eduardo Damasceno.


HOMENAGEM

Valores que ficam

T

Foto: Arquivo Tolendo

udo começou com uma aprovação dele e, só assim, a revista pode comemorar 25 anos de vida. O primeiro Tolendo, na época jornal, foi em 1986. Ao longo dos 20 anos seguintes, o Sr. Ricardo Haegler contribuiu muito com o Tolendo. Gostava bastante do jornal e lia, revisava e corrigia os textos. Além disso, participava com comentários e sugestões de assuntos. Cinco anos se passaram e até quem não o conheceu consegue entender a importância que o Sr. Ricardo teve para a Toledo. A Tolendo conseguiu, nesses 25 anos, retratar parte desses valores, como educação, bom-humor, respeito, limpeza e organização, que ele fazia questão de garantir e que são mantidos até hoje. A edição n° 97, que homenageia o então presidente, destaca princípios que o Sr. Ricardo cultivava dia a dia. Muitas memórias e palavras sinceras de funcionários e amigos preenchem o jornal. José Carlos Ferreira, supervisor de manutenção, lembrou da educação e alegria do Sr. Ricardo, além da forma como ele valorizava cada um. “Ele era uma pessoa corretíssima, que sempre nos deu atenção. Fazia questão de cumprimentar a todos os funcionários com muito bom humor”, disse na página 04. Edição n° 30 (Nov-Dez/93) Pág. 05

“Pensando em meu pai, tenho certeza de que ele adoraria ver esta edição e tudo que, juntos, construímos nos últimos cinco anos.”

Fotos: Arquivo Tolendo

Paulo Haegler

Edição n°97 (Nov/06) - Capa

Edição n° 13 (Dez/88) – Pág. 05

Edição n° 13 (Dez/88) – Pág. 02 Setembro / Outubro 2011

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CORPORATIVO

O que há por trás

da Tolendo

Para que a revista dos colaboradores chegue bimestralmente às mãos de todos da empresa, é necessário muito trabalho e preparação. Cerca de 15 pessoas estão envolvidas em, pelo menos, uma das partes do processo. Conheça os bastidores da Tolendo e entenda, passo a passo, como ela é produzida.

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REUNIÃO DE PAUTA

Cada edição nasce a partir de uma reunião de pauta. Algumas cabeças pensando, informações novas e várias ideias preenchem duas ou três horas de preparação.

REDAÇÃO

É hora de passar tudo para o papel. Antes de começar a escrever, o repórter pensa na matéria e imagina como ela deverá ficar pronta. Depois, seleciona as informações mais importantes, as organiza e redige de forma simples e “gostosa”, para que a leitura não seja cansativa. Normalmente, o reporter tem um limite de espaço e deve se adequar a ele.

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FOTOGRAFIA

As fotografias da Tolendo são feitas de acordo com o tema da matéria. Ao ar livre, ou no estúdio fotográfico, é necessário o preparo técnico e estrutural. Além da câmera e lentes, os itens de iluminação (flashes, rebatedores etc) são essenciais. São quase dez quilos de equipamento.

ENTREVISTA

Chega a hora de apurar e descobrir histórias e informações que os colaboradores desconheçam. Para isso, muitas pesquisas e entrevistas. Normalmente, prepara-se um roteiro para a entrevista: após estudar o tema, o repórter monta, previamente, algumas perguntas de base. O entrevistado, chamado de “fonte”, entende bem de um assunto e passa seu conhecimento ao repórter.

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DIAGRAMAÇÃO


QUEM PARTICIPA? O Conselho Editorial, com pessoas de diferentes setores que trazem novidades; o editor, que conduz a reunião e distribui as atividades; o repórter, que tem a visão técnica do que pode ser notícia ou não; o diagramador e o fotógrafo, que cuidam da parte visual da revista; por último, a coordenação e o Conselho Executivo, que alinham as informações com a política da empresa.

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EDIÇÃO E REVISÃO

Depois de escrever as matérias, o repórter manda para o diagramador. O fotógrafo faz o mesmo com as imagens depois de editadas. O diagramador organiza todas as informações na página e faz com que haja um fluxo de leitura, além de harmonizar imagens e textos.

7 IMPRESSÃO E DISTRIBUIÇÃO

O editor acrescenta ou tira informações, reescreve a matéria, muda a ordem dos dados. Alguns textos, na edição, são totalmente transformados. Depois, a revista é enviada para pessoas-chaves que revisam o conteúdo. Parte do Conselho Editorial colabora com a revisão de texto. A coordenação e o Conselho Executivo revisam as principais informações. O editor analisa as considerações feitas e faz as mudanças necessárias junto ao diagramador. Após os ajustes, a revista é enviada para a gráfica.

O processo na gráfica demora cerca de três dias. É feita uma única impressão para aprovação e depois os 1800 exemplares são rodados. Em seguida, tudo vai para uma máquina que dobra, grampeia e corta. A gráfica divide em pacotes o que é da matriz e o que vai para as filiais. Tudo é enviado para a matriz e, no Arquivo, é feita a divisão de malotes. O Correio busca os pacotes de Tolendo e distribui para as filiais do Brasil. Setembro / Outubro 2011

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ESPECIAL

Chegou a

vez dela Ela nasceu a partir de um boletim informativo. Foi jornal, preto e branco, durante anos. No início, as figuras eram coladas. Muitas matérias foram publicadas até que ela se tornasse revista. Já foi palco de novidades da empresa e dos colaboradores. Chegou a vez dela. Em setembro de 2011, a Tolendo faz aniversário. Saiba o que mudou durante todo esse tempo e conheça a história de quem, há 25 anos, conta história.

Q

uase 200 anos atrás, em 1812, surge a primeira revista no Brasil. Com nome de “As Variedades ou Ensaios de Literatura”, a precursora, nascida na Bahia, não foi longe: teve apenas duas edições. Apesar disso, deu início a um meio de comunicação que permanece vivo até hoje no país. A Tolendo e tantas outras revistas são fruto de “As Variedades”. O conteúdo e o visual delas muito mudaram, mas o conceito de informar e aproximar as pessoas foi mantido. A história da Tolendo começa antes mesmo de ela existir. Em 1966, depois de uma iniciativa de Vincenzo Lanzone, gerente da Assistência Técnica na época, foi criado o primeiro meio de comunicação interna da Toledo: o Boletim da AT. O informativo existiu até 1983, ano em que o gerente se aposentou, e rendeu boas histórias para o departamento. Três anos depois, no começo de 86, Isilda Garcia, supervisora de Seleção e de Desenvolvimento Pessoal na época, comentou com Ricardo Haegler, então diretor-presidente, sobre a necessidade de um jornal interno para melhorar a comunicação e integração entre os colaboradores das duas fábricas e das filiais. A ideia foi aprovada e, em setembro do mesmo ano, 25 anos atrás, chega às mãos dos colaboradores o jornal Tolendo n°1.

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“No início, era ‘caseiro’, redigido e feito por nós, colaboradores, internamente. Não tinha sofisticação”, lembra Isilda, responsável pela coordenação do periódico. “Nós apenas enviávamos a um jornalista que revisava, editava e mandava para a gráfica”, completa. Ela coordenava a equipe da Comissão Editorial e de Assessoria Jornalística (que posteriormente foi terceirizada). Acompanhava desde a reunião de pauta até a distribuição final ao funcionário. Além disso, participava da busca de artigos, definição dos assuntos mais importantes a serem divulgados e revisão geral. Na primeira edição, também colaboraram Silvana Sposito, Fausto Bolognese, Carlos Alberto Polônio, Sidney Madarazzo e Edilson Camargo – desses, apenas os três últimos permanecem na empresa. Edilson Camargo lembra com carinho de sua passagem pelo veículo de comunicação da empresa. “Sinto-me gratificado em ter participado do Tolendo. Certamente, foi algo que abrangeu toda a empresa, com seus departamentos e filiais”, conta. “Gostei muito de ter colaborado com esse importante meio de comunicação”, completa. Ao contrário de Edilson, Polônio entrou para ficar. O único colaborador que participou de todas as edições durante os 25 anos tem muita história para contar. Con-

vidado por Isilda para entrar no Conselho Editorial, acredita que “ser bem conhecido e bem relacionado” ajudou na hora de fazer o jornal. Ele conta que entre as principais mudanças na Tolendo, de 1986 aos dias atuais, está o uso da tecnologia. “Não tínhamos os recursos disponíveis que temos hoje. Nós fazíamos colagens e mandávamos para a gráfica. A informática e os equipamentos fotográficos estão muito mais avançados.” Polônio, além de ser referência por tantos anos de dedicação ao periódico, foi quem escolheu o nome do jornal.

De onde veio “Tolendo”? Com a criação do jornal, surgiu a dúvida de qual nome ele teria. A solução veio da forma mais democrática possível: foi lançado um concurso em que todos os colaboradores poderiam sugerir um nome. Os melhores foram selecionados e julgados. O vencedor, no final, foi Carlos Alberto Polônio, que acreditou que “Tolendo” relacionaria bem o nome da empresa com o ato de estar lendo. “É atemporal. Até hoje, depois de 25 anos, não quiseram mudar o nome. Me orgulho muito disso e me sinto muito grato”, afirma.


Edição n°01 e o funcionário mais antigo da empresa A primeira edição do jornal foi importante por, pelo menos, três motivos. Ela deu início a um meio de comunicação que perdura até hoje; publicou uma biografia resumida da empresa, contextualizando o início da Toledo e seus pontos de atuação; e, por último, foi palco de uma importante e merecida homenagem. A capa avisava o que estava por vir na página seguinte: “42 anos montando e desmontando balanças”. Os passos de um homem que chegou na empresa antes mesmo de ela se tornar Toledo do Brasil. Alguém que fundiu sua vida pessoal com a profissional e, entre balanças, escreveu sua história, viveu história e fez história. “Eu era o funcionário mais antigo e eles fizeram essa homenagem para mim, né?”, conta Bruno Richter, conhecido como “Seu Bruno”. Durante uma entrevista feita na matriz, em São Bernardo, 25 anos após a edição n°1 do jornal, Seu Bruno, aos 89 anos, lembra com carinho e detalhes do tempo em que trabalhou na Toledo. O depoimento foi dado logo após Seu Bruno tirar do bolso um papel dobrado, amarelado, num tom antigo: a 1a edição da Tolendo, guardada há 25 anos.

Eu entrei na firma em maio de 1944, quando a Toledo Scale começou a ser representada pela Haegler S/A. Trabalhava com o Eric Haegler, avô do Paulo. Quando começamos, éramos “meia dúzia de gato pingado”. Eu era mecânico, era técnico. Aprendi a montar as balanças, porque elas eram importadas. Vinham em caixões e eram entregues nos clientes. Eu pegava um ônibus ou um bonde, com uma pastinha em baixo do braço, ia no cliente, desencaixotava e montava as balanças. Na época, éramos em três ou quatro e fazíamos de tudo. Íamos para o depósito, trabalhávamos no escritório e na montagem de balanças. Quando o Julio Solazzinni, responsável pela minha contratação, saiu da

firma, eu acabei passando para a direção da AT da Haegler. Foi um período muito crítico, porque o país estava passando uma situação econômica muito difícil. E aí, também houve a fusão da Toledo com a Haegler. Eu dirigia a Assistência Técnica e a montagem. Nesse período, nós já tínhamos umas oito pessoas. Vendíamos 10 ou 12 balanças por mês. A Toledo tinha duas filiais, uma no Rio e outra em São Paulo. A comunicação era por telefone. Você pedia uma ligação de manhã e de tarde ela ainda não tinha saído. Na empresa, tinha dois ou três telefones. Trabalhar na Toledo foi uma boa época da minha vida. Era um ambiente muito agradável, muito familiar. Conquistei muitas coisas com o trabalho. Eu consegui minha casa própria em 57. Tive meu primeiro carro em 1970, um fusquinha. Quando eu saí, a empresa já estava bastante consolidada, bem evoluída. A gente era em umas 20, 30 pessoas na assistência técnica. Fiz bons amigos na Toledo. “Seu Bruno”, homenageado na 1a edição do Tolendo, conta como era o trabalho em sua época.


ESPECIAL

Alguns desses amigos tiveram o prazer de rever Seu Bruno em sua visita à matriz, em setembro de 2011, quando foi conversar com a redação da Tolendo.

pauta foi muito positiva. “O jornal ficou com mais gás. Ele gosta disso, então sempre dá ideias diferentes, focando o colaborador”, afirma.

Por onde passava, distribuía simpatia e carinho. A opinião de quem trabalhou com ele foi unânime: “foi um grande professor na Toledo”. Aos mais novos, ele deixa o conselho: “vistam a camisa da empresa. Trabalhem com amor à empresa.”

O Tolendo trazia informações externas, também, que fossem de interesse do colaborador. Dois exemplos estão na edição de julho de 94. A vitória da Seleção Brasileira na Copa do Mundo, conquistando o tetra, e a notícia da chegada do real – com dicas de como usá-lo e uma retrospectiva das moedas nacionais.

O desenvolvimento do jornal Nas edições seguintes, o Tolendo abordou assuntos como lançamentos de produtos, campeonatos de futebol, festas de final de ano, histórias da AT e Cipa. Alguns funcionários colaboravam enviando poemas ou crônicas e até os filhos participavam em concursos de desenho. O diretor-presidente na época, Ricardo Haegler, aparecia em algumas publicações comentando o cenário da empresa e da revista. Um ano após o lançamento do Tolendo, em setembro de 1987, foi feita uma pesquisa sobre o jornal. O conselho editorial abriu espaço para sugestões e críticas dos colaboradores. O jornal era interno, mas não se resumia às notícias da empresa. A edição de julho de 1989, por exemplo, falou sobre a eleição para presidente do Brasil. Em outubro do mesmo ano, Dimas de Assis, gerente-geral, passa a fazer parte do conselho editorial. No ano seguinte, em junho de 1990, foi realizado um concurso interno para escolher o mascote do jornal. Colaboradores mandaram desenhos e sugestões de nomes. O vencedor seria premiado com um walkman. A edição seguinte saiu em setembro. Foram recebidos 43 desenhos e quatro foram escolhidos para entrar em votação. Alguns nomes também foram sugeridos, como Balancildo, Padronito, Pesolino, Super T, Tofucho, Tolentino e Tolindo. O vencedor, porém, foi o “Tolendinho”.

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Um ano sem jornal e a volta por cima No Tolendo n° 25, em julho de 1991, foi publicado que a coordenação do jornal seria trocada. Isilda Garcia, que tomara a frente de todas as edições até então, deixa o cargo e é substituída por Miyoko Fukunishi, supervisora de promoção e propaganda na época. O segundo semestre do ano de 91 foi coberto por apenas um jornal. Em 1992, houve um hiato na produção do Tolendo. Nesse ano, os colaboradores não receberam nenhuma publicação com as matérias internas. Abril de 1993 marcou a volta do Tolendo. A edição n° 27 anunciava o renascimento do jornal, novamente sob a coordenação de Isilda Garcia. Com ela, participavam Dimas de Assis, Admir P. Doraciotto, Carlos Alberto Polônio e Umberto Bisconti. Dessa vez, ele vem com a promessa de ter uma periodicidade bimestral. A cada edição, também, seriam convidados três colaboradores, de áreas distintas, para participar da reunião de pauta. No final de 1993, em dezembro, uma matéria do jornal anunciou a entrada de Paulo Haegler na Toledo e no Conselho Editorial. Para Polônio, que acompanhou todo o desenvolvimento do periódico, a colaboração de Paulo nas sugestões de

No final de 94, o jornal começa a se aproximar do que é hoje: na última edição de cada ano, a primeira e a quarta página passam a ser feitas em papel couchê, mais brilhante e comum em revistas. Em setembro de 96, o Tolendo é comemorativo: o jornal interno da empresa faz aniversário de dez anos. Nessa edição (n° 47), uma página foi reservada para falar sobre o próprio Tolendo. Foram destaques: Isilda Garcia, idealizadora; Polônio, criador do nome; e Umberto, que fazia parte da comissão desde a edição n°4. Nessa época, a tiragem do periódico bimestral era de 1.300 exemplares.

Mudanças no Conselho e no jornal Em 1999, o Conselho Editorial passou por algumas mudanças importantes. Em março, Umberto Bisconti deixou o Tolendo e, em seu lugar, entrou Rose Raiça. Três meses depois, Isilda saiu da empresa. Em seu lugar, Matilde Spinello assumiu a coordenação do Tolendo. As novas integrantes permanecem colaborando com o periódico até hoje. “No começo, foi um desafio, mas eu


acho que consegui atingir o objetivo, consegui dar conta do recado. Tanto que participo até hoje”, afirma Matilde.

piloto de como seria a Tolendo – já, como revista.

Mayara Potenza, estudante de jornalismo, passou a ajudar Wilson com a reportagem. “Eu entrei na empresa e alguns dias depois já estava participando da reunião de pauta da Tolendo. Quando vi a revista pela primeira vez, gostei de cara. Ela é muito bem feita”, conta a nova repórter.

Foi sob a sua coordenação que o Tolendo começou a adquirir o aspecto parecido com o que tem hoje. A partir de dezembro de 2004, todas as páginas ganharam cor e brilho: em papel couchê. Por falar em cor, foi a foto colorida da matriz em, São Bernardo, que preencheu a capa da edição n° 98, em dezembro de 2006. As duas fábricas, do Ipiranga e de Santo Amaro, foram unificadas no ABC Paulista. Esse jornal, além de especial, é histórico. É o Tolendo mostrando, informando e documentando os avanços da empresa. O jornal, já com cara de revista, se manteve com o mesmo formato nos anos seguintes. Dos integrantes do conselho editorial que estavam na época, todos permanecem até hoje.

O jornal se transforma em revista Em novembro de 2008, o departamento de Comunicação com o Mercado contratou um jornalista para fazer parte dos colaboradores da empresa. Wilson Azuma iria trabalhar com alguns projetos do setor e, futuramente, com o jornal. Depois de um ano e meio, a relação do jornalista com o Tolendo se estreitou. A pedido do coordenador do departamento, Michel Mathias, Wilson desenvolveu um projeto que reformularia o jornal. “Foram feitas pesquisas, entrevistas, cálculos de orçamento e testes com o novo formato do Tolendo”, conta Michel. Renan Parra, que hoje é fotógrafo e diagramador da Tolendo, também contribuiu com a transformação. “Fizemos uma coleta interna. Reparamos nos hábitos dos colaboradores, no que eles achavam legal e no que prestavam atenção. Então, notamos que faltava mais humanização nos materiais”, afirma Renan. Para fazer o projeto, eles demoraram cerca de três semanas. O resultado foi um

O Conselho Editorial se manteve. Na terceira edição como revista, o time de colaboradores aumentou.

As matérias das próximas edições valorizavam o colaborador e suas histórias de vida. O novo formato chegou com o slogan “de colaborador para colaborador” e enfatizava o foco da revista: o público interno. A edição da Tolendo foi feita por Wilson até julho de 2011, quando ele saiu da empresa. Mayara ficou em seu lugar como a nova editora. “Foi um desafio me tornar editora da revista, mas o Wilson me ensinou muito”, diz. O lançamento oficial da revista Tolendo reformulada ocorreu no meio do ano de 2010, na edição de junho e julho. “Foi um sucesso!”, lembra Renan. “Muita gente falou que a Toledo estava aproveitando o talento interno. Nós estávamos falando a língua do leitor, do nosso público”, completa. O novo formato tinha 16 páginas, o texto era mais leve e as fotos eram mais produzidas. Com o conteúdo feito por profissionais de comunicação, o conhecimento técnico era maior e a estrutura da revista foi desenvolvida. A edição n°117 marcou a história da Tolendo e deu início a uma nova fase.

Hoje, completando 25 anos de vida, a revista tem uma equipe ainda maior. Entram, para ajudar na produção, Rafael Prestes, diagramador, e Gabrielle Monice, repórter. Fazendo Bodas de Prata, a Tolendo já narrou muitas histórias e ainda tem bastante coisa para contar. Cada página da revista é um documento para a empresa. Cada princípio publicado em notícias faz parte dos valores da empresa. Cada personagem nas matérias é um pedaço do que move a empresa. São os colaboradores fazendo história na Toledo e a Tolendo contando história para os colaboradores.


BATE-PAPO

Palavra de quem faz

H

á 25 anos, colaboradores se juntam para planejar e produzir a revista da empresa. Alguns fazem apenas por prazer, como uma atividade extra. Outros trabalham diariamente em cima de seu conteúdo. Todos dão o melhor de si para levar, bimestralmente, a Tolendo até você. Conheça, agora, quem está por trás do principal veículo de comunicação interna da Toledo. Acho que o carinho, cuidado e responsabilidade na produção criam um vínculo muito forte entre todos. Participo das reuniões de pauta e ajudo a equipe na revisão das edições. Muitas vezes as dúvidas aparecem e tenho que pesquisar, aprender para poder colaborar.

Aprendo muito com a Tolendo. Como formatar textos, como chamar atenção para as pessoas lerem. É um estímulo. Genival Araujo, colaborando desde a edição n°117, inaugurou um jornal em seu condomínio com os conhecimentos que adquiriu no Conselho.

Ivani Moreira, secretária,

Editar a Tolendo é um desafio e um presente. O processo inteiro é prazeroso. Brinco com as palavras e as encaixo, como em um quebra-cabeça. Aprendo muito com o meu trabalho. Mayara Potenza, estudante de Jornalismo, é repórter da Tolendo há um ano e editora há quatro meses.

colabora com a Tolendo há 7 anos. Formou-se em Jornalismo e, com a revista, põe em prática alguns dos conhecimentos que adquiriu na faculdade.

Eu diria que a Tolendo ‘lançou’ nosso departamento. Não que seja o melhor material, mas tem um papel importante. Nós sempre falamos com o mercado externo, então o interno não sabia do que a gente era capaz. Renan Parra, diagramador e fotógrafo, participou da reformulação da Tolendo, quando ela deixou de ser jornal para se tornar revista.

Acho muito positiva a integração, saber o que está ocorrendo nas outras áreas da empresa. A revista atingiu o objetivo e tem o mais moderno em termos de comunicação. Michel Mathias, coordenador da Tolendo desde a edição n°117, quando ela se tornou revista.

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A edição que mais gostei de participar e ajudar na elaboração foi a homenagem ao Sr. Ricardo Haegler. Ela abriu um canal para que os colaboradores pudessem falar sobre passagens engraçadas, sobre o carinho e atenção que nosso saudoso presidente dava a todos. Rose Raiça, formada em Letras, colabora com a Tolendo desde 1999. Está na empresa há 25 anos, como a Tolendo. O tempo de Toledo faz com que ela conheça bem os colaboradores e sempre leve boas sugestões nas reuniões de pauta.


O projeto da revista é muito bom. De certa forma, documenta a história da empresa. É importante fazer com que todos os funcionários tenham acesso a essas informações. Eu estou gostando bastante de ver o processo de produção e estou bem empolgada com o fato de poder contribuir de alguma forma. Gabrielle Monice, assessora de comunicação, entrou na Toledo há um mês. Formou-se em jornalismo há três anos e será uma das repórteres da Tolendo a partir das próximas edições.

Busco novidades, principalmente na fábrica, onde tenho mais contato, e levo nas reuniões de pauta. É muito gratificante ver os funcionários contentes por terem seus rostos estampados na Tolendo. É uma revista completa, cria um elo entre o colaborador e a empresa. Além disso, temos a possibilidade de ouvir o presidente Paulo Haegler, que sempre procura nos atender. Maria Cláudia Ferreira, técnica em segurança do trabalho, colabora com a Tolendo desde a edição n°117, quando o jornal se tornou revista.

Eu gosto muito da revista, senão, não estaria fazendo até hoje. A revista mudou bastante, especialmente por causa dos recursos, mas a base é a mesma. Temos de ir atrás das notícias, preencher espaços em branco, temos de nos virar. Atribuo a durabilidade da Tolendo ao trabalho de quem a produz e ao apoio do Paulo Haegler. Carlos Alberto Polônio, único colaborador que participou de todas as edições da revista – está do conselho editorial desde a primeira edição. Ele é o criador do nome “Tolendo”.

Venho de uma agência de marketing de relacionamento e aprendi a valorizar o funcionário como um cliente interno. A Tolendo é o elo direto entre a empresa e seu colaborador e tem uma linguagem atrativa. Contribuir com a revista está sendo um prazer profissional e um marco inicial interessante para mim dentro da empresa. Rafael Prestes está na Toledo há dois meses e já começou a colaborar como diagramador nesta edição.

Acredito que o que faz com que a revista tenha durado 25 anos e permaneça viva até hoje seja a diversificação de assuntos até agora divulgados. É realmente maravilhoso ver as pessoas lendo e elogiando. Quando era coordenadora, comentavam principalmente sobre as matérias de esportes, clientes e de técnicos. A edição em homenagem ao Ricardo Haegler também marcou muito. Matilde Spinello, analista de recursos humanos, foi coordenadora da Tolendo durante 11 anos. Hoje, ela faz parte do conselho editorial, colabora com notícias sobre a empresa e revisa as informações que saem na revista.


CANAL ABERTO

Latinhasssss 2003 - Edição n°83.

Sérgio Costa, da Controladoria, Unidade Ipiranga sempre gostou de colecionar objetos. Da época de criança, por exemplo, ainda guarda as coleções de figurinhas de futebol e super trunfo. Hoje coleciona selos (tem cerca de 10 mil) e cartões telefônicos (cerca de 1500). Mas sua coleção preferida é a de latinhas de cervejas nacionais e dos refrigerantes Coca-Cola e Pepsi nacionais e estrangeiras. Ele tem perto de mil latinhas e o espaço reservado para a coleção, um quarto no fundo da casa de sua mãe, já começa a ficar pequeno. Para aumentar o estoque continuamente, Sérgio conta com a ajuda de amigos e familiares, além da internet. “Todos colaboram (...)”

Hoje Oito anos depois, a coleção de selos continua do mesmo tamanho – cerca de 10 mil unidades. A de latinhas, porém, cresceu 50%: de mil, pulou para mil e quinhentas. Porém, Sérgio Costa se casou e deixou as raridades na casa da mãe. Mesmo assim, não se afastou das coleções. Atualmente, está juntando garrafas da Coca Cola e já conseguiu guardar 200 delas.

Um campeão de judô na Toledo 1994 - Edição n°36. É nos fins de semana vagos e depois do expediente – quando deixa de lado seus afazeres de Técnico de Balanças da Filial de Campinas – que o funcionário Cesar Cabrera, há quatro anos na Toledo, se dedica de corpo e alma a uma grande paixão: o judô. Aos 23 anos, com 79 quilos e 1m79 de altura, Cesar conta que começou a treinar o esporte há dez anos. “Comecei meio por acaso (...)”

Hoje Em 2007, Cabrera se tornou gerente da filial Manaus e, ao se mudar para o Amazonas, parou de lutar judô. Hoje, dezessete anos após a publicação dessa matéria, ele com 97 kgs, 1,80 m de altura e 40 anos.

Em exposição 2004 - Edição n°86. Parabéns à nossa colega Jane Leopoldina, da Filial Recife, pela exposição de seus quadros, realizada recentemente no Espaço Cultural da Escola Laura Diniz. Em pouco tempo de aprendizado, cerca de nove meses, ela conseguiu realizar um sonho e garante que não vai parar por aí. “Adorei a experiência, pois é muito gratificante ver que outras pessoas estão admirando o seu trabalho”, diz. Desde que ingressou na escola de pintura, Jane já fez 13 quadros, que utilizou para decorar (...)

Hoje No final de 2008, Jane Leopoldina parou de pintar. Ainda participou de outras duas exposições. Tem planos de voltar a pintar no ano que vem, quando se aposenta. Para ela, é uma ótima terapia.

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